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Estruturas morfológicas

Gracialda Ferreira (UFRA/ICA)


Tecidos Vegetais – Conjunto de células diferenciadas, com a
mesma organização e igual origem que desempenham uma ou
mais funções comuns.
Meristema apical – população de células compostas pelas iniciais
e suas derivadas imediatas.
São encontrados no ápice de todas as raízes e caules.

Meristemas primários Tecidos primários

Protoderme Epiderme (sistema dérmico


ou de revestimento)

Meristema apical Meristema fundamental Tecidos fundamentais


(sistema fundamental)

Procâmbio Xilema e floema primários


(sistema vascular)
Meristema apical em caule e raíz
Tecido dérmico ou de revestimento

Epiderme: camada celular externa do corpo primário da planta.


Nas partes aéreas as paredes das células são recobertas por
CUTÍCULA.

Sistema dérmico de folhas, partes florais, frutos e sementes e,


também de caules e raízes até que apresentem crescimento
secundário considerável.
É constituída por células-guardas (regulam os estômatos,
controlando o movimento dos gases), muitos tipos de
apêndices ou tricomas (facilitam a absorção de água e íons
inorgânicos do solo).
Estômatos – pares de
células-guarda

Tricomas ramificados
Tecidos Fundamentais

Parênquima – está envolvido com


a fotossíntese, armazenamento e
secreção, no movimento da água
e no transporte de substâncias.

Colênquima – células vivas.


Ocorrem em feixes isolados ou
como cilindros contínuos nos
caules, pecíolos e margeando
nervuras das folhas.

Esclerênquima – tecido morto,


lignificado que ajuda na
sustentação do vegetal. P.ex.
fibras.
Tecidos Vasculares

Tecidos Função principal


Xilema
Elementos traqueais Condução de água e
Traqueídes nutrientes inorgânicos
Elementos de vaso
Fibras Sustentação-armazenamento
Parênquima Armazenamento
Floema
Elementos crivados Transporte de substâncias
Células crivadas orgânicas a longa distância
Elementos de tubo crivados
Esclerênquima Sustentação-armazenamento
Fibras
Esclereídes
Parênquima Armazenamento
Xilema: principal tecido condutor
de água e nutrientes
inorgânicos, no armazenamento
de substâncias e na
sustentação. Origina do
procâmbio no corpo primário e
do câmbio vascular no
secundário.
Células de condução do xilema
são: elementos traqueais
(traqueídes e elementos de
vaso)
Traqueídes: principal
elemento condutor de água
nas gimnospermas e das
plantas vasculares sem
sementes; encontrado
também nas angiospermas
(Sapotaceae)

Elementos de vaso:
principal elemento condutor
de água nas
angiospermas.
Floema: tecido através do qual as substâncias orgânicas são
conduzidas para as várias partes da planta. As principais células
condutoras são os elementos crivados.
Célula crivada: transporte de
substâncias orgânicas nas
gimnospermas.

Célula albuminosa:
liberação de substâncias
para a célula crivada, incl.
moléculas informacionais

Elemento de tubo crivado:


transporte de nutrientes
orgânicos nas angiospermas.

Células companheira:
liberação de substâncias no
elemento do tubo crivado,
incl. moléculas informacionais
Estrutura da Raiz: parte do eixo da planta.

Funções: fixação, absorção e condução de água e sais minerais.


Também armazenam substâncias nutritivas e fazem aeração.

Origem: O embrião (esporófito jovem) é formado por um eixo


caulinar (hipocótilo-epicótilo), uma ou duas folhas embrionárias
(cotilédones) e por uma raiz embrionária (radícula). Com a
germinação da semente, a radícula sofre divisões e
alongamentos celulares, originando a raiz.
Radícula: primeira estrutura que emerge da semente em
germinação.
Raiz primária: raiz pivotante de gimnospermas, magnoliideas e
eudicotiledôneas – cresce diretamente para baixo e origina as
raízes laterais. Nas monocotiledôneas a vida da raiz primária é
curta e o sistema radicular é formado por raízes adventícias que
originam o sistema radicular fasciculado.
No crescimento secundário, o câmbio forma faixas de tecido
vascular, cujo número depende do tipo de raiz (diarca, tetrarca,
etc.). Depois, as células do periciclo localizadas em frente aos
pólos de protoxilema se tornam ativas, como um câmbio e, por
fim, observa-se um câmbio circundando todo o xilema.
 
Raízes laterais: originadas no periciclo da raiz principal.
 
Raízes com crescimento anômalo: ex.: beterraba, com
formação de vários câmbios concêntricos.
Raízes laterais: se originam de partes profundas
da raiz mãe (origem endógena)

Pêlos radiculares: originam-se logo após a zona


de alongamento e surgem na mesma proporção
que os pêlos mais velhos vão sendo eliminados.

Mucilagem (polissacarídeo altamente hidratado,


provavelmente uma substância péctica,
secretadas pelas células externas da coifa):
bainha viscosa que cobre
as células periféricas
descamadas e que lubrifica
a raiz durante sua
penetração no solo.

Coifa: Massa de células


parenquimáticas vivas que
reveste e protege o
meristema apical a ajuda a
raiz a penetrar no solo
Estágios iniciais de desenvolvimento primário do
ápice da raiz. A região de divisões celulares
estende-se por uma distância considerável, atrás
do meristema apical. Estas divisões celulares se
sobrepõem com o crescimento celular e também
com a maturação, ou diferenciação celular.
As distâncias variáveis do meristema apical, as
células estão crescendo e diferindo-se em células
específicas de acordo com sua posição na raiz.
Os três meristemas primários – protoderme,
meristema fundamental e procâmbio – são
delineados próximo ao meristema apical.
Os elementos de tubo crivados do protofloema
amadurecem antes dos elementos do
protoxilema.
A endoderme completa a sua diferenciação (com
estrias de Caspary - forçam a filtragem da água
via simplasto, ou seja, através da membrana
plasmática, garantindo a seletividade) antes do
protoxilema e do desenvolvimento dos pêlos
radiculares.
Estágio inicial do desenvolvimento primário
da raiz, evidenciando os meristemas
primários.

Tecidos primários e o procâmbio entre o


xilema e o floema primário evidenciados
após completar o crescimento primário.

Atividade cambial iniciando em três regiões


independentes, a partir do procâmbio em
três cordões do floema e xilema primários;
as células do periciclo opostas aos três pólos
de protoxilema também irão contribuir para
formar o câmbio vascular; um pouco de
xilema secundário já foi produzido pelo
vascular recém formado, de origem
procambial.
Após a formação de um pouco de xilema e
floema secundários adicionais o floema
primário acaba por se separar do xilema
primário; a periderme ainda não foi formada.
Formação de mais xilema e floema
secundários e da periderme
(originada pelo felogênio). O tecido
primário que origina o felogênio é o
periciclo que também origina parte
do câmbio, nas regiões em frente
aos pólos de protoxilema e os raios
parenquimáticos; é responsável
ainda pela origem das raízes laterais,
nas fanerógamas; nas pteridófitas, as
raízes laterais são formadas pela
endoderme.
Fim do primeiro ano de crescimento,
já evidenciando o efeito do
crescimento secundário – incluindo a
formação da periderme – sobre o
corpo primário da planta.
PRINCIPAIS TIPOS

PIVOTANTE OU AXIAL: em
dicotiledôneas (plantas com ovário) e
gimnospermas (plantas com sementes
nuas), a raiz primária constitui uma raiz
principal que emitirá as raízes
secundárias. Aqui, todo o sistema é
formado a partir de um único meristema
(o mesmo que se encontrava na radícula).

