O documento discute como a felicidade é uma construção pessoal que envolve o autoconhecimento e a subjetivação do indivíduo. No entanto, as instituições atuais muitas vezes limitam a subjetivação e dificultam que as pessoas construam sua própria felicidade. É necessário repensar o papel das instituições para que elas possam ajudar melhor na compreensão e busca da felicidade.
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II Encontro Internacional de Felicidade e Bem-estar em Belo Horizonte
O documento discute como a felicidade é uma construção pessoal que envolve o autoconhecimento e a subjetivação do indivíduo. No entanto, as instituições atuais muitas vezes limitam a subjetivação e dificultam que as pessoas construam sua própria felicidade. É necessário repensar o papel das instituições para que elas possam ajudar melhor na compreensão e busca da felicidade.
O documento discute como a felicidade é uma construção pessoal que envolve o autoconhecimento e a subjetivação do indivíduo. No entanto, as instituições atuais muitas vezes limitam a subjetivação e dificultam que as pessoas construam sua própria felicidade. É necessário repensar o papel das instituições para que elas possam ajudar melhor na compreensão e busca da felicidade.
ESTRUTURANTES DAS ORGANIZAÇÕES Sigmar Malvezzi PhD Belo Horizonte, 20 de junho de 2018 • O reconhecimento e compreensão da felicidade nos desafiam. • O conhecimento científico que desenvolvemos conflita com milênios de reflexão filosófica (o diálogo entre ambos é nosso caminho de validação e o passo adiante). • O que é felicidade? (fragmentação / plenitude) • Que causas estão implicadas na felicidade (interioridade e exterioridade)? • É possível atribuir valor em uma condição subjetiva? • O que a força estruturante das organizações (instituições) pode ajudar na compreensão e busca da felicidade? A tradição filosófica trata a felicidade como nosso destino (a ciência mostra sinais e potencialidades para construir a felicidade e nosso desejo de construí-la). Construímos nosso destino (felicidade) explorando potencialidades de nossa existência (ações, ambiente, recursos e ideais) para o máximo bem. Por que algumas pessoas parecem ser felizes e outras parecem não ser? Posso ser feliz mesmo dentro de ambientes “desalinhados, ou hostis à condição humana”? • Felicidade é uma condição distinta de outros conceitos que tratam do “bem”; todos se interpenetram, como qualidade de vida, bem estar e de auto realização (Todos expressam a condição humana. Se completam?). • As dificuldades começam na compreensão das fronteiras que os integram e os distinguem. • Qualidade de vida foca as condições contextuais • Bem estar foca a adaptação e integração. • Autorrealização foca a existência transcendente • Felicidade foca a plenitude de nossa existência (beleza e máximo bem) • A felicidade é uma construção pessoal (não é produzida por outros, ou por alguma gestão externa ao individuo, mas por sua atuação sobre si mesmo) • Felicidade implica um estado subjetivo produzido pela gestão de si mesmo no mundo. • Francesco Chiumento (estudando o conceito Agostiniano de felicidade) relaciona essa produção pessoal à consciência, à memória, aos ideais e à alegria. • Nas ciências humanas, esse conjunto de causas pode ser genericamente entendido como subjetivação (condições [estruturais] internas que capacitam e energizam a “compreensão” de si mesmo e do mundo e a busca de finalidades). • Diversos ensaios recentes relacionam a construção da felicidade ao processo de subjetivação. • Clotilde Leguil critica fortemente, em nossa cultura, a “transferência” da responsabilidade pela produção da felicidade do sujeito para protagonistas externos. • Essa transferência é observada e estimulada por ampla publicidade e diversos movimentos institucionais que prometem o alcance da felicidade através de comportamentos e condições do ambiente sem tocar na mediação da subjetivação do próprio sujeito. • Para Alain Touraine, as tecnologias, autoritarismos (econômico, midiático, politico,…), colonizações diversas, hoje, dificultam os meios de subjetivação (socialização, educação, reflexão, vida comunitária, interlocução...) nos impondo modos de vida que limitam (ou impedem) o desenvolvimento do sujeito (reflexão, crítica, escolhas,...). • O comprometimento da subjetivação impacta na emancipação, na felicidade (reduzida à satisfação sensorial) e na possibilidade de construção da democracia (escolhas aparentes de fins e meios). • Arlie Hochschild, em seu ensaio “The Outsourced Self” também explora as dificuldades da subjetivação. • Ela enfatiza o “empobrecimento” dos meios de subjetivação ao criticar o conceito e a construção da felicidade nas mãos do “mercado” pelas práticas de sua terceirização (regras para a intimidade, conselheiros diversos, nutricionistas, “coaches” de carreira, tutores nos negócios, na vida íntima...). • Seu ensaio argumenta a colonização da subjetivação pela cultura de transações calculadas na qual a intimidade está, pouco a pouco, configurada pela racionalidade econômica. • O que a força estruturante das organizações (instituições) impacta na compreensão e construção da felicidade? • A velocidade (digitalização), virtualização (dependência de narrativas) e fragmentação (poder do individualismo) dos eventos resultam da fusão das tecnologias com a força institucional (enfraquecida). • Limitando-se a subjetivação (a possibilidade de ser sujeito) é difícil esperar a felicidade como plenitude e máximo bem. • Será que o atual status quo de força institucional e estruturante atuaria contra sua própria existência? • Se a resposta a essa questão for negativa, existiria outro caminho para a democracia, a emancipação e a felicidade que não seja a criação de alguma força comprometida com esses fins? • Nossa fraqueza não estaria na crença ingênuo de transformação sem o recurso de alguma força política? • Nas condições da sociedade atual é possível se pensar alguma força política sem a existência de sujeitos? • O que a força estruturante das organizações (instituições) pode ajudar na compreensão e busca da felicidade?
• Comparem a liderança do Macron, do Trump e do Papa
Francisco como metodologia para o tratamento dessa questão considerando a força política como razão hermenêutica para essa tarefa.