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em desfavor de:
XXXXXXXXX S/A TRANSPORTADORA DE VAL E SEGURANÇA, pessoa jurídica de
direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.º XXXXXXX-39, com sede na
Av.XXXXXX,Centro, XXXX XXXX - XX, pelos motivos de fato e de direito a seguir
aduzidos.
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DOS FATOS
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Ao realizar a ronda motorizada o reclamante ao
acionar o freio, a motocicleta deslizou sendo inevitável a queda do reclamante,
causando assim, fratura múltiplas na perna esquerda e consequentemente ocasionado
politraumatismo na perna esquerda causando hipotrofia muscular em relação a perna
contra lateral, não mais conseguindo a flexão do pé esquerdo por lesão no nervo
ciático, Poplíteo externo (neuropatia traumática). Apresentando alteração da marcha
(laudo em anexo) mancando acentuadamente, impedindo sua locomoção normal,
somente esta feita de modo precário com a ajuda de órtese. E devido a neuropatia,
toda a pena do reclamante ficou comprometida (sem resistência).
Deste modo, após o acidente foi aberto a CAT. de
número XXXXXXXXXXXXXXXX (doc. Anexo).
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simples atividades sem fazer uso de órtese, fazer atividades domésticas, etc., não
conseguindo fazer movimento de flexão, impossibilitando que o mesmo faça
movimento que exija a flexão do dorso do pé esquerdo.
- de cunho físico representada pela dor constante, por fazer uso habitual de
medicamentos e fisioterapia, por ter perdido todo o movimento do pé esquerdo e
enfraquecimento de toda perna esquerda;
- por fim, de cunho material configurada pela perda de poder aquisitivo face à redução
salarial ocasionada pelo fato de não conseguir mais emprego na sua função anterior e
nem em outra que lhe dê uma remuneração mínima, tendo gastos constantes com
medicamentos e fisioterapia.
O Reclamante vem trilhando uma verdadeira via
crucis em busca do alívio das seqüelas que lhe foram causadas pelo acidente,
necessitando do ajuda de parentes e amigos para sua sobrevivência, locomovendo-se
com dificuldades, utilizando-se de órtese constantemente, sendo impedido de praticar
atividades que antes sempre foram rotineiras, como por exemplo, a prática de
esportes.
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É certo que os Reclamados agiram com culpa,
posto que imprudentemente, incumbiam à vítima de prestar serviços em que o mesmo
não era qualificado (habilitado), resultando daí o fatídico evento já descrito acima,
deixando-o impossibilitado de trabalhar, levando-o a uma situação de penúria visto que
tem obrigação de prover o sustento de sua família.
DA PRESCRIÇÃO
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2028. ; c) prescrição qüinqüenal do artigo 7º, inciso XXIX, da Constituição
Federal, se o fato lesivo foi praticado na vigência da EC 45 de 31.12.2004. (TRT
2ª R.; RO 00097-2006-067-02-00-1; Ac. 2008/0660635; Décima Primeira Turma;
Relª Desª Fed. Rita Maria Silvestre; DOESP 19/08/2008; Pág. 124)
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passou a ter a ciência inequívoca de sua incapacidade. Está patente o reconhecimento
de sua incapacidade que o último exame realizado em 18/10/2014 objetivando sua
permanência como vigilante atestou sua incapacidade para esta função devendo
mudar de função, mas o reclamante ficou recebendo para ficar em sua casa sem
atividade objetivando a descaracterização do sinistro in loco.
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básica, vale refeição e alimentação, assistência médica e odontológica entre outras
vantagens de quem se encontra empregado, bem como o reajuste de salário previsto
pelo sindicato da categoria.
DANOS MORAIS
DO DIREITO
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O Código Civil Brasileiro assim prescreve em seus
artigos 186, 187, 927 e 944:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.
DO QUANTUM INDENIZATÓRIO
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cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo
que o ofendido prove haver sofrido.
Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa
exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de
trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros
cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão
correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou
da depreciação que ele sofreu.”
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Primeiramente não se pode esquecer que o
reclamante, sendo arrancado do mercado de trabalho, não poderá mais almejar a
ascensão profissional e melhores salários.
Maria Helena Diniz, in Curso de Direito Civil Brasileiro, 7º vol. 9ª edição, Saraiva, ao
tratar do dano moral, ressalva que a reparação tem sua dupla função, a penal
“constituindo uma sanção imposta ao ofensor, visando à diminuição de seu patrimônio,
pela indenização paga ao ofendido, visto que o bem jurídico da pessoa (integridade
física, moral e intelectual) não poderá ser violado impunemente” e a função
satisfatória ou compensatória, pois ‘‘como o dano moral constitui o menoscabo a
interesses jurídicos extrapatrimoniais, provocando sentimentos que não tem preço, a
reparação pecuniária visa proporcionar ao prejudicado uma satisfação que atenue a
ofensa causada”.
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no valor mínimo de 100 (cem) vezes seu salário ou seja o ultimo salário percebimento
pero reclamante correspondente ao salário da categoria de vigilante, que corresponde
a R$ 991,28 (novecentos e noventa e um reais e vinte oito centavos), que totaliza o
valor de R$ 99.128,00 (noventa e nove mil cento e vinte oito reais setenta mil reais), ou
o valor que Vossa Excelência entender devido a título de indenização, levando em
consideração todos os fatos que circundam o caso “sub judice” e a função
sancionadora que a indenização por dano moral busca.
“O dano material pode ser reparado por pensão vitalícia. ... Resta
arbitrar um valor mensal (ora definido em R$ 1.000,00 para
recompor a faixa salarial da época do afastamento) e projetar pela
expectativa de vida da cidadã deferindo desde já uma indenização
pecuniária no modelo diferente daquela sugerido pela demandante.
Autorizo a projeção até 70 (setenta) anos, média de expectativa do
cidadão brasileiro segundo os atuais indicadores, ...”
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Frise-se que este também é o entendimento dos
tribunais:
DO PEDIDO
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Diante o exposto, requer que Vossa Excelência se
digne em determinar a notificação da reclamada no endereço supramencionado, a qual
deverá comparecer em audiência a ser designada, para querendo ou motivo tendo,
ofertar defesa à presente reclamação, sob pena de serem considerados como
verdadeiros todos os fatos articulados na peça preambular, bem como, seja a
presente reclamatória julgada totalmente PROCEDENTE, condenando a
reclamada ao pagamento do principal, atualização monetária, juros de mora e
demais cominações legais, tudo a ser apurado em regular liquidação de
sentença.
Termos em que,
Pede deferimento.
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Teresina-PI,
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