FASCICULADO:  em monocotiledôneas. A raiz principal não


se desenvolve significativamente e, geralmente, se
degenera. As outras raízes são adventícias (raízes de
origem principalmente caulinar e, às vezes, foliar). Por este
motivo, o sistema fasciculado é originado por vários
meristemas, que não o da radícula do embrião. Admite-se
que este sistema é, portanto, mais resistente ao ataque de
organismos patogênicos.
Variações: 
 
- RAÍZES DE SUPORTE:  Aparecem em plantas que vivem em
solos pantanosos ou possuem uma base muito pequena, em
relação à sua altura (Pandanus sp, Zea may). Raízes
tabulares, em algumas árvores de florestas tropicais úmidas,
como figueiras (Ficus) e achichá (Sterculia sp), são uma
variação desse tipo de raiz.                         

- RAÍZES AÉREAS: geralmente adventícias.


 
- PNEUMATÓFOROS: lenhosas, com geotropismo negativo.
Ocorrem em manguezais (Avicennia, Laguncularia) e em
pântanos (Taxodium). Possuem pneumatódios, estruturas
semelhantes a lenticelas, para auxiliar na absorção de O2.
 
- RAÍZES ESCORA: formam-se a partir de ramos laterais,
alcançam o solo e, por serem dicotiledôneas, têm crescimento
em espessura, passando  a substituir o caule. Ao se
desenvolverem sobre uma árvore, acabam por impedir o seu
desenvolvimento e essa vem a morrer. É o caso da figueira-
mata-pau (Ficus sp).
- RAÍZES CONTRÁCTEIS:  Capazes de contrações periódicas, que
ocorrem por expansão radial das células do córtex, até o colapso.
Permitem o aprofundamento de rizomas, cormos e bulbos, em condições
adversas, como o fogo nos cerrados. Ex: Taraxacum (Asteraceae), trevos
(Oxalis), lírio (Lillium). A maioria das ocorrências é em monocotiledôneas.
 
- RAÍZES GRAMPIFORMES: Em caules rastejantes; possuem força
prênsil, podendo escalar suportes. Ex.: hera (Hedera helix) e algumas
epífitas, como a gibóia (Philodendron).
 
- MICORRIZAS: associação de raízes com determinado fungo. Podem ser
ectotróficas (quando as hifas do fungo não penetram nas células) ou
endotróficas (quando as hifas atingem o córtex). Essa associação
potencializa a absorção de nutrientes minerais. Todas as orquídeas e
algumas saprófitas possuem esse tipo de raiz.
 
- NÓDULOS: Surgem em muitas espécies de leguminosas, por infestação
de bactérias fixadoras de nitrogênio. É uma relação simbiótica, pois a
bactéria recebe abrigo e fornece nitrato para a planta.
- HAUSTÓRIOS:  Raízes sugadoras de holoparasitas (cipó-chumbo - 
Cuscuta - ataca Hibiscus) ou hemiparasitas (erva-de passarinho), que
penetram no eixo do hospedeiro para retirar sua nutrição. Os haustórios
saem de apressórios, órgãos de fixação dessas plantas, formados pelo
caule; no caso das holoparasitas, penetram até o floema e no caso das
hemiparasitas, até o xilema.
 
- RAÍZES TUBEROSAS: especializadas no armazenamento. Exs.: manihot
 (mandioca), Ipomea  (batata-doce), Daucus (cenoura), Raphanus
(rabanete). O rabanete e a cenoura apresentam uma estrutura considerada
anômala, pois sua formação pode incluir, além da radícula, parte do
hipocótilo.
 
Plantas sem raízes: EX.: Selaginella, uma pteridófita (nesta planta, um dos
folíolos se transforma em órgão de absorção) e quase todas as
Bromeliaceae (epífitas).
Epifitísmo: Plantas que vivem sobre um substrato,
geralmente outra planta; neste caso, há uma relação de
inquilinismo, sem prejuízo para a hospedeira. As epífitas
desenvolveram adaptações para esse tipo de vida: as
bromeliáceas, como a barba-de-velho (Tillandsia
usneoides), absorvem água da chuva, neblina e mesmo
umidade do ar, através de escamas epidérmicas
(altamente higroscópicas, passam a água para as
células vivas existentes abaixo das mesmas). As
orquídeas desenvolveram o velame, uma epiderme
multiestratificada que protege a planta contra perda
d’água e, ao mesmo tempo, retém passivamente (por
difusão) a umidade que vem do meio externo. Além
disso, podem ocorrer pseudobulbos (tecidos
armazenadores de água, no caule).
 
Modificações radiculares:  As raízes podem se
transformar em gavinhas (Vanilla - Orchidaceae) ou em
espinhos (buritirana - Palmae).
Sistema caulinar: Sistema aéreo da planta que
consiste no caule e suas folhas.

Funções do caule: sustentação de folhas, flores


e frutos, condução de água, sais minerais,
hormônios e açúcares. Podem acumular água ou
servir como estruturas de propagação
vegetativa.

Organização: eixo com nós e entrenós; nos nós


formam-se folhas e gemas (esta é a principal
diferença entre o caule e a raiz). No ápice do
caule está a gema terminal (mais ativa, pelo
menos no início, devido à ação de hormônios do
tipo auxina) e, nas axilas das folhas, as gemas
laterais ou axilares. As gemas podem ser nuas
ou protegidas por catáfilos (especialmente em
climas frios e temperados). Os catáfilos são
folhas modificadas, que caem em condições
favoráveis, permitindo o desenvolvimento do
meristema apical e de folhas jovens. As gemas
podem originar ramos com folhas, flores ou
Origem e crescimento dos tecidos
primários do caule

Meristema apical do sistema caulinar é


uma estrutura dinâmica que, além de
adicionar células ao corpo primário da
planta produz repetitivamente
primórdios foliares e primórdios de
gemas, resultando em uma sucessão
de unidades repetidas (fitômeros).
No ápice do sistema caulinar
vegetativo está a organização
do tipo túnica-corpo,
distinguidos pelo plano de
divisão celular.

Meristema periférico ou zona


periférica se origina
parcialmente da túnica e
parcialmente do corpo e
circunda a zona de células-
mães centrais

Túnica: camada (s) mais externa de células que se dividem anticlinalmente


(planos perpendiculares à superfície do meristema) – contribuem para o
crescimento em superfície.
Corpo: massa de células localizada abaixo das camadas da túnica; as
células se dividem em vários planos aumentando o volume do sistema
caulinar
Estrutura primária do caule
Epiderme: camada única de
células coberta pela cutícula. No
caule a epiderme contém muito
menos estômatos que a da folha.

Células de parênquima e
colênquima formam o córtex e
fornecem suporte ao caule jovem.

