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AS CONTRIBUIÇÕES DA NEUROCIÊNCIA PARA O

PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

Clério Cezar Batista Sena


Simone Coelho Guimarães

Resumo

Saber quais são as contribuições da Neurociência para o processo de ensino aprendizagem


motivou a presente pesquisa bibliográfica. Com base em autores contemporâneos, foram
abordados conceitos em neurociência, neuroplasticidade e aprendizagem, tanto na perspectiva
pedagógica como na neurobiológica. Aspectos neurocognitivos (como a linguagem e a
memória), afetivos, emocionais e ambientais estão envolvidos na aprendizagem; assim,
professores que conhecem como ocorrem os fenômenos mentais no processo de ensino
aprendizagem, do ponto de vista neurobiológico em interação com o meio ambiente, podem
elaborar melhor seu plano pedagógico, desenvolvendo estratégias neuropsicopedagógicas que
potencializem o desenvolvimento integral do aluno.

Palavras-chave: Neurociência, Neuroplasticidade, Aprendizagem

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo foi elaborado com o objetivo de levantar as contribuições da Neurociência


para o processo de ensino aprendizagem. O que é Neurociência? Neuroplasticidade? Como o
cérebro aprende? Em que medida a prática educativa pode se beneficiar dos conhecimentos
em aprendizagem a partir de uma abordagem neurobiológica? Foram essas as questões que
motivaram esta pesquisa bibliográfica que revela o quanto a prática pedagógica precisa
abarcar os aspectos neurocognitivos, afetivos, emocionais e ambientais envolvidos na
aprendizagem, a fim de promover o desenvolvimento integral do aluno.

Inicialmente, apresentamos os conceitos em Neurociência, destacando a abordagem cognitiva,


pois trata das capacidades mentais mais complexas, como a linguagem e a memória,
fundamentais em todo o processo de ensino aprendizagem. Também apresentamos conceitos
em Neuroplasticidade que trata da capacidade do encéfalo em reorganizar as conexões
neurais diante de lesões ou de processos de aprendizagem.

No decorrer do estudo, abordamos as concepções de aprendizagem do ponto de vista


pedagógico, que considera o aluno como um ser integral, em seus aspectos cognitivo, afetivo e
social, em interação com a perspectiva neurobiológica que considera a aprendizagem,
conforme Migliori (2013), um fenômeno de plasticidade neural modulado por fatores intrínsecos
(genéticos) e extrínsecos (experiências).
Destacamos ainda a importância das emoções e das inteligências múltiplas na aprendizagem e
o quanto o professor precisa desenvolver estratégias pedagógicas que utilizem recursos
multissensoriais para ativar as múltiplas redes neurais e atingir resultados mais eficientes nos
alunos.

2 CONCEITUANDO NEUROCIÊNCIA

Para entendermos como e até que ponto a Neurociência pode contribuir com o processo de
ensino aprendizagem, primeiro é importante compreender o seu conceito.

De acordo com Roberto Lent (2010), a Neurociência é uma das disciplinas mais ricas e
inovadoras da ciência moderna, pois revela como o ser humano pensa, planeja o futuro,
guarda registros do passado e intervém no meio ambiente, permitindo sonhar com a cura de
doenças incapacitantes de ordem neurológica e psiquiátrica. Segundo o autor, a Neurociência
se divide e é classificada de acordo com sua abordagem: Neurociência Molecular, Celular,
Sistêmica, Comportamental e Cognitiva. Nesta última reside o interesse desse estudo, pois
trata das capacidades mentais mais complexas, como por exemplo, a linguagem e a memória,
fundamentais em todo o processo de ensino aprendizagem.

2.1 NEUROCIÊNCIA E PLASTICIDADE CEREBRAL

Dentro dessa linha de pesquisa, a plasticidade cerebral ou neuroplasticidade é outro conceito


relevante. De acordo com Bossa (2016, p.15), neuroplasticidade “consiste na capacidade do
encéfalo em adaptar-se a modificações, sejam elas novas funções aprendidas ou reações a
lesões encefálicas”.

