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- Tudo bem então Mano, eu te ligo assim que tudo estiver pronto.

– disse
ao meu irmão antes de encerrar a ligação. Apesar de morar nos
Estados Unidos, Alê sempre manteve; olhos e ouvidos no Brasil. Nada
do que eu ou minha irmã Pri fazíamos, passava despercebido aos seus
olhos. Ele era muito protetor, e não havia nada que eu pudesse fazer,
para aplacar o seu senso de responsabilidade.

Ainda estava com o aparelho celular na mão, quando ele tocou


novamente. Atendi a ligação enquanto olhava a vista privilegiada que
tinha do meu apartamento.

- Oi, minha linda. – Atendi já familiarizado com aquele número.


Afrouxei a gravata que ainda me prendia e aguardei a voz doce e
carinhosa me responder.

- Oi, príncipe. – Sofie respondeu, em um tom de voz que poderia


praticamente ser de uma criança, uma sonoridade muito gostosa de
apreciar. Caminhei para o meu quarto enquanto falava com ela. – Só
ligando para dizer que chego ao seu apartamento em uma hora, a sessão
de fotos adiantou, então vou poder chegar mais cedo. – Como eu havia
dito, Sofie poderia se passar por uma adolescente ao telefone, mas
ouvindo sua voz eu comecei a imaginar a mulher linda e sexy que ela
era.

- Sem problemas amor. – Disse tranquilizando-a. – Estou praticamente


com tudo pronto.

Verifiquei o horário e teria que ligar para o restaurante pedindo a


antecipação do jantar.

- Te amo. – ela disse e aquelas palavras não me pegaram de surpresa.


Alguns hábitos nunca mudam. – Até daqui a pouco.

- Idem. – respondi de forma carinhosa.

Assim que desliguei o telefone eu o coloquei no criado mudo, caminhei


até o banheiro e chegando lá eu me despi me preparando para o banho.

Quando a água levemente aquecida tocou minha pele, eu deixei me


levar pelas lembranças dos últimos acontecimentos da minha vida.
Meu pai estava se preparando para aposentar da vida jurídica, meu
irmão retornaria ao Brasil para assumir a parte criminal do escritório e
minha namorada de dois anos estava se mudando para o Japão, atrás
do seu sonho de ser uma modelo de sucesso.

Sofie foi o melhor relacionamento que tive até hoje, nos conhecemos na
faculdade; eu fazia Direito e Sofie moda, mas somente ficamos pela
primeira vez, em uma festa dada pelo Bruno, um grande amigo do meu
irmão. Depois desse dia, passamos alguns meses nos conhecendo até
que decidimos engatar um relacionamento sério, porém tudo começou
a ficar mais difícil quando Sofie resolveu modelar. Não tenho nenhum
tipo de preconceito com a indústria da moda, mas sou um homem
extremamente possessivo e ciumento, apesar de ter a serenidade como
aliada, o fato da minha namorada ficar exposta em todos os meios de
comunicação do mundo, não me agradava, juntando isso com o quesito
dela estar se preparando para morar do outro lado do mundo, deixou
tudo ainda mais impossível.

Tive uma conversa definitiva com Sofie á alguns dias, e juntos


decidimos que não tínhamos mais a mesma compatibilidade de antes,
dessa forma estou deixando minha namorada partir para terra do sol
nascente em três dias. Tínhamos certeza que havíamos feito à coisa
certa. Nosso namoro era maravilhoso, mas tanto Sofie quanto eu,
sabíamos que um pouco de comodidade existia. E os sentimentos que
tínhamos não sobreviveriam a distancia do nascer e o por do sol.

Fechei o registro do chuveiro e me sequei, saí do banheiro e


caminhando em direção ao meu armário, eu comecei a pensar no que
vestiria. Apesar de estar em casa, não queria parecer casual demais, já
que era minha última noite com Sofie. Optei por um jeans, camiseta
cinza de mangas compridas e um casaco preto por cima, calcei um
sapatênis e coloquei o relógio que Sofie havia me dado no ultimo natal.

Peguei meu celular e abri a playlist que tinha preparado, escolhi as


músicas favoritas da Sofie, estava preparando tudo nos mínimos
detalhes, pois apesar de ter certeza que era uma despedida, Sofie me
fazia feliz e merecia uma noite especial. E eu estava pronto para
realizar cada desejo dela.
Nossas bocas se afastaram e eu distribui beijos por toda sua face.
Deixei o último toque dos meus lábios tocar sua testa de uma forma
protetora.

- Você está lindo, Di. – Ela se afastou um pouco e analisou minha roupa.

Dei um sorriso divertido e a puxei pela mão até a sala.

- E você está perfeita, Baby. – Soei um pouco atrevido, pois Sofie


realmente estava linda. Seu vestido tomara que caia deixava seu colo a
mostra, e aquilo estava me deixando louco. Tinha um desejo
inexplicável por aquela parte do corpo feminino.