A partir de células mais externas


do procâmbio são formados o
floema e xilema primário, contudo
nem todas as células do
procâmbio amadurecem que
acabam formando o câmbio
vascular.
Crescimento e ramificação: tipos fundamentais

SISTEMA MONOPODIAL: o crescimento ocorre por uma única gema


apical, que persiste por toda a vida da planta. É o caso dos mamoeiros
(Caryca papaya), e das palmeiras (Arecaceae). O sistema monopodial
pode também ser encontrado em plantas com muitos ramos laterais,
como os pinheiros, onde o eixo principal é facilmente reconhecido, por ser
o único a crescer verticalmente (os ramos laterais têm crescimento lento
e oblíquo).

SISTEMA SIMPODIAL: várias gemas participam consecutivamente da


formação de cada eixo, seja porque a gema apical perdeu a dominância
ou deixou de ser ativa. Obs.: Algumas gimnospermas, como as Cycas,
por exemplo, apesar de se parecerem com palmeiras, possuem
comportamento simpodial, pois produzem estróbilos (ramos modificados,
portando sementes) apicais.
Caules aéreos - tipos básicos
Tronco: lenhoso, com desenvolvimento maior na base. É o
caule da maioria das árvores. Algumas apresentam tronco
suculento, como as sumaúmas (Ceiba pentandra).
Estipe: geralmente cilíndrico, pode se desenvolver muito, mas
não se ramifica; termina com um tufo de folhas. Ex.: palmeiras.

Haste: caule ereto, delicado. Ex.: maioria das ervas.

Colmo: com nós e internós bem evidentes, geralmente com


folhas desde a base. Ex.: cana-de-açúcar (Saccharum
officinarum) e milho (Zea mays), colmos cheios e bambu
(Bambusa spp), colmos ocos.

Caule volúvel: se enrola a um suporte. Ex.: cipós e


trepadeiras; pode ser dextroso (quando, ao passar por trás de
um suporte, se dirige para a direita) ou sinistroso (idem, para a
esquerda).
Estolho: rastejante, apresentando gemas e raízes em cada nó; pode se
reproduzir vegetativamente. Ex.: morango (Fragaria vesca). Alguns podem
subir em substratos, através de raízes grampiformes ou gavinhas, como a
hera (Hedera helix).
Sarmento ou caule prostrado: apresentam raízes num único ponto e são
rastejantes. Alguns podem subir em suportes, enrolando-se neles, ou
formando gavinhas que se enrolam. Ex.: chuchu (Sechium vulgare),
(Aristolochia).
Cladódio: caules que assumem o aspecto de folhas quando elas faltam,
realizando fotossíntese e agindo como órgão de reserva de água. Ex.: cactos
(Cactaceae), fita-de-moça (Muehlenbeckia platyclada), carqueja (Baccharis
sp).
Filocládio: idem ao cladódio, mas com crescimento determinado. Ex: Ruscus
(Liliaceae).
Rizóforo: produzido por algumas plantas, além de seu eixo caulinar normal.
Durante muito tempo, essas estruturas foram citadas como raízes de suporte;
sua estrutura anatômica caulinar foi comprovada por Menezes (1993). Apenas
nas extremidades, esses órgãos produzem raízes adventícias; constituem um
eficiente sistema de sustentação, em ambientes alagadiços. Ex.: Rhizophora
mangle.
Caules subterrâneos- tipos básicos

Rizoma: com crescimento horizontal, produz ramos aéreos ou folhas. Possui


crescimento simpodial, como a espada-de-São-Jorge (Sanseviera) ou
monopodial, como em Hidrocotyle (Umbelliferae).

Cormo: espessado e comprimido verticalmente, geralmente envolvido por


catáfilos secos; é a base enlarguecida de um caule. Ex.: Palma-de-Santa-Rita
(Gradiolus sp). Aqui, as reservas estão no próprio eixo caulinar.

Tubérculo: é a porção terminal enlarguecida de ramos caulinares longos e


finos. Ex.: batata-inglesa (Solanum tuberosum).

Bulbo: sistema caulinar comprimido verticalmente, onde o caule propriamente


dito é reduzido a um "disco" basal do qual saem muitos catáfilos, os mais
internos suculentos. Ex.: cebola, alho (Allium cepa, A. sativus). As reservas
estão nos catáfilos.

Xilopódio: geralmente lignificados, resistentes e ricos em substâncias de


reserva. Com estrutura anatômica duvidosa, talvez formado parcialmente por
caule e raiz. Comum em espécies de cerrado e campos; após a seca ou
Modificações caulinares

Espinhos: são transformações com função de


defesa. Ex.: limoeiro (Citrus sp). Os acúleos
(roseira, paineira), não são espinhos, mas sim
projeções epidérmicas, sem vascularização.

Gavinhas: servem como suporte e fixação para


trepadeiras; são sensíveis ao contato e por isso, se
enrolam. Ex.: maracujá (Passiflora spp).

Domáceas: quaisquer modificações estruturais do


caule (ou da folha), que permitam o alojamento
regular de animais. Ex.: O caule fistuloso (oco) da
embaúba (Cecropia) é habitado por formigas.
Chrysobalaceae Rubiaceae
BASE DO TRONCO

Reta Digitada Dilatada

C/ Raízes Fúlcreas C/ Raízes Aéreas C/ Sapopema


FUSTE

Cônico
Cilíndrico

Tortuoso Acanalado
CASCA / ALBURNO / CERNE

• Cerne
• Casca morta

• Casca viva

• Alburno

• Medula
PLANOS DA MADEIRA
CASCA – Aparência do ritidoma

liso Rugoso Sujo/Áspero


Reticulado

Fissurado Fendido Estriado Lenticelado


CASCA – Desprendimento do Ritidoma

Placas Lenhosas C/ Depressões Escamoso

Esfoliante Coriáceo
Esfoliante Papiráceo
CASCA – Viva e Morta

•Cor

•Cheiro

•Espessura
EXSUDATO
Exsudato Após Cor Consistência OBS
exposição ao
ar torna-se

Seiva Viscoso Incolor Fluida Nunca


Translúcida aquosa pegajoso
Levemente
colorida

Látex Solidifica Opaco Fluido  


Pegajoso
Viscoso

Resina Solidifica Opaco Pegajoso Aromático


Semi- Insolúvel em
transparente água

Goma Solidifica Incolor   Solúvel em


água
C •Tipo
O •Folhas
P •Flores
A •Frutos
COPA

Esférica Ovóide Cônica

Pendente Corimbiforme Umbeliforme


Estrutura da Folha

Folhas: Variam na forma e estrutura interna. Em geral é uma porção expandida


lateral do ramo em limbo ou lâmina e uma porção pedunculada – o pecíolo.
Estípulas são apêndices foliares ou escamiformes que se desenvolvem na
base de algumas folhas.
Folhas sem pecíolo são ditas sésseis.
Bainha: expansão da base da folha que circunda o caule em
monocotiledôneas e algumas eudicotiledôneas.
Estrutura da folha

A estrutura da folha sofre variações que estão em geral relacionadas com


seu habitat e a disponibilidade de água é um fator especialmente
importante.
Plantas mesófitas: requerem ambiente nem muito seco, nem muito úmido
Plantas higrófitas: requerem grande suprimento de água ou crescem em
ambientes aquáticos.
Plantas xerófitas: adaptadas a ambientes áridos (secos).
Epiderme: sua estrutura compacta fornece sustentação à folha. A massa
de células epidérmicas compactamente dispostas e cobertas pela cutícula
reduz a perda de água.
Estômatos: controlam o fluxo de trocas gasosas e podem ocorrer em um ou
ambos os lados da folha, sendo mais comum na face inferior. Em folhas de
plantas higrófitas é comum estarem presentes na face superior. E a maior
quantidade de estômatos são encontrados em folhas de plantas xerófitas.