Segundo Roberto Lent (2010, p.149), o conceito para neuroplasticidade é “a capacidade de


adaptação do sistema nervoso, especialmente a dos neurônios, às mudanças nas condições
do ambiente que ocorrem no dia a dia da vida dos indivíduos”, abrangendo não somente a
resposta a lesões traumáticas destrutivas, mas também as alterações decorrentes dos
processos de aprendizagem e memória.

Portanto, a neuroplasticidade, presente em toda a existência humana, enquanto reorganiza as


conexões neurais, se constitui a base biológica da aprendizagem. Sob essa perspectiva, a
criança e o adolescente que não aprendem por dificuldades ou transtornos de aprendizagem,
poderão aprender a partir de estímulos adequados dentro da prática docente.

3 A APRENDIZAGEM EM PERSPECTIVA

Atualmente, há diferentes teorias de aprendizagem e seus conceitos referenciam os


conhecimentos da neurobiologia, psicologia, educação e pedagogia.
Em geral, a aprendizagem está relacionada ao desenvolvimento pessoal, processo pelo qual
as competências, habilidades, conhecimentos, comportamento ou valores são adquiridos ou
modificados. Na concepção construtivista, a ação educativa parte da consideração da criança
em todas as suas dimensões, como um ser integral.

Henry Wallon foi o primeiro a falar da formação integral das crianças, dando ênfase ao papel
das emoções na aprendizagem . Sentimentos como raiva, alegria, medo e tristeza ganham
função relevante com o meio. O desenvolvimento, segundo sua concepção, se fundamenta em
quatro pilares: a afetividade, o movimento, a inteligência e a formação do eu (FERRARI,
2006).

De acordo com Almeida (2006), três pontos se destacam nas propostas pedagógicas
wallonianas:
1. a ação da escola não se limita à instrução, mas se dirige à pessoa inteira e deve converter-
se em um instrumento para seu desenvolvimento; esse desenvolvimento pressupõe a
integração entre as dimensões afetiva, cognitiva e motora;
2. a eficácia da ação educativa se fundamenta no conhecimento da natureza da criança, de
suas capacidades, necessidades, ou seja, no estudo psicológico da criança;
3. é no meio físico e social que a atividade infantil encontra as alternativas de sua realização; o
saber escolar não pode se isolar desse meio, mas, sim, nutrir-se das possibilidades que ele
oferece (ALMEIDA, 2006, p.78).

Segundo Almeida (2006), a conceituação de meio desenvolvida por Wallon confere à escola
uma importância e uma responsabilidade muito grande no desenvolvimento pessoal, cuja
atuação tem reflexos posteriores. Na escola o aluno poderá vivenciar papéis diferenciados,
aprender a assumir e dividir responsabilidades, a respeitar regras, a administrar conflitos,
compreender a necessidade do vínculo e da ruptura, aprender a conviver.

Na concepção de Almeida (2006), a escola:

é o ponto de coesão que assegura a continuidade do passado com o futuro. Sem esquecer que
a criança traz para a escola as características de seu ser biológico, psicológico, além das
condições materiais e sociais de sua existência. É a partir daí que a escola tem de trabalhar.
[...] A escola não pode esquecer que toda prática verdadeiramente pedagógica tem por
finalidade o desenvolvimento da pessoa e o fortalecimento do eu (ALMEIDA, 2006, p.85).

Para Piaget, o pai da epistemologia genética, a aprendizagem depende da maturação biológica


da criança, fundamentando o conceito em quatro estágios básicos de desenvolvimento
cognitivo: sensório-motor (até dois anos de idade), pré-operacional (dos dois aos sete anos),
operações concretas (dos sete aos doze anos) e operações formais (a partir dos doze anos).
Segundo o autor, o aprendizado é construído pelo aluno, a partir da interação entre estruturas
internas e contextos externos (FERRARI, 2006).

