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Hélder Júlio Ferreira Montero Frederico João Pereira Zagalo

ÉT
Luso-Española
de Ediciones
rortugues para lo d o s 4

2002

© Hélder Júlio Ferreira Montero


Frederico João Pereira Zagalo
e Luso Española de Ediciones
(Arco 11-21, 6o D • 37002 SALAMANCA» E-mail: lusoesp@iponet.es)
Telef. e Fax: 923 21 96 45 ' ’
Direitos de tradução, reprodução e adaptação reservados para todos os países.

Ilustração
Julia Ferreira González
Emilio Rodríguez
José Paulete
Corel Mega Gallery

Capa
Composição gráfica: H élder Júlio Ferreira Montero

Fotografia
Hélder Júlio Ferreira Montero
Frederico João Pereira Zagalo
José Brito

Fotocomposição e montagem
Hélder Júlio Ferreira Montero

Gravação e mistura
Laboratorios Estudios VU

Vozes
Andreia S. Nabais
José A. R. Pereira
Pedro Serra
Roberto Ceolin
Cláudio Lúcio Marques Silva
Daniela da Paz Vieira

Impressão
Imprenta Kadmos
Salamanca

ISBN: 84-932394-3-7
Depósito Legal: 1.353-2002
Tábua
de

ín d i c e
matérias I

S o rtelh a .
C o m p a ra çã o p ro g re ssiva (revisão).
0 O m ed o .
0 M edos iuconfessos.
Futuro do conjuntivo em o raçõ es condi­
cio nais (revisão).
0 S ituações d e m e d o .
E x p re ssã o d a ca u sa (revisão).
<5 S intom as e sen saçõ es.
E x p re ssã o d a consequência (revisão).
0 T o rm en ta .
'03 1 Sím bolos fonéticos. Pronúncia: [nl, [nl, [rl,
Ph 0 F o g u etõ e s m isterio so s c h eg am a P o rtu g a l. [R].
Q A lógica. V o cab u lário : subst. > subst.: (lugares onde
01 A a rg u m e n ta ç ã o . se guarda algo) .(re v isão ); subst. > subst •
(profissões) (revisão).
0 O ra cio c ín io .
P re fix a çã o : posição no e sp aço .
0 . O te x to a rg u m e n ta tiv o .
/ I
0 A lm eida.
0 T rad iç õ es: o q u e re s ta d o P o rtu g a l típ ico . A A e x p re ssã o do pretérito (revisão).
0 P o rtu g a l: o q u e m u d o u . A A e x p re ssã o d a an te rio rid ad e e d a pos-
terio rid ad e (revisão ).
0 In fa n te D . H e n riq u e .
0 A cid ad e e as se rra s.
A A fo rm ação d a fra se p a ssiv a (revisão).
0 V iver no c a p o / V iver n a cid ad e (v an tag en s e des­ A Sím bolos fonéticos. Pronúncia: [i], [X],
v antagen s). [m].
5JD
'03 0 A m in h a casa. / C asas d o fu tu ro . T rab alh o s A Ex p re ssõ e s im p esso ais (revisão).
Ch d o m éstico s / ó cio.
A A sinonim ia.
Q Luís Vaz d e C am ões. T udo m u d a.
A V o cab u lário : origem e procedência.
0 A ldeias h istó ric a s d e P o rtu g a l.
A P re fix a çã o : p refixo s de m ovim ento.

0 B atalh a.
Q N uno A lvares P e re ira . A e x p re ssã o d a o po sição e d a co ncessão
(revisão).
0 O velho e o n o v o .
O u tras fo rm as de d ize r " n ã o " : n eg ação
0 A velhice e a m o cid ad e . a d v e rb ia l, pro n o m in al, im plícita.
0 O m o d e rn o e o antigo. Sím bolos fonéticos. Pronúncia: [p], [b], [t].
M> 0 O sucesso e o insucesso.
'03 A an to n ím ia.
Ph 0 A vida aos 4 0 .
V o c a b u lá rio : a u s ê n c ia , p riv a ç ã o
Q P ro c e s so d e e n v e lh e c im e n to ; v elh ice; p e rd a de n e g a çã o , o p o sição , acção co ntraria.
facu ld ad e s físicas e m e n ta is; a m o rte .
P re fix a çã o : p refixo s de n eg ação .
0 T este cu ltu ra l.

1^1 0 A lcobaça.
0 O m o ste iro d e A lco b aça. A le n d a d o M o steiro de A e x p re ssã o d a ca u sa e d a consequência
A lcobaça. (revisão).
0 A nim ais. Sím bolos fonéticos. Pronúncia: [d], [k], [g],
00
^t< 0 E cologia. A hom oním ia.
cü 0 M eio am b ie n te: a d e g ra d a ç ã o e p re s e rv a ç ã o d o V o cab u lário : an im a is (ca ra cate rização de
CO m eio am b ie n te . um a n im a l); colectivos; v o ze s d e an im a is
c/i 0 A u m en to d as te m p e ra tu ra s (b en efício s e m alefí­
bc P re fix a çã o : núm ero de v e z e s, repetição
'Cti cios).
de um a a cçã o ; dim inuição de um a ideia
Pch
(* A s e rra .
Fo rm ação d a s p a la v ra s : ad jectivos < y e r ­
0 P a rq u e s n a tu ra is. bos (possibilid ade de so frer ou practicar
um a acção).
r. ¡ I:.: Areas lexicais lem as A reas g ra m a tic ais e e stru tu ra s
V-g:' :

0 T om ar.
0 A fe sta dos ta b u leiro s.
0 A d e lin q ü ê n c ia e a ju stiç a , A A e x p re ssã o d a ca u sa e d a consequência
<N v In se g u ra n ç a . (revisão).
kO
0 A d e lm q u ê n c ia n a s aulas. A A ho m o grafia.
OX
0 P o b re z a e m a rg in a lid a d e . Sem - A Sim bolos fonéticos. Pronúncia: [f], [v], [1].
bJD -ab rig o e v ag ab u n d o s. A V o cab u lário : anterioridade,, posteriorida-
'rtS
Ch de, contiguidade, co m p an hia (revisão).
0 O rg an ização dos trib u n a is.
0 S u p re m o T rib u n al d e Ju stiç a , A Fo rm ação d a s p a la v ra s : substantivos <
substantivos.
v A p ir a ta r ia m o d e rn a .
A R a d ic a is g re g o s re la c io n a d o s com o
0 G íria e calão. corpo.

0 N azaré. T L '*
0 A p o lítica.
» O carism a .
» O su frág io .
A H om ofonia.
VO • O popuU sm o.
IX A O ra çõ e s tem porais (revisão).
0 O rg ão s d e so b era n ía: o P re s id e n te d a R epúbU ca,
o G o v ern o , a A ssem bleia d a R e p ú b h c a , os tr ib u ­ A Sím bolos fonéticos. Pronúncia: [z].
nais, o p o d e r local.
60 Q- P a n o ra m a p o lítico d o sécu lo XX: M o n arq u ía, A V o cab u lário : substantivos < substantivos
'/tí R e p ú b lica , E stad o N ovo, D e m o c ra c ia . ou ad jectivos (doutrinas ou sistemas; modo de
P-,
0 F a c to s significativos d a h is to ria re c e n te das proceder ou pensar; forma peculiar de língua,
m u lh e re s e m P o rtu g a l. terminologia científica); adjectivos < su b s­
0 A ngola. tantivos (sectário ou partidário de).
0 M oçam b iq u e.

C astelo d e Vide: T L '*


• M o n u m en to s m eg alítico s.
A v en tu ra, e x cu rsã o :
• C ap acid ad es; O n o m ato p éia: gritos ou cantos de a n i­
• R isco , p e rig o , auxflio; m ais, ruíao s de fenóm enos d a n atu re za ,
su bstan tivo s, interjeições, ve rb o s.
• Sucesso / m su cesso ;
oOs A paro n im ia.
CC • A conseUiar.
Ix Viagens: Sím bolos fonéticos. Pronúncia: [s] / [z ].
X
c/i • O co m b o io ; V o c a b u lá rio : fo rm a ç ã o , d a s p a la v r a s
t>0
'(6 jeom postos eru d ito s,' prim eiros elemen-
Oh • A p re se n ta r qu eix as.
D esp o rto : Fo rm ação do léxico : substantivos < v e r­
• C anoagem ; bos (acção ou resultado dela) (revisão).
• M erg u lh o ;
• A tletism o;
• F u te b o l; as claq u e s; v iolência.

0 M arvão:
• F e sta d o c a sta n h e iro ;
• F e ira d a ca stan h a.
0 A p u b h cid a d e :
Im perativo (revisão).
• P rm c íp io d a b e itu d e ;
A e x p re ssã o d a ordem e do conselho
• R e striç õ e s à p u b h c id a d e ;
■ (revisão).
O<* • O sexism o n a p u b licid ad e:
A e x p re ssã o d a proibição (revisão).
• E x p re ss a r o p in ião ;
A o ra çã o im p esso al (revisão).
• A telev isão e a p u b h c id ad e .
60 0 L e itu ra e im p re n sa:
Sím bolos fonéticos. Pronúncia (revisão).
vS
Ph • A n o tícia ; V o cab u lário : com postos eruditos, prim ei­
ros elem entos II.
• A re p o rta g e m ;
V o cab u lário : substantivos < substantivos
• A c ró n ic a ;
(actividade, ramo de negócio; acção própria de
• O jo rn a lis ta e a so cie d a d e; certos indivíduos) (revisão).
• G u tem b erg .
0 T este c u ltu ra l.
A lbiifeira.
• U rna m a rin a e m té r r a .
A m oda: A A e x p re ssã o d a co m p aração (revisão).

ín d ice
• N om es d e tecid o s; A Antoním ia (revisão ).
• P e ç a s d e v e stu á rio ; .
fl3 A Sím bolos fonéticos. Pronúncia (revisão ).
LO
O • L o cu çõ es e v e stu á rio ;
A V o cab u lário : com postos eruditos, prim ei­
• C uidados d o c o rp o ; ros elem entos III.
bO
'cd • M oda e n u triç ã o ; A V o cab u lário : substantivos < v e rb o s, su b s­
Oh
• H áb ito s d o s jo v e n s p o rtu g u e se s; tantivos ou adjectivos (agente, instrumento
• O u tra s m o d as: ta tu a g e n s d e sca rtá v e is. da acção; ocupação, ofício, profissão) (revisão).
T este c u ltu ra l.
S I-
V ilam oura:
• O casin o ;
• P a rq u e a m b ien tal. A A e x p re ssã o d a co m p aração (revisão).
A a rte e os artistas:
A A e x p re ssã o d a p ro b ab ilid ad e e d a hipó­
• M ovim entos a rtístic o s; tese (revisão)
00
CM • E x p re ss a r o p in ião su b jectiv a; A Sinonim ia (revisão).
cd 10 • A p recia ç ã o ; A Sím bolos fonéticos. Pronúncia (revisão).
• E sta b e le c e r u m a re la ç ã o (id e n tid ad e , ev o­ A O rto g rafia : G [3] / J [3].
c a ç ã o , re la ç ã o , significação);
vcd • E x p re ss a r h ip ó te se . A V o cab u lário : Com postos eruditos, prim ei­
Oh ros elem entos IV.
A rte m an u elin a.
V o cab u lário : substantivos < substantivos
A rte egípcia.
(noção colectiva e de quantidade; nomes abstrac­
A rte b izan tin a. tos; qualidade; propriedade; estado ou modo de
N om es d a n o ssa te r r a . ser) (revisão).
A a rte n a re d e .
s i . .-
0 F a ro .
• J o ã o d e D eus. A D iferenças entre o português de Portugal
e o porfuguês do B rasil.
0 Brasil:
A C o lo c a ç ã o dos p ro n o m e s áto n o s
• O c a rn a v a l ca rio c a . (revisãá).
(N 0 Film es. A A cen tu ação (revisão).
0 C o n certo s.
A N om es colectivos: concordância com
0 D an ça. adjectivo.
11
0 T e a tro : A Sim bolos fonéticos. Pronúncia (revisão)
dJD
'td • E u n ice M uñoz; A O rto g rafia : SS [s] / Ç [s] / X [s].
Oh

• F estival d e A lm ada. A V o cab u lário : com postos eruditos, prim ei­


0 T elevisão: ros elem entos V.
• A violên cia. A V o cab u lário : substantivos < substantivos
(noção colectiva e de quantidade); su b stan ti­
0 C o n ta r e d e scre v e r. vo s < ad jectivos (nomes abstractos: qualidade,
propriedade, estado ou modo de ser).
S I
0 F a ro .
v A çores. A A ntónim os (revisão).
LO
0 V iajar de avião. A Sím bolos fonéticos. Pronúncia G [3] / G [g]
co 0 E m ig raç ã o e im ig ração : A O rto g rafia : S [z] / Z [z].
12 • D iscrim in a ç ã o ; A V o cab u lário : com postos eruditos, seg u n ­
dJD
'fd • C lan d estin id ad e; dos elem entos.
Oh
• S ituação social; A V o cab u lário : ad jectivo s < su bstan tivo s
(provido ou cheio de; que tem carácter de, seme
• In te g ra ç ã o . lhante a; semelhante ou comparável a).
0 C o leccio n ad o re s.
kT l
0 A çores:
A Tempos do m odo conjuntivo (revisão ).
• As fu rn a s;
LO
LO
• C ozido d a L ag o a das F u rn a s. A Sinonim ia (revisão).
13
0 A p esca: A Sím bolos fonéticos. Pronúncia X [J] / X [z]
'<W
d)
IOh
I W p h b h h h é h b h i í

• A p e sc a d a baleia.
0 A h is tó ria e as len d as:
• A le n d a d a A tlân tid a; A O rto g rafia : S [z ] / X [z ] / Z [z ].
D
• A le n d a dos n o v e irm ã o s;
¡3 VD
-i j
• F e rn ã o M endes P in to .
A V o cab u lário : com postos eruditos, seg u n ­
dos elem entos II.
9 Lí
C
Lf3

6
13 0 A p re se n ta ç ã o d e facto s:
• C o n sid e ra r u m fa c to co m o c e rto ;
A V o cab u lário : adjectivos
a b s tr a c to s , q u a lid a d e ,
<

p r o p r ie d a d e ,
ve rb o s ( n o m

e s ta d o
e s

o u

n PH
>0
'C c
• C o n sid e ra r u m fa c to co m o a p a re n te ; m o d o d e s e r ).

n • C o n sid e ra r u m fa c to co m o p ro v á v e l o u possí­
vel.
0 O a c a so , a c asu alid ad e.
/ I

0 M adeira: C A
• A d e sc o b e rta d as ilhas:
• Jo ã o G onçalves Z arco .
0 O co n h e c im e n to e a ig n o râ n c ia.
0 O rg a n iz a çã o d o d iscu rso :
• In ício , in tro d u z ir u m assunto;
• M u d ar d e assu n to ;
• R e to m a r u in assm ito ;
• H e sita r; A A e x p re s sã o d a ca u sa e d a consequência
C
0!
14 • P e d ir a ju d a ling u ística; (revisão ).
r* 2
s
• C o rrig ir-se; p re c isa r; A A e x p re ssã o d a co m p aração (revisão).
1>
ví D
H • C o m p a ra r; A Sím bolos fonéticos. Pronúncia (revisão).
o
>0 • E n u m e ra r; A O rto g rafia : e [ j] / i [ j] ,
'f c
P H
• E x em p lifica r; A V o cab u lário : com postos eruditos, se g u n ­
• A lud ir; dos elem entos III.
• T ra d u z ir; A V o cab u lário : ad jectivo s < substantivos
( r e fe r ê n c ia , r e la ç ã o , r e la tiv o a ).
• E n fa tiz a r;
• F a z e r u m a d ig ressão ;
• S in te tiz a r;
• C o n ta r;
• C oncluir.
0 A p a rá b o la e a fáb u la.
1

0 M ad eira II.
• A le n d a d o M achim ;
• As Ilh as E n ca n ta d a s.
0 Eivas: A fe ira d e S. M ateus.
0 A p re se n ta ç ã o o b jec tiv a d o facto : A A e x p re ssã o d a hipótese e d a condição
• F a c to a p re s e n ta d o co m o c e rto ; (revisão).
• F a c to a p re s e n ta d o co m o v e rd a d e iro o u falso; A Sím bolos fonéticos. Pronúncia (revisão).
ON i
r ­H j • F a c to a p re s e n ta d o co m o p ro v á v e l o u im p ro v á ­ A O rto g rafia : X [/] / CH [/].
vel;
H 15 A V o cab u lário : com postos eruditos, seg u n ­
a D • F a c to a p re s e n ta d o co m o possível o u im possí­
r-H
vel; dos elem entos IV.
0
)JD
'0 3 • F a c to a p re s e n ta d o co m o n e c e ssá rio o u n ão A V o c a b u lá rio : p re fix o s de n eg ação !
PH n e c e ssá rio ; (revisão).
• F a c to a p re s e n ta d o c o m o fácil o u difícil; A V o c a b u lá rio : p ro fissõ e s e a lim e n to s
(revisão).
• F a c to a p re s e n ta d o c o m o h ip ó te se d e e v e n tu a ­
lid ad e;
• F a c to a p re s e n ta d o co m o h ip ó te se d e irre a lid a ­
d e.
Q N ovas tecn o lo g ias:
• C o m ércio e le c tró n ic o ;
/ I • T e letra b alh o .
A p ên d ices P ág . 197
A lfabeto fo n ético P ag . 198
O p o rtu g u ê s d o B rasil P ág . 201
S o lu çõ es e tra n s c riç ã o d e te x to s P ág . 207
Nota i n t r o d u c t o r i a
N ota in tro d u cto ria

P o rtu g u é s p a ra Todos es un método de enseñanza del portugués como lengua extranjera, dirigido a un público
heterogéneo, fundamentalm ente hispanohablante. Su meta es la adquisición de una competencia lingüística y comuni­
cativa, oral y escrita, que perm ita la justa y fluida expresión en situaciones reales. El completo análisis, estudio y prác­
tica de las estructuras gramaticales posibilitan su utilización tanto en el aprendizaje autodirigido como en el aula de por­
tugués. La progresión de contenidos ha sido concebida en función de las dificultades inherentes al estudio del portugués
(fundamentalmente) para hablantes de español, no desarrollando, por obvias, las partes de léxico, sintaxis, etc., comu­
nes a ambas lenguas.

El presente método ha sido diseñado en función de las necesidades de comunicación, pero intentando, al mismo
tiempo, conciliar comunicación y dificultades de estructuras gramaticales.

La lengua escogida para los diálogos, los documentos auténticos y el aprendizaje activo es el portugués norm ati­
vo hablado/escrito que hablan las personas cultivadas, sin por ello tener en cuenta factores de edad, origen geográfico,
dase social, etc.

Q
P o rtu g u é s p a ra T odos, concebido como un viaje por la geografía y la realidad portuguesas, se presenta en cua­
tro volúmenes, que, de menor a mayor complejidad, se estructuran del siguiente modo:

Volumen 1. Comprende la morfología y sintaxis básicas, así como las situaciones comunicativas imprescindibles
para la adquisición de un "nivel um bral", tal como lo define el Consejo de Europa. Su marco geográfico de referencia
es el Alentejo, por ser este el ámbito de trabajo y convivencia de los autores.

Volumen 2. Contempla el aprendizaje y práctica de estructuras más avanzadas. En él se completa la morfología ver­
bal y se desarrolla la coordinación, proporcionando al alumno las situaciones comunicativas necesarias para al final del
mismo haber adquirido una competencia limitada. El marco geográfico en que se sitúa es la región centro, fundam en­
talmente Lisboa.

Volumen 3. Presenta las estructuras más complejas de la lengua portuguesa. Se pretende que el alumno domine
totalmenteTa subordinación en una continua reutilización de las habilidades comunicativas aprendidas en los niveles
anteriores, alcanzando al final del mismo una competencia amplia. Este volumen y el siguiente se sitúan preferente­
mente en el centro y norte de Portugal.

Volumen 4. Pretende proporcionar al alumno todos los matices de la lengua oral y escrita, introduciéndolo, al
mismo tiempo, al estudio y dominio de algunos lenguajes específicos (portugués comercial, negocios, banca, ciencias
jurídicas, etc.) en un marco de temas de actualidad.

Cada volum en comprende 15 unidades que constan de los siguientes apartados: página de inicio', resumen de con­
tenidos comunicativos, áreas estructurales y vocabulario; diálogos dramatizados que introducen los elementos nuevos de
cada unidad; cuadros morfológico y ¡o sintácticos: con la explicación de los elementos nuevos introducidos en el diálogo;
ejercicios y/o actividades escritas/orales basados en las situaciones comunicativas y en las estructuras aprendidas; ayudas:
cuadros informativos con la teoría elemental para una mejor comprensión de los cuadros morfológicos y /o sintácticos;
un sumario: con la clasificación del léxico, de los objetivos estructurales y de las situaciones comunicativas (con ejem­
plos). A partir del segundo volum en aparecen textos adaptados que inciden en la cultura y civilización portuguesas,
conforme el tema de cada unidad.

Cierra cada volumen u n APÉNDICE que incluye: una batería de ejercicios para la evaluación de los conocimien­
tos adquiridos en cada unidad (consolidação ); un amplio vocabulario (apéndice lexical, que sólo aparece unificado en el
prim er volumen, ya que en los restantes el léxico nuevo se ha incluido, también traducido (excepto en el vol. IV), en
cada página, proporcionando las primeras acepciones de cada término y los falsos amigos, además de las diferencias de
género; las soluciones de los ejercicios de cada unidad y los de la consolidação , facilitando, de este modo, la autoevalua-
ción.

El soporte gráfico va acompañado de dos CDs por volumen, con la grabación de los diálogos, los textos de mayor
importancia y los ejercicios de comprensión oral.

Está previsto que otros materiales vengan a complementar el método: ejercicios en soporte audio, cuadernos de
ejercicios y de textos en soporte gráfico, CD-Roms interactivos, etc. Para los objetivos perseguidos, son imprescindibles
los cuatro volúmenes en soporte gráfico, aunque los materiales complementarios, podrán ser utilizados en su totalidad,
o ser combinados según el gusto de los usuarios y profesores.

A B R E V IA T U R A S :

X/E4 = unidad (10), ejercicio (4)


(o) = masculino (m.) = masculino
(a) = femenino (f.) = femenino
(m /f) = masculino y femenino
(pl.) = plural
(adv.) = adverbio
(art.) = artículo
(conj.) = conjunción
(interj.) = interjección
(pop.) = popular
(prep.) = preposición
(v.i.) = verbo irregular

El presente método propone numerosos ejercicios y /o actividades acompañados de los siguientes

símbolos:
C o m p r e n s i ó n : Deberá escuchar el CD y leer al menos una vez en voz alta. Siga las
instrucciones de los ejercicios; a veces deberá responder por escrito u oral­
mente.
E x p r e s i ó n e s c r ita : deberá responder por escrito: textos incompletos, para rellenar
huecos, ejercicios de transformación para entrenamiento de las estructuras
gramaticales, ejercicios de concordancias, así como actividades, algunas guia­
das y otras completamente libres.
E x p r e s i ó n o ra l: deberá responder oralmente: diálogos, documentos auténticos y
actividades guiadas.

Preste especial atención.

Deberá leer al menos una vez el texto antes de realizar los ejercicios.

Deberá consultar las unidades indicadas.

Deberá leer atentamente y consultar, si fuera necesario, los capítulos indicados.

Tenga en cuenta que muchos de los ejercicios le permitirán trabajar con elementos
que ya ha aprendido y practicado por separado.
Agradecim entos
O presente manual procura ser um instrum ento de apoio ao ensino da lín­
gua portuguesa e resulta da necessidade sentida pelos autores de conceber um
m étodo prático e funcional para quem estuda, mas simultaneam ente acessível, a
quem pretenda ser autodidacta, destinando-se, por isso, a Todos.
A concretização deste projecto só foi possível graças à disponibilidade e
apoio de alguns colaboradores, a quem exprimimos o nosso mais profundo agra­
decimento.
À Milagros González, à Sofia e à Júlia Ferreira, à Ana, ao Pedro e ao Luís
Zagalo, ao José Carlos Zagalo, e à Clara Zagalo por aceitarem o desafio e o incó­
m odo de serem as nossas personagens;
Ao Gebhard Seufert-Braun, à Gisela Braun, à Celine Braun e à Marie Braun,
pela cedência de algumas fotos;
Ao semanário Expresso, ao Diário de Notícias, ao Público e Correio da
Manhã, ao Jornal de Notícias, bem como às revistas Visão, Quo e Evasões pela
autorização de inclusão de alguns artigos e fotografias;
À Júlia Ferreira González, ao Emilio Rodríguez e José Paulete, pelos dese­
nhos que, com muita amabilidade, fizeram expressam ente para o livro;
À Marisol Beato por nos ter gentilmente cedido as fotografias cla Madeira;
E finalmente, à Ángela Montero, à Isabel Maria Ferreira, ao Héctor Ferreira,
ao António José Ferreira, à Beatriz, e ao Jorge Ferreira, à Juana Lozano, ao Joa­
quim Ferreira, ao Munua, ao Jaum e Planagumat, à Mâ Teresa Egido Sánchez, à
Blanca González, ao Carlos Gallego, ao Manuel Sabino, ao José Paulete, ao José
Manuel Cervera, à Pilar Moreno e ao Jorge Brito Martins por nos terem facultado
muitas das fotografias que aparecem no presente volume.
Èèêí á no mundo uma raça de

J
W homens com instintos sagra-
j|d o s e luminosos, com divinas
«bondades do coração, com
" • ^ l u r n a inteligência serena e
AM lúcida, com dedicações pro­
fundas, cheias de amor pelo
■mJSmt* trabalho e de adoração pelo faz a estes homens que o vestem, que o alimen­
bem, que sofrem, que se lamentam em tam,vão.
que o enriquecem, que o defendem, que o
Estes homens são o Povo. servem?
Estes homens estão sob o peso de calor e de Primeiro, despreza-os; não pensa neles, não
sol, transidos pelas chuvas, roídos de frio, des­ vela por eles, trata-os como se tratam os bois;
calços, mal nutridos; lavram a terra, revolvem­ deixa-lhes apenas uma
-na, gastam a sua vida, a sua força, para criar o JS* pequena porção dos seus tra­
pão, o alimento de todos. balhos dolo-
Estes são o Povo, e íl ros°s; não
são os que nos alimen- «jÉ lhes melhora
.I n i / a sorte,
Estes homens /Ê >' ' v"'V:;Núí;.;;:v " i !, cerca-os de
vivem nas fábri- ]|k I ¡M t j obstáculos e
cas, pálidos, Ss, MiLtJ de dificulda­
doentes, sem famí- r ú v, des; forma-
lia, sem doces noites, jHjT" ^ ! IW 1 iB * aM fÈmI -lhes em
sem um olhar amigo W ^ \ ^ * % BÈ ^ÊÈWÊêB Í red ° r uma
que os console, sem *f servidão que
ter o repouso do m -S if ' M os prende e
!■ W ÊÊÈÍ uma misé­
da alma, e fabricam | ,; ■ ■ m na que es
o linho, o pano, a
seda, os estofos.
Estes homens são o í j
Povo, e são os que nos } ‘1 t. 1
vestem. ___ « * 8 ^ . esma­
Estes homens ga; não
vivem debaixo das minas, sem o sol e as _ lhes dá
doçuras consoladoras da Natureza, respi­
ram mal, comendo pouco, sempre na véspera protecção; e, terrí­
da morte, rotos, sujos, curvados, e extraem o vel coisa, não os
metal, o minério, o cobre, o ferro, e toda a maté­ instrui: deixa­
ria das indústrias. -lhes morrer a
Estes homens são o Povo, e são os que nos alma.
enriquecem. E por isso que
Estes homens, nos tempos de lutas e de cri­ os que têm coração
ses, tomam as velhas armas da Pátria, e vão, e alma, e amam a
dormindo mal, com marchas terríveis, à neve, à justiça, devem
chuva, ao frio, nos calores pesados, combater e lutar e combater
morrer longe dos filhos e das mães, sem ventu­ pelo Povo.
ra, esquecidos, para que nós conservemos o E ainda que
nosso descanso opulento. não sejam escuta­
Estes homens são o Povo, e são os que nos dos, têm na ami­
defendem. zade dele uma
Estes homens formam as equipagens dos consolação supre­
navios, são lenhadores, guardadores de gado, ma.
servos mal retribuídos e desprezados. %ça de Queirós.
Estes homens, são os que nos servem.
E o mundo oficial, opulento, soberano, o que

() Z ero
N ão v a i acontecer n a d a . Fica
descansada!

N o fim da u n id a d e sab erá:

0 S o r te llia .
0 O m edo.
0 M e d o s in c o n f e s s o s .
0 S itu a ç õ e s d e m e d o .
0 S in to m a s e s e n s a ç õ e s .
0 T o rm e n ta .
Q F o g u e tõ e s m i s t e r io s o s c h e g a m
/ a P o rtu g a l.
0 A ló g ic a .
0 A a r g u m e n ta ç ã o .
I 0 O r a c i o c ín i o .
í 0 O t e x t o a r g u m e n ta t iv o .

um 2
cultura, a pastoricia, a indústria hoteleira, a indústria de
tapeçaria, a construção civil, as termas, o comércio e os
serviços... . -
Sortejha é uma das mais antigas povoações do nosso País.
Foi sede de Concelho até à sua extinção em 1855. Situada
no alto de um elevado monte, a mais de 700 m. de altitude,
foi povoada por D. Sancho II, com objectivos predomi­
nantemente defensivos. Actualmente é uma das mais bem
conservadas Aldeias Históricas da Beira Interior.
A gastronomia local é baseada sobretudo na caldeirada de
cabrito, nos enchidos, no bacalhau, na pita amarela,
___ ±,„_ __ e nos ovos esquecidos.
Ao nível do artesanato realça-se o bracejo, os
arraiolos, os panos de linho, as man­
tas de farrapos, as flautas e as esculturas em
pedra.
- * * * £ : « * ' * * * ° * » e^ * - freguesia dista 14 km. do Sabugal e inclui
ainda as povoações anexas da Azenha, das Cal-
71-
- de andar VprPr i
, l h e a c o n te c e u e
deirinhas, do Dirão da Rua, da Quarta-Feira
do Vale da Es caleira.
. , i N ã o v a ia c o n t M ú lia o q u e
' U,‘ l 0 r - la d a . . co n f i a n t e .P e r g u n t a a ] Localiza-se num cabeço granítico, inacessível
j r T N ã o e ste ja s ta , c á v ie m o s . pela vertente S. Integra o núcleo urbano da
A le x a n d ra . ^ ^ passad o q u an d
Aldeia Histórica, cercada pela linha mura­
H é c to r: CO lha da. O castelo ocupa o local mais elevado
? e S o H éc» “ e v a c lo h á I » ®
J ú lia ’. T en s. P o rq u e so a s assado, c u id a d o , m a s
:u no cimo de um penhasco isolado.
Alexandra: Q u a n d o c á v r e m o s , n rec o m e n d o u ® ^ gm d «;a.. Este é um castelo de montanha, românico-
dar
Jú lia . tempo « “ j i f e r a t » c o m o , ac. « » ■ » * \Z -gótico, com intervenção manuelina. O perí­
n ã o h g o e o Q ainda h o p estou P escorrega.m eop metro urbano é de traçado ovalado irregu­
a certa altura, - r a outra, e=> pedras, toaa » lar. A Cidadela está situada no lado exterior
A s a lto d e ^ ^ a d a e n t ^ ^ ^ ó e a t r i x a m d a
u fflM h o - - R nuei entaiaum - da cerca, com a Torre de Menagem, de
d e s a lta r, car. ? q d e í e r ld a n o
n h a d a e com u m a g planta quadrada no centro do recinto.
O perímetro urbano muralhado possui
a q u i e stá . o a fa s ta d o d o
quatro portas.
H éctor-. A Porta da Vila (ou do Concelho) a Este,
Jú lia . fe8efoÍ? ,^ ^
m e d o q u e tu -e m m ra^ m a s-
e z rita r
em arco quebrado e a coberta com abó­
i s a S o fia o u v iu - m e bada concordante.
E e s tiv e s te l a m
H éctor-.
r f d a estive u m b o m bwo c a d o . D e p o r Porta Nova, no lado oposto (ou Porta
A rnda esu [Síova da Vila) com arco pleno e abóbada
Jú lia . • cham ou os m eus p P c ru iu p u x a r - m e - P a »
o u tro la d o e c o n se g u ^ e stre a - de berço.
p c o m o s a ís te ■ o u tr o B U u ^
H éctor-, A Porta Falsa a Noroeste, em arco que­
a c o n te c e r
i Júlia- brado.
Outra Porta Falsa a Sul, junto ao cas­
telo, com arcos no exterior e no interior.
H éctor-.

2 d o is (d u a s )
m edos
Se eu disser n o plural, te n h o m enos m edo.
P orque, se falar n o m e d o em geral, eu n ã o sei o q u e é. Cl)
Se falar no m ed o d e pisar um a cobra n a selva a m azó ­
nica (o n d e n u n ca estive), o sim ples facto de ter algo a
q u e m e agarrar (a cobra na selva, longe vá o agoiro) jã SM
serve de ajuda — dom estica, se assim se p o d e dizer, o ~Z)
anim al. D onde, o m e d o é ta n to m a io r q u a n to m ais s— l
f
f o r m e d o d e c o is a n e n h u m a . O u, se preferirem ,
m ed o do p ró p rio m ed o . Um a das frases q u e freq u en ­
tem en te m e ocorre é a q u ela em q u e F reud explica que
o neu ró tico p ro d u z sem pre aquilo q u e m ais tem e. Tem
m ed o d e tropeçar, pois tropeça. D o n d e, é p o r aí q u e
tu d o com eça: eu n ã o p o sso ter m e d o p o rq u e isso vai
p ro v o car aquilo d e q u e te n h o m edo. Se eu tiver m ed o
d o cão, o cão vai interrogar-se sobre as razões d e eu
ter m ed o e acabará p o r justificar ag ressivam ente o m e d o q u e eu tenho.
D onde, o m ed o com eça p o r ser a ausência de objecto (é isso q u e significa estar n u m a casa às escuras)
p ara a cab ar tam b ém p o r ser esv aziam en to d o sujeito, q u e vai ao fu n d o das suas neu ro ses para tentar saber
p o r q u e tem m edo. Sem objecto n e m sujeito, a p e n as v erb o em ex p an são , o m e d o vai ter tudo. Já n ã o é o
m ed o d e falar, d e am ar, d e viver. É um m u n d o em q u e falar, am ar e viver co m eçam p o r ser m edo.
Mas o plural ajuda. Se falarm os d os m ed o s q u e “n ó s ” hoje tem os, o “e u ” fica m ais aco m p an h ad o . Dêem
-nos u m a b o a cau sa colectiva, e os h o m en s n ã o têm m ed o de linchar, torturar, espezinhar, violar, matar.
Não h á com o um “n ó s ” b e m en ro lad o em si m esm o para desinibir um a pessoa: na estrada, n a gu erra ou
n u m estád io de futebol. D o n d e, se m e p erg u n tarem de q u e m ais te n h o m ed o , responderei: de “n ó s” à solta,
sem m edo. E com eça tudo.
Eduardo Prado Coelho. Rev. Expresso, 27 de Fevereiro de 1999.

uando vulgarm ente se fala em medo está-se a referir


angústia ou fobia. O medo é um a reacção natural, 5
fisiológica ao perigo. É o medo, a reacção de stress, f
desencadeada que nos permite sobreviver, tal como nos outros ■
animais. E, em função do perigo, fugir ou atacar. Sem medo :
não há vida, nem há vida sem medo.
Outra coisa é a angústia, que alguém pode ter em face de uma
situação de perigo relativo ou sem perigo e que provocou gran­
de perturbação física e psíquica, com enorme sofrimento. As "
fobias são situações de medo perm anente com desencadea- -
mento de angústia face a situações, objectos ou animais deter- ■
minados.
Dito isto quais os meus medos, ou seja as minhas fobias e ;
angústias? Sobretudo, o maior, o mais terrível —andar de
avião. Desde a aproximação do aeroporto, até às escadas, ao :
meter-me dentro, à subida, ao estar no ar é tudo horrível e [
entro em angústia permanente! N ada disto tem a ver com qual­
quer espécie de racionalidade e o discurso racional irrita- ;
-me tanto como deveria irritar as pessoas com fobia de ratos s
quando lhes explicam que "o animalzinho é pequenino, não 5
faz mal a ninguém ".
O melhor momento para mim é quando o avião vai aterrar -
está a acabar-se a tortura. E parece que é o mais perigoso.
Em compensação, satisfaz-me muito não ter m edo da autori- 1
dade, do poder em geral. Quanto às hierarquias respeito-as, se J
forem respeitáveis. Não tenho m edo de fardas, mesmo quando ;
são habitadas por aquela perigosa e conhecida irracionalidade,
que afinal é produto do m edo... deles. E custa-me ver que *
muitos dos meus concidadãos têm um medo irracional e cego ;
da autoridade, qualquer coisa de muito profundo. Isto também
pode ser um a característica cultural portuguesa e tem que ser
sacudida, para que de facto as pessoas se sintam libertadas.
Isabel do Carmo. Rev. Expresso, 27 de Fevereiro de 1999.
d:e meè tóo safrerl.. Mas há outras formas de medo, por exemplo medo de ser
feliz: há quem entre em pânico quando começa a sentir-se
Admítanos ou não, tooos temos nedos inconfessos. bem e faça tudo por estragar a felicidade que tem na mão.
(Esse é porventura o mais absurdo e o mais "louco" dos
ulgo que o medo é um fenómeno universal e saudável, medos).
) ligado ao instinto de conservação. É por medo de ser­ E há outros medos, partilhados por milhões de pessoas,
mos trucidados que não ultrapassamos a faixa amare­ embora lamentavelmente deixem indiferente grande parte
is nas estações do metro, por medo de acidentes que cum­ de mundo: medo da ausência de democracia, do esmaga­
primos (melhor ou pior) as regras de trânsito, etc. Há mento do fraco pelo forte, de racismos e fundamentalis-
também outros medos, não menos "racio­ mos, da ditadura do mercado, do pensa­
nais", que todos partilham os —medo m ento único, do politicam ente
da doença, do sofrimento físico, o correcto, etc., etc.
da decadência, da m orte O-
ffi Mas não tenho só estes gran­
(estou em crer que a maior in des medos. Sou sensível,
CD

parte de nós preferia um a b0 ^ O % como qualquer um, tam ­


m orte instantânea à bém a outros. Sempre
'h - n pensei que só me
doença prolongada e ao qc. ^ ^ °
sofrimento físico, o que afectavam os medos
me leva a suspeitar que "racionais", mas um
a morte está longe de dia dei comigo com-
®Ss0
ser o pior dos medos). oq pletam ente aterrada
O ,POlícig
Há ainda o m edo da num teleférico de
perda —em prim eiro um a estância de ski.
O perigo nuclear
lugar dos que amamos, Era um a espécie de
mas também medo de perder baloiço de criança, uma
o emprego, a estabilidade, etc. cadeirinha de braços com
Ou o medo de catástrofes naturais um cinto da espessura de um
(cheias, terremotos), em que em geral dedo, que subia ao longo de um
não pensamos muito, a não ser quando nos arame, à altura de um oitavo andar. Ten­
caem em cima. Este tipo de medo faz parte tei convencer-me de que os aviões e os
do nosso quotidiano e de um a maneira ou teleféricos de cabine fechada, onde eu
de outra temos de viver com eles, o que não sempre tinha andado com desembaraço,
é grave se não se agudizarem para lá dos não eram mais seguros do que aquele,
limites "razoáveis". fechei os olhos e contei até cem, depois
Se isso acontecer entramos no domínio dos outra vez até cem, mas de nada adianta­
medos "irracionais", onde ficamos muito va, o medo estava lá e era absolutamente
mais vulneráveis porque o senso comum irracional. A história teve um desfecho
não nos oferece defesas contra eles. Estão feliz (afinal ainda aqui estou) e se quise­
neste caso, penso eu, as fobias (medo de rem que tenha também um a moral posso
andar de avião, de entrar num elevador, de dizer que passei a ter muito mais compre­
atravessar um a praça, de sair à rua), medos ensão quando vejo alguém fugir a sete pés
metafísicos (do além, de fantasmas, do i à frente de um a abelha ou subir pelas pare­
demónio), medos paranóicos (de ser perse­ des com medo de baratas.
guido, assaltado), etc. Teolinda Gersão. Rev. Expresso.
27 de Fevereiro de 1999.

Ouça com atenção e responda.

1. Porque é que o narrador considera a


bimotor angustiante?
P 2 . Caracterize a resposta dada pela criança de 10
inquietação dem onstrada pelos adultos.
> 3. De que forma foi visível o esforço
piloto para salvar o avião?
P 4. Enquanto o piloto tentava controlar o avião, o que é
que o narrador procurou, em balde? levantar (v.) v oo(m .) >feata,ávjr-»»iif ’
P 5. Retire do texto a frase que refere o estado de espírito guin ar (v.) ■ tev id f. o s á # vir#, mudar á t n iw

dos passageiros. b o m b o rd o (m .) -• lado fsquwdo è navio * estibordo


P 6 . Qual o estado de espírito do piloto quando, após a esgan ad o (adj.) - sufocado de ansiedade; « l è , # ? ç o
aterragem bem sucedida, pronuncia "Conseguimos!" am aragem (f.) - descida de aeronave numa superfície aqoosa

7. Conte um episódio, real ou imaginário, em que o aterrar (v.) descer em tíira (o aviío): causar irtedo,
p a w te n o iia te in o r»
medo tenha estado presente. (25 linhas)

q u a tr o
Se
/ acreditarlos, \.
(utart»os e tiverM oi
confiança em nós Mesmos,
Coloque os infinitivos no tempo adequado.
enfraquecem os o inim ijo,
¿ i n d a que eíe se/a ínvísí-
\ v e l. /
Ex. Quanto mais cedo se t* detectarem (detectar) estas e outras anomalias, como
atrasos na linguagem ou disfunções motoras, mais fácil eró corrigi-las.

1. Quanto mais N ....................... (saber) sobre a complexidade do cerebro humano, mais espanto
e respeito tenho pela sua beleza.
2. Quanto menos se H®....................... (pensar) mais se fala. (prov.)
3. Quanto mais claro ....................... (ser) o diagrama, mais fácil será navegar pelo seu «site» — e
os visitantes agradecerão.
4. Quanto mais alto se f1* ....................... (subir) maior queda se dá. (prov.)
5. Quanto mais cedo I * ....................... (ser) detectadas sequelas, maiores são as
possibilidades de prevenir ou corrigir deficiências.

Trad u za
Reveja o volume III, unidades 4 e 5.
Complete com os verbos no tempo ad e ­
quado.
1. Si no viene un médico, la gente tendrá que recurrir a
considerar (considerar) apenas o período los de la población española más próxima.
entre 1996 e 1998, hoje Lisboa h* consom e (consu­ 2. En el caso de que no consiga una de las entradas que
mir) 50 por cento mais de água do que h* há (haver) regalarnos, no se desespere. Todavía tenemos otros
dez anos. muchos regalos.
1. Nesse hotel o ambiente é muito agradável, principal­ 3. No es posible observar muchas estrellas a simple
mente se a companhia f4* (ser) a ideal e vista, ni con telescopios modestos.
se F*....................... (escolher) um a mesa junto às arca­ 4. Una pareja de ancianos curtidos por el sol conversa­
das. ba a gritos, como si los años no hubieran acabado con
2. Se o rapaz sair ao pai, P*....................... (tornar-se) um la conversación.
homem do qual s e r (poder) orgulhar. 5. Si hubiera problemas con los sueldos, los sindicatos
3. Se o doente não ....................... (poder) deslocar-se,
no dejarían de pronunciarse.
tem à sua disposição o serviço de emergência.
6. Lo que yo he dicho, y repito, es que, tal como las
4. P*....................... (estar) tudo em ordem se os reserva­
cosas han sido conducidas, más tarde o más tempra­
tórios fossem abastecidos continuamente — mas
alguns f* .......................... (estar) com pletam ente no, la privatización va a ser inevitable.
vazios. 7. Cuando le presentaron a Maria da Graça fue como si
5. No primeiro piso existe um a mediateca onde é pos­ un alfiler dirigido por una bruja se clavara en el paño
sível vocês ................. (ler) e f* .......................... de los sentimientos.
(consultar) informações científicas e tecnológicas.

Que fazer para vencer medos e dificulda­


des? Aponte algum as sugestões para
cada um dos seguintes problem as:

> I. Vencer o medo de falar em público.


£> 2. Vencer o medo de andar de avião.
¿J 3. Vencer o medo das alturas.
sJ 4. Deixar de beber.
i ,
Sr 5. Deixar de ser esquecido.
6. Vencer a solidão.
¡r 7. Vencer a claustrofobia.
8. Deixar de ser hipocondríaco.
^ 9. Deixar de ser pessimista.
Jr 10. Deixar de ser desorganizado.

c in c o
^ AléM ' x
^ei+er lin+o-
Ouça com atenção, tome nota e iviar, te v e oo+rar
complete o quadro. atordoamento V íenrações? /
boca seca
Luís Sofía Pedro calafrios
confusão mental
Sensações e percepções
que provocam o medo: contracções mus
culares
Reacções físicas: falta de a r %
medo» de morrer
Causas imaginárias do medo:
medo> de perder
o controle
Causas reais do medo:
palpitações
sensação de desmaio
sacão de que algo
horrível está prestes a
acontecer
sudorose
taquicardia
terror
tonturas
vertigens

Conte algum a situação de medo e as sen­


saçõ es que experimentou.

Dê a sua opinião acerca d as seguintes


ifirmações.

a na vida
apenas Pc u ser temido.
lr a te n d id o ,
diaria Curie

6 s e is
U n id a d e
/ f-perava-as uma surpresa à saída.
Realizara-se o prognóstico do herbanário.
O vento sul que, segundo ele notara, soprava já havia algum tempo, viera
condensar os vapores, que arrasta de ordinário na sua corrente, e em panar com
eles a limpidez do firmamento. O azul do céu semeara-se, pouco e pouco, de
pequenos flocos brancos, de manchas irregulares e de longos e encurvados veios
que lhe davam uma aparência quase marmórea. Cedo estas massas de nuvens
cresceram, tocaram-se, confundiram-se, acabando por tingir uniformemente toda
a extensão do firmamento. Ao mesmo tempo, outras nuvens, mais pesadas e mais
escuras, começaram a erguer-se do sul e caminharam impetuosas no espaço,
como montanhas móveis, que viessem em pavorosa carreira, de encontro cãs
serras, que as aguardavam firmes.
Lm denso véu de nevoeiro escondia já a paisagem, quando saíram da ermi­
da.
— Depressa! - exclamou Augusto — já não há tempo a perder! Desçamos
antes que a tormenta nos colha.
— Tem medo? - disse Henrique em tom de mofa. - Um montanhês!
— Talvez tenha; em todo o caso há-de ver que não é de inimigo pouco digno
de o inspirar. Por agora peço-lhe tréguas às zombarias e, por amor destas senho­ Mofa, troça.
ras, aconselho-o a que trabalhe para apressar a descida. Felizmente que o criado
já partiu. E um embaraço de menos. 'Estorvo, oÉstácuío.
— Vamos. - Detendo-se, porém, disse para Madalena: — Se descêssemos por
o outro lado, minha senhora?
— Para quê? - respondeu esta. — É um momento, enquanto chegamos a
baixo.
Escuridão, trevas,
A tempestade caracterizava-se cada vez mais; crescia a cerração do ar; os ála­
mos gemiam, vergados pela im petuosidade das lufadas do sul; a chuva princi­ dkntania, rajada.
piou por grossas gotas, e cedo aumentou assustadoramente; havia na atmosfera
surdos rumores de tempestades longínquas; algumas nuvens tomavam um a cor
térrea, outras um carregado de chumbo, ambas igualmente sinistras. íedonías, apavorantes.
Cristina, pálida de susto, m urm urava em voz baixa orações fervorosas.
Madalena sorria para a animar, mas ela própria estava inquieta.
Júlio Dinis, A Morgadinha dos Canaviais.