Virei Sofie de costas para mim e coloquei as mãos tampando seus olhos
como se fosse uma venda.

- Hmm! Adoro as suas surpresas. – Disse e eu pude notar uma pitada de


malicia em sua voz.

Cheguei perto de seu ouvido e senti que o meu respirar naquele local
especifico a deixava arrepiada.

- Ainda não, Baby. Seja paciente. – Disse e passei os lábios pela lateral
do seu pescoço.

Sofie aconchegou o corpo ao meu e sua cabeça descansou em meu


peito.

- Se você continuar fazendo isso. – Ela roçou a bunda no meu quadril e


minha ereção por ela já era evidente. – Não vou ser capaz de me conter.

Olhei para a mesa posta, olhei para Sofie que ainda estava com os olhos
fechados. Senti minha reação a ela se tornar quase insuportável, e não
contive minha vontade de me apertar ainda mais contra o seu corpo.

- Quer pular o jantar, Baby? – perguntei, pois a excitação tomava conta


de mim e podia sentir através do corpo de Sofie que ela também me
queria.

Mesmo de costas eu senti que ela sorria. Sofie poderia ser meiga e
doce, mas seu jeito sapeca me deixava louco na cama, nossa química
era uma delicia, e as noites que passávamos juntos não abria espaço
para nenhum tipo de reclamação.

- Sempre preferi a sobremesa antes do jantar. – Sua voz já estava


carregada de desejo, e antes mesmo que ela pudesse falar mais alguma
coisa eu a peguei em meus braços e caminhei até o quarto. Sofie
distribuía beijos pelo meu pescoço, e eu estava cada vez mais louco
para tocar todo o seu corpo.

- Diego! . – Sua voz de surpresa ao chegar ao quarto, me fez questionar


se ela tinha gostado ou não. A cama estava forrada com pétalas, e velas
perfumadas iluminavam todo o quarto. Um champanhe estava em um
balde ao lado de duas tação sobre o criado mudo.

- Gostou? – perguntei com ela ainda em meus braços.

- Tudo o que você faz é perfeito, príncipe. – Seus olhos se encheram de


lágrimas novamente e quando eles se fecharam eu depositei um beijo
em cada um deles.

- Querida, se você continuar chorando eu vou encerrar nossa noite. –


Tentei faze-la se acalmar.

Deitei Sofie em meio às pétalas e apreciei a beleza daquela cena. Tirei o


meu casco, alcancei a barra da minha camiseta e a tirei. Sofie encarava
meu abdômen e seus olhos brilhavam com a visão do meu corpo.

Arrastei-me sobre ela na cama, e assim que meu corpo cobriu o dela,
Sofie afastou as pernas, me deixando encaixar. Apoiei um cotovelo
sobre a cama e encarei o seu lindo rosto, suas mãos passavam pelas
minhas costas em um movimento de sobe e desce. Beijei sua boca e
meu corpo começou a fazer movimentos como se quisesse se fundir a
ela.

Levantei, ficando de joelhos sobre a cama, puxei Sofie para que fizesse
o mesmo, e quando estávamos frente um ao outro eu puxei o vestido
sobre sua cabeça, ela ergueu os braços para facilitar meu movimento.

Joguei o vestido no chão e voltei a atenção para o corpo que estava a


minha frente. Sofie era linda, sua pele branca fazia contraste com seu
cabelo naturalmente vermelho. Seios que cabiam perfeitamente em
minhas mãos. Como se ganhassem vida própria, meus dedos
começaram a acariciar seus mamilos, que ficavam ainda mais
enrijecidos ao meu toque.

- Tão perfeita. – disse com a voz baixa, para que somente ela apreciasse
as minhas palavras.

- Diego. – ela sussurrou apreciando meu toque. Coloquei o dedo


indicador em sua boca. Impedindo- a de falar.

- Quer ouvir o que? – deixei que escolhesse a música que usaria em


nossa despedia. Mas ela sacudiu a cabeça em negativa.

- Você escolhe. – Suas mãos passeavam pelo meu peito, e o toque macio
dela me causava urgência em possui-la.

Alcancei o meu Iphone e rolei a tela escolhendo a música perfeita para


aquele momento.

Home de Michael Bublé começou a tocar ,e eu voltei minha atenção


para Sofie que havia deitado novamente na cama.

Com movimentos lentos eu passei minhas mãos por todo o seu corpo,
desde seu rosto até sua coxa, sua minúscula calcinha vermelha
chamava minha atenção. Abri suas pernas e Sofie gemia com a
antecipação dos meus movimentos.

- Linda. – Disse olhando em seus olhos, antes que minha mão vagasse
por seu sexo. Mesmo por cima do tecido podia sentir o quanto ela
estava excitada. Sofie sempre foi muita receptiva aos meus toques, e
seu corpo respondia de uma forma deliciosa, toda vez que estávamos
juntos.