Em Vygotsky, a ênfase está nos processos de aprendizado. Para ele todo aprendizado é
mediado e a formação se dá numa relação dialética entre o sujeito e a sociedade ao seu redor.
Oliveira (1997) afirma que, para Vygotsky,

as funções psicológicas superiores, típicas do ser humano, são, por um lado, apoiadas nas
características biológicas da espécie humana e, por outro lado, construídas ao longo de sua
história social. Como a relação do indivíduo com o mundo é mediada pelos instrumentos e
símbolos desenvolvidos no interior da vida social, é enquanto ser social que o homem cria suas
formas de ação no mundo e as relações complexas entre suas várias funções psicológicas.
Para desenvolver-se plenamente como ser humano o homem necessita, assim, dos
mecanismos de aprendizado que movimentarão seus processos de desenvolvimento
(OLIVEIRA, 1997, p.78).

Assim, do ponto de vista pedagógico, a fim de promover a construção do conhecimento no


aluno, é importante que o professor reorganize o ambiente e seus elementos, fazendo a
contextualização social das atividades e levando em conta as dimensões envolvidas no
processo de aprendizagem.

Do ponto de vista neurobiológico, a aprendizagem é definida, segundo Bossa (2016),

como um processo que se cumpre no sistema nervoso central, em que se produzem


modificações mais ou menos permanentes, que se traduzem por uma mudança funcional ou
conductual, permitindo uma melhor adaptação do indivíduo ao seu meio como resposta a uma
solicitação interna ou externa. Quando o estímulo já é conhecido do SNC, desencadeia uma
lembrança. Quando o estímulo é novo, desencadeia uma mudança (BOSSA, 2016, p.10).

De acordo com a referida autora, durante a aprendizagem

o processamento das informações depende da integralização de diversas habilidades,


destacando-se as cognitivas atencionais, mnésicas e linguísticas, além de desenvolvimento
emocional e comportamental. Os processamentos cognitivos superiores envolvidos em
organizar e monitorar o pensamento e o comportamento são conhecidos como funções
executivas (BOSSA, 2016, p.13).

Para Migliori (2013, p.77) “a aprendizagem resulta de um processo integrado que provoca uma
transformação na estrutura mental daquele que aprende. Essa transformação se reflete em
alterações na conduta da pessoa”. Segundo a autora,

a aprendizagem também depende dos processos de maturação física, psicológica e social, e


se dá no meio social e temporal com os quais a pessoa convive, ou seja, é um fenômeno de
plasticidade neural modulado por fatores intrínsecos (genéticos) e extrínsecos (experiências)
(MIGLIORI, 2013, p. 77).

É importante para o educador entender que o processo de ensino aprendizagem envolve mais
do que concepções pedagógicas ou metodologias didáticas. Migliori afirma que é necessário
perceber as relações entre a aprendizagem, as emoções, o esforço cognitivo e a necessidade
de manutenção dessa atividade sistêmica no cérebro, sem repetir padrões de aprendizagem
que reduzam a capacidade de criar novas redes sinápticas, ou seja, não desenvolvendo a
capacidade de aprender (MIGLIORI, 2013).

De acordo com Guerra (2011), são as emoções que orientam a aprendizagem. Segundo a
autora,

Neurônios das áreas cerebrais que regulam as emoções, relacionadas ao medo, ansiedade,
raiva, prazer, mantêm conexões com neurônios de áreas importantes para formação de
memórias. Poderíamos dizer que o desencadeamento de emoções favorece o estabelecimento
de memórias. Aprendemos aquilo que nos emociona (GUERRA, 2011, p.7).

A partir de tais fundamentos, é possível concluir que a aprendizagem depende de diversos


fatores orgânicos e funcionais, entre os quais podemos citar o desenvolvimento da linguagem
oral, o processamento fonológico, auditivo e visual, a atenção e memória nas modalidades
auditivas e visuais, além dos aspectos afetivos, emocionais e ambientais envolvidos em todo o
processo. Cabe ao professor, de posse desses fundamentos, fazer a convergência das
abordagens pedagógica e neurobiológica da aprendizagem em uma prática dialógica,
contemplando todos os aspectos envolvidos no processo de ensino aprendizagem.

