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Texto Complementar aos aportes de aula – Projeto Institucional

Prof. Dr. Paulo Gutierres Filho

Projeto Institucional e/ou de Inserção Profissional

Prof. Dr. Paulo Gutierres Filho

1.Objetivo

*Introduzir ou experimentar ideias inovadoras em uma determinada instituição à nível de micro


ou macro sistema institucional.

2.Caminhos metodológicos

Uma ideia inovadora surge a partir de uma inquietação pessoal ou de um grupo,


almejando mudanças em um determinado sistema. A ideia inovadora inicial evolui na medida em
que se começa a elaborar o projeto, isto é, definir a proposta que se pretende levar a cabo. A
estratégia fundamental nestes casos, é procurar convencer as pessoas que tem poder decisório
de que a ideia é inovadora e que merece ser experimentada.
Elaborar o projeto é o primeiro passo, para que este se torne instrumento
indispensável para que a ideia inicial tome corpo, seja ela apresentada a uma instituição pública
ou privada.

3.Etapas do Projeto
A implantação de um projeto institucional deve apresentar pelo menos as seguintes
etapa:
3.1. Elaboração;
3.2. Implantação;
3.3. Avaliação;
3.4. Ajustes e adoção permanente do projeto

3.1. Elaboração
A elaboração de um projeto institucional, se justifica se for para colocar em
prática algumas ideia inovadora em determinado sistema. É determinante como primeiro passo,
dimensionar sua abrangência, para que se possa definir o modelo que será adotado, isto é,
central-periférico, periférico-periférico ou periférico-central.
Entendendo que um projeto desta natureza poderá ser elaborado a partir de
diferentes configurações em função de seus objetivos e finalidades e sem ter a pretensão de
dar um receituário, o que de certa forma inibe a criatividade das pessoas, sugerimos alguns
quesitos metodológicos que de forma geral são contemplados nos mais diferentes projetos
desta natureza.
Sugere-se dividir a elaboração do projeto em três etapas:
3.1.1.Elementos pré-textuais;
3.1.2.Elementos textuais;
3.1.3.Elementos pós-textuais.

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3.1.1.Elementos pré-textuais

3.1.1.1.Folha de rosto: deve conter os dados necessários à identificação do


projeto como: nome da instituição onde será implantado, curso, departamento, etc.; título do
projeto em destaque; nome do proponente; cidade e data da elaboração. Incluir outros dados
de identificação pertinentes a cada situação.
3.1.1.2.Agradecimentos: os agradecimentos a pessoas e/ou a instituições que de
uma forma ou outra contribuíram para elaboração do projeto, são de caráter optativo. Quando
as utilizamos sugere-se colocá-las logo após a folha de rosto. As dedicatórias que porventura
se queira fazer a alguém deverão também ser incluídas neste segmento.
3.1.1.3.Sumário: a partir da justificativa, todos os títulos e subtítulos devem
estar relacionados de forma hierárquica como aparecem no projeto. Inclusive listas de tabelas,
de figuras, de anexos e/ou apêndices ilustrativos, de siglas, de abreviaturas, etc., que sejam
incluídas no projeto.

3.1.2.Elementos textuais

3.1.2.1.Justificativa: deve conter fundamentos que justifiquem a relevância da


implantação da ideia inovadora. Neste segmento é relevante que esteja descrito de forma
analítica a situação atual, sustentando a significado daquilo que é proposto.
3.1.2.2.Objetivos do projeto: neste segmento se deve listar os propósitos de
implantação do projeto, podendo organizá-los do geral ao específico.
3.1.2.3.Fundamentos teóricos pertinentes ao tema em questão: deve constar
uma substanciosa base teórica que dê indicativos de sustentação. Neste segmento é
importante abordar tópicos relacionados com a temática, de modo a demonstrar que o autor
está informado sobre área de conhecimento que envolve o projeto e, ao mesmo tempo, para que
a revisão de literatura sirva de suporte para a implantação, discussão e interpretação dos
resultados que a execução do projeto pode provocar.
3.1.2.4.Configuração da atividade inovadora: neste segmento, é fundamental
que esteja configurado a população alvo, pessoal envolvido e funções, metodologia adotada,
recursos materiais e financeiros necessários para implantação do projeto, locais previstos para
realização da atividade se for o caso, etc. Em outras palavra, neste segmento deve haver um
detalhamento da proposta inovadora que se pretende implantar.
3.1.2.5.Avaliação: neste segmento, devemos informar as possíveis formas de
avaliar o projeto como um todo. Isto significa que não é suficiente pensar a elaboração de um
projeto institucional, mas também as possíveis alternativas de avaliá-lo.

3.1.3.Elementos pós-textuais

3.1.3.1. Referências: do ponto de vista metodológico é fundamental, que todos os


autores citados dentro dos elementos textuais, estejam relacionados na bibliografia, dentro
de norma técnicas.

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3.1.3.2. Anexos: neste segmento podemos incluir adendos e apêndices


necessários para qualificar mais o projeto. Os adendos referem-se as adições ao texto
elaborado pelo próprio autor e os apêndices dizem respeito ao material ilustrativo, modelo de
carta, ofícios, esquema de aula, rotinas, etc.

3.2. Implantação

A fase de implantação caracteriza-se como o momento de execução. Como se trata


de um projeto inovador é fundamental se ter presente o modelo adotado, para que possamos
traçar as estratégias de implantação. É relevante não esquecer que frente a qualquer ideia
inovadora surgirão resistências das mais variadas ordens. Neste sentido, é fundamental pensar
em estratégias que possam desobstruir algumas destas resistências.

3.3. Avaliação
Embora o projeto deva ter momento de avaliação da proposta que está sendo
levada a cabo, é pertinente e de grande relevância que esteja previsto um momento de
avaliação da proposta como um todo. Neste sentido, é preciso se dar um tempo relativamente
estendido, para que se possa dimensionar sua amplitude, limitações e benefícios em
determinado sistema.
Definições precipitadas não são recomendáveis, seja para implantá-lo em
definitivo, seja para sua extinção.

3.4. Ajustes e adoção permanente do projeto


A avaliação criteriosa e sistemática do projeto é que vai determinar a adoção de
medidas corretivas e de ajuste. Quando após sofre este processo, o projeto se torna
permanente, é recomendável que esta ideia continue tendo avaliações periódicas para adequar-
se as realidades de contexto que são efêmeras como efêmero é todo conhecimento.

4. Referências

Haverlock, R. G. e Huberman, A.M.(1980): Innovación y problemas de la educación. Paris:


Unesco.
Jimenez, J.B.(1989):Modelos didácticos para la innovación educativa. Barcelona: PPU.
Marin, R. I. e Rivas, M. N.(1984): Sistematización e innovación educativa. Madrid: ENED.
Van Dalen, D.B. y Meyer, W.J.(1971): Manual de técnica de la investigación educacional:
Buenos Aires: Paidós.

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