Despi do seu corpo o tecido que escondia o objeto do meu desejo. E


quando encerei seu centro encharcando eu não resisti e soltei um
palavrão.

- Porra! – praguejei enquanto olhava para aquela perfeição.

Ouvi o som da risada de Sofie e levantei os olhos em direção ao seu


rosto para descobrir o que havia de tão engraçado.
- Dr. Diego xingando? – Ela sorriu. – Que coisa feia.

Levantei uma sobrancelha, surpreso com seu comentário. Antes de


voltar a me deliciar com seu sexo molhado eu dei um tapa na parte
externa de sua coxa.

Sofie se assustou, mas seu olhar em minha direção era de pura luxuria.

- Sou um homem de muitas facetas, Srta. Sofie. – disse me abaixando


com direção ao centro de seu corpo. Assim que minha boca alcançou
seu clitóris já sensível, Sofie se contorceu soltando meu nome como um
gemido.

-Venha para mim, Baby. – Pedi enquanto introduzia um dedo em seu


interior. Meus cabelos estavam sendo puxados por mãos maciais, mas
avidas por mais contato.

- Diego, por favor. – Ele suplicou de forma desesperada.

Levantei, pois queria que Sofie chegasse ao clímax comigo dentro dela,
despi o restante das minhas roupas, abri a gaveta do criado mudo e
alcancei o preservativo que tinha separado. Sofie e eu deixamos de ter
relações sem proteção a partir do momento que ela decidiu seguir
carreira, não é que não havia confiança, mas o medo que ela tinha de
uma gravidez inesperada atrapalhar seu futuro, fez com que essa
decisão fosse tomada.

Enrolei o preservativo por meu comprimento. Percebi que Sofie


acariciava o próprio mamilo enquanto eu voltava para ela. O que me
fez ficar com mais tesão. Ela se dando prazer era uma visão tão erótica
que em tirava o folego.

- Como você quer, Baby? – Perguntei antes de me colocar próxima a


sua entrada.

Seus olhos estavam arregalados e Sofie me olhava como se eu fosse o


ultimo homem do mundo, talvez aquilo se desse pelo fato de que em
três dias nossos caminhos se tornariam duas estradas diferentes.
- Eu quero você. – Ela sussurrou. Puxou-me para mais perto e assim
que minha ereção encontrou sua entrada eu a penetrei em um único
golpe.

Apesar do movimento brusco, assim que senti que Sofie havia se


adaptado a minha invasão eu ainda fiquei parado enquanto beijava sua
boca.

- Eu preciso, Diego. – Disse assim que nossas bocas se separaram.

Iniciei um movimento suave, uma dança sincronizada que envolvia


nossos corpos em perfeita sintonia. Um espetáculo que não tinha
plateia. Era somente eu e ela.

- Como você é quente, Baby. – Aumentei um pouco o ritmo, mas não


deixei que a urgência de me libertar, tornasse aquele momento como
um outro qualquer.

Abaixei minha boca e capturei um de seus mamilos entre meus dentes.


Mordisquei de leve e Sofie começou a murmurar palavras incoerentes,
sua excitação era tanta que eu já sentia seu corpo ficar tenso, a espera
do orgasmo que viria. Alcancei o outro mamilo e dei a ele o tratamento
merecido.

- Enrole suas pernas em mim. – minha voz soou como uma ordem,
prontamente obedecida por ela.

Suas pernas agora estavam entrelaçadas em mina cintura, e aquele


movimento me dava a profundidade necessária para fazê-la gozar.

Comecei a bombear rápido, meu sexo atingia o seu interior com uma
força que fazia com que Sofie balançasse.

- Oh! Diego, mais, por favor. – Atendi o seu pedido e aumentei


velocidade, tornando as estocadas avassaladoras. Impossível de
suportar.

O suor descia pelo meu rosto e por mais que quisesse aproveitar
aquele momento, não conseguiria mais segurar o êxtase que estava
sentindo. Sofie segurou minhas costas me levando em sua direção.
Senti que seu sexo me sugava para dentro e os espasmos que seu corpo
soltava me fez perceber que o orgasmo estava tomando conta dela.

- Diego. – ela gritou meu nome e me apertou em seu interior, gozando


extasiada. Seu grito fez com que um prazer implacável tomasse conta
de mim, desabei sobre o seu corpo e afundei por inteiro em seu
interior.

- Baby. - Chamei por ela, enquanto me liberava. Levantei meu rosto


para olha-la e um arrepio de tristeza me invadiu. Sofie chorava
copiosamente, liberando toda angustia e o medo do futuro
desconhecido que sentia, com aquelas lágrimas.

- Não é um adeus. – ela disse com a voz fraca, enquanto me abraçava.


Enterrei meu rosto em seu pescoço novamente e sussurrei em seu
ouvido, algo que pudesse acalma-la.

- Tudo vai ficar bem, Baby!

- Camila Moreira

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