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ESTRUTURAS DE AÇO-06

Prof. Alberto Leal, MSc.


Grupo HCT
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 2

Objetivo
• Apresentação dos conceitos básicos e práticas recomendadas para
proteção anticorrosiva.

• Apresentação do projeto de um edifício de 4 (quatro) pavimentos.


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1. Proteção anticorrosiva
1.1 Considerações iniciais

• Um importante aspecto do tratamento


anticorrosiva refere-se à preparação
da superfície do metal.

• Aderência das tintas por ligações


físicas, químicas ou mecânicas.

• A ligação mecânica depende, dentre


outros fatores, da rugosidade
superficial.
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1. Proteção anticorrosiva
1.1 Considerações iniciais

• É importante que as estruturas


metálicas sejam devidamente
limpas e que qualquer tipo de
impureza seja retirada.

• É comum erros construtivos


associados à preparação
superficial.

• Muitos sistemas construtivos são


montados sem tratamento prévio
em fábrica.
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1. Proteção anticorrosiva
1.1 Considerações iniciais
• A carepa de laminação é um
contaminante oriundo do processo
de fabricação do aço.

• Após a retirada da carepa de


laminação, deve-se efetuar a
limpeza das impurezas com
solvente (thinner).

• A limpeza superficial pode ocorrer


da seguinte forma:

 Manual.
 Mecânica.
 Jateamento abrasivo.
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1. Proteção anticorrosiva
1.1 Considerações iniciais

• As limpezas do tipo manual não são


indicadas para ambientes de média e
alta agressividade ambiental.

• Além disso, uma desvantagem


associada a este tipo de
procedimento é a baixa produtividade
e eficiência.

• Costuma-se denominar limpezas


manuais pelo padrão ST-2.
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1. Proteção anticorrosiva
1.1 Considerações iniciais

• As limpezas mecânicas são indicadas


para ambientes de baixa e média
agressividade.

• Apresentam uma boa produtividade e


são adequadas para construção em
construções em geral.

• Costuma-se denominá-las por


“limpeza mecânica padrão ST-3”.
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1. Proteção anticorrosiva
1.1 Considerações iniciais

• A limpeza por jateamento abrasivo é


indicada para ambientes altamente
agressivas.

• Apresenta elevada produtividade e


eficiência.

• Permite uma limpeza mais profunda


e de melhor qualidade se comparada
aos métodos anteriores.
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1. Proteção anticorrosiva
1.1 Considerações iniciais
• A areia e granalha de aço são
abrasivos amplamente utilizados
para limpezas por jateamento.

• A areia apresenta pouca


possibilidade de reutilização do
abrasivo. Consome cerca de 70% do
material num ciclo inicial.

• As granalhas são formados por tipos


especiais de aço, com elevada dureza
e poder abrasivo.

• Apresenta uma maior vida útil em


relação à areia.
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1. Proteção anticorrosiva
1.2 Padrão de limpeza superficial
Padrões de limpeza

• ST-2: Limpeza manual com escovas,


raspadores e lixas.

• ST-3: Limpeza Mecânica com escovas


rotativas pneumáticas ou elétricas.

• SA-1: Jato ligeiro “ brush-off”,


executado de forma rápida e
considerado como uma “escovada” do
aço.

• SA-2: Jato comercial, executado de


forma que cerca de 65% da carepa é
eliminada.
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1. Proteção anticorrosiva
1.2 Padrão de limpeza superficial
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1. Proteção anticorrosiva
1.2 Padrão de limpeza superficial
Padrões de limpeza

• SA-2 1/2: Jato ao metal quase


branco, removendo cerca de 95% da
carepa de laminação. Cor da
superfície: Cinza Clara com algumas
poucas manchas.

• SA-3: Jato ao metal branco. 100% da


carepa é removida Grau máximo de
limpeza. Cor da superfície: Cinza
Clara e Uniforme.
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1. Proteção anticorrosiva
1.3 Aplicação das tintas

• As tintas usadas nas estruturas


metálicas em geral são líquidsa e
requerem cuidados com o
acondicionamento.