7^ en+ão conie^üíivioi
Responda, de acordo com o texto, as J da r à costa, apesar ¿0 r«ao
seguintes perguntas: teMpo. Ora, MerMo se tiv e sse
¿e s u p o r * a r ootra v e z envia
¿aquetas te(«i>esta¿es Me¿o-
1. Que transformações se verificaram no céu azul? ntias, eu ¿a v a tu ¿o (>or ,
2. Como evoluíram as massas de nuvens? » voftar ao Mar/ astil
3. Que percurso faziam as nuvens mais pesadas?
4. Caracterize a atmosfera exterior após a saída das per­
sonagens da ermida.
5. Qual o estado de espírito de Augusto ao sair da ermi­
da?
6. Porque zombava Henrique de Augusto? Osan-
7. Como reagiram Cristina e Madalena à tempestade? ¿o atjüMas ¿a s p a l a -
/ ^
/ v ra s*cíia v e ¿e ste te x to ,
¿ e s c re v a , eM ¥ tincas, uwa
teM /jesta¿e que terina presen
V cia¿o ou que terina visto no
Retire do penúltimo parágrafo as p ala­. \ cinema ou T/< S
v ra s que em seu entender melhor caracte­
rizam a tem pestade e com elas
preencha o quadro seguinte.

sete
l/ocê
acret/i+a cm V iana d o Casteío, I7 - Pouco d e p o is das 21

tos e
realidcn
o vn íi? Horas, oasso.j sobre esla .id a d e , na d ire c ç ã o
norle-sul, um c o rp o lum inoso maio? e mais

de um com plexo brilhante que uma estreia e com lasto


fosforescente. O ca so causou estranhe­

objecto da ciência za e tornou-se assunto de todas as con­


M

versas, n ão fa lta n d o quem fosse d a o p i


De acordo com A rthur Clarke "qualquer
n iã o que se traia vq d e alguns foguetões
hipertecnologia será sempre equivalente à
magia . Ora, o acto mágico não é dem onstrá­ a que a im prensa se tem referido nos últi­

vel racionalmente. Integra por natureza o uni­ mos dias.


v e r s o chamado "sobrenatural". Aceita-se ou
refuta-se. Se é impossível à lógica ou à razão
comuns explicarem as capacidades de um
ovni, é desde logo tentador assimilá-lo a um
engenho espacial extraterrestre, fatalmente
mágico face ao estádio actual do conheci­
Os foqi
mento humano.
A propagação desta ideia ao nível das socie­
dades hum anas - para as quais a compreensão che c u
dos fenómenos complexos implica uma expli­
cação imediata, simplificadora, gerou a com­ 7 . Ai.A-
ponente mítica do fenóm eno ovni=ET. A
influência cultural da chamada "civilização
ocidental industrializada, fortemente motiva­ Mjg?
da pela informação acerca da exploração e
conquista do espaço", ajudou a projectar os
cenários subconscientes da ideia extraterrestre MH. * /
e dos contactos com o(s) outro(s) nas "m ar­ iip B
gens ignoradas dos agora "oceanos interga­
lácticos". "
Em termos sociológicos simples, estamos Porto,
em presença de um mito contemporâneo. Mas, 17-
ao invés dos mitos clássicos, distantes e apa­ Seaunclo inform ações d e pessoas q ue merecem to d o
gados nas sombras das narrativas históricas, o c ré d fo , no céu d o Porto a p a re ce ram , ontem à noite, alguns
este é talvez o único mito vivo, actual, à espe­
foguetões misteriosos, com ra p id e z d ia b ó lic a e com rasto lumi­
ra da intervenção multi e interdisciplinar dos
noso, que breve d e sa pa re ce ra m . Segundo as mesmas pesso­
teóricos das ciências hum anas e sociais, da psi­
as, esses foguetões surgiram junto a o m ar na d ire c ç ã o sul-
cologia à antropologia, da sociologia, psicaná­
lise, ciências religiosas, entre outros. E a comu­ -norte. Tratar-se-á d o mesmo fenóm eno q ue tem sido assinala­
nidade científica começa a entendê-lo. d o pelas a g ê n cia s estrangeiras? Por certo, lo g o à nõite, não
A investigação global e a consequente reso­ fa lta rã o curiosos a ver se o fenóm eno se repete..
lução do problema dos fenómenos tipo ovni
não se resolvem então 110 foro da crença, por­
quanto não se trata de um artigo de fé, de reli­
gião. Isto porque consideramos a existência de A Ouça com atenção e responda.
dois níveis de intervenção nesta área "margi­
nal": o do fenómeno/objecto observado ou
experienciado, que reclama dos domínios das Em 31 de Janeiro de 1968, Serafim Vieira Sebastião, de 36
ciências físicas, exactas, para avaliação directa anos, natural da Ribeira Grande, Açores, encontrava-se de
guarda às instalações militares "Azores Air Station", que
dos seus parâmetros mensuráveis, e o da expe­
servia de paiol de munições, no lugar do Cabrito, Cinco
riência ou "leitura" hum ana da dita obser­ Picos, ilha da Terceira, Açores, a ouvir o relato de futebol
vação ou manifestação singular. entre o Setúbal e o Sporting, quando, de repente, "o transis­
Ou seja, o primeiro aspecto trata das even­ tor deixou de se ouvir". Ouça com atenção o seu testem u­
tuais vertentes objectivas, materiais, de um nho e responda às perguntas.
fenómeno dado, da "realidade" do testem u­
nho, enquanto o segundo aspecto tem em 1. A que horas desligou o narrador o aparelho?
conta um conglomerado de observáveis que 2. Qual a origem do "zumbido" que ouviu?
incidem sobre a testemunha, o sujeito receptor 3. Que atitude tomou logo a seguir?
da observação, e a transformação gradual dos 4. O que verificou após confirmar a observação?
dados em termos individuais (crenças, cultu­ 5. De onde saía a luminosidade observada?
ra, meio social, etc.). Estes dois níveis de abor­ 6. Quais as características do objecto?
dagem conferem a dualidade mítica e real do 7. O que é que aquela luminosidade perm itiu vislum­
fenómeno ovni. brar?
Portugal Misterioso, Selecções do Reader's Digest 8. Que sensação teve o narrador quando se aproximou
(adaptação). do veículo?
9. E que pôde observar com a luz da lanterna?

8 o it °
gr isso nao se ri a um \
/ fcalão-sonda? Ta(VC 2 a o \
encon trar uim caM/io eléctrico
de alta ten são, te ria provocado © Verificar: averiguar, investigar,
V determinado fenómeno e /
\. te ria assombrado o S
examinar, confirmar, comprovar,
guarda'. corroborar.conferir,
(01 comparar, confrontar, © Expressar opinião, susposifão: Penso..., Julgo..., Acho... (gue),
cotejar, provar, mostrar, testemunhar, evidenciar, © Expressar dedução/conclusão: A porta estava fechada e deduzi/concluí gue...
justificar. - Frases coordenadas: 0 Pedro está a chorar. Não passou no exame.
® Prova: demonstração, justificação, mostra, sinal, indicio, teste- - Então: Odr. Pereira não está e
lio - Ensaio, experiência, experimentação. © Considerar um facto como verda­
Rev1ç/a
© Ser verídico: verdadeiro, veraz, verossín deiro/falso: Ser verdade;
ser verdade/ser falso. £ consecuencia
® Ser lógico: coerente, conseguente, racional, claro, inso­ © Ser parcial: faccioso, apaixonado, par­
fismável, evidente. tidário, sectário, Iníquo, injusto.
® Ser racional: razoável, sensato, prudente - cautela, © Ser imparcial: Neutro, recto, justo, desapaixonado.
prudência, sensatez, bom senso.
© Ser ilógico: Irracional, absurdo, desarrazoado, disparatado,
desproporcionado, inacreditável.

4ÊÊ& Escolha uma das seguintes afirmações.


. .
TEXTO ARGUMENTATIVO
Procure o produto, a cam panha, a ideia...
a que possa ser aplicada e con­ Muitos dos textos produzidos na vid a quotidiana
vença os colegas. dos falantes procuram influenciar os leitores, leván­
d o o s a aceitarem determinados pontos de vista ou
1. Somos mais baratos de certeza absoluta.
determinados produtos. Ao argum entar procura-se
2. O Algarve sintoniza 94.8 R G . ^ ^ ^
convencer, levando o leitor a aceitar determ inada
Rádio Gilão. A mais ouvida. —
ideia ou produto, considerando uma ou outro como
3. O restaurante mais frequentado por portugueses.
os melhores.
4. Ensinar e aprender é fácil e divertido.
N a argum entação parte-se de algo que é conheci­
5. Não escorregue nas obras. Nós temos a solução.
do p ara ser imposto por força de um determinado
enquadram ento, cujo fundamento é o facto de ser
aceite por todos, com o, por exem plo, verdades irre­
futáveis, valores, lugares comuns.
N ã o obstante se encontrar texto argumentativo em
quase todos os textos, a estrutura argum entativa em
sentido restrito existe em textos nos quais se verifi­
que:
► uma relação entre argumentos e urna dad a
conclusão;
determ inadas m arcas g ram aticais, como o
verbo s e r ou equivalente;
^ verbos que permitam estabelecer a relação
cau sa /e fe ito ;
ir uso do tempo presente;
tipos de frase declarativos ou interrogativos;
m arcadores específicos, nomeadam ente de
ordenação - em p r im e ir o lu g a r , em s e g u n ­
d o lu g a r , p o r ú ltim o - e de conexão - ¡á
q u e, assim , p osto q u e, d e m od o q u e ....

nove
P ara u m a m e lh o r P R O N U N C I A
R eco n h ecer os sím b o lo s fo n é tic o s
Consulte as páginas 198 a 200 e relembre o alfabeto
Unidade
fonético. Será um a grande ajuda quando consultar
novas palavras num dicionário.

P ro n ú n cia
Ouça e repita.

1. O Nevoeiro e neve são perigosos.


2 . Q A nogueira dá nozes.
3. Q N inguém sabe nadar.
1

1. [ ] O moinho voltou a trabalhar.


- 2. Q Ele é manhoso.
ir n m 3. Q No Minho chove torrencialmente.

1. [ ] O móvel é muito caro.


2. Q A moeda tem cara e coroa.
3. Q As pêras estão maduras.

1. [ ] A guerra está eminente.


2. Q Há fogo na serra.
3. Q O genro partiu a jarra.

• I I I** ' • •
Ouça com atenção e escolha. Una os om a ajuda de um dicionário, indique o
seguintes termos com a sua fonética. é que se pode encontrar...
(.onsulte O V()lumc III. unidade / 5
Ex. Medronho — ----- [midrójiu]
m Ex.: N um a abelheira. F* abelhas bravas.

1. Pânico □ a [cpriêsêw] 1. N um a cocheira. N


2. Receio b [sú/tu] 2. N um aquário. F“

3. N um viveiro. l*
3. Pavor □ c [pevurózu]
4. N um a porqueira. r*
4. Susto □ d [oRèdu]
5. N um bengaleiro. r*
5. Suspense □ e [Riséju] 6. N um palheiro. t*
6. Apreensão □ f [siní/tru] 7. N um oceanário. f*
7. Assombroso □ S [péniku] 8. N um paliteiro.
8. Horrendo h [pevór] 9. N um infantário.

10. N um estaleiro. F*
9. Sinistro □ i [suypÊsi]
10. Pavoroso □ i [esõbrózu]

Form e n o m es a p a r tir d a s p a la v r a s
s u b lin h a d a s .

Ex.: Ele trata os dentes. Ele é I* d e n tista .

1. Ela vende antiguidades. Ela é F*.................


2. Ele toca violino. Ele é I * .................
3. Ela faz instalações eléctricas. Ela é I * .................
4. Ela pratica de patinagem. Ela é F* .................
5. Ele dirige uma empresa. Ele é F* .................
6. Ele descobriu ilhas desertas. Ele é F*.................
7. Ela edita livros. Ela é F*.................
8. Ela faz parte de um coro. Ela é F*.................
9. Ele compõe canções. Ele é F*.................
10. Ela adora história. Ela é F* .................
1
Cfi a

Unidade
b U i

Formação das palãròãs?-Posição no espaço.


!>* Posição acima, excesso:
S u p ra -:
De acordo com o quadro estudado, defina
++ Supradito •-» Supraglótico por palavras próprias os seguintes vocábulos,
confira a s definições com um dicionário.
m>- Posição em cima, excesso:
S u p e r-, S o b re -:
•■+ Superpovoado •-* Supercanhão Ex.: Intra-uterino I* Q ue está ou se re a liz a d e n ­
Sobrepor •-> Sobrepeso tro do ú tero .
Posição superior, excesso: 1. Sobrenome I * ..........................................................
H iper-: 2. Cisalpino I * ..........................................................
•-» Hipersensível •-» Hipertrofia 3. Entreacto ..........................................................
í5" Posição superior: 4. Ultraliberal h*...........................................................
E p i-: 5. Super-homem I * ...........................................................
•-* Epiderme •-> Epidural 6. Extra-oficial ..........................................................
í* Posição interior: 7. Opor r * ...........................................................
E n d o - ( E n d -) , I n t r a - 8. Subchefe ..........................................................
•-* Endotérmico Endocraniano
9. Proclítico r * ...........................................................
*+ Intramuscular Intravenoso
10. Pericárpio I * ...........................................................
í* Posição intermédia:
11. Hipotensão f * ...........................................................
E ntre-:
Entrecosto Entrecasca 12. Supra-renal f * ...........................................................
13. Hiperbóreo r * ...........................................................
t* Posição inferior:
Soto(a): 14. Endocarpo ..........................................................
•-* Soto-mestre •-> Sotopor 15. Epílogo f * ...........................................................
•-> Sota-vento •-» Sota-capitão 16. Sobrevoar I * ...........................................................
í5" Posição inferior, por baixo de: 17. Entremear P*...........................................................
Sub-: 18. Extraordinário ..........................................................
•-> Subcutáneo •-> Sublinhar 19. Justafluvial f * ...........................................................
í* Posição inferior, escassez: 20. Ultravermelho h*...........................................................
H ipo-:
•-> Hipotermia •-* Hipodérmico
í5" Posição aquém:
Cis-:
•-» Cisatlântico •-> Cisandino
í>* Posição alérn do limite:
U ltr a - :
*-♦ Ultrapassagem •-> Ultra-som
í 5" Posição exterior, fora de:
E x tra -:
Extraterrestre *-* Extramuros
!>• Posição em frente, anterior:
O- (Ob->, Pro-:
Oposição *-» Ocorrer
•-* Obcordado •-* Obstáculo
•-» Prólogo •-* Proémio
■>* Posição ou movimento em torno:
Peri-:
•-* Perimetria •-* Perífrase
í* Posição ao lado:
J u s ta - :
•-* Justaposição • Justalinear

onze 11
O castelo¿i
g Icandorado entre penedos, no monte }‘ r a -
1 / 1 g o s o , a s u l da Serra do Comedio, no pla-
mr í - n a f l o p e r to da Çuarda, f i c a o c astelo de
acordo com as regras aprendi- So rte íh a , c la ssific a d o como M
‘ o n u m e n to Ovacio­
no oíem e com a ajuda
dicionário, complete o seguinte n a i desde 1010. P rova velm en te lo c a l ocupado
quadro.
p o r castro lu sita n o , foi u t i l i z a d o s u c e s s i v a ­
mente p or p o v o s v in d o s p a ra dom ina r e
estabelecer-se. ñ sua p rim eira e stru tu ra
m u n ic ip a l deve-se a d). Sa ncho 1, fu e a
repovoou com g e n t e s de ‘Valença do
M in h o, mas só em 1 2 2 8 lhe f o i concedido
f o r a l, no reinado de ‘D . Sancho / 1
0 castelo eleva-se sobre um anel de p e d ra s e
1. lle b r e u
v a i so b r e v iv e n d o à acção do tem po e às
2. T e rra
mãos dos homens. P r iv ile g ia d a p ela sua
3. M a n u e l
p osição e stra tég ic a , a f o r t a l e z a , a b a lada
4- T e c n o lo g ia
po r b a ta lh a s f r o n te ir iç a s , seria a lv o de
5. Jo v e m
ou tra s m odificações nos reinados de © .
6. V ital
‘D in is, 'D. d e m a n d o e ‘D . M a n u e l I, tendo
7 . E ducar
este ú ltim o inserido as su a s armas na p o r ta
8. M e rc a n te
dc e n trada . S o rte íh a encontra-se rodeada
9. S ím b o lo
p o r fo rte s muralhas, em f o r m a circular, que
10. F o r c o
vão su b in d o e descendo ao sa b o r dos d e c li­
11. L isonja
ves n atu ra is
12. C al
ñ sua origem está rodeada de lendas, p r e f e ­
13. T em p o
rencialm ente relacionadas com brumas, f a c t o
14. Q u a lific a r
que a existência de g a le r ia s veio acentuar.
15. E stra tég ia
Cada pedra po d erá c o n ta r histórias sobre
os senhores de S o rte íh a ou do lendário anel. Sãs
casas sobem e descem ruas e s tr e ita s c o n v id a n d o a
apreciar os m ontes que se impõem em redor da
aldeia. S u b in d o às muralhas, o olhar a lcança os
campos c u ltiv a d o s e as casas dos a rrabaldes
ffp ftfífl prop orcio nand o m om entos únicos de calma e
1tr a n q u ilid a -
i de.

doze
Como os tem pos m u d a ra m ,

0 A lm e id a .
0 T r a d iç õ e s : o q u e r e s t a d o P o r ­
t u g a l típ ic o .
0 P o rtu g a l: o q u e m u d o u .
0 In fa n te D . H e n riq u e .
0 A c id a d e e as s e r r a s . ,oster'orv
p re té ^ °
0 V iv e r n o c a p o / V iv e r n a c id a d e
cnterVov''
( v a n ta g e n s e d e s v a n ta g e n s ) .
0 A m in h a c a sa . / C asas d o fu tu ­
r o . T ra b a lh o s d o m é s tic o s /
ó c io .
0 L u ís V az de C am ões. Tudo
m uda.
■dêncíO-
0 A ld e ia s h is tó r i c a s d e P o r t u g a l . s\n o n » n » ~
y»it\ento
0 c o b “ ' ò r '°
„ ef , * « a o ;

tre z e
Unidade 2

lm e id a , u m a d a s m ais
in te r e s s a n te s f o r t a ­
lez a s a b a lu a r ta d a s
lo m u n d o , p o ssu i a in d a
s m u ra lh a s em fo rm a
le e s tre la . S ede de
c o n c e lh o , a v ila
ergbu e-se n o P la n a i
tto
n H d aas M M eesas,
s a s , a 22.F ,5
. , ...............
qru. iló m e tro s d£B , a m ar
gem d ir e ita do rio C ôa.
A lm eida foi se m p re p a lc o
‘ g u e rra s e e sca ra -
u ç a s , em su c e s s iv a s
te n ta tiv a s d e s o b e ra n ia
s o b re o te r r itó r io . D u r a n te o re m a d o dos
F ilip e s d e E s p a n h a , a s s u a s f o r ta le z a s
fo ra m c a in d o em r u ín a s , n u m a decisão p o lí­
tic a d e s tin a d a a e lim in a r p o s to s de
re s is tê n c ia n o c o n fro n to com C a ste la . O
, . • nr6ximofirrv^semana?
u o n d e VOU no p ro * 'm p la n o d a s a c tu a is m u ra lh a s foi d e s e n h a d o
p o r A n to in e D eville em 1 6 4 1 . A 2 de J u lh o
Vou a uma festa ae de 1 6 6 3 , tra v a -s e em A lm eid a a b a ta lh a
F a c u ld a d e , co m o ê a j j P ^ j | sete doras, d e c isiv a pn aa rr a aa R ee sst*.........,.__,
taa uu r a ç ã o , aa 26 2 6 de de
Isso é que ^ no (estaurante Por v mos 0 b o lo d e ^Aggosto
o s io ud ee í1o8 1i u0 as m
as in sõ v a so e s n
franc< a s
a iire
c s
esas
Encontr oS 0 s p a ta b é n v a mos a um T I» f*/» iVI i If, f t I
f azem e x p lo d ir•• o ccastelo t h no O
a ste lo e em 927 A
er~ 1100,7 lm ei-
A1-
ia n to m o s, bo cado e a cp m m o e 1 ,
a n o s , c o n v e rs a m o s u^ um b o c a d o . (| a p e rd e a a c tiv id a d e m ilita r q u e d u r a n -
bar b e b e r um cop0 eu te m po, avo? , te séculos fo i a ra z ã o e sse n c ial d a su a
■**
Nõo eram. naü ^ ^ np ,G,g o , °°
_ «q *0rp
* «e x istê n cia .
fjoim alrn en»e ,a a coideoras» q "

^ 'O d * b a . e n o ® ® , i i a o b a

Neto:
É v e rd a d e , fo ra m be n éfica s.Ma! ” m s" P,e
cef.
Avô:

Neto: A 9 ° ra s ò °

N ó s tam bém no
Avô: era possível, m aro.

ca to rz e
Tr a d ' o caso dos Moliceiros de Aveiro houve necessida­
de de uma adaptação aos tempos. Não existindo

<qu
moliço para adubar os campos agrícolas, devido à

2
dragagem do rio, os barcos servem, agora, para passear
turistas e para pequenas regatas.

rosto d o Fabricadas em pinheiro bravo e manso, as embarcações

llnidade
de pequenas empresas familiares. Uma das suas

Portuga I
principais características é o bico colorido, com dese­
nhos sempre bem humorados. Mas os tempos
são outros. Antigamente, eram três os
meios de locomoção: a vela, a vara e
a sirga. Este último consistia numa
autêntica prova de esforço: atava­
-se uma corda ao barco para o
rocurar o típico em Portugal puxar, ao longo da margem. Agora

P não é complicado. Basta


sair das estradas princi­
pais, subir às serras ou vasculhar
bem os centros urbanos. Tradições
alguns moliceiros até têm moto­
res. O importante é que para
não deixar morrer a embar­
cação, estão a ser estudadas,
na Universidade de Aveiro,
que se mantêm, segredos que pas­ hipóteses de rentabili-
sam de avós para netos, hábitos de e-
viver e estar que se arrastam no io
tempo. Entre os muitos que ainda resis de agar, um a substância
tem, basta referir a extraída de um a alga ver­
guitarra portu­ melha existente na ria e que serve
guesa, ao serviço para o
do fado, com de
c o s m é tic o s ,
seis pares de
gelatinas e confeita-
cordas e a forma
de u m a p ê ra ; o
queijo da Serra, feito
com leite de ovelhas cria
das nos pastos da Serra da
Estrela e fermentado duran­
te três semanas; os pastéis
de nata, cujo segredo está
guardado a sete chaves,
em Belém; os tapetes de
Arraiolos, bordados à mão
(os maiores demoram dois
meses a fazer); a ginjinha, um
licor feito à base de aguardente e
ginjas; o moliceiro, um barco de
quinze metros de comprimento,
equipado com um a vela e que sub
siste apenas para fins turísticos e
regatas na zona de Aveiro; o galo
de barcelos, o jogo da malha, os
foguetes, os ranchos, o barrete de
campino, as largadas de touros, os forcados, o peixe
seco... e, naturalmente, o fado.
Todas as regiões do País têm um a espécie de montra. Um
postal ilustrado com o que .. .
de mais simbólico exis­
te. E um Portugal
que sobrevive, que
luta contra a
extinção. De tão Em pares procure os ex-libris d a su a cida­
de, região ou pais e conte como
conhecidos, trans­ eles se conservaram ao longo -
formaram-se em dos anos e o que mudou.
símbolos do País.

q u in z e \ ^
pesar do operariado não agrícola resistir
que mudou
maioria absoluta dos novos empregos entre 91/99 foi

A no conjunto da população activa portu­


guesa, m antendo um a linha histórica
ascendente desde os anos 70, o panorama
social foi marcado, nos últimos vinte e cinco anos,
pela emergência de outros grupos sociais. O facto
A ocupada no feminino. Dos 696 mil postos criados, 527
mil foram preenchidos por mulheres. A sociedade
portuguesa tem, contudo, revelado dificuldade em
conter as «manchas» de problemas.
Os «deserdados», pelas mais diversas situações na vida pro­
marcante é a consolidação de um a classe média, fissional e no emprego - excluindo os reformados e inválidos e
incluindo um a pequena burguesia rem ediada em não entrando em linha de conta com os analfabetos -, poderão
meios urbanos, suburbanos e rurais, que, juntamente chegar ao milhão e meio de cidadãos activos.
com o patronato, deverá rondar, no final de 1999, os Por outro lado, os trabalhadores não qualificados são hoje
60% da população activa. 12,5% da população activa e aumentaram de 480 mil declarados
É provável que o operariado tenha atingido o seu no Censo de 1991 para 630 mil em 1999 - um aumento de 30%, a
máximo histórico no Censo de 1991, e qué a partir daí confirmarem-se os critérios idênticos nos dois momentos.
esteja em declínio. Mas o milhão e meio de activos Os contratados a prazo e os prestadores de serviços somam
com que continua a contar em 1999 mostra como a cerca de 500 mil pessoas e os trabalhadores familiares não rem u­
especialização de Portugal ainda assenta num país nerados são ainda 140 mil. Os desempregados rondarão os 238
«braçal» (por oposição aos «países cerebrais»), com mil - número baixo se comparado com outros países europeus -,
forte peso do operariado fabril e da construção civil. mas os inactivos «desencorajados» são já quase 40 mil pessoas,
Não sendo obviamente um bloco homogéneo, a sobretudo na Região de Lisboa e Vale do Tejo.
massa de activos da classe média atingia os 26% da Por outro lado, facto novo, têm crescido aceleradamente, nos
população residente no último Censo populacional últimos anos, os desempregados com «canudo». No final do ano
(de 1991), ligeiramente acima do Censo anterior (de passado, os licenciados desempregados eram cerca de 20 mil,
1981) e significativamente dez pontos percentuais a tendo aum entado em 5 mil de 98 para 99.
mais do que na década de 60 e oito a mais do que na O subemprego visível é superior a 50 mil pessoas, sobretudo
década de 70. A queda do Antigo Regime permitiu a no sector de serviços.
mobilidade social ascendente a par do nascimento de Os reformados e inválidos são hoje mais de 1/5 da população
novas profissões ligadas a novas actividades econó­ residente e sabe-se como a maioria vive.
micas, nomeadamente no m undo não rural. Os analfabetos (segundo o critério do capitalismo industrial)
Entre as camadas emergentes nos últimos vinte eram ainda 956 mil no Censo de 1991, ou seja 11% da população
anos destacam-se os quadros e especialistas - incluin­ residente, sobretudo no Alentejo, na Madeira e no Centro do país.
do superiores e intermédios, patrões e trabalhadores Patronato e trabalhadores por conta própria continuam em
por conta própria com profissões desse tipo, bem tendência crescente; representam quase 1 /4 da população activa
como os profissionais científicos e intelectuais - que em 1999.
atingiram o milhão de activos em 1999. Constituem Facto sem paralelo pode ser constatado nestes números: dos
20% da população activa e cresceram 40% entre 1991 696 mil empregos criados entre 1991 e 1999, 527 mil foram ocu­
e 1999! pados por mulheres. Dito de outra forma: o crescimento do
Outra tendência persistente é o crescimento siste­ emprego fez-se em 76% no feminino.
mático dos patrões (com empregados ao seu serviço) A m ulher representa, hoje, 45% da população empregada,
e dos patrões de si próprios (os trabalhadores por face a 40% em 1991. É provável que um a análise mais «fina» reve­
conta própria, sem empregados, designados de «iso­ le que estes cinco pontos percentuais se conquistaram em secto­
lados») que atingiram quase um milhão e duzentas res de enorme peso da precaridade. Entre 1998 e 1999, o maior
mil pessoas em 1999, representando 24% da popu­ crescimento de emprego feminino deu-se no sector administrati­
lação activa, o que significou um crescimento supe­ vo e de serviços, e, em particular, no comércio, no imobiliário e
rior a 40% entre 1991 e 1999. serviços às empresas.
Indiscutível, contudo, é a tendência estrutural O patronato disparou nos últimos vinte anos. Duplicou
para a diminuição drástica do peso histórico das entre 1981 e 1991, segundo os Censos, e deverá estar próximo dos
domésticas (com mais de 20 anos de idade) - de 30% 290 mil em finais de 1999. O movimento de criação de «start ups»
da população residente em Portugal em 1970 para a que se tem assistido ultimamente deverá acentuar ainda mais
esta tendência. O patronato está, naturalmente, muito «terciari-
10% em 1991. Entre 1991 e 1999, esta categoria voltou
zado» - 55% dos patrões eram donos de empresas do sector ter­
a dim inuir em mais 140 mil mulheres, que deixaram ciário em 1991. Na década de 80 assistimos claramente à dim i­
a cozinha e as limpezas do lar a tempo inteiro para nuição drástica do cam pesinato independente («isolados»
irem para um emprego. agrícolas) que perdeu entre 1981 e 1991 quase 150 mil pessoas, ou
As domésticas (com mais de 20 anos de idade) seja, mais de 40%! A base social de grande parte do país rural,
são hoje perto dos 700 mil, depois de terem sido 2,4 marcada durante décadas por esta massa de camponeses, está
milhões em 1960, dois milhões em 70, ainda mais de claramente em fase de emagrecimento - o «campo» que está a
um milhão em 81 e mais de 800 mil em 91. nascer é outro. Esta «hemorragia» rural foi compensada em
Apesar das estatísticas poderem ser traiçoeiras e números pelo crescimento dos «isolados» não agrícolas, que
dos núm eros esconderem realidades, por vezes, con­ viram aumentar, em dez anos, os profissionais liberais (que tri­
traditórias, esta visita rápida aos Censos e aos últi­ plicaram), os especialistas por conta própria em áreas novas
mos dados do INE deverá despoletar mais a dis­ (como construção civil, transportes, reparações e serviços presta­
cussão do que ser tida como um a radiografia dos às empresas) e os trabalhadores «liberais» ou empresários em
definitiva. nome individual com situação de emprego precária. Estes últi­
Internet: Jorge Nascimento Rodrigues, mos - e este é um aspecto preocupante - terão atingido um núm e­
Sojomal, 2000. ro de 84 mil em 1991, ou seja _ dos «isolados» não agrícolas.

d e z a s s e is
onsiderado o inspirador dos descobrimen­

C tos, o Infante D. Henrique era uma persona­


lidade muito respeitada. Possuidor de uma
forte estatura física e moral, desde cedo manifestou
um a enorme ânsia de conhecer novas terras, de pas­
sar o cabo Bojador e de estabelecer aliança com os
1. O que marcou o panorama social portugués nos últi­ povos cristãos que viviam naquelas paragens.
mos 25 anos? Nascido em 1394, o
2. Q uando é que o operariado terá atingido o seu máxi­ filho de D. João I e de D. Filipa <
mo histórico? Lencastre, foi educado num
3. Porque é que a especialização em Portugal ainda ambiente culto e religioso
desde cedo se inclinou mais
assenta num país "braçal"? para as ciências experimentais
4. Que factor permitiu, na sociedade portuguesa, a do que para as especulações
mobilidade social e o aparecimento de novas pro­ metafísicas.
fissões? Tinha um a visão proféti­
5. Como se justifica o facto de o patronato estar muito ca sobre os destinos religiosos,
económico-políticos c sócio-
"terciarizado"?
-culturais de Portugal. Desejoso
6. Qual foi o acontecimento marcante da década de 80? de decifrar os m istérios do
7. Que factor permitiu compensar o que se designou Atlântico e do vasto continente
como "hemorragia" rural? negro, como possíveis
8. Qual a percentagem de trabalhadores não qualifica­ fontes de riqueza e
dos? expansao
com pensar
9. Na situação actual o "canudo" é garantia de empre­
m odéstia d
go? recursos do
seu pais,
rodeou-se de
um grupo de
servidores dedica
dos, nacionais e
e s tra n g e iro s ,
capazes de
executar tare­
fas inteligente­
mente planifi­
cadas.
P a r a
fazer face às
enorm íssim as
despesas desta empresa, <
dos bens da sua Casa (o ducado de Viseu possuía
largos rendimentos), como empregou especialmen­
te o dinheiro da Ordem de Cristo, de que era adm i­
nistrador perpétuo desde 1420.
A fim de mais cabalmente realizar a sua ideia,
saiu de Lisboa, fixando-se no Algarve;
O cabo de S. Vicente passou a constituir o
símbolo do Infante voltado para a empresa dos
A) Ouça de novo a conversa e tome notas sobre o que mares. Com autorização do Papa fundou-se ali, em
diz cada urna das personagens. 1434, um a casa franciscana com um hospital anexo,
a fim de albergar os viandantes e praticar a carida-
Dr. Percira ,4^
I ma-
jirie urwa campanha t>uf>(i-
r cihária b a s e a j a no “slogan" e na \
f is u r a <io In fanhe />• H enrique e d efen­
B) Dois a dois. Compare as notas com o colega do lado da “heran+e or c ole g as” as r a z õ e s e as
qualidad es do produto, marca, firma, .
e reconstrua o diálogo. ^ e + c . ) que a e f a que vêM MerMo a S
C) Responda às seguintes perguntas. N . calhar.
1. Porque é que o avô não queria ir à feira?
2. Qual a opinião do Luís sobre a feira?
3. Como era a feira antigamente?
4. Qual a proposta que o Luís faz ao avô?
5. Que im pedim ento havia para a ida do avô?
6. Que solução apresentou o pai?

-
or uma conclusão bem natural, a ideia de Civilização, para
Jacinto, não se separava da imagem de Cidade, de uma enor­
me Cidade, com todos os seus vastos órgãos funcionando
poderosamente. Nem este meu supercivilizado amigo
compreendia que longe de armazéns servidos por
três mil caixeiros; e de mercados onde se despejam
os vergéis e lezírias de trinta províncias; c de
bancos em que retine o ouro universal; e de
fábricas fumegando com ânsia, inventando
com ânsia; e de bibliotecas abarrotadas, a esta­
lar, com a papelada dos séculos; e de fundas
milhas de ruas, cortadas, por baixo e por
cima, de fios de telégrafos, de fios de telefo­
nes, de canos de gases, de canos de fezes; e
da fila atroante de ónibus, tramways, carroças,
velocípedes, calhambeques, parelhas de luxo;
e de dois milhões de um a vaga hum anidade,
fervilhando, a ofegar, através da Polícia, na
busca dura do pão ou sob a ilusão do gozo - o
homem do século XIX pudesse saborear, ple­
namente, a delícia de viver!
(...) Que criação augusta, a da Cidade!
Ao contrário no campo, entre a incons­
ciência e a impassibilidade da Natureza, ele
tremia com o terror da sua fragilidade e da sua
solidão. bstava aí como perdido num m undo
que lhe não fosse fraternal; nenhum silvado
encolheria os espinhos para que ele passasse; se
gemesse com fome nenhum a árvore, por mais carregada, lhe estenderia o seu fruto na ponta compassiva de um ramo.
(...) Toda a intelectualidade, nos campos, se esteriliza, e só resta a bestialidade. Nesses reinos crassos do Vegetal e do
Animal duas únicas funções se m antêm vivas, a nutritiva e a procriadora.
(...) Jacinto entre a Natureza! Logo que se afastava dos pavimentos de madeira, do macadame, qualquer chão
que os seus pés calcassem o enchia de desconfiança e terror. Toda a relva, por mais crestada, lhe parecia ressumar uma
hum idade mortal. (...) Não tolerava a familiaridade dos galhos que lhe roçassem a manga ou a face. (...) Todas as flo­
res que não tivesse já encontrado em jardins, domesticadas por longos séculos de servidão ornamental, o inquietavam
como venenosas.
Eça de Queiroz, A Cidade e as Serras, Ed. Livros do Brasil.

.............. — -------------------------- 1
sílv a d o (m .) - a t i s t e M c í H i
Leia de novo e responda.
U B i
- «raodeáfvorr. p 1. Que ideia tinha Jacinto de Civilização?
p 2. Como se sentia no campo?
p 3. Como compatibilizava a intelectualidade com o
campo?
P 4. Que funções atribui ao campo?
p 5. Caracterize a atitude de Jacinto perante a natureza?

6. Quais são, em seu entender, as vantagens e as des­


vantagens de viver no campo ou na cidade?
V i v e r n o e a t s t p o 1 V i v e r n a e l á t t d r

. . .. . .

V íít íp S fiç s v a n ta p s V a n ta g en s R e s v ifla p s

i
;
;

d e z o ito
i UÊt
A a em

Unidade 2
: o s tres an o s de id ad e fui viver para um a m oradia, em
I.inda-a-Velha, o n d e fiquei até aos 2õ. O jardim era m uito dife­
rente d aq u eles corredores de c h ão d e p ed ra ao lado de m uitas Conjunto natural dc plantas.
m oradias, o n d e d esp o n tam t u f o s d e c a n te ir in h o s e q u e p a s­
‘Espaço em que se plantam
sam p o r jardins. Cresci n o m eio d o v e rd e e era o v erd e q u e se
in terp u n h a entre m im e a rúa — q u e era, e ain d a é, to d a de plantas.
vivendas e jardins. A dorava o sítio o n d e vivia, sentia e sp aço e
liberd ad e p ara d ar largas aos m eu s so n h o s infantis.
D etestava os prédios. M esm o sem o dizer, lam entava as
colegas de escola q u e se atro p elav am em corredores p e q u e n o s
e já sujos d e confetti nas suas casas o n d e entrava em dias de
aniversário. N ão havia jardim p ara brincarm os. Q u a n d o m uito,
u m p atio zin h o rasteiro o n d e n ão faltava o em blem ático brinde
da em b alag em de d eterg en te ao p é d o tan q u e. N ão se tratava
de terem m ais o u m en o s m eios financeiros q u e eu. A penas, para
mim , e ap e sa r d e as p aisag en s q u o tid ian as m e provarem o c o n ­
trário, o p ré d io era antinatural. D e tal m o d o q u e “casa”, para
mim , era sin ó n im o de vivenda. A um rap az da m in h a id ad e q u e
acabava de conhecer, disse q u e m orava n u m a casa. Ele p erg u n ­
to u -m e o n d e era o m eu préd io . Seguiu-se um a conversa de sur­
dos, n a q ual eu insistia q u e n ã o m orava n u m p réd io , m as sim
“num a c a sa ”. Para mim , um a n d a r era “u m a n d a r” e n ão “um a
casa”. O ra p a z tinha u m a p e rc e p ç ão m ais alargada e expedita
d o q u e eu so b re habitação e urbanism o.
Hoje m o ro num p ré d io e a viv en d a da m inha infância já
n ã o existe. P or razões relacio n ad as com o local, o n ú m ero de
and ares e as respectivas áreas, estou, felizm ente, a anos-luz de
sentir-m e n u m a “célu la”, d e p o ssu ir esse p av o r d e viver em for­ Dê a sua opi­
m igueiros claustrofóbicos q u e eu d an tes im aginava h ab itar o nião acerca das
co ração dos m en in o s q u e h abitavam em prédios. seguintes a fir­
m ações do texto de Nair
S uponho, aliás, qu e, p ara m uita g ente, o lugar o n d e se
A lexandra.
vive é o c en tro nevrálgico da vida. Eu jam ais suportaria viver
nas A m adoras, Q uelu zes O cidentais e selvas d e cim ento afins.
C ontinuo a reverenciar as vivendas. D igam q u e elas são 1. O préd io era an tin atu ­
3? u m p ro d u to d o p ó s-g u erra (o u não), digam q u e se relacionam ral.
com m o d elo s individualistas de urb an ism o , q u e se deve resol­ 2. Indique quais as dife­
ver o p ro b lem a d os esp aço s verd es d e o u tras form as, q u e é p re ­ renças e n tre casa e
ciso alojar n ã o sei q u an to s m ilhões. Q u ero lá saber. Q u e m m e prédio para a autora.
dera a m im q u e m uito m ais g en te p u d e sse h abitar em m oradias,
esses cantos d o m u n d o q u e realizam os secretism os dos sonhos. 3. Faça um levantam ento
dos term os relaciona­
Nair Alexandra, A minha (.'asa.
do s com a casa.
in Jornal de Letras, 28/8/96 (adaptação).

Ouça com atenção e tome nota acerca...:


(Se for preciso ouça vá rias vezes a gravação). 1

d a causa do
da poupança a u m e n to o u d a cor d as
de d o s so fá s d im in u iç ã o d o p a red e s e do
e n e rg ia n ú c le o d e chão
d iv is õ e s

d o fa c to
d e n ã o se r
de quem d a in fo r m a ç ã o
n e c e s s á r io dos
fa rá a lim p e z a p r o v e n ie n te d o
e s p r e ita r p e la te le v is o re s
d a casa e x te rio r
ja n e lin h a d a
p o r ta

dezanove | 6)
Como m udaram as nossas casas?

O século XX foi marcado pelos enormes H


avanços que revolucionaram os nossos
lares, apoiados basicamente na descoberta
da electricidade, da tecnologia do plástico
4—
. e na produção em série.
%-----
(T
^ f l ^ B j i ^ l ^ T r o m a n a , os hábitos de / f !
LO tiam, até 1950, em lavar Jt--
o rosto e as mãos todos os dias e
tom ar banho urna vez por semana. j
A banheira com chuveiro foi a ]'
chave para m udar esta tendên- Ji .
cia, ao tornar a higiene uma / I
norma social. ( J

^ Faça uma lista das coisas que ao longo do


Pséculo XX provocaram uma considerável
redução do tempo dedicado aos
trabalhos domésticos em benefício do ócio.

máquina Je lavar
f ro upa! A Ja Minha avó ^
aínJa era J e Manivela,
f/aquela altura la v a r a ro upa
Je v ía rer es+afan+e. A ?ora
^ a Mlnfia até teM ríi+ewa A
j..-; J e leca^ew .

Com base no texto anterior, redija um


texto de apresentação de Luis de Camões.
AVrc/V/ o volume //, unidades 7 c 5.

—' Em
yd 1930 começou a \
revolução do inodoro
com o aparecimento de
modelos com autoclismo
L e com feitio de cadei- a

ALMFIDA

2 0 v in t e
mu
fu d a m -ie o i te m p o i, m udam -Ae a i o o n ta d ei,
M u d a -ie a ie i, m u d a -ie a co n fia n ça -,
"Ioda a m undo- é c o m p o ito de m u d a n ça ,
<1om anda iem piA e n o o a i fyu a iid a d e i.

C on tin u am en te uem ai n o o id a d ei,


jb ifesieu iei em tu d o d a eipeA ança;
2 )a m a l jficam a i m ácjXiai n a lem b ia n ça ,
£ do bem ( ie cdcjnm liouoe) a i ia u d a d e i.

6 te m p o coboe a chão de o e id e m a n ió ,
2 .u e já co b ed o J¡o¿ de nene jp ia ,
Z, enjpm , c o n o ed e em cliOAO o doce ca n to .

Z, o^aia e iie m u daA -ie ca d a d ía ,


Õ uiiia m u d an ça jjO^, de moA e ip a n ta ,
2 .u e na o ie m u d a já com o ¿oía.

Mudam-se os tempos, m udam -se as vontades, Muda-se o ser, m uda-se a confiança;


Todo o m u n d o ^co m p o sto d || mudança, Tomandç sem ore novas q u ^jidades. Conti-
n u a r t | j | l ^ B f e v i d a d T ~~J ^ j ¿j■
~ “V . l¿ L ¡ w g o -

a s i ^ * ° b f l 3 1 i r ' f f c i f d e
vernL i jf lH c o b e iMBÉISk í * » i1 l a r ÊÊtÈ M rte e l - U m to .

ja CO |i
confi
Conti
mago.
de verde manto, Que já coberto foi de neve fria, E, enfim, converte em choro o doce

As coisas m udaram . Procure a oposição adequada


na coluna ao lado.

.W
1. Andava de bicicleta. a) Corro só na praia.
2. Ouvia contos de fadas. b) Faço dieta.
3. Corria imenso. c) Comporto-me bem.
4. Comia doces todos os dias. d) Ando de carro.
5. Fazia disparates. e) Vendo casas.
6. Jogava monopólio. f) Leio romances.

v in te e um
Para u m a m e lh o r P R O N Ú N C I A
R eco n h ecer os sím b o lo s fo n ético s
Consulte as páginas 198 a 200 e relembre o alfabeto
Trad u za
Unidade
fonético. Será um a grande ajuda quando consultar
novas palavras num dicionário.
1. Los jugadores, hoy, compiten incluso con ellos mis­
mos, además de hacerlo con los otros, y por ello es
natural que haya una u otra jugada más violenta.
Ouça e repita. 2. Conviene que recordemos que actualmente la aplas­
tante mayoría de los historiadores católicos acepta
1 . [ ] A comida tem sal. que hubo un error de cuatro años al datar el naci­
2. Q Eu moro em Eivas.
2

miento de Jesús.
3 . Q O Rui salta ao eixo. 3. No es posible que pospongamos por más tiempo la
adopción de medidas de combate al caos en que se
1. [ ] O milho está molhado. ha hundido la justicia.
2 . Q O espelho está partido. 4. Lo que es necesario para que nos sintamos bien es
3. □ Este aparelho está velho. aire libre, un jardín y agua cerca.
5. Si el resultado que alcance es del agrado del atleta y
1 . [ ] 0 Mário é mentiroso. de su entrenador, es natural que Pablo empiece a
2 . [ ] 0 m edidor m ediu a marquise. apostar más en serio por la carrera de fondo - "sin
3. O Este moço apanhou uma molha. dejar nunca el campo a través", avisa.
6 . Ninguno de los mensajes que envien sufrirá ningún
tipo de censura, pero es preciso tener en cuenta que
ninguno de ellos debe exceder de quatro páginas A4.
Ouça com atenção e escolha. Una os
seguintes termos com a sua fonética.

Ex.: Mudança [múdese]

1. Transformação □ a [disimiÀêse]
2. Desigual □ b [Tytávei]
3. Alterar Q c [difirêti]
4. Dissemelhança O d [trèJfurmEséw]
5. Instável □ e [mitemurfózi]
6. Divergir □ f [dizigwái]
7. Substituição □ S [mutedísu]
8. Mutadiço □ h [altirár]
i [subytitwisñw] / t>a(avras sinónimas 'v
9. Diferente □ f são p a lavra s q u e têiw uw \
10. Metamorfose □ j [dividir] significado idêntico ou i^oi+o
remediante. Se quiser, p oderá
v rofcrtití/H as na merwa j
\. f r a s e rem a lte r a r o /
sentido.

Encontre nas seguintes séries de sinónimos o intruso.

Ex.: Desígnio: vista intenção intuito mira

1. Zângão: chupista amolador parasita papajantares


2. Crítico: maldizente embaraçoso difícil grave
3. Diminuir: enfraquecer abrandar encaminhar refrear
4. Enervar: apoquentar exacerbar irritar desvairar
5. Dócil: ingénuo cortês polido acomodaticio
6. Admirável: façanhoso brincalhão heróico corajoso
7. Justo: severo conveniente merecido devido
8. Outro: diferente outrem diverso distinto
9. Pieguice: derriço niquice devoção derretimento
10. Desatar: despejar soltar desferir desfraldar

vin te e dois (duas)


r o ü iK
Formação das palavras. Prefixos de movimento.
í> Afastamento, separação:
Com a ajuda de um dicionário, dê uma
A b-, A bs-, A-:
dos seguintes vocábulos.
•-> negar •-* trair versão
í* Aproximação, direcção: Ex.: Adjungir f* U nir, associar.
Ad-, A -(ar-, as-):
*-> . ventício •-* beirar *■ : sentir 1. Expedir r » ..................................
2. Percorrer r*
t>- Movimento para dentro:
Endo- (end-): 3. Circunlóquio f*
•-* ascopia *-* geno 4. Derruir p* ..................................
5. Arribar s * ..................................
w* Movimento de cima para baixo:
De-: 6. Progredir N ..................................
•-* por •-> cair * pendurar /. Transandino i * .................................. .....................
t* Movimento para diversos lados, separação, dis­ 8 Soterrar F* ..................................
persão: 9. Tresmalhar
D is-t 10. Suspender
•-* jungir *-» correr •-> tender
*> Movimento para fora:
Ex-, Es-, E-:
•-* trair •-* : vaziar •■* migrar Procure mais 5 p alavras que contenham
seguintes prefixos:
t>* Movimento em torno:
C ircum - (circun-):
•— polar*-* labial
*> Movimento para dentro*: P-W-tMA/*/!,
In- (im -), I- (Ir-), Em- (En-):
•-> gerir *-> pedir
•-> migrar *-* romper
** barcar •-> terrar
*=- Movimento para dentro:
Intro-:
•-> vertido meter
£>• Movimento através:
Per-:
*-. furar •-* correr
í> Movimento para a frente:
Pro-:
*-♦ pulsar •-+ ceder
í* Movimento para trás:
Re-:
*< fluir •-* patriar
í* Movimento mais para trás:
R etro-:
*-* . activo •— visor
í> Movimento para além de, através:
Trans-, Tras-, Tres-:
*-> ferir *-► fegar *■ passar
£* Movimento de baixo para cima*:
Sub-, Sus-, Su-, Sob-, So-:
*-* ir *-* ter *- Por
»-> estar •-* erguer Pouca vitalidade.

v in te e três 2 3
aliñas Históricas
s dez M ídelas ¡Históricas de ¡Portugal -
* / i M a ria lva , Gasteta %pdrigo, M lmeida, Gaste-
'M eado e L in d a re s a M orte; S o rteíh a .
De acordo com as regras aprendi- .
das no e com a ajuda 4
Piódão, Gástelo Movo, M onsanto, e Idanha-a-
do dicionário, complete o seguinte -‘l ’e ília a S u f - definem , no seu todo, urna área fu e
quadro. abrange os territó rio s da 'Seira Interior, envoí-
vendo a Serra da T-streía. a m ais a lta cadeia
A
m ontanhosa do ‘T ais.
Sao represen tal ivas de um patrim onio hisío-
Ê Ê B Ê riso-cultura! ’i.juissiino fu e c apenas urna das
laces visíveis com uns a todas d a s, como a sita
U nidade 4 .e n vo lv en te geográfica, as populações resi­
dentes, o clim a severo, a térra áspera e os
paraísos n a tu ra is co n tra sta n tes. S e toda
C a rta x o . esta região tem so frid o urna g r a d u a l deser-
R o m é n ia ■ tifie ação hum ana e declínio de a ctividade
H o n d u ra s ■ económica, não se poderá no e n ta n to con­
A ssíria te sta r o elevado p o te n c ia l tu rístic o que
Jap ão pela mesma ra zão ap resen ta , exib in d o
J u d e ia in ta c to s testem unhos do pa trim ó n io cons­
truído, c u ltu ra l e n a tu r a l do passado mais
U rb e
remoto. Os ancestrais h á b ito s com unitários
B e ira
podem ser, ainda hoje, presenciados em
E spanha

r
algum as das aldeias, nom eadam ente na
P a le s tin a
activid a d e agrícola, O m osaico ru ra l v is í­
Á sia
v e l nesta região e resultado da p a storicia e
Isra e l
. da agricultura de su b sistência, com p ro ­
O liv e n ç a A duçâo de castanha, o vinha, o a ze ite e o
D e m ó n io queijo como p ro d u to s regionais.
B rag a T a l ê o caso de M imei da, a aldeia da estre-
C h ip r e I la de pedra que, fo r te e im ponente, c o n ti­
M o ç a m b iq u e nua a resistir não só ao tem po coma aos
hom ens que vieram a seguir às invasões,
\ - T ra ta-se, de fa c to , de uma fo r ta le z a apre-
0 | Isen ta n d o uma p la n ta em fo r m a de hexágo-
I no quase
V* r ___
íregular, "
,£Üj c o n s t i t u í d a
• 3 I por seis
• ¿ b a lu a rte s e .. I • -
. r e sp e c t i v o s w jB ám g?
i» _ ■
jÊJ I r ev c ! i n s ,
’0 l . - i '/ ’ rt? n e ei r a ____________ 't í I IIB '
i 1ale do f l , ■ '■
■'í ^ ■

■rio Goa e J
•' dominando
® vast o hor i - '•••
. c o me . pvç.---: sp. '■---ri-mrm-

vinte e q u a tr o
Como é possível isto ter resis-

(iiiidad d
No fim da u n id a d e sab erá:

' B a ta lh a .