Disposição paralela em Disposição aleatória em


monocotiledônea eudicotiledônea
Pêlos epidérmicos: juntamente com os estômatos controlam a perda de água
pela planta. Podem ocorrer em uma ou ambas as faces da folha e nas plantas
xerófitas ocorrem em depressões da superfície inferior da folha
Mesofilo: tecido fundamental da folha, que com o grande volume de espaços
intercelulares e numerosos cloroplastos é especializado para a realização da
fotossíntese, que nas plantas mesófitas é diferenciado em parênquima
paliçádico (células colunares) e lacunoso (células irregulares).
FOLHA
TIPO

Simples: limbo inteiro ou recortado


sem chegar a raquis.

Folhas simples que apresenta


divisões na lâmina, mas sem
peciólulo, são ditas partidas (bífida,
trífida, digitada, pinatífida etc.
Folhas compostas: limbo dividido

Pinada: dividido uma vez Bipinada: dividido duas


vezes
Folhas compostas: limbo dividido mais de uma vez
folíolo

Raque/ráquis

pina foliólulo
peciólulo

pecíolo
Filotaxia

Folhas alternas Folhas opostas

dística
dística verticilada
espiralada decussadas
PECÍOLO
Estrutura que liga a lâmina/limbo da folha ao ramo. Na folha
composta, folhas, pinas e folíolos (peciólulo) apresentam seus
respectivos pecíolos. Quando a folha não apresenta pecíolo é
dita séssil.
Circular, plano, alado ou triangular
(transversal)
Canaliculado, acanalado ou bicôncavo

Pulvino/pulvínulo = dilatação da base do


pecíolo ou peciólulo.
LIMBO/LÂMINA
Sua forma, tipo de base e ápice podem ser muito úteis na
identificação em nível de família.
FORMA
Mais larga perto
do ápice

oblanceolada obelíptica obovada espatulada lanceolada ovada deltóide

Mais larga no
meio linear elíptica oblonga rombóide orbicular
oval

De simetria
desigual Desigual ou
assimétrica
oblíqua
ÁPICE

acuminado caudado arestado


mucronado apiculado cuspidado

agudo arredondado truncado emarginado retuso

BASE

atenuada revoluta cuneada arredondada cordada truncada hastada


MARGEM
Podem ser inteiras ou contínuas ou com uma variedade de
padrões de divisões. Denticulada:
Denteada:
Inteira: sem lobos agudos denteada numa
indentações ou e regulares escala maior
lobos

A margem quando é fortemente enrolada para baixo é dita


revoluta é quando é enrolada para cima involuta.
VENAÇÃO
Conjunto de nervuras ou veias usadas como dutos para
transferir água e nutrientes e proporcionar rigidez à folha
auxiliando na sustentação do tecido.

1ª Categoria de veias

Com Intersecundárias
pinada palmada trinervada intersecundárias e marginal
Ápice da lâmina

Venação
broquidódroma
Venação
craspedódroma

intersecundárias secundárias

terciárias Venação
reticuladas eucampdódroma
terciárias

Veia principal

Base da lâmina
pecíolo
Venação
broquidódroma

terciárias
reticuladas
intersecundárias
FOLHA

•Consistência: membranácea / cartácea / coriácea / carnosa

•Cores: concolor / discolor


ESTÍPULAS / ESTIPELAS
Apêndices laminares (folhas modificadas) que se formam aos
pares geralmente na base do pecíolo (um de cada lado).

terminal

Interpeciolar
Intrapeciolar (entre)
(dentro)

Moraceae
Rubiaceae

Cecropiaceae
ÓCREA
Asas laminares na base do pecíolo que envolvem o ramo.
Comum em Piperaceae, Araceae, Dilleniaceae, e bem
diagnóstica em Polygonaceae.

DOMÁCEAS
Depressões, bolsas, sacos ou tufos de pêlos na axila da nervura
central, ápice do pecíolo, base da lâmina foliar ou ramo.
Geralmente abrigam formigas ou ácaros.

Chrysobalaceae Melastomataceae Rubiaceae


GLÂNDULAS

Ou nectários extra-florais: órgãos


pequenos que secretam alguma
substância que em muitos casos
servem para atrair insetos
(especialmente formiga).
Localizam-se na ápice do pecíolo,
raque, espalhadas na lâmina da
folha, ápice da folha, no pecíolo,
ramos etc.
INDUMENTO
Pêlos, tricomas, acúleos, escamas e pêlos glandulares na
superfície da planta.
Pubescente = presença de indumento
Glabra = ausência de indumento
A posição, tamanho e o tipo conferem diferentes formas de
pubescência às plantas.
Coletas botânicas

Identificação é fundamental:

manejo de estoque
definição de produtos
homogeneidade dos produtos
Coletas botânicas

Problemas:
de primeira ordem:
falta de conhecimento
- tamanho e diversidade de Amazônia
- falta de interesse histórico
- falta de atividade atual
- preocupação com roubo
- falta de estímulo/tramites burocráticos
de segunda ordem:
- reconhecimento do problema
- treinamento direcionado
- material didático
- disponibilidade de treinadores
Coletas botânicas

Purpúrea mostra onde


tem nenhuma coleta
registrada
Coletas botânicas

Manejo Florestal

identificação certa é essencial

mas é muito difícil providenciar:


razões científicas
- muitas espécies
- muitas espécies desconhecidas
- muitas espécies mal conhecidas (variação, distribuição)
razões práticas
- precisa flores e/ou frutos
- precisa especialista ver testemunha
inexistente/distante/devagar
- precisa pessoas treinadas em identificação
prática e científica
Herbário: coleção de plantas inteiras ou
ramos com folhas, flores e frutos
desidratadas, montadas geralmente em
cartolina padrão com etiquetas contendo
informações de coleta e número de registro,
recebendo o nome de exsicata, conservadas
de acordo com técnicas específicas.
Coletas botânicas
 Duplicatas

Exsicata
IAN
MG
Duplicatas HAMAB
NY
Coleta de material INPA
botânico

As amostras coletadas com 5


exemplares são prensadas e
desidratada, posteriormente,
montadas e distribuídas entre
os herbários
(Código do herbário) _ (Número do registro) _ (Código de tipos de fotos)

Para Exsicata IAN 10228 .jpg

Para Etiqueta

IAN 10228 e.jpg

Número de Registro do IAN


10228
As Angiospermas são caracterizadas pelo fechamento da folha
carpelar (esporófilo) com os óvulos protegidos em seu interior.
Angion = receptáculo, urna, vaso; sperma = semente

Esporófilo = carpelo

pistilo

óvulo
9 autapomorfias sustentam as Angiospermas:

Carpelo fechado com região estigmática onde ocorre a


germinação do grão de pólen.
Elementos de tubo crivado e células companheiras
derivadas das mesmas células iniciais.
Grão de pólen com exina columelada.
Estames com dois pares laterais de sacos polínicos.
Endotécio hipodermal na antera.
Gametófito masculino com apenas 3 células.
Gametófito feminino com apenas 7 a 16 células, sem
arquegônios.
Parede do megásporo fina, sem esporopolenina.
Dupla fecundação levando à formação de um endosperma.