3.1 INTELIGÊNCIA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

Dentro do contexto geral de aprendizagem, é relevante ressaltar o conceito de inteligência. De


acordo com Relvas (2015, p.116), “existe uma infinidade de definições sobre a inteligência,
mas muitos autores a definiram como a ‘capacidade de aprender’”.

Conforme Goleman, apud Relvas (2015), a inteligência é determinada pelo autocontrole das
emoções. Segundo o pesquisador,

As crianças que aprendem a controlar suas emoções têm maior potencial de inteligência e
mais oportunidade de êxito na vida afetiva e profissional. As pesquisas mostram que as
crianças que têm dificuldades de relacionamento na escola têm oito vezes mais oportunidade
de fracassar em suas ambições (RELVAS, 2015, p.117).

O autor avalia, além da raiva, outros impulsos como a gula e a ansiedade. Afirma que o
ambiente familiar exerce influência decisiva para o autocontrole dos impulsos. Os pais
precisam saber dizer não. Segundo Goleman, apud Relvas (2015),

O autocontrole favorece a curiosidade, estimulando a inteligência. Isto se aprende na infância,


em casa e na escola. Mas os adultos também podem ampliar seu potencial de conexões
cerebrais, ainda que muito menos do que as crianças, exercitando-se contra a rigidez de ideias
e se abrindo para a vida (RELVAS, 2015, p.118).
Howard Gardner, partindo do mapeamento encefálico, afirma em sua teoria das inteligências
múltiplas que para cada habilidade existe um tipo de inteligência, por isso o educador necessita
conhecer quais são as inteligências para compreender a singularidade dos educandos e
planejar melhor sua prática, contemplando a multiplicidade e a diversidade na sala de aula
(FERRARI, 2006).

Assim, levando em conta que o aluno possui outras inteligências além da linguística e da
lógico-matemática, que devem ser desenvolvidas, as estratégias pedagógicas precisam utilizar
recursos multissensoriais que ativem as múltiplas redes neurais para atingir resultados mais
eficientes.

4 AS CONTRIBUIÇÕES DA NEUROCIÊNCIA PARA A APRENDIZAGEM ESCOLAR

Compreender como ocorre a aprendizagem a partir das conexões neurais e entender as


diferenças entre distúrbios, transtornos e dificuldades de aprendizagem, é importante para
oferecer uma abordagem mais adequada a cada aluno. De acordo com Relvas (2015),

É fato que diversas dificuldades de aprendizagens poderão ser resolvidas ou amenizadas


quando os educadores tiverem seus olhares focalizados na promoção do desenvolvimento dos
diversos estímulos neurais que se expõem de forma que se compreendam os processos e os
princípios das estruturas do cérebro, conhecendo e identificando cada área funcional, visando
estabelecer rotas alternativas para aquisição da aprendizagem, utilizando-se de recursos
sensoriais, como instrumento do pensar e do fazer. É fundamental que educadores conheçam
as estruturas cerebrais como interfaces da aprendizagem e que sejam sempre um campo a ser
explorado. Para isso, os estudos da biologia cerebral vêm contribuindo para a práxis em sala
de aula, na compreensão das dimensões cognitivas, motoras, afetivas e sociais no
redimensionamento do sujeito aprendente e suas formas de interferir nos ambientes pelos
quais perpassam (RELVAS, 2015, p. 34).

O educador precisa compreender o papel de cérebro nos processos neurocognitivos, a fim de


intervir no desenvolvimento de seu aluno através de estratégias neuropsicopedagógicas
capazes de potencializar o processo de ensino aprendizagem.

Segundo Guerra (2011), contribuem para o cotidiano do educador “conhecer a organização e


as funções do cérebro, os períodos receptivos, os mecanismos da linguagem, da atenção e da
memória, as relações entre cognição, emoção, motivação e desempenho, as potencialidades e
as limitações do SN, as dificuldades para aprendizagem e as intervenções a elas relacionadas”
(GUERRA, 2011, p.6).