0 N u n o Á lv a r e s P e r e i r a .
0 O v e lh o e o n o v o .

0 A v e lh ic e e a m o c i d a d e .
. O m o d e r n o e o a n tig o .
¡0 o s u c e s s o e o in s u c e s s o . ,os\ÇÕ°

) A v id a a o s 4 0 . n e9 < * &°

. P r o c e s s o d e e n v e lh e c im e n t o ;
v e lh ic e ; p e r d a d e f a c u l d a d e s
f ís ic a s e m e n t a is ; a m o r t e .
! 0 T e s te c id t u r a l .
iv a ç õ °'

v in te e c in c o
povoação c

aspectos
as pec práticos, como o resguardo doo vento e<
a abundânc
abundância ia de água, pois a B atalha de Alju
b a rro ta , a qual deu o nome ao m osteiro, ter-se- ter-se
centrado do no
ado noss eam
campos onde está a C apela de d
São Jorgee , que o Condestável D. N uno Álvares
Nuno Alvares
mooviíinii
andou nconstruir.
nnctvm t'
onstruir.
0 M osteiro da B atalha ou de Santa M;
d a V itória, a quem foi dedicado, LUtftUU; íreprese:
Vijpi
—m _- «
como -regista a UNESCO, a “expressão plást plástico-
-arm iitectónica de um acontecim ento histórico:
arquitectónica histór
a consolidação da independência nacional p o r­
tuguesa ”
O m onum ento evoca, com elevado sentido
artístico, os feitos portugueses que p erm iti­
ram iniciar a segunda d in astia, cham a­
da de Avis, e na qual se situa a época
á u rea da h istória de Portugal.
A construção d u ro u cerca de duzen-
L u ís:
'“ “‘T Í r o s ’ Co»» é P«slVf ‘‘” mo « & ' anos, é um a jóia dos estilos gótico e
Ana: m anuelino, e constitui U SC L lU i um
I L11I UU»
dos mais
interessante"■s e~ — im ponentes conjuntos
m onacais europeus, com om um a igreja,i
L u ís:
dois
íois espaços fu nerários, que são dois doií
Ana:
panteões
panteõe: reais, dois claustros e diver
d e io S " A » "“ »”0S? se»te. sas dependências, de que sobressaen
L u ís: a casa do capítulo, o refeitório e o
í Ana: dorm itório conventuais.
Çoirin fxn'i\ h
_omo era liah
abitiifll
itual n a época,én o r.a. a

Luís: T em „ s ^ “g e° « o e o 1“ e ' ê” ' d e cabeceira


r a da igreja ée voltad voltada ia a nas­
r
eente, sendo a fachada poente a
principal.
ciopeiua
N ova E n ciclo nafO
p éd ia L ar USSe,
rrr2
r 3 ,. C írc
írcuu lo d e L
Lee ito res.

“ K d V ooross,

v s s ¡ is £ & s * ~ .

vinte e seis
de aflições contínuas, de dores nunca de
oimbra, 8 de Novembro de 1987 todo aliviadas. Sem esquecer que quis ser
- Q c o rp o . As obrigações que nela um hom em total, até nos prazeres. Amei
lhe devo! Exigi-lhe sempre o desalmadamente, cacei ferozmente, calcorre­
razoável, sem o p o u p ar em ei o mundo. Agora estamos os dois exaustos.
nenhum m om ento. Mesmo a Nem ele tem mais energia física nem eu mais
dormir, o desgraçado tinha de arcar com força anímica. E resta-me hom enageá-lo
pesadelos que me sobravam das horas acor­ assim. Reconhecer honradam ente que foi o
dadas. Apesar de doente, submeteu-se sem­ maior amigo que tive, o mais leal e o mais
pre à minha von­ com placente com os meus defeitos. Tão leal
tade tirânica, que, mesmo nesta hora em que a doença o
nos mina de todas as maneiras e é quase à sobre-
m o m en­ posse que se m antém de pé, não me
tos críti­ quer desilu
cos lhe impôs Espera paciente­
a vida à custa
m ente pela minha
de drogas, de
desistência para
operações, de
desistir também.
dietas. Uma Miguel Torga. Diário X\
e x istê n c ia
de tra­
balho
árduo.

É na indecifrável década dos 40 que a impe­ viver até aos 35 e as mulheres até
tuosidade é substituída pela qualidade, que a 30 aos 40; no final de 1997, eles conta­
m aturidade assume contornos invejáveis. Mas é vam com 71 aniversários, elas com
ainda nessa época, quando os 30 são por vezes 78). Mas não há bela sem senão: as
5 dolorosamente substituídos pelos Senta", que se doenças cardiovasculares conti­
faz o check-up de um a vida. E que a visão diminui, nuam a liderar as causas de morte.
tom ando os óculos no objecto de culto dos qua- 35 Hoje come-se pior e vive-se
rentões; que as rugas começam a inquietar os ros­ com mais stress. Irreversível é tam­
tos até então lisos; que a flacidez ganha terreno; bém a dificuldade em perder peso.
10 que a memória de elefante começa a escassear. É bom lembrar que os enfartes de
A verdade é que hoje se vive este período de m iocárdio atingem m ais os
forma muito diferente da dos nossos avós. A espe­ 40 homens; as mulheres estão mais
rança de vida aum entou dez anos de 1950 para cá protegidas até à menopausa, por
- e, com isso, a entrada na maioridade deixou de causa da produção de estrogéneos.
15 ser considerada o início da curva descendente, Daí a importância da actividade
transformando-se na etapa do meio da vida. Ao física. O cuidado com o corpo vai-
mesmo tempo, os avanços na medicina permitem 45 -se acentuando quando as pessoas
que uma série de doenças relacionadas com o são confrontadas com o que vêem
envelhecim ento sejam ultrapassadas. As ao espelho. A prim eira preocu­
20 depressões típicas dos 40, por exemplo, passaram pação de quem começa a frequen­
a atacar aos 50. Esta geração tem aum entado no tar o ginásio aos 40, ao contrário
nosso país, representando hoje 13% da população 50 do que se imagina, não é a saúde,
portuguesa, cerca de um milhão e meio de pesso­ mas a imagem.
as. O fenómeno é semelhante, aliás, em todos os Mas se há realidade que os 40
25 países desenvolvolvidos. Hoje a esperança de vida podem acarretar de bom é a estabi­
em Portugal representa praticamente o dobro de lidade económica.
há 80 anos (nos anos 20 os homens esperavam 55 Visão, 27 Abril de 2000 (adaptação).

v in te e s e te 2 "7
que fosse um a árvore ou um penedo distante. Mas
q u ando se aproxim ava via-se que era o Búzio.
N a m ão esquerda trazia u m grande p au que lhe
Leia de novo o texto do Miguel Torga e
responda.
servia de bordão e era seu apoio nas longas cam i­
nhadas e sua defesa contra os cães raivosos das quin­
£• 1. Explique porque é que Miguel Torga deve obri­ tas. A este p a u estava atado u m saco de pano, dentro
gações ao seu corpo? do qual ele guardava os bocados secos de pão que lhe
2. Porque é que o autor homenageia o pró- y davam e os tostões. O saco era de chita rem endada e
prio corpo? ______ tão desbotada pelo sol que quase se tornara branca.
O Búzio chegava de dia, rodeado de luz e de
vento, e dois passos à sua frente vinha o seu cão, que
Leía de novo o texto de "A Vida aos 40" era velho, esbranquiçado e sujo, com o pêlo grosso,
e resp o n d a.
encaracolado e com prido e o focinho preto.
> 1. Indique vantagens e desvantagens de se atingir a E pelas ruas fora vinha o Búzio com o sol na
cara e as som bras trém ulas das folhas dos plátanos
década dos 40?
nas mãos.
á* 2. Porque é que esse período é vivido de forma dife­
Parava em frente d u m a porta e entoava a sua
rente da dos nossos avós?
longa m elopeia ritm ada pelo tocar das suas casta­
> 3. Qual é a esperança de vida actualmente em Portu­
nholas de conchas.
gal? A bria-se a porta e aparecia um a criada de aven­
|¡> 4. Porque é que a actividade física se revela de parti­ tal branco que lhe estendia u m pedaço de pão e lhe
cular importancia? dizia:
.jt 5. Nem tudo é m au ao atingir os 40. Refira um aspec­ — Vai-te em bo­
to positivo evidenciado no texto. ra, Búzio.
I» 6. O que é para si a velhice? Utilize o espaço seguin­ E o Búzio, dem o­
te para dar a sua opinião fundam entada. radam ente, desprendia
o saco do seu bordão,
desatava os cordões,
abria o saco e g u ar­
dava o pão.
Depois de novo
seguia.

0 Búzio
Parava debaixo
de um a v aran d a can­
tando, alto e direito,
enquanto o cão fareja­
va o passeio.
E na v aranda debruça­
uan d o eu era pequena, passava às vezes va-se alguém rapidam ente
pela praia um velho louco e vagabundo a tão rap id am e n te que o
quem cham avam o Búzio. seu rosto nem se m os­
O Búzio era com o um m onum ento m anuelino: trava, e atirava-lhe
tu d o nele lem brava coisas m arítim as. A sua barba um tostão e
branca e o n d u lad a era igual a u m a onda de espum a. dizia:
As grossas veias azuis das suas p ernas eram iguais a — Vai-te
cabos de navio. O seu corpo parecia um m astro e o em bora, Búzio.
seu a n d a r era baloiçado com o o an d ar d u m m ari­ E o Búzio,
nheiro o u d u m barco. Os seus olhos, como o próprio d e m o ra d a ­
mar, ora eram azuis, ora cinzentos, ora verdes, e às m ente - tão dem oradam ente que cada u m dos seus
vezes m esm o os vi roxos. E trazia sem pre na mão gestos se via - desprendia o saco do pau, desatava os
direita d u a s conchas. cordões, abria o saco, guardava o tostão, e de novo
Eram daquelas conchas brancas e grossas com fechava o saco e o atava e o prendia.
círculos acastanhados, sem i-redondas e sem itriangu- E seguia com o seu cão.
lares, que têm no vértice da parte triangular um Sophia de Mello Breyner Andresen, Contos exemplares.

buraco. O Búzio passava um fio através dos buracos, ■ mM ■ J k


atando assim as d u as conchas u m a à outra, de m anei­
ra a form ar com elas um as castanholas. E era com
essas castanholas que ele m arcava o ritm o dos seus
longos discursos cadenciados, solitários e m isterio­
sos com o poem as.
Escolha uma personagem e descreva-a, à
O Búzio aparecia ao longe. Via-se crescer dos do retrato do Búzio.
confins dos areais e d as estradas. Prim eiro julgava-se

vinte e oito
C é r e b r o : Redução das transmissões neuro-
Processo nais. A partir dos 25 anos a capacida­

3
de de processam ento decresce 1% ao
ano.
envelhecimento > M e m ó ria : Primeiras dificuldades em recor­

Uúipãde
dar nomes, ou onde se pôs a chave
do carro.
^ C a b e lo : Começam a aparecer as “brancas”,
e nos hom ens a calvície ameaça.
V isã o : Menos precisa, dificuldade de leitura
ao perto. Maior dificuldade no uso de
lentes de contacto.
Face: Aparecimento das primeiras rugas e
“pele de galinha”.
M e ta b o lis m o : Diminui, contribuindo para
a acumulação de gorduras, e da ines­
tética barriga ou “p n eu ”. Diminui o
nível de actividade e o organismo
começa a ter dificuldade em eliminar
toxinas.
> Pele: Flacidez, perda de elasticidade.
> O s s o s e a r tic u la ç õ e s : Primeiros proble­
mas com as “dobradiças”, que esta­
lam durante os movimentos. Menor
agilidade. Problemas de coluna e reu­
máticos.
A frequência das relações sexuais é
menor.
M ú sc u lo s: Perda gradual de massa muscu­
lar, de força e de resistência.

r
Aproxima-se o fim.
K tenho pena de aeabar assim,
Em vez de natureza consumada,
Ruína humana.
Inválido do corpo
E tolhido da alma.
Morto em todos os órgãos e sentidos.
Longo foi o cam inho e desmedidos
Os sonhos que nele tive.
Mas ninguém vive
Contra as leis do destino.
E o destino não quis
Q ue eu me cumprisse com o porfiei,
E caísse de pé, num desafio.
Rio feliz a ir de encontro ao mar
Desaguar,
E, em largo oceano, eternizar
O seu esplendor torrencial de rio.
Miguel Torga, Diário XVT
j

v in te e nove
p P ^ s I j u m a c o isa d e d íf e - com ^m

r
r e n t e os *f0 M e d e ra M , f o l a a M lnh a Tcíade? ^
ofesessao p e to t r a h u l h o . J a a tin g í
os M e u s p a ís y a
Unidade
u m d e te r M Í n a d o e s t a t u t o e hoy e o
t ln h a M seis filh o s e e u
,. q u e e u q u e r o é ser M als e M 3 'G <
■ a ín d a n a o t e n h o
p e r f e c c io n i s ta .
|¡ |. n e n h u M .' J k

• SIn +O
n a o M e p r e o ­
J r ^ c a d a r u j a c o m o UM "¡I
c u p o co M a s a l t e ­
t r o f e o d e r a ç a , oM a c o n ­
r a ç õ e s q u e o M eo
3

q u is ta . O r j u ( h o - M e d e c a d a
c o r p o e s ta ' a
Se
I». s o f r e r . -Al k
c a t e t o
f a r ç o
t r a n c o .
é p o r
os
a t e n ç ã o
dls-
.••
W(* a o s o o tr o s .

W ao ' <' W

f d o u p e l a s d i f e ­
' •' A p r e n - ’ I
r e n ç a s , q u e r d iz e r,
J r di a tld a r c o m a s *
d if ic u ld a d e s d e uM a n a o M u d e i d e a tltu

f o r M a M e n o s d r a M a tlc a , a i d e p e r a n t e a

a c e i t a r c o is a s q u e n o u t r o s ftih. v id a .

40: M o h a m m e d o u v e o A n jo G a b rie l t e M p o s s e rla M In a c e itá v e is.'

d izer-lh e q u e seria o m e n sag e iro d e k a s f a l h a s e a s f r a q u e z a s


S f e i.. d o s o u tr o s . ,jr ím
D eus, e fu n d a o Islão em 610.
41: C ristó v ão C olo m b o d esco b re o N o v o
M undo.
42: W illiam S h ak esp eare escreve Macbeth Wao
e E gas M o n iz vê n a p rim e ira arterio- r M e ( e M tr o de *

t e r f e i to q u a l q u e r
g rafia os v aso s cereb rais d o ho m em . r e f l e x ã o a o s * fO . O u
43: B rah m s co m p õ e a su a p rim e ira sinfo­ r p a p a o ¿>ara
f u j l d o t a l a n ç o ou

nia. Mil* eí+a noy n ã o (he del M esM o

sessen ta. A té (a k itv»£>oríamela* ^¡j


46: O D u q u e d e W ellington d e rro ta N ap o -
v a l-se v lv en -
leão n a B atalh a d e W aterloo.
47: C h arles D a rw in com eça a escrever a
o rig e m d a s espécies; A le x a n d e r Fle­
m in g d esco b re a penicilin a.
48: Julio C ésar in v a d e a G rã-B retanha.

O uça com atenção e respond a às


seguintes perguntas.

¡* 1. Q u a l a co n d ição q u e o p a i im p õ e ao
L uís p a ra aceitar jo g ar tén is e p o rq u ê?
gp 2. Q u e explicação d á o p a i p a ra a g o ra se
can sar tanto?
S¡r 3. N o p o n to d e vista d o av ô q u ais as im p li­
cações d o s q u a re n ta ?
§► 4. E m q u e se o c u p a v a o av ô q u a n d o trab a
lhava?
j> 5. Q u e a rg u m e n to s a p re se n ta o L uís p a ra
n ã o a c re d ita r n o s efeitos n efasto s d o s
40?

3 0 tr in ta
rfV
ü
Ex.: Modéstia: p etu lâ n cia servilismo estúrdia prodigalidade
m
1. Efémero: astuto renomado indiscreto duradouro
2. Inépcia: imbecilidade aptidão paciência toleima
3. Consagrar: sagrar ratificar aprovar desaprovar
4. Sórdido: sujo honesto venal baixo 1
5.
6.
Aprazimento:
Contumaz:
desagrado
teimoso
deleite
reincidente
aprovação
frouxo
apreço
dócil m
7. Impávido: temeroso pálido dolente cauteloso
8. Secular: civil m undano religioso prosélito
9. Cândido alvo sujo límpido capaz
10. Sombrio: desanuviado triste lúgubre melancólico

Velhice
Ancianidade
Senectude
Senilidade

Construa uma frase indicando


o contrário das pala- ■■■■■
v ras em itálico — -----

Ex.: O minha irmã come de tudo, mas está bastante


m agra. P* ...garda
1. A Júlia e a Sofia limparam os quartos.
2. Júlia, apaga também esse candeeiro!
3. Realmente achas que a carne está salgadal?
4. Estes ténis estão-me estreitos.
5. Lembrei-me agora de que não posso ir ao cinema
porque amanhã tenho um teste de Matemática.
6. A Sofia continua a mostrar-se muito trabalhadora na
escola.
7. A repartição de finanças estará encerrada durante o
mês de Agosto.
8. O Júlia, traz o casaco para baixai
9. O Paulo ficou aprovado no exame de inglês.
10. Infelizmente tive de aceitar o convite para o cinema.
i P assar R ep ro v ar
Negação adverbial: Não (simples), nem P e rd e r 1
; G anhar
(reforçada), nunCã ( jamãiS (absoluta). F racasso ¡
; Êxito 1
Negação pronominal: Nenhum, nada, ninguém, , A certar F alh ar j
coisa nenhuma, coisa alguma, patavina: V itória D errota
Nenhuma criança faltou à aula. >Sair-se b e m Sair-se m al
Não faltou à aula nenhuma criança.
Negação implícita: (função restritiva) Apenas, só, somente.
Não estou de acordo, não sou da mesma opinião...
Ne maneira nenhuma, nada disso, pelo contrário...
Has, só que...
Essa é boa, isso é gue era bom, era o gue faltava, está fora de questão...

tr in ta c d o is (d u a s )
Ligue aspectos positivos e negativos utilizando as
expressões da lista.

A s p e c t o s posit ivos A spectos neputivos


0 Aquário Vasco da Gama merece ser visitado. a) E
Nos prédios, os habitantes dos andares mais altos têm melhores vistas. b) A áqua não chega às torneiras acima do quarto ou quinto andar.
0 avô sabe várias línguas e tem uma cultura esmerada. c) Nada disso interessa ao neto de IA anos.
Á rapariga tinha grande figura e de cara podia ser considerada bonita. d) (oxeava um pouco.
5. 0 homem tinha junto de si a filha mais velha, os netos e o genro. e) Os desqostos dos últimos meses tinham-no deixado profundamente amargurado.
Hoje, os tempos são outros para os trabalhadores. f) (ontinuam a reqistar-se muitos acidentes de trabalho na indústria.
7. A cidade tem crescido em equipamentos culturais e tornam-na capaz de q) Não são mais que miqalhas comparativamente com os investimentos em equipamen­
ser (apitai Europeia da (ultura. tos culturais feitos em torno da EXPO.
Era um belo rapaz.
Desejava estar mais tempo.
A minha inexperiência não me permitiu, então, fazer um juízo riqoroso.

Transforme de acordo com o exem plo.

Ex.: Ela insistiu, mas ninguém atendeu, ri* A p esa r de


ter in sistid a , ninguém atendeu.
1. Algumas das histórias que se contam são verdadei­
ros episódios de romance, mas a inovação é um a dis­
ciplina muito dura.
Pesquise e responda.
2. A maior parte dos minerais constituintes das cinzas
alteram-se com a passagem do tempo, mas uma
pequena parte permanece relativamente estável.
3. Todas essas visões se revelaram falsas, mas os meios
de informação não se cansaram de apregoar a sua
notável habilidade para transformar a sua aparência.
4. A lista de vinhos está dividida por regiões, mas é de
leitura propensa à confusão, pois inclui na mesma
página os tintos e os brancos.
5. Coimbra era um centro de m enor projecção que a
cercana Conímbriga, mas teve um notável desenvol­
vimento na época romana.
6. Os organizadores do concerto sentem-se confiantes,
mas, mais um a vez, é a questão da segurança o que
os traz preocupados.
7. Não é a primeira vez que se realiza em Portugal um a
actividade como esta, mas a verdade é que até final
de Agosto andarão pelo país grupos de astrónomos
amadores e profissionais a espiar os céus.

trin ta e três
P ara u m a m e lh o r P R O N Ú N C I A
R eco n h ecer os s ím b o lo s fo n é tic o s
Consulte as páginas 198 a 200 e relembre o alfabeto Ouça com atenção e escolha. Una os
fonético. Será uma grande ajuda quando consultar seguintes termos com a sua fonética.
novas palavras num dicionário.
Ex.: Velho 2 [véÀu]

1. Jovem □ a [veÀísi]
2. Idoso □ b [eduli/sêsjn] ;
3. Moço □ c [musidádi]
1. Q Pinta o quadro com o pincel.
4. Gasto □ d feóvgj]
2. Põe as batatas na panela.
3. Q Pede umas pastilhas. 5. Adolescência □ e [evíÀètádu]
6. Velhice □ f [9á/tu]
1. Q Bebe o batido todo. 7. Mocidade □ S [3 uvêtúdi]
2. Q Borrifa a bata. Velhusco h [idózu, -óze]
8. □
3. □ Bisca bem.
9. Juventude □ i [mósu]
10. Avelhentado □ i [veÀú/ku] :
1. Q Traz o talher e a toalha.
2. □ Tapa o tacho com a tampa.
3. □ O teatro é uma arte tradicional.

T rad u za
Reveja o volume 3, unidades 10 e 11.

1. Sea como sea, en el área de inter­


vención, serán reflorestadas cinco
mil hectáreas devastadas por un
incendio.
2. Por muy optimistas que fueran, no
dejaban prever el éxito que tal nego­
cio acabaría por alcanzar.
3. Todo se quedó quieto - aunque, para
quien estuviera atento, no pasara
desapercibido el murmullo de las
aguas.
4. Aunque el fútbol comenzó por ser,
nítidamente, u n deporte de élites,
no tardaría en ser contagiado por el
gusto de las apuestas mutuas.
5. A. C., hoy con 71 años y jubilado
desde 1994, a pesar de mostrarse
dispuesto a no desistir, confiesa no
tener ya grandes esperanzas de vivir
lo suficiente para ver el asunto
resuelto.
6. A pesar de estar en curso algunas
m edidas que van a contribuir a la
democratización de la empresa, las
etapas ya recorridas han sido, en
cierto modo, las más simples.
7. El comercio exterior tam poco
lamenta el momento, a pesar de el
euro haber caído ya el 17 por ciento
desde marzo de 1999.

t r i n t a e q u a tr o
oC a b l _ I l ár
Form ação Form ação das
5* Ausência, privação, negação: I* Ausência, privação, negação:

in- (im-) + ad jectiv o :

*+ Crível crível ■A narquia • Amoral


•-> Aceitável aceitável ■Analgia • Afonia
•-* Perdível perdível
•-> Palpável palpável
i- (ir-) + a d jectiv o :

•-» Mortal mortal


Com a ajuda de um dicionário, indique o
•-* Legal legal que não tem ou não pode fazer quem
padece...
•-> Real real
•-* Reparável reparável Ex.: Anartria r* A rtic u la r pa la vra s.

31 1.
2.
Acrania
Afrasia
1* .......................................................................

> ............................
O que é... não se pode...
3. Anacroasia N ............................
4. Abulia 1* .......................................................................
Ex.: O que é in a u d ív e l f* não se pode ouvir.
5. Analergia r*............................
1. O que é in a d iá v e l f* não se pode' .................... 6. Afasia > ..............................
2. O que é im p a g á v e l f* não se pode' .................... 7. Acromatia r * ..............................
3. O que é im e n su rá v e l t* não se pode' .................... 8. Adermia i * ..............................
4. O que é irre c o n h e c ív e l h* não se pode' .................... 9. Acistia > ..............................
5. O que é irre fu tá v e l h* não se pode' .................... 10. Aceratia f * ...................................
6. O que é in a b a lá v e l f* não se pode
7. O que é im p a rtilh á v e l f* não se pode
8. O que é im is c ív e l P não se pode............
9. O que é in a p e lá v e l F* não se pode............
10. O que é irre sc in d ív e l f* não se pode..........

Form ação das p a lm ^ p a r n m m ^


IWi i , Com a ajuda de um dicionário, indique o
í* Oposição, acção contrária: antónimo dos seguintes vocábulos, usando os prefi­
xo s c o n tra -, d e s e a n ti-.
C o n tra- + v e rb o /a d je c tiv o /s u b s ta n tiv o :
*-* Dizer dizer Ex.: Caspa f* A nticaspa
*-* N atural natural
•-* Revolução -revolução 1. Apertar > .................
D es- + v e rb o /a d je c tiv o /s u b sta n tiv o : 2. Dança r*.................
3. Abotoar > .................
•-* A ndar andar
4. Canceroso h*.................
•-* Aconselhar aconselhar
5. Luz h*.................
*-* Calçar calçar
6. Acasalar .................
A n ti- + a d je c tiv o /s u b s ta n tiv o :
7. Veneno I* .................
•-» Abortivo abortivo 8. Estético r*.................
•-> Aéreo aéreo 9. Corrente r*.................
•+ Corpo corpo 10. Droga h*.................

t r i n t a e c in c o
R e le m b r e
N uno Álvares Pereira é um a das figuras m ais
fam osas da história de Portugal, apontada
De acordo com a s regras apren­ sem p re co m o m o d elo de virtudes cívicas e
didas no e com a I religiosas, um d os raros n o m es que u n a n im en te é c o s­
ajuda do dicionário, complete o tum e identificar co m a p róp ria ex istê n c ia n acional.
seguinte quadro. F ilho ilegítim o de D. Álvaro G onçalves P ereira e
d e Iria G onçalves do Carvalhal, p rio r do H ospital,
n asceu em 1360, e m lo ca l que n ão é fãcil d eterm i­
nar, em b ora C ernache de Bonjardim e Flor da
Rosa sejam o s m ais citados.
Foi para a corte aos 13 an os, e é arm ado
cavaleiro p or D. Leonor Teles co m o arn ês do
Mestre de Avis, de quem se torna am igo. Adere à
causa do Mestre, que o n o m eia fron- wemaa
teiro da com arca de Entre-Tejo-e- H f lB
-Odiana. Foi d ep o is con d estável do
In trig a r rein o e m ordom o-m or. R ecebeu d e IH H H
D. João I o s titulos de 3S co n d e de ^
R e f e r ir O urém , de 7a co n d e de B arcelos e de
C o n s titu ir 2a co n d e de A rraiolos. P rofessou em H H |
1423 na O rdem d o s C arm elitas,
G o v ern ar
tom an d o o n o m e de Frei N uno de Çj
Im p rim ir Santa Maria. M andou edificar o« »*•-

r
A pagar C o n v en to d e Santa M aria do
Carm o, em Fisboa, o n d e m orreu,
E le v a r já co m fam a de san to, em 1431.
V er D esd e o sé c u lo XV q ue é I
objecto de culto, o q ue fo i re c o n h e ­
C o n serv ar
cid o p elo Papa, em 1918. É cham ado ¡
F e rra r Santo p elo s Portugueses e p elo s Car- f
A s s in a r m elitas, e Beato p ela restante Igreja, j
A im agem de N un o Á lvares ¡
T ra n s m itir fam iliar a to d o s o s p o rtu g u ese s, j
D o r m ir assen ta em d o is d ep o im en to s d o j
sécu lo XIV, o de Fernão Lopes e o d o ;
O p rim ir a n ó m in o da C rónica d o C ondesta­
C u ltiv a r bre.
C am ões im ortalizou tam b ém D. N uno
S uceder
Álvares Pereira, n o Canto IV, estro fe XIV
C o m p ra r d os Lusíadas. É tam b ém essa im agem que
C o rre sp o n d e r reaparece m o d ern am en te na p ro sa sed u to­
ra de O liveira Martins.
V is ita r ■Mas n u n ca foi que este erro se se n tisse
T ra n s g re d ir N o forte D om N uno ; m as antes,
P osto que em seus irm ãos tão claro o visse,
Repro­
vando as
vontades
incon stan ­
tes,
À q u e l a s
d u vid osas
gen tes d isse,
C om p a la ­
vras m ais
duras que
elegantes,
A m ão na
e s p a d a ,
irado e não
facundo,
A m eaçan do
a terra, o
m ar e o
Mundo.»

tr i n t a e se is
O que foi que aconfeceu?

No fim da u n id a d e sab erá:

A lc o b a ç a .

O m o s te i r o d e A lc o b a ç a . A
l e n d a d o M o s te ir o d e A lc o ­
baça.
A n im a is .
E c o lo g ia . cau so
M e io a m b i e n te : a d e g r a d a ç ã o e e x p re ssã o
p r e s e r v a ç ã o d o m e io a m b i e n te . lev isS o V
A u m e n to d as te m p e r a tu r a s Sím bolo» * » " '
( b e n e f íc io s e m a le fíc io s ) .
A hom ooW »
A se rra .

P a rq u e s n a tu ra is .

>

° s£uàaàe à '

t r i n ta e s e te
ic o b a ç a é u m a c id a d e , sede de c o n ­
c e lh o , in te g r a d a no d is trito de L e iria e
lo c a liz a d a n a c o n flu ê n c ia d o s r io s
A lcoa e B a ç a .
D . A fonso H e n r iq u e s , d ep o is de
c o n s titu ir o c o u to , c o n fio u -o aos m o n - ■
sés d e C iste r, fu n d a d o re s d a c o n h e c id a
. 1 i'
a b a d ia m e d ie v a l e c o lo n iz a d o re s d a
região.
0 m ais im p o r ta n te m o n u m e n to de A lco-
é sem d ú v id a o m o s te iro , u m a d a s u lti­
m as a b a d ia s c iste rc ie n se s, m a n d a d o c o n s­
t r u i r p o r S ão B e r n a r d o de C d arav al, g ra n d e
im p u ls io n a d o r d a O rd e m d e C iste r, in c lu í­
do n a lista de b e n s do p a trim ô n io m u n d ia l
d a U N E S C O , em 1989.
A a b a d ia é u m a o b r a - p r im a d a a r te góti­
ca in te r n a c io n a l, d ev id o às d im e n sõ e s, aos
m a te ria is u tiliz a d o s e ao c u id a d o p o sto n a
su a ex e cu ç ã o . É u m c o n ju n to ú n ic o de e d i­
fíc io s f u n c io n a is co m i n f r a - e s t r u t u r a s
h id rá u lic a s . A fa m o sa c o z in h a s e te c e n tista ,
o n d e se p e s c a v a d ire c ta m e n te do rio
q u e a í p a s s a , a u m e n ta o in te re s s e
d o s edifícios c o n v e n tu a is d e épo-
a n te rio re s . O c la u s tro d e D.
Ana’. d e ta m b o rü , o u do S ilên cio , é o m a io r
P ed ro '.
d e estilo gótico em P o r tu g a l e u m
muito bom-Se o do s m a io re s ja m a is ed ifica d o s
U toso e d e s ta
admirado bas ^ . q g ^ pelo s c iste rc ie n se s.
P o rq u e ? nao s doce e e aquela trg A c o n s tru ç ã o do m o ste iro
Ana-.
Pedro-. foi m u ito le n ta , d e v id o à fa lta
vez p ainda voito p a r a a u a o- a r ro z
ddivinal'-
iv in a l- ã0 am aa mi v - aqU i da
d e m ã o -d e -o b ra e escassez de
re c u r s o s ; so p a s sa d o s m ais de
s e te n ta a n o s do in ício d a cons
« ‘" • “ O tr u ç ã o é q u e os m onges lá se
v is ita r o

l s s o é v e r d a u v . ^ . o fa Z . s e -
O m o n u m e n to m ais signi
P edro'.
Desp
;aCh e m - s e , s e n a o
;oblema.láovrsitàaro's com os pais
Ana’- fic a tiv o d a b o a re la ç ã o e n tre
anrbémnaobavraSg r a n d e Pri
m o s te ir o . o lb o s.
Taaffib
T m peen i ^ ^neauenos-
au en q s. ag c0i s a s c o m o u tr o a a b a d ia e o p o d e r r e a l é
p e d ro :
c o n s titu íd o p elo s dois tú m u ­
Anai los d e D . P e d r o I e D . In ê s de
* eBPCt S " » ' " P * “ 0n,^, d e s c o ro o nav.
C a s tr o , b e la s e s c u ltu r a s
Luís'-
f u n e r á r ia s em estilo gótico.
-¡vtuitobem- oS bübetes,; „ ,im oouco mars
Pedro-. N ova E n c iclo p éd ia L a ro u sse n 1 (a d a p ta ç ã o ).
Ana'-

38 trin ta e o i t o
h! boi! l.:h! toiro!
A multidão dava palmas.
- Eh! boi! Eh! toiro!
Tinha de ser. Já que desejavam tão ardentem ente o fruto da sua fúria,
ei-lo.
Mas o hom em que visou, que atacou de frente, cheio de lealdade,
inesperadam ente transfigurou-se na confusão de um a nuvem vermelha,
o n d e o ím peto das hastes aguçadas se quebrou desiludido.
Cego daquele ludíbrio, tornou a avançar. E foi um a torrente de ener­
gia ofendida que se pôs em movim ento.
Infelizmente, o fantasma, que aparecia e desaparecia no m esmo ins­
tante, escondera-se covardem ente de novo po r detrás da m ancha atordo-
adora. Os cornos ávidos, angustiados, deram em cor.
Mais palmas ao dançarino.
Parou. Assim nada o poderia salvar. À suprem a hum ilhação de estar
ali, juntava-se o escárnio de andar a marrar em sombras. Não. Era preciso
ver calm am ente. Q ue a sua raiva atingisse ao m enos o alvo.
O espectro doirado lá estava sem pre. Pequenino, com ar de troça,
olhava-o com o se olhasse um brinquedo inofensivo.
Silêncio.
Esperou. O hom em ia desafiá-lo certam ente outra vez.
Tal e qual. Inteiram ente confiado, senhor de si, veio vindo, veio vindo,
até lhe não p oder sair do dom ínio dos chifres.
Agora!
De novo, porém , a nuvem verm elha apareceu. E de novo Miura gas­
tou nela a explosão da sua dor.
Palmas, gritos.
Migue) Torga. Bichos. Coimbra. /.¡¡S-fWrii
' ‘ â

s animais não podem ser hum ilhados ou des­


truídos. Há um a espécie de dignidade por
falta de recursos morais, um a inteireza funda­
da no m undo natural. Por meio de consciência, o
homem alcança o poder ou a vulnerabilidade que o des-
trói. Escolhe-se a força ou a des­ osto, no gato, do carácter inde­
truição própria, através da inspiração pendente e quase ingrato que o
passada às provas, na enigmática impede de dedicar-sc seja a
malha da vida, opondo as astúcias do quem for, da indiferença com que passa dos
talento a cada repto das coisas. E o salões aos seus becos natais. O gato vive
génio íntimo de cada um. Génio que não sozinho. Só obedece quando quer...
dá paz, que se contenta de si e se alimen­ E um animal estranho, agarrado
ta no seu mesmo exercício. O poder é o aos seus hábitos, amigo da ordem e
poder, mais nada. Um bicho, depois de fugir que não coloca a amizade às cegas.
em pânico, assenta as patas na terra e avança Quer ser amigo e não escravo. Conser­
va o livre arbítrio e não fará nada que
inteiro, com os cornos baixos, ele todo projecta
não lhe pareça menos razoável...
do na violência da cabeça. Passa ou não Gosto dos gatos, porque gosto da
passa. Passa ou morre. A morte é o minha casa e eles tornam-se pouco a
seu abismo. Não pede perdão. pouco a sua alma visível. Parecem surdos
Porque a inteireza animal é cega, às ordens, aos apelos, às censuras, movem-se com auto­
ridade real no meio dos nossos actos e deles retêm ape­
limpa como a luz.
nas aquilo que os intriga ou conforta...
In Os Grandes Enigmas do Mundo Animal,
Herberto Hélder: Aquele que dá a Vida. Amigos do Livro Editores.
In Os Passos em Volta.

trin ta e nove
Bico adunco, duro, forte, recur­
vado, robusto...
Com a ajuda de um dicionário complete o Beiço caído, grande, grosso...
seguinte vocabulario.
Cauda felfupa, e n o rm e, colori
Chifres d a ... |
Chifres afiados, pontiagudos, cor- I
a tados, serrad o s... I
com prido, húm ido
Focinho
H abitat fluvial...
I
f e O lh ar/expressão vivo, triste, m eig o ... I
O relhas hirtas, c a íd a s... 1
Pêlo m acio, com prido, curto...
cinzenta, castan h a... I
Cor
R abo/cauda com prido / p e q u e n o ... !
Raça perdigueiro, rafeiro... |
U nhas com pridas, ad u n ca s...
U tilidade guarda, fila, co m p an h ia 1
m ostra, corrida, caça... I
Sem d o n o v a d io ...
C om portam ento feroz, m anso, astuto, dedi- .
I
cado, inteligente, sensível, *
bravo, po ten te, m edroso, |
atiradiço, d e sc o n fiad o , |
gu lo so , vo raz, teim o so ,
m eigo, agressivo, indife- I
rente, m o len g ão ...
Vozes ladrar, ganir, rosnar, uivar, ■
T7p 5 de Maio de 1985
latir, miar, bufar, ronronar,
rosnar, balir, b e rra r...
ico-me
J L ic o - a um canto, surdo para os comentá- ,^ e riz e o ,?orí(a açirrar, açular, incitar, esti- jj
ríos, que já não consigo suportar. Sei de cor asi partir dos cowen+á-
m ular, farejar, rosnar, ■
frases dos mais pequeninos: "Que feio!",
coçar...
"Tão grande!", "Ó mamã, tem a cara preta".
Prefiro o espanto dos que me reconhecem a partir das
imagens dos livros: "É um macho adulto de dorso pra­
teado." Olho de soslaio. Tento mostrar-me indiferente.
Passam-me em frente milhares de rostos, fisionomias
que não fixo. Fica-me só o cansaço de os olhar, mas sus­
tento a posição de observador observado. Hoje, um
casal jovem parou demoradam ente junto às grades.
Pouco falaram, mas as palavras proferidas, olhos nos
meus, não sairão da minha memória: "O que p e n sará
d e nós?" Três ou quatro disparos da máquina fotográ
fica. "Podíam os escrever ,^ " R e íi7 ir
sobre ele". / petueno
Ana Isabel Queiroz, Zoo - ( anejo
Histórias de Portugal.I 1 Ue rçspos+a dari a à

40 quarenta
m
m
■ -M


£

Simbolino deu com um leãozito, pouco mais Leia de novo e responda.


encorpado do que um gato, e que andava
desorientado, também à procura de qualquer
I» 1. Como é que o Simbolino e o Leão reagiram ao
Q uando se encontraram o moço arregalou os encontro um do outro?
olhos de espanto, e o bicho encolheu-se todo, meio & 2. Porque é que o rapaz não o apanhou imedia­
desconfiado, meio medroso, como gato na defensiva, tamente?
um as vezes bufando, outras vezes miando notas plan­
> 3. Faça a caracterização do leão.
gentes.
4. Com que sentimento é que Simbolino correu
O rapaz não se atreveu a apanhá-lo imediata­
mente. para o acampamento para mostrar o achado?
O bicho era pequenino - teria duas ou três
semanas de nascido - mas assim mesmo irradiava já 5. Com base no léxico e nas estruturas aprendi­
de si o prestígio lendário da espécie. Era um leão! das, redija um pequeno texto no qual descreva
Mas como não há prestígios que durem quan­ um animal de estimação, real ou imagináricf.
do a força os não ampara, a surpresa e o receio de
princípio deram rapidam ente lugar aos sentimentos
inatos de ternura, que transbordam das almas dos
homens sãos perante a inocência das vidas que des­
pontam.
O leãozinho era tão engraçado!
Uma cabeça triangular e grossa, pintalgada de
manchas negras, com orelhas muito espertas e olhos
muito grandes - uns olhos ainda sem cor definida, lei­
tosos, que tinham um a expressão ansiosa de sofri­
mento - e um a boca rosada e húm ida como são as
pétalas de algumas flores do mato ao rom per da
manhã. Depois, a seguir à cabeça, um corpo amarelo-
-acinzentado, macio, que mais parecia rolo de lã por
cardar do que tronco de bicho bravo. Sobre esta penu­
gem despenteada corria um a lista quase negra que lhe
desenhava o dorso.
Podia ser um leão, porque os leões principiam
assim - mas parecia-se espantosamente com um brin­
quedo de crianças.
O Simbolino apanhou-o sem dificuldade, ajei­
tou-o nos braços e correu para o acampamento, ofe­
gante de alegria e ansioso por mostrar o seu achado.
Henrique Galvão (1895-1970), Kurika.
Este m arinheiro encontrou um artigo
numa g arrafa, m as a folha estava ra sg a­
Unidade 4
d a. Ajude-o a o rd en ar os diferentes
pedaços.

Do seu posto de vigia orbital, o satélite Ierra já começou


a observar a superfície terrestre. Este engenho espacial da
NASA dispõe de cinco instrumentos para vigiar os ocea­
nos, os continentes e as calotes polares.

Os últimos relatórios do Painel Intergoverna


mental das Nações Unidas para as Alterações
Climatéricas reviram em alta as estimativas
para o aumento das temperaturas médias da
Terra até 2100. A partir de agora o intervalo está com­
preendido entre um e cinco graus centígrados. O relatório
anterior, publicado em 1495, previa um intervalo de um a 3,5
graus na subida do termómetro terrestre.

Os efeitos serão terríveis: além de implicar o desaparecimen­


to de uma região virgem do planeta, o degelo da calote polar
e dos glaciares da Gronelândia provocaria novo aumento das
tem peraturas médias, o desequilíbrio salino dos oceanos e a
destruição de zonas costeiras em todo o mundo.

Há milhares de anos, os nossos antepassados começaram a


queimar molhos de lenha, para se aquecerem, para iluminar
a noite e para afugentar os maus espíritos, um processo que
abriu as portas à alteração do ciclo do carbono na Terra.

O novo estudo mantém a previsão de uma progressiva ele-


Qgygfr vação do nível do mar, que poderá situar-se entre os lã e os
ãfc 95 centímetros, e reforça a hipótese de que o aquecimento
global esteja ligado às actividades humanas, quer dizer, à
emissão de gases contaminantes que potenciam o efeito de estufa.
Em Agosto do ano passado, foi conhecido outro dado que confirma
a subida do termómetro terrestre: um grande lago em pleno Pólo
Norte.

D e tamanho semelhante ao de um autocarro, poderá analisar


em que medida está a desaparecer o gelo ártico. Até que isso
aconteça, os responsáveis da NASA realizam medidas com
outro satélite, o Radarsat canadiano, cujas câmaras de infra­
vermelhos podem obter imagens diurnas e nocturnas do Pólo Norte.

No entanto, o problema real só começou em meados do sécu­


lo XIX, com o auge das adic idades industriais e a exploração
dos combustíveis fósseis armazenados sob a superfície do
nosso planeta.

M esmo antes, alguns cientistas tinham afirmado que a cama­


da de gelo estaria 40 por cento mais fina. H os investigadores
do Centro Nansen para o Meio Ambiente (Noruega) calcu­
lam que, se o processo continuar, será possível navegar sobre
o pólo dentro de 50 anos.

Desde então, o ser humano não parou de aumentar o consu­


mo de energia e de lançar para a atmosfera milhões de tone-
Indas de dióxido de carbono, o gás responsável pelo efeito de
estufa que mais contribui para desencadear as alterações cli­
matéricas. _______

4 2 q u a r e n ta e d o is (d u a s )
Unidade 4
Conseguiu ordenar todos os pedaços? Ouça com atenção e responda.
Responda agora à s seguintes perguntas:

1. De acordo com o texto, porque é que os nossos ante­ 1. Porque é que os cientistas consideram o fim do
passados começaram a queimar molhos de lenha? século XXI assustador e irreversível?
2. O que é que mais contribuiu para desencadear as 2. Em que m edida é que o previsível aumento das
alterações climatéricas? tem peraturas à noite pode ser benéfico?
3. De acordo com o novo estudo, quais os factores que 3. Em contrapartida, qual é a previsão para os
contribuem para o aquecimento global do planeta? meses de verão?
4. Que factor poderá possibilitar a navegação sobre o 4. De que forma é que o aumento da tem peratura
pólo dentro de 50 anos? pode estar associado ao maior consumo de ener­
5. Quais os efeitos nefastos da destruição do planeta se gia?
persistirem as alterações climatéricas? 5. Que hábitos por nós criados ao longo dos tempos
6. De que forma é que são feitas as observações à evo­ poderão sofrer profundas alterações?
lução do planeta? 6. Que implicações se prevê para o país relaciona­
das com a variação da precipitação global?

O aumento da temperatura não tem só


malefícios; também tem benefícios. Preen­
cha o quadro seguinte com expressões
retiradas do texto.

Aumento da temperatura nocturna.

C ausas C o n se q u ê n c ia s

Aquecimento do planeta
Fogos florestais desertificação
Pesticidas águas inquinadas
Resíduos tóxicos poluição atmosférica
Derramamento de combustível ^
Extinção de animais desequilíbrio do ecossistema
9
Considerando que a praia é propicia à
I aventura, conte um episodio em que algu
ma vez se tenha envolvido.

Agasalhos
Bolas de neve
Boneco de neve
Botas de neve
Cair um nevão
(asaco de lã
Coberto de neve
Desportos na neve
t o c i a de ferias
[star a nevar
[strada interdita
fatos de neve
fazer esquí
[locos de neve
Limpa-neves
Neve carbónica
Heves eternas
Precipitação de grande
quantidade de neve Ouca com atenção e tome nota acerca de:
Temperatura negativa. 4 ^

o tm p o A Foitt>a A com ida


ANTES DE SUBIR A SERRA

Inform e-se sobre o te m p o q u e faz lá em


cima. A :ofiETiíiiça<JáO >c a rro ]
P repare-se com roupa c o n v en ien te - cam iso­
las, botas, im perm eáveis, etc. i
Preveja a possib ilid ad e d e ter q u e colocar
co rren tes nas rod as d o carro.
V erifique se tem co m b u stív e l
Leve u m m ap a e n ã o se av en tu re fora da p 1. O u ç a a te n t a m e n t e o d iá lo g o e i n d iq u e a s r a z õ e s
estrada, sem sab er para o n d e vai. p o r q u e o p a s s e io d o s e s t u d a n t e s b e lg a s se ia t r a n s ­
N o carro, sem p re q u e necessário, te n h a os f o r m a n d o e m c a tá s tro fe .
faróis ligados.
fe» 2. R e d ija q u a tr o n o r m a s q u e u m m o n ta n h i s t a d e v e
M antenha o telem óvel ligado. o b s e r v a r e q u e n ã o s ã o a b o r d a d a s n e s ta p á g in a .
I.eve coisas p ara com er e beber.
Tenha red o b rad a aten ção às co n d içõ es do I* 3. R e d ija u m a a v e n t u r a o c o r rid a n u m a m o n ta n h a ,
u til i z a n d o o lé x ic o d o q u a d r o .
local o n d e vai estacio n ar o veículo.

q u aren ta e quatro
Ouça de novo o texto e responda.

lin id a d c
5. Q u e m e d id a to m o u o P a rq u é 'N á ttrr
M nm ede p ara d isc ip lin a r o turism o ?

