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Isto, segundo o especialista, "pode confirmar que os dois reis governaram juntos entre
nove e dez anos dos 39 de Amenhotep III, já que os textos das colunas explicam que
eram soberanos do Alto e do Baixo Egito".
Asfar reconheceu que é muito complicado estabelecer as datas exatas dos reinados
faraônicos, mas admite que este caso poderia obrigar a uma revisão das cronologias
já estabelecidas, pois "confirmaria que ambos reinaram juntos".
Até agora, os especialistas pensavam que o filho havia se rebelado contra a forma do
pai de conduzir o reinado e que, após sucedê-lo no trono após sua morte, adquiriu o
nome de Akenaton e instaurou pela primeira vez o monoteísmo, com Aton como deus
oficial.
A missão escolheu a tumba do ministro real, identificado como Amenhotep Huy, com a
convicção que nela poderiam ser encontrados documentos que confirmassem o
reinado conjunto.
"Desde 2009 trabalhamos neste lugar, onde escavamos cerca de 400 metros
quadrados, e esperamos novas descobertas nos 600 metros quadrados que ainda
faltam", disse o arqueólogo, antes de acrescentar que ninguém tinha escavado antes
esse mausoléu inacabado.
Segundo o espanhol, Amenhotep III governou entre 1397 e 1340 antes de Cristo, por
cerca de 38 anos, enquanto Amenhotep IV esteve à frente do país entre 1360 e 1348
a. C, ou seja, por 17 anos.
A descoberta indicou que foram nesses dez anos de reinado conjunto que teria
explodido a chamada "revolução atoniana".
"Acho que tanto o pai como o filho, ou toda a família real, promoveram essa revolução,
que deslocou o deus Amon, que era venerado em Tebas, capital faraônica de então",
comentou Martín Valentín.
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