Bossa (2013) afirma que a sala de aula pode ser um ambiente muito rico para ampliar a rede
neural, mas para isso o professor tem que saber como o cérebro reage frente ao objeto
conhecimento. Ainda segundo a referida autora, muito do que é importante e viável para
promover um bom desenvolvimento infantil já está presente no ideário pedagógico das boas
escolas.

Portanto, as escolas que têm o conhecimento a respeito de como ocorrem os fenômenos


mentais no processo de ensino aprendizagem, do ponto de vista neurobiológico em interação
com o meio ambiente, podem elaborar melhor seu plano pedagógico, planejando com clareza e
lucidez atividades e brincadeiras que estimulem o desenvolvimento integral do aluno, em cada
faixa etária.

Assim, ao promovermos uma educação que estimule equilibradamente todas as competências


mentais, certamente estaremos contribuindo para um maior número de sinapses em um
espaço de tempo menor.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa foi norteada pelo interesse em levantar as contribuições da Neurociência para o
processo de ensino aprendizagem e em que medida a prática educativa pode se beneficiar dos
conhecimentos em aprendizagem a partir de uma abordagem neurobiológica.

A princípio, fundamentamos os conceitos de neurociência e neuroplasticidade segundo


Roberto Lent (2010) e Nadia Bossa (2016). De acordo com os referidos autores, a neurociência
revela como o ser humano pensa, planeja o futuro, guarda registros do passado e intervém no
meio ambiente. A abordagem cognitiva trata das capacidades mentais fundamentais para o
processo de ensino aprendizagem, como a linguagem e a memória. Já a neuroplasticidade
revela a capacidade de adaptação do sistema nervoso diante de mudanças em decorrência de
lesões encefálicas ou de processos de aprendizagens.

Em sequencia, partindo de autores como Almeida (2006), Bossa (2016), Ferrari (2006), Guerra
(2011), Migliori (2013), Oliveira (1997) e Relvas (2015), exploramos o conceito de
aprendizagem segundo a perspectiva pedagógica em conexão com a perspectiva
neurobiológica, destacando a importância das emoções e das inteligências múltiplas no
processo de ensino aprendizagem. Assim, foi possível concluir que a aprendizagem é
multifacetada, afinal depende de diversos fatores orgânicos e funcionais, entre os quais
citamos o desenvolvimento da linguagem, a atenção e memória, além dos aspectos afetivos,
emocionais e ambientais.

Ressaltamos também que entender como ocorrem os fenômenos mentais no processo de


ensino aprendizagem, do ponto de vista neurobiológico em interação com o meio ambiente,
pode facilitar a elaboração do plano pedagógico. A partir desse conhecimento, o professor
pode planejar com clareza e lucidez atividades e brincadeiras que potencializem e estimulem a
aprendizagem do aluno, desenvolvendo suas competências para aquisição da linguagem oral e
escrita, do raciocínio lógico-matemático, além de outras habilidades como a corporal, a
interpessoal, a musical, entre outras.

Tal conhecimento também favorece a avaliação do professor em sua prática docente, reflexiva
por excelência, no diagnóstico dos fatores envolvidos na não aprendizagem, tendo em vista os
demais aspectos sociais, ambientais e pedagógicos que interferem no desenvolvimento dos
alunos.

Finalmente, conforme afirma Guerra (2011), concluímos que as neurociências não propõem
uma nova pedagogia, mas sua contribuição reside em fundamentar e inspirar práticas
educacionais capazes de alcançar melhores resultados no processo de ensino aprendizagem.

REFERÊNCIAS

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FERRARI, Márcio. Nova Escola, Edição Especial Grandes Pensadores, vols. 1 e 2. São Paulo:
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GUERRA, Leonor Bezerra. O diálogo entre neurociência e a educação: da euforia aos desafios
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OLIVEIRA, Marta Kohl. Vygotsky, Aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio-


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