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O ESTILETE DO ANALISTA
Antonio Quinet*
Com seu gume afiado pelo desejo do analista, a psicanálise conta com todas as
disciplinas e práticas que lhe sejam afins - a começar pela arte e a lógica – para não
depor suas armas diante dos desafios da civilização (cf. Lacan). Assim o analista
deve se deixar ensinar pelo artista e servir-se da lógica para pensar as categorias
que orientam seu ato.
Que nossa revista Stylete lacaniano seja usada por cada um para afinar seu estilete
e, com seu estilo, sulcar o campo lacaniano no ato que lhe cabe: na clínica, na
Escola, na polis, nos laços sociais.
Os trabalhos das capas de Stylete Lacaniano deste número são de Raphael Couto,
carioca, 28 anos, Mestre em Estudos Contemporâneos dos Fatos (UFF), participa de
exposições e festivais de performance (Brasil e exterior) desde 2004. Trabalha com
performances, fotos e vídeos tendo por base o corpo próprio – superfície e orifícios -
no qual interfere com colagens, corte e costura usando material cirúrgico e objetos
ordinários da vida cotidiana. A série “Bouquê” é inspirada em “Anatomie” de Man
Ray. É representado pela Mercedes Viegas Arte Contemporânea no Rio de Janeiro.
Na curadoria deste número participaram Antonio Quinet, como editor; Lia Silveira e
Glaucia Nagem, da Comissão Editorial e Leonardo Pimentel e Felipe Grillo, da
Comissão de Criação.