Doyle & Donoghue (1986)


O gineceu, parte feminina da flor, é o conjunto de carpelos.
Este pode ser formado por um ou mais carpelos.
Se o houver apenas um carpelo ou se os vários carpelos estiverem unidos
apenas um pistilo é formado.
Se os vários carpelos estão livres vários pistilos serão formados em uma
única flor, conseqüentemente teremos vários ovários e igual número de frutos
formados.

estigma

estilete

Pistilo

ovário
Megagametófito ou saco
embrionário de 7 a 16 células
Óvulo

Nucela
megasporângio
Integumentos
Oosfera
Gameta feminino
Tecas
Micrópila
Microgametófito com 3 células

Saco polínico (microsporângio)

O microsporângio é denominado saco polínico,


são comumente quatro localizados em dois
conjuntos (tecas) no ápice do estame.
Fecundação & Embriogênese
Megasporogênese
Uma célula da nucela sofre meiose e apenas uma
das células resultantes (megásporo)
germina, formando assim o saco embrionário
(megaprotalo)

Fecundação
- Tubo polínico com 2 gametas masculinos
- Dupla fecundação: oosfera com formação do
zigoto (azul) e dos núcleos polares com a
formação do tecido de reserva endosperma
(amarelo).

Embriogênese
1° divisão do zigoto, assimétrica e transversal –
polarização.
Formação do suspensor (verde) ligando o embrião
(azul) na micrópila. Desenvolvimento do
eixo hipocótilo-radicular e dos cotilédones.
Flor

Órgão reprodutor das Angiospermas.

Origem: a partir de células meristemáticas situadas abaixo das


camadas externas do ápice da gema.

Constituição: O padrão básico de uma


flor constitui-se de um eixo caulinar de
crescimento limitado (pedicelo) – que
nasce na axila de uma ou mais brácteas
e sustenta a flor ou inflorescência, o
receptáculo, que porta verticilos
divididos em: cálice (sépalas), corola
(pétalas), androceu (estames) e gineceu
(carpelos).
estame

pétala (corola)

perianto
carpelo
sépala (cálice)

hipanto ao
redor do ovário
receptáculo
pendúnculo
Perianto – cálice e corola que em geral
diferem quanto a cor (ex.: maioria das
dicotiledôneas, onde o cálice é verde e
a corola de cores variadas).

Perigônio – cálice semelhante à


corola.
Gamossépalo – quando o cálice tem as sépalas unidas
Dialissépalo – quando as sépalas são livres.
O mesmo ocorre com a corola, podendo ser gamopétala ou
dialipétala.

dialipétala
dialissépala gamopétala

gamossépalo
Monoclamídea – flor com corola ausente
Aclamídea – quando cálice e corola estiverem ausentes
Diclamídea – cálice e corola presentes.
Heteroclamídeas- quando possuem perianto
Homoclamídeas- quando possuem perigônio.

heteroclamídea

monoclamídea aclamídea homoclamídea


Quanto à simetria, as flores podem ser:

Actinomorfa: quando, em vista superior, é possível traçar


linhas, obtendo-se vários planos de simetria

corola actinomorfa

estigma
fechado

anteras livres
Zigomorfa:quando, em vista superior, é possível obter-se
apenas dois planos de simetria - ./.).

Flores zigomorfas

Obs.: Existem flores assimétricas, ou seja, flores que não


permitem a execução de planos de simetria; no entanto, esta
condição é rara.
Androceu: formado pelo conjunto dos
estames, que têm sua origem filogenética nas
folhas.

estames conatos (tubo)


estames adnatos

Androceu isostêmone

Estames epipétalos Estames didínamos


Estame – é formado por um filete, o qual está ligado
a uma antera, através do conectivo.
Conectivo = zona
de inserção do
Flor gamostêmone
filete (apical,
com estames antera basal, mediana)
monadelfos (unidos
formando um feixe )
estilete

estames diadelfos Estames


ramificados

Estames com
anteras livres e os
filetes soldados
constituindo uma
túnica chamada
andróforo que
tetradínamos
reveste o gineceu
Flor dialistêmone –
estames livres
Anteras – são divididas em tecas, geralmente em
número de duas onde se encontra o saco polínico,
contendo células diplóides (2n) que, ao sofrerem
divisões reducionais, originam o grão de pólen.

Deiscência Deiscência
Deiscência valvar longitudinal
poricida
Estames livres – presos apenas ao receptáculo
Epipétalos – quando estão presos às pétalas.

Flores isostêmones – número de estames é igual ao de pétalas;


Oligostêmones – número de estames é inferior ao número de
pétalas
Polistêmone – número de estames é maior que o número de
pétalas.

Estames
epipétalos, Estames livres,
polistêmnone isostêmone
Estames livres, polistêmone
Gineceu
Ou pistilo – conjunto dos carpelos e óvulos; os carpelos dividem-
se em ovário, estilete e estigma.

Estigma

estilete

ovário
Estigma
Parte superior do estilete que recebe o pólen.
Bífido – 2-carpelar

Cabeça estilar

2 ramos do
estilete
indúsio do estilete com
função de coletor de pólen
Estilete
Parte mediana do carpelo, por onde o pólen é conduzido do
estigma até o ovário. Pode estar ausente em algumas flores.
Quando os carpelos são unidos a flor exibe um único estilete, ou
cada carpelo pode ter seu estilete separado
Ovário porta os óvulos, que podem estar alojados em lóculos,
formados a partir de dobramentos das margens dos carpelos. O
número de óvulos pode variar de um a muitos; enquanto algumas
famílias como Poaceae possuem um único óvulo, outras possuem até
50! O gineceu pode ser formado por um ou mais carpelos, que podem
estar unidos, caracterizando um gineceu sincárpico, ou livres,
constituindo um gineceu apocárpico. 

ovário bilocular ovário pentalocular


Placentação
Placenta é a parte do ovário onde os óvulos se originam e ficam
fixados até a maturidade.

Placentação parietal = óvulos presos


na parede do ovário ou extensões dela.

Placentação axilar = óvulos presos na


coluna central do ovário que se
encontra dividido em tantos lóculos
quanto forem o número de carpelos.

Placentação central livre = óvulos


presos na coluna central do tecido não
conectados por divisões.
O ovário pode ser súpero (quando é livre, acima do receptáculo)
ou ínfero (quando está preso ao hipanto). Se o ovário for súpero,
a flor pode ser:
hipógina – na qual o ovário está posicionado acima do ponto de
inserção de sépalas e pétalas. 
perígina – na qual o ponto de inserção de sépalas e pétalas
coincide com a região mediana do ovário, que não está preso ao
hipanto.
epígina – o ovário é ínfero, o ovário é preso ao hipanto. 

Ovário súpero Ovário ínfero


Ovário semi-
ínfero
ovário ínfero, flor epígina

ovário súpero, flor hipógina


Quanto a soldadura dos carpelos o gineceu pode ser:
Envolvendo o ovário pode existir uma estrutura denominada
hipanto, que pode ter duas origens: 
a- a partir do receptáculo, denominado hipanto receptacular.
b- a partir da fusão de sépalas, pétalas e estames, denominado
hipanto apendicular. 