• Outro aspecto importante


relacionado às tintas refere-se à
homogeneização dos componentes
antes da aplicação.
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1. Proteção anticorrosiva
1.3 Aplicação das tintas

• Deve-se observar a vida útil após a


mistura dos dois componentes (A +B)
nas fichas técnicas dos fabricantes.

• Em alguns casos, os fabricantes


recomendam o emprego de diluentes
para facilitar a aplicação das tintas.
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1. Proteção anticorrosiva
1.3 Aplicação das tintas

• Intervalo entre demãos é informado


usualmente pelo fabricante e
depende das condições climáticas no
instante de aplicação.

• Vale destacar que se o tempo máximo


entre demãos, informado pelo
fabricante, for alcançado, a peça deve
ser lixada superficialmente.

• Medida anterior visa garantir


aderência entre as camadas.
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1. Proteção anticorrosiva
1.3 Aplicação das tintas

• Intervalo entre demãos é informado


usualmente pelo fabricante e
depende das condições climáticas no
instante de aplicação.

• Vale destacar que se o tempo máximo


entre demãos, informado pelo
fabricante, for alcançado, a peça deve
ser lixada superficialmente.

• Medida anterior visa garantir


aderência entre as camadas.
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1. Proteção anticorrosiva
1.3 Aplicação das tintas

• A aplicação da tinta pode ser feita de


diferentes maneiras.

 Rolos.
 Trinchas.
 Pistolas elétricas.

• Técnicas de pintura cruzada. Uma


Demão com rolos e trinchas numa
direção. A demão subsequente, numa
direção perpendicular.
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1. Proteção anticorrosiva
1.3 Aplicação das tintas
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1. Proteção anticorrosiva
1.4 Práticas recomendadas

• Devem prever raios para o entalhe


não inferiores a 50 mm, de forma a
permitir um tratamento adequado da
superfície.

• Previsto na norma brasileira de


estruturas de aço ABNT NBR
8800:2008.
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1. Proteção anticorrosiva
1.4 Práticas recomendadas

• Deve-se tomar cuidados especiais


para não prejudicar o trabalho de
preparação e pintura durante etapa
de transporte.

• É usual observar problemas de


corrosão precoce nas estruturas
metálicas em função de transporte
inadequado.
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1. Proteção anticorrosiva
1.4 Práticas recomendadas

• Um ponto crítico quando o assunto é


corrosão refere-se aos cordões de
solda.

• É importante que a pintura seja feita


numa faixa mais larga em relação à
largura do cordão.

• Além disso, os cordões não podem


apresentar porosidade ou trincas que
possam prejudicar o desempenho
quanto à corrosão.
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1. Proteção anticorrosiva
1.4 Práticas recomendadas

• Em ligações soldadas, um aspecto


relevante é a continuidade do cordão.

• Cordões contínuos não apresentam


riscos associados à corrosão por
frestas.

• Por outro lado, cordões intermitentes


devem ser preenchidos por massa
plástica ou outro tipo de material que
impeça o acúmulo de água e
impurezas nas frestas.
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1. Proteção anticorrosiva
1.4 Práticas recomendadas

• Conforme afirmado anteriormente,


este tipo de situação favorece a
corrosão, perda de durabilidade e
aumento dos custos de manutenção.
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1. Proteção anticorrosiva
1.4 Práticas recomendadas

• Conforme afirmado anteriormente,


este tipo de situação favorece a
corrosão, perda de durabilidade e
aumento dos custos de manutenção.
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.1 Apresentação do edifício
• O edifício possui 4 pavimentos e é
composto por estruturas de aço e
painel wall.

• Espaçamento entre pórticos: 7.500


mm.
3.000

• Ação variável: 2 kN/m2


mm

7.500 mm • Ação permanente: 1 kN/m2

• Pé direito de 3.000 mm
• Vão livre de 7.500 mm
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.1 Apresentação do edifício
• Ligações rígidas entre as vigas e
pilares.