A A lexandra fala sobre os a rq u e N a tu ra l de São


Parques Naturais de Portu­ M anaede, S u p e rficie : 29 694
gal. Ouça com atenção e
se as seguintes afirmações são hectares. G eografia: Região
verdadeiras ou falsas. Justifique. do Norte Alentejo.
► 1. É fácil encontrar Parques Naturais Flora: Presença de carvalhos, casta­
na Europa elogiados pelas entida­ nheiros e sobreiros na zona norte do Par­
des competentes.
& 2. Os Parques de M ontesinho, Douro que. A Sul, predomina o pinheiro bravo.
Internacional e São M am ede estão Fauna: Inclui a águia de Bonelli, o bufo­
mobilizados para sensibilizar as populações. -real, o abutre-negro e a abetarda.
► 3. A conservação da natureza é tarefa dos Par­
ques. Destaque ainda para o morcego, a
► 4. A defesa do ambiente passa pela iniciativa lontra e a víbora.
individual, mas muito mais pelas autarquias A ctiv id a d e s económ icas: A actividade
e associações de defesa do ambiente.
► 5. Os Parques Naturais constituem um a verda­ económica dominante é a agricultura, no
deira riqueza quer quanto à flora quer quan­ entanto o turismo está a ganhar terreno,
to à fauna. graças às paisagens e à hospitalidade da
► 6. O crescimento económico da região onde
se localiza o Parque N atural depende gente local, aliada a excelentes propostas
exclusivam ente do aum ento do fluxo gastronómicas.
turístico.

q u a r e n ta e c in c o
P ara u m a m e lh o r P R O N Ú N C I A

Homonímia
R eco n h ecer os sím b o lo s fo n é tic o s
Consulte as páginas 198 a 200 e relembre o alfabeto
fonético. Será um a grande ajuda quando consultar
novas palavras num dicionário.

PronúnGia /
As
p alav ras hot oóni -
"\
Mas rao p alavras f u e '
re escreveM e p r o n u n ­
O u ç a e re p ita . ciar* <ja r«e5toa Maneira,
, Mas que +êM rijnifi- /
1. d Dá o livro ao Duarte. catjo çdferen+e.
2. d O Daniel ganha muito dinheiro.
3. d Dá Deus nozes a quem não tem dentes.

1. □ O coelho é para comer ao jantar.


2 . Q O quê?! Não há carne?!
3 . [ ] 0 carro não tem combustível.

1- d O galo zangou-se com a galinha.


2- d O goleador enganou-se.
3. d O golfinho vai para o golfo.

; Ouça com atenção e escolha. Una os


seguintes termos com a sua fonética.

Ex.: Pesticidas V [peyiisídú/l Com a ajuda de um dicionário procure o


significado de cada p alavra e construa
1. Agasalho a feélu] duas frases de modo a explicar os seus
d
diferentes significados.
2. Avalanche d b [prisipitúsúw]
3. Cachecol d c bjugrefíe] Ex.: São (verbo) / São (adjectivo):
f* A Ana, o Pedro e o Luís são irmãos.
4. Precipitação d d [evBle/i]
F* O l.u ís é fo rte, s ã o e alevre.
5. Flocos d e [pulwisfw]
1. Lente / Lente:
6. Gelo d f [egezáÀu] a) ...........................
7. Trenó d çr |di3élu|
O b) ....................................
h [flóku/] 2. Vaga / Vaga:
8. Geografia d a) ...........................
9. Degelo d i [ka/ikóf] b) ....................................
10. Poluição d j [trinó] 3. Socos / Socos:
a) ...........................
b) ....................................
4. Banco / Banco:
a) ...........................
b) .................... ...............
5. Vão / Vão:
a) ..........................
b) ....................................
6. Quadra / Quadra:
a) ..........................
b) ...................................
7. Canto / Canto:
a) ..........................
b) ...................................
8. D ó / D ó :
a) ..........................
b) ...................................
9. Foca / Foca:
a) ..........................
b) ...................................
10. Borracho / Borracho:
a) ..........................
b) ..........................

q u a r e n ta e se is
abUl ar
Formação das palavra & A¿meto d« Formação das palavras: (Verbo < Subst.)
!>* Igual: Iso-: !>• Repetição de um a acção
*-* Isodáctilo • Isoglossa S u b sta n tiv o + -ear:
Guerra Guerr
í* Metade: H em i-
*-» Chicote C hicot:
*-* Hemiciclo Hemisfério
S u b sta n tiv o + -ejar:
5* Duas vezes: Bis-, Bi-, D i-:
•-•Gota Got
•-* Bisneto •-> Bissexto
•"•Gracejo Grac
*-* Bicéfalo •-► Bicarbonato
•-» Dissílabo •-> Dicotomia
í* Três vezes: Tri-:
•-» Tricolor •-» Trilogia Com a ajuda de um dicionário, forme v er­
bos a partir dos seguintes substantivos.
Quatro vezes: Q u a d ri-, Q u a d ru -, Tetra-: m
•-> Quadrilátero •-♦ Quadriga Ex.: Vela ■ b* Veleje,
•-+ Q uadrúpede •-* Quadriplicar
1. Torpedo
•-* Tetraedro •-♦ Tetraplegia
2. Mercado
Cinco vezes: P en ta- 3. Barba
•-* Pentágono •-» Pentagrama 4. Coxo
5. Pestana
■> Seis vezes: H exa-:
6. Folha
*-> Hexágono •-> Hexadáctilo
7. Rasto
5* Sete vezes: H epta-: 8. Pente
•-* Heptassílabo •-> Heptassépalo 9. Cabeça
10 . Homenagem
£* Oito vezes: Octo-:
•-> Octogenário •-> Octogonal Formação das palavras: (Verbo < Verbo)
í* Nove vezes: Enea-:
S> Diminuição de uma ideia
•-» Eneaspermo •-» Eneassílabo
V erbo + -icar:
!> Dez vezes: D eca-: •-►Adoçar Adoc
•-* Decalitro •-* Década
V erbo + -in h ar:
Mil vezes: Q u ilo -: •-•Escrever Escrevi
*-» Quilómetro •-» Quilograma
V erbo + -iscar:
í* Dez mil vezes: M iria-: •-•Lamber Lamb
•-» Miríade •-» Miriacanto
V erbo + -itar:
•-•Saltar Salt
V erbo + -ilh a r:
•-.Ferver Ferv
^O
Q uantas vezes o quer
Ex. Heptámetro í* Sete p és (verso).
b*
Com a ajuda de um dicionário, forme os
çH. Bicicleta f* diminutivos dos seguintes verbos
2. Triarquia
3. Hexaedro b* l. Chover b*
4. Isodinâmico b- 2. Cuspir r*
5. Eneandro r* 3. Correr N
6. Hemistiquio r* 4. Beber r*
7. Quadrialado r* 5. Depenar b*
8. Miriare
f* 6. Danar b*
“ Octógamo
10. Quilovátio !* 7. Dormir r*

q u aren ta e sete
R e le m b r e
g onta a tenda que uma moura renegada se
Ê terá aproximado de ‘D. Pedro À fonso,
De acordo com a s regras aprendi-'?' irmão do primeiro rei de Portugal, e lte
d as no v ol ume 3 e com a ajuda do
dicionário, complete o seguinte q u a­ terá proposto colaborar com os cristãos na tomada
dro. de Santarém, ao tempo ocupada petos mouros.
‘E stranhando esta incompreensível aproxi­
mação, quis 'D. ‘P edro conhecer as razões, ao
que a moura íhc terá fa ta d o em vingança por
um amor não correspondido.
*I>. Pedro, duvidoso mas consciente da
boa oportunidade que representava para
os cristãos esta preciosa ajuda, fo i ter com
1. Variar
‘D. A fonso Pt enriques que, depois de o
2. C ontrolar
ouvir atentam ente, (fie disse que estava
3. Embarcar iminente um ataque a Santarém, mas que
4. R econ hecer não (fie diria quando, pois pretendia isen­
5. Palpar tá-to do compromisso que tinha para com
6. Reparar a moura, já que esse plano nem aos seus
7. A lim entar colaboradores mais próximos revelaria,
8. D ispor ifu m belo dia de primavera sai o rei
com o seu exército em direcção, a S a n ta ­
9. D isp en sar
rém, por estradas menos conhecidas, não
10. Calcular
sabendo os seus homens para onde iam
11. Decifrar
nem ao que iam.
12. Passar Caminhando sempre de noite e des­
13-Aceitar cansando de dia, depressa chegaram a
14. D iscutir ‘Cernes, de onde foram dadas, instruções
15. Negar para o assalto às muralhas. A n tes, porem
16. Corrigir 'ti. A fonso SHenriques ajoelhou-se e pediu
17. Aplicar a protecção divina por interm édio de S.
‘B ernardo, prometendo que se íograsse
18. Vulnerar
vencer, doaria todas as terras que a vista
19- Imitar
alcançasse até ao mar, renunciando ao seu
mando, para que netas fo sse construído
um ‘M osteiro da ordem de S . Bernardo,
E para atestar o cumprimenta da promessa,
ü * \ obtida a v itó ­
ria, ati se
mandou
erguer o g ra n ­
dioso M ostei­
ro de Alco-
baça, um dos
maiores do
estilo gó tico .

q u aren ta e oito
Ao menos sem p re ficam os a

Unidade 5
sab er as últim as da cidade.

N o fim da u n id a d e sab erá:

0 T o m a r.
) A f e s ta (lo s ta b u l e ir o s ,
í A d e li n q u ê n c ia e a ju s ti ç a .
0 In se g u ra n ç a .
) A d e li n q u ê n c ia n a s a u la s .
0 P o b r e z a e m a r g in a l id a d e . S e m -
- a b r ig o e v a g a b u n d o s .
0 O r g a n iz a ç ã o d o s tr ib u n a i s .
0 S u p r e m o T r ib u n a l d e J u s tiç a .
0 A p ira ta ria m o d e rn a .
0 G íria e c a lã o .

q u arenta e nove
h is to ria d é T o m a r re m o n ta à o cu -
r o m a n a , sa h e n d o -se q u e foi a r r a ­
sa d a pelos m o u ro s em 7 J6 . D. A fonso
U e n riq u e s d o o u -a , p a r a p o v o a m e n to ,
aos T e m p lá rio s , em 1159. G u a ld im P a is
fu n d o u o ca ste lo em 1160, q u e v iria a
r e s is tir tr in ta an o s m ais ta r d e à in v e s ti­
d a dos m o u ro s.
C a p ita l dos T e m p lá rio s , em P o r tu g a l,
a té à sua e x tin ç ã o em 1314, T o m a r p a s s o u a
se r, em 1356, sede d a o rd e m de C risto ,
e n tã o f u n d a d a .
T o m a r c o n s e rv a valiosos m o n u m e n to s
a rtístic o s q u e r e c o rd a m séculos de a r te ,
d e sd e o ro m á n ic o ao b a r r o c o , fig u ra n d o
e n tr e eles o C astelo e o C o n v e n to de C risto ,
nm dos ag re g a d o s m o n u m e n ta is m ais sig n i­
fic a tiv o s do p a ís . T a l com o os m o ste iro s d a
B a ta lh a e d o s J e ró n im o s e a T o r re de
B elém , o C o n v e n to d e C risto é c o n s id e ra d o
u rna d a s m a io re s o b r a s do m a n u e lin o , a r te
q u e a c o m p a n h a o m o v im e n to h is tó r ic o
r e s u lta n te d a e x p a n sã o m a rítim a e a fr ic a ­
na.
E m b o ra a n te r io r ao p e río d o m a n u e ­
lin o , o C o n v e n to d e C risto a firm a b em
e sta a r t e , p o is D . M a n u e l o rd e n o u a
tu fe : E v e n t o de Cristo, re d e c o ra ç ã o d a e a p e la -m o r e d a S a la do
não deve dern° q m enos
T°naar. ue a g«ia Ia p . ue Vou. C a p ítu lo , n o séc. X Y I, o b r a re a liz a d a
p elo s irm ã o s A r r u d a , os m ais ta le n to ­
U " s; Se m p « ao's b ilte W » * * 7 a„ leIior. sos a rtífic e s d e ste estilo.
, Ana, f ic a s te conr os ^ a „a,r c g r
A m a rc a in d e lé v e l d a su a i n te r ­
rcd"
Ana'. ’: Si». W * — “ S m p o - a — "*• v e n ç ã o fic o u c o n s a g ra d a n a ja n e la do
D entro de p ° diz 0 prnal? i;nauência, ro u b o s-
Bntão. Luis, o 1 isto
violencia, del q ; ^ H m i°ve .U m p v e m to p o d a S a la do C a p ítu lo e n o óculo d a
Pedro'.
rredi ja n e la d a m esm a c a s a , n o e x te r io r de
Luís'- O naesmo emv t o - viólentamente agre
de dezanove anos ^^ para ) seu u m a p a re d e o n d e foi e s c u lp id a urna
sataa de
de ^urna
^ ¿ dl*C
x a r° attC
r naffl_n
- n oo inconsciente eVamosa v e la e n ro s c a d a . A c e rca d a c é le b re
Os agressores_dei« am at q noSSO g r u p o - ^ ^ noSSOs
ja n e la e s c re v e u R a m a lh o O rtig ão :
Ollrem, ía es ad«virad° com cavaleiros tem p a «E a o b r a m ais e lo q u e n te , m ais
Ana'. E stavas tu «m ito sobre os c traVa-
P edro'. c o n v ic ta , m ais p o é tic a , m ais e n tu ­
« - « - . I S l o a - - 5' “" P * í » s a a Ibérica,
sia stic a m e n te p a tr ió tic a , m ais e te r-
n e c id a m e n te p o r tu g u e s a , que
am ais re a liz o u em n o ssa t é r r a o
pela reC° ^ r i o clero? _ _ . cn zangares-te de e s c u lp ir e de f a z e r c a n ­
t a r a p e d ra » .
_ .
Ana:
resse.

c in q u e n ta
Texto parcial da Lei 9 .609 de 2 0 /2 /0 8 ,
sobre penalidades:
Lei 9.609:
<% Art. 12° V iolar direitos de autor de p r o g r a -
y m a d e c o m p u ta d o r:
D elinquente
Pena - Detenção de seis meses a dois anos ou
Transgressor, criminoso, reincidente, gatuno, bandido, | §
p assassino, raptor, seguestrador, chantagista, inflador,
vigarista, encarcerado, cadastrado, cúmplice, prevaricador, violador.

Delito

lie q u e m e
a re s p o n s a b ilid a d e P E V A L ?

O responsável pela existencia do software irregular


na empresa, é na primeira análise, o responsável pelo
departamento de informática, ou seja, o indivíduo enca­
rregado pela gestão e administração deste sector na
empresa.
A responsabilidade criminal, poderá ser também
passada à direcção da empresa, caso seja comprovado o
conhecimento destes, do facto em questão. Seja através
de auditorias internas, memorandos, ou através de qual­
quer meio escrito.
Além das sanções relativas ao crime de pirataria,
poderão ser im putadas, ao responsável por tal delito, as
sanções relativas a prática do crime fiscal, caso as cópias
irregulares identificadas estejam desacompanhadas pelo
respectivo documento fiscal.
O funcionário que estiver utilizando um software
irregular dentro de um a empresa, poderá sofrer sanções
penais, caso a empresa comprove que a instalação deste
software ocorreu fora das normas e políticas internas da
empresa.
Trabalho de grupo: explique, de A existência de uma política de combate à pirataria
forma clara e objectiva, comoj
seria a sua política de combate à i
de software, não assegura a correcta gestão de software.
pirataria de software. O importante é ter um acompanhamento sistemático que
assegure a instalação e uso do software na empresa.

cin q u en ta e um
7>rigem""cTíL"crescimento da delinquência,
y existência Ze n. assurnem protagonismo os imigrantes,
«¡üalçoer ntÍMero d e ' se eu f i z e r urna \
De acordo com um relatório do gabi­
cópias i rregul ares na cópia de um ZIsco
nete da Procuradoria Geral da República, a
e m p r e s a r á é e vi dênci a para uso pessoal , isso
\ tatnfréM é Zeli+o? /
imigração oriunda das antigas colonias,
suficien+e para c omprov ar
depois do 25 de Abril, bem como a
a prática do crirne de >
migração de população do interior do país,
N. pirataria.
estão na génese da delinquência juvenil
que se verificou nos últimos dez anos. "Este
fluxo súbito criou um desen raiza mentó cul­
tural e social e em termos económicos um
aumento do desemprego com as suas inevi­
táveis consequências", conclui o autor. O
relatório identifica a violencia grupal,
sobretudo com a segunda geração de afri­
canos, "nascidos e criados nos bairros,
adoptando a liberdade como sua, influen­
ciados pela "amcricanização" da cultura
europeia, a que Portugal não foi alheio, e
vítimas da sua própria cultura bairrista".
Na primeira fase do fenómeno, pros­
segue o relatório, destacam-se os actos de
vandalismo, os roubos a transeuntes, as
agressões físicas; num a segunda fase
sobressai um "espírito grupai mais vinca­
do", a especialização em determ ina­
do tipo de crime, bem como
____________________ .----------------------- - -------- ¡«as®;?
i a utilização de armas. y a l he a m e n t o f a m i - \
s laços parentais e a escola aparecem normal­ Ill rev. Visão, 8 de Junho de 2(100 (adaptação). liar e o d e s e nr a i z a me nt o

O mente como espaços de grande importancia i


para o desenvolvimento do delinquente. Alguns i
studos relacionam de forma inequívoca a quebra dos i
iços parentais - onde assume particular importancia a i
,
cult ural t ê m lMÉ>ortancia
primordial na f o r ma ç ã o d:
personalizare Zelin*
çuen+e. S

usencia física e relacional do pai - e o desinteresse pela ¡


scola enquanto lugar de aprendizagem , com os percur- :
os desviantes.
No seu artigo "Delinquência: privações psicosso- i
iais na primeira e segunda infância", a psicóloga Sara ¡
Cristina Lopes, salienta a constância do "desaparecimen-
o" do pai na amostra que estudou, constituída por 45 i
ovens do sexo masculino com idades compreendidas ;
ntre os 16 e os 25 anos, que cumpriam pena privativa de
iberdade no Estabelecimento Prisional de Leiria.
A investigadora definiu os pais como pertencendo '
a um baixo estrato sócio-cconómico: o pai, em media, ¡
tem 49 anos, um grau de instrução ao nível do ensino .
lásico incompleto, e emprego num sector de actividade
igado ao pessoal operario e da construção civil; a mãe
tem 45 anos, baixo grau de escolaridade, e trabalha ou
nos serviços domésticos ou na hotelaria.
Face a um ambiente familiar desestruturado ou
simplesmente inexistente, a escola funciona normalmen- Dê a sua opinião acerca das
e como um local de escape, o sitio onde o jovem "pro- seguintes afirmações.
ecta os conflitos e dificuldades de adaptação sobre o ¡
irofessor", refere ainda a psicóloga, \e s te contexto, os p. 1 . Boa parte da delinquência juve-—^
conteúdos programáticos parecem não aliciar os jovens, j nil é gratuita, não tendo outro móbil ■ -*«■:
que recorrentemente faltam às aulas, apenas se servindo i que o gozo da agressão, física ou psicológica.
da instituição como ponto de encontro e local de mani­ ► 2 . O fenómeno assume particular gravidade entre a
festação das frustrações familiares. Sara Cristina Lopes ¡ segunda geração de imigrantes africanos e por isso
acrescenta, contudo, poder e dever ser esse um lugar i
a sociedade tende a interpretar esse comportamen­
incontornável na integração da criança ou do adolescen- i
te - suprindo as falhas da família, exercendo terapia, to criminoso à luz da raça do delinquente.
dando um rumo que permita a aprendizagem, oferecen­ ► 3 . É nas zonas periféricas das grandes cidades, sobre­
do "condições que permitam o crescimento do indiví­ tudo de Lisboa, que habitam os principais grupos
duo”. de delinquentes, formando grandes guetos sociais:
No segundo tipo de abordagem, aparece concreti­
a arquitectura urbanística acentua a barreira cultu­
zado o mapa da violência juvenil e grupai, com destaque
para as periferias de Lisboa, de Setúbal, e do Porto. Na ral e amplifica a separação entre "bons" e "maus".

cin q u en ta e dois (duas)


A organização dos Tribunais portugueses tem por base
as seguintes categorias de tribunais, além do Tribunal O Supremo Tribunal de Justiça é o tribunal superior da
Constitucional: hierarquia dos tribunais judiciais portugueses.
O presidente do Supremo Tribunal de Justiça é a quarta
• O Suprem o Tribunal de Justiça e os tribunais judiciais figura nacional em termos de hierarquia de Estado, consti­
de primeira e de segunda instância; tucionalmente definida.
• O Supremo Tribunal A dm inistrativo e os demais tri­ É ao Supremo Tribunal que cabe julgar os pleitos em última
bunais administrativos e fiscais; instância, à excepção daqueles que envolvem questões de
• Tribunal de contas; constituclonalidade (que são julgadas pelo Tribunal Consti­
• Tribunais Militares. tucional, alheio à hierarquia dos tribunais judiciais).
Os Juizes do Supremo Tribunal têm o título legal de Conse­
Para além destes tribunais poderão existir, ainda tribu­ lheiros e constituem o corpo dos mais altos magistrados
nais administrativos e fiscais, tribunais marítimos e tri­ portugueses; é no Supremo Tribunal que os Juizes portu­
bunais arbitrais. gueses se revêem, é a sua jurisprudência que é levada em
As diversas categorias de tribunais podem agrupar-se consideração, as suas decisões são universalmente respei­
em dois tipos: tadas, como aliás não podia deixar de ser num Estado de
Direito.
O Supremo Tribunal de Justiça é composto por Magistra­
Tribunais Comuns dos de carreira e outros juristas de elevado mérito, Isto é,
Tribunais de 1- instância ou de comarca por Magistrados com 30 e 40 anos de experiência de julgar
Tribunais de 2a instância ou da Relação na primeira e segunda instâncias, e outros juristas de ele­
Tribunal de última instância, o Supremo Tribu­ vado mérito, com um enorme capital de conhecimentos e
nal de Justiça experiência adquiridos ao longo da sua vida profissional.
Julgar é uma tarefa difícil, sempre controversa e sempre
Tribunais Especiais sujeita a censura.
Tribunal Constitucional Julgar no Supremo Tribunal é multo mais do que isso: é
Tribunais Militares uma actividade de altíssimo relevo e de extrema complexi­
Tribunais Administrativos e Fiscais dade, da qual não há recurso. Em princípio, só o Supremo
Tribunal de Contas Tribunal pode alterar uma decisão do próprio Supremo, e
rado do Livro "Noções de AdmirH^ffãçacTF
(Retirado Admirt em condições bastante restritivas.
Vol.II, de Luís Carvalhedas e Belifíiro Gil C brito).

tuguesa
(Supremo Tribunal de Justiça
e instâncias)

1. O Supremo Tribunal »l<* Justiça é o ór»à»


superior tia lií<‘r-.irqtiin dos tribunais judi­
ciais, sem prejuízo da competência própria
do Tribunal Constitucional.
2. O Presidente do Supremo Tribunal de Jus
tiça é eleito pelos respectivos juizes.
3. Os tribunais de primeira instância são, em
regra, os tribunais da comarca, aos quais se
equiparam os referidos no n° 2 do artigj
Seguinte.
4 . Os tribunais de secunda instância, são em
re¿ra. os tribunais da Kelaçáo.
5. O Supremo Tribunal de Justiça funcionará
como tribunal de. instancia nos casos que a
lei determinar.

.......
c in q u e n ta e três
Complete o texto com Ouça com atenção e res­
vocabulário adequado. ponda:

1. Com que fim foi emitido pelo Ministério o


í sorte ser p r S ü documento a que alude o texto?
2. Que efeitos tem o documento nos meni-'f
uando a ( 1 )..........................desaparece, as aulas nos e nos professores?
convertem-se num a guerra de nervos, os
3. De todos os castigos previstos, quais os que não
recreios em ringues de boxe e a
podem ser aplicados pela própria escola?
degenera em (3)........................ - pura e
Os casos de professores ameaçados, 4. No âmbito da aplicação dos castigos, em que cir­
e agredidos estão a aumentar. cunstâncias é que os Directores Regionais de Edu­
Na FENPROF, Federação dos Sindicatos dos Professo­ cação são chamados a intervir?
res andam preocupados com o aum ento da violência sobre 5. De acordo com as estatísticas da polícia, quem são os
os docentes. Todas as semanas aparecem novos principais autores da agressividade sobre os profes­
casos, processos (5)..........................e pedidos de sores?
esclarecim ento relacionados com 6 . Em que circunstâncias pode a polícia ser chama­
(6 ).......................... físicas ou verbais
da a intervir numa aula?
(7)........................... sobre os carros dos
"stôres" tornaram-se num clássico. E 7. Tendo em conta os 7 "castigos" enunciados sucinta­
os (8 ).............................. e (9) mente no texto, redija uma pequena frase contextua-
......................... já não são sussurrados lizadora para cada um. Ex.: 1) Sempre que uni aluno
em surdina. Agoram, dizem-se em voz alta — e repe­ tenha um comportamento incorrecto, não muito grave, que
tem-se se necessário. ocorra pela primeira vez, será advertido verbalmente.
A indisciplina sempre existiu, assim como as ati­
tudes de (10 )......................... e (1 1 ).........................
geracional. As aulas nunca foram como as lições do
Tonecas, com um único menino naif a interromper e Com a aju d a do seguinte
vocabulário, redija um texto
a dizer (12)........................... A novidade está na à sem elhança do anterior. '
quantidade e na intensidade da indisciplina — e
quando ela passa a chamar-se violência e os meni­
nos (13)......................... se tornam (14).......................... Abandono Indomável ™

A questão é saber se os professores, além de ensina­


Abusadores, abusos Infringir regras m
Advertência Injúrias
rem, também têm de dominar técnicas de karaté e Agressão, agressividade, agredir Insucesso escolar
de defesa pessoal. Ambiente pesado Insulto
Há professores que vão para as aulas com Ameaças Insurgir-se
(15)............................ A docência tornou-se num a Andar fngido Integração
função socialm ente (16).......................... e Arranhadelas Internamento, interno
(17)........................ e os miúdos absorveram isso. Autoridade (paterna) Intimidação
Bairros de lata Jovens conflituosos
Esta é hoje uma profissão de (18)...........................
Bem comportado Marginais
(19)......................... um menino é um quebra-cabeças Briga Maus tratos
de (20)......................... e justificações. Aplicar-lhe um (aso isolado M ir .
(2 1 )......................... ou um processo disciplinar pode Castigo Normas
transformar-se num enredo kafkiano de papeladas, (ocaína (snifar) Ofensas corporais
audiências, actas, recursos e conceitos jurídicos. Os Começar com o pé esguerdo Ordem (f.)
professores sentem-se (22 )........................ expiató­ (ondutas desviantes Perigoso
(barros (fumar) Pontapés
rios facilmente apanhados em (23)
Danos Portas blindadas
burocráticas. Delinquentes Posse de arma
Não há nada como dramatizar, se compararmos Descontrolo Prevenção, prevenir
com os EUA, por exemplo, onde há casos de profes­ Desestabilizador, desestabilizar Puxões de cabelo
sores (24)......................... a tiro e os liceus têm Direitos e deveres Quadrllhã
(25)........................ de metais à entrada, como nos Disparate Reeducação
estádios de futebol. No entanto, algumas escolas Droga Regime aberto, fechado,
Escapulir-se Reincidir
portuguesas dispõem de câmaras de vídeo instala­
Escolaridade obrigatória Reinserção
das e certos conselhos executivos guardam um arse­
Excesso de faltas Repreensão
nal de armas brancas (26)......................... aos alunos. Expulsão Represálias
Não há como generalizar, se pensarmos que as Extorguir Reservas de paciência
agressões são fenómenos localizados, essencialmen­ fazer das suas - h a a ia z e f )
te urbanos, m uitas vezes ligados às Fazer tábua rasa (do passado) Roubo
(27)........................de pobreza das grandes cidades e fazer uma rusga Sõtor(a)
arredores, a situações dram áticas de m iúdos fuga, fugir, fugitivo Suspensão
furto íoxicodependentes
(28)........................ , dias inteiros em autogestão,
Gangs (juvenis) f fo im íf ) :
(29)......................... na família e agressores na escola. Gravidade dos actos Vandalismo
Casos de (30)......................... social na origem de Haxixe Vidros inquebráveis
tos insucessos escolares. Imprevisível Vitimação, vitimizadores
In rev. Visão, 8 de Junho de 2000 (adaptação) Indisciplina Xúíos

cinq u enta e quatro


0 % dos moradores nas principais cidades brasileiras evi­

5 tam sair de casa à noite, com medo de serem assaltados;


38% deixaram de circular pelas ruas que consideram
mais perigosas; 24% m udaram o trajecto até ao trabalho ou à
escola, para reduzirem as possibilidades de se encontrarem

c
com bandidos; e, por receio de se verem metidos em traba­

f i d
lhos, 15% dos brasileiros (que, lembre-se, são um povo espe-
cialmentee comunicativo) deixaram de conversar com estra­
nhos, e até mesmo com vizinhos.

i i s d
O Brasil tornou-se o terceiro maior mercado de automó­
veis blindados do m undo. Para se protegerem dos bandidos,
fábricas, lojas e condomínios mantêm um exército de um

U
milhão e 300 mil efectivos, o que faz com que os seguranças
privados sejam já o dobro dos polícias. E o mercado vem cres­
cendo a uma taxa de 30% ao ano, um país em que um a em
cada 14 residências (incluindo as dos imensos bairros pobres)
tem grades ou outros sistemas de defesa.
Por outro lado, um em cada cinco jovens residentes nas
principais capitais dos Estados já viu o corpo de alguém assas­
sinado estendido no asfalto ou na terra.
A verdade é que quem sai de casa num a metrópole brasi­
leira, a qualquer hora do dia, convive com a forte possibilida­
de de ser alvo de um ataque físico. Assaltos junto dos semáfo­
ros e sequestros-relâmpago tornaram-se comuns. Entre os
habitantes das grandes cidades, todos sem excepção têm
algum parente, amigo ou colega que já esteve sob ameaça de
uma pistola apontada à cabeça. Pela rotina em que se trans­
formaram, os assaltos à mão arm ada só chamam a atenção quando o assaltante mata a vítima.
O Brasil está a ultrapassar todos os limites. De acordo com dados referentes a 1997, ocorrem ali 40 mil assassínios
por ano. Este núm ero é superior aos dos EUA, Japão, Inglaterra, Alemanha, Canadá, Itália, Portugal, Áustria e Aus­
trália - todos somados. Seja qual for o ângulo de abordagem da criminalidade, o Brasil está sempre em posição críti­
ca. Tão preocupante como o aumento do núm ero de assaltos de rua, sequestros, roubos a bancos, estupros e outros
crimes é o facto de a acção do estado surtir cada vez menos efeito.
In Rev. Visão, 8 de Junho de 2000 (adaptação).

Ouça com atenção e responda. Ouça com atenção e responda.

1 . O crime perpetrado por meno-_ O que defende a teoria de _


res aum entou ou dim inuiu combate à crim inalidade
ano de 2000? Justifique. mais à direita?
2. De acordo com o texto, tipifique as regiões onde 2. Em que é que a teoria considerada de direita
se concentra o maior número de ilícitos criminais. se distingue fundamentalmente da conotada
3. Quais são os ilícitos mais praticados por menores? com a esquerda?
4. Como ocorre, de forma geral, a actuação criminal > 3. Qual a relação que se pode hoje estabelecer
dos menores? entre o crescimento de um país e as taxas de
5. Pode considerar-se que tenha havido um acrésci­ criminalidade?
mo real do núm ero de menores a praticar ilícitos? > 4. A que factor se devem hoje a maior parte dos
crimes de morte?
J» 5. Porque é que o autor do texto refere que a
centralização do combate à criminalidade
não costuma dar bons resultados?
P 6. Que consequências traz consigo a criminali­
dade?
6 . Redija um pequeno texto no qual compare os
índices de delinquência juvenil ocorridos no seu
país com os descritos no artigo anterior.
7. Aponte cinco soluções que poria em prática, se
pudesse, para resolver o problema da criminali­ Ouça de novo a s duas gravações, procure
dade de menores. m ais dados e compare a situação em Por­
tugal e no Brasil.

cin q u en ta e cin co
Encarcerados
¡á eles estão...
Esta semana o país viveu momentos de grande insegu­
rança após o assalto de várias bombas de gasolina, nos
arredores de Lisboa, por grupos armados de crianças de
raça negra. Os noticiários bombardearam-nos com os por­
menores e os partidos da oposição puseram-se em bicos de
pés nos telejornais pedindo mais polícias na rua e até a
revisão do código penal para os poder meter na cadeia... O
governo, envergonhadamente, justificava a sua falta de
política social com estatísticas comparativas dos assaltos e
com os números de agentes existentes e em formação. Uns
e outros esqueceram deliberadamente as causas para estes
fenómenos há muito afinal previstos, por eles e por todos
nós...
Quem são estas crianças, como vivem, que sucesso escolar
têm, onde e como passam os seus dias ? - muitas das per­
guntas que cada um de nós e os políticos principalmente,
deviam fazer para procurar prevenir ( e não apenas repri­
mir ...) estas situações. Q uando se fala que a Europa preci­
sa de 150 milhões de emigrantes na sua maioria vindos de
África, que irão viver tal como estes nos subúrbios das
grandes cidades em guetos intransponíveis para o cidadão

Sem-abrigo e vagabundos. Imagine a


vida deles. Julga que são felizes? Seria
capaz de viver uma sem ana como eles
vivem ?

cin q u en ta e seis
comum, como então falar em policiamento reforçado e em
vigilância apertada? Teríamos, por absurdo, de pôr um Programa de Luta
polícia em cada casa e um a câmara de vídeo em cada
esquina de rua e em cada estabelecimento comercial ou contra a Pobreza if V
repartição pública!... Lisboa e o resto do país gradualm en­

U n id a d e
te, foi-se enchendo de gente vinda das ex-colónias que era
preciso "importar" para servir de mão de obra barata e que
se deixou em perfeito abandono social. De início era vê-los
nos bairros de lata às portas de Lisboa sem água potável
ou esgotos, mimetisando as suas habitações de origem,
transformando a paisagem em algo muito parecido com as
aldeias e vilas africanas. Depois foi preciso, por pudor e
pela pressão dos especuladores im obiliários, tirá-los
daqueles sítios e construíram-se bairros inteiros para os
meter. As casas agora são de cimento mas o isolamento e a
pobreza é igual. Nasceram muitas crianças entretanto e
foram levadas para a Escola mas esta não estava prepara­
da para as receber nem elas para as frequentar... Porque
não basta construir Escolas. É preciso que estes meninos se
sintam motivados para elas e para viver nesta sociedade.
Lemos e vimos em seguida os depoimentos da violência
nas escolas, do insucesso escolar extremo e ficamos con­
vencidos que tudo isso não ia ter consequências! Agora
que esses meninos já saíram da Escola sem nada terem
aprendido porque se calhar nada, com verdade, lhes podia
ser ensinado, ficamos em pânico porque eles roubam e são
violentos. De que estávam os à espera? Q ue fossem
crianças amorosas, futuros cidadãos honrados e chefes de
família exemplares ? Mais um a vez com a cabeça metida
na areia pedimos agora a cadeia para eles se possível eter­
namente e bem longe das nossas casas. Mas como se eles já
vivem fechados e encarcerados na sua rua desde que nas­
ceram !?...
José Dias Egipto.
Portugal em Linha. Farpas lusófonas.

1. Como foi divulgada a inicia- -.... — .......


tiva de convidar os pobres para uma ceia de
Natal?
2. De que forma é que esta funcionária de uma
seguradora se apercebeu da realidade autêntica
dos sem-abrigo?
3. Como é o acesso a estas pessoas?
4. O que é que resultou para Fernanda Almeida
deste contacto com os sem-abrigo?
5. Como conseguiu pôr a ideia efectivamente em
1 . O que motivou a insegurança nos arredores de
prática?
Lisboa naquela semana?
& 2. Do ponto de vista do articulista, onde residem
as causas destes comportamentos? 6 . A ctivid a d e
P 3. Que crítica é feita à forma como foram "impor­
Tendo por base a lgum as ideias co n tid as no texto,
tadas" pessoas das ex-colónias?
e xp licite o seu po n to d e vista qu a nto a o m o d o d e vid a
â* 4. Que problemas sociais são apontados para justi­ dos m endigos e dos sem -abrigo, referindo-se tam bém
ficar a falta de integração dessas pessoas? às possíveis soluções que d a ria a o pro b le m a se tal
> 5. Como é encarada a reclusão destas pessoas? dependesse de si.

cinq u enta e sete


v . «Is r«sas não têm lixo
J j i c e Argento - disse a rapariga. - F.m portugut
porque em francês é Argenl. Mas toda a gente r
cham a Alice Argento. Faça o levantam ento dos argumentos
Nasceu na freguesia de Santo Estêvão. Tem vinte| apresentados na perspectiva do polícia.
e quatro anos e quatro filhos. Anda pela cidade a ven
1. Imagine que é advogado.
der rosas, a “preço barato”, porque as pessoas não têm
muito dinheiro. Não diz “as flores” - diz sem pre “as minhas Redija a defesa de Alice
flores”; não diz “as rosas” - diz sem pre “as m inhas rosas”. Argento.
Alice Argento está perante o juiz; com o nunca foi presa, ► 2. De que é acusada Alice
com o nunca respondeu, não sabe da existência de ritos de Argento e quem a acusa?
com postura em tribunal. O m agistrado percebeu-a: e a n te S j^ ^ 3. Como se defende?
de exigir esse “com portam ento de fórm ula”, prefere ouvi­ ► 4. Caracterize a Alice em
-la. A rapariga das rosas é nervosa, digna, altiva, não reflec­ face do seu com porta­
te qualquer sentim ento subalterno. Relata o ocorrido e apre­ mento durante o julga­
senta duas testem unhas de defesa: vendedeiras também,
mento.
não de rosas — “vendedeiras de coisas”. Aparecem quatro
► 5. Comente a sentença pro­
testem unhas de acusação: dois guardas, um a em pregada de
ferida.
taberna, um hom em . A lei prevê só três acusadores; logo um
dos polícias é colocado na situação de ouvinte.
— Estava sentada no chão a arranjar as m inhas flores.
Veio o Sr. Guarda e disse-me para eu limpar o lixo todo. Mas
as rosas não têm lixo. Só têm folhas e pétalas. Foi o que eu
fiz: lim pei os restos das rosas, mas não as cascas de laranja
nem as cabeças de peixe podre que estavam para ali espa­
lhadas. Isso é que é m esm o lixo, os restos das rosas, não.
Sqqueíe que reduz a auto.
(O autuante é hom em de palavra prudente e voz será­
%e[ativo aos anjos.
fica. Diz. que a Alice das Flores perturbou a ordem e o^
descanso das pessoas; diz tam bém que acusou a polí-i
cia com palavras ofensivas. Assim - repetiu o guarda:
Leia de novo o texto e responda às
“Vocês só ganham dinheiro para fazer mal às pessoas”.| i seguintes perguntas
As testem unhas de acusação não ouviram isso; teriam^
ouvido, sim, ela gritar: “Alguém há-de entender-se com ► 1 . Quem é Alice Argento?
este polícia!”) ► 2 . Qual o significado de "as
— Isso disse, é verdade, o resto não. Mas eu estava minhas flores" e "as minhas
muito nervosa, Sr. D outor Juiz. E, bem vê, tenho quatro rosas" para esta vendedeira?
filhos para sustentar. Estou farta de apanhar o lixo de toda ► 3. Porque é que Alice não respei­
a gente, estou farta de as pessoas fazerem pouco de mim. ta os ritos de compostura do
N aquele dia resolvi só apanhar os restos das rosas. (...) tribunal?
— Mas também dizem que cham ou parvo ao guarda. ► 4. O que levou Alice a não obe­
decer ao guarda quando ele a
— Nunca. Talvez pensasse. Mas ele é um guarda... Sou
m andou limpar o lixo?
uma m ulher com quatro filhos e com medo.C...)
► 5. Para além desta acusação, que
Meditação longa do magistrado. D epois dá a sentença. outras lhe fez o autuante?
— Provou-se som ente que a ré fez gritaria, que pertur­ Em que consiste a sentença do
bou a tranquilidade. O resto da acusação é considerado juiz?
im provado e im procedente. 7. Comente a frase: "Fora, na rua,
Alice Argento foi m ultada em 50$00, remissão da sen- é que a rapariga das rosas cho­
tenca de clausura - que alguém pagou imediatam ente. Fora, rou muito. Mas o olhar era
na rua, é que a rapariga das rosas chorou muito. Mas o olhar mais firme..."
era mais firme - a firmeza determ inada de quem sabe estar
com a razão.
Baptista-Bastos, As Palavras dos Outros (texto com supressões).

58 cinquenta e oito
ade 5
1. Confissão 1 a) Meter, introduzir.
2. Vitimar I b) Acusar, argumentar.
3. Arguir : c) Contravenção; canalhice. í
4. Escapulir-se j I d) Prejudicar, danificar.

Uní
5. Internar | e) Desertor, evadido.
6. Gravidade | I f) Importância; seriedade, j
7. Abuso I g) Revelação, manifestação. I
8. Reincidir ; h) Pilhar, surripiar.
9. Fugitivo 3 i) Safar-se, fugir.
10. Roubar | j) Repetir, recair.
i______________________I

Com a ajuda de um dicionário,


reescreva o trecho seguinte em "
lin g u ag em co rren te, fazendo ^ Fiquei palerma, a olhar para o cinema, sem perceber
as necessárias alterações.
raspas. Até que ela baixou a cinta e pôs-me a barriga e a
As duas da matina, a Toina bateu-me pássara à vista.
à porta. Devo confessar-lhes que já tinha visto muita coisa.
Vinha derreada e mandou-se logo para cima da cama. Mas como aquilo, nunca. Abaixo do umbigo estavam dois
Não conseguiu falar durante uma porrada de tempo. Até grandes bocados de algodão, empapados de sangue, um
que se levantou e disse: de cada lado.
— Desculpa, filho, sinto-me mal. — Que foi isso, miúda?
O ela tratar-me por filho é um dito, que a Toina é mais — Duas naifadas.
nova que eu como já supracitei. Dito que é como quem diz — Do Piloto?
pois naquela vida é hábito, vocês sabem. — Sim.
Deixei a m iúda aliviar-se e fiquei a vê-la. — Mas porquê?
No fundo, eu ainda tinha uma grande queda por ela. Então ela despejou o saco.
Coitada, atirada para aquilo por um polícia e, ainda por O filho-da-mãe tinha-lhe feito aquilo porque ela dis­
cima, com aqueles olhos, fazia pena. Pena, no m eu caso é sera que estava grávida. O tipo berrou, bateu-lhe, para que
não querer dizer as coisas. Porque a verdade é que eu a ela confessasse de quem e, evidentemente, a Toina disse
gramava. Do vaso dos pensamentos nunca foi brilhante, que era dele. Foi-se ele à faca e vai de, no sítio, lhe deixar
mas podia contar-se com ela para todas as coisas boas por­ aquelas marcas. Depois, pôs-se na alheta. A Toina ficou a
que tinha um coração maior do que o Terreiro do Paço. perder sangue por todo o lado, m eteu algodão nos bura­
— Há algum problema, Toina? cos, apertou-se toda e marchou à cata do valente. Foi quan­
— O Piloto... do eu e o Zé Nunes a encontrámos.
Orlando Neves, Memórias de Um Rufia Lisboês.
O Piloto é o gajo dela. Vocês não se ponham com
trombas de nojo porque as m iúdas como a Toina têm sem­
pre um Júlio qualquer. E não pensem que é por medo que
elas o têm. As vezes, gostam à parva dos tipos.
Era o caso da Toina que nisto de gostar era um
céu aberto e se dava tudo ao Piloto era por­
que gostava mesmo dele.
Quanto ao Piloto, não vale a pena
perder muita parola com ele, é um pau
de virar tripas da idade dela, que, antiga­
mente, chegou a ser mecânico. Depois,
esteve na prisa por fanar um andarilho de
quatro rodas e quando saiu do gradeam en­
to ficou ao léu, que ninguém o queria, e,
agora, passa o dia no quentinho dâ choina, à
espera da Toina.
O que ela lhe encontrou é que eu não sei,
mas se você é m ulher deve saber. Escusado será
dizer que eu não morria de amores pelo sacana.
(...)
Vem daí, sem mais nem ontem, a Toina desa­
pertou as calças e ficou com as gâmbias à mostra
que, como já deixei adivinhar, são de ver.
P ara u m a m e lh o r P R O N Ú N C l A
R eco n h ecer os s ím b o lo s fo n é tic o s
Consulte as páginas 198 a 200 e relembre o alfabeto
Unidade

fonético. Será um a grande ajuda quando consultar


novas palavras num dicionário.

P ro n ú n c ^
Ouça e repita.

1. Q O Francisco gosta de figos.


2 . [ ] 0 frigorífico faz frio.
3. □ A foca fugiu do fogo.
5

*
1. □ A vaca deixou a vacada.
2 . □ O vigilante vedou a entrada.
3. □ A vedação caiu com o vento.

1. □ A Lurdes casou com o Lourenço.


2 . Q O leitão bebe leite.
3. Q A Liliana levou a Leonor.

Ouça cem atenção e escolha. Una os


seguintes termos com a sua fonética.
|tC o m a ajuda de um dicionário procure o
Ex.: Bófia m [bófjn] significado de cad a palavra e construa
duas frases de modo a explicar os seus
diferentes significados.
1 . Chulice □ a [vjulésjE]
2 . Perigoso □ b [a/í/i] Ex.: Cerca (f.) [sérkn] / Cerca (adv.) [sérkn]
a) A cerca âo q u in ta l caiu cam o v e n ta .
3. Realojamento □ c [i/kwádre]
b) Terá m orrido, algo am argurado, cerca de 1520.
4. Violência □ d [pirigózu]
1. Sede [sédi] / Sede [sédi]
5. Homicídio □ e [/ülísi]
a) ...................................................................................
6 . Agente □ f [RjElu3 Emêtu] b) .........................................................................................
[fu3 ír] 2. Molho [móXu] / Molho [móÀu]
7. Gajo □ S
a) ...................................................................................
8 . Esquadra □ h [omisídju] b) ...................................................................................
9. Haxixe i [E3 éti] 3. Pelo [pélu] / Pêlo [pélu] / Pélo [pélu]

[gá3 u] a) ...................................................................................
1 0 . Fugir □ i b) .........................................................................................
...................................................................................
4. Este [é/ti] / Este [é/ti]
a) .........................................................................................
b) ............................................................... .........................
5. Governo [guvérnu] / Governo [guvérnu]
a) ...................................................................................
b) ...................................................................................
6 . Besta [béjtv] / Besta [bé/te]
a) ...................................................................................
b) ...................................................................................
7. Lobo [lobu] / Lobo [lóbu]
a) ...................................................................................
b) ..................................................................................
8 . Pregar [prigár] / Pregar [prsgár]
a) ...................................................................................
b) ...................................................... ............................
9. Péla [péln] / Pela [péln]
a) ...................................................................................
b) ..................................................................................
10. Agora [ngóre] / Ágora [águrn]
a) ...................................................................................
Jardim do Convento de Cristo
b) .........................................................................................

60 sessen ta
5
Unidade
Formação das palavras: (Subst. < Subst.)
Substantivo + -ada:
** M u ltid ã o , colecção, p o rção de: Com a ajuda de um dicionário classifique
seguintes termos segundo a significação.
•-►Boi Boi
•-* Arco Arc
1. Facada 6 . Saraivad a II, B ilhetad a 16. B acalh oad a

E* Porção c o n tid a n u m objecto: 1 B atatad a 1. A brilada 12. Baldad a 1/, A lguid arad a
•-+ Boca Boca 3. B ordoada O . m e ijo ad a 13, Bad alad a 18. Bicada
•-* Colher Colher A. A çudada 9, A gulh ad a IA. (ab o c ad a 19, A guilhoad a

í* M arca fe ita com um in stru m e n to : 5. Bananada 10, Barrilada 15, Arrozada 2 0 . Bacorada

•-* Pena Pen


•-» Pincel Pincel
5* P an cad a, fe rim e n to ou golpe:
•-» Dente Dent
*-> Cacete Cacet
^ P ro d u to a lim e n ta r, b e b id a :
*-> Laranja Laranj
•-> Alho Alh
E* D u ração p ro lo n g a d a :
*-* Inverno Invern
—>Tempo Tempor
í* A cto ou m o v im e n to enérgico:
—>Carta Cart
•-•Alfinete Alfinet

Form ação das palavras. de um dicionário procure a


Radioail paepoi aelacionadoi cam o colpa. dos seguintes termos.

