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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BRAGANÇA


FACULDADE DE HISTÓRIA
DISCIPLINA: SEMINÁRIOS DE FILOSOFIA E EDUCAÇÃO
PROFESSOR DR. JOSÉ CARLOS

Discentes: Alvaro Guimaraes


Daniel Corrêa da Silva
Elbert Mauricio Alves Reis
Eliseu Mescouto do Rosário
Ezequias de Sousa Monteiro
Jairo José de Sousa Junior
Marcos Alves
Mario Francisco Mangabeira Guimarães
Welitom Ferreira Brito
Weliton Farias Santos Nascimento

2- Sociedade Fechada e Inexperiência Democrática. Pag. 72

Questão I – O que o autor quis dizer com o termo “a nossa inexperiência democrática”?

R: Para o autor, o termo “a nossa inexperiência democrática”, significa compreender que o


período colonial escravocrata, sem povo, antidemocrático, sem voz não possibilitou a
participação da massa popular nas decisões comuns, pois o homem era esmagado pelo poder.

A necessidade da participação da massa era inevitável, visto que se travava da formação da


sociedade daquele período, uma sociedade que precisava ser construída com as mãos do povo.
Porém, o poder dos senhores da terra formava os homens subordinados e incapazes de intervir
nas decisões que favoreciam a todos abertamente.

Paulo Freire referencia-se em aspectos do Brasil Colônia, passando pelo Império e chegando à
República para dizer desde a formação do Brasil tivemos uma elite que predominava e com
isso, manipulando o povo, trazendo consigo a pouca participação popular na sociedade. Ele
afirma que “o Brasil nasceu e cresceu dentro de condições negativas às experiências
democráticas” (Freire, 1999, p. 66).

Acredita-se que o sentido marcante da colonização é fortemente predatório à base da


expansão econômica do grande domínio, em que o poder do senhor se alongava em posse de
terras, além de promover o trabalho escravo, inicialmente com o nativo e posteriormente com
o africano. Esses já não tinham condições necessárias para desenvolver uma mentalidade
permeável, flexível, caracterizada na condição cultural da formação democrática do homem
brasileiro. Enfim, o período Colonial, Imperial e também a passagem para a República são
marcados pela inexistência da participação popular.

Questão II – Sobre a participação popular o autor diz que o poder exacerbado minou a
ação popular e que o processo formativo esbarrava nos seguintes processos sociais:
ajustamento, acomodação e não integração. O que o grupo entendeu sobre esses
processos?

R: Entendemos que cada um desses processos foram consequências de um poder exacerbado


exercido sobre o povo brasileiro. Assim no ajustamento, o homem não dialoga, não participa.
Pelo contrário, se acomoda a determinações que se superpõe a ele, sem que ele pudesse ser
crítico. Já na acomodação era exigido uma dose mínima de criticidade. A não integração o
distancia da participação e transformação da sociedade ao qual pertence. A integração, ao
contrário, exige um máximo de razão e consciência. Ou seja, entendemos com Paulo Freire
que integração não é acomodação, ela resulta da capacidade de ajustar-se à realidade
acrescida da possibilidade de transformá-la. O homem integrado é um homem Sujeito.

O poder exacerbado desde o início do Brasil Colônia, fez com que o povo tivesse pouca
participação nas decisões da sociedade brasileira, sempre ficando a margem dela. Nessa
relação do povo e poder exacerbado do governo autoritário não havia diálogo entre povo e
governo, o que havia eram ordens e o povo tinha que obedecer, ficar em silêncio, ou seja, uma
acomodação. Paulo Freire afirma que o que caracterizou esse período, desde o inicio foi o
poder exacerbado, a que foi se associando sempre a submissão. Submissão de que decorria
ajustamento, acomodação e não integração. O homem ai, acomodou-se a determinações que
lhe eram impostas.

Referência Bibliográfica

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 23ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999.

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