• Ligações rígidas entre os pilares e as


fundações.

• Espaçamento entre as vigas máximo


entre as vigas: 1.250 mm.
3.000
mm

7.500 mm
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.2 Características do painel wall

Tabela 1 – Painel Wall Brasilit


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2. Edifício com quarto pavimentos


2.2 Características do painel wall

Tabela 2 – Painel Wall Eternit


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2. Edifício com quarto pavimentos


2.2 Características do painel wall

Figura 1 – Modulação do painel


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2. Edifício com quarto pavimentos


2.2 Características do painel wall

Figura 2 – Elementos de fixação


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2. Edifício com quarto pavimentos


2.2 Características do painel wall

Figura 3 – Parafusos autoatarraxantes


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2. Edifício com quarto pavimentos


2.2 Características do painel wall

Figura 4 – Revestimentos
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.3 Efeito do vento

A velocidade básica de vento, definida pela ABNT NBR 6123:1988,


adotada por este projeto é de 35 m/s.
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.3 Efeito do vento

Numa das tabelas presentes na referida norma brasileira, define-se o


Fator S2 para avaliação das pressões de vento. Os fatores S1 e S3
foram definidos com valores unitários.
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.3 Efeito do vento

Fator S3 definido para o Grupo 2.


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2. Edifício com quarto pavimentos


2.3 Efeito do vento

Coeficiente de arrasto:
𝐶𝑎𝑦 = 1,25

1,25
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.3 Efeito do vento
Pressão dinâmica

𝑞1 = 0,635 𝑘𝑁/𝑚2
𝑞2 = 0,721 𝑘𝑁/𝑚2
𝑞3 = 0,781 𝑘𝑁/𝑚2

𝑞𝑘 = 0,613 × 𝑉𝑘 2

1,25
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.4 Pré dimensionamento

𝛿 = 30% ∙ 4,13 = 1,24 𝑐𝑚

𝛿𝑎𝑑𝑚 = 3,00 𝑐𝑚

η = 𝛿 𝛿𝑎𝑑𝑚 = 42% OK

A configuração adotada, com as vigas e pilares compostas por W360x39,0 e


W360x51 respectivamente, o deslocamento do topo do pórtico está em
conformidade com o limite máximo estabelecido pela ABNT NBR
8800:2008: H/400 - Combinação frequente 30% 𝛿𝑣𝑒𝑛𝑡𝑜,𝑘 .
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.5 Dimensionamento estrutural

Observando agora o dimensionamento estrutural, um procedimento


geralmente adotado consiste na avaliação de 3 (três) combinações para
efeito do Estado Limite Último (ELU).
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.5.1 Ação Permanente
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.5.2 Ação Variável
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.5.3 Vento
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.5.4 Combinação-01

A primeira combinação observada


refere-se às ações permanentes e
variáveis atuantes no nível do
pavimento. Observe que as ações de
vento e forças nocionais não foram
consideradas nesta combinação.
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.5.4 Combinação-01
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.5.5 Combinação-02

• A segunda combinação observada


refere-se às ações permanentes,
variáveis (principal) e ações de
vento (secundária) atuantes no
nível do pavimento.

• Novamente, as forças nocionais


não foram consideradas neste
estudo preliminar.
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.5.5 Combinação-02
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.5.6 Combinação-03

• A terceira combinação observada


refere-se às ações permanentes,
variável (secundária) e ações de
vento (principal) atuantes no nível
do pavimento.

• As forças nocionais não foram


consideradas neste estudo
preliminar.
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.5.6 Combinação-03
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.6 Avaliação preliminar das vigas
• Em relação às vigas, nota-se que a
combinação mais desfavorável
refere-se àquela de no 02.