Só é possível discernir a
origem do hipanto efetuando-
se cortes anatômicos; o
hipanto apendicular
hipanto
apresentará cortes com
nervuras (características
foliares) e o receptacular
apresentará uma estrutura
tipicamente caulinar.
ovário
Flores monoclinas (bissexuadas) – quando possuem
androceu e gineceu. A maioria das flores é monoclina
(cerca de 70%). 

Flores diclinas  (unissexuadas) – quando possuem


apenas uma dessas estruturas. E podem ser:

Flores diclinas

Monóicas – quando possui flores estaminadas e


flores pistiladas.
Dióicas – quando possui flores
estaminadas ou flores pistiladas.
flor com pistilo
abortivo (estaminada)
= masculina

flor com estames abortivos


(pistilada) = feminina
Prefloração - é a disposição das peças florais no botão.

Valvar – quando as peças florais não se recobrem, apenas se


tocam nos bordos.

Valvar simples – Valvar induplicada – Valvar reduplicada –


margens não bordos dobrados bordos dobrados
dobradas para dentro para fora
Torcida, espiralada ou contorta – todas as peças
florais são semi-internas.

Imbricada – 1 peça externa, 1 interna e 3 semi-


internas.

Quincuncial – 2 peças externas, 2 internas e 1


semi-interna.
Coclear – imbricada em que a peça externa não é imediata a
interna.

Coclear vexilar – o vexilo é Coclear carenal – uma das


a peça externa. peças da carena é a peça
externa.
Fórmulas florais – são usados para representar as flores. As fórmulas
florais indicam o número de peças de cada verticilo floral.

Exemplo de fórmula floral: Fórmula: K5 C(5) A5+5 G(6) H *

K = cálice ou S = sépalas;
C = corola ou P = pétalas;
A = androceu ou E= estames;
G = gineceu ou C = carpelos;
P = perigônio ou T = tépalas.

Quando o número de peças for muito grande, usa-se o símbolo infinito


(α); quando há mais de um verticilo da mesma natureza usa-se o
símbolo (+) entre os números; soldadura de elementos do mesmo
verticilo ou de verticilos diferentes usa-se parênteses para os números
e colchetes para as letras.
As letras H, P ou E, colocadas no final, indicam se a flor é hipógina
perígina ou epígina e os símbolos " */* "ou " * " indicam ,
respectivamente se a simetria é bilateral ou radial.
Diagramas florais– é a forma esquemática de um corte
transversal do botão floral.

O diagrama floral mostra, além do número de verticilos, a


disposição dos mesmos na flor,fornecendo a simetria da flor.
INFLORESCÊNCIAS: São ramos modificados portando flores.
Os diversos tipos são classificados ontogenéticamente em duas
grandes categorias:
INFLORESCÊNCIAS CIMOSAS OU DETERMINADAS: Onde
cada eixo termina numa flor. A flor terminal se desenvolve antes
das laterais; o crescimento desse tipo de inflorescência se dá
através de gemas laterais, caracterizando um crescimento
simpodial.
TIPOS DE INFLORESCÊNCIA CIMOSA
Dicásio: O ápice da gema principal se transforma numa flor,
cessando logo o desenvolvimento desse meristema: as duas
gemas nas axilas das duas brácteas subjacentes prosseguem
o crescimento da inflorescência e se transformam cada uma
em uma flor, novamente pode o mesmo processo simpodial
prosseguir a ramificação da inflorescência.
TIPOS DE INFLORESCÊNCIAS CIMOSAS
Monocásio: após a formação da flor terminal do eixo, apenas
uma gema lateral se desenvolve em flor, e assim por diante.
Esse desenvolvimento pode se dar em lados alternados
(monocásio helicoidal) ou sempre de um mesmo lado
(monocásio escorpióide)

monocásio
helicoidal
INFLORESCÊNCIAS RACEMOSAS OU INDETERMINADAS:
Onde o ápice meristemático da inflorescência jovem não forma
uma flor, mas continua crescendo e produzindo flores
lateralmente, caracterizando um crescimento monopodial.

Racemo ou cacho: eixo simples alongado,


portando flores laterais pediceladas, subtendidas
por brácteas.

Rácemo
ou cacho
Espiga: eixo simples alongado, portando flores laterais sésseis
(sem pedicelo) na axila de brácteas.

Umbela: eixo muito curto, com várias flores pediceladas, inseridas


praticamente no mesmo nível.

umbela
Corimbo: tipo especial de racemo, onde as flores têm pedicelos
muito desiguais e ficam todas num mesmo plano.

Capítulo: eixo muito curto, espessado e/ou achatado, com flores


sésseis densamente dispostas. Geralmente existe um invólucro
de brácteas estéreis protegendo a periferia do capítulo.
Panícula: cacho composto (racemo
ramificado: eixo racemoso principal
sustentando 2 a muitos eixos racemosos
laterais). Os tipos acima podem aparecer
combinados entre si, sendo comuns os
corimbos de capítulos, racemos de
capítulos, etc.

Amentilho: inflorescência em forma de


espiga densa, geralmente pendente e de
flores unissexuadas e aclamídeas,
reduzidas e reunidas em pequenos
grupos ao longo do eixo.
TIPOS ESPECIAIS DE INFLORESCÊNCIA

Espádice: tipo especial de espiga com eixo muito espessado,


com uma grande e vistosa bráctea protegendo a base. Típica
de Araceae (família dos antúrios) e Palmae (família das
palmeiras).
Espádice

Espata
Flores masculinas

Zona estéril

Flores femininas
A espigueta é composta por um eixo central, ráquila, na
qual se inserem as glumas, seguidas dos antécios, de
disposição alterno-dística.

Diagrama do antécio

Espigueta

Antécio: lema, pálea e flor Flor


Tipos especiais de inflorescência

Sicônio: típico de Ficus (Moraceae), é uma inflorescência


carnosa e côncava, com numerosas pequenas flores encerradas
na concavidade.
inflorescência

flores envolvidas
pelo eixo da
inflorescência

eixo da
inflorescência
Tipos especiais de inflorescência

Pseudantos: inflorescências condensadas em


que muitas flores ficam dispostas de forma a
formar uma única flor. Exs: capítulos
(Compositae) e ciátios (Euphorbiaceae).

Ciátio note flor


feminina
com flores masculinas
em volta

Flores masculinas

Flores femininas
As flores representam um importante meio para se estudar
taxonomia, a origem e a história das plantas. Em seus caracteres se
baseiam os mais utilizados sistemas de classificação, como o de
Cronquist (1981) e o de Dahlgren (1981).
Sementes, frutos e pólen fossilizados são ótimos indicadores de local e
data de origem dos vegetais. O pólen, por ser revestido pela exina,
constituída de esporopolemina, uma substância muito resistente a
ácidos, se mantém inalterado durante milênios. Quando ao estudo
filogenético, ou seja, o estudo das relações de ancestralidade e
descendência, os caracteres são polarizados como plesiomorfos
(primitivos) ou apomorfos (avançados Acredita-se, por exemplo, que as
inflorescências sejam adaptações evolutivas (apomorfia), pois
incrementam a atração de polinizadores, aumentam a efetividade da
polinização, por apresentarem muitas flores reunidas e, em plantas
polinizadas pelo vento, contribuem para a produção de uma maior
quantidade de pólen.
FRUTO
O fruto é o resultado do amadurecimento do ovário, garantindo a proteção e
auxiliando a dispersão das sementes surgidas após a fecundação. Ocorre
exclusivamente nas Angiospermas. No sentido morfológico, não apenas
aquelas estruturas conhecidas como "frutas" (maçã, laranja, etc.), mas
também as conhecidas como "legumes"(feijão, ervilha, etc.) e "cereais"(arroz,
milho, etc.) são frutos. Os frutos são importantes na classificação botânica por
possuírem uma estrutura muito constante.

