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Dicas sobre
sobre padrões deherança
padrões de herança

Como diferenciar a herança autossômica da relacionada ao sexo


Nas provas, são propostos, às vezes, problemas em que se pede para determinarmos, a partir de
dados fornecidos, o padrão ou tipo de herança envolvido. Será colocado aqui um exemplo para
orientar de que forma podemos chegar a uma conclusão.

“Todos os homens afetados por certa anomalia, casados com mulheres normais, têm sempre todos
os seus filhos normais e todas as suas filhas doentes. Qual é o tipo de herança que condiciona a
anomalia?”

X X

ou = normal

A
ou = portador da anomalia

Em A, encontramos genes que condicionam herança ligada ao sexo. São genes


C
B localizados em X para os quais não existe homologia em Y. A região indicada por B
corresponde ao setor onde os genes encontram homólogos em Y, condicionando,
desse modo, a herança parcialmente ligada ao sexo. Por fim, em C, temos os genes
X Y
que condicionam a herança restrita ao sexo.

A simples leitura desse problema deixa claro que não se trata de doença autossômica; se assim
fosse, a doença atingiria tanto os filhos quanto as filhas. Também não se trata de herança
parcialmente ligada ao sexo, que se comporta como a herança autossômica.

Sobram duas possibilidades: ou se trata de herança restrita ao sexo, ou é ligada ao sexo. Quando a
herança é restrita ao sexo (gene localizado na porção não-homóloga de Y) ela se caracteriza por
atingir apenas indivíduos do sexo masculino, sendo transmitida de pai para filho. No caso do
problema acima, aparecem tanto homem doente (no caso, o pai) como mulheres doentes (as filhas).
Assim, podemos afirmar com total segurança que é um caso de herança ligada ao sexo (gene
localizado em X para o qual não existe homologia em Y).

Por fim, ainda resta uma pergunta: o gene para a doença é dominante ou recessivo? Repare que
todos os meninos, que receberam um gene no cromossomo X da mãe, são normais; isso demonstra
que a mãe normal é sempre homozigota. Por outro lado, as filhas, embora heterozigotas
(receberam um gene para a doença, no X do pai, e um para a normalidade, no X da mãe), são
sempre afetadas pela doença, indicando que o gene para a anomalia domina o gene para a
normalidade.
Heranças ligada, restrita e parcialmente ligada ao sexo

Herança Ligada ao Sexo

Causado por genes localizados no cromossomo X na região não homóloga ao Y (é o caso do


daltonismo e da hemofilia). A característica não transmitida por igual pelo pai e pela mãe, e atinge
filhos e filhas de forma diferente. Lembre-se que, nos machos, um só gene recessivo basta para
condicionar o caráter; nas fêmeas, por outro lado, são necessários dois desses genes.

Herança restrita ao sexo

Causada por genes localizados no cromossomo Y, na região não-homóloga do X; portanto, trata-se


de genes exclusivos dos machos. O caráter é transmitido de pai para filho, nunca aparecendo,
evidentemente, nas mulheres. Um possível exemplo, na espécie humana, é a hipertricose,
caracterizada pela presença de pêlos longos nas orelhas.

É provável que o número de genes sobre a região do Y não-homóloga seja muito pequeno, na
espécie humana, já que a herança de tais genes, por ser muito evidente, já teria sido descoberta por
meio do padrão de transmissão através dos indivíduos do sexo masculino.

Herança Parcialmente Ligada ao Sexo

Relaciona-se aos genes localizados no X e no Y, nas suas regiões homólogas. Assim sendo, tanto
machos quanto fêmeas têm dois genes para as características, que são transmitidas exatamente
como se fossem autossômicas.

Genes que condicionam


herança ligada ao sexo

Genes que condicionam


Genes que condicionam restrita ao sexo
herança parcialmente
ligada ao sexo

X Y

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