• Na região da ligação viga/pilar, no


2º pavimento, o momento fletor
totaliza 185,7 kN.m

• Neste sentido, pode-se efetuar, a


priori, o dimensionamento a partir
das planilhas do CBCA para
avaliação dos Estados Limites
Últimos – Flambagem Local da
Alma (FLA) e Flambagem Local da
Mesa (FLM).
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.6 Avaliação preliminar das vigas

• Nota-se que, em relação aos referidos Estados Limites Últimos, o perfil


W360x38,9 apresenta capacidade resistente adequada para a
combinação mais desfavorável.

• É válido ressaltar que ainda deve-se considerar o efeito da não


linearidade geométrica, o comportamento do elemento em relação à
flexão composta e o Estado Limite Último – Flambagem Lateral por
Torção (FLT).
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.6 Avaliação preliminar das vigas

• Outro ponto importante é que, caso o Estado Limite Último –


Flambagem Lateral por Torção (FLT) seja preponderante no
dimensionamento, pode-se especificar contenções laterais para que a
viga possa ser aprovada em termos de segurança.
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.7 Avaliação preliminar dos pilares

• Sobre os pilares, nota-se que devem


ser consideradas as combinações de
no 02 e 03.

• Na região da ligação fundação/pilar,


na base do 1º pavimento,
combinação no 02, o momento fletor
totaliza 95 kN.m e esforço normal de
compressão de 752 kN.

• Neste sentido, pode-se efetuar, a


priori, o dimensionamento a partir
das planilhas do CBCA para
avaliação da flexão composta.
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.7 Avaliação preliminar dos pilares
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.7 Avaliação preliminar dos pilares
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.7 Avaliação preliminar dos pilares

• Os pilares W360x51,0 estão aprovados nesta análise preliminar, desde


que seja considerado o efeito favorável do coeficiente 𝐶𝑏 para a
combinação em questão.

• Nota-se que a capacidade resistente mencionada pela planilha


considera, conservadoramente, o coeficiente 𝐶𝑏 com valor unitário.
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.7 Avaliação preliminar dos pilares
• Nota-se que o referido coeficiente, nesta
configuração de esforços solicitantes, aumenta
a capacidade resistente à Flambagem Lateral
por Torção em 2,18, aproxidamente.

12,5𝑀𝑚á𝑥
𝐶𝑏 = ≤ 3,0
2,5𝑀𝑚á𝑥 + 3,0𝑀𝐴 + 4,0𝑀𝐵 + 3,0𝑀𝐶

12,5 ∙ 130,2
𝐶𝑏 = = 2,18
2,5 ∙ 130,2 + 3,0 ∙ 80,0 + 4,0 ∙ 29,7 + 3,0 ∙ 20,6

• Neste sentido, o aproveitamento da capacidade


resistente é de 93%. OBS: O momento
resistente será dado, agora, pela plastificação
total da seção transversal.
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.7 Avaliação preliminar dos pilares
• Não é aconselhável trabalhar com um
aproveitamento dos pilares tão próximos do
limite máximo estabelecido pela ABNT NBR
8800:2008.

• A consideração da não linearidade geométrica


e das forças nocionais vai aumentar os
esforços solicitantes, podendo conduzir a
análise a não conformidade em relação aos
requisitos normativos.
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.6 Não linearidade geométrica

Nas estruturas reais, é preciso levar em consideração o equilíbrio


estrutural numa configuração deformada. Neste sentido, foi adotada uma
avaliação aproximada através do Método da Amplificação dos Esforços,
baseado nos coeficientes B1 e B2.
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.6.1 Combinação-02

O coeficiente B1 foi admitido com seu valor unitário, visto que geralmente não
é relevante em projetos de edifícios usuais de aço. O Coeficiente B2 foi
determinado inicialmente e, em função de apresentar valores superiores a 1,10,
foi desenvolvida uma redução da rigidez dos elementos do pórtico, conforme
recomendado pela ABNT NBR 8800:2008.
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.6.1 Combinação-02
Estrutura lt
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.6.1 Combinação-02
Estrutura nt
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.6.1 Combinação-02

Momento fletores

Estrutura lt: 𝐵2 ∙ 𝑀𝑙𝑡 = 1,11 × 63,40 = 70,37 kN.m


𝑀𝑆𝑑 = 99,67 kN.m
Estrutura nt: 𝐵1 ∙ 𝑀𝑛𝑡 = 1,00 × 29,30 = 29,30 kN.m
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.6.1 Combinação-02

Esforços Normais

Estrutura lt: 𝐵2 ∙ 𝑁𝑙𝑡 = 1,11 × 30,00 = 33,30 kN


𝑁𝑐,𝑆𝑑 = 749,48 kN
Estrutura nt: 𝑁𝑛𝑡 = 716,18 kN
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.6.1 Combinação-02
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.6.1 Combinação-02

• Novamente, é importante mencionar que o momento fletor resistente de


cálculo, levando em consideração efeito favorável conduzido pelo
coeficiente 𝐶𝑏 , é dado por 280 kN.m.

• Neste sentido, o aproveitamento da capacidade resistente do pilar é de


90%.

𝑁𝑐,𝑆𝑑 𝑁𝑐,𝑅𝑑 + (8 9) ∙ 𝑀𝑆𝑑 𝑀𝑅𝑑 ≅ 0,58 + 0,32 ≅ 90%


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2. Edifício com quarto pavimentos


2.6.2 Combinação-03

O coeficiente B1 foi admitido com seu valor unitário, visto que geralmente não
é relevante em projetos de edifícios usuais de aço. O Coeficiente B2 foi
determinado inicialmente e, em função de apresentar valores superiores a 1,10,
foi desenvolvida uma redução da rigidez dos elementos do pórtico, conforme
recomendado pela ABNT NBR 8800:2008.
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.6.2 Combinação-03
Estrutura lt
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.6.2 Combinação-03
Estrutura nt
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.6.2 Combinação-03

Momento fletores

Estrutura lt: 𝐵2 ∙ 𝑀𝑙𝑡 = 1,10 × 105,50 = 116,05 kN.m


𝑀𝑆𝑑 = 139,35 kN.m
Estrutura nt: 𝐵1 ∙ 𝑀𝑛𝑡 = 1,00 × 23,30 = 23,30 kN.m
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.6.2 Combinação-03

Esforços Normais

Estrutura lt: 𝐵2 ∙ 𝑁𝑙𝑡 = 1,10 × 58,197 = 64,01 kN


𝑁𝑐,𝑆𝑑 = 678,95 kN
Estrutura nt: 𝑁𝑛𝑡 = 614,94 kN
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.6.2 Combinação-03
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.6.2 Combinação-03

• Novamente, é importante mencionar que o momento fletor resistente de


cálculo, levando em consideração efeito favorável conduzido pelo
coeficiente 𝐶𝑏 , é dado por 280 kN.m.

• Neste sentido, o aproveitamento da capacidade resistente do pilar é de


96%.

𝑁𝑐,𝑆𝑑 𝑁𝑐,𝑅𝑑 + (8 9) ∙ 𝑀𝑆𝑑 𝑀𝑅𝑑 ≅ 0,52 + 0,44 ≅ 96%


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2. Edifício com quarto pavimentos


2.7 Forças nocionais
R4 R4

R3 R3

= +
R2 R2

R1 R1

Estrutura real Estrutura nt Estrutura lt

• Na avaliação estrutural do pórtico de quatro pavimentos, uma última


etapa deve ser realizada, relativa à consideração das forças nocionais
atuantes na estrutura.

• Segundo a ABNT NBR 8800:2008, a consideração de tal efeito pode ser


realizada através do valor 0,3% Nsd para cada pavimento.
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.7.1 Combinação-03
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.7.1 Combinação-03
R4 R4

R3 R3

= +
R2 R2

R1 R1

Estrutura real Estrutura nt Estrutura lt

Momento fletores

Não Linearidade Geométrica: 𝑀𝑆𝑑 = 139,35 kN.m



𝑀𝑆𝑑 = 150,15 kN.m
Forças nocionais: 𝑀𝑆𝑑,𝐹𝑁 = 10,80 kN.m
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.7.1 Combinação-03
R4 R4

R3 R3

= +
R2 R2

R1 R1

Estrutura real Estrutura nt Estrutura lt

Esforços Normais

Não Linearidade Geométrica: 𝑁𝑐,𝑆𝑑 = 678,95 kN



𝑁𝑐,𝑆𝑑 = 683,481 kN
Forças Nocionais: 𝑁𝑐𝑆𝑑,𝐹𝑁 = 4,531 kN
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.7.1 Combinação-03

• Tendo em vista que o momento fletor resistente é dado por 280 kN.m,
sabe-se que o aproveitamento da capacidade resistente do pilar é de,
aproximadamente, 100%.

𝑁𝑐,𝑆𝑑 𝑁𝑐,𝑅𝑑 + (8 9) ∙ 𝑀𝑆𝑑 𝑀𝑅𝑑 ≅ 0,52 + 0,48 ≅ 100%


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2. Edifício com quarto pavimentos


2.8 Cálculo dos pilares
R4 R4

R3 R3

= +
R2 R2

R1 R1

Estrutura real Estrutura nt Estrutura lt

Uma vez determinados os esforços solicitantes finais para algumas


combinações e sabendo que o pilar W360x51,0 está em conformidade com
os requisitos mínimos de segurança estabelecidos pela ABNT NBR
8800:2008, é possível desenvolver as verificações de forma “manual”.
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2. Edifício com quarto pavimentos


2.8 Cálculo dos pilares
R4 R4

R3 R3

= +
R2 R2

R1 R1

Estrutura real Estrutura nt Estrutura lt

1º Passo: Determinação do esforço normal resistente de cálculo

𝐴𝑔 𝑓𝑦 64,8 ∙ 34,5
λ0 = = = 1,026 χ = 0,643
𝑁𝑒 𝜋 2 ∙ 20.000 ∙ 968 3002
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 80

2. Edifício com quarto pavimentos


2.8 Cálculo dos pilares
R4 R4

R3 R3

= +
R2 R2

R1 R1

Estrutura real Estrutura nt Estrutura lt

1º Passo: Determinação do esforço normal resistente de cálculo

λ𝑓 = 7,37 < 0,56 𝐸 𝑓𝑦


Não há problemas relacionados à
instabilidade local da mesa 𝑄𝑆 = 1,00
λ𝑤 = 42,75 < 1,49 𝐸 𝑓𝑦
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 81

2. Edifício com quarto pavimentos


2.8 Cálculo dos pilares

• A largura efetiva dos elementos tipo AA é dada por:

𝐶𝑎 é um coeficiente igual a 0,38 para mesas ou


𝐸 𝐶𝑎 𝐸
𝑏𝑒𝑓 = 1,92 ∙ 𝑡 ∙ 1− ≤𝑏 almas de seções tubulares retangulares e 0,34
𝜎 𝑏 𝑡 𝜎 para todos os outros elementos.

𝜎 é a tensão que pode atuar no elemento


OBS: A tensão 𝜎 pode ser adotada, analisado, tomada igual a χ ∙ 𝑓𝑦 . O fator χ obtido
conservadoramente, igual a 𝑓𝑦 . para 𝑄 = 1,0.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 82

2. Edifício com quarto pavimentos


2.8 Cálculo dos pilares

20.000 0,34 20.000


𝑏𝑒𝑓 = 1,92 ∙ 0,72 ∙ 1− = 31,59
0,643 ∙ 34,5 42,75 0,643 ∙ 34,5

• Tendo em vista que a largura efetiva é maior do que a largura do elemento


(𝑏 = 30,8 cm), pode-se afirmar que não haverá redução de efetividade pela
flambagem local da alma. Em outras palavras, pode-se afirmar que 𝑄𝑎
assume valor unitário.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 83

2. Edifício com quarto pavimentos


2.8 Cálculo dos pilares
R4 R4

R3 R3

= +
R2 R2

R1 R1

Estrutura real Estrutura nt Estrutura lt

1º Passo: Determinação do esforço normal resistente de cálculo

𝑁𝑐,𝑅𝑑 = 𝑄 ∙ χ ∙ 𝐴𝑔 ∙ 𝑓𝑦 𝛾𝛼1
𝑁𝑐,𝑅𝑑 = 1.306,81 kN
𝑁𝑐,𝑅𝑑 = 1,0 ∙ 0,643 ∙ 64,8 ∙ 34,5 1,10
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 84

2. Edifício com quarto pavimentos


2.8 Cálculo dos pilares
R4 R4

R3 R3

= +
R2 R2

R1 R1

Estrutura real Estrutura nt Estrutura lt

2º Passo: Determinação do momento fletor resistente de cálculo


• Mesa e alma compactas
λ𝑓 = 7,37 < 0,38 𝐸 𝑓𝑦 = 9,1
𝑀𝑝 = 𝑍 ∙ 𝑓𝑦 = 899,5 ∙ 34,5 = 31.032,75 kN.cm
λ𝑤 = 42,75 < 3,76 𝐸 𝑓𝑦 = 90,5
𝑀𝑅𝑑 = 𝑀𝑝 𝛾𝛼1 = 28.211,59 kN.cm
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 85

2. Edifício com quarto pavimentos


2.8 Cálculo dos pilares
R4 R4

R3 R3

= +
R2 R2

R1 R1

Estrutura real Estrutura nt Estrutura lt

2º Passo: Determinação do momento fletor resistente de cálculo

𝑙𝑏 = 300 𝑐𝑚 > 𝑙𝑏𝑝

𝑟𝑦 =3,87 cm 1,38 𝐽𝐼𝑦 27𝐶𝑤 𝛽1 2


𝑙𝑏𝑟 = 1+ 1+ = 474,60 𝑐𝑚
𝐽𝛽1 𝐼𝑦
𝑙𝑏𝑝 = 42 ∙ 𝑟𝑦 = 162,54
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 86

2. Edifício com quarto pavimentos


2.8 Cálculo dos pilares
R4 R4

R3 R3

= +
R2 R2

R1 R1

Estrutura real Estrutura nt Estrutura lt

2º Passo: Determinação do momento fletor resistente de cálculo

𝑙𝑏 − 𝑙𝑏𝑝
𝑀𝑛 = 𝑀𝑝 − (𝑀 − 𝑀𝑟 )
𝑙𝑏𝑟 − 𝑙𝑏𝑝 𝑝 𝑀𝑅𝑑 = 𝑀𝑝 𝛾𝛼1

𝑀𝑅𝑑 = 28.211,59 kN.cm


𝑀𝑛 = 2,18 × 25.886,08 > 𝑀𝑝
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 87

2. Edifício com quarto pavimentos


2.8 Cálculo dos pilares
R4 R4

R3 R3

= +
R2 R2

R1 R1

Estrutura real Estrutura nt Estrutura lt

3º Passo: Verificação da segurança estrutural pela equação de interação.



𝑁𝑐,𝑆𝑑 683,48
= = 0,523 > 0,20
𝑁𝑐,𝑅𝑑 1.306,81 ′
𝑁𝑐,𝑆𝑑 ′
8 𝑀𝑆𝑑
+ ≅ 0,996 < 1,00
′ 𝑁𝑐,𝑅𝑑 9 𝑀𝑅𝑑
𝑀𝑆𝑑 150,15
= = 0,532
𝑀𝑅𝑑 282,11
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 88

Referências bibliográficas
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS (ABNT). NBR 8800 – Projetos de 1kN 2kN
estruturas de concreto – Procedimentos.
2008. V
M

• Pfeil, Walter. Estruturas de aço: N


dimensionamento prático / Walter Pfeil,
Michèle Pfeil – 8ed. Rio de Janeiro, 2009.
1kN 2kN
• Bellei, Ildony Hélio. Edifícios industriais em
aço. 2ed. São Paulo : Pini, 1998.

1m 2m 3m

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