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Conferência de Teerã

Em 28 de novembro de 1943 começava a Conferência de Teerã, no Irã, que se


estenderia até 1º de dezembro. Nela, reuniram-se os três dos maiores estadistas da
época. Representando os Estados Unidos, se fazia presente Franklin Delano
Roosevelt; falando em nome do Império Britânico, achava-se o primeiro-ministro
Winston Churchill; e, por último, Joseph Stalin, ditador da URSS.
Somente a guerra de agressão desencadeada por Hitler, em setembro de 1939,
poderia ter colocado aqueles três homens tão diferentes, que representavam coisas tão
distintas e tão contrárias, reunidos ao redor de uma mesma mesa de negociações. Roosevelt
era um entusiasta da democracia e do capitalismo, Churchill era a própria materialização
dos interesses universais do Império Britânico, enquanto o Todo-Poderoso Stalin era o
arauto da revolução proletária e das aspirações anticolonialistas que vinham abalando o
mundo desde 1917.
Um deles, o inglês, lutava para manter um império, os outros dois, o americano e o
russo, lançaram-se à liça para construírem dois novos impérios. A Conferência de Teerã
serviu para definir os rumos a seguir na busca pela vitória na Segunda Guerra, que eram os
seguintes:
- Rendição incondicional da Alemanha Nazista;
- Ajuda militar aos guerrilheiros Iugoslavos;
- Polônia, com compensações territoriais e com governo pró-soviético;
- Acerto da Operação Overlord - o nome código do grande desembarque anglo-
saxão nas costas da França atlântica, que seria realizado em 6 de junho de 1944,
coordenado com a invasão do sul daquele mesmo país;
- Abertura do segundo fronte na Europa Ocidental.
No encontro, Stalin assumiu ainda o compromisso de guerra contra o Japão. Além
disso, a Conferência serviu também para que Roosevelt expusesse os seus planos para o
pós-guerra.
Roosevelt imaginou, retomando o ideário do presidente Woodrow Wilson, a
fundação de uma instituição internacional que substituísse a malfadada Liga das Nações
(que viria a ser a ONU), “baseada no princípio de igual soberania entre todas as nações
pacíficas”. Instituição que seria a responsável, num mundo democratizado, pela garantia da
paz e da segurança dos povos da Terra.
Seria um grande areópago de Quatro ou Cinco potências (EUA-GB-URSS- França
ou China), com assentos permanentes num Conselho de Segurança, frente a uma
Assembléia Geral aberta a todos. Aquele clube dos grandes do mundo, que a imprensa mais
tarde chamou de as “quatro polícias” teria o papel de supervisionar os conselhos regionais,
um para cada continente, para impor um clima de ordem e tranqüilidade no planeta inteiro.
Conferência de Yalta

A Conferência de Yalta, ocorrida em fevereiro de 1945, a segunda rodada do


encontro entre os três senhores do Mundo – Roosevelt, Churchill e Stalin – foi a mais
famosa de todas as conferências da Segunda Guerra Mundial, pois nela deu-se a partilha do
mundo entre os Três Grandes, nas vésperas da vitória final da Grande Aliança sobre as
forças do Eixo. As decisões que foram tomadas naquela ocasião tiveram efeitos diretos e
duradouros sobre povos e nações do mundo inteiro pelo meio século seguinte.
Quando o avião do primeiro-ministro britânico Winston Churchill pousou no
aeroporto de Sebastopol, base aero-naval soviética na península, no começo de fevereiro de
1945, depois de uma demorada e cansativa viagem, por todos os lados viam-se as ruínas
causadas pela invasão dos nazistas e pela recente evacuação deles. A Criméia somente fora
reconquistada pelo Exército Vermelho no verão de 1944, portanto, quando o
plenipotenciário britânico lá aterrissara, a pobre península estava tão esburacada quanto um
queijo suíço.
Churchill odiou o trajeto percorrido de automóvel até Yalta, local escolhido para
segunda cúpula dos “Três Grandes”, realizada entre os dias 7 e 11 de fevereiro de 1945. O
lugarejo era uma antiga estação de veraneio da família do czar, situado bem no sul da
península da Criméia e dotado de uma paisagem deslumbrante. O palácio local fora
rapidamente adaptado para acolher os senhores do mundo: o presidente norte-americano
Franklin Delano Roosevelt, o primeiro-ministro britânico Winston Churchill, e o
generalíssimo soviético Joseph Stalin, a quem, naqueles tempos de amizade e
confraternização guerreira, a imprensa americana tratava como “Oncle Joe”, o tio Joe.
Ali, envolvidos pelo silêncio e pelo clima de lazer, eles decidiriam o destino futuro
das nações e de centenas de povos. Aqueles três estadistas sessentões controlavam um
território descomunal. Incluindo-se o domínio da Grã-Bretanha sobre as suas 51 colônias
espalhadas pelos mundo (mais de 23 milhões de km²), somadas ao território americano
(9.372.614 km²) e ao soviético (22.402.000 km²), perfaziam um total superior a 55 milhões
de km², habitados por 1/3 da população da Terra. Formavam um clube fechado no qual
somente entravam, como exigia Stalin, “quem tivesse mais de cinco milhões de soldados”.
Em Yalta, são abordadas questões como o tratamento a ser dispensado à Alemanha
após a guerra, incluindo sua divisão em zonas de ocupação e a eliminação de sua indústria
bélica, e a perseguição aos criminosos de guerra. Também se decide pela criação do Estado
polonês e lançam-se as bases para a criação das Nações Unidas. A URSS concorda em
combater o Japão após a derrota final da Alemanha, recebendo em troca áreas de ocupação
no Leste Europeu e da Lituânia, Letônia e Estônia.
Conferência de Potsdam

A Conferência de Potsdam realizou-se em Julho de 1945, entre o presidente Harry


Truman dos EUA, o primeiro-ministro Clement Attlee do Reino Unido e o marechal José
Estaline, presidente da URSS. Destinou-se a fixar a política a seguir para com a Alemanha
vencida na Segunda Guerra Mundial, a lançar os fundamentos da paz futura na Europa e no
mundo, e a resolver todas as dificuldades provocadas pela guerra, terminada apenas a 7 de
Maio desse mesmo ano. A Conferência teve lugar em Potsdam, por esta cidade ser
considerada o centro simbólico do militarismo e da agressividade prussiana, com o que se
quis demonstrar o fim desses valores.
Nela o resultado foi: a divisão da Alemanha em zonas de ocupação: norte-
americana, soviética, inglesa e francesa. Os vencedores impuseram aos alemães uma
reparação de guerra de 20 bilhões de dólares, dos quais a metade seria destinada a União
Soviética. A indústria bélica alemã foi eliminada, a produção de aço limitada, e certas
fábricas desmontadas. Foi decidido o julgamento dos lideres nazistas por um tribunal
internacional. A Coréia é dividida entre os EUA (sul) e URSS (norte) e o Japão se mantém
sob ocupação norte-americana.

Bibliografia:
http://www.unificado.com.br/calendario/11/teera.htm
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/seculo/2003/11/28/004.htm
http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/adrienearaujo/historia034.asp
http://www.malhatlantica.pt/netescola/conceitos/potsdam.htm
http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/conferencias/conferencis-yalta-e-ptsdam.php

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