Formação: A partir da fecundação, inicia-se o desenvolvimento da semente,


através de uma série de transformações no saco embrionário
e outros tecidos do óvulo. A parede do ovário desenvolve-se
em PERICARPO, o qual é formado por 3 camadas: exocarpo
(epicarpo), mesocarpo e endocarpo. Alguns frutos, como a
banana (Musa) e o abacaxi (Ananas comosus) podem formar-
se sem fecundação prévia e portanto, nesse caso, não
possuem sementes (frutos PARTENOCÁRPICOS. )
Formação do óvulo
Nas Angiospermas, o óvulo ou os óvulos, começam a se formar no interior do
ovário, a partir da placenta.
1 - No início é um pequeno calombo dentro do qual há uma célula grande,
diplóide, denominada "célula mãe de megasporo"
2 - A célula mãe sofre meiose e forma quatro megasporos haplóides
3 - Dos quatro megasporos três degeneram e sobra apenas um.
4 - O núcleo do megasporo se divide por mitose formando oito núcleos
haplóides
5 - Os oito núcleos originam as sete células que formam o saco embrionário: a
oosfera, as sinérgides, as antipodas e uma grande célula central - o mesocisto
- com dois núcleos (núcleos polares).
Tegumento - ou casca, formado por duas
camadas de células: a primina(mais externa) e a
secundina (interna).
Nucela - tecido nutrivo do óvulo das
Angiospermas que envolve o saco embrionário.
Saco embrionário - formado pela meiose de
uma célula mãe inicial e composto, em muitos
casos, por sete células haplóides: a oosfera,
duas sinérgides, três antipodas e uma grande
célula central, o mesocisto, com dois núcleos
(núcleos polares). É a parte fértil do óvulo.

Funículo - é o pedúnculo que liga o óvulo (e


mais tarde a semente) à placenta.
Hilo - porção terminal do funículo. É o lugar por
onde, mais tarde, a semente se destacará do
fruto.
Chalaza - parte basal da nucela que se liga ao
funículo através do hilo.
Micrópila - pequena abertura na extremidadade
superior do óvulo. Geralmente é por ela que
penetra o tubo polínico.
Placenta - local na parede do ovário onde o
óvulo se fixa e por onde, mais tarde, a semente
se liga ao fruto.
Parietal - quando o óvulo se fixa nas paredes laterais
do ovário. Ex: vagem, amendoim

Axial - nos ovários pluricarpelares pluriloculares,


quando os óvulos se fixam no eixo central formado
pelo ponto de encontro dos carpelos. Ex: laranja

Central livre ou Difusa - espalhada por toda a


parede do ovário. Ex: mamão
FRUTOS SIMPLES: derivados de um único ovário de uma flor. Podem ser
secos ou carnosos, uni a multicarpelares, deiscentes ou indeiscentes.

Frutos simples carnosos: possuem pericarpo suculento.


Baga: 1 ou mais carpelos; 1 ou mais sementes livres.
Exs.: tomate, uva, laranja, abóbora.

Drupa: geralmente um só carpelo; 1 só semente, concrescida com o


endocarpo. Exs.: manga, abacate, pêssego.
Frutos simples secos: possuem pericarpo seco.
I- Deiscentes: abrem na maturidade
Folículo: derivado de ovário 1-carpelar, abre através de
uma fenda longitudinal (esporinha; chichá).

Legume: derivado de ovário 1-carpelar, abre através de 2


fendas longitudinais (leguminosas, como o feijão e a
vagem).

Síliqua: derivado de ovário 2-carpelar. Na abertura


persiste um septo mediano (deiscência septífraga: couve,
mostarda).
Esquizocarpo: derivado de gineceu sincárpico multicarpelar, cujos carpelos
separam-se inteiramente na maturidade em mericarpos (frutículos) geralmente
deiscentes, livres. Ex.: mamona (Ricinus), cenoura (Daucus).

Fruto quando maduro


se abre e libera as
carúncula sementes

Ricinus sp.
Fruto com 3 carpelos
semente
com uma coluna central os une
Lomento: derivado de ovário unicarpelar, fragmenta-se
transversalmente em segmentos unisseminados. Ex.:
carrapicho (Desmodium).

Craspédio: derivado de ovário 1-carpelar, fragmenta-


se transversalmente em segmentos, mas após a
queda desses, uma armação formada pela nervura e
sutura do carpelo permanece presa ao receptáculo.
Ex.: sensitiva (Mimosa).
Cápsula: derivado de ovário 2 a multicarpelar, possui diferentes modos de
deiscência.

- septicida: abre pela linha de união


dos carpelos (azaléa);

- pixidiária: abre por uma


linha transversal (castanha-
do-Pará; sapucaia); - loculicida: abre pelo
meio de cada
- poricida: abre através de carpelo (algodão);
poros (papoula, quaresmeira).
II- Indeiscentes: Não abrem na maturidade. Fruto do tipo aquênio.

Aquênio: possui 1 semente, ligada à parede do


fruto num único ponto. Ex.: girassol (Helianthus
annus); não apresenta cálice modificado em
papus;
Cipsela: idem ao aquênio, mas apresentando cipsela
cálice modificado em papus;
Cariopse: possui 1 semente, Sâmara: possui, em geral, 1
ligada à parede do fruto em semente; a parede do ovário
toda sua extensão apresenta expansões aliformes
(gramíneas - trigo, milho, (várias Leguminosae,
arroz); Sapindaceae, Malpighiaceae).

Noz: geralmente 1
carpelo, 1 só semente
livre do endocarpo (noz-
moscada).
PSEUDOFRUTOS
FRUTOS AGREGADOS: Derivados de muitos ovários de uma
única flor (gineceu apocárpico multicarpelar), mais ou menos
concrescidos. Exs.: morango, fruta-do-conde, framboesa.

FRUTOS MÚLTIPLOS: Formados por muitos ovários


amadurecidos, pertencentes à uma inflorescência, que
crescem juntos, formando uma infrutescência. Exs.: amora,
abacaxi, figo.

Fruto múltiplo
Obs.: frutos agregados e frutos mútiplos são um conjunto de
frutos simples, que podem ser identificados individualmente,
de acordo com suas características.
PSEUDOFRUTOS
Os frutos que não se originam do crescimento do ovário, mas derivam do
desenvolvimento de estruturas como o hipanto (maçã), bem como o conjunto
de frutos que forma os frutos múltiplos e os agregados, costumam ser
chamados de pseudofrutos.

resto do cálice

hipanto

semente no
ovário

pedicelo
SEMENTE
A semente é o óvulo maduro fecundado consta de 3 partes: o embrião, o 
endosperma (às vezes ausente) e a casca (testa + tegmen) . Obs.: não
ocorrendo dupla fecundação nas Gimnnospermas, não há endosperma,
persistindo o macrogametófito como tecido de nutrição.

Funções
a. proteção ao embrião (contra insetos, microorganismos, dissecação, etc.)
b. dispersão. Suas características morfológicas, biológicas e bioquímicas
desempenham importante papel no sucesso da plântula.
Podem apresentar grande diversidade estrutural; as orquídeas apresentam
sementes de 2 x 10-6g, enquanto Mora oleífera (Moraceae) possui sementes
de até 1 Kg! · O endosperma geralmente passa, em sua formação, da fase
nuclear para a celular, mas pode permanecer nuclear (coco). O endosperma é
absorvido durante o desenvolvimento.
As sementes podem ser:
ALBUMINOSAS (endospermadas), quando o endosperma persiste durante
todo o desenvolvimento do embrião (Ricinus)
EXALBUMINOSAS (exospermadas), quando o endosperma é consumido no
início do desenvolvimento do embrião; nesse caso, as reservas vão para os
cotilédones. As reservas podem ser amido (feijão), óleo (amendoim), proteína
(soja), etc.
Carúncula: estrutura carnosa existente em sementes de muitas
Euphorbiaceae - atua na dispersão (por ser adocicada, atrai formigas) e atua
na germinação, por ser higoscópica.
Arilo: Surge do funículo (pedúnculo do óvulo) e envolve o óvulo parcial ou
totalmente, após a fecundação. Na semente madura, atrai dispersores.
Sarcotesta: quando a testa da semente se torna pulposa e comestível
(mamão, ingá).
Hilo: cicatriz deixada pelo funículo
Rafe: parte do hilo que permanece unida ao tegumento, em óvulos anátropos
(que se curvam).
Cicatriz da micrópila: visível ou não; deixada pela micrópila do óvulo.
Germinação: A embebição é o primeiro passo para a germinação, com
conseqüente aumento de volume interno e rompimento do tegumento,
permitindo o crescimento do embrião para o meio exterior. A raiz primária
penetra na terra, por geotropismo positivo enquanto, no outro extremo, outro
eixo se desenvolve, geralmente por geotropismo negativo originando o caule e
as folhas.
DISPERSÃO:
Nome dado aos mecanismos ou meios utilizados pelas plantas para atingir
novos locais.
UNIDADES DE DISPERSÃO ou DIÁSPOROS: sementes, frutos, planta
inteira (Tillandsia usneoides), ou partes da planta.

AGENTES DE DISPERSÃO:
1- ANIMAIS (zoocoria): - endozoocoria - ingestão e posterior liberação do
diásporo. - sinzoocoria - diásporos carregados deliberadamente. -
epizoocoria - diásporos carregados acidentalmente
Répteis (SAUROZOOCORIA): Ex.: Jacarés e iguanas comem, no
mangue, frutos de Annona glabra, realizando a dispersão. Os répteis são
sensíveis às cores laranja e vermelho e têm olfato desenvolvido.
Peixes (ICTIOCORIA): Ex.: Pacu e Piranjuba: comem frutos de Inga
(Leguminosae), dispersando as sementes.
Pássaros (ORNITOCORIA): Aqui, a epizoocoria é rara, acontecendo por
exemplo com Pisonia, uma árvore com fruto pegajoso. A sinzoocoria ocorre
em Araucaria angustifolia, da qual a gralha azul carrega os pinhões para
vários locais. Os pássaros têm olfato fraco, não têm dentes, mas podem
trepar e voar.

Características dos diásporos (em ornitocoria): PARTE COMESTÍVEL


ATRATIVA FRUTOS VERDES OU ÁCIDOS CONTRA DEGLUTIÇÃO
PREMATURA CONTRA A DIGESTÃO DA SEMENTE: ENDOCARPO
PÉTREO E/OU SUBSTÂNCIAS AMARGAS. PERMANÊNCIA NA PLANTA-
MÃE. É comum a existência de mimetismo, como a presença de arilo em
sementes de testa dura, atraindo os pássaros. Ex.: Adenanthera pavonina.
Mamíferos (MAMALIOCORIA): Comum em regiões tropicais. Diásporos
semelhantes aos dos pássaros. Aqui, a epizoocoria é representada pela
presença de "carrapichos" - Bidens pilosa (picão), ganchos - Xanthium e
substâncias viscosas - Desmodium.

A sinzoocoria ocorre em Bertholettia excelsa (Castanha-do-Pará), onde o


fruto, uma cápsula pixidiária é aberto por roedores que comem o arilo e
enterram as sementes.

A endozoocoria pode ser acidental ou adaptativa e, neste caso, os


mamíferos têm olfato desenvolvido, dentes, mas não enxergam cores.

Características dos diásporos: - CASCA RESISTENTE - PROTEÇÃO DA


SEMENTE (SUBSTÂNCIA TÓXICA OU AMARGA) - ODOR * MAMÍFEROS
DISPERSORES:

Morcegos (QUIROPTEROCORIA) Noturnos, não enxergam cores, mas


têm olfato aguçado e apreciam odores como o de mofo. Comem apenas a
parte macia do fruto, jogando fora as sementes. Exemplos de frutos
dispersos por morcegos: jaca, sapoti (Achras), manga (Mangifera), goiaba
(Psidium)
Primatas: Macacos enxergam cores e são pouco olfativos. Exemplo:
Macacos gigantes da América do Sul comem a polpa de frutos gigantes de
Cassia (leguminosae), livrando-se das sementes.

Formigas (MIRMECORIA): As formigas preferem as sementes com


elaiossoma (parte macia contendo óleos). Ex.: a carúncula das sementes de
mamona (Ricinus comunis).

ANEMOCORIA: Dispersão pelo vento. Os diásporos anemocóricos podem


ser:

VOADORES: - diásporos-poeira: em plantas micofitas, saprófitas e


parasitas. Ex.: Orchidaceae, Balanophoraceae. - balões: quando há uma
parte inflada. Ex.: Colutea arborescens (legumes inflados). - diásporos
plumosos: geralmente ocorrem em plantas de lugares abertos. Ex.:
Compositae, com cipselas peludas (dente-de-leão).
ROLADORES: Rolam, soprados pelo vento. Podem ser grandes
partes da planta toda ela. Ex.: nos desertos Norte-africanos, a Rosa-de-
Jericó (Anastatica hierochuntia) percorre grandes distâncias.
LANÇADORES (anemobalísticos): A balística é efetuada pelo vento.
Ex.: Papaves somniferum, lança seus diásporos à até 15 m de distância.

HIDROCORIA: Dispersão pela água:


a) das chuvas - enxurradas - pluviobalísticos (em regiões secas, onde a
umidade provoca a balística)

b) correntes de água: - transporte submerso, onde a correnteza atua sobre


estruturas como pêlos (Pepis) ou arilóides (Nymphaea alba). - diásporos
flutuantes: com peso específico baixo, devido à leveza do endosperma,
espaços aéreos internos ou tecidos suberosos. Em Água salgada, os
diásporos são mais pesados. Ex. Coco da Bahia (Cocus nucifera).

Características: - Endocarpo duro protege o embrião; - Mesocarpo fibroso


serve para flutuação; - Endosperma líquido é a provisão nutritiva.

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