You are on page 1of 5

CIRURGIA DA GLÂNDULA TIREÓIDE

Função da tireoide:
 Produção de hormônio tireoidiano
 T3/T4
 TSH estimula a tireoide a produzir mediante mecanismo de feedback negativo
 O diagnóstico de hipo/hipertireoidismo é feito mediante TSH, e não T3/T4, pois
estes variam muito.
A tireóide tem 3 veias e 2 artérias  CAI NA PROVA!!!
Laríngeo inferior inerva todas as cordas vocais, com exceção do músculo crico-
tireóideo, que é inervado pelo laríngeo superior.
Indicações para cirurgia da tireóide:

 Bócio sintomático
o Disfagia (“globus faríngeo”, sensação de que comeu um comprimido e
não desceu direito na garganta)
o Dispneia (piora com o decúbito dorsal, pois pressiona a traqueia)
o Disfonia (geralmente em paciente com câncer)
 Hipertireoidismo refratário
o Causa mais comum de hipertireoidismo: Doença de Graves
o Causa mais comum de hipotireoidismo: Tireoidite de Hashimoto
 Nódulo suspeito ou tóxico
o Alteração hormonal
o Dispneia
o Disfagia
o Alteração na voz
o Exame físico: palpação cervical
o Exames de imagem: ultrassonografia
o Laboratório: TSH, T4, T3
o Achados suspeitos:
 Nódulo sólido; hipoecoico
 Microcalcificações  calcificações grosseiras tipo “casca de ovo”
não quer dizer que seja necessariamente maligno
 Bordos irregulares
 Halo periférico inexistente ou incompleto
 Estética
Quando pedir cintilografia?

 Tecnécio 99, Iodo 131, Iodo 123


 Hipertireoidismo
 Nódulo quente
 Serve pra saber se o nódulo produz!!! Em outras palavras, é pra saber se é toda
a tireoide que tá produzindo demais, ou é em decorrência de um único nódulo.
 Nódulo quente: que capta Iodo, portanto chance
pequena de ser tumor
 Nódulo frio: capta menos, portanto chance
maior de ser tumor
 APENAS NOS CASOS DE HIPERTIREOIDISMO.

RESUMINDO: NÓDULO FRIO É UMA FRIA

PAAF: Punção aspirativa por agulha fina

 Indicação: nódulo maior que 0,8 cm


(mas depende muito da escola
médica)
 Acompanhamento X Cirurgia

CLASSIF. DE BETHESDA (CAI NA PROVA)

 Classe 1: repete
 Classe 2: acompanha
 Classe 3: acompanha em 3 meses
com ECO pra ver se cresceu, depois
acompanha – às vezes opera, caso
tenha microcalcificações
 Classe 4: avaliar o caso... ver o custo
benefício pro paciente de operar...
 Classe 5: opera
 Classe 6: opera
CÂNCER DE TIREOIDE:

 Fatores de risco:
o Radiação (quanto mais jovem, pior)
 Epidemiologia:
o Mais comum em mulheres (assim como os nódulos)
o Porém, quando um nódulo é encontrado em um homem, a chance de
malignidade desse nódulo é maior no homem
 Tipos:
o Carcinoma papilífero (mais comum)  é o que mais aumenta em
acidentes nucleares
o Carcinoma folicular
o Carcinoma medular
o Carcinoma indiferenciado (anaplásico)
Incidência do carcinoma papilífero aumentou muito em parte devido ao acesso
globalizado à ecografia. Porém os estudiosos dizem que não foi o único fator, que algo
(ainda não esclarecido) colabora para o aumento dos índices.
Carcinoma papilífero:

 Relação com irradiação


 Mais comum  75-80% dos casos
 Bom prognóstico  90-95% de cura
 Sinais de pior prognóstico:
o Homens
o Idade acima de 45 anos
o Tamanho acima de 3 cm
o Invasão extracapsular
o Metástase linfonodal > 5
o Podem invadir músculo milo-hióideo
 Tratamento cirúrgico:
o Com ou sem iodoterapia
 Follow up com tireoglobulina + Anti-TPO na 1ª consulta
o Se tiver aumento de Anticorpos Anti-TPO, a tireoglobulina não terá
serventia para follow-up
Carcinoma folicular:

 Em média 15% dos casos


 Bom prognóstico: 85-90% de cura
 Sinais de pior prognóstico:
o Homens
o Idade acima de 45 anos
o Tamanho acima de 3 cm
o Invasão extracapsular
o Metástase linfonodal > 5
 Tratamento cirúrgico:
o Com ou sem iodoterapia
Carcinoma medular:

 5-10% dos casos


 Alta incidência de metástase linfonodal
 Relação com MEN2 (25%) – MEN2 É DE NEOPLASIA ENDÓCRINA MÚLTIPLA
 Taxa de cura com média de 50%
 Tireoidectomia total + linfadenectomia
 Não responde à iodoterapia
 Radioterapia  É medida de resgate, se após a cirurgia tinha muito linfonodo e
tu não tá seguro da eficácia do tratamento, faz radio.
 Calcitonina follow-up  pergunta de prova

Carcinoma indiferenciado ou anaplásico: RUIM

 Raro, 3% dos casos


 Crescimento rápido
 Mortalidade de quase 100%
 Média de sobrevida de 3-6 meses
 Tratamento??

CIRURGIA DA TIREÓIDE
Tipos de cirurgia:

 Lobectomia
 Tireoidectomia total
 Indicação
 Papel da congelação
 Linfonodos
Nódulo único suspeito de câncer: todo o
lóbulo, e faz congelação: se for provável
maligno, estende a cirurgia e faz ressecção total
da tireoide.
Nódulo benigno unilateral: tira só aquele lado.
Bócio com nódulo dos dois lados: tira tudo.
SE EU PRETENDO DEIXAR UM DOS LADOS DA TIREOIDE, EU PRECISO FAZER A
TÉCNICA DE CONGELAÇÃO DURANTE A CIRURGIA,
PRA TER CERTEZA DO QUE EU TÔ FAZENDO
CA papilífero de tireoide: tireoidectomia total, independente do tamanho da
lesão. Porém, tá autorizado a fazer tireoidectomia PARCIAL para lesões até 2 cm.
Linfonodos: esvaziamento mais comum da tireoide é recorrencial: na região
entre os nervos recorrentes (laríngeos inferiores). Se achar linfonodo aumentado, olha
na congelação.
RISCOS CIRÚRGICOS E TÉCNICA OPERATÓRIA
 Dependente do tipo de cirurgia.
 Sangramento
 Fonação (pelo risco de lesões nos nervos laríngeos superior (parte aguda da voz
 vai gritar e a voz some) e inferior
 Hipocalcemia (paratireoides)
Se eu abordar todas as paratireoides na cirurgia, há risco de diminuição da função
delas no pós-operatório. Se eu fizer uma lobectomia, a chance de hipocalcemia é
baixa; se eu fizer tireoidectomia total, a chance aumenta.
PÓS-OPERATÓRIO

 Período de internação  1 dia


 Dor  costuma ser pouco intensa
 Cicatrização
CASOS CLÍNICOS  PROFESSOR VAI MANDAR OS SLIDES.

You might also like