Dedo: D áctilo-: b* D erram am ento de sangue,


*■* Dactilografia Dactilología 1 , Quiromancia r*
2 . Dactilógrafo b*
P' Sangue: H em o-, H em ato-: 3. Rinoplastia b«
•-* Hemoglobina •-* Hemofilia 4. Hematoma b*
*-* Hematocrito •-» Hematologia 5. Hepatomegalia b<
6. Oftalmologia b*
5* Fígado: H epat(o)-:
7. Neurônio b*
•-» Hepatite •-* Hepático 8. Odontologista b<
t" Nervo: N eu ro -, N evro-: 9. Rinofaringite r*
•-* Neurologia •-* Neurose
10 . Neurótico b*
•-> Nevralgia Nevrologista
Dente: O d o n to -:
•-* Odontologia •-* Odontíase
E" Olho: O ftalm (o)-:
•-* Oftalmía •-» Oftalmoscópio
E* Mão: Q uiro-:
•-* Quiróptero *-> Quiromante
E* Nariz: R ino-:
Rinopatia •-» Rinoceronte
% festa ios tabuleiros
A principal característica da festa doslabuleiros consiste no desfile de cerca de ¿.50 pares
de raparigas e rapazes em que se apresentam todas as freguesias do concelho, tias, ves­
R elem bre tidas de branco com cores vivas à cintura e ao tiracol, levando à cabeça os tabuleiros; eles,
de camisola branca e calça preta, com cinta preta à cintura e de gravata da cor das fitas da
acordo com as regras aprendi- rapariga,
das e com a ajuda
' do( 0 tabuleiro deve ter a altura de guem o leva à cabeça, sendo constituído por trinta pães,
dicionário, complete o seguinte qua- ^ j
dro. ^ enfiados em cinco ou seis canas, gue partem de um cesto de vime ou verga e são
rematados no alto com uma coroa, a cujo rebordo inferior são solidamente ata-
A das. Os pães são de formato especial - roliços e alongados - pesando cerca de
s i ' ¿. 00 gr. cada um. Uma vez armado, o tabuleiro é ornamentado com flores de
V ■ papel, verdura e, por vezes, com espigas de trigo. Para poder suportar o tabu-
V loiro à cabeça, é necessária uma “rodilha" ou “sogra" da gual pendem Igual­
mente duas fitas estreitas gue caem pelas costas, até à altura da cintura.
0 (ortejo das (oroas é o primeiro acto solene da festa dos Tabuleiros e
funciona como anúncio da mesma. Acontece no Domingo de Páscoa e
repete-se de 15 em 15 dias até â festa. As ruas apresentam-se decoradas
com colchas coloridas nas janelas e o chão com verdura. Quando passa o
cortejo, o povo lança flores sobre o mesmo, A antecipar o cortejo vai um
Educar fogueteiro a anunciar a sua passagem com o ribombar dos seus foguetes.
Adivinhar De seguida vém os gaiteiros e tamborilemos acompanhados da banda.
Provar Antigamente, os chamados “ Bois do Espírito Santo", durante o (ortejo do
Fluir Mordomo, desfilavam perante o olhar da população e, posteriormente,
Participar eram abatidos e a sua carne distribuída a toda a população. A partir de
Ver 1966 os bois foram poupados ao abate, fnfeitados com colares e brincos
de flores, desfilam pelas ruas da cidade ao som de foguetes, gaiteiros e
Ceder
bandas de música. A acompanhar, algumas charretes transportam os
Mordomos da festa, percorrendo sensivelmente o mesmo percurso gue o
Habitar (ortejo dos Tabuleiros fará no domingo.
Definir No dia seguinte ao (ortejo dos Mordomos, era o Bodo. Este era consti­
Destinar tuído por guinhões gue englobavam um ou mais pães dos tabuleiros e
Bater uma porção de carne. Aos guinhões chama-se “Péza" gue era distribuída
Decorar em carros ornamentados. Mais tarde passou a destinar-se apenas aos
Penetrar tomarenses de menos posses.
Padecer 0 vistoso cortejo percorre as ruas da cidade, num percurso de cerca de 5
Parar km, por entre colchas pendentes das janelas, lançando o povo sobre ele
Correr pétalas de flores. Na ornamentação das ruas dispendem os tomarenses
milhares de euros e horas de trabalho,
(ontlnua a festa com diversos jogos populares: corridas de burros, de
(5 carroças, de cãnta-
^ ros e de púcaros,
N corte de troncos a
machado e a serro­
> te, subida de mas­
tros, etc. Neles cada
freguesia tem um
único representante,
excepto na gincana
^ de burros (um rapaz
^ e uma rapariga), na
£ luta de tracção
+* (uma eguipa) e no
p -H corte de troncos a
P serrote (dois
ç j j homens).
Ainda bem que não vivi

No fim da u n id a d e saberá:

0 N azaré.
0 A p o lític a .
* O c a r ism a .
* O su fr á g io .
* O p o p u lism o .

0 O r g ã o s (le s o b e r a n ia : o P r e s i­
d e n te d a R e p ú b lic a , o G o v e r -j
n o , a A s s e m b le ia d a R e p ú b lic a ,
o s tr ib u n a is, o p o d e r lo c a l.
0 P a n o r a m a p o lític o d o s é c id o
X X : M o n a r q u ia , R e p ú b lic a ,
E sta d o N o v o , D e m o c r a c ia . H o n '010"
- „ s terr»P
O r a ç ° es
0 F a c to s sig n ific a tiv o s d a h is tó r ia ■ fon<
r e c e n t e d a s m u lh e r e s e m P o r ­ S írtib o \°s T '* ípodo
tu g a l. lgia ó e
V o c o b o ^ ’' 1®;
0 A n g o la . Sectário ou
?id\eC" v ° S
0 M o ç a m b iq u e . p e W 0^
Vad\ertWOS

se ssen ta e três
Nazare v ila p is c a to ria d a N a z a ré fica s itu a d a
j n u m dos m ais b elo s p o n to s d a costa
p o rtu g u e s a e é c o n s titu id a p e la P r a ia ,
p elo "Sítio", c u jo p ro m o n to rio e stá lig a ­
! do à le n d a d e N a S r.a d a N a z a ré , e p e la
P e d e r n e ir a , a a n tig a v ila h is to ric a m e n ­
te p r e c u r s o r a d a N a z a ré .
A s u a p o p u la ç ã o vive m a io r ita r ia ­
m e n te d a s a c tiv id a d e s re la c io n a d a s com o
m a r, n o m e a d a m e n te a p e sc a e o tu ris m o . A
f r o ta e x is te n te , q u a s e to d a ela de p e sca
a r te s a n a l, é o s u s te n to f u n d a m e n ta l d a
m a io r p a r t e d a s fa m ília s. A lém d a a c tiv id a ­
de p is c a to ria h á u rn a a c e n tu a d a a c tiv id a d e
tu rís tic a r e la c io n a d a com a b e le z a d a su a
p r a i a e com os usos e co stu m es d a p o p u ­
la ç ã o , o q u e lh e tem g ra n je a d o u rn a p o p u la
r id a d e ím p a r. A q u i o m a r e s tá q u a s e sem ­
p r e calm o p o r q u e a p r a i a e s tá a b rig a d a
p e lo p ro m o n to rio do S itio.
F a la r d a N a z a ré é ta m b é m f a la r de
tr a j e fe m in in o , j á q u e a m u lh e r n a z a r e n a é
s e m p re a sso c ia d a a u m a m u lh e r q u e v este
h a b itu a lm e n te sete s a ia s , b a s ta n ­
te c o lo rid a s , q u e p o d e m r e p r e ­
s e n ta r os setes d ias d a s e m a n a , as
, sete c o re s do a rc o - ir is , as tr a -
issavuii 1 d içõ e s e acçõ es b íb lic a s . E s te
tornen
, então? t r a j e n a s c e u p e la in flu e n c ia d a
3 que
L d a ta d a a r t e ¿ a p egCa-j p Qis q u a n d o os
3ÇÕO a
mulher U à m ag p e s c a d o re s ia m p a r a o m a r as
S ^ g * ’- = ? = sse mu5
m v d h ere s n a z a r e n a s e s p e r a ­
v a m -n o s com a n s ie d a d e s e n ta ­
/id a d e e ae (j &g n a a r e j a e ro d e a d a s p e la s
,ma no
porque eu VIVI su a s sa ia s q u e as p ro te g ia m do
pS | * :^ s 3 v “ :i S tlnha e f rio e d a m a re s ia q u e se se n tía
»« « « « P^ g s £ , o\e, a c ,s anos n a m a d ru g a d a .
rrinat c
ulher e O p e s c a d o r d a N a z a ré
< * * ,o d o s i r | l ± & • » ° to m e v e s te h a b itu a lm e n te u rn a
Id a d e ple n a d' c am isa aos q u a d r a d o s , c a lç a
t c X p¿ ° ' * ,e"'Qman,e' a ig u a
R epara só mstc lisa e um b a r r e te p r e to n a
■aquí •
SK «s e* ap e ^ v ?^ ^S ^ ^ s o% d 5 ^ iram o
d ire ito de tra c a b e ç a . R e fe rim o -n o s, c la ro
e s tá , às p e sso a s m ais v e lh a s,
c n u es em q ue cm ° e Mp
Ihar na íu n cao pu i c j ^ ^ nad da República, em q Ue sa o as q Ue seguem
ta ça o
Paco lá id e ia l t u Ia ¿ ois d a im p 'a a in d a e ste h á b ito de v e stir.
P ¿ fe a sa b e nd o q u e | direito . bem q ue n ao vW'
A índa
g ? U r « f f l ue p 0 ¡ f n5o quero ouvir mais.
jó cb e g a ■ a v o , \e ■
nesse tem po. « S fc y 00^

sessen ta e quatro
P residente da República, ¡jjiiSf
i : ai
eleito por sufragio univer­
sa!, directo e secreto dos mam
cidadãos eleitores, representa a
República Portuguesa, garan­
te a independencia nacional,
a unidade do Estado e é, por
inerência, Comandante Supre­
mo das Forças Armadas.
O mandato do Presidente da
R e p ú b lic a
tem a duração
de cinco anos e
termina com a
posse de um
novo Presidente
eleito. Cada Presi
dente só pod
manter-se no car;
dois m andatos ci G overno, constituído
secutivos. pelo Primeiro-Ministro, Minis­
Desde a revolução tros, Secretários e Subsecretários de Estado,
do 25 de Abril de 1974 é o órgão de condução da política geral do país e o
ocuparam o Palácio de órgão superior da administração pública.
Belém (residencia ofi­ O Primeiro-Ministro é nomeado pelo Presidente da
cial do Presidente da República) os República, ouvidos os partidos representados na Assem­
seguintes Presidentes: Marechal Antonio de Spínola bleia da República e tendo em conta os resultados eleito­
(1974), Marechal Costa Gomes (1974-76), General Rama- rais e os restantes membros do Governo são nomeados
lho Eanes (1976-1986), Dr. Mário Soares (1986-1996), Dr. pelo Presidente da República, sob proposta do Primeiro­
Jorge Sampaio, actual Presidente, eleito em 1996. -Ministro.

s trib u n a is são o órgão de soberania com com-

A
A s s e m b le i a da R ep ú b lic a c a assembleia
representativa de todos os cidadãos portugue­
ses. Tem o mínimo de cento e oitenta e o máxi­
mo de duzentos e trinta D epu­
O :petência para administrar a justiça em nome do
povo, competindo-lhe assegurar a defesa dos
direitos e interesses legalmente protegidos dos cidadãos,
reprimir a violação da legalidade democrática e dirimir
tados, eleitos por círculos os conflitos de interesses públicos e privados.
eleitorais.
A Assem­ P oder local. Actualmente Portugal
bleia da Repúbli­
ca tem corn-
p e t é n c i a s
políticas e legis­
O está dividido em dezoito distritos e
duas regiões autónomas. Os distri­
tos e as regiões autónomas dividem-se em
municípios e estes em freguesias.
lativas, com pe­ Os órgãos representativos das autarquias
tindo-lhe, entre locais são:
outras funções, M unicípio: Assembleia Municipal (delibe­
fazer leis, dar ao rativo) e Câmara Municipal (executi­
Governo autori­ vo).
zações legislati­ Freguesia: Assembleia de Freguesia (delibe­
vas, aprovar o rativo) e Junta de Freguesia (executi­
Orçam ento do vo).
Estado sob proposta do Governo, autori­ Região Adm inistrativa: Assembleia Regio­
zar o Governo a contrair e a conceder nal (deliberativo) e Junta Regional
empréstimos, aprovar tratados, propor ao Presidente da (executivo).
República a sujeição
a referendo de D istrito s:
questões de relevan­ Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo
te interesse nacional, Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda,
autorizar a decla­ Leiria, Lisboa, Portalegre, Porto, Santa­
ração de estado de rém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila
sítio ou de emergên­ Real, Viseu.
cia, autorizar o Pre­
sidente da Repúbli­ R egiões A u tó n o m as:
ca a declarar a Açores, Madeira.
guerra ou a fazer a
paz. Total de C âm aras M u n ic ip a is: 305
Total de v e re a d o res: 1.714

sessen ta e cinco
revolução liberal de 1820, além de pôr cobro à dominação inglesa que - sobretudo no plano

A militar - se fazia sentir sobre o país, destronou a monarquia absoluta fundada no direito

Em lugar do poder exercido pelo rei sobre os seus súbditos, em nome de Deus, o novo sistema fun­
dava-se na ideia-base da soberania nacional; isto é, o poder residia na Naçao e o governo deveria
expressar a vontade política dos cidadãos. . . „ ,
1 Esse mesmo princípio se encontrava expresso e consagrado na primeira conshtu.çao portugu
aprovada pelas Cortes eleitas ainda no próprio ano da revolução - a Constituição de 1822. A figura
do monarca como mais alto dirigente não saiu abalada; no entanto, o rei foi obrigado a jurar a
Constituição e a conduzir o governo na observância dos seus princípios.
A implantação do liberalismo em Portugal não deixou, porém, de ser marcada por fortes
itas políticas e por avanços e recuos: afinal, a expressão das posições das diversas forças
económicas, sociais, políticas e culturais em confronto.
Assim, um novo texto constitucional, desta vez outorgado pelo rei - a Carta de 1826 -,
é adoptado; foi, aliás, a lei fundam ental que mais tempo esteve em vigor no nosso
país, só tendo sido revogada após a implantação da República, em 1910. ^
Pelo meio, e até à estabilização das instituições, a partir de meados do século, fica­
ram duas guerras civis - 1832/1834 e 1846/47 - e um a outra constituição, vigente
durante um curto lapso de tempo - a Constituição de 18o8.

Ã"
contempora-
neidade política por­
5 do Outubro do 1910, na

A sequência de um movi­ tuguesa teve o seu início


mento militar iniciado na no séc. XIX, após a Revo­
véspera, é proclamada a Repúbli­ lução de 1820. As transformações
ca de Portugal e constituído um
governo provisório, presidido políticas e culturais então ocorridas
por Teófilo Braga. possibilitaram a instauração em Portu­
O m ovim ento republicano gal de uma M o n a r q u ia C o n s titu c io ­
tinha já vindo a manifestar-se, de
uma forma minimamente organi­ n a l.
zada, desde a década de 70 do século anterior; con Uma nova revolução, ocorrida em 1910,
sumava-se agora o fim do poder da única insti­ pôs fim ao regime monárquico. A procla­
tuição que, por não ser eleita pelos cidadãos, era
alheia ao princípio político da soberania nacional: o mação da República, a 5 de Outubro, procu­
Rei. ra levar até ás últimas consequências os princí­
Expressão actualizada da ideologia demo-libe- pios democráticos herdados do século anterior,
ral que caracterizara os momentos mais radicais
da m onarquia constitucional, a República
substituindo no cume da pirâmide política um
reforçou o parlamentarismo e a afirmação dos Rei hereditário por um Presidente eleito pelos
direitos, liberdades e garantias individuais; o cidadãos.
poder republicano consagrou os princípios consti­
tucionais do novo regime num texto elaborado
Em 28 de Maio de 1926, um golpe de estado de
por um a Assem bleia N acional eleita no ano características ideológicas pouco definidas irá,
seguinte - a Constituição de 1911. porém, instaurar
. _ , 1 sua sequência, emem1933.
Portugal uma ditaduia.
uma nova Na
Constituição
Não se escotando, contudo, na substituição do 1 .
Monarca hereditário pelo Presidente eleito, o repu- \ m arta O início do E s ta d o N O V O , regime ailtO-
b l i c a n i s m o levou a cabo um programa de laicização! r¡tário que governará OS portugueses até m ea­
do poder e de completa separação do Estado das \ çjos d a década de 7 0 .
lerejas. Mas não conseguiu dar resposta política aos \ . u i r ,-. ,, tl,i
crescentes problem as levantados pela ch am ad a\ A restauraçao da D eiXlO C • -_ ‘ ‘
questão social, que tinha \ lugar quando, a 25 de Abril de 1974, um
estado inscrita no ideário movimento militar poe fim a arbitrarie
republicano.
As sequelas da I Guerra dade que tinha caracterizado a ordem
M undial acentuaram a crise política deposta. As normas constitu­
do parlamentarismo da Pri­ cionais a seguir promulgadas -
meira República, que sucum­
biu a um golpe militar levado
expressas na Constituição de
a cabo em 1926. N a sua 1976 - são as que, basica­
sequência, viria a estabelecer­ mente, se encontram
-se em Portugal o regime que
ficou conhecido por Estado
ainda em vigor.
Novo.

sessen ta e seis
revolta de 28 de Maio de 1926 põe fim à Primei­

A ra República portuguesa: dissolve as instituições


políticas democráticas, extingue os partidos
políticos e instaura uma ditadura militar.
Se o movimento congregava de início
diversas facções ideológicas desde repu­
blicanos conservadores a fascistas,
depressa a figura do M inistro das
Finanças nom eado em 1928, Oliveira
Salazar, se irá definir como a principal
referência política do novo regime.
Sem rejeitar teoricam ente a forma
republicana de governo, a nova Consti­
tuição de 1933 e as revisões de que foi
objecto consagrava um Estado forte, recusando o demo-
liberalismo; o nacionalismo corporativo, o intervencio­
nismo económico-social e o imperialismo colonial cons-
tituiram as linhas mestras de um sistema de governo
que, sobretudo a partir da Guerra Civil de Espanha, se
caracterizou pela censura férrea das opiniões discordan­
tes e pela repressão dos seus opositores. A pedra base de
aplicação de tais métodos é constituída pela polícia polí­
tica salazarista, a PIDE.
O que não impediu, porém, que, em 1958, a candida­
tura do general Humberto Delgado em oposição ao can­
didato do regime, Américo Tomás, apesar de derrotada,
abalasse um regime que sobreviveu à morte de Salazar,
ocorrida em 27 de Julho de 1970.
O seu sucessor, Marcelo Caetano, apesar de um a pro­
metida e apaziguadora liberalização do sistema político,
não consegue mais que um a m udança de nomes nas ins­
tituições repressivas e, sobretudo, vê-se a braços com as
graves consequências de uma guerra colonial que se pro­
longava desde 1961. O que esteve, aliás, na origem de
um novo movimento militar que, no dia 25 de Abril de
1974, irá depôr o governo e conduzir à restauração da
democracia.

Movimento das Forças Armadas - M.F.A. -, basicamente formado por

O jovens oficiais que suportavam o esforço de guerra levado


a cabo, desde 1961, contra os movimentos de
libertação das colónias de Angola, Moçambi­
que e Guiné, constituiu o núcleo director de
uma revolta que porá termo ao regime totalitá­
rio nascido em 1926.
No dia 25 de Abril de 1974, caía, assim, o Estado
Novo e era constituída uma Junta de Salvação
Nacional presidida pelo general António de Spíno-
la.
Inscrito no program a de acção política do novo
poder, encontrava-se como objectivo dominante e
im ediato a restauração das instituições políticas
democráticas; afinal, a reposição do totalitariamente
esquecido princípio da soberania nacional.
Legalizados os partidos políticos e refeitos os cadernos
eleitorais anteriormente falseados, foi eleita por sufrágio
directo e universal um a Assembleia Constituinte de que
resultou a Constituição de 1976.
E esta lei fundam ental que, ainda hoje, rege o sistema polí­
tico português, depois de Portugal ter levado a cabo uma descolonização tardia e um
processo de integração no espaço político, económico, social e cultural da Europa.
Centro de Documentação 25 de Abril
l iiiivcrsimme de Coimbra.

sessen ta e sete
Leia de novo os textos das pági­
nas anteriores e responda.
Só em 11 de N ovem bro]
de 197 S e que P o rtu g a l'
dei Iara form alm ente a
p 1. De acordo com a Constituição da República Portu­ ! independência de Ango-
guesa, como é eleito o Presidente da República? / la. eslabeJecefido-se o
P 2. Qual a sua opinião sobre a impossibilidade de o governo em Luanda sob
Presidente da República cumprir mais de dois a presidência de Agosti­
m andatos consecutivos? nho Neto. que viria a
p 3. Como é feita a nomeação do Primeiro-Ministro? falecer vitima de doença
p 4. Porque é que a Constituição portuguesa data ape­ em 1979.
nas de 1976?
5. O que era o MFA?
V V

6 . Refira três consequências da queda do regime tota­


litário.

ituada na África O cid en tal, A » p l í é banh ad a p elo O ceano A tlán tico n o n a exten sã o d e costa

C l i m a : tro p ical, com ch uvas de Verão. As tem p eratu ras m éd ias de Luanda,

B - C e m  g o s t o a Z A - 3 0 - C e m Março.

P f o è ç o e s : m ilho, m andioca, bananas, ó le o d e p alm a, c¡

Ouça com atenção o diálogo e responda


A c t i v i d a d e s e c o n ó m i c a s : agricultura, m ineração,

tab aco , p ro d u to s a lim en tares.

E x p o r t a ç õ e s : p etró leo b ruto e p ro d u to s d e p etróleo , café

E s p e r a n ç a d e v i d a í a n o s ) : h om ens, A l; m u lh eres, A3.

D iversos g ru pos é tn ico s habitam A ngola: a m aioria é d e b a n to s . Entre e s t e s , a p op ulação

m ais num erosa é a d o s O vím b und us (m a is de 1 m ilhão), g ue vivem so b re tu d o nos

eB

lol
de M alanje, do Granza b ul e de urna p arte d o B ié (tam b ém

com m ais de 1 m ilhão); d e p o is e s tã o o s ESakongos (K icon go s), do

N oroeste, s o b re tu d o nas p ro vincias do l a ir e e d o ü íg e (cerca de

'0 0 0 0 0 ) , o s L u n d a-T ch ok w és, da Luanda e d as fa ix a s ocid e n ta is

1; o s H anqelas;
d o Leste d o Bié, d e p arte d e Hulla e do O e s te do C u a n d o -C u b an go (cerca de

10 0 ); o s N yan ek a-L u cu m b is, da Hulla e d o Cunene (rond an d o os 15 0 .0 0 0 ); os

is, na p ro vincia de N am ibe e tam b ém na d o Cunene; o s H ere-

o s, gue partilham com ou tro s a s p ro vincias d a Hulla e do Cune­

ne (an d am à roda d e ZO.OOO a 3 0 .0 0 0 ) ; os X ín d o n g as, 00


in d on q as, do e xtre m o s u e s te a n g o la o o . Existem

1 is, com o os

C uissis, d is p ers o s p elas p ro vincias d e N am ibee da H oíla, e

B o sg u ím an o s, p elas da Huíla e Cunene. Na m aior parte d o s

c a so s, praticam a agricultura, a g ue ju n ta m aind a a p astoricia ;

5 d e le s envered am m aís por orna ou outra ac tivid ad e . Os

o s n ã o - b a n to s , s ã o fi

sessen ta e oito
► * a provincia maior, mais remota, com raras belezas...
i * tem a barragem de (ahora Bassa, e é rica em recursos minerais...
I i, essencialmente agrícola, produz saborosas frutas e hortícolas,.,
l o vale do Rio Limpopo é o celeiro do país...
M APUTO, onde se localiza a cidade capital do país..,
i CABO D ELG AD O , o berço dos Macondes, com culturas a tradições
famosas...
i, florestas de miombo alternam com enormes cumes rocho­
sos...
i„ extensos palmares e plantações de chá...
¿ * rica em camarão e acucar, e local da segunda cidade do país...
i E, com extensos palmares e cajueiros, e destinos turísticos
famosos...

Encontre a p alavra correspondente


Pata da Independencia Z5 deJunho de 19/5. à s seguintes definições.
Chefe do Estado Joaguim Alberto Chissano. Ex.: Vagamundo: p Ele vaga pelo mundo sem finalidade.
Sistema político Multipartldário (Constituição de 199 0 ).
1. - P Ela assiste a um espectáculo.
Assembleia da República Z50 lugares (Z-s eleições gerais de 1999). 2. — ------------ p Peça que fecha portas e gavetas.
localização Moçambique é localizado estrategicamente na costa oriental 3. --------------- p Bebida de aguardente e ginjas.
4. ---------- - p Armário para guardar a louça.
de África Austral, e é a porta de entrada para 6 países do 5. ----------------- p Ele não é agradecido.
interior. 6 . --------- - p Língua de porco curada.
7 . ------------------- p Ela fabrica o pão.
Área 799 390 kmZ (13 0 0 0 kmZ de águas interiores).
8. p Ele c amigo da paz e da ordem.
População 157AO 0 0 0 (Censo 1997). 9. — p Ele im portuna pedindo.
Clima Sub-tropical até tropical (desul para norte). 10. p Tesoura de to qui

Capital Cidade de Naputo (estatuto de província).


Provincias Cabo Delgado, Niassa, Nampula, lete, Zambezia, Hanica,
Sofala, Inhambane, Gaza, Naputo,
Línguas Português (oficial). 13 línguas Principais (Emakhuwa, Xít
songa, Ciyao, Cisena, Cishona, Echuwabo, Cinyanja, Xironga,
Shimaconde, Cinyungue, Cicopi, Bitonga, Kiswahili), Inglês
(ensinado na escola secundária).
Religiões Tradicional africana, Cristã (Católica e Protestante), Islâmica,
Hindú.
Recursos naturais: Energia hidroeléctrica, gás, carvão, minerais, madeiras, terra
agrícola.
Exportações principais: Camarão, algodão, caju, açúcar, chá, copra.
Moeda: Metical (N I).
O C A RISM A
R cpuíilical
Que técnicas se utilizam para atrair/encantar o
eleitorado, para ser mais credível, mais forte, mais
verdadeiro?
j> Pelas ideias?
2> Pela imagem exterior?
p Pelos pormenores do penteado?
► A maneira como se vestem?
I» Como falam?
p O conteúdo do que dizem?
p O tom de voz?
► A pose?
j^. Os gestos?
p O que fazem e o que deveriam fazer?
" z 5 Con-
/ si d e r a q u e as priori-
' d a d e s são: as r e f o r m a s 4a
a <J<v>iir>Ti+raç a o p ú b l i c a , a f i s c a l , a
e d u c a ç ã o , c o m b a t e r as d e s i g u a l ­
d a d e s s o c ia is , a p o b r e z a , cons-
V f r u i r e s t r a d a s oo h o s p i t a i s , s
\ Q n v e s t i r na e d u c a ç ã o . ^ y

discurso teM d e te r botn nT


yr s e n s o , v e r d a d e e s i m p l i c i d a d e • F a lar >.
/ v e r d a d e é o b r i g a t ó r i o . M ostrar in se ?u - \
rança é p r o i b i d o . É p r e c i s o a p r e n d e r a u s a r as
mã o s . 0 acto d e b e b e r á g u a d e v e s e r f e i t o no
fin al d e uma i d e i a , ffa televisão os gesto s d e v e m
ç ser abertos, f / ã o d e n u n c i a r h o s t i l i d a d e , t e r
x. c u i d a d o s co m os brancos d a s c a m is a s ou as /
' y riscas das g ra v a ta s a j u d a m a p a s s a r
utwa b o a im a g e m .

v e z seja o
/ políticos v e stew -se \ poder a gerar o
/ d e a c o r d o co m a s r e g r a s ^ v. caristna. /
estab e le cid as? Ficatn Mal as ris­
c a s a um político? 0 eleitorado
e s p e r a uma iwajeivi séria dos
políticos? A lte ra r o v i s u a l >
tra z b enefício s? ym l

. •" Quais '*«•_


as fin alid ad es da
activid ad e Polítí-
Fm
V. ca?
<jueM vota
ria h o j e ?

s e te n t a
A R T IG O
. Áíiícjo 115,2
1. O s partidos políticos participam n o s ó rla o s foseados no s u fr id o universal e direc­
( íib fa fv n ú y ) . .
to, de aconto con» a sua represe ntatividade eleitoral. 1. O s cidadãos eleitores recenseados no territó rio nacional podem s e r chamados a
2. É reconhecido às minorias o direito de oposição democrática, n o s term os da Consti p ro n u n cia rse directamente, a titu lo vinculativo, através de referendo, p o r decisão
tuição e da leí. do P residente da República, mediante proposta da Assembleia da República o u d o -
3. O s partidos políticos representados na Assembleia da Keptíblica e que não façam Governo, cm m atérias das respectivas competências, n o s casos e n o s term os p re ­
parte do G overno go/am. designadamente, do direito de serem informados regular e v isto s na Constituição e na lei.
directam ente pelo G overno sobre o andamento d os principais a ssu n to s de interesse 2 .- 0 referendo pode ainda resu ltar da iniciativa de cidadãos dirigida è .Assembleia da
público, de igual direito ¿o/ando o s partidos políticos representados n a s assembleias Keptíblica, q u e S é » apresentada e apreciada n o s term os e n o s prazos fixados p o r
legislativas re s o n á is e em quaisquer o u tras assembleias d e s lia d a s p o r eleição direc­ lei.
ta relativamente aos correspondentes executivos de q u e não façam parte. 3. O referendo s ó pode te r p o r objecto q u e stõ e s de relevante in teresse nacional q u e
devain s e r decididas pela Assembleia da República o u pelo G overno atrav és da apro­
vação de convenção internacional ou de acto legislativo.
4. São excluídas do âmbito do referendo:
a) ,-Vs alterações à Constituição: -
b) As q u e stõ e s e o s actos de. conteúdo orçamental, tributário o u finan­
.- ... ceiro;
e) As matérias previstas n® artigo 161.° da C onstituição, sem prejuízo do
disposto n o núm ero seguinte;

Estado país, nação, nacional, região, regional, distrito, concelho d) As matérias previstas n o artigo 164.° da C onstituição, com excepção do
disposto na alinea i). ■
freguesia.. 5. O disposto n o núm ero an terio r não prejudica a submissão a referendo das
Constittiicã regra, estatuto, regimento, lei, decreto, direito, liberdade, livre.., q u e stõ e s de relevante ¡nferessé nacional q u e devam se r objecto de convenção
internacional, n o s term os da alinea i) do artigo 161.° da C onstituição, excepto
quando relativas à paz e è rectificação de fronteiras.
estadista, homem de estado, líder, liderança, carisma... 6. Cada referendo recairá so b re uma s ó m atéria, devendo as q u e stõ e s s e r formuladas
com objectividade, clareza e precisão e para resp o stas de sím ou nao, num núm ero
(pública)...
máximo de p erguntas a fixar p o r lei, a qual determinará igualmente as demais con
população, cidadão, sociedade, classe social... dições de formulação e efectivação de referendos.

Eleições eleitor, eleitorado, comícios, autárquicas, urnas, 7. São excluídas a convocação e a efectivação d e referendos en tre a data da convocação

e i da realização d e eleições gerais para o s órgãos de soberanía, d e governo próprio


escolha, voto, votar (em), a favot, contra, boletim de voto, voto das regiões autónom as e do poder local, bem como de Deputados a© Parlamento

branco, voto nulo, abstenção, indecisos, Europeu.


8. O Presidente da República subm ete a fiscalização preventiva obrigatória da consti-
vitória, derrota, ganhar, derrotar, vencer, perder tucionalidade e da legalidade as propostas de referendo q u e lhe tenham sido rerae-
maioria (absoluta, qualificada, simples), minoria... tidas pela ¿Assembleia da República o u p elo G overno.
9. São aplicáveis ao referendo, com as necessárias adaptações, as norm as constantes
organização, associação, comunista, socialista,
d o s n ° s 1 , 2 .3 , 4 e 7 do artigo 113.°.
social democrata, liberal, conservador, verdes... 10. As propostas de referendo recusadas pelo Presidente da República ou objecto de

(de) esquerda, (de) direita, (do) centro... resposta negrfiva do eleitorado não podem s e r renovadas na mesma sessão legis­
lativa. salvo nov o eleição da Assembleia da República, o u até è demissão do G over
Programa objectivo, plano, reforma, reforma agrária, mensagem...
democracia, ditadura, monarquia, república, parlamentar, 11. O referendo s ó tem efeito vinculativo quando o núm ero de votantes for Superior
a metade d o s eleitores inscritos no recenseamento.
presidencial... 12. \ o s referendos são chamados a participar cidadãos residentes no estrangeiro,
governar, gabinete, presidente, primeiro ministro, regularm ente recenseados ao abrigo do disposto n o n .° 2 do artigo 121.". quando
recaiam sobre m atéria q u e lhes dig» também especificamente respeito.
embaixador, embaixatriz, deputado, representante
ministro sem pasta, dos neqócios estrangeiros...
parlamento
opositor, adversário, coliqação...
influencia, influenciar, forte, fraco...
orçamento, impostos (IVA.,.), impostos directos, contribuição.,.
Militares forcas Armadas, exército, marinha, forca aérea, tropa,
soldado, serviço militar, oficial...
fascismo, fascista, querrá, querrá mundial,..
nomes de países, estrangeiro, Europa, europeu, África, t Actividade.
africano, América, norte-americano, sul-americano,
Ásia, asiático, Austrália, australiano, odicente, ocidental, 1. Procure informação sobre o siste­
oriente, médio-oriente, extremo-oriente, oriental, ma eleitoral no seu país.
2. Tendo em conta a organização política do seu país,
país de leste, terceiro mundo, mundial...
faça um breve comentário subordinado às seguintes
i, desenvolvido, industrializado, sub-desenvolvido,
alíneas:
em vias de desenvolvimento... a) Sistema eleitoral.
Solidariedade ajuda, apoio, rendimento mínimo, ocupacão, emprego... b) Relação eleitor/eleito.
c) Perfil para o desempenho de cargos políticos.

seten ta e um
Populismo popularucho
Uma das características mais tunosas do período eleitoral que aqora findou, e que amanhã dará luqar aos que, nos próximos quatro anos liderarão as nossas autarquias, foi a extrema facilidade com que, analistas políticos, apoiantes
Unidade 6
e candidatos, usaram e abusaram publicamente de conceitos desprovidos de qualquer significado operativo e, pot Isso, inflacionados a um nível puramente propagandístico, para não dizer panfletário. 0 baixo recorte dos argumentos trans­
portou-nos ora para a Ignorância convencida ora para a manipulação passional, o que, como pedaqoqia cívica, é triste, lamentável.
A tristeza da conceptuallzacão, remetida ao nível do porno-banal, deu-se como fim último, a utilização de terminologias sem conteúdo, sem crítica, sem argumento.
Á patologia da antlconceptualidade, remetida por aí ao uso de pretextos destrutivos, reviu-se maximamente no uso do jatgão político longe de qualquer prática, fora de qualquer contextualizacão histórica. Â farsa Ideológica, como
resultante, não esclareceu coisa alguma, apenas criou um verbo novo: mentirar.
0 termo populismo foi, neste contexto, marcante. Usado e abusado, a propósito e contra alguns candidatos, passou de formulação política a insinuação Insultuosa, pecado mortal para o visado.
[, no entanto, tanto quanto parece, não bá, no horizonte político nacional, nenbum aroma populista que anime ou tenba animado os movimentos credíveis e dominantes no xadrez político lusitano. A tazâo é simples. Se. como pensa­
mos, o populismo se reivindica da categoria «povo», independentemente das bases sociais a que se refere e, por isso, capaz de germinar em sectores diversos, se, como aprendemos com a história, o populismo necessita da mobilização de
grupos previamente passivos, conferindo-lhe agora um comportamento deliberativo, não reconhecemos, em nenhum dos candidatos maiotes ás eleições autárquicas, quaisquer destes a priori.
Por outro lado, é sabido, o conteúdo dominante do populismo é a idealização da injustiça como catalisadora da acção. Â luta contra aquela, responsável no dizer populista pela pobreza da maioria da população, leva i denúncia dos cul­
pados, ou seja, dos privilegiados que vivem â custa do povo. Hão há lugar neste discurso nem para a produtividade nem para a estrutura da economia.
0 lider, peca central em qualquer populismo, é quase sempre de origem humilde, e de pendot moralizante. Apoia-se, por isso, num vivido emocional peculiar, a saber, o da atracção Inconsciente pelas figuras paternais protectoras e sa l-
vadoras. Consequentemente, apela mais ao simbólico Imediato que ao racional. Os seus discursos são longos, declamatórios, emotivos, apelando quase sempre ao patriotismo e às tradições culturais para unir os que o apoiam e, dessa forma,
poder acusar de antipatriotismo os que o não seguem.
Este estilo repete-se monotonamente em todos os líderes populistas, acompanhando quase sempre da promessa de um novo sistema, nem socialista, nem liberal, nem conservador. Tende a criar sistemas populistas pessoais, como é
visível com Peton, Nasser, Kaddafi, Velasco Àlvarado, Getúlio Vatqas, Neiru, Saddam Husseln, Sukarno, etc.
0 denominador comum da accào económica do populismo é o aumento do gasto público, pela criação de empregos, subvenções, bem como o controlo sobre a economia, de forma a obter dinheiro e corrigir os abusos dos privilegiados,
o que leva obviamente à impossibilidade de desenvolvimento de uma economia forte e competitiva.
Consequentemente, a sua emergência Implica uma dimensão sociopolítica com características relativamente uniformes, a saber, uma Ideologia antí-status quo, uma promessa de autoritarismo, bem como uma clara observância nacio­
nalista. Ora, felizmente para nós portugueses, nenbuma das candidaturas significativas, nenbum dos que se desejam eleitos tem por trás, ou na proposta discursiva, qualquer sinal significativo de adesão ao que seria a perversão radical do
sistema político actual, ou da ordem democrática que lhe é subjacente.
fal conclusão óbvia leva-nos, por conseguinte, a uma outra bem menos simpática. Â saber, a Instrumentalização analfabetlzada do discurso influente, destinada, tão-só, a gerar alarmismos irracionais, nos que, sabendo ler, não são
supostos a capacidade crítica, esta sim viabilizando o crivo necessário à decantação do(s) slqnificante(s) proposto(s).
E se é deste popularucho ruidoso que se constroem as proposições pensantes, então o melhor é desistir de qualquer racionalidade, face ao triunfo autoproposto da literaria do alfarrábio.
(arlos Amaral Olas. Expresso Revista n5 15 Z0d el4 Dezembro 2001

Factos significativos da história


recente das mulheres em Portugal
1867 Primeiro Código Civil, que melhorou a situação das Leia de novo e responda.
mulheres em relação aos direitos dos cônjuges, aos
filhos, aos bens e sua administração.
1910 É adm itido o divórcio, com igual acesso para ambos De entre as características do-
os cônjuges. Novas leis de casamento e filiação período eleitoral que findou, qual||" ^ ^ ^ * ,IB^ ^
assentes na igualdade entre homens e mulheres. A é considerada um a das mais curiosas?
m ulher deixa de dever obediência ao marido. O j> 2. Como é encarado no texto o baixo nível dos argu­
crime de adultério passa a ter o mesmo tratamento mentos?
quando cometido por mulheres ou homens. j> 3. Qual o termo que foi, no contexto referenciado,
1911 As mulheres adquirem o direito de trabalhar na usado e abusado?
função pública. ¡> 4. Explicite o conceito de populismo no ponto de vista
1931 Decreto com força de lei na 19.694, de 5 de Maio de do autor.
1931, que concede direito de voto às mulheres com S> 5. Qual é o conteúdo essencial do populismo?
cursos superiores ou secundários. S> 6 . Na lógica do texto, em que é que se apoia o líder?
1933 Constituição do "Estado Novo", que estabelece a j> 7. Como são caracterizados os discursos do líder?
igualdade dos cidadãos perante a lei, "salvas, quan­
to à mulher, as diferenças resultantes da sua nature­
za e do bem da família" (artigo 5Q).
1935 Primeiras deputadas à Assembleia Nacional: Domi-
tila de Carvalho, Maria Guardiola e Maria Cândida
Parreira.
1968 Lei nB2.137, de 26 de Dezembro, que definiu a capa­
cidade eleitoral activa para a Assembleia Nacional, Ouça com atenção e responda.
sem distinguir quanto ao sexo.
1974 Diplomas que perm item o acesso das mulheres à
m agistratura e à carreira diplomática. Primeira ¡> 1. Qual é o tema central deste arti­
m ulher ministra: Engâ Ma de Lourdes Pintassilgo. go de opinião?
1976 Entrada em vigor da nova Constituição. ¡> 2. Qual foi a novidade nestas eleições autárquicas?
1977 Institucionalização da Comissão da Condição Femi­ j> 3. Que figuras são indispensáveis nos comícios para a
nina. maioria dos autarcas?
1978 Entrada em vigor da Reforma do Código Civil. i> 4. As armas com que esgrimem os candidatos são
1979 Entrada em vigor do Decreto-Lei ne 392/79, de 20 de diferentes, consoante sejam da oposição ou do par­
Setembro (igualdade no trabalho). Primeira mulher tido do Governo. Justifique.
nomeada para o cargo de Primeiro-Ministro: Engã J> 5. Que recomendação faz o autor ao Governo e à opo­
Maria de Lourdes Pintassilgo. sição ?
1980 Portugal ratifica a Convenção para a Eliminação de í> 6 . No quadro político actual, qual a maior dúvida que
todas as formas de Discriminação contra as Mulhe­
lhe é suscitada ?
res.

setenta e dois (duas)


li
Leia atentamente o seguinte texto acerca
dos males que afectam a humanidade.

Unkítide
ma* am ento, mas não quero ser imperador. Mão é m inha pro­
fissão. Não quero governar nem conquistar ninguém. Gostaria de auxi­
liar toda a gente (...) p jf
O cam inho da vida pode ser livre e belo, mas desviám o­
-nos do caminho. A cupidez envenenou a alm a hum ana, « P .(
ergueu no m undo barreiras de ódio, fez-nos m archar a passo
de ganso para a desgraça e a carnificina. D escobrim os a velo­
cidade m as prendem o-nos dem asiado a ela. A m áquina que pro­
duz abundância em pobreceu-nos. A nossa ciência tornou-nos cíni­
cos; a nossa inteligência, cruéis e im piedosos. Pensam os de mais e
sentimos de menos. Precisamos mais de hum anidade que de m áqui­
nas. Se temos necessidade de inteligência, tem os ainda mais necessi­
dade de bondade e de doçura. Sem estas qualidades, a vida será vio­
lenta e tudo estará perdido.
O avião e a rádio aproxim aram-nos. A própria natureza destes
inventos é um apelo à fraternidade universal, à união de todos. Neste
m om ento a m inha voz alcança milhões de pessoas através do mundo,
milhões de hom ens sem esperança, de mulheres, de crianças, vítimas
dum sistema que leva os hom ens a torturar e a p render pessoas ino­
centes. Àqueles que podem ouvir-me digo: Não desesperem . A des­
graça que nos oprim e não provém senão da cupidez, do azedum e dos Sabor acre; acidez de estômago; azia.
hom ens que têm receio de ver a hum anidade progredir. O ódio dos M edo; apreensão; dúvida./Pivançar.
hom ens há-de passar, e os ditadores morrem, e o p oder que tiraram
ao povo, o povo retomá-lo-á. Enquanto os hom ens morrerem, a liber­
dade não perecerá. (...) Lutemos por um m undo novo, um m undo que
conceda a todos os hom ens a possibilidade de trabalhar, que dê futu­
ro à juventude e segurança à velhice.
Charles Chaplin, Autobiografia, jggjjjjjj

Trad u za O caminho da vida pode ser


Reveja o volume IIL unidades 7, 8 e 9. livre e belo, mas desviámo-
nos do caminho" Que conse­
1. El diputado de la oposición replicó que la única vez que había tenido
quências daí resultantes?
problemas con las autoridades de Irlanda dei Norte había sido cuando le
Quais os grandes males con­
habían puesto una m ulta por haber tenido "un altercado con un soldado
tra os quais Charles Chaplin
británico".
entende ser necessário lutar?
2. Tal como al encender una luz intensamente brillante perdemos los
E quais as qualidades que, na
pequeños pormenores que nos rodean, así la tecnología nos ha quitado la
sua opinião, mais necessário
capacidad de pensar y de observar lo invisible, dijo el alcalde de Lisboa.
se torna preservar?
3. Mientras esta situación no se haya alterado y los líderes no se desm ar­
Tendo em conta o conteúdo
quen de los actos criminales, no va a haber colaboración.
do texto, comente a frase:
4. Algunos presos fueron torturados de manera salvaje antes de ser ejecu­
"Precisamos mais de hum ani­
tados por la policía.
dade que de máquinas".
5. El candidato venía jadeante después de haber saludado al máximo de
Como encara Chaplin a
personas en el trayecto hacia el centro de la ciudad.
invenção do avião e da rádio?
6 . Dos días después de haberse m udado a Downing Street, el Minsitro de
Como caracteriza este discur­
Hacienda cometió el error de entregar el control de las tasas de interés al
so? Justifique.
Banco de Inglaterra.

setenta e. três f Q
P ara u m a m e lh o r P R O N Ú N C I A
R eco n h ecer os sím b o lo s fo n ético s
Consulte as páginas 198 a 200 e relembre o alfabeto
fonético. Será uma grande ajuda quando consultar
Homofonia
novas palavras num dicionário.
r o n ú n
Ouça com atenção e ponha )Cía nas pala­
vras nas quais o " í ” tem um a pronúncia dife­
rente.

1. □ Casa 8 . □ Osso
2. □ Seda 9. □ Blusa
3. □ Casota 10. □ Camisa
4. □ Casaco 11. □ Soda
5. □ Sócio 12. Q Casamento
6. □ Rosa 13. □ Casebre
7. Q Asa 14. O Sociedade

Ouça com atenção e escolha. Una os


seguintes termos com a sua fonética.

Ex.: Ministro [miníytru]


Com a ajuda de um dicionário procure o
significado de cada p alavra e construa
1 . Administração □ a [ligBSEw]
duas frases de modo a explicar os seus
2 . Ministério □ b [êbaj^fedór] diferentes significados.

3. Conselho □ c [diplumátn]
Ex.: Conselho (parecer, juízo) [kõséÀu]
4. Oposição □ d LRipnrtiséw] Concelho (município) [kõséÀu]
e [miniytérju] a) Segue o meu conselho: não te precipites.
5. Embaixador □
h) O tem poral da m adrugada de dia 6 provocou
6 . Diplomata □ f [ndminiJtrnsBw]
quatro m o rtos tio concelho de Arcos de Valde-
7. Legação □ S [diplumBSÍE] vez.
8 . Presidente □ h [opuziséw] 1. Passo [pásu] / Paço [pásu]
9. Repartição □ i [kõséÀu] a) ...................................................................................
[prizideti] b) ..................................................................................
1 0 . Diplomacia □ i 2. Cozer [kuzér] / Coser[kuzér]
a) ...................................................................................
b) ...................................................................................
3. Tu [tú] / To [tú]
a) .........................................................................................
b) ..................................................................................
4. Ora [órn] / Hora [órn]
a) ...................................................................................
b) ..............................;...................................................
5. Sem [séj] / Cem [séj]
a) ...................................................................................
b) .........................................................................................
6 . Bucho [bú/ü] / Buxo [bú/ü]
a) ...................................................................................
b) .............................................;....................................
7. Arriar [nRjár] / Arrear [nRjár]
a) ...................................................................................
b) ................................................... •••■•...............................
8 . Ilegível [HÍ3 ÍV8I] / Elegível [HÍ3 ÍVBÍ]
a) ...................................................................................
b) ..................................................................................
9. Senso [sesu] / Censo [sesu]
a) ...................................................................................
b) ..................................................................................
10. Hera [érn] / Era [érn]
a ) ...................................................................................
...................................................................................

s e te n ta e q u a tro
abUl
v P
l8a8IÉ|pf

c ■

Form ação das palavras; Formação das palavras; (Adject. < Subst.) r 1
(Subst. < Subst. ou adject.) í* Adjectivo + -ano:
Substantivo ou adjectivos + -ism o: S ectário ou p a rtid á rio de:

í* D o u trin a s ou sistem as: •-> Kepler Kepleri

•-♦Real Real • - Lutero Lu ter


*-» Kant Kant no •-> Parnaso Parnasi ;:
•-* Buda Bud
•-* Federal Federal, gfiQ

5* M odo de p ro c e d e r ou p en sar:
•-♦Herói I lero m

Form a p e c u lia r de lín g u a :


•-> Gálico Galic .

T erm in o lo g ia cien tífica:


•-> Daltónico Dalton

Um símboHsf-e é partidário do
m o . E um...

;■[. Positivista?
Que nome se dá a quem...
2. Fascista? b*
3. Calvinista? b«
Ex.: Escala montanhas? b» M o n t a n h i s t a
4. Monoteísta? b*
5. Anglicano? b* 1 Catequiza? ..........................
6. Masochista? b* 2 Promove um a greve? b*..........................
7 Cartesiano? b* 3 E autor de comentários? b<..........................
8. Cartista? b* 4 Canta fados? b>..........................
9. Halterofilista? r* 5 E dono de uma loja? b<..........................
10 . Surrealista? b* 6 E especialista num a ciência? r * ..........................
7 E atleta de pugilato? b*..........................
8 E dado à anarquia? b*..........................
9 Participa num decatlo? b*..........................
O partidário do - H—c é um ;flp- 10 E especialista em 1 1 ° \a tu ra l?
. E o partidário do...

í. Imperialismo? >
2 . Capitalismo? b*
3. Socialismo?
4. Sindicalismo? >
5. Absolutismo? b*
6. Iluminismo? b«
/. Comunismo? b*
8. Dogmatismo? b*
9. Militarismo? b*
10. Anabaptismo? b*
a rinítiro i n f u r t i ó

c o n v ív i o a m ig á v e l excitou a cu riosid ad e

faFàã

g k
P
O de um t a l f e r n ã o ‘Celoso. Como seriam
as casas d a qu e la g e n t e ? Que v i d a era a
s u a ? 9fão f i c a r i a s a t i s j e i t o se não p u d esse
Cm embrenhar-se p e lo in te rio r e ir v e r com os
n seus p ró p rio s olhos. 'Decidido e teim oso,

m in s is tiu com o c a p itã o e este, f a r t o de o


aturar, acabou p o r d a r licença. ‘Celoso
seguiu com os negros, to d o c o n te n te , e de
início até p a r e c ia que as coisas iam
correr bem, po rque assa ra m um lobo-
1 P o
2 r marinho e ofereceram -lhe uma boa

! 3 t e p osta. D ias d ep o is recusa ram -se a


4 a t le v á - lo a té à p o v o a ç ã o . 'Estalou uma
5 i / / briqa. 'Celoso, que era h a b itu a lm e n te
6 t 1 g a b a r o la , deixou-se de f a n f a r r o n ic e s e
7 s e pôs-se aos berros p e d in d o socorro. Os
8 i f c o m p a n h e ir o s apressaram -se a ir
9 f i
b u scá-lo mas não p u d e ra m d e i t a r de
10 t o ê
a rir quando o viram de f u g i d a p o r um
11 e
12 e o u te i r o abai.xp. Já voavam seta s,
13 t i pe d ra s, houve f e r id o s , e o p ró p rio
14 1 'Casco da (fam a f o i a tin g i d o num a
15 z i p e rn a . O e p isó d io acabou sem n o v i d a ­
16 1 o
de de m aior mas deu origem a m u ita
17 a r
18 b r L. p a ró d ia .

