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corte de custos
inteligente
Aprenda como
reduzir gastos
sem perder
eficiência
Índice
Introdução 03
Considerações finais 40
Referências 44
Como os custos são o fator que pode ser mais controlado pelos empresários, por
sofrer menos interferências da demanda e do mercado, é lógico pensar em reduzir
despesas para aumentar a rentabilidade.
“ Se você reduzir Mainardi no livro Cut Costs, Grow Stronger (Corte Custos, Cresça Mais Forte, em
despesas em um ataque tradução livre), obra que é considerada uma referência para administradores em
de pânico, ignorando a todo o mundo.
estratégia empresarial,
pode criar um grande
problema para a “Se você reduzir despesas em um ataque de pânico, ignorando a estratégia
competitividade da sua empresarial, pode criar um grande problema para a competitividade da sua
companhia.
” companhia”, escrevem os autores. “Mas, se você focar nas prioridades e no
potencial da empresa, cortar custos pode ser o grande catalisador para as
mudanças que devem ser feitas.”
Para falar desse tipo de dilema, elaboramos este guia para ajudar você a descobrir
quais custos cortar, quando fazer a redução de despesas e o que levar em
consideração na tomada de decisão.
Neste material, nosso objetivo é detalhar os riscos de cortar gastos sem olhar
para a estratégia empresarial, apresentar os conceitos de custos fixos e variáveis,
explicando como a relação entre eles pode afetar a sua rentabilidade, e demonstrar,
com exemplos práticos e casos de sucesso, algumas técnicas de redução que você
poderá adotar imediatamente.
São várias estratégias, com diferentes tipos de abordagem, mas todas elas
dependem do comportamento dos consumidores. Não há como garantir que o
faturamento irá crescer: seja qual for o plano de ação adotado, você fará uma
aposta, o que implica riscos.
Mas você sabe quais são os riscos de buscar a eficiência sem considerar o efeito
da redução de custos no desempenho da empresa? Afinal, quando essa estratégia
pode significar um prejuízo para a companhia?
Depois, decide trocar a empresa de logística que entrega os produtos. Animado com
os cortes, o empresário afirma que a frota reduzida e a pouca experiência da empresa
terceirizada, que justificam os baixos valores do contrato, não serão problema.
Finalmente, decide voltar suas atenções para dentro do escritório. Sem muitas
opções de enxugamento, anuncia o fim do café. Agora, quem quiser repor as
energias e se manter desperto terá de trazer o próprio café de casa ou comprá-lo no
caminho para o trabalho.
Provavelmente, não. Seja pela insatisfação dos clientes com a mudança dos
produtos, pelos possíveis problemas na entrega ou pelo incômodo dos funcionários
diante de uma medida pouco acolhedora, é possível prever que o saldo dessa conta
não será positivo para a empresa.
Nem sempre isso acontece. Durante a grande recessão de 2009, que atingiu
fortemente a economia americana, a McKinsey & Company, empresa especializada
em estudos sobre o panorama empresarial, descobriu em uma pesquisa que 79% das
empresas entrevistadas cortaram custos como uma resposta à crise econômica, mas
só 53% dos executivos concluíram que a estratégia foi benéfica para os resultados.
A razão é simples: se você implementar uma redução de custos que não está
alinhada à estratégia da empresa, corre o risco de prejudicar o desempenho. Na
ânsia de proteger a rentabilidade, você acaba ferindo o faturamento. Então, o que
fazer para não ser o carrasco que irá acionar a guilhotina do próprio negócio?
Uma divisão geral, por exemplo, poderia separar sua empresa em três áreas: de
administração, produção/prestação de serviço e vendas. Todas as companhias,
independentemente do tamanho, precisam de pessoas atuando nesses setores.
No caso de pequenos negócios, em que uma mesma pessoa exerce diferentes
atividades, o desafio é identificar os gastos associados com cada uma delas. No
caso da remuneração, uma saída é distribuir esses valores proporcionalmente ao
tempo dedicado a cada uma, por exemplo. Outro caminho usado com frequência é
centralizar despesas com pessoal em um centro de custo exclusivo, como um tipo
específico de despesa administrativa. Cada caso pede uma solução.
A partir dessa divisão inicial, você deve listar todos os custos da empresa em um
intervalo de tempo (uma semana, um mês, um semestre, etc.) e elencar os valores
em suas respectivas áreas e departamentos.
A análise específica de cada setor fortalece sua visão geral do negócio e permite
que você planeje a redução de custos de forma mais lúcida, porque terá a eficiência
e o resultado financeiro como principais critérios.
Assim, a sua tarefa, como gestor, é combater os custos fixos ao máximo, por meio
de uma gestão financeira eficiente. Mas você sabe como fazer isso? Para entender
melhor esses conceitos, vale a pena analisá-los individualmente:
Os custos fixos não se relacionam diretamente à receita da sua empresa, pois não
estão ligados à produção. Eles podem ser definidos como as despesas que se
repetem mensalmente, responsáveis por manter a empresa em funcionamento.
Alguns exemplos incluem:
• Estrutura (aluguel, condomínio, energia elétrica, água, gás, telefone, internet, etc.)
• Serviços (limpeza, segurança, manutenção, etc.)
• Mão de obra (salários, encargos trabalhistas, benefícios como vale-alimentação,
vale-transporte)
• Operacionais (assinaturas de anti-vírus ou programas de edição, assistência
técnica de maquinário, gastos com logística, combustível, etc.).
Note que, mesmo que a empresa não comercialize nenhum produto ou não venda
nenhum serviço durante o mês, os custos fixos estarão lá, representando uma
importante parcela dos gastos da sua companhia.
Outra alternativa é terceirizar algumas funções, desde que a qualidade não seja
afetada. Será que você precisa de um contador trabalhando especialmente para a
sua empresa? Analise os custos com limpeza e segurança: não há como terceirizar o
serviço e pagar menos por ele, apenas quando forem necessários?
Se a sua empresa tiver uma elevação repentina das vendas, a tendência é de que
ela enfrente dificuldades de caixa. Isso porque será necessário primeiro comprar
os insumos e mercadorias, para depois vender. Quando o prazo de pagamento das
compras não bate com o prazo de recebimento das vendas, a consequência é um
rombo no seu caixa e no fluxo financeiro.
Por mais que você se esforce, é impossível extinguir os custos fixos em sua
totalidade. A melhor forma de lidar com eles é buscar o limite operacional.
É preciso entender que chegará o momento em que será impossível crescer sem
expandir esses custos, seja pelo espaço físico apertado (ocupado por muitas
pessoas ao mesmo tempo, por exemplo), pela linha de telefone sobrecarregada ou
pelos profissionais demasiadamente atarefados.
A seguir, você confere uma lista de exemplos e orientações para reduzir os custos
na sua companhia de forma imediata. Você vai perceber que é impossível aplicar
todas as dicas, seja porque já pensou no assunto e se antecipou, ou porque, para a
sua realidade organizacional, a sugestão não faz sentido. Confira:
Para optar por esse regime, a organização deve ter faturamento de até R$ 3,6
milhões ao ano. As alíquotas são progressivas, aumentando de acordo com a
receita, mas o empresário precisa ficar atento para perceber quando o sistema
deixa de ser vantajoso.
As outras opções de tributação à sua disposição são lucro real, lucro presumido e
lucro arbitrado. É possível escolher pelo melhor regime (aquele no qual você pagará
menos impostos), desde que sejam cumpridas as exigências de cada sistema.
Informe-se sobre os detalhes para tirar suas dúvidas.
Assim, contratar um contador especializado no ramo da sua empresa pode ser uma
boa opção para quem pretende reduzir custos e economizar tempo. Um profissional
competente e familiarizado com os processos terá condição de descobrir qual
regime tributário é o ideal, além de apontar possíveis gargalos do processo.
Invista em tecnologia
Para fazer isso, avalie pequenos luxos que possam ser cortados sem influenciar
a percepção dos colaboradores sobre a empresa. Não é necessariamente o caso
de cortar o café dos colaboradores, e sim de implementar mudanças pontuais em
processos cujo requinte não se justifica no momento atual.
A estratégia pode ser vantajosa para empresas que não precisam de contato
direto com seus funcionários no dia a dia. Converse com seus colaboradores para
entender se há interesse em trabalhar remotamente e defina um intervalo para
encontros presenciais (uma vez por semana, por exemplo).
Flexibilize o espaço
Contrate estagiários
O ex-CEO da General Eletric, Jack Welch, dizia dedicar 60% de seu tempo ao
desenvolvimento da equipe. Em uma de suas citações mais famosas, ele ensina: “Se
você escolhe as pessoas certas e lhes dá a oportunidade de abrirem as asas e uma
compensação como veículo você quase não precisa geri-las.”.
A gestão qualificada, como ficou claro neste guia, é a única saída para quem
pretende cortar custos de forma inteligente, sem afetar a imagem da empresa, seu
desempenho ou sua percepção entre os diferentes públicos.
• Para evitar problemas com a redução indevida de custos, é preciso analisar a empresa
sob um panorama geral, medindo o retorno financeiro de cada departamento
• Essa análise pode ser feita por meio do Método Centro de Custos, que separa os
custos entre os setores da empresa
Fundação Dom Cabral: Como reduzir gastos e despesas em uma empresa sem
prejudicar a produtividade
Inc.: 6 Ways You Can Significantly Lower Costs Without Cutting Jobs (inglês)
Forbes: The Good, The Bad, And The Ugly Of Cost Cutting (inglês)