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Robério Nunes
Carreiras Jurídicas
2015
SUMÁRIO
1. TEORIA GERAL DO DIREIO CONSTITUCIONAL .......................................... 3
1.1 Constituição e Constitucionalismo ....................................................................... 3
1.2 Conceito de Constituição ...................................................................................... 8
1.4 Elementos das Constituições .............................................................................. 12
1.5 Estrutura da Constituição .................................................................................. 13
1.6 Poder constituinte ................................................................................................ 13
1. TEORIA GERAL DO DIREIO CONSTITUCIONAL
A- Introdução:
Constitucionalismo do futuro;
Poder do rei;
Poder da câmara dos lordes: aristocracia;
Art. 39 da Magna Charta: “Nenhum homem livre será detido ou sujeito à prisão, ou
privado dos seus bens, ou colocado fora da lei, ou exilado, ou de qualquer modo
molestado, e nós não procederemos nem mandaremos proceder contra ele senão
mediante um julgamento regular pelos seus pares ou de harmonia com a lei do país”.
Pacto do Mayflower;
Constituição de 1787;
Neoconstitucionalismo:
AULA 1.5
1.2 Conceito de Constituição
Exemplo:
Exemplo:
Art. 242. § 2º da CF/88 “O Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro,
será mantido na órbita federal.”
A- Quanto ao conteúdo:
B- Quando à forma:
Constituição fixa: Segundo Kildare Gonçalves é aquela constituição que não faz
previsão de uma mudança formal, sendo alterável somente pelo próprio poder
originário.
E- Quanto à extensão:
F- Quando à finalidade:
Exemplo: CF/88.
I- Quanto à função:
Observação: O Preâmbulo segundo o STF não possui força normativa, porem serve
como fonte hermenêutica das normas constitucionais.
B- Parte dogmática: é o texto permanente da constituição, que pode ser modificado por
emenda constitucionais
A-Conceitos:
Segundo o professor Jose Afonso da Silva o poder constituinte e a mais alta expressão
do poder constituinte, o qual pode ser definido como o poder que cabe ao povo de
adotar uma constituição, de estabelecer os fundamentos da organização política do
Estado.
B- Histórico:
A expressão poder constituinte surgiu com no final do século XVII, fruto da obra Abade
Emmanuel Joseph Sieyès na obra “A constituição burguesa”. Sieyès fazia uma
distinção entre Poder Constituinte (da nação) e poderes constituídos.
Luís XVI convocou uma assembleia geral dos Estados, e solicitou que os participantes
manifestassem suas opiniões a respeito da crise e indicassem uma solução, Sieyès
contestou esses modo de governo indicou que voto deveria ser realizado por meio do
voto de cada pessoa. Segundo algunas pessoas isso não seria possível, pois tratava-se de
uma situação não prevista no ordenamento jurídico.
Segundo Sieyès “a nação existe antes de tudo, ela é a origem de tudo. Sua vontade é
sempre legal, é a própria lei, Antes dela e acima dela só existe o direito natural. (...) Em
cada parte, a Constituição não é obra do poder constituído, mas do poder constituinte”.
Titular:
Parágrafo único do Art. 1º da CF/88 “Todo o poder emana do povo, que o exerce por
meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.
Conceito de povo: Para Canotilho povo (real) é uma comunidade aberta de sujeitos
constituintes que entre-si contratualizam/pactuam e consentem o modo de governo da
cidade e detém o poder de dispor e conformar sobre a ordem política e social.
Agente não eleito: que pode ser um ditador, líder revolucionário ou uma
comissão de notáveis indicada pelo ditador ou pelo líder revolucionário.
Observação: Atualmente essa divisão clássica vem sendo muito contestada, pois o
poder constituinte também se manifesta pelo fenômeno da desconstitucionalização. Na
verdade o poder constituinte derivado é um poder constituído.
Belicoso:
Golpe de estado;
Observação: Nestes casos ocorreu uma espécie de abandono de período ditatorial pela
evolução política.
Art. 231, §6º da CF/88 “São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos
que tenham por objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras a que se refere este
artigo, ou a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas
existentes, ressalvado relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei
complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito a indenização ou a ações
contra a União, salvo, na forma da lei, quanto às benfeitorias derivadas da ocupação
de boa fé”.
Para o prof. Canotilho são limites metajurídicos, por exemplo a vontade de constituição,
vontade do povo, os princípios de justiça e os princípios de Direito Internacional.
Limitações Substanciais:
Referendo:
Pela origem: nesta hipótese a CF/88 é analisada de acordo com momento histórico
em que foi elaborada.
Pela origem e pelo resultado: a constituição deve ser elaborada de acordo o que era
esperado no ato da elaboração como no resultado obtido (resultado desejado pelo
povo).
Art. 27, § 1º do ADCT “Até que se instale o Superior Tribunal de Justiça, o Supremo
Tribunal Federal exercerá as atribuições e competências definidas na ordem
constitucional precedente”.
Recepção: é o fenômeno pelo qual uma nova constituição recebe como validas
as normas infraconstitucionais anteriores (já existentes) que forem
materialmente compatíveis com a nova constituição.
Repristinação:
Limitações:
Art. 174 da CF/1824 “Se passados quatro annos, depois de jurada a Constituição do
Brazil, se conhecer, que algum dos seus artigos merece roforma, se fará a proposição
por escripto, a qual deve ter origem na Camara dos Deputados, e ser apoiada pela
terça parte deles”.
Art. 60, § 2º a CF/88 “A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso
Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos
dos votos dos respectivos membros”.
Materiais: são as cláusulas pétreas, que é um núcleo imutável que serve como
parâmetro de controle de constitucionalidade, assim como as demais normas
estabelecidas na CF/88. As cláusulas pétreas não podem servir como parâmetro de
outras normas constitucionais originárias.
1ª Corrente: As cláusulas pétreas são legitimas (o povo de hoje pode limitar o povo de
amanhã) e insuperáveis (pois somente podem ser alteradas como uma nova
constituição);
2ª Corrente: entende que cláusulas pétreas são legitimas (o povo de hoje pode limitar o
povo de amanhã). Nesta hipótese pode ser realizada qualquer modificação;
3ª Corrente: Outra parte da doutrina entende que as cláusulas pétreas são legitimas (o
povo de hoje pode limitar o povo de amanhã) podem ser superáveis por uma dupla
revisão, onde e retirado do ordenamento jurídico o que se pretende modificar e depois e
feito à referida modificação que se pretendia fazer.
o Cláusulas pétreas expressas: são aquelas cláusulas que estão previstas na CF/88.
Art. 60, § 4º da CF/88 “Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente
a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e
periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais”.
o Cláusulas pétreas implícitas: são aquelas cláusulas que decorrem dos princípios
estabelecidos na CF/88.
Observação:
Processos Formais:
o Procedimento de emenda constitucional: é caracterizado pela emenda
constitucional;
Processo informais:
o Mutação:
AULA 4.4
III- Pode Decorrente: