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Biologia Cláudio Góes

Conexões bioquímicas

Resposta Imune Humoral Primária e Secundária

o
N Ig Resposta imune primária
1
Células Apresentadoras
de Antígenos

Linfócitos T CD4 (HELPER) Fig.1 t

o
N Ig Resposta imune secundária

Linfócitos B
α

Plasmócitos
t
t´´

Fig . 2 t´

Na figura 1, podemos observar um gráfico representando a


resposta imune humoral primária. Nota-se que demanda
certo tempo até que um número satisfatório de
imunoglobulinas (anticorpos) seja produzido. Enquanto isso,
o indivíduo desenvolve a sintomatologia e a doença se
caracteriza. As curvas exibidas no gráfico da figura 2
Células de memória estabelecem uma comparação entre aquilo que se observa
na resposta humoral imune secundária (traçado em
vermelho) e o comportamento orgânico verificado na
resposta primária (trata-se de uma reprodução da figura 1,
mantendo o mesmo traçado em azul). Nota-se que o tempo
de reação t´´, da resposta secundária, é menor do que t´, da
resposta primária, uma vez que os anticorpos já se
encontram formados.
É possível perceber isso tomando como
Anticorpo referência os círculos vermelho e azul .
No ponto α, localizado no eixo das ordenadas e
que indica uma determinada taxa sérica* de
imunoglobulinas, temos que a resposta humoral
imune secundária produz o mesmo número de
anticorpos verificado na resposta humoral
imune primária, sendo que mais rapidamente.
*Taxa sérica, nesse caso, corresponde aos índices de
Ig’s (imunoglobulinas) encontrados em certa dosagem
sanguínea.
Para produzir a reposta humoral é necessária a síntese de anticorpos os quais, por sua vez, se
constituem em proteínas específicas. Quando o organismo se expõe a um primeiro contato com o
antígeno, temos o que se denomina resposta imune humoral primária e ela demanda certo tempo,
sendo essa a razão pela qual o indivíduo desenvolve os sintomas da doença, ou seja, o sistema
imunológico está preparando as suas contramedidas ou o seu contra-ataque de modo que, num
primeiro momento, as defesas orgânicas ainda não se encontram atuantes de forma efetiva no
sentido de neutralizar toda a carga de antígenos. Essa resposta demora um certo tempo porque os
antígenos precisam ser apresentados para as células que irão produzir esses anticorpos. Células
conhecidas como “apresentadoras de antígenos” são capazes de expressar, por meio de moléculas
de histocompatibilidade (MHC), parte desses antígenos para os linfócitos - no caso os linfócitos T-
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CD4 (linhagem T helper). Esses linfócitos T podem estimular, por meio de mediadores químicos
conhecidos como interleucinas, os linfócitos B a produzirem os anticorpos. Os linfócitos B, quando
se encontram ativos ou “maduros” passam a ser chamados de plasmócitos. Enquanto esses
mecanismos se processam o corpo vai apresentando os sintomas.

A partir do momento em que o corpo já desenvolveu uma resposta primária, ou melhor, que o
organismo já teve o primeiro contato com o antígeno, temos que alguns linfócitos serão
“guardados”, sendo então denominados células de memória. São linfócitos que já “sabem” como
produzir esses anticorpos, não sendo mais necessário passar por toda aquela cascata de reações
que determinou a sua síntese. Num segundo contato com o antígeno, ao invés de passar por todo
aquele processo, teremos que a mobilização de anticorpos ocorrerá de forma direta a partir das
células de memória, sendo essa produção muito mais rápida a ponto do organismo não
desenvolver os sintomas que marcam a doença.

Em termos de comparação, podemos notar que a velocidade de ação da resposta primária em


relação à resposta secundária - mediada pelas células de memória – é mais lenta e a quantidade
de anticorpos não é tão grande assim, mas suficiente para debelar a infecção naquele momento.
Já num segundo contato com o antígeno, em função das células de memória, o organismo exibe
uma produção mais rápida e muito mais eficiente de anticorpos. Isso justifica a razão pela qual as
pessoas tomam vacinas, afinal de contas, é por meio delas o corpo é sensibilizado e,
consequentemente, estimulado a desenvolver a sua imunização em caráter primário para que,
num eventual contato posterior com o antígeno, uma resposta secundária aconteça de forma
muita mais rápida e eficiente, e que não permita o surgimento dos efeitos deletérios do agente
patogênico, ou seja, que o indivíduo não venha a sentir os sintomas da doença.

No gráfico da figura 2,vemos que, na resposta secundária, em poucos dias, produzimos a mesma
quantidade de anticorpos que demoramos muito mais tempo para produzir numa resposta
primária. A resposta primária, portanto, é mais lenta e a resposta secundária, pela presença das
células de memória, muito mais rápida e eficiente.

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