19 f o 'Celoso m a n te v e a pose, não deu p a r t e

20 e i de fraco, d iz e n d o que correra a p r e s s a ­


do não porque tiv e s se medo mas p o r ­
o — 5que
Estas duas últim as épocas

I Tnidade 7
têm sido muito difíceis!

N o fim da u n id a d e saberá:

0 C a s te lo d e V id e :
• M o n u m e n to s m e g a lític o s ,
ô A v e n tu r a , e x c u r s ã o :
• C a p a c id a d e s ;
• R is c o , p e r i g o , a u x ílio ;
• S u c e s s o / in s u c e s s o ;
• A c o n s e lh a r .
j e a n '" ^ a ‘s '
0 V ia g e n s :
- r i* * * —
• O c o m b o io ;
• A p r e s e n t a r q u e ix a s .
0 D e s p o rto :
• C anoagem ; ,o \ a v r O S

• M e r g u lh o ;
o b u \a n o ; j e i t o s e
• A tle tis m o ; (ditos, Pr
• F u te b o l ; as c la q u e s ; v io lê n ­ io
c ia . d e t ó ^ eV

s e t e n t a e s e te
n ía d a s m a is b o n it a s v ila s <lo A lto A le n
t e j o , n o O u t o n o , é C a s t e lo d e V id e , c o m a s
s u a s e s t r a d a s la d e a d a s p o r c a s t a n h e ir o s .
A p resen ça hum ana n esta r e g iã o
r e m o n ta a o P a le o lític o , é p o c a d o s a c h a d o s
a r q u e o ló g ic o s m a is a n t ig o s . D e s d e e n t ã o , •
e x is t e m p r o v a s d a e x is t ê n c ia d e p o v o a d o s
n e o lí t i c o s e m e d i e v a is , q u e s o b r e v i v e r a m
em e s tr u tu r a s c o m o o c a s t e lo , o b u r g o , o
f o r t e d e S . R o q u e , a s i n a g o g a , a j u d ia r ia e as
m u r a lh a s q u e e n v o lv e m a v il a . E x is t e m q u a t r o
e s t a ç õ e s a r q u e o ló g ic a s n a r e g iã o : a d o s M o s t e i­
ros, onde se e n c o n tr a m v e s t íg io s n e o lí t i c o s ,
r o m a n o s e m e d i e v a is ; a d a M e a d a , o n d e p o d e i a
e n c o n t r a r m e n ir e s e c o n s t r u ç õ e s r o m a n a s ; a d e j
S a n t o A m a r in h o , o n d e s e p o d e m v i s it a r v e s t í­
g io s m e d i e v a is e a n e c r ó p o le m e g a lít ic a d o s C o u -
r e ir o s . N a v il a p r o p r ia m e n t e d it a , o c e n t r o h i s ­
tó r ic o p e r m ite o b servar m u ito s e d if íc io s
a n t i g o s , o u c o m v e s t íg io s m e d i e v a is .
A r e g iã o d e C a s t e lo d e V id e p o s s u i u m a g r a n ­
d e r iq u e z a n a t u r a l e m c u r s o s d e á g u a e s e r r a s .
O r io S e v e r e a A lb u f e ir a d e P ó v o a e M e a d a s
sã o o s d o is p r in c i p a is r e c u r s o s h íd r i c o s . A s \
serra s p o ssu em u m a d e n s a e v a r ia d a v e g e ­
ta çã o .
A s á g u a s d e C a s t e lo d e V id e f o r a m
r e c o n h e c i d a s e m 1 7 2 6 p e la s s u a s p r o p r i e ­
júlia. s nrt, va. Esta « S 'a° . , iroensa d a d e s t e r a p ê u t ic a s e d e s d e e n t ã o , a s d if e -
Não me i»j? Meniejo,on Castelo ^ Vide “ fo n te s e c u r so s d e águ a n a tu r a l já
parece que chamaa' a enlura, ten f o r a m e s t u d a d a s , c la s s if ic a d a s e c o m e r ­
Por alS“ ” a ¿ t e j o - . t u . q n e adom „ htemo,
c ia l iz a d a s . A p a r t i r d e 1 9 8 4 , a C â m a r a
' ¿ T u r C S Seal- Potes «aae M u n ic ip a l c o m e ç a a e x p lo r a r a s á g u a s
m e d ic in a is d a r e g iã o , e s t a n d o e m f a s e
o sino da torre da * e d e r e m o d e la ç ã o a s t e r m a s , o n d e se p r o ­
f e te d i n g - d o n g q nóf m eio-dia- c e d e a t r a t a m e n t o s p a r a a s m a is d i v e r ­
ia
)a a am—-
anunciar q- são
^ horas de almoÇ sas doenças do a p a r e lh o d ig e s t iv o e
Daqni a pouco , muito ao pequen» m e ta b ó lic o -e n d ó c r in a s .
]á tens fome?. comi A c o z in h a r e g io n a l i n c l u i p r a t o s
Um P°uc°
-almoqo. 'd ¿gS id
Nao e a ^q n e la
des ‘OIt¿r„
d¿'m ais^ algum
ie com o c a c h a fr ito de c a b r i t o , m o lh i-
nhos em to m a ta d a ou m ig a s com
Pois é, mas visitas P , onde se ve e n tr e c o sto . Os a fa m a d o s e n c h id o s
tempo P O ^ ¿ ¿ u b,r ao eastelod:poisde
d e s t a r e g iã o s ã o a m o r c e l a , o c h o u ­
r i ç o , a f a r i n h e i r a , o p a io e n g u it a d o
o u o p a io b r a n c o e n a d o ç a r ia , o d e s -
e S r a S r o d t a g - d o n g .En t ã o a g o m P O - v a i p a r a a b o le i m a , a s q u e ij a ­
Olha outra « a o ^ loq»es d a s , o b o lo f i n t o e o t o u c i n h o d o

r ^ S S f e r S S d o .
O ltia, estao

setenta e oito
Já desde os tempos primitivos que o homem utiliza a água
para se deslocar. No início, um simples tronco servia como
meio de transporte. Nos tempos modernos surgem as canoas,
provenientes das canoas índias dos nativos da América do
Norte, e os kayaks com origem nos povos esquimós (ka-y-ak
significa bote-de-homem e, era o meio utilizado pelos povos
do Artico para se deslocarem para as suas caçadas e pesca).

C o n s e lh o s ú te is:
Enquanto um cam inho terre stre s e ap rese n ta q u ase sem pre ig ua l, já n os rios a situ açã o é m uito d iferen te: um rio

nunca é sem pre o m esm o. As chuvas torre n ciais, o s d e q e lo s ou a té m e sm o a ab ertura d as com p ortas d as b arra­

g en s m od ificam lite ra lm e n te a n a ve g a b ilid a d e d e um rio. Assim , um rio g u e d e slo c a 1 0 0 0 m e tro s cú b icos d e água

i por seg u n d o, será m u ito d ife re n te de g u an d o o fa z com 3 míl m e tro s cú b icos. É necessário, portanto , o b te r in for-

Canoa (anoagem, taiaque... j m ações loca is s o b re o rio an te s d e s e in iciar a d e scid a. Não e sg u e ce r aind a g u e os rios s e cla ssificam num a e sc a ­

I la d e I a 6, s en d o e s t e o grau d e m a ior d ificu ld ad e . A pesar d e um rio s e r p red om inante de cla sse l poderá em
estabilidade, manobrabdidade, fácil (difícil) de manobcar, i e sc a ss o s m e tros p assar para o grau 6. A títu lo e xe m p lificativ o r e fir a -se g ue a cla sse l rep resenta um rio m o d e-

flutuabilidade... j rado, com p eg ú e n o s ráp id os e o n d a s fac ilm e n te n a v e g á v eis, en g u an to a cla sse 6 um rio g u a s e im p ossív e l de nele

j s e navegar, com tra je cto s d ifíce is d e s e id entificar, s ó d e ve n d o s e r te n ta d o p or rem ad ores m uito e xp erim e n tad os.
fib ra de vid ro carbono,termoplástico...
I D epois d e te r an a lis a d o e, s e fo r caso d isso , e xe rcitad o a s s u a s a p tid õ e s fís ic a s , é in d isp e n sáv e l ficar a s a b e r as

Aqua rio, mar, ondas, rápidos, descida, águas calmas,lisas, inquietas, j norm as d e seguran ça e con hecer a v arie d ad e d e eq u ip am e n to g ue p od e utilizar para m inim izar o s riscos:

revoltas, límpidas, cristalinas, fluviais, navegação no mar 0 kayak d e ve ter um casco resisten te , d e p referên cia em p lástico (p o lie tilen o ), p e g a s na proa e na popa, e flu ­

tu ad ores.
trajecto fácil (difícil).,. A P agala (e sp é cie d e rem o) d e ve s er le ve e resisten te ,

Rem ador remar, deslizar, esforcar-se, remara chegar, remar certo, 0 cole te de flu tu açã o , d e u tilização o b rig a tó ria , d e ve te r uma form a ad eq uad a a o s m o vim e n to s d o canoísta

e te r um s is te m a d e fe cb o fácil.
remar contra a corrente (maré)... 0 capacete, tam b ém o b rig a tó rio gu an d o n a ve g am o s em á g u a s v iv a s , d e ve s e r resisten te .

pás, paqaias... Um a p ito fa z sem pre fa lta para assin ala r a p resen ça ou para com unicar com o s com p anh eiros.

experimentado, experiente, versado, entendedor, conhecedor, Um ca n iv e te é um d a q u e les o b je cto s g u e d e ve e sta r sem p re à m ao para cortar um cabo ou r es o lv er im pre-

, v is to s .
inexperiente, imperito... É sem pre bom v ia ja r com algum eq u ip am e n to d e ap o io com o recip ie n te s im p erm eá veis e h erm éticos para

ía ío iso térm ico saiote, capacete, colete de salvação, plástico, neoprene, colocar com id a, roupa, caixa d e p rim eiros s ocorros, corda e fita a d e siv a im p erm eável. Estes d evem ser

am arrad os d e form a a e v ita r o s cila çõ e s.


polietileno...
CONDICÕES CLIMÁTICAS: 0 e xce sso d e ca lo r p od e reduzir a ca pacid ad e de execução, pro vocar câim bras,

"isco cair, quedas, degelo, inteqridade física, ex a u stã o , in sola ção e queim ad uras (v is ta roupa branca, use chap éu, ó cu lo s d e sol e p ro te cto r so lar, beba

dificuldades, compliacòes, aflições, proteger, proteccão, com reg u larid ad e e m o lh e - s e freq u e n tem e n te ); o frio p od e d ar origem a h ip ote rm ias, g ue s e m a n ife s ­

tam a trav és do en fraq uecim en to do organ ism o, trem ores e s en sa ç ã o d e fad iga (u se
ameaca. periqo, perigoso, arriscado, infundir receio, ser de v es tu á rio g ue perm ita isolar o corp o d o con ta cto d irecto com o a r e com a água).

temer...
e r ip correr-.estarem pôr em -, expor-se ao-, Repare nas fotografias e, com a
ajuda do glossário, redija um
periqo de morte, em perigo de vida, em risco de morrer, texto no qual descreva as dife
rentes etapas por que as perso
estar fora (livre) de perigo... nagens passaram.
=

seten ta e nove
peripécia, imprevisto, façanha, proeza, feito, à aventura,...
aventurar, aventurado, ousar, ousado, arriscar, intrépido, destemido, seguro,
tímido, covarde,
passear, passeio, a caminho d e,...
prospecto, folheto, guia, ver,

ssante, impressionante, agradável, espantoso, extraordinário, fantástico,


aborrecido, horrível,...
ser capaz de, incapacidade, incapaz, ser incapaz de, poder com, saber,
possível, impossível...
perigoso, risco, arriscado, temerário, cansativo, duro, chato, difícil, custar,
complicado, cansativo, incerto,...
A visar ter cuidado, tomar atenção,...
auxiliai, socorro, socorrer, ajudar, ajuda, prevenção,...
conseguir, passar, ganhar, éxito, vitória, sair-se bem, valer a pena,...
nsu cesso fracasso, falhar, derrota, sair-se mal, in ú til,...

Aventura é aventura
O meu sonho é partir à descoberta
Sem saber p’ra onde
Tenho uma janela aberta
Tenho essa certeza certa
De chegar ao que eu quero.

O meu destino é partir à aventura


Sem saber p’ra onde
Água mole em pedra dura
Tanto bate até que fura
É o céu, é o sol, é o sul,
Mar, é o azul, é o azul.

Aventura, aventura
Há tanta vida, tanto mundo por viver.
Aventura, aventura
Há tanta coisa, tanta coisa por fazer.

Não sei bem por onde vou


Mas levo a esperança
De chegar onde sonhei
Uma vontade de aprender o que não sei
É preciso sonhar
É preciso viver.

Sei que não vou por aí


Como poeta a remar contra a maré.
Sei dizer não, se me quiserem enganar
Digo que sim, se achar que sim.

Aventura, aventura
Há tanta vida, tanto mundo por viver.
Aventura, aventura
Há tanta coisa, tanta coisa por fazer.
J o s é Niza

oitenta
O comboio quase deixou de apitar
em Trás-os-Montes M
rim eiro põem -se a circular

P rumores de que a linha pode


vir a ser fechada. As popu­
lações e os seus representantes
políticos insurgem-se e ameaçam com
medidas drásticas. A administração da empresa ferroviária vem a
público acalmar os ânimos, garantindo que ainda não há nenhuma
Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
decisão tomada, mas vai dizendo que o troço em causa é altamente (Só nos é concedida
deficitário. Para o provar, disponibiliza estudos e projecções com Esta vida
números irrefutáveis. Que temos;
Depois, sempre com o argumento de que a linha não é rentável, vai E é nela que é preciso
desinvestindo na sua manutenção e exploração. Reduz o número de Procurar
viagens e estabelece horários desajustados dos interesses dos poten­
O velho paraíso
ciais passageiros. A exploração ferroviária torna-se ainda mais defici­
Que perdemos).
tária e as razões para justificar o encerramento da linha ganham outra
força.
Mas as populações não desistem e, por isso, é preciso m anobrar nou­ Prestes, larguei a vela
tra frente: oferece-se a exploração da linha às autarquias servidas pelo E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
comboio. Os autarcas fazem contas e chegam rapidam ente à con­ Desmedida,
clusão de que o negócio é um buraco sem fundo. Recusam e contra- A revolta imensidão
-argumentam com as responsabilidades sociais da empresa estatal Transforma dia a dia a embarcação
que gere os caminhos-de-ferro. O comboio, sustentam, tem um inte­ Numa errante e alada sepultura...
resse público, à sombra do qual, aliás, sucessivas administrações têm Mas corto as ondas sem desanimar.
justificado os muitos milhões de contos de prejuízo que a exploração
Em qualquer aventura,
ferroviária gera todos os anos em Portugal.
O que importa é partir, não é chegar.
Quem gere os comboios puxa de outro trunfo: para compensar o
M iguel Torga, A n tologia Poética.
fecho da linha, garante o transporte rodoviário das populações e
ainda cede.algum património às autarquias. Por seu lado, o Estado i MM ta*
compromete-se a financiar alguns. As autarquias acabam por cair no
engodo.
Foi o que aconteceu com a Linha do Sabor, que encerrou depois de o
então ministro socialista do Equipamento Social, Rosado Correia, ter
estabelecido um protocolo com as câmaras do Douro Superior e do Ouça com atenção e responda.
Planalto M irandês, em que se comprometia a pavim entar a estrada
que liga Guarda a Miranda do Douro e a construir um a ponte sobre o
rio Angueira, no valor de 100 mil contos. Apesar dos tumultuosos w De que depende a ligação
protestos das populações, a Linha do Sabor acabou mesmo por fechar. ferroviária entre Lisboa e Faro? ‘ *
No início, a CP ainda disponibilizou autocarros alternativos, em con­ > 2. Para quando está prevista a ligação
corrência com um a empresa rodoviária da região, a Santos. Os auto­ por comboio entre Porto e Faro atra­
carros desta firma eram mais confortáveis e, apesar de praticar preços vés da Ponte 25 de Abril?
mais baratos, o serviço rodoviário da CP foi progressivamente per­
> 3. Que novidade foi anunciada pelo
dendo passageiros, até que, meia dúzia de anos depois, acabou tam­
bém. Como o serviço não deixava saudades, as populações já nem m inistro do Equipam ento Social,
protestaram. para todo o país, a partir de 2004?
Público, 23 de Janeiro de 2000. > 4. Onde é que o ministro enunciou a
concretização de tal aspiração?
I* 5. Como é feita actualmente a viagem
Leia de novo e responda. <?■
de comboio entre Lisboa e o Algarve?
& 6. Que impedimentos se
1. Como reagem as populações- prevêem à rapidez pcf, pcc^ a
perante o rum or de que a linha <
deste trajecto? ( in+e^ração </e Por+o-
Trás-os-Montes pode vir a fechar?
2. As populações estão isoladas neste protesto?
3. Qual a atitude da empresa ferroviária?
4. Que procedimentos adopta a empresa para provar
que a linha não é rentável?
5. Face à insistência das populações, que m edida
adopta a empresa?
6 . Como fundam entam as autarquias a rejeição a esta
proposta?
7. Tendo como base a problemática suscitada pelo
texto, dê a sua opinião, devidam ente fundam enta­
da, sobre o encerramento de linhas ferroviárias.

o itc n ta ç uni
p |n homem é um homem e eu, justamente porque ainda não sou
um homem, mais me empenhava em querer parecê-lo. Mas ali, ao
dobrar a curva da estrada, fronteira de duas situações inteiramente
diversas, a que me era familiar e aquela que se me apresentava confu­
sa, nebulosa, ignorada na sua fisionomia e nos seus lances, suportei a
primeira hesitação. Foi um dos momentos mais corajosos da minha
vida. Eu partia para o desconhecido, para a fabuloso, sem saber quan­
do voltava, sem saber até se voltaria. Uma data para o regresso, mesmo
muito tardio, como quem termina a pena de um crime grave, seria a
paz. Mas eu marchava sem nenhum limite no tempo, entregue ao acaso,
às sinuosidades das circunstâncias, ao meu acanhamento, que me 'Retraimento, tim idez.
envencilhava ainda mais do que a minha inexperiência. Talvez as pró­ M a r, Agarrar, prender, entear.
prias latitas de folha, as latitas de graxa vazias, escondidas em velhos
muros ou sob as raízes de grandes árvores, com
bilhetes puerilmente românticos, escritos por mim, i Carteio de t/ide nase ç u S a i g u e t r
para serem lidos por mim mesmo ao regressar, tives- g M a i a , o oficiat a < j o c m d e v e w o r a

sem sido já devorados pela ferrugem e apodrecido * Li be rdade c onqui s t ada e » 25 de Aferil
as palavras sonhadoras, quando eu voltasse - se vol­ de 1 97*. 0 capi t ão de Abrit partiu
cedo de Carteio de l/Tde. R o m o a San­
tasse!
tarém, f>oir a vi da d e f er rovi ár i o de
Ferreira de Castro, Emigrantes.
. saar . ,. . seu pai a irro obriyou.
i ..............

locomotiva TeKaaf
T i João, o fogueiro, cuspiu nas mãos, pegou
na pá e com eçou a lançar muito carvão na
fornalha. (...) As pazadas de carvão entravam
na fornalha a um ritmo certo e ardiam numa
explosão breve.
— Já está boa, Ti João. A pressão já atingiu o máxi­
mo, exclamou o maquinista.
— Partiiida!, gritou uma voz lá ao longe, ao mesmo
tempo que se ouvia a corneta do chefe da estação.
— U, U, U, respondeu a máquina ao aviso da cor­
neta.
Tchaaf, tchaaf, tchaaf, tchaaf, faz mais fumo, faz
mais fogo, força firme foge-foge nesta viagem sem fim.
Tchaaf, tchaaf, tchaaf, tchaaf, pouca-terra, pouca-
-terra, puxa-passa, passa-puxa, passa-puxa a potência
do vapor para a roda pedaleira.
Procure identificar a realidade a que se jr
Tchaaf, tchaaf, tchaaf, tchaaf, rilha o ferro, range o
referem as seguintes onomatopéias.
rail, roda a roda reduplica a raiva de mil corcéis a
escoucinhar furiosos as alavancas da máquina.
Tchaaf, tchaaf, tchaaf, tchaaf, a caldeira a rebentar Gritos ou cantos de animais: cacarejo, cocorocó, cricri,
1
já não vive, sobrevive aos cavalos de vapor - catrapum
cucu, quá-quá-quá, ronrom.
e catrapum, catrapum e catrapum - patadas no corpo- Barulho de máquinas: crac, crack ou craque, dim-dim,
2.
-aço das alavancas motrizes e vai-que-vem e vem-que- ramerrão, tique-taque, tiquetique, zum-zum.
-vai são muitas mil toneladas de aço e ferro para arras­ 3. R uídos de fenóm enos da natureza:
tar. bum ba, pum ba, pum , retumba,
Corre-corre comboiozinho, conta-conta a tua histó­ telim, tlintlim, tchim-tchim, ruge-ruge,
ria, canta-canta a melopeia (...) toada música toante, frufru.
melodia de viagens cem mil vezes repetidas quase até 4. Substantivos: murmúrio, sussurro, zum
ao infinito. bido, miau, mio.
O fogueiro afogueado anima a marcha do trem, 5. Interjeições: catrapuz!
canta modinhas bonitas, assobia sonhos-sol e os seus 6. Verbos: zunir, assobiar, cacarejar,
cavalos brancos crinas soltas, força livre puxam pela bramir, grasnar, tilintar, ribombar
geringonça (...) respondendo com amor àquele duen­ estrondear, chilrear, zumbir, rugir,
de mágico mascarado com carvão. chiar, coaxar, rosnar, ronronar.
Carlos Correia, A locomotiva.

82 oiten ta e d ois (duas)


ão onze e meia de domingo. Na costa de Sesim­
bra o m ar está calmo, não espreita um a nuvem e o barco vai
cheio de gente pronta a mergulhar. Uns mais "maçaricos",
outros menos inexperientes mas todos com a mesma vonta­
de de cair na água. Fria, por sinal, nos seus 15,16 graus, mas
nada que arrefeça os ânimos. Embora os fatos isotérmicos
dêem um a m ãozinha para isso, em boa verdade. O que
importa é saber se hoje a água tem boa visibilidade, para Leia com atenção e responda.
onde puxa a corrente, a quantos metros de profundidade se
encontra o cargueiro nigeriano, afundado há 1 2 anos preci­
samente neste local. & 1. Qual o destino das pessoas transportadas
Dadas as informações necessárias, formam-se os grupos por este barco?
- a primeira regra dos mergulhadores é nunca nadarem
sozinhos, não vá a botija de ar comprimido pregar um a par­ 2. Que objectivo perseguem os homens que
tida ou azar de género. Barbatanas calçadas, visores na cara, vão no barco?
garrafa às costas, salto para a água e começa o mergulho. S* 3. Porque é que se recomenda que os m ergu­
As caras que surgem à tona de água, após um a meia hora
bem passada lá no fundo, junto ao tal cargueiro, falam tudo lhadores não nadem sozinhos?
sem dar grandes explicações. Um ar de imensa satisfação, o 4. Que investimento é preciso fazer para se ser
cansaço coberto de boa disposição, as histórias trocadas com mergulhador?
uma indisfarçável excitação, quase orgulho.
O mergulho não é um a actividade proibitivamente cara, 5. Como é que um candidato a m ergulhador
mas para começar ainda é preciso gastar algum dinheiro. O deve preparar o seu baptismo de mar.
curso custa à volta de 325 euros, com valência internacional, 6 . Porque é que o Verão, embora convide ao
o equipamento salta para os 500 ou 750 euros. Após esse
mergulho, não é a melhor altura para se mer­
investimento inicial, basta pagar as viagens de barco, pro­
porcionadas pela maioria das escolas e clubes e alugar a gulhar?
garrafa de ar. Contas feitas, cada saída de m ar fica pelos
seus 25 euros.
Para tirar o curso também, não é fundam ental ter muito
tempo livre, já que a maioria das escolas apresenta horários
flexíveis, de fins-de-semana e pós-laboral. Ao fim de 40
horas de aulas teóricas e práticas, que incluem uns m ergu­
lhos na piscina, qualquer pessoa está pronta para o seu bap­
tismo de mar.
Em Portugal, os melhores locais para mergulhar situarn-
-se nas Berlengas, em Sesimbra, Sagres, Açores e Madeira.
No resto do m undo, o sonho dos mergulhadores fica nas
Caraíbas e nas Maldivas. Aliás, muita gente até apanha o
bichinho no estrangeiro, nesses locais paradisíacos, e inscre­
ve-se num curso assim que chega a Portugal. Quanto à
melhor época para dar um a espreitada à vida subaquática,
e apesar de o tempo convidar a mergulhar no Verão, é no
Inverno que se vê melhor o fundo do mar.
Luís Ribeiro, Nadar com os peixes.
In Rev. Unibanco, ne 85, Julho/A gosto, 2001 (Adaptação).

:XV- S:-. “V - %
0 dos diversos que vi na praia, apenas um, segun­
‘Exmos. Senhores:
Tive este ano uma experiência péssima e resolvi do o pessoal encarregue dos mesmos, estava disponí­
enviar esta carta denunciando a situação para preve­ vel;
as praias que são mostradas nos catálogos ficam
nir as outras pessoas.
Cuba é, desde há quatro anos, o meu destino pre- longe dos hotéis e, para lá ir, existe uma camioneta
diíecto de ferias: o calor, alegria e natural simpatia que sai de manhã. Quem a perder, fica pendurado!;
na piscina, onde, devido à ausência de qualquer
dos cubanos, as belezas naturais,
brisa, a temperatura era altíssima, as sombras
tranquilidade das suas praias, o seuX rj3% f 0rar«
eram diminutas e, como remedeio, havia uns
passado histórico e a sua m úsica,\ terríveis.'
cativam qualquer um. Vfo entanto, 'iglos' de 'nylon cuja temperatura interior se apro­
por causa do hotel, quase fiquei a odiar (injus ximaria à de uma sauna finlandesa;
0 os bagageiros do hotel entravam às 8 da
tamente) Cuba.
O hotel foi-me vendido ao preço que manhã. íPelo que, no dia da minha partida, como
custam os hotéis de 4 e 5 estrelas et tinha de estar na recepção às 7:45 h, tive de
Cuba, mas... “E is algumas notas refe carregar as minhas bagagens à mão (nem J á
Conte as suas via­
carrinhos de mão havia) num percurso de
rentes ao hotel: gens: os momentos
antipatia, ineficácia e incom­ algumas centenas de metros entre o meu
mais divertidos, as
petência do pessoal da recepção; quarto e a recepção. suas impressões,
foram debitadas no meu quartc Subscrevo-me com os melhores cumpri­
aquilo de que mais
chamadas telefónicas de outros quar­ mentos, gostou, o que lhe
tos; desagradou.
os horários de funcionamento do
restaurante não coincidiam com os afi
xudos nos outros Cocais;
o ar condicionado do restaurante
(com um calor sufocante) estava desligado ou avaria­
do;
a comida era em pouca quantidade e de diminu­
ta variedade. Tor exemplo, num almoço só havia per­
nas de frango e noutro, só salchichas. Mté houve comi­
da estragada. :1 minha sogra sofreu uma
violentíssima intoxicação alimentar;
a água servida no restaurante era salobra e
imbebível. Quando pedi água mineralfoi-me respon­
dido que a poderia comprar na loja do hotel, onde nu
dirigi para ofazer. Á água estava esgo­
tada há dois dias e, dois dias depois,
ainda não sabiam quando chegaria;
o quarto não dispunha de cortinados.
Tturante os dias que estive no hotel não pude
usar o lavatório, pois a primeira e a única vez

Reserve a sua
viagem pelo
telefone.

Prepare um a viagem e
COMO IR: ÂTÂP tem voos de Lisboa para Joanesburgo aconselhe os amigos. Escolha um
país, um a cidade e...
com preços desde euros, mais taxas,
Descreva: o hotel, a cidade e os
[and. arredores.
SÂÚDC: É aconselhável a profilaxia da malária. Indique: o que ver em três pas­
seios, como desfrutar da nature­
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS: Passaporte válido.
za, dos m onumentos e museus.
 África do Sul tem onie línguas oficiais, Faça um a relação das festas
m aso inglês é falado em todo o país. representativas.
Não se esqueça de fazer
DIFERENÇA HORÁRIA: Mais duas boras gue em Por­
sugestões de compras e de indi­
tugal Continental. car os lugares onde comer e o
ELECTRICIDADE: ZZ0/Z10 volts, que comer.
A paixão pelo desporto e a
lais informações ou reservas,
vivência desportiva perm item
cia ferreirinbas pelo telefone um a quantidade interminável de
histórias. Evoque uma que lhe
ocorra e redija-a.
0Uconsulte os ite w m fw é íÉ M n

„ / \ -- X> d/g
£>4 o ite n ta e q u a tr o
B r jogo, praticar, fazer, nadar, correr, chutar, chuto, pontapé, atirar, rematar, controlar, controle, etapa, lanço/desafio, encontro, luta, pugna,
percurso, tirada, caminhada, corrida (de corta-mato), largar, largada, arrancar, partir, sprint, escorregar..,
Desporto ginástica, ténis, futebol, basquetebol, andebol, natação, râguebi, voleibol, atletismo, bilhar, hóguei, basebol, boxe, canoagem, marcha,
footinç, golfe, patinagem, ténis de mesa, pinguepongue, pólo-aguático,...
CâPPQ estádio, relvado, campo de ténis, clube, ginásio, piscina, pavilhão, recinto, rectângulo, ringue, pista, arena, rede, baliza, marco, meta, canto,
raquete, esgui, peca, remo, stigue, taco,...
associação, eguipa (f.), grupo, onze,...
marcacão, golo, bola, ponto, tento,.,.
R? vitória, vencer, ganhar, derrota (estrondosa), derrotar, perder, empate, empatar, empatado, desempatar, nulo, vantagem, resultado,
topo da dassificacão, campeão, campeã, historial ( pdlmm ), recorde...
Desportista candidato, condutor, corredor, futebolista, defesa, dianteiro, avançado, médio, extremo-direito (ponta-direita), interior-direito, /
guarda-redes, avancado-centro, esguiador, velejador, velocísta, Mdqer, treinador / cronometrista, locutor,...
Rçqrdi árbitro, fiscal de linha, juiz de campo (de pista), falta, fora-de-jogo, grande penalidade, penalidade máxima, (pennltjt),
Adepto partidário, seguidor, simpatizante, clague, adversário, opositor, competidor, rival, contrário,...

Portuguesa é vice-cam- guida por um atleta por­ B alan ço d a p articip ação lusa
peã europeia do pen­ tuguês em provas com­ Portugal term ina europeu
tatlo. Naide Gomes binadas. Refira-se ainda
com três m e d alh a s
conquista m edalha de que, para além do recor­
prata de nacional do pentatlo, A selecção nacional, que esteve a dis
■ i fez-se história. A a jovem atleta do Spor- tar o Cam peoanto da Europa de Pista
p H atleta portuguesa ting m elhorou o seu
* . J sagrou-se hoje m áxim o nacional no Coberta, saiu de Viena com três
vice-campeã da Europa salto em com prim ento m edalhas na bagagem , o que representa o
ao conquistar a medalha (6,50) e alcançou o já m elhor resultado de sem pre (em term os de
de prata no pentatlo. referido recorde pessoal m edalhas) da história portuguesa em europeus)r
Naide Gomes somou, no nos 800 metros. do género. No entanto, esta não será a m elhor
total, 4595 pontos o que No final da compe­ participação portuguesa de sem pre, um a vez
constitui novo recorde tição, N aide Gomes que em Estocolmo, Fernanda Ribeiro e Carla Sacramento conquis­
nacional batendo em 129 falou naturalm ente do taram duas m edalhas de ouro.
pontos o anterior máxi­ sonho tornado realidade: Mas estes europeus, para além de mostrarem que Portugal con­
mo que também lhe per­ um a m edalha num a tinua bem no m eio-fundo, tiveram o condão de dar a conhecer
tencia, conseguido a 17 grande competição inter­ outra realidade. Revelar uma super-mulher: Naide Gomes, recen­
de Fevereiro, em Espa­ nacional. «o prim eiro tem ente naturalizada portuguesa, sagrou-se vice-cam peã da Euro­
nha. lugar esteve quase, p a no pentatlo. Para além disso bateu dois recordes nacionais (do
N a última prova, os quase lá», afirmou. próprio pentatlo p do salto em com prim ento), e fez três melhores
800 metros, e num a altu­ «Cheguei a ver as coi­
marcas pessoais (60m barreiras, peso e 800 metros).
ra em que Naide Gomes sas mal paradas, no salto
detinha a liderança, a em comprimento, quan­ Infordesporto, 3 de Março de 2002.
portuguesa não foi além do fiz os dois primeiros
do quinto lugar na saltos fracos. Parecia um
segunda série, no entan­ inferno, mas dei a volta
to com um tempo que é por cima e com o terceiro Ouça com atenção e responda.
recorde pessoal: 2 .2 1 ,5 3 . salto, que foi recorde
Resultado insuficien­ nacional, comecei a sen­
te para m anter a lide­ tir-me nas nuvens, no
rança no global das cinco paraíso. Foi excelente,
provas, devido à exce­ mas passei um grande
lente corrida protagoni­ susto», acrescentou
zada pela russa Prokho- Naide Gomes não dei­
rova, campeã m undial, xando de referir as difi­
que term inou os 800 culdades que sente na
metros em segundo prova dos 800 metros e
lugar, com o tempo de que a afastaram 25 pon­
2.13,59. A atleta russa -tos da medalha de ouro.
acabaria por sagrar-se | A portuguesa, natu­
campeã europeia com ra l de São Tomé, disse
um total de 4622 pontos, ainda que não esperava
mais 27 que a portugue- tanto esta tem porada,
Sâ. referindo toda a ajuda e
Esta m edalha de o optimismo veiculado
prata alcançada por pelo seu treinador,
Naide Gomes no penta­ Abreu Matos.
tlo foi a melhor classifi­ ►10 . Êm pares, entrevista im aginariam um trein ad o r de
Ricardo Reis, Infordesporto, futebol real,
cação de sempre conse­ : dispensado. / ou a um jogador a quem
1 de Março de 2002.
o treinad#f%ão . 'oca p ara o s jogos.

oiten ta e cin co 0 5
a rla S a c ra m e n to assiste-se a um verdadeiro 1500 metros no Europeu de

C protagonizou hoje duelo ibérico entre as duas Estocolmo (1996) disse


um renhida disputa corredoras. Carla Sacramen- ainda que já não ganhava
pelo título europeu dos 3000 to acusou então falta de um a m edalha desde 1998
m etros com a espanhola velocidade terminal. pelo que este regresso ao
Marta Domínguez. A falta Domínguez cortou a meta pódio «dá motivação para
de velocidade' terminal aca- e m primeiro lugar, com uma seguir em frente».
bou, mais um a vez, por curta vantagem de nove «Não pensava vir aqui mas
atraiçoar Carla Sacramento centesimos sobre a portu- chamaram-me à selecção e
que deste modo arrecadou a guesa. aceitei com muito gosto, já
m edalha de prata. Inês Mon- Sacramento nem tinha pre-
teiro foi 16° e penúltim a visto a sua participação nes- que o meu treinador tam ­
classificada. tes Europeus uma vez que bém concordou. O grande
A prova começou tem como priorida- objectivo continua a ser o
em ritmo de pas­ N o s 3 0 0 0 f M undial de corta-mato
0 S aT ° nt
do M undo d e
seio com Carla m e tro s . curto, muito mais difícil, por
Sacramento encur­ D u éio Ib é ric o Corta-Mato que se causa da oposição das afri­ e sim pati­
ralada no grupo da realiza no final canas. Agora vou pensar no
dó p ra ta zante do futebol Clube do Porto e
frente. Percorridos deste mês. Porém, o Nacional de Crosse Longe,
a C a r la sinceramente ainda não compreendo
cerca de 1500 S a c r a m e n to facto de ter batido o para ajudar o meu clube, e
metros, a atleta da recorde nacional no como é que estacões de televisão sensacio-
passado dia 17, com depois no M undial de
Eslovénia, I felena Dublin», arrematou. SIC e a TVI ainda não se
Javornik, espicaça a corrida 8.36,79 minutos, e se ter for
com um ataque que provoca nado a segunda melhor do Quanto a Inês Monteiro,
de filmar as cenas de
a divisão em dois grupos, ano, a seguir à etíope Beiha- cedo ficou para trás, não esem censura que se veri-
Marta Domínguez assum e ne Adere, levou à sua tendo pernas para aguentar icam nofinal deTODOS osjoqos de futebol
então a liderança, com res- inclusão na selecção nacio- o ritm o das adversárias. Ter­
postas positivas da russa nal. m inou em 16® com 9.24,87
Zarodozhnaia e de Carla « F o i a m inha primeira ten- m inutos, a distantes 24 outra, esses repórters devem ser corridos ao
Sacramento. tativa a sério nos 3000 segundos do seu recorde
As três isolam-se na frente, metros. Estou a preparar o pessoal (9.20,49), já alcança­
o pódio da prova estava M undial de corta-m ato do este ano.
i.sei
definido. A cerca de 250 curto c isto não era um sair sequer como meu
«Isto correu bastante mal.
metros da meta, Carla passa objectivo prioritário, pelo quando vou apenas vero FCP como slm-
Não volto a este tipo de
para segundo lugar e a russa que só posso ficar contente
jatlzante que sou, tenho que ter o cuidado
começa a ficar para trás. com o resultado. lentei campeonatos sem ter uma
N um a última volta emocio- ganhar, lancei um ataque a grande marca. Estive sem­ estacionar o carro em loi
n a n te , quase 600 metros, que pelos pre nervosa é senti-me bas­ sair do estádio o
vistos foi cedo de mais. tante mal, logo que entrei
Los , ,
Agora, depois de acabada a para a pista. Fico desiludida
corrida, dá para perceber com a experiência, mas não P intitulados "Super
que se calhar era melhor ter é por isto que vou baixar os têm no final d o sjo q o sasu a oportunidade
atacado a duas voltas do braços», . comentou a atleta de pilharem e assaltarem todos os adeptos
fim», comentou Sacramento.
de 2 1 anos. que se cruzem com eles
A cam peã europeia dos
Infordesporto, 3 de Março de 2002.
FCP ou não (!!!).., e a polícia!1 Nada faz.,
claq u e tir a um i° S ° de futebo1' ° mesmo quando apanham esses animais em
mesmo não podemos dizer acção, tudo o que fazem é separar a vítima
de certas claques que vão aos
estádios com outras____ dos aqressores e dizerem "calma"... nada
A Juventude razões e não a s ^ - ^ P°r- mais! É o salve-se quem puder!
Leonina é a cla­ de apoiar o / ^ faz coMo
a M a i o r i a dos t>or + o j o e * só visto!
que de apoio seu clube e
mais antiga no fazer dol r e r e d e ix a d e ir v e r a xperimentem ficar ã volta
frofa. £ s + e P a í s e r t a r a d a v e z i . , .
desporto nacio­ f u t e b o l ' p i o r e n ã o vai M e l h o r a r t ã o /doeStãdlOlUminUtOSãpOS
nal. Foi fundada uma festa. \ r e d o . A educação
em 1976 pelo co M e Ç a n a r e r r o - / ,

filho do então iar. ^ ^ c n m m o s o s e m p p o s d e lU o u Z


¡presidente do vaquear em busca de vítim as. Não raras
.Sporting João
vezes vi jovens com 15 ou 16 an
Rocha. A Juve
ocupa o sector brutalmente espancados por uma multidão
central da Supe­ dessas em troco de uma mísera camisola
rior Sul do Está­ oriqinal do FCP com o nome do DFCO nas
dio de Alvalade e
é a claque que mais apoia o seu clube, costas... é violência qratuita por tudo e por
sem estragar o espectáculo que é assis- nada!

o ite n ta e s e is
7° descida do rio
O que é que acha dos seguintes

7
comentários? i
Guadiana em cano*

l'n idade
T rad u za
El Club ATC Aventura promovió, el prim er fin de
semana de agosto, un descenso más del Guadiana en
canoa, el séptimo, entre Mértola y Alcoutim.
A pesar de que los apoyos son escasos, este Club, de
pequeña dimensión, consiguió reunir a 12 0 personas,
que disfrutaron de las inigualables bellezas de aque­
llos paisajes alentajanos e algarvios. .
£> 3. La salida del embarcadero de Mértola fue efectuada
com un número record de 40 canoas que, durante el
prim er trayecto, se fueron alargando río abajo, hasta
Penha d'Águia, lugar habitualmente escogido para
recuperar fuerzas y reunir la caravana.
orno tem acontecido noutros países, a propaganda política extremista nos estádios

(
> 4. El prim er día el paseo incluyó una parada en
portugueses tem evoluído em funcão das modas. E, liá meia dúzia de anos, ameaçou Pomamo, donde los participantes comieron y tuvie­
alastrar à generalidade das claques organizadas dos clubes, por imitação dos rituais ron la oportunidad de disfrutar de las fiestas de
encenados pelos No Name Boys, do Bertfica, no estádio da Luz. aquella localidad.
Símbolos ultianacionalistas, como as cruzes celtas, ou saudosistas do nazismo, como ¡> 5. En la mañana del día siguiente el grupo fue dejando
as bandeiras das Waffen S \ podiam ver-se, regularmente, no meio das claques. No entan­ lentamente el embarcadero de Pomamo, en dirección
to, da parte da federação ou da Liga, jamais foi empreendida gualguer acção repressiva, a la Villa de Alcoutim, donde tuvo lugar la tradicional
nomeadamente pela via legal ou regulamentar. sardinada en el Castillo, precedida este año por un
Agora, voltando a guestão á ordem do dia, confirma-se a inexistência de legislação gazpacho preparado a la manera tradicional.
Más que de deporte, se trata de una actividad recre­
ativa que permite la convivencia entre participantes
de (lubes. No entanto, e segundo disse ao EXPRESSO o secretário-geral da f PE, o guadro
y la posibilidad de apreciar las bellezas naturales de
regulamentar pode mudar. António Segueira admite todas as «alterações necessárias», la región.
caso o recente fenómeno visto em Itália alastre a Portugal.
De momento, apenas existe uma recomendação da UEFA para os delegados aos jogos
das provas europeias, no sentido de exigirem da polícia a retirada de guaisguer símbolos
de índole racista, nazi ou de instigação à violência, fora isso, a organização supranacional
deixa ao critério das federações o modo de agir.
_ A partir dos últimos acontecimentos, a UEFA fez uma Explique a diferença...
MeiboroVl “ aprofundada e começa a apontar para
rança nos estadios, a \ a uniformização de critérios, de modo a induí- a) das se g u in te s p alav ras:
prinewa c o is a ? u e a n o $ sa V los na regulamentação vinculativa de todas as 1. Cerca / cerce / cerceamento.
,u r°a ( ' e ' " i ^ í n ^ ^ i J ^ f íesi™ p ? ® < le futebol, 2 . Cercadura / cerco.
fr ir a e n t r a d a a e s s e s / bo então, seaté lá não se tornarem exigí-
b) das p a la v ra s em itálico :
in d rvid u o s... r : : S \v eis medidas mais urgentes, a fPE conta alterar os
regulamentos das competições nacionais. 3. Há cerca de cinco meses que nãoi „ ' Gor+a
 simbologia política extremista, nas bancadas dos estádios lusos, fumo. / </e Pescar? Pro­
n,mca foi levada a sério, enguanto não começou a misturar-se 4. A professora falou-nos acerca de c ure ínforMação e
</ê üiviai ijicas a c ç r ■

* om manifestações de violência física e, até, com o envolvi­

-
mento das claques no consumo de drogas.
folclore para uns, exibicionismo juvenil para
outros, o certo é gue foi necessário morrer um
Lobo Antunes.
5. Havia cerca de mil pes­
soas no Rossio.
6 . Os invasores puseram
cerco à cidade.
\ Ca «/este d e spor-

c) da seguinte expressão:
7. Cerca das malvas.

raça uma lista de coisas nega1


tivas acerca do futebol e redi­
ja uma queixa.
P ara u m a m e lh o r P R O N Ú N C I A
R eco n h ecer os sím b o lo s fo n é tic o s
Consulte as páginas 198 a 200 e relembre o alfabeto
fonético. Será um a grande ajuda quando consultar
Paronimia
novas palavras num dicionário. / pa(avras parónÍMas
f rao palavras coM li^ n ifi'
r o n ú n c ^ ca«|o t/iferen+e) Mar coM pro'
noncia e g rafia Moi+o parec i ■
, <ja s, o que, por v e z e s , pode
Ouça com atenção e ponha nas pala­ \ dar origetn a con* /
vras nas quais o "S" tem um a pronúncia forões.
diferente.

1. □ Sapato 8 . □ Pausa
2. □ Ocasião 9. O Passo
3. □ Sandra 10. □ Sorte
4. O Valsa 11. □ Televisão
5. Q Blusão 12. □ Sangue
6. □ Sintético 13. □ Seguro
7. □ Simples 14. Q] Casino

Ouça com atenção e escolha. Una os


seguintes termos com a sua fonética.
kCom a ajuda de um dicionário procure o
* significado de cada palavra e construa
Ex.: Mochila [mufilv] _ duas frases de modo a explicar os seus
diferentes significados.
1. Jogo a [pRi/kár]
2. Façanha b [ísusésu] Ex.: Quarto [kwártu] / Quatro [kwátru]
c [awsiljár] a) D eitei as paredes todas abaixo e f i z uma
3. Piscina
«suite» com banheira incorporada dentro do
4. Desafio d feógu] quarto de dormir.
5. Arriscar e [fnséjiB] b) A H istória do B rasil está in d isso lu v e lm en te
f [vêsér] ligada a quatro homens de nome Pedro.
6 . Insucesso
7. Perigoso g |pi/síne] 1. Com prim ento [kõprim etu] / Cum prim ento
[küprimetu]
8 . Vencer h [klBsifiknséw]
a ) ..................................................................................................
9. Classificação i [diznfíu] b) ...................................................... ..................................
j [pirigozu] 2. Perfeito [pirféjtu] / Prefeito [priféj tu]
10. Auxiliar
a) ...................................................................................
b) .........................................................
3. Emigrante [emigreti] / Imigrante [imigréti]
a) .........................................................................................
b) ......................................................................... -j.............
4. Descrição [diykrisííw] / Discrição [di/krisnw]
a ) ..................................................................................................
b) ..................................................................................
5. Eminente [eminéti] / Iminente [imineti]
a) ...................................................................................
b) ..................................................... ...................................
6 . Estufar [i/tufár] / Estofar [i/tufár]
a) ...................................................................................
b) ....................................
7. Moral [murál] / Mural [murát]
a) .........................................................................................
b) ........................................................................................
8 . Rebelar [Ribilár] / Revelar [Rivilár]
a ) ..................................................................................................
b) .........................................................................................
9. Evasão [ivazew] / Invasão [ívaznw]
a) ...................................................................................
b ) .........................................................................................
10. Crer [krér] / Querer [kirér]
a ) ..................................................................................................
b) .........................................................................................
Unidade 7
Form ação das palavras: Com postos eru d i­
tos (p rim eiro s elem entos)
De acordo com o exercício anterior, distri­
Com a ajuda de um dicionário, procure, bua os seguintes vocábulos.
na lista à direita, a palavra ou expressão
que corresponde ao elemento dado. "1
fisiocracia aguífero anemómetro hidrofobia I
cosmografia ígneo termodinâmica aquílego
pirogravura ig n ição anemoscópio hidrófugo
agricultor orografía piromaníaco ignífugo
cronologia geologia ferromagnetismo heliógrafo
hidrocefalia férrico xilografía arborícola
xilofone geosfera cosmogonia arborizar
litografia xilólatra heliocêntrico geografia I
cronómetro fisionomia fisioterapia termómetro I
J

1. Agri--------------- a) N atureza
2. Anemo- b) M undo
3. Aqui- c) Pedra
4. Arbori- d) Ferro
5. Cosmo- e) Fogo
6. Crono- f) Vento
7. Ferri- g) Madeira
8. Ferro- h) Fogo
9. Fisio- i) Agua
10. Geo- j) Sol
11. Helio- k) Calor
12. Hidro- ------ ► !) Campo
13. Igni- m) Ferro
14. Lito- n) M ontanha
15. Oro- o) Arvore
16. Piro- p) Terra
17. Termo- q) Água
18. Xilo- r) Tempo

Encontre a palavra correspondente


às seguintes definições.

Ex.: Serração Oficina onde se serra.


1. Armadilha para caçar ratos.
2. Ele dá testemunh do que ouviu.
1.3. Ela faz trabalhos de moagem.
4. Ele induz, instiga.
5. Lugar onde aterram ipterc
6. Ele é de fora da terra.
7. Ela faz parte do corpo di
Ele comanda uma força.
9. Ela mora nesta paróquia
10. Uma pedra grande.
u m n t o s n

norte do A lentejo conhecem-se mais de


R elem bre ..'j milhar de monumentos megalíticos.
Dólmenes e menires foram erguidos, há
................inco m il anos, durante o Ufeolítico, pelas
De acordo com as regras aprendida^
no e com a ajuda do dicioncr primeiras comunidades agropastoris.
rio, complete o seguinte quadro. , 9fos concelhos de M arvão e Castelo de 'Vide,
por entre extraordinárias form ações g r a n íti­
cas e nas imediações de pequenos vales f é r ­
teis conhecem-se mais de meia centena de
sepulcros megalíticos e cinco menires. D es­
tes, destaca-se o da M eada, em Castelo de
Unidade 12 Vide, o maior existente na Península Ibérica,
totalm ente talhado pela mão humana. Com
1. B rincar sete metros e meio de altura e pesando cerca
de vin te toneladas, fo rm a , conjuntam ente,
2. Ferver com mais quatro menires, um deles j á em
território espanhol, o da Porra d c f fu r r o ,
um alinham ento que parece separar dois
3. Servir
territórios. A S u l, nas encostas da Serra de
S . M amede, abre-se um território> que f o i
i. Viver
ocupada por g e n tes que da terra tiravam o
seu sustento. A üfprte, ju n to ao Pejo, em
solos mais fra co s deambulavam gen tes apas­
centando os seus gados. D uas economias
que se reflectiram em diferentes atitudes
perante a morte.
"Jfp território mais a éhfgrte, especialmen­
5. P roibir te no concelho de 9fisa, as com unidades de
6. Exigir pastores construíram, com pedras de xjsto.,
pequenos sepulcros. A S u l, em terras de
íMarvão e Castelo de Vide, as comunidades
7. Mudar
agrícolas levantaram grandes dólmenes em
8. Sacudir g ranito, de entre os quais se destaca o da
9. P a ra r M elriça, em Castelo de V ide ou o da Laje
10.N u t r i r dos fra d e s, em M arvão. üjecrópoles, como a
dos Coureleiros, em Castelo de V ide, fo rm a -
por qua­
tro antas de
v e lu m e tr ia s
e espólios
funerários
—i ' ,
distintos
parecem
indicar c la ­
ras hierar-
gg : quias sociais
B g j i j j entre os
M ¡ Cumulados.
Site CM. C.
+* Vide
!»*•*
3
U

n o ven ta
#•

E proibida a publicidade que


atente contra a dignidade

\ o fim da u n id a d e sab erá

i 0 M arv ão :

• F e s ta d o c a s ta n h e iro ;
• F e ir a d a c a s ta n h a .
0 A p u b lic id a d e :

• P r i n c í p i o d a li c it u d e ;
• R e s tr iç õ e s à p u b li c id a d e ;
• O s e x is m o n a p u b li c id a d e ;
• E x p re ssa r o p ü ú ão ;
, • A te le v is ã o e a p u b li c id a d e
0 L e i t u r a e im p r e n s a :
• A n o tí c ia ;
• A r e p o rta g e m ;
• A c ró n ic a ;

• O jo r n a lis ta e a s o c ie d a d e ;
• G u te m b e r g .
0 T e s te c u l t u r a l .

noventa e um
Marvão
ila d e orig em m o u ris c a s itu a d a a
862m de a ltitu d e , fo i c o n q u is ta d a aos
M o u ro s e n tr e 1160 e 1166 p o r D . A fo n ­
so H e n riq u e s .
E m 1299, D . D in is m a n d o u re c o n s ­
t r u i r o ca ste lo e as m u r a lh a s , o b te n d o o
títu lo d e "M ui N o b re e S e m p re L e a l
V ila de M a rv ã o " c o n c ed id o p e la R a in h a D .
M a ria II.
A trib u i-s e ta m b é m a M a rv ã o a c a r a c te ­
rís tic a d e s e r u m "V e rd a d e iro N in h o de
A guias o n d e se vêem os P a s s a r o s p e la s C os­
ta s" , po is d a to r r e d e m en ag em do seu c a s­
telo a lta n e iro o b têm -se u m v a s to e d e slu m ­
b r a n t e p a n o ra m a o q u a l se p e rd e de v ista .
P a r a além do C a ste lo , são as su a s r u a s e
v ielas q u e lh e d ã o b e le z a n o m eio do c a sa rio
b r a n c o e do e m p e d ra d o d a s c a lç a d a s , o n d e
o a r q u e se r e s p ir a e v e rd a d e ir a m e n te p u r o .
O seu a sp ec to m ed ie v al deve-se à p r e s e r ­
v a ç ã o de u m estilo p r ó p r io com o é o caso da
u tiliz a ç ã o de p o r ta s em m a d e ira de
c a s ta n h o , a e x istê n cia d e c u rio s a s
c h a m in é s a le n te ja n a s o u ta m b é m
as v a r a n d a s d e f e r r o f o r ja d o e
p o d e m o s a p ^ ^ ¡ saS estão a «v alg u m as ja n e la s típ ic a s q u e lhe
£ T 5 ¿ ^ ** ^ T d e n t r o d e i ^ o ^ ^ : d ã o a s p e c to d e u m a p u r e z a
ÜS"ta p u b l i c a r l e tanto apreaas. S s e ioAs pedestres, in c o m p a rá v e l.
rente. D e n tro do C astelo d e M a rv ã o
c o m p ^ de2 golfe
g de lazer atraem
outras actividades rrvasão de pes p o d e v isita r-se u m a d a s m a io re s
eS8aT v ü ã t e m de c is te rn a s d a E u r o p a . N o c e n tro
d o p o v o a d o existe u m p e lo u rin h o
p e d r o -
e ju n to às m u ra lh a s o c o n v e n to
de N o ssa S e n h o ra d a E s tre la ,
laisagem d e b é m é necess; p o n to de a tr a c ç ã o tu rís tic a .
Pedro:
desenvolvimento qu dQ com o verdadeiro
COm , estou mterramente de ^ uW M a rv ã o in se re -se n o P a r q u e
e o desen- a t u r a i d a S e r r a d e São
-‘c ”as's “ “ da c â ro » a esta
M am ed e e p o ssu i u m m agnífi-
c o n ju n to d e elem en to s q u e
v o l u n t o s^ ad ° v ir isso era o pau Sabes ^
t o r n a m tã o e s p e c ia l: os
m o n u m e n ta is c a s ta n h e iro s .
W W W .tu ris m a r v a o .p t (ad a p ta d o )

* * “ f a ? ^ ^ „ C u o i ^ r ‘ero s
está a ser íelt°® R a c i o n a l .

n o v e n t a e doi s ( d u as )
Principio da licitude

Unidade 8
1 - E proibida a publicidade que pela sua formal
objecto ou fim, ofenda os valores, princípios i
instituições fundamentais constitucionalmentef
consagrados.
2 - E proibida, designadamente, a publicidade que:l
a) Se socorra, depreciativam ente, de insti­
tuições, símbolos nacionais ou religiosos ou
personagens históricas;
b ) Estimule ou faça apelo à violência, bem como
a qualquer actividade ilegal ou criminosa;
c) Atente contra a dignidade da pessoa humana;
d ) Contenha qualquer discriminação em virtude
da raça ou do sexo;
e) Utilize, sem autorização da própria, a imagem
Produto serviço, objecto, artigo, marca... ou as palavras de alguma pessoa;
08228825 emissor, empreso, organismo, instituirão... f) Utilize linguagem obscena;
g) Encoraje comportamentos prejudiciais à pro­
publicitar, dar publicidade, fazer propaganda, dar a conhecer, comunicar,
tecção do ambiente;
informar, divulgar, difundir, difusão... • h ) Tenha como objectivo ideias de conteúdo sin­
patrocinar, apoiar, patrocinadores, financiamento, contribuição mone­ dical, político ou religioso.
3 - Só é perm itida a utilização de idiomas de outros
tária, meios técnicos, competência...
países na mensagem publicitária quando esta
publicidade, mensagem publicitária, campanba publicitária... tenha os estrangeiros por destinatários exclusivos
redame, spot, comunicação, notícia, mensagem, anúncios luminosos, ou principais.
anúncios de compra e venda, de aluguer, de emprego, de pedido de

Suporte publicitário televisão, rádio, imprensa, jornal, revistas, meio de comunicação


decálogo acerca^
social, programa, intervalo, cartaz... do consumidor.
Interromper interrupção, suspender, cortar, longas metragens, filmes para televisão,
séries, folhetins, programas de diversão, documentários...
"Credo, que bruto !!" — m
Destinatário receptor, público-alvo, população, povo, comunidade, colectivo...
á uma linha de perfumes que, regra geral,

H
Incitar à compra estimular, impelir, provocar determinada reacção, lesar direitos, aposta sempre em campanhas ousadas. Nos
atentar contra a integridade... diversos filmes publicitários da marca, entram
Princípios licitude, identificação, veracidade, respeito pelos direitos do con­ mulheres bonitas e homens musculosos. Até
aqui, nada de novo. Agora este último anúncio, está
sumidor, fiscalização, Instituto do Consumidor, denúncia, sanções,demais... temos um a sala, uma m ulher e um homem, mas
coima, medidas cautelares, cessação, suspensão, proibição... o que se passa dentro daquele apartamento, é realmente
Propaganda subliminar, publicidade oculta, dissimulada, enganosa... original. Partem tudo. Começam nos copos, passam pelas
peças delicadas de cristal e até os cortinados marcham !!
Tudo porque o macho de serviço é um "bruto" e a menina
p e s a r d e h o je e m d ia o s a n ú n c io s se xista s
de serviço... GOSTA !! Apesar do declarado tom sexista da

â
e s ta re m in te rd ito s , a r e a lid a d e é q u e a c a n d i­ coisa, o spot está bem conseguido. A ideia é, obviamente,
d a tu ra d e u m e m u lh e r é , m u ita s v e z e s , e lim i­ fantasista, mas há algo de verdade no spot. Pelos vistos,
n a d a s im p le s m e n te p e lo fa c to d e ser m u lh e r nunca a violência doméstica serviu tão bem para vender
um... perfume. Reveja o anúncio e olhe-o de outro ângulo.
o u p e lo fa c to d e te r filh o s . Em g e ra l, d á -s e p re fe r ê n c ia
A coisa torna-se mais cruel e violenta...
a um h o m e m e n ã o a u m a m u lh e r q u e te n h a a seu c a r g o Luis Pedro Abreu, Jornal Nova Guarda, 1999.
a e d u c a ç ã o d e u m a fa m ília .

Há algum anúncio que deteste


especialmente?
I
1. Descreva algum anúncio que do seu ponto de vista
seja sexista. Justifique.
2. Prepare um questionário para fazer aos colegas acer­
ca das suas preferências publicitárias.
3. Acha que a m ulher devia deixar de anunciar carros,
detergentes, etc.?

n oven ta e três 9 3
Corw a
a j u d a d os
J e ju ín + e J J a d o s ,
r e d i ja a Minha
b iografia.
Redija U a i de n ascim e n to : Moqúncia (Alemanha).
la m illa : Próspera: pai e tio funcionários da (asa da Moeda do arcebispo de Mogúncia, onde
terá aprendido a arte em trabalhos de metai.
1 4 2 8 : Partida para Estrasburgo; primeiras tentativas de imprimir com caracteres móveis.
t U / Provável data do primeiro impresso (um papel de 11 linbas) na sua prensa original.
1 U 8 : Regresso a Mogúncia.
1 4 5 0 : (onhece Johann fust, recebe dele um empréstimo de 8 0 0 ducados: criação da empresa
“ Das Werk der Buchei" (fábrica de Livros); Pedro Schoffer entra na empresa; P. b. terá
descoberto a maneira de fundir e fabricar caracteres, aliando o chumbo ao antimonio; P.
Compare as manchetes dos seguintes
jornais aparecidos no mesmo dia. S. descobre uma tinta composta de negro de fumo; mas é a Gutemberg a guem a história
atribui o mérito, pela ideia dos tipos móveis e pelo aperfeiçoamento da prensa.
k p ren sa: Já era utilizada para cunhar moedas, espremer uvas, fazer impressões em tecido e
acetinar o papel.
P rim e iro s im p re sso s: Várias edições do “ Donato", bulas de indulgências concedidas pelo
Papa Nicolau V.
1 4 5 0 : Inicia a impressão da célebre “Bíblia de guarenta e duas linhas", em duas colunas.
P ro cesso : (ada letra composta à mão; colocar cada página na impressora, tirar a página, dei­
xar secar, imprimir no verso.
ilip ó te s e s : Imprimia trezentas folhas por dia; usava seis impressoras; cerca de 300 cópias
da Bíblia (actualmente existem (0 ); 1(55 data provável da publicação da "Bíblia de kl
linhas",
I B íb lia ; 6(1 páginas; cópias não idênticos; algumas, no início de novos capítulos, têm
pintadas â mão, em caixa alta.
p e rita s : Â Bíblia impressa em 10 seccões; imprimindo 130 páginas de cada
uficientes tipos).
; Dezfaz-se a sociedade; dissidências entre Gutemberg e fu st; intervenção
da justiça; julgamento; dívidas; fust fica com a impressora, os tipos e as bíblias já
ompletas.

■s&mss
MÉDICOSAMEAÇAMCOMGREVE.
NONATALEBOICOTAMURGÊNCIA!,
Directores clínicos exigem que o ministro da Saúde
prove acusações de caciquismo ou se retracte«.
'Taxas de
¡multibatico
I "Kursk" *>-
voltou á penalizam
| superfície ■«abusadores»

'IRA já começou
la entregar as armas

I Benfiea
O N U denuncia bombardeamento
I contesta divida
de 700 nul contos de hospital militar no Afeganistão I
I ao fisco MdsdeimaceiítenademonosnoSiildoAfeganisláo ! Loiuirssassegura<juePampos,k jj
treinoat-Qaedaforamtodosdestruídos! Antraz noscorreios da CasaBranca

Estado palestiniano é o melhor remédio contra o terrorismo

âH Conta

noventa e quatro
A A A A A
é é w é é inevitabilidade da tele­

IA
f * f \ ^ 4 *& i*4 *Á 4 4 (4 s A Íf4 ^ * Á 4 4 ' 4 ^ -C 04)í**~

4 4 4 ', *4 *Á c^ 4 4 *Á c4 *^ Í4 ii*C 4 ^ 4 '4^-0 4 4 *^ 4 )/t*m


% C A ^ /sb sj^ & jL c ^ 4 /i4 r 4 - 4 4 *6 ' Á *$ 4 *4 4 *4 ),
A visão nas sociedades con­
tem porâneas, a sua

influencia sobre as crianças


e as desesperadas - e por vezes ingé­
nuas! - estratégias dos pais para pro­
4 4 ) ¿ 4 4 > 4 *4 4 4 *V ^ 4 ' 4^ 4*M *Á 4) ;
tegê-las são com frequência alvo das
0 4 ^ f jÁ C 44/ J* * A * / j4 - 4 4 jj4 ¿*^ *4 4 4 í*4 4 */t4 '

4 - 4Y44*4> /\44' 4/, 4A^* ^ v M ^ x ÍM - ,


preocupações de sectores académicos
y ou da imprensa. Atribuindo à TV uma
4 *4 4 ) 4 )4 ' 4 j^ /)4 /l4 4 *to ^ 44)4*44*44**/)-
ascendência frequentemente totalitária
% 4 *4 ' if4 ^ * Á 4 4/,
sobre as crianças, aqui e ali irão des­
£ ) H ¿4 > 4 4 *4 4 )/\4 ^ 4 , 4 4)4*4 4*44 *04 ' VO CO V” pontar análises de como as horas de
1
4*\J4> 4'] exposição à TV tornam as crianças vul­
4 ^ f\¡4 4 ) 4 4 *C 4 *4 )4 f^ 4 ^ 0 4 )4 ' 4 *4 4 ) 4 0 4 * 4 4 * - neráveis ao consumo, aos conteúdos
4> h Á À o/U 4'í violentos, a um a formação emocional e
Á ) f\¡44> 4 4 *^ 4 \4 /4 4 *4 4 4 4 4 ), h u t c sexual precoce e - mais grave - como,
44)4 *4 *0 / 4)4*' 4 4 ^ *4 4 *4 *4 / 4^ % XÁ4> -t4' apontando para a criança, a TV está
j* 4 )/ l 4 ^ 4 *to 4L 0 4 4 )4 *4 4 *4 V 4 )’,
garantindo a perpetuação do sistema
4 r j fs já o 4 4 *(^ /\4 - 4 - 4 /4 *4 % 4 4 *4 *4 -, 4 * 4 4 '
político e económico hegemónico.
Em grande parte das famílias, são
0?4 Ít*Á 4 *4 / 4*0 4 4 )4 /0 *4 -4 4 ', Á & -^ /l4)^ /l*4-~
3 4(44(44' ^ 4/1 4-^ 44*^ *444' 4)4*- oO o 4^ 4*--
as crianças que ligam os aparelhos de
TV, definem a programação que será
13
tm |)
% 0 4 ' 4 4 $ *4 /h 4 *0 4 4 *¿tt4 ' 4)4*' 4440-4^*414)4/,
fs¡Á O 4*4 4 4 )4 *4 - 4) 44)4*44*41*4) -Á 4 4 4 4 4 '
assistida e até a sua localização no
espaço doméstico. Isso não significa,
J 0 f4 0 *Á 4 4 ' 4 4 ) 4 /4 4 /1 4 *4 *4 ) ^ *4 *4 4 ) 4 )4 * 4 *

4 4 )4*À 4*^ Â O Á c AJ4*4A *L c 4 ']


no entanto, que as pesquisas sobre
televisão e criança dêem conta desta
f\ ¡4 0 4 4 *1 1 *4 *^ 4 ' 4) %Z4)/V Á t- 4 to 0 4 )L relação tão rica. Analisa-se a TV sob a
j|¡ -Á 4 4 ' if4^ f*4^ 4*4' 44)44*4) 4 ]4 *4 ^ *Á 4 4 ^ 0 perspectiva da vilania, mas as
j^ -0 4 *t*4 J4 -. crianças, enquanto actores do processo receptivo, e os jogos que
4¡tm & 'jf*/t4 )*0 * ^ 4 / 4 ' 'jf4 *0 0 -*4 *Á 4 4 (c- 4(0 $?4& *~
fazem com a TV, ficam de fora.
Em geral, a lógica dos meios é reforçada pelo suposto
'Á 4 4 ' 4 0 4 4 )4 )0 *4 4 *4 -, 4 *4 - %í O-4AJ*44*4) O 4 *4 -
carácter eminentem ente passivo da criança, que, por ser
- l/ íÁ lo , ía 4 a & * 1 ' 7 ¿ * '1 ' 2 1
criança, não teria ainda o instrumental que lhe permitiria ser
% O 4 1 ~ v h 4 *'tc/i'’ , crítica, o que a tornaria necessariamente favorável às mensa­
^ j y Que restrições gens televisivas, um a vez que "somente a partir de uma postu-
t/everia t e r fiara si
a publicidade diri­
I ra crítica é possível absorvê-la [a TV] com isenção e perceber as
gida a Menores? t suas sutilezas, os seus efeitos, as suas possibilidades". Conside­
rar a criança como criança, aqui, não é tomá-la em sua especifi­
cidade, mas como um a m iniatura do m undo adulto.
Existem autores para quem o simples facto de ver televisão
favorece, na criança, uma "actividade mental passiva". Deitada,
imóvel, a criança consome tudo o que aparece e absorve como
uma esponja os conte­
údos emitidos pela
TV. ‘
In. Rev. Visão, Julho
2001 (adaptação).
A notícia
Todo o jornalismo se baseia na informação. E o que é que
consideramos como informação? E apenas um aconteci­ É o género jornalístico em que se pretende dar uma
mento actual. Se essa informação tem interesse para o noção de proximidade entre o acontecimento e o leitor.
público, podemos considerá-la como notícia (e obviamen­ Trata-se de um documento fiel de determ inado aconte­
te que a novidade pode constituir factor de interesse cimento. Pode ser previsível, constando da agenda dos
num a informação). jornais ou imprevisível.
E todo o trabalho do jornalista é tratar a informação. A A preparação e a execução de uma reportagem são
informação transforma-se e é apresentada de formas dife­ das tarefas mais comuns na vida de um jornalista. E a
rentes ao leitor, mas a sua essência não m uda consoante o experiência que indica como se deve proceder perante
tipo de género jornalista em causa. cada situação. No entanto, é possível tomar alguns cui­
Poderemos supor o caso de alguém que m orreu após um dados antes de sair para executar o serviço:
acidente de viação: será uma informação capaz de interes­ 1. Busca de informação - saber exac­
sar o público? tamente qual o pretexto da reporta­
Depende: se esse acidente for num local distante, se a pes­ gem, o local onde será executada, os
soa que morreu for desconhecida dos leitores ou se isso se meios de transporte que dão acesso a
tiver passado há 40 anos, o leitor terá com certeza pouco esse local e a que horas aí devemos
interesse em ler essa informação. Por isso não deveremos comparecer.
considerá-la sequer notícia. 2. Documentação - procurar junto do
(...) arquivo informação sobre o tema da repor­
A notícia é portanto o relato de um acontecimento tagem. Poderão existir já reportagens ante­
com interesse. Divide-se em duas partes: o lead, ou riores com informações importantes ou que
cabeça da notícia, e o corpo da notícia. O lead consiste no nos dão pistas para questões a colocar no local.
parágrafo inicial, que deve conter, não só o 3.Material - é essencial não esquecer o material de
(quem o fez?) mas também quando e onde sucedeu. O reportagem. A maior parte dos jornalistas usa
corpo da notícia é a parte restante. um pequeno bloco pautado ou de folhas
brancas para tomar as suas notas, e even­
tualmente levará um gravador para
recolher depoim entos. N este último
caso é preciso certificar-se que o gra­
vador está a funcionar e que as
pilhas estão novas ou recarre-
o n i e

, dos géneros jornalísticos, aquele que

E permite maior liberdade de escrita: ab o r­


da-se um tema ou apenas um episódio,
com uma interpretação do autor. Trata-se de
um tipo de texto em que a o pinião se
sobrepõe claram ente à inform ação, embora
se deva partir desta p ara extrair conclusões.
A estrutura da crónica não obedece,
como seria de esperar, a quaisquer regras
esp eciais - ficando inteiramente ao critério do
jornalista. Pelas suas características, a crónica
é um tipo de texto que em princípio só é escri­
to por especialistas em determinados temas ou
mesmo por personalidades convidadas pelo
jornal a exporem a sua opinião.
A p esar da liberdade de escrita que
existe neste género jornalístico, aplicam-se-lhe
as mesmas condições de qualquer outro géne­
ro - utilizar uma linguagem c lara e ser coe­
rente na exp osição.

João Barreiros, Introdução ao jornalismo,


Plátano Editora.

noventa e seis
f -nt¡gañiente, o L a rg o era o centro do m undo. ‘Praça, rossio, terreiro
Q uem lá dom inasse, dom inava toda a Vila. Os mais inteligentes
e sabedores desciam ao Largo e daí instruíam a Vila.
Hoje, as notícias chegam no m esm o dia, vindas de todas as par­
tes do m undo. O uvem -se em todas as vendas e nos num erosos cafés
que abriram na Vila. As te le f o n ia s gritam tudo que acontece à super­
fície da terra e das águas, no ar, no fundo das minas e dos oceanos.
O m undo está em toda a parte, tornou-se p eq u en o e íntimo para
todos. Alguma coisa que aconteça em qualquer região todos o sabem
imediatam ente, e pensam sobre ela e tom am partido. N inguém já des­
conhece o que vai pelo m undo. N inguém fica de fora, todos estão
interessados.
A Vila dividiu-se. Cada café tem a sua clientela própria, segundo
a condição de vida. O Largo, que era de todos e onde apenas se sabia
aquilo que a alguns interessava que se soubesse, morreu. Os hom ens
separaram -se de acordo com os interesses e necessidades. O uvem as
telefonias, lêem os jornais e discutem. E, cada dia mais, sentem que
alguma coisa está acontecendo.
Manuel da Fonseca, O hogo a as Cinzas ( 1951).

Tendo em conta o segundo texto, escrito


no final do séc. X IX, e o primeiro, em
m eados do séc. X X , escreva um terceiro
texto, situando-se no início do

O jornalista tem na sociedade


um a influência m uito mais pro­
funda que a do mestre-escola e res­
ponsabilidades m uito m ais sérias e
m uito m ais graves. É o jornal que refere
e que explica ao povo os diferentes fenó­
m enos da sua vida política, da sua vida
social, da sua vida económica. É o jornal
que faz a crítica das instituições e dos
costumes. E o jornal que estabelece o cri­
tério por que têm de ser julgados os fac­
tos da vida civil e da vida moral. É o jor­
nal que eleva ou que deprim e o nível da
inteligência pública. E o jornal que
fixa para a m ultidão o ponto de
vista nas altas questões da
honra, da dignidade e do
dever.
Ramalho Ortigão (1836-1915), As Farpas II.
i— ít G J i - t ijm — tí:

‘ ilM lllIlll
i

sensacionalista,

¡mprensa, recortes de imprensa...


impressor, prelo, tipografia...
letra, palavra, frase, texto, leitura, literatura, prosa, romance,
conto, novela, história, ensaio, poesia, poema, lírica, artigo,
obra, bilhete, missiva, escrito, notícia, (tónica, reportagem..
Ilc escrevinhar, rabisco, rabiscar, gatafunho, gatafunhar, trato...
screv i escrita, escritura, letra, caliqrafia, desenho...
por escrito, à mão, à máquina...
Corriqir correccão, emendar, corrector, revisor, provas tipográficas,
corrigenda = errata, erro, gralba...
lapiseira, caneta, esferográfica, estojo, tinta, tinteiro, marcador

revista, jornal, diário, semanário...


capa, contra-capa, folha, folba de rosto, (folhear um livro), Ouça atentamente as notícias
página, título, linha, entrelinhas, margens, anotar... do telejornal e responda às
seguintes perguntas:
recensão, crítico, criticar, julgar, apreciar, dar opinião, julga­
mento, elogio, censura, condenar, dizer mal (de)...
anúncio, fotografia, rolo, tirar, revelar... N o tícia 1­
1. O que é que faz o sujeito que acorda de m adruga­
escritor, poeta, jornalista, escrevinhador, rabiscador,
da com um ruído?
secretário, notário, escriba, escrivão, copista, Intelectual... 2 . O que aconteceu em seguida ao sujeito?
3. Que motivo determ inou tam anha crueldade?
N o tíc ia 2a
1. O que intrigava José dos Santos naquela manhã?
2. Esse m au pressentimento veio a confirmar-se?
3. Que consequências teve a pronta intervenção deste
observador?
N o tíc ia 3â
1. Quando é que o empregado se apercebe verdadei­
ramente de que os indivíduos eram assaltantes?
2 . ü que tenta fazer para se defender?
« U S D ! V IV E U D E 10 D E A B R IL DE 1 9 3 5 ,
3. Porque é que a tentativa de accionar o alarme saiu
f f ir ¡ E C k D E Z : :',8RQ D E 1 9 3 6 frustrada?
I) ESCRITOR BRANQuiNHQDAfORSEtk. 4. Transcreva a frase que alude à forma como é
HASíflMEMORACÓES DO empreendida a fuga.
5. Depois de várias peripécias com passageiros e polí­
■GÍNOUENÍENARIO O A PRESENÇA .. cia, o que faz deter os assaltantes?
HOMENAGEMDA CÁMARA MUNICIPAL BEMkRNKC.
RIJVERNO CIVIL DE PORTALEGRE. Descreva resumidamente a sua atitude perante as
£ SECRETARIA DE ESTAJO DACUOTA situações relatadas nas diferentes notícias, conside­

SlTEMBftüfitWn rando que estaria no papel de:


► a) Marido de Maria (notícia 1);
► b) José dos Santos (notícia 2);
► c) José (notícia 3).

no ven ta e oito
$
Unid&cfe
N a A le m a n h a, qua tro mortes podem ter sid o causadas
p ela a c ç ã o d e um m edicam ento p a ra a ju d a r à lib e rta çã o d o
ta b a c o . O m edicam ento Z yba n foi p ro d u z id o p e lo la b o ra ­
tó rio b ritâ n ic o G laxoS m ithK line e é a p o n ta d o co m o p rincipa l
responsável pela morte d e 5 7 pessoas na G rã-Bretanha. O
la b o ra tó rio G laxoS m ithK line n ã o a d m ite a hipótese de tirar
o Z yba n d o m erca d o , referiu um porta-voz d o la b o ra tó rio .
"N ã o há provas d e q ue a morte das pessoas se deva a o
nosso m edicam ento", sublinhou. N a A lem anha é c o m e rcia li­
z a d o desde m eados d o a n o 2 0 0 0 e fo i prescrito a ce rca de
3 3 0 mil pacientes, d e a c o rd o com um jornal e co n ó m ico
a le m ã o .
D.N. 21.01.2002

Leia com atenção e responda

j*. 1. Leia a primeira notícia ocorrida na Alemanha,


i* 2. Leia depois a notícia referente a Portugal.
I* 3. Anote as diferenças entre o caso alemão e o caso
p 1. Ouça com atenção o que se passou 8
português.
em Inglaterra.
p 1. Compare o caso inglês com o alemão e o portu­
Alemanha Portugal guês.
m pleno ano 2000 , ainda nos perguntamos sobre configuração ideológica do jornalismo^

ve
tu
H H »*
E qual o verdadeiro papel dos homens c das
mulheres na sociedade. Lutas travadas pelas
m ulheres renderam participação política,
aumento do espaço público e um a liberdade de acção que
buscou aproximar e equivaler o esforço de ambos os géne­
 im presso d irig id o às mulheres é
nefasta, todos os conteúdos se
repetem: culin ária, d e co ração ,
como ser uma supermulher
na cam a e fora dela ou
com o p ro p o rcio n ar
Q* ros. A publicidade anda meio perdida neste contexto de p razer aos outros.
P mudanças. A desigualdade nas relações sociais de género O sucesso
pode ser melhor compreendida através da análise dos fem inino
um sueesso
papéis socialmente confiados a mulheres e a homens na
v ic á ripç ela vive

m esfera da reprodução da espécie hum ana e na esfera da


produção de bens. A publicidade reflecte a forma como os
padrões estabelecidos socialmente estão instaurados. Afi
enyfvnção dos outros.
imprensa feminina e junto dela/os conteúdos dos
anúncios destas revistas interferem na forma como a
nal, não é função da publicidade criar conflitos sociais/mas imagem dos géneros é representada na sociedade e
sim vender produtos cada vez a um número mainrAle pes­ a p a re ce sempre como uma caricatu ra. Longe das
mulheres e homens que estão nps ruas, de forma real,
soas. Aparecem então, da forma mais convencional possí­
os conteúdos são b an alizad o s e aprisionam as mulhe­
vel, o modelo de conduta masculino e fe^uni res num sem-fim de tarefajs e responsabilidades
no. Para Baudrillard o modelo dom ésticas, que parlece que nada evoluiu.
masculino é o da exigência e da M ascaram -se de/sta forma as conquistas
escolha. Toda a publicidade dos géneros/e mantêm-se a socieda-
i y estática e culturalmente apri-
masculina insiste na regra
.i sjonQçjh aos padrões míticos
deontológica da escolha que convertem tudo em natu­
em termos de rigor, de ral/ Surgem desta forma os
m inúcia inflexível. O com portam entos natural-
hom em de qualidade rpente masculinos (força,
moderna é exigente. Não e c is ã o , ra c io n a lid a d e ,
iberdade) e os com porta­
tolera qualquer fracasso.
mentos fem ininos (sub­
Não descuida qualquer p o r m issão, frag ilid ad e, inde­
menor. E selecto, não passiva c isã o , d e p e n d ê n c ia ,
mente ou por graça natural, mas em ocionalidade).
pelo exercício da selectividade. Saber Merli Leal Silva, Internet, Março, 2002.
(Adaptação).
escolher e não falhar equivale no caso pre
sente às virtudes militares e puritanas: intransigên­
cia, decisão, energia. Já o modelo feminino prescreve mais Leia com atenção e responda.
à m ulher a necessidade de se comprazer a si mesma. Já não
é a selectividade e a exigência mas a complacência e a soli­ A 1 . Que vantagens advieram para as-
citude narcisista que são indispensáveis. mulheres das lutas que travaram?
Merli Leal Silva, Internet, Março, 2002. > 2 . Que relação se pode estabelecer entre a publicidade
(Adaptação). e a sociedade?
> 3. Quais as características apontadas à publicidade
masculina?
> 4. E quais as apontadas ao homem?
11 Jk imprensa feminina informa pouco, mas forma > 5. E à mulher?
/ \ demais. Antes de tudo, é uma imprensa de i ►6. Caracterize a imprensa feminina.
# \ convencimento. Se a informação é eminente­ > 7. Compare o papel tradicional da m ulher com o papel
mente narrativa, a imprensa feminina prefere a dissertação "moderninho".
e descrição (esta última, o protótipo dos textos de moda). A Que papel da m ulher é esquecido na imprensa femi­
informação pressupõe um relato - texto referencial com tem­ nina?
poralidade representada. Salienta-se sempre um papel, s 9. De acordo com o texto porque é que o jornalismo
mesmo que seja apenas nas cam adas mais profundas do impresso apresenta o sucesso feminino como vicá­
texto. Geralmente, trata-se do papel tradicional - esposa, rio?
mãe, dona de casa. Ou do papel moderninho: mulher liber­
ta mas que vive de olho no homem. Há poucas incursões >►10. Concorda que a sociedade se mantém estática e cul­
fora desse universo. Dificilmente o texto toca no papel pro­ turalmente aprisionada aos padrões míticos tradicio­
fissional extralar da mulher. Portanto, a imprensa feminina nais do comportamento feminino? Justifique.
articula-se em cima de papéis e só de alguns papéis. O pi­ ^•11. Tendo em conta os pressupostos referidos no texto,
nativo, normativo, didáctico, dissertativo, tal discurso não qual a sua opinião sobre as revistas femininas?
poderia versar sobre mulheres determinadas, individualiza­ ^>12. Num breve texto, caracterize a mulher dos nossos
das com nome, profissão, personalidade própria."
dias, atendendo às suas m últiplas funções.
(Buitoni, 1 9 8 1 ).

100 cem
FALTAM ANESTE
SISTAS PARA TRA Médicos de
TAR A DOR família
Encontre os erros que escaparam nas
A falta de anestesistas cons seguintes notícias. Segundo defendem os
titui um dos obstáculos especialistas, a aplicação
principais ao im plem en­ da terapêutica da dor não
tação da terapéutica da dor devem restringir-se contu­
nos hospitais. O assunto foi do aos hospitais ou a gru­
ontem discutido no ámbito pos determ inados de
das Jornadas do Departa­ paciente, com destaque
mento de Dor e Emergencia para os dos foros oncológi­
do Hospital Garcia de Orta, co. N um nível diferente,
que decorreram no Parque considerava Rui Costa, "os
Tecnológico da Mu tela, em médicos de família são os
Alm ada. Estimam-se que mais aptos para fazêlo por­
existam em Portugal cerca que contactam todos os
de dois mil anestesistas, dias com os doentes e a dor
número considerado "insu­ aliviasse conhecendo bem
ficiente" por Rui Costa, que o que envolve os doentes".
exerce a especialidade e António Oliveira Portugal é um dos países
integra a Associação para o europeu que aprovou um
ambicioso para Euro'2004
Desenvolvimento da Tera­ Plano Nacional de Luta
pia da Dor. "É cada vez Para Z 0 0 4 não p od em os terem d ú v id as. S o is ca n d id a to s porqu e to m o s uma 5 3 e0 contra a Dor mas nem por
menor os números de anes­ p ú b lico vai lá e s ta r a ap oiarn os.T em os d e n o s assu m irm os to m o c a n d id a to s à v isso, na prática, esta
tesias e eles são o único que terapêutica teve desenvol­
podem m inistrar anestesia vimento. "Neste momento
aos pacientes", dise Rui deve existir menos de dez
Costa ao Correio da Manhã, unidades de dor nos hospi­
lem brado que mesm o o tais", estimou Rui Costa,
ensino da medicina não dão considerado que é cedo
suficiente atenção a esta para avaliar a execução do
especialidade. plano.

Dê a sua opinião acerca das


Sod«a: pessoaquediscriminaem ) seguintesafirmações

I'-'"’ Prc-
k í a r e c o m o m c o l e j a ^ ^ H
W r e o ü m fncjüéríto c o m 2 0 \

í + c m p a r a v e r i f i c a r s e os s e o s
c o t e j a s </a to r M a sa o 00 n a o sao

s ex is+ as, roM án + fco s, v a id o s o s ,


e+c. t»Ma v e z r e a li z a d o , c o m - y
Ni p a r e M e d isco + aM os

resoltados. ^i<É
P ara u m a m e lh o r P R O N U N C I A
R eco n h ecer os sím b o lo s fo n é tic o s
Consulte as páginas 198 a 200 e relembre o alfabeto
Pesquise e responda.
fonético. Será um a grande ajuda quando consultar
novas palavras num dicionário.

Ouça com atenção e escolha. Una


seguintes termos com a sua fonética.

Ex.: Objecto [ob3 Étu]

1 . Emissor □ a [lizár]
2 . Instituição □ b [pá3 inE]
3. Receptor □ c [íprisór]
4. Cessação □ d [imisár]
5. Lesar □ e [I/titwislw]
6 . Impressor □ f [dizéjiu]
7. Jornalista □ S [sisnsfw]
8 . Página □ h [Risetár]
9. Desenho □ i [iJLrivipár]
1 0 . Escrevinhar □ i [3 urnnlí/tn]

< fH
T rad u za

1. Una sociedad responsable no puede dejar de prever


y considerar la definición de reglas mínimas, cuya
inexistencia, pudiendo consumar situaciones enga­
ñosas o atentatorias de los derechos del ciudadano
consumidor, permitiría, en la práctica, desvirtuar el
propio e intrínseco mérito de la actividad publicita­
ria.
2. La publicidad no debe comportar ninguna presenta­
ción visual o descripción de situaciones donde la
seguridad no sea respetada, salvo justificación de
orden pedagógico. cios o que los contraponga a otros no similares o des­
3. Se prohibe la publicidad que utilice comparaciones conocidos.
que no se apoyen en características esenciales, afines 4. La publicidad de bebidas alcohólicas, independiente­
y objetivamente demostrables de los bienes o servi­ mente del soporte utilizado para su difu­
sión, sólo es consentida cuando no se diri­
ja específicamente a m enores y, en
particular, no los presente consumiendo
tales bebidas.
5. No pueden ser objeto de publicidad los
juegos de fortuna o azar entanto que obje­
to esencial del mensaje. Excepto los juegos
promovidos por la Santa Casa de la Mise­
ricordia de Lisboa.
6 . El mensaje publicitario relativo a cursos
o cualesquiera otras acciones de formación
o perfeccionamiento intelectual, cultural o
profesional, debe indicar la naturaleza de
esos cursos o acciones, de acuerdo con la
designación oficialmente aceptada por los
servicios competentes, así como la dura­
ción de los mismos.
Form ação das palavras;^Com postos erudi
tos (p rim eiro s elem entos)

Com a ajuda de um dicionário, procure,


i na lista à direita, a palavra ou expressão
que corresponde ao elemento dado.
^ Com a ajuda ^
1. Circunr a) Além de, fora de de um dicionário,
b) Direiro, recto, exacto ordene as séries
3. Endo- c) Aquém, do lado de cá seguintes por ordem
d) Além de crescentç J B 7
e) Longe, à distância
►f) Em redor 1 1 chuvisco granizo m orrinha
g) Lugar ¡/ J chuva chuvada bátega
7. Retro-
ÍT dilúvio pancada de água aguaceiro
h) Dentro; interior trom ba de água. borrasca
i) Para trás < tf carga de água
j) Debaixo de; deficiência

É seguido de hífen quando o ele­


mento seguinte começar por vogal.

De acordo com o exercício anterior, distri­


bua os seguintes vocábulos.
festa Í ú Castanheiro
i feira ia Castanha
^ ¿Tfrvão é uma v ita lind íssim a , classiji-
De acordo com a s regras
das no voium e 3 e com a l\ / t ca^a como Vatr^m^n^° nacíonaL e em
d icionário, complete o seguinte ' V L - p r o c e s s o de cdassificação para p a t r i ­
quadro.
mónio da hum anidade.
TL v iía , com cerca de o ito c e n to s m etros
de a í titu d e e a seis quilóm etros d a f r o n t e i ­
ra espanhola, f o i f u n d a d a em 1 11 6 , logo
após a c on qu ista aos mouros.
T e la en co sta acim a p o d e m ver-se c a s ta ­
nheiros e cerejeiras que p o v o a m esta m a je sto ­
Cavalo
Tesouro sa m a ta do Tarque O fatural de S- M a m ed e.

Tabaco ü festa região o castanheiro tem d ire ito a

Cerveja fe sta . JAcontece to d o s os anos, no segundo f i m ­


-de-semana de Tfpvembro. 9(esse sáhado, p ela
Perfum e
manhã inaugura-se a f e i r a com a presença de
Doce
Vaca div e rsa s e n tid a d e s c o n v id a d a s p a r a o efeito.
Segue-se a ab ertu ra dos m ag ustos e a p r o v a do
Papel
H otel vin h o e a v i s i t a às etçposições de a r te s a n a to , p r o ­

Estampa d u to s regionais e doçaria de c astanha.

Albergue D u r a n te to do o f im - d e - s e m a n a há a n i­

Escada mação de rua e v o c a tiv a da época m edieva l, onde

Arma não f a l t a m músicos e os m a la b a rista s, ranchos

Espécie fo lc ló ric o s, Z é s Tereiras e tu n a s académicas.

Rama T elo p a lc o do ‘Terreiro d e sfila m c o n tin u a ­

M áquina mente g r u p o s de música, d ança e teatro , e c a r t u ­

Casa chos de c astan h a s e canecas de v in h o a preços


sim bólicos, f a z e m as d elícias de q u a n to s ali se
Gato
deslocam nesses dias, em v erd a d e ira romaria.
Pedra
Berro
Unidade 9
N o fim da u n id a d e saberá:

0 A lb u f e ir a .
• U m a m a rin a e m te r r a .
Q A m oda:

• N o m e s d e te c i d o s ;
• P e ç a s d e v e s t u á r io ;
• L o c u ç õ e s e v e s t u á r io ;
• C u id a d o s d o c o r p o ;
• M o d a e n u tr iç ã o ;

• H á b ito s d o s jo v e n s p o r t u g u e ­
ses;
itne»r°s

• O u tra s m o d a s : ta tu a g e n s d e s ­
c a r t á v e is .
: 0 T e s te c u lt u r a l .

SVÍS&°1*

cento e cinco 105


Mbufeira
ocalizada no centro do A lgarve, n a região
mais a sul de P o rtu g al, A lbufeira é sede de conce­
lho e pertence ao D istrito A dm inistrativo de F a ro ,
de que dista 39Km.
Com urna área de 14.800 h a e um a população
a ro n d a r os 40 mil h a b itan tes, está dividida em
cinco freguesias: A lb u fe ira , F e rre ira s , G uia,
Olhos d 1Agua e P ad ern e.
A costa é de a rrib a s rec o rta d a p o r p ra ias de
clima m arcadam ente m editerrânico: Verões quentes
e secos e Invernos am enos, com um a pluviosidade
red u z id a, sobretudo en tre os meses de O utubro a
M arço e com um a te m p e ra tu ra m édia an u al a ro n ­
d a r os 17,5eC.
Desconhecem-se as origens de A lbufeira, mas
tudo leva a c re r que a região já era povoada em tem ­
pos pré-históricos e que o local onde hoje se ergue a
cidade te ria sido, alguns séculos antes d a nossa era ,
um a im p o rtan te povoação com o seu p o rto m aríti­
mo.
A prim itiva povoação foi ocupada pelos Rom a­
nos que lhe d eram o nome de B altum . In tro d u ziram
um a org an ização a d m in istra tiv a c e n tra liz a d a e
desenvolveram um a intensa actividade agrícola e
com ercial. C onstruíram aquedutos, estradas e pon­
tes das quais ainda hoje existem vestígios.
O topónim o A lbufeira provem da denom i­
nação á rab e "Al-buhera" que significa "cas­
— - ■l j p A lb u íe 'rra ? telo do m ar", razão que p o d erá estar ligada
ó nue qosto rnU
me à proxim idade do oceano e/ou da lagoa que se
Ana: srf ® do p ,a io : ctaro mas o 9 * " nocta form ava n a zona baixa da localidade.
Pedro: Nos anos 60 iniciou-se um a verd ad eira
Ana: C - ° - G “ , o d a S q t ° d'd* ,er expansão económica no M unicípio. Com a
chegada do turism o in ternacional, Albufei­
¡xiste ra passou a fazer p a rte dos principais
°E “ ammbém g a s » 9°*= » e
Pedro: roteiros turísticos.

,>e: r ^
meses a e J - s> a
tnntas outras ■ •^
N a década de 80, verificou-se um enor­
me surto u rb an ístico , tendo a cidade cres­
am a cid ad e com o w » ^ qije 0 dim o
cido p a ra nascente, local p a ra onde se
M ão concordo. sempre tra n sfe riu a m aior p a rte dos serviços.
Ana:
giod o e P O ^ ; a°d d a d e , c=m o Amense B a n h a d a pelo O ceano A tlân tico ,
mentas- C ondeces g ^dades? rr\Q \S A lbufeira é sem m argem de d úvida, um
com ta ntas lo\as de mo q ^ Ap dos principais centros turísticos do país,
P o d e s « ro- o , m a s » t e P a s a d e d W 6 ,sos havendo mesmo quem a considere a
Pedro' um bem restautan'o e capital do turism o português.
Com um clim a m arcad am en te
t e a s d e mocla' com essa manía dos re m ed ite rrâ n ico , a p re se n ta um a vege­
Ana: tação característica do sul d a E u ro p a,
mp'exo destacando-se as am endoeiras, alfa rro ­
beiras e figueiras.
s e ia s W W W .cm -a lb u feira .jit (a d a p ta d o ).
f t i ^ C o t e p e a a m ^
Pedro: „0 ,a do empreendmemo. •

106 cento e se is
Com a ajuda de um dicionário complete
as seguintes palavras cruzadas.

Palavras cruzadas

1 mSmÊlfis P
S l S-i l
2 o z
3 c N e —
r- - Miss s
4 n O á
.- .
5 M r i
6 X E m
“ s Na moda
d
Andar(estar) na moda
. 8 1 D Pôr-se à moda
9 f E
pipl Ditar (seguir) a moda
T i
[star em voga
IfB jll ii t E á
12 a À moda de
C
wmgÊÊm De acordo com os usos
13 I h
Ultra-moderno
14 V u D
ífi9 Dãodi (dandismo)
O c d

t Moda masculina Modelo Passarela


18 u " femenina Manequim Desfile
" Infantil M " Acertar o passo
t TetidoI?sedaéfstfwltrfem rf»iatlaffflAaáí,opsfmsobnm«nafortfiwtâotísraroupainte-
riM ,taiHsdros,vestidos. “ íntima 1 Agências Andamento e compostura
1 lilfdpsfdarijí.ta forroèvfilièslwB. Padrões estéticos | Entrevista Camarim
V I«íàidptfpdiflpesadaffeqaàladee^esaéwifteéoemraobilito;ihq«atidadeIro,«nteti- Revista 9 Concursos Maquilhagem
..•tenate/. .
4 l(iàwmiiafíí«ffflfésflfaè8«ÍPíBáoapita(asi(»{Wti(te. fotografia Bastidores 1 Maguilbadores
5. Tradom uitofino,èMo, potraerado,transparratt,delinhow«Mão.ta roupainteriorfina, (onfeccão Guarda-roupa ! Âderecistas
feas,raupaèfcéê. Desenho artístico I.À medida certa Cabeleireiros
6. Mom adooum aUwleve,prntf,feitatompêlosdetatodofèeteta vestiá».
Designer 5 Imagem I fotógrafos
2 TetidosiaveoiBflrosofabrkartoapartirdfom asubsrãntiatíkm entosasptftfqadápofafarvadobicho-
-dt-sedi / Criadores ; Ginástica ç, Estúdios fotográficos
8. Tetidofabricadotomosfilam entospeenvolvemassem entesdoaipdoetro. Costureiro | Nutrição £ Produtores de imagem
5 Teridodeiadeorigpmbritàtica,felp»4o.Paravestuário. Loja de modas Hábitos alimentares Agências de figuração
10. TKidodesedaosdea^odAtliso,hibniefiinwfa(e.^oM«itH,drwasótor{Hest«ipà
11. ?erièf»eapàado,Wh»te,mpwiJS,«iisedaMtíti«tifi(iiloufitesBtétiataws- Problemas de obesidade Agências de publicidade
tidosdeta, forros,ntofriliário. , Produtos dietéticos
12. TeQèfeve,taê,feitode^tedeaIpaíô<«ffl«ldâtoiêriadoW,sedtateaolaM)eèalpdao.
PBrextmío,(«idodfpólos«i«m ados<omfiteso»seda,teaía®s,afe®,casacos. .
lí MofeitodefiosdeMm,pe»émptepftetjtteiiMesiistMè« fiossintéticos,ta ves­
tuário(finos)efflolalilrio(m aispssos),
14 fei^r»qaaJsãoim plantaiosftóssdtos,eoriateparaform arraacawdadp^iosumaáasfes.
14 Seà(«mofivoseBrÉvoteridosoliodeaui»oitp«a.ta\iestyosdeltixe,dt(ota(âa
16. Moapettado,apm«fânferisraseBdMoMltaveSjliio.
II kidoerdiiiârioèilpdao,etonpdoa(orei
1 Modeafpdlo,tevgdeiatotepalwp*,«postado,ftá^.ta(ortwdosf(orto
A antiga Fora de moda
Desactualizado Desusado
Ultrapassado Já não se usa
Démodé Passar de moda
Antiguado Já não se emprega
Não estar a par da actualidade
Do tempo (era) dos afonsinhos

cento e sete
Indique o nome das seguintes peças
Unidade 9
Ide vestuário.

108 c e n to e o ito
Procure a p alavra que falta nas seguintes
expressões idiomáticas e escolha a sua
GN
significação na coluna ao lado.
u
1. D izer/falar com os s e u s : falar ou pensar
K :e
SSS8 para consigo.
¡¡■ ¡B I 2. A m a rro ta r os/ir a o s a alguém: agredir
A w rn sm m m ou espancar uma pessoa.
3. A rregaçar a s ________: dispor-se a tra- j |j
balhar a sério, com entusiasmo, com
energia.
4. M e te r a mão n o ___________ de alguém : jp
apoderar-se de dinheiro alheio de
uma forma subrepticia.
5. U s a r ____________ de renda: ser delicado. ;
6. C ortar/rom per o um bilical: ■
tornar-se independente; libertar-se. ; m m
A n d a r de m ãos n a s __________ : estar
'/■'_ é_BMp»áíyñtlÉl& ocioso, não trabalhar.
l. Par»€streiti!fcostíàouliqaáaãcamisa,perodeiaopestoto. R e b e n ta r p e l a s : Estar t
3: Aberturamiqueentraobetâo,p»fetoapeçaè vesísiáno. superlotado, a abarrotar.
4 MafiiíapaaperarKsapate. D ar para o s : ser suficien­
4 fetocomduasbaatedemetal«iplástico,queentaixaínaoavésde»ncuno,usadoempeçasdews- te para pequenas despesas supérfluas.
P'W ’•
cuário,«ncdçadoee«nralas. 10. P rocurar ______________ em palheiro: p
<L fórtedetradoque,voltada,íkdsobrepostaaoutra. procurar uma coisa quase impossível
7. Parteanterioresuperiordeumcasacoqueeonstimioprolon<jametuodaqnla,com(ornradedobravira- de encontrar.
èpata. 11. A p erta r o ___________ : reduzir
8. fordão p?t* noextremotintaosptederasaouatáaotuie« «tiaitmbotãot qww» pata despesas.
pfendaapertar,estitar_. 12. D eixar-se d e ___________ : deixar de simular, de
4 Par»damanga,quecertaopah«. fingir.
1(1 fárt?dovestuárioporottdeseenfiaobraro. 13. M e te r a espada n a : desistir do
JL Pepnaalcafeitaè linta,«dão« fitaepresaároupaporambasasflwrniáaès, paandase intento; abrandar a sua ira.
' «atertátoMumeoictat. • ;; 14. Saber a s com cpie alguém se cose:
1 fórtedovesttóriojjntoaopewocotHtémTOltadíte ter consciência do que faz.
15. Perder o à meada: esquecer-se ou
não conseguir prosseguir no encadeamento das
ideias, da conversa...

Use o dicionário.

1. Procure num dicionário a significação das palabras em


baixo.
2. Construa com um colega umas palavras cruzadas idên­
ticas às do exercício anterior.
3. Complete as gravuras com o léxico adequado.

àgulha (f.) linha (f.) : dedal (m.)


:agüiHeit0 i li i] cósím .) novelo un.)
fita (f.) perita (f.) alça (f.)
c ó lc h e t e i m . ' pala (f .) alfinete (nr.)
elástico (m.) suspensórios (m.) ponto (m.)
b a in h a <t > fibra (f.) fio (m.)
m eada (f.) prega (f.) algibeira (f.)
-forro (m.) decote i.m.) braguilha
mola (f.) folho (m.i vinco
bolso (ín.) asa (f.) peitilho
f r a n ja H . > palheta (f.) fivela (f.)
passadeira (f.) aba (f.) : pinça (f.)
e n t a lh e u r u corrediça (f.! cava (í.)

. ■ p render
esticar (v.r.)
e n c im a ! Í j ( || cosiurar
desfiar iv.r.; alisar
fiênzii ¡V.1;

cento e nove
f Comecei com 16 anos, através do concurso Elite Model Look.... Há um a selecção,
má entre 1200 raparigas e eu fui escolhida depois de desfiles e entrevistas. Participei j
W t concurso, e consegui ser seleccionada para a final mas não ganhei. Acho que
K P ' não tinha a altura suficiente.
52
3 . 2- ........................................................................................................................................................................................................................?
:5 r- O principal, que é o m eu sonho, é fazer passerelle e também desfilar para
. costureiro internacional.
?
ão, nem sequer fui mais cuidadosa por causa disso no que diz res-
a comer e m anter a linha. A primeira coisa que nos dizem é
termos cuidado com os doces e evitá-los. Também nos dizem
termos cuidados especiais com a nossa pele, para fazer des­
, todas essas coisas que um a modelo deve fazer. Mas eu
tive cuidados especiais,portanto, nunca me privei de
nada.
4 - .................................................................................................. ?
Este sempre foi o meu sonho de pequenina. Desfilar foi sem-
o meu sonho mas a "atracção" foi a passerelle.

e cada vez mais os jovens tentam entrar no m undo da


ida. Alguns anos atrás isso acontecia mais com as rapa-
* ff jas mas agora também acontece com os rapazes.
?
; .'...... . ; - - - - ;

'■
■■ ........... o que diz respeito a estilistas acho que sim, mas quan-
aos modelos não melhorou tanto assim...Hoje em dia
cada vez mais, gente muito nova e aqueles
que começam a ultrapassar os 30 anos são deixados
trás. Além disso, nem toda a gente quer ter este tra-
,„c como uma profissão, porque já viram que não
Leia atentam ente o te x to
entreviste a modelo. têm grande futuro... pelo menos em Portugal.
7_......................................................................................... ?
Não, de maneira alguma. E impossível no nosso País. E
preciso ir lá para fora para se ser reconhecido, ter
sucesso e construir uma carreira. Até nas agências eles
’ fazem isso, m andam-nos lá para fora. Tenho alguns
— :— que
amigos ---- neste momento estão a trabalhar em
Macau.
’ O-.......................................................................................................
Não. Apesar de não procurarem um a modelo muito
bonita, ter um "palminho de cara", não é fácil. Eles pro­
curam modelos muito magras e bastante altas, e quanto
mais jovens melhor. Mas também é importante ser-se
fotogénico.
?
Muito mal pagas. Enquanto que, em média, um a modelo
A internacional (mesmo que não seja conhecida) recebe
..1 . - cerca de 3.000 a 4.000 euros por cada desfile, cm Portugal
recebem a grande quantia de 200 a 225 euros.
T 0 -................................................................................................ ?
Hoje em dia seguem muito aquilo que é apresentado pelos
estilistas.
Hfíi-...........................................................?
Bastante! Agora com o "boom" de novos estilistas, cada vez
mais precisam de seguir a moda.
12-..........................................................................................................?
De certo m odo também estou condicionada a seguir os estilistas,
mas visto-me sempre da forma que quero. Gosto de ser diferente
dos outros. Q uando vejo m uita gente a vestir-se da mesma forma ...
tento logo mudar.
w K Ê '1 3-.....................................................................................................................?
Acho que há um a grande tendência para estar sempre a mudar, é da
idade. Hoje em dia há "metálicos" que am anhã serão outra coisa qualquer.
Mas isso é bom. E uma forma de saberem como são. Dessa forma eles ganha­
rão m aturidade e tomarão consciência de si próprios.
OS HABITOS DOS JOVENS PORTUGUESES
A juventude portuguesa, tem muitas vezes tendencia para partilhar, com grupos de
amigos e não só, gostos, modos de vida, ideias, modos de vestir, entre outros. Assim, sur­
gem na sociedade portuguesa grupos como os "skins", "anarcas", "metálicos" e "surfis- ;:
tas”. Todos estes grupos, têm maneiras diferentes de se vestir, e de se afirmarem na
sociedade, com importantes características a salientar.
Os "skins" por exemplo, são identificados pela cabeça rapada, e por serem
muitas vezes geradores de conflitos extremamente violentos. Dizem estar con- J
tra a droga e contra todas as raças, excepto a branca. Para além da cabeça B
rapada, identificam-se também pelas botas da tropa, pela roupa preta e m
pelos distintivos nazis que usam. E urna forma bizarra de se afirmarem na
sociedade portuguesa.
Os "anarcas", são marcados pelos "grafittis" que elaboram por todo
o Portugal, e um bom exemplo disso é a linha de Sintra em Lisboa. Em
comum com os "skins" apenas têm a ideia contra a droga felizmente. I
Por outro lado, os "metálicos", são adeptos da "música pesada", como
Sacred Sin, Shrine, entre outras bandas portuguesas e estrangeiras JB
que passam pelas "mãos" destes jovens. A roupa preta, continua a 5
ser a preferida deste tipo de grupos, que apesar de serem identifi- |
cados como grupos pouco pacifistas, não são tão maus como j j
dizem.
Completamente diferentes de todos os grupos anteriores, os 1
"surfistas" portugueses têm hábitos completamente diferentes |
deles. Têm uma forma desportiva de se vestirem e são "loucos" H
por "apanhar uma onda". Com o cabelo comprido, (tal como os f |
"metálicos"), adoram a praia e sempre que podem vão "apanhar Éf
umas ondas". Assim, podemos constatar que em Portugal alguns .
jovens têm formas mais radicais de se vestirem e que partilham
isso em grupo.

► 1. Que atractivo encontram os jovens no mundo da moda?


> 2 . Que dificuldades se deparam às raparigas portuguesas para
serem top models?
> 3. O que é que mais atrai urna rapariga para a moda?
> 4. Segundo o texto, os jovens dão alguma importância à maneira
de vestir?
É> 5. Quais são as preferências apontadas nesse inquérito, para o esti­
lo de vestuário dos rapazes e das raparigas?
> 6. Qual é o público que mais recorre ao trabalho dos estilistas em Por
tugal?

cento e onze 1 1 1
T Tm ambiente escaldante e a um tempo refrescante enquadra cada um
L J dos desfiles. Começa por uma singular agitação à porta de cada
um dos desfiles, com pequenos magotes de mirones à espera de ver as /
grandes vedetas desta era. Sim, que na actualidade as manequins íj
substituíram as "stars" e a Alta Costura, em desfile, substituiu
n a grande noite dos Óscares. As manequins são as novas "star- JÊÈ
■ lets" de brilho ofuscante. H
. O ambiente da Alta Costura é essa agitação que conta
ainda com o prémio dos costureiros - os aplau­
sos! - a assistência das plateias, com
■ ' ..'y cabeças c o ro a d a s c a p a /e s d e o cu p a - JH -'
rem to d as as p rim e ira s fila s d a __
1vvvv dê: ..d-,'. yV/'-'^^^__ vida.

íTatuajjens
espe-se o corpo

D veste-se

tatuagem saltou dos


a p ele.

________
A

braços e antebraços salgados dos em barcadiços


p ara o decote, a coxa ou a omoplata da juventude,
vo gando, como tudo, à bolina da m oda. E, segundo
p arece, não há nada mais sexy do que um botão de
rosa - prestes a abrir - num seio, ou mesmo a esco-
iose de uma trep adeira, subindo pelas vértebra
e s c a rp a d a s da co lu n a. Enfim , a
tatuagem, doa a quem doer - ou
Aprenda algumas pinte a quem pintar - mudou de
pele e passou a ser chique.
Segundo um artista nesta arte, "ain d a

partes do perdura algum conceito do tempo em que


quem se tatuava eram os p re sid iá rio s,
depois os m arinheiros, a seguir as forças mili­
tares e para-m ilitares, a polícia de choque e os
pugilistas. M as já há largos anos que a tatuagem se tor­
nou num símbolo de virilid ad e p ara o homem, e na
1. Em botão: por abrir, por desabrochar; em
desenvolvimento. mulher, segundo afirm am , tem inequívoco efeito afrodisí
2. Pelo próprio punho: de maneira auto-suficiente. a co . Isto, falando na Europa, porque noutros continentes
3. A fio: de seguida ou sem interrupção. como a Á frica , a Á sia e muitas regiões da A m é rica, a
4. Em fio: uns atrás dos outros. tatuagem é usada desde a Antiguidade.
5. Dc fibra: (um /a homem/mulher): que tem fir­
O que desmotivou muitas pessoas de se fazerem
meza de carácter.
tatuar foi a sua irrevogab ilidade. Uma ve z tatuada, nem
6. À pala de: à sombra de, ao abrigo de.
7. A ponto: no momento certo; oportunamente. a cirurgia plástica conseguia, muitas ve ze s, remover com
8. A ponto de: prestes a. pletamente o desenho da pele.
9. Até certo ponto: em parte; até certa medida. Para permitir fa ze r o gosto à pele mas com um c a rá c
10. Em ponto: com exactidão; precisamente. ter tem porário, algum as m arcas de cosm ética com eçam
11. Em breves linhas: cm poucas palavras; resumi­
a facultar produtos p ara executar satisfatoriam ente uma
damente.
12. Em linha: em fila; a seguir uns aos outros. tatuagem p ara usar por tempo lim itado. O método não
13. Em linha recta: a direito; directamente. podia ser mais simples: escolhido o desenho, é pressio­
14. Em linhas gerais: em síntese; a traços largos. nado contra a pele e humedecido com ag u a. Tanto basta
15. Linha a linha: com toda a minúcia, sem omitir p ara possuir a tatuagem sonhada no local preferido,
nada.
inclusivamente nas unhas, o que está a tornar-se uma
16. Por linhas travessas: indirectamente; através de
intermediários. moda divertida, e p ara usar até aborrecer.
In M oda & M oda, n. 5 7 , ad aptaçã o
17. Por uma linha: por pouco; por um triz.

1 1 2 cento e doze
A Hçneja çogaoa antiçaenente de encame pneAtíçÀa, e
a i iuaA noamaA vatiam pana toda a iociedade. 2)e lá
pana cá, ai pninaípUai da Zoamçellia
p¡nam pendendo poça na
iociedade. A Ocpieja pU ienda
piauialinamente mançÁnaii^a-
da e com ela a monai.
AntU^amente c¡A peAAaaA,
c^uando iam à Ocyieja, veitiam -ie com ioiopai "decentei"’,
muítaA. veyei pjohnemente oeitidai, m ai de pam a a aryia-
d a i a ^beui. Atoje tuda mudan. A cuente oe de tuda u a i
UyiejaA.: mUtiAAaia, iliont, t-ilünt, muuMluAa, naupaA
tnauApaneutei etc. Huciuiiue peAAaaA veitidaA com eAAaA
naupai inda comueujan.. Atauae alcjMma noim a da 9cyieja
penmitindo eAAa m udança? Coma explicad eAAa alienação
dai caitum ei?

o W úa u rn a en » e ty u u * » ' com r

« f c „ « , 5 0 0 0 » » “1 í ^ * ‘ -i

1^ > "“ j r . « ¿ « * — .* *
0 0 ^ 2 0 0 3 ^ ^ ^ ® ^ .

— ta— • " " i r r í í í — *


vu icxá o.ckteo j**'*'-

Indique o antónimo das seguintes


p alav ras antepondo-lhes o prefixo
d e s - ou in ( i m - , i r - , i ).

Ex.: Acordo f* Desacordo

1. __pregar __m erecido __vertebrado


2. __ h o n ra __com preensão __igual
3. __interesse __digno _ obstruir
4. __hu m an o __orientar transitável
5. __culpar __próprio __móvel
6. __ag rad ar __fazer __legível
7. __certeza __perm eável __capacidade
8. „__p ru d en te __voluntário __gratidão
9. __ajeitado __decente __reversível
10. __reverente proteger _ m ortal

c e n t o e tr e z e 1 1 3
Para um a m elhor P R O N tj N CIA
R econhecer os sím bolos fonéticos
C onsulte as páginas 198 a 200 e relem bre o alfabeto
fonético. Será u m a grande ajuda quando consultar
novas palavras n u m dicionário.

Ouça com atenção e escolha.^ Una os


V 1% v ’’

Ex.; A prazer d [eprnzér]

1. A gencia □ a [nutrisBw]

2. Im agem □ b [frñzír]

3. G inástica □ c [frê3E]

4. N utrição □ d te e s jb l
5. M aquilhagem □ e [imá3Èj]

6. U ltrapassado □ f [fivéle]

7. Bainha □ g [u-ttrnpesádu]

8. Fivela □ h [3 iná/tikn]

9. Franja i [mi5ki\á3êj]

10. Franzir □ i [bnípn]

T rad u za

1. A lgo pasa de m o d a cuando deja de interesar al d ep u ra d a investigación estilística, consiguen ser con­
público al que se destina o, a veces, cuando, ahogán­ sideradas m arcas que están de m oda.
dose en su propio éxito, se p ropaga d e form a des­ 4. El consum idor ad u lto y h ab itu ad o a los pro d u cto s de
controlada y pierde el sentido de iden tid ad que lo lujo, considera la m arca com o u n p u n to de referencia,
había caracaterizado inicialm ente. u n a garantia en térm inos de estilo y calidad. Exige
2. La tendencia globalizadora de los valores que rigen que la calidad, el disenho, el tratam iento qu e recibe
la sociedad y sus costum bres, despierta la necesidad en la tienda d o n d e adquiere el p ro d u cto estén a la
d e expresar la propia individualidad, o p o r lo m enos altura. P ara el v erdadero consum idor d e artículos de
de m ostrar u n a m ayor definición en térm inos de lujo es im p o rtan te la p erso n alid ad y exclusividad de
grupo al cual pertenecem os. los m odelos y no los signos evidentes d e status, como
3. H oy hay m arcas, especialm ente en el sector d e la las etiquetas
m oda íntim a que, sin poseer u n a gam a de productos 5. U na de las claves esenciales p ara el éxito del com er­
que p u ed a ser definida com o original o fruto de un a cio es la capacidad de equilibrar la p ro p u esta d e su
negocio en función d e sus clientes, y d e las dife­
rentes form as com o estos en tienden la m oda;
hay q uien busca sólo el status de la m arca; otros
el p rim o r de u n disenho y acabam ientos exclusi­
vos; en fin, la b ú sq u ed a del cada vez m enos u tó ­
pico equilibrio entre calidad-precio-diseño-inno­
v ación en las gam as a las cuales recurren los
consum idores de todas las clases sociales.
6. Creo que en el futuro las n o v ed ad es m ás
im p o rtan tes en el sector de la m oda, continuarán
d eriv an d o d e la innovación tecnológica. Son las
innovaciones en fibras y en m aquinaria textil las
que p erm iten n uevas técnicas de acabados, recu­
brim ientos, de tratam ientos d e superficie, textu­
ras, entre otros detalles que acaban inevitable­
m ente p o r influir en la m oda.
Form ação das palavras: Com postos eru d i­
abUl a
tos (prim eiros elem entos)

Com a ajuda de um dicionário, procure,


na lista à direita, a p alavra ou expressão
que corresponde ao elemento dado.

1. Ambi- a) Meio, metade


2. Bi b) Pequeno
3. Equi c) Igual, semelhante ,
4. Hemi d) Todo
5. Homo e) Quase
6. Mega- f) Dois; duas vezes
7. Metro g) Vários; muito
. Micro- h) Muito; numeroso
9. Mono i) Igualdade
10. Mui ti j) Quatro

De acordo com o exercicio anterior, dis­


tribua os seguintes vocábulos.

micrograma monóculo
bicéfalo peneplanície multicelular
homofonia ambidestro equidistante
unicelular metrologia monocultura
bicarbonato hemialgia microbalanra
bicicleta omnipotente metrónomo meqalomania
bemifacial microdima bicentenário
microfilme bilateral ambivalência megalítico
microfone homografia unicolor
monocelular homoplãstico policlínica
unidireccional polivalente
pollssemia tetracórdio
equimúltiplo polifásico multiforme

cento e quinze 1 1 5
t n v a ra m a lima marinaen t e m
fu tu r a 'M arina de A lb u je ir a représenla nina das
* / f a rundes obras de e n g en h a ria re a liz a d a s em T o n u -
mr m -gal. O f a d o . de se r a ú n ica M a r in a 'concebida em
térra", irá c o n fe rir a o e m p re en d im e n to condiçõ es de ím p a r
De acordo com as regras aprendi­ B eleza p a isa g ístic a .
d as no v o lu m e 3 e com a ajuda do L o c a liz a d a fr e n te ao M a r de A lb u feira , no in te r io r da
d icio nário, complete o seguinte
quadro. V á rze a da O rada, este n o v o com plexo de d e sc tivo ív im cn
to tu r ís tic a e de la z e r s itu a - s e ao m elh o r n iv e l de. to d a
a L u r o p a e sem p a ra le lo n a co sta p o rtu g u e sa .
I Lista M a r in a c o n ta rá com m ais de 4 c e n te n a s de
am arrações - c o m p o rta n d o em barcações a té aos 4 0
m etros, com calado ináTçima de 4 m etro s - ’d ís p a m b i-
(iz a n d o utn c o n ju n to c o m p leto de in fr a -e s tr u tu r a s e
se rv iço s de apoio ao nauta,, n o m e a d a m e n te z o n a de re p a ­
Regular 1 u a ração e m a n u te n ç ã o n a v a l g r u a s e silo náutico,,
Condensar 2 e ú n ic o n o nosso T a ís, que oferece a p o ss ib ilid a d e de

Borrifar 3 r f r . se g u a rd a rem as em barcações em lo c a l seg u ro e. re sg u a r­


dado das in te m p é ries.
Interromper 4 t r u Com um a c a p a cid a d e que d everá ro n d a r as Z c e n te ­
Cobrir 5 O r n a s de em barcações, u tiliz a n d o as m ais m o d ern o s s i s t e ­
Propulsar 6 P r m as de tr a n sp o r te e a c o n d ic io n a m e n to , o S ilo '.\a iu ic o
Indicar 7 i o da M a r in a de A lb u fe ir a oferece a in d a u m c o n ju n to de
se rv iço s c o m p lem e n ta re s de g r a n d e u tilid a d e . T a r a além
Proscrever 8 r i
da colocação da em barcação na água ¿i hora p r e te n d id a ,
Empreender 9 P e r esta rã o d isp o n ív e is o u tro tip o de se rv iço s, n o m e a ­
Corromper 10 r u u r d a m e n te de m a n u te n çã o .
Ilustrar 11 s t O acelerado d e s e n v o lv im e n to da n á u tic a de
Navegar 12 a recreio que se v e rific o u desde m eados da década de 70
V -
- associado à necessidade de d isp o r dc um a in fr a - e s tr u ­
Percutir 13 e s
tu r a que p ro te g esse as em barcações de pesca a r te s a n a l
Polir 14 P de A lb u fe ir a dos rigores do m ar d u r a n te os m eses do
Repuxar 15 e d I n v e r n o • to rn o u a c o n stru ç ã o de um a M a r in a , no
Amplificar 16 P f p rin c ip a l con celh o tu r ís tic o d o A lg a r v e , um a n e c e ssid a ­
17 de in d is c u tív e l.
Chacinar c i
A obra m a rítim a e x te r io r é c o m p o sta p o r um a
Distribuir 18 t r
e s tr u tu r a clá ssica c o n s titu id a p o r d o is qu eb ra -m a res que
Jejuar 19 j d p e r m itir ã o cria r um a bacia de águ a s tra n q u ila s , p ro te ­
Inspeccionar 20 n t g id a e sse n cia lm e n te da o n d u la ç ã o de S S V , p r e d o m in a n ­
te n e s ta z o n a . 'Este a n te -p o r to se rv irá de T o r to de
A b rig o p ara as em barcações dc pesca do concelho e
I p r o p o r c ió n ara
condições tr a n ­
q u ila s de aces­
so à M a r in a
em q u a lq u e r
c o n d iç ã o
mar.

w w w .a m a r in a d e a lb u fe ír a . com (a daptadoI.
Tudo nesta safa está
a condizer!

N o fim da u n id a d e saberá:

í' V ila m o u r a :
• O c a s in o ;

• P a r q u e a m b i e n ta l .
) A a r t e e o s a r t is t a s :

• M o v im e n to s a r t ís t ic o s ;
• E x p r e s s a r o p in iã o s u b j e c t i - '
va;

• A p r e c ia ç ã o ;

• E s ta b e le c e r u n ia re la ç ã o
( id e n tid a d e , evocação,
r e l a ç ã o , s ig n if ic a ç ã o ) ;
• E x p r e s s a r h ip ó t e s e .
A r te m a n u e l in a .
A r te e g íp c ia .

A r te b iz a n tin a .

N om es d a n o ssa te r ra .
A a rte n a re d e .

cento e dezassete J ] ~7
é u m v e rd a d e ir o c e n tro d e
f e r ia s , d e s p o rto s e la z e r , ú n ic o n o
p a n o ra m a n a c io n a l e e u ro p e u e a in d a
u m p a ra ís o g o lfista , com 3 ca m p o s de
golfe e u m q u a r to in a u g u r a d o em M aio
de 2000. O fe re c e n d o u m a a m p la esco­
lh a de u n id a d e s h o te le ira s e á re a s re s id e n ­
ciais de q u a h d a d e , com a o fe rta d e 35.000
cam as p a r a tu r is ta s e re s id e n te s , a lia d a a
u m a a c tiv id a d e c o m e rc ia l r ic a e d iv e rs ific a ­
d a d e n ív e l i n te r n a c io n a l, V ila m o u ra é lo ca l
d e eleição p a r a q u em gosta d e p a s s a r u m as
fé ria s d ife re n te s.
R efúgio a p ra z ív e l o n d e se r e s p ir a t r a n ­
q u ilid a d e e s e g u ra n ç a , c o n v id a tiv o à p r á t i ­
ca d e s p o rtiv a q u e r s e ja u m p a sse io a c a v a ­
lo , u m a p a r t i d a d e té n is , d e s p o rto s n á u tic o s
o u bow ling n a relva» E s ta s m o d e rn a s fa c ili­
d a d e s a lia d a s às m ag n íficas p r a ia s d e a re ia
b r a n c a , á re a s v e rd e s e u m a M a rin a
com 1.000 p o sto s de a m a r r a ç ã o ,
to rn a m V ila m o u ra u m a d a s m a io ­
re s e m e lh o re s á re a s d e d e sen v o l­
)f° 0 6 r n s tu m a Cie r p | ? —» " ’e m e n t e v im e n to t u r ís tic o p r iv a d o n a
v io d e V ila m o u ra d ife re n te
O C a s in o E u ro p a.
siçõ e S. m a S d e t a c t a e s t o Po ^ sg )Ip S i o v e lu d o , iu
5 D is p o n d o de e x c e le n te s
f e te d a d e c o . f J > .
e s tr u tu r a s e e q u ip a m e n to s p a r a
n - ' is'e ° ' C ^ - , z e r .
' d o s c o d n o s ^ r.^ '
sa la estd o c e » - - - seI * » cas» ;— s a t e s , »;■ a re a liz a ç ã o de e v e n to s, V ila­
m o u r a é ta m b é m lo c a l id e a l
A lgarve tm „ D(ess¡on¡sr»o. N a .. „ ,„ „ a s
esso s p 'n to p a r a c o n g re sso s, c o n fe rê n c ia s
p o \é m ic a , m a s s a o e , ^ g Q a5 suas e m o ç o e ou e n c o n tro s d e negócios. R e u
~) niões p ro fis sio n a is de m ais de
d e o a rtis ta p ^ r
n d o é a lg o 1 .2 0 0 p a r t i c i p a n te s p o d e m
V-1S0° d o n^ ; . ¿ ; s ; e !rh u m a s,
H ã o h á P ° ! lm; pa: \ on ex p ressionism o, m a s - re a liz a r-s e , com to d o o con
P f o r to n a s i n f r a - e s t r u t u r a s
essa tu a P a 'X° dnV,r a ç ã o . v e r d a d e eu i
e x iste n te s, q u e c o m p o rta m ,
fe fb e “ a o - -o tó 0 g lo b a lm e n te , e n tr e sa la s de
\J
f e o nao podN Aa p N P « E re u n iõ e s e d e c o n fe re n c ia s,
f e l f e e daf | f e f e f c e rc a d e 5 .000 lu g a re s se n ta -

U sboa aue www.vilamoura. net/por (adaptado).


PAOHO b e tn . E °® e ' , „ d o é no e m
f e o e s td o m o d o .. » » , a rte .
com o
S o ^ f e f e f e f e d o o o m o N o o r n ó lo ,..

1 1 8 cento e dezoito
T Qual ^
a m a in te r­
pretação peí'
N ro a l? .

Museu galerid, exposição,...


pintor, escultor, ceramista, fotógrafo, encadernador,...
peta, cópia, monumento, pintura, quadro, tela, pintura
mural, esboço, desenlio, gravura, serigrafia, estampagem,
udo à volta so mostrava envernizado de luz, adquirin­ esmalte, estátua, escultura, baixo-relevo, alto-relevo,...

T do uma maior amplidão esplendorosa. Tornaram-se


mais cintilantes os aparelhos niquelados, mais brilhan­
te o branco do tecto e das paredes, como se um sol tivesse vindo
espelhar-se em tudo aquilo.
Forma geométrica (quadrado, cubo, círculo, cilindro, cone,
losango, ângulo), rectangular, redonda, triangular, ova
figurativa, artificial, concreta, abstracta, em forma de...,
— Vendo isto —atirou Nogueira— chega-se a ter o desejo de estática, agitada, irregular, face, perfil, silhueta, aresta,
estar doente, para ir consultá-lo, dr. Campeio,
Eduardo levou atrás de si os amigos para a última sala que fal­ parece, assem elha-se a, afigura-se,...
tava visitar, e propositadamente deixada para o fim, informando­ Contorno sinuoso, preciso, delimitação,,.,
-os, ao afastar o reposteiro, para que eles passassem à sua frente: Imagem deformada, simplificada, infantil, fotográfica,...
— Este é o meu gabinete... (...)
— Mas isto é rico, riquíssimo! — desfechou, boquiaberto, Jus­
Linba recta, curva, curvada, torta, deformada, quebrada,ondu­
tino Nogueira. lante, assimétrica,.,.
Verdade, verdade, era riquíssimo o gabinete do dr. Campeio. Cor clara, viva, neutra, quente, fria, intermédia, primária,
Nos móveis, baixos e cómodos, tinha ele consumido o que se diz
secundária, justaposta, diluída, violenta, claro-escuro,
uma fortuna. Ainda aqui, muito mais até que na sala de entrada,
era o corpo convidado para o amável sossego que deriva do aris­ penumbra, lusco-fusco, (de azeitona, bronze, café, came­
tocrático conforto. Respirava-se uma atmosfera de luxo, sentindo­ lo, caramelo, cereja, esmeralda, ferrugem, limão, marfim,
-se os olhos acariciados por aquele verde aberto e calmo que
mostarda, palha, rubi, salmão, sépia, tabaco, tijolo,
dominava toda a salinha, ao mesmo tempo que o espírito era cin­
gido por um demorado prazer. Aveludados e macicts, os maples vinho...),..,
ofereciam-se para agradáveis e prolongados repousos. Toda vela­ Tons tonalidades azuis, verm elhas..., cambiante, matiz,
da, a luz descia de lâmpadas artisticamente escondidas no tecto. nuança, gradação, contraste (luz / sombra), escuros, vio­
Sobressaía mesmo um original candeeiro, na forma de transpa­
rente e estilizado corpo de bailarina, verde-água, e cuja figura lentos, dramáticos, claros, teatrais, vivos, alegres,...
luminosa se abria num fino véu que cobria os objectos que se Técnicas colagem, fotomontagem, pastel, aguarela, guache, agua­
viam sobre a secretária. Uma biblioteca, vertebrada em quatro da, tinta-da-china, água-forte, a tinta, a lápis, óleo
pequenas estantes, apresentava-se atulhada de volumes que
Eduardo Campeio considerava indispensáveis na companhia de
sobre,..
um bom médico. Nas paredes, além de aguarelas assinadas por natural, indeterminada, difusa, sombras, transparência,
mestres, mostrava-se uma cópia da Lição de Anatomia, de Rem- transparente, opaco,..
brandt. Porém, sobre todos os documentos de utilidade profissio­
nal e interesse artístico, dominava e impunha-se aquele aspecto
Maneira de aplicas em pegúenos togues, camadas, secagem rápida,..
que em todo o gabinete significava luxuosa riqueza. Movimento cubismo, dadaísmo, surrealismo, abstraccionismo,..
Estiío linear, rígido,..
GUEDES DE AMORIM, Aldeia das Águias.

cento e dezan ove 3-19


Leia de novo o texto de Guedes
de Amorim e responda. '

I» 1. Com o reage Justino N ogueira, p erante o que lhe é


dad o ver?
P 2 . P or que m otivo foi aquela sala, d u ran te a visita,
"propositadamente deixada para o fim"?
k 3. Faça o levantam ento das expressões que trad u zem
o luxo e conforto.
k 4. A "Lição de A natom ia", de R em brandt, é u m q u a­ Rembrandt: A Lição de Anatomia do dr. Nicolaes Tulp,
dro m uito famoso. Será capaz de descrevê-lo?
k 5. E xplique a diferença entre u m aguarela e u m óleo.
> 6 . Esclareça o sentido de: um original candeeiro, na
forma de transparente e estilizado corpo de bailarina.
k 7. O que é u m maple? Q ue vocábulo p ortu g u ês sugeri­
ria p ara substituir o inglés maple?
k 8 . D efina as palavras envernizado e aveludados e expli­
que a sua formação.
k 9. A pós a leitura do texto, que im pressão se colhe do
dr. Cam pelo?

Redija um pequeno texto expri­


mindo a sua opinião acerca de...

k 1. A vida é urna torre sem am eias


v irad a há séculos, ou desde sem pre,
p ara o m esm o precipicio.
» 2. O am or é u m luxo caro.
> 3. A am izade é u m contrato segundo o qual nos com ­
prom etem os a prestar pequenos favores p ara que
no-lo retribuam com grandes. (M ontesquieu)
í» 4. A felicidade às vezes é um a benção - m as geralm en­
te é u m a conquista. (Paulo Coelho) Use o vocabulário que apren­
ft. 5. O am or é u m poço do qual podem os beber o que lhe deu para
puserm os dentro e as estrelas que nele brilham são compare...
apenas os nossos olhos à espreita. (Stendhal)
1. A m úsica O p ô r do sol
k 6. O am or é como u m rio onde as águas de dois ribei­
2 . O tem po A m aresia
ros se m isturam sem se confundir. (Bourbon-Busset)
3. U m livro U m a roseira
> 7. Os costum es são a hipocrisia das nações. (H onoré de
4. A am izade com U m labirinto
Balzac) U m cheiro
5. A tristeza
> 8. A m ente é com o u m pára-quedas. Só funciona se o 6 . A m atern id ad e U m a festa
abrirm os. (Frank Z appa) 7. O silêncio U m m istério
> 9. A v erdade é com o o sol, que u m eclipse p o d e escu­ Etc.
recer, m as não apagar. (Em erson, filósofo, poeta e
ensaista norte-am ericano (1803-1882)
Ir 10. A n atureza é bela quando parece arte, e a arte só é
bela qu an d o parece natureza. (Im m anuel K ant, filó­
sofo alem ão (1724-1804) Dê a sua opinião acerca da
seguintes comparações.

A preciação A nossa Polícia é com o o '


prof. H iggins do M y Fair Lady
► Q ualidade estética: bonito, giro, feio, lindo, trata os d u q u es com o se fossem vendedores
horrível... am bulantes ou vagabundos.
► Aceitabilidade: estar bem, ser bom, aceitar, 2. Ir ao Rio e não v er o pôr-do-sol do alto do Pão de
A çúcar é como a ir a Roma e não ver o Papa.
inaceitável, inadm issível, suportar...
3. Estar em casa é com o estar d e férias.
► N orm alidade: norm al, anorm al, estranho, 4. O Financiam ento dos P artidos Políticos é como
esquisito, habitual, natural, vulgar... u m a bom ba relógio que p o d e explodir a q u al­
► Utilidade: útil, inútil, servir, valer a pena... quer m om ento.
► Opacidade: transparente, opaco, através de, 5. O pescador é com o o hom em do campo: são duas
forças que construíram tudo.
por... 6. E com o a pescada. A ntes de o ser j á o era!

1 2 0 cento e vin te
uião su b je c tiv a

m REALISMO/NATURALISMO (2a m etade século XIX)


► Eu creio (penso, acho, julgo).
Imitar o m elhor possível a natureza (Port.: Silva ► Parece-me...
Porto, Marques de Oliveira, José Malhoa, Bordaio ► Quanto a mim...
Pinheiro). ► Para m im ...
► Na m inha opinião...
J H IMPRESSIONISMO (1860-1870)
Pintura essencialm ente dinâmica que se preocupa ► A m inha opinião é que...
com os efeitos da luz solar sobre os objectos. Pre­ ► Sou da opinião (de) que...
ferência pelas paisagens rústicas e rejeição da pin­ ► Considero...
tura de atelier. ► (Eu) diria que...
(Monet, Renoir, Sisley...) ► Tenho a impressão (de) que..
a EXPRESSIONISMO (1900-1930)
Reacção contra o impressionism o e o naturalismo.
O artista acentua as próprias em oções e a sua
visão do m undo. Exprime-se livremente, recusan­
E stab elecer uma relação
do as regras principais da pintura. Crise de valo­
res. (Van Gogh, Chaga!!. Edvarcl M unch... Port.: ► Identidade:
Mário Eloy, Bernardo Marques).
► E como...
. §H FAUVISMO (1899-1907) ► E idêntico (igual, análogo, semelhante) a.
Sentimento profundo pela cor em tons puros e \r Equivale a...
sem modelado. ► Evocação:
CUBISMO (1907-1920) : ► Parece, relem bra...
Representação dos objectos decom postos geom e­ ► Dá a impressão de ser...
tricam ente; corpos quebrados, volum es com ^ Assemelha-se a...
aspecto poliédrico, rejeição da perspectiva clássi- fc»
Simboliza, R epresenta...
: : ca. (Picasso, Braque),
Faz pensar em ...
l ã DADAÍSMO (1916) Faz lem brar...
Liberdade e espontaneidade individual no proces­ ► Traz à lem brança (memória)...
so d e: criação; irreverente e crítico em relação à ► Relação:
civilização ocidental; espírito de contestação per­
It» Tem a ver com...
m anente, -Uso de objectos com uns e banais. (Tris-,
tan Tzara, Mareei Duchamp).
Diz respeito a...
^ Relaciona-se (está relacionado) com...
MÉ. SURREALISMO (1924-1969) ► Associar-se a...
Radica a criação nos automatismos psíquicos, no
► Significação:
sonho, no inconsciente, fora de qualquer controlo
da razão; gosto pelo insólito, (Dali, Magritte,
► Significa, expressa, exprime, comunica..
Miró..,). ► Denota, indica, representa...
► Q uer dizer...
ABSTRACCIONISMO (1910)
► Tem sentido...
Exploração da forma e da cor representação figu-
rativa. (K andinsky... Port. An deo de Sousa Gar-
► É sinal de...
doso e Santa Rita Pintor). ► Traduz-se em ...

cento e vinte e um 1 2 1
onho-m c a olhar um desses desenhos, perfeitam ente abs­
tracto. E um a im agem constituída por três bandas
verticais - com o um tríptico - colocadas lado a lado,
em que a segunda é um reflexo no espelho da p ri­
m eira (um a sim ples textura vegetal), a sua im agem invertida,
e a terceira o desdobram ento da prim eira, de novo invertida.
Incidem em prim eiro lugar os m eus olhos nas zonas m ais cla­
ras e logo de seguida, atraídos pelas cores m ais salientes,
detectam form as evidentes. E o que é que eles vêem? Nas
b andas à esquerda, surge-m e prim eiro um rosto. Fixo nele a
atenção: é sem d úvida um a m áscara, talvez um a m ásca­
ra africana ou um rosto m aquilhado. Tem a testa em
form a de cone, um a popa negra com um risco ao
m eio no alto da cabeça. E azul essa testa, não
chego a perceber se tem os olhos fechados, se
tem pálpebras brancas, ou se os olhos estão
abertos e têm as órbitas vazias. A parte infe­
rior desse rosto é outro cone, invertido, com
u m nariz certam ente adunco. Tem um a boca
m inúscula de lábios m uito verm elhos e u m a
p êra aguçada, tão negra como o cabelo. Por cima
dessa figura diviso logo outro rosto: outra m ásca­
ra, lívida, assustadora. Tem orelhas de elefante e um
pequenino tronco cilíndrico com dois bracinhos azuis
cruzados sobre o peito. D iviso nessas b and as outras
grotescas figuras.
D esviam -se os olhos para o vinco sim étrico que
separa a segunda da terceira banda c dou logo de
¡10
caras com a fronha de um palhaço. Tem um penteado ~Í¥
ridículo, negro e verm elho, com o um a borboleta de
asas abertas. Tem orelhas bem encarnadas, com um a
espécie de brincos pretos, e u m enorm e nariz da
m esm a cor, sob o q ual se abre u m sorriso sinistro. Ao longo desse vinco quase im perceptível, à m ed i­
da que a linha do m eu olhar vai descendo, vão-m e surgindo, irresistivelm ente, outros ro s­
tos: um a cara preta, triangular, olhinhos pequeninos, colados u m ao outro, com u m
tufo de cabelos am arelos lá no topo, u m novo palhaço, o palhaço chique, dos tais
que eu via qu an d o era m iúdo, m as que não m e engana. Em tu d o aquilo que
ele tem de vistoso detecto o seu segredo: um carácter
perigoso. Avisto, m ais abaixo ainda, a face de um
tigre alucinado, bochechas azuis, orelhas
inform es, salientes, como dois ram os
de árvore. Sai o bicho d e um a enor­
me tigela. N ão param de m e su r­
gir outros rostos. Faço rodar a
im agem a noventa graus, tor­
nam -se horizontais os vincos
verticais, continuam lá todos
os rostos. Rodo agora a im a­
gem a cento e o itenta graus e
tu d o se altera. A o seguir
com os olhos as linhas verti­
cais, agora invertidas, logo me
surgem o u tro s ta n to s rostos
todos diferentes dos anterio-
res.

Ricardo Costa, Os olhos e


u cinema, mimesis e. onomato­
péia.
com atenção os desenhos /
que aparecem nesta página e
ara tó»è por«mafcks,eutfcsto, redija um texto explicando o k
PfH[Nippj,fiâp?!?,flKjá. que lhe surge.
Com a aju d a dos seguintes
dados redija um pequeno texto
acerca da arte manuelina.

IVl a ri l i e l i n o
Paralelo a outras correntes (gótico final, arte luso-mourisca, primórdios do renasci­
mento),
Elementos decorativos de Inspiração naturalista substituem os elementos do gótico
flamejante.
Características: Exuberância plástica, naturalismo, robustez, dinámica de curvas e
volumes, motivos Inspirados na fauna e flora do oceano, o mundo
vegetal marítimo e terrestre (corais, algas, redes, cabos, cinturões,
nós, raízes de árvores, alcachofras e folhas de loureiro, melas esfe­
ras, cadeias, esfera armilar, escudo nacionl, Cruz de Cristo, etc)
Pro ­
Decoracáo alinhada em frisos, cornijas e platibandas ou concentrada em torno de c ure infortoação
portais e janelas. I e r e i \ j a </tvi texto <fe)
a p r e s e n t a ç ã o para
Arquitectura: Aplicação de abóbadas planificadas em que as nervuras avançam de c a i a uto ¡lestes
m ísulas, perfis de arcos, recorte dos vãos, bases de suportes, etc. toonutoentoi.
Expansão: Madeira, Acores, Marrocos, índia, México.
Jóias: Iqreja e Convento de Jesus, Setúbal (primeiras), Mosteiro dos Jeró­
nimos (lisboa), lorre de Belém (Lisboa), Fachada do Convento de
Cristo (Tomar), Capelas Imperfeitas (Batalha),
RpLuAÃe Á t 1). I (ILj-^1-1^21)-

Esfera armilar: Conjunto morada. Por exemplo. Há em Carnide é sempre mais


que representa o globo
uns anos, um grande amigo
celeste através de um
grupo de anéis ou armi-
Nomes da meu, que morava em Sete
traumático do que umas
águas-furtadas em Cascais.
Ias que simbolizam os
principais círculos - os
nossa terra Rios, comprou um andar É a injustiça do endereço.
em Carnaxide. Fica pertíssi- Está-se numa festa e as pes­
trópicos, os círculos
polares, o meridiano, o
T evidente, na nossa cultura, que existe mo de Lisboa, é agradável, soas perguntam, por boa
equador e a elíptica - o trauma da "terra". Ninguém édo tem árvores e cafés. Só educação ou por curiosida­
contendo no centro uma Porto ou de Lisboa. Toda a gente é de tinha um problema. Era em de, onde é que vivemos. O
pequena esfera simboli­ Carnaxide. Nunca mais nin­
outra terra qualquer. Geralmente a tamanho e a arquitectura da
zando a terra.
I riso: Parte do entabla­ nossa terra tem um nome profundamen­ guém o viu. Para quem vive casa não interessam. Mas
mento que fica entre a te embaraçante, daqueles que fazem ape­ em Lisboa, tinha emigrado morre imediatamente quem
arquitrave e a cornija. tecer mentir. para a Mauritânia. disser que mora em Massa-
Platibanda: Moldura Acontece o mesmo com
Qualquer bilhete de identidade fica com­ má, ou em qualquer outro
mais larga que saliente.
Mísula: Elemento arqui­ prometido pela indicação da naturalida­ todos os sítios acabados em sítio que soe à toponímia de
tectónico saliente e dc de que reze, por exemplo. Fonte do Bebe -ide, como Carnide e Mos- Angola. Para não falar na
apoio. Ressai dc uma e Vai-te (Oliveira dc Bairro). caVide. Rimam com Tide e Cova da Piedade, no Fogue­
superfície geralmente
com Pide e as pessoas não teiro e na Cruz de Pau.
vertical e sustenta um
vaso, um busto, uma Um dos grandes problemas da lhes ligam pevide. Um palá­ Miguel Esteves Cardoso, Expli­
varanda, um arco, etc. nossa sociedade é o trauma da cio com sessenta quartos cações de Português.

cento e vin te e três Y2 j


Le,a ^\ onta-se que a Rainha D. Leonor,
atentam ente o '
texto que re rejoe m ulher de El-Rei D. João II,

C viajava de Ó b id os para a Bata­


lha q u ando viu um grupo de
p essoas qu e se banhava em agua enlam eada e
q uente. M andou parar o séq u ito e q u is saber o que
sig n ifica v a aq u ilo. D isseram -lh e que eram trata­
m en tos, p o is as águas acalm avam dores, saravam
feridas e até havia casos de paralíticos que volta
vam a andar. A R ainha, que padecia de uma
úlcera no peito, q u is fazer a experiência e ficou
curada em p o u cos dias.
D . Leonor m an d ou lo g o levantar ali um grande padrão de
alvenaria e no ano se g u in te in ic io u a construção de u m h osp ital
para q u e tod os a li se p u d essem tratar.
José Herm ano Saraiva,
G uia Expresso das C idades n e 5 (adaptado).

Procure informação acerca dos topónimos


que se seguem, situe-os no m apa e,
com base na significação de cada um
deles, redija um pequeno texto
explique a sua história, confrontando-a,
com a d a s soluções.

1. Odivelas (perto de Lisboa).


2. Ponte da Barca (saia de Viana do castelo e siga o rio
Lima).
3. Anadia (perto de Coimbra).
4. Castro Verde (para baixo de Beja).
5. Ferreira de Alentejo (para a esquerda de Beja).
6. Casa Branca (de Estremoz vá para Sousel (N) e de
Sousel vire para a esquerda).
7. Cabeça Gorda (por baixo de Beja uns 15 kms.).
8. Ribeira Brava (Costa sul da Ilha da Madeira, a 30
km do Funchal).

A crise afgã e o sentim ento geral de insegurança que


p aira po r todo O cidente tem vindo a fazer-se sentir,

........ de form a dram ática, no m u n d o d a arte e no cam po


dos seus principais projectos de exposição: se, p o r u m lado, os
potenciais visitantes optam , cada vez m ais, p o r se deslocar p ara
sítios bastante m enos arriscados e cada vez m ais afastados das
grandes m etrópoles urbanas onde se localizam os principais
m useus e colecções do m undo, p o r outro, os m aiores coleccionadores
privados e públicos têm recusado pôr a circular as suas peças, sub­
m etendo-as, em casos contrários e excepcionais, a seguros v erd a­
deiram ente proibitivos.
Estas são, precisam ente, d uas das razões pelas quais os grandes
m useus am ericanos têm vindo a desenvolver, fortem ente, a
m odalidade online dos seus respectivos sites.
N o site do M OM A de N ova Iorque, é possível aceder a um a
p o rm enorizada panorâm ica da exposição d e g rav u ra expres-
sionista, que o M useu organizou a p artir d a sua p ró p ria
colecção. São 120 peças de seis artistas, cuja apresentação
se cruza com sete tem as centrais: a cidade, o cabaret, o nu,
o exotism o