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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA
TEC151 – ANÁLISE ESTRUTURAL I
ENGENHARIA CIVIL 2016.1
PROFESSOR: SÉRGIO TRANZILLO FRANÇA

Nadyne Barbosa Ribeiro

LANÇAMENTO DE ESTRUTURAS

FEIRA DE SANTANA - BAHIA


2016
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

Nadyne Barbosa Ribeiro

LANÇAMENTO DE ESTRUTURAS

Trabalho apresentado como parte dos


critérios de avaliação da disciplina
Análise Estrutural I – TEC 151,
ministrada pelo professor Sérgio
Tranzillo França, na Universidade
Estadual de Feira de Santana.

FEIRA DE SANTANA - BAHIA


2016
1. POSIÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Se encontram na planta arquitetônica abaixo, devidamente nomeados. Na tabela 1


observa-se a distribuição dos esforços nos elementos pilar e vigas, de acordo com sua
posição.
Tabela 1 – Apresentação dos carregamentos de cada elemento estrutural.
ELEMENTO ELEMENTOS QUE CARREGAM
VIGAS
V1
V2 L1
V3 L1
V4 L1, L2
V5 L3
V6 L2
V7 L2, L3
V8 L3
V9 L2, L4
V10 L3, L5
V11 L4
V12 L4, L5
V13 L5
V14 L4, L6
V15 L5, L7
V16 L6
V17 L6, L7
V18 L7
V19 L7
V20 L1
PILARES
P1 V1, V2
P2 V1, V3
P3 V2, V4, V6
P4 V3, V4, V5, V7
P5 V5, V8
P6 V6, V9, V11
P7 V7, V9, V10, V12
P8 V8, V10, V13
P9 V11, V14, V16
P10 V12, V14, V15, V17
P11 V13, V15, V18
P12 V16
P13 V17, V19
P14 V18, V19

2. PRÉ-DIMENSIONAMENTO

2.1 LAJES
Segundo a NBR 6118, a direção das ferragens segue a seguinte norma:
 Uma direção: L/l > 2;
 Cruz (duas direções) L/l < 2;
Em que, L e l corresponde as dimensões de cada laje. A planta baixa do
apartamento encontra-se no Anexo 1 deste documento, com as devidas cotas. Na tabela 2
abaixo, encontram-se os valores das dimensões L e l para cada laje.

Tabela 2 – Dimensões de cada laje e suas relações.


LAJE L x l (m²) L/l 0,7 ly (m)
L1 5,2 x 1,5 3,46 3,64
L2 5,1 x 3,1 1,67 3,57
L3 4,9 x 3,1 1,58 3,43
L4 5,1 x 3,0 1,7 3,57
L5 4,9 x 3,0 1,63 3,43
L6 5,9 x 5,1 1,15 4,13
L7 5,9 x 4,9 1,2 4,13

Como se pode observar, todas as lajes possuirão ferragens armadas em cruz, já


que todas as relações L/l < 2, exceto a laje L1, que possuirá ferragem em apenas uma
dieção.
Condição de bordas: Quando houver lajes adjacentes, a borda encontra-se
engastada. Caso contrário, a borda encontra-se apoiada. A relações de adjacência
encontram-se na tabela 3 abaixo.

Tabela 3 – Condição de bordas das lajes.


LAJE CONDIÇÃO DE BORDAS
L1 Apoiada em: V2, V3 e V20. Engastada em V4.
L2 Apoiada em V6. Engastada em V4, V7 e V9.
L3 Apoiada em V5 e V8. Engastada em V7 e V10.
L4 Apoiada em V11. Engastada em V9, V12 e V14.
L5 Apoiada em V13. Engastada em V10, V12 e V15.
L6 Apoiada em V16. Engastada em V14 e V17. Livre entre P12 e P13.
L7 Apoiada em V18 e V19. Engastada em V15 e V17.
Altura: A altura útil das lajes é dada em centímetros através da equação 1 abaixo:
d = (2,5 – 0,1 n) × L 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜(1)
onde L corresponde ao menor valor entre lx ou 0,7 ly (ly é a dimensão de maior
comprimento) em metros e n é o número de vigas engastadas. A altura total (h) é dada
pela equação (2) abaixo:
ɸ
h = d + + c 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 (2)
2
onde h é a altura total, ɸ é o diâmetro da armadura (adotado como 8 mm) e c é o
recobrimento que varia de acordo com a agressividade do ambiente.
Como foi planejado um apartamento residencial, com concreto revestido de
argamassa e pintura, conclui-se que, de acordo com a NBR 6118, a agressividade do
ambiente se classifica como moderada de tipo 1, com risco insignificante de deterioração
da estrutura. Para estes ambientes, o c considerado vale 20 mm. Na Tabela 4 abaixo é
possível conferir, após os cálculos, os valores de altura útil e altura total de cada laje.

Tabela 4 – Alturas útil e total das lajes.


LAJE N d (cm) h(cm)
L1 1 3,6 6,00
L2 3 6,82 9,22
L3 2 7,13 9,53
L4 3 6,60 9,00
L5 3 6,60 9,00
L6 2 9,50 11,9
L7 2 9,50 11,9

Estimativa de cargas: Para essa estimativa foram calculadas as cargas


permanentes para a laje L3. A carga total inclui as cargas acidentais e as cargas
permanentes. Na carga permanente há a carga da laje que é feita de concreto armado, o
contra piso, que é uma argamassa de cimento e areia, e o piso que é de granito.
Todos os pesos específicos dos materiais para as cargas se encontram na NBR
6120, e também na tabela 5 abaixo. Para cálculo da carga, foi multiplicado o peso
específico pela altura da laje.
Tabela 5 – Cargas permanentes das lajes L2, L3 e L5.
Materiais Peso Carga Carga Carga
específico (kN/m²) (kN/m²) (kN/m²)
aparente Laje L2 Laje L3 Laje L5
(kN/m³)
Concreto armado 25 2,30 2,38 2,25
Argamassa de cimento e areia 21 1,94 2,00 1,89
Granito 28 2,58 2,67 2,52

De acordo com a NBR 6120, a carga acidental para sala em edifícios residenciais
equivale a 1,5 kN/m². Somando as cargas acidental e permanente, obtemos a carga total
da laje L2 que equivale a 8,32 kN/m². O mesmo foi feito para as lajes L3 e L5, e os
resultados são apresentados na tabela 6 abaixo.

Tabela 6 – Cargas Totais das lajes L2, L3 e L5.


LAJE Carga Total (kN/m²)
L2 8,32
L3 8,55
L5 8,16

Transferência laje-viga: Através da condição de bordas (tabela 3) é possível


aplicar a seguinte regra:
 45° entre dois apoios do mesmo tipo;
 60° a partir do apoio engastado, se o outro for simplesmente apoiado;
 90° a partir do apoio vinculado (apoiado ou engastado) quando a borda
vizinha for livre.
A partir das figuras representativas no anexo 2 é possível observar se a área
equivalente a contribuição das lajes para cada viga é triangular ou trapezoidal, e através
do software CAD essas áreas foram calculadas e se encontram na tabela 7 abaixo.

Tabela 7 – Áreas (em m²) de contribuição das lajes L2, L3 e L5 para suas devidas vigas.
LAJE A1 A2 A3 A4
L2 1,39 6,00 6,00 2,40
L3 3,05 6,58 3,80 1,76
L5 2,25 5,57 5,57 1,30
2.2 VIGAS

Largura: É dada em função da largura da parede com o revestimento. Foi


especificada uma largura de parede de 20 cm, com revestimento dos dois lados, sendo
então, a mesma largura da viga, para que esta seja embutida, também garantindo que seja
maior que 12 cm.
Vão efetivo: É obtido a partir da análise da estrutura, como explica a NBR 6118,
através da equação (3) abaixo:
𝑙𝑒𝑓 = 𝑙𝑜 + 𝑎1 + 𝑎2 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 (3)
Onde lef é o vão efetivo, lo é a distância externa entre dois apoios paralelos, a1 e a2 são os
menores valores entre 0,3h (h = altura da laje) e a metade da largura da viga (t/2). Para
todas as vigas, a1 é igual a a2, que equivale a t/2, como é observável na tabela 8.

Tabela 8 – Vãos efetivos das vigas V5, V7, V8 e V10.


VIGAS V5 V7 V7 V8 V10 V10
(L2) (L3) (L3) (L5)
0,3h (cm) 2,76 2,76 2,86 2,86 2,86 2,70
t/2 (cm) 10 10 10 10 10 10
lo (m) 2,8 4,8 4,6 4,6 2,8 2,8
lef (m) 2,85 4,85 4,66 4,66 2,86 2,85
Altura (cm) 23,75 40,42 38,83 38,83 23,83 23,75
Altura corrigida (cm) 24,0 40,5 39,0 24,0

Altura: É dada através do vão efetivo divido por doze. Como algumas vigas dividem
a transmissão de duas lajes, é considerada a sua altura aquela de maior valor. Foram
corrigidas com valores múltiplos de 0,5 cm.
Ações: As que dominam foram consideradas: o peso de paredes, das lajes, do peso
próprio das vigas. Como nenhuma viga se encontra apoiada sobre a outra, a reação das
vigas apoiadas não foi considerada.
Paredes – Foi considerado um pé-direito de 2,8 m. Não houve preocupação com os
vãos das janelas, apenas com os das portas. O peso da parede (gpar) é dado através da
equação
𝑔𝑝𝑎𝑟 = 𝑒 × ℎ × 𝛾𝑎𝑙𝑣 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 (4)
Onde e é a espessura da parede (20 cm), h é a sua altura (2,8 m) e γ alv é o peso
específico da alvenaria, obtido através da NBR 6120, que equivale a 13 kN/m³ (tijolos
furados). Também é considerado o peso do revestimento da parede, dado pela mesma
equação, sendo que seu peso específico equivale a 21 kN/m³. Como algumas paredes
possuem a viga embutida, nem todas terão 2,8 m, pois será descontado a altura da viga.

Tabela 9 – Contribuição das paredes para cada área de contribuição da laje L3.
LAJE L3 A1 – V7 A2 – V10 A3 – V5 A4 – V8
e (m) (parede) 0,20 0,20 0,20 0,20
e (m) (revestimento) 0,06 0,06 0,06 0,06
e (m) (alvenaria) 0,14 0,14 0,14 0,14
h (m) 2,395 2,56 e 2,8 2,56 2,41 e 2,8
gpar (kN/m) (alvenaria) 4,4 4,7 e 5,1 4,7 4,4 e 5,1
gpar (kN/m) (revestimento) 3,0 3,2 e 3,5 3,2 3,0 e 3,5
gpp (kN/m) 2,0 1,2 1,2 2,0

Peso Próprio - Do mesmo modo foi calculado o peso próprio das vigas, a partir da
equação abaixo:
𝑔𝑝𝑝 = 𝑏𝑤 × ℎ × 𝛾𝑐𝑜𝑛𝑐 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 (4)
Onde bw é a largura da viga (é igual a espessura e da parede), h a sua altura, calculada
anteriormente e γconc é o peso específico do concreto armado, que equivale a 25 kN/m³,
como foi utilizado anteriormente na tabela 5. Os resultados se encontram na tabela 9
acima.
Como nem todas as vigas estão embutidas em paredes e nem todas as paredes se
encontram abaixo de vigas, como se observa na figura 1 abaixo, foram calculados para
cada área de distribuição as cargas de parede que será distribuída por cada viga abaixo.
Cada parede será contabilizada onde estiver na área de distribuição de cargas, que foi
determinada na transferência laje-viga. Para estas paredes foram recalculadas suas cargas,
de acordo com a equação 5 abaixo:
Figura 1: Distribuição das cargas para cada viga.

𝑔𝑝𝑎𝑟 × Comprimento da parede


Contribuição da parede = 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 (5)
Vão da viga

Lajes - Também foram calculadas as cargas distribuídas da laje em cada viga.


Lembrando que a carga total da laje L3 é igual a 8,55 kN/m², como mostrado na tabela 6.
As contribuições das lajes são dadas através da seguinte relação:
Carga total × área de contribuição
Contribuição da laje = 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 (5)
Vão da viga
Na tabela 10 é possível verificar todas as contribuições para as cargas distribuídas de
cada viga.

Tabela 10 – Contribuições para cada área de contribuição da laje L3.


LAJE L3 A1–V7 A2–V10 A3–V5 A4–V8
Áreas (m²) 3,05 6,58 3,80 1,76
Vão (m) 4,85 2,86 2,85 4,66
Contribuição da laje (kN/m) 5,38 19,67 11,4 3,23
Contribuição das paredes (kN/m) 3,20 12,53 7,90 8,51
Contribuição do peso próprio (kN/m) 2,0 1,2 1,2 2,0
Carga distribuída total (kN/m) 10,58 33,4 20,5 13,74
2.3 PILARES

Reação das vigas: Os esquemas abaixo representam as reações dos pilares na viga,
juntamente com os seus devidos carregamentos distribuídos. CT é a carga total e l é o vão
efetivo da viga. Pela equação da estática, a somatória de forças cortantes deve ser igual a
zero, e encontramos o valor das reações de cada apoio das vigas.

VIGA 5

RP4 + RP5 = 20,5 × 2,85

RP4 = RP5 = 29,2 kN

VIGA 7

RP4 + RP7 = 10,58 × 4,85

RP4 = RP7 = 25,7 kN


VIGA 8

RP5 + RP8 = 13,74 × 4,66

RP5 = RP8 = 32,0 kN

VIGA 10

RP7 + RP8 = 33,4 × 2,86

RP7 = RP8 = 47,8 kN


3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de


Estruturas de Concreto. Rio de Janeiro: ABNT, 2014.

______. NBR 6120: Cargas para o cálculo de estruturas de edificações. Rio de Janeiro:
ABNT, 1980.
ANEXO 1 – PLANTA BAIXA E COTAS

Obs: Todas as cotas estão em metros.


ANEXO 2 – TRANSFERÊNCIAS LAJE-VIGA

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