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COERÊNCIA TEXTUAL

TIPOS DE COERÊNCIA

Org. Profa. Msc. Ruth Ester Poitevin


Centro Universitário Unieuro
Ano: 2016/1
Coerência = correspondência entre as ideias do texto
de forma lógica.
Para que a coerência ocorra,
as ideias devem se completar;
uma deve ser a continuação da outra.
Caso não ocorra uma concatenação de ideias entre as
frases, elas acabarão
por se contradizer ou
por quebrarem uma linha de raciocínio.

Quando isso acontece, dizemos que houve um quebra de


coerência textual.
A coerência é um resultado da não contradição entre as
partes do texto e do texto com relação ao mundo. Ela é
também auxiliada pela coesão textual, isto é, a
compreensão de um texto é melhor capturada com o
auxílio de conectivos, preposições etc.
Exemplos de falta de coerência textual:

1. "No verão passado, quando estivemos na capital do


Ceará Fortaleza, não pudemos aproveitar a praia, pois
o frio era tanto que chegou a nevar"
2. “Estão derrubando muitas árvores e por isso a floresta
consegue sobreviver.”
3. “Todo mundo viu o mico-leão, mas eu não ouvi o sabiá
cantar”
4. “Todo mundo destrói a natureza menos todo mundo”
5. “Podemos notar claramente que a falta de recursos para
a escola pública é um problema no país. O governo
prometeu e cumpriu: trouxe várias melhorias na
educação e fez com que os alunos que estavam fora da
escola voltassem a frequenta-la. Isso trouxe várias
melhoras para o país.”
a) Coerência sintática: está relacionada com a estrutura linguística,
como termo de ordem dos elementos, seleção lexical etc., e também
à coesão. Quando empregada, eliminamos estruturas ambíguas,
bem como o uso inadequado dos conectivos.

b) Coerência semântica: para que a coerência semântica esteja


presente em um texto, é preciso, antes de tudo, que o texto não seja
contraditório, mesmo porque a semântica está relacionada com as
relações de sentido entre as estruturas.

c) Coerência temática: todos os enunciados de um texto precisam ser


coerentes e relevantes para o tema, com exceção das inserções
explicativas. Os trechos irrelevantes devem ser evitados, impedindo
assim o comprometimento da coerência temática.
d) Coerência pragmática: refere-se ao texto visto como uma
sequência de atos de fala. Os textos, orais ou escritos, são exemplos
dessas sequências, portanto, devem obedecer às condições para a
sua realização. Se o locutor ordena algo a alguém, é contraditório
que ele faça, ao mesmo tempo, um pedido. Quando fazemos uma
pergunta para alguém, esperamos receber como resposta uma
afirmação ou uma negação, jamais uma sequência de fala
desconectada daquilo que foi indagado. Quando essas condições são
ignoradas, temos como resultado a incoerência pragmática.
e) Coerência estilística: diz respeito ao emprego de uma
variedade de língua adequada, que deve ser mantida do início ao
fim de um texto para garantir a coerência estilística. A
incoerência estilística não provoca prejuízos para a interpretabilidade
de um texto, contudo, a mistura de registros — como o uso
concomitante da linguagem coloquial e linguagem formal — deve ser
evitada, principalmente nos textos não literários.
f) Coerência genérica: refere-se à escolha adequada do gênero
textual que deve estar de acordo com o conteúdo do enunciado.
Em um anúncio de classificados, a prática social exige que ele tenha
como objetivo ofertar algum serviço, bem como vender ou comprar
algum produto, e que sua linguagem seja concisa e objetiva, pois essas
são as características essenciais do gênero. Uma ruptura com esse
padrão, entretanto, é comum nos textos literários, nos quais podemos
encontrar um determinado gênero assumindo a forma de outro.
Exercício 1: (UDESC 2008) - Identifique a ordem em que os períodos
devem aparecer, para que constituam um texto coeso e coerente. (Texto de
Marcelo Marthe: Tatuagem com bobagem. Veja, 05 mar. 2008, p. 86.)

I - Elas não são mais feitas em locais precários, e sim


em grandes estúdios onde há cuidado com a higiene.
II - As técnicas se refinaram: há mais cores
disponíveis, os pigmentos são de melhor qualidade e
ferramentas como o laser tornaram bem mais simples
apagar uma tatuagem que já não se quer mais.
III - Vão longe, enfim, os tempos em que o conceito de
tatuagem se resumia à velha âncora de marinheiro.
IV - Nos últimos dez ou quinze anos, fazer uma
tatuagem deixou de ser símbolo de rebeldia de um
estilo de vida marginal.

Resposta: IV, I, II, III.


A incoerência na fala de Calvin sobre a TV pode ser explicada pela
seguinte figura de linguagem
A) Eufemismo.
B) Hipérbole.
C) Paradoxo.
D) Ironia.
E) Personificação.
“Havia um menino muito magro que vendia amendoins
numa esquina de uma das avenidas de São Paulo. Ele
era tão fraquinho, que mal podia carregar a cesta em
que estavam os pacotinhos de amendoim. Um dia, na
esquina em que ficava, um motorista, que vinha em
alta velocidade, perdeu a direção. O carro capotou e
ficou de rodas para o ar. O menino não pensou duas
vezes. Correu para o carro e tirou de lá o motorista, que
era um homem corpulento. Carregou-o até a calçada,
parou um carro e levou o homem para o hospital. Assim
salvou-lhe a vida”.
O texto é coerente? Se não, qual o tipo de incoerência que ocorre?
Por quê?

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