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Oswald de Andrade e a era Modernista

Fazendo parte do Modernismo brasileiro, está José Oswald Nogueira de Andrade, nascido em
São Paulo e filho de uma rica família, frequentou a Escola Modelo Caetano de Campos, o
Ginásio Nossa Senhora do Carmo e o Colégio de São Bento, o qual se formou em humanidades
em 1908, ano em que conheceu o poeta Guilherme de Almeida.

Em 1922, ano em que eclodiu a Semana de Arte Moderna, estreou com o romance “Os
Condenados”, época também em que se casou com Tarsila do Amaral, sua aliada na fundação
do Movimento Antropofágico, um dos manifestos da era modernista que consistia na ideia de
“deglutir” toda literatura que não fosse autenticamente brasileira.

Seu segundo romance foi Memórias Sentimentais de João Miramar, estruturado em 163
episódios e construído em forma de flashes, com uma técnica de composição cinematográfica,
mesclando poesia, prosa, cartas, diários, trechos de crônicas jornalísticas. Esta técnica era
inovadora para a época.

Sua obra foi a única que englobou todas as características modernistas, pois ele conseguiu com
sua arte, transgredir, polemizar, quebrar parâmetros preestabelecidos por outros movimentos
literários. Foi autor também de poesias, peças teatrais e crítico literário.

Dentre o seu espírito inovador, estava a capacidade de transformar textos da época colonial
em poemas críticos e irônicos, justamente para denunciar o repúdio aos portugueses, como
forma de negação ao passado, retratando desta forma o lado “social” que se encontrava o país
daquela época. Vejamos pois, algumas de suas criações:

Pero Vaz de Caminha

A descoberta

Seguimos nosso caminho por este mar de longo

Até a oitava da Páscoa

Topamos aves

E houvemos vista de terra

Podemos notar que o autor utiliza dos recursos gramaticais para denunciar uma situação
social, na qual a desigualdade social já se fazia presente naquela época- “Eu empobreço de
repente, Tu enriquece por minha causa”.

Como fator determinante também está a questão da linguagem coloquial, traço característico
do período moderno, bem como o predomínio de versos livres.
Mário de Andrade

RESUMO

Mário de Andrade é um dos principais nomes do movimento modernista brasileiro. O escritor


ajudou a organizar a Semana de Arte Moderna de 1922 e esteve ao lado de grandes
personalidades do modernismo, como Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e
Menotti del Picchia.

Entre as obras mais importantes do autor, vale destacar “Amar, verbo intransitivo”,
“Macunaíma” e “Paulicéia Desvairada”. O último livro, inclusive, marca o começo do
modernismo literário brasileiro. O autor foi inspirado pelos movimentos que aconteciam na
Europa na época, em especial o futurismo e o expressionismo. É importante perceber a
importância no nacionalismo para o autor, a cultura nacional era muito presente nas obras de
Andrade, apesar da inspiração européia do princípio.

MOVIMENTO LITERÁRIO

O escritor faz parte do modernismo, movimento literário que faz críticas ao anterior, o
parnasianismo. Nas primeiras obras de Andrade é possível perceber a influência do que
acontecia na Europa, como o futurismo, o dadaísmo e o expressionismo

Estilo

Pode-se perceber inovações na linguagem em algumas de suas obras, característica


encontrada com frequência nas obras modernistas do período. Além disso, algumas obras
apresentam características mais calmas e intimistas, enquanto outras trazem a política e as
críticas para o debate. É importante ainda, perceber o uso do coloquialismo na linguagem, em
oposição a um formalismo mais acentuado do parnasianismo.

PRINCIPAIS OBRAS

Amar, Verbo Intransitivo

Macunaíma

Paulicéia Desvairada

Ficou conhecido na literatura por ter participado da fundação do modernismo brasileiro. Foi
um dos principais nomes da Semana de Arte Moderna de 1922. Integrava, junto com Tarsila do
Amaral, Anita Malfatti, Oswald de Andrade e Menotti del Picchia o Grupo dos Cinco. Ajudou a
organizar o evento, que aconteceu entre os dias 11 e 18 de fevereiro de 1922 no Teatro
Municipal de São Paulo. No mesmo ano, publicou um livro de poemas que marca o princípio
do movimento modernista, foi “Paulicéia Desvairada”.

Mário de Andrade trabalhou na “Revista da Antropofagia”, criada em 1928 pelo amigo e


também modernista Oswald de Andrade. Um dos seus romances de maior sucesso,
“Macunaíma”, foi lançado no mesmo ano. O escritor colaborou ainda com as publicações “A
Gazeta”, “A Cigarra”, “O Echo”, “Papel e Tinta”, “Klaxon”, “Diário Nacional”, “Folha de São
Paulo” e “Diário de São Paulo”.
Na Universidade do Distrito Federal, atualmente Universidade Estadual do Rio de Janeiro,
assumiu o cargo de diretor do Instituto de Artes em 1938. Voltou para a terra natal em 1942 e
deu aulas de história da música no Conservatório Dramático e Musical.

Mário de Andrade era um estudioso de cultura brasileira, por isso foi o fundador do
Departamento de Cultura de São Paulo, vinculado à Prefeitura Municipal de São Paulo. Por
alguns anos, atuou também como fotógrafo.
Adélia Luzia Prado de Freitas, ou simplesmente Adélia Prado, como é conhecida, é uma
poetisa, professora, filósofa e contista brasileira ligada ao Modernismo. Entre suas principais
obras estão:

“O Homem da Mão Seca”, “O Coração Disparado”, “Terra de Santa Cruz”, “O Pelicano”, “A


Faca no Peito”, “Filandras” e “Bagagem”, seu livro de estreia composto por uma coletânea de
poesia muito elogiadas por Carlos Drummond de Andrade, que definia a produção da autora
como “Fenomenal”. Os textos literários de Adélia Prado versam sobre o cotidiano, sobre a fé
cristã, alegria e sobre a figura da mulher.

Professora por formação, ela exerceu o magistério durante 24 anos, até que a carreira de
escritora tornou-se a atividade central. Em termos de literatura brasileira, o surgimento da
escritora representou a revalorização do feminino nas letras e da mulher como ser pensante,
tendo-se em conta que Adélia incorpora os papéis de intelectual e de mãe, esposa e dona-de-
casa.

Adélia Prado formou-se em Filosofia em 1973 e acumulou vários prêmios ao longo de sua
trajetória, entre os quais o Prêmio Jabuti de Literatura de 1978 da Câmara Brasileira do Livro
com o livro "Coração Disparado", Prêmio ABL de Literatura Infantojuvenil (2007), Prêmio
Literário da Fundação Biblioteca Nacional (2010), Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de
Arte (2010) e o Prêmio Clarice Lispector (2016).

Adélia Prado foi a primeira mulher a ganhar Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura
pelo conjunto da obra. A divinopolitana foi escolhida por unanimidade pelo júri composto
pelos professores Guiomar de Grammont (UFOP), Ruth Silviano Brandão (UFMG) e Luis
Augusto Fischer (UFRS).

O nome de Adélia Prado foi levada ao júri pela professora Ruth Silviano Brandão, uma das
fundadoras do programa de pós-graduação da Faculdade de Letras da UFMG. “Quando tomei
conhecimento dos nomes dos antigos ganhadores do prêmio, na lista só tinha homens, aliás
muito bem escolhidos. No entanto, temos tantas escritoras. Deveríamos pensar na hipótese,
sem forçar a escolha numa escritora. A obra de Adélia é tão boa. Então, por que não?”

Ruth lembra que a obra de Adélia tem peso poético, além de ter grande divulgação no Brasil e
em outros países. “Reli parte da obra e conclui que ela é uma grande poeta não só pelos temas
que trata, mas pelo manejo com a língua poética.” Para a professora, obra de Adélia inaugura
na literatura brasileira uma poesia que se abriu para o feminino, o erotismo e o místico. Tudo
com muito humor.
Em 1994, após anos de silêncio poético, sem nenhuma palavra, nenhum verso, ressurge Adélia
Prado com o livro O homem da mão seca. Segundo a autora, o livro foi iniciado em 1987, mas,
depois de concluir o primeiro capítulo, foi acometida de uma crise de depressão, que a
bloquearia literariamente por longo tempo. Disse que vê "a aridez como uma experiência
necessária" e que "essa temporada no deserto" lhe fez bem. Em decorrência da importância
literária, a obra da Adélia se tornou tema de pesquisas e trabalhos de mestrado e doutorado.
Tarsila do Amaral

Tarsila do Amaral foi uma artista plástica brasileira do movimento modernista.

Junto à Anita Malfatti, ela ficou conhecida como uma das mais importantes pintoras da
primeira fase do modernismo.

E, ao lado dos escritores Oswald de Andrade e Raul Bopp, Tarsila inaugurou o movimento
denominado “Antropofagia”

Em 1922, ano da Semana da Arte Moderna, Tarsila participou do “Salão Oficial dos Artistas da
França”. Ao retornar, conheceu o escritor modernista Oswald de Andrade, romance que durou
de 1926 a 1930.

Ao lado de Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Mário de Andrade e Menotti del Picchia, eles
formaram o “Grupo dos Cinco”.

Essa aliança de artistas visava mudar o cenário histórico-cultural e artístico do país, bem como
trazer à cultura brasileira as influências das vanguardas europeias.

Movimento Antropofágico

A antropofagia ou movimento antropofágico é um conceito apresentado pelos modernistas,


visto como um dos movimentos mais radicais do período.

Com o intuito de se afastar dos modelos europeus, os artistas modernistas se empenharam em


criar uma estética tipicamente brasileira.

Utilizaram o conceito metafórico de deglutição e regurgitação acerca do ato de comer a


cultura estrangeira e vomitar a “nova” cultura.

A antropofagia foi inspirada no quadro de Tarsila “Abaporu”, que do Tupi, significa


“antropófago” (homem que se alimenta de carne humana). Sobre a figura de Abaporu, Tarsila
acrescenta: “Essa figura primitiva e monstruosa nasceu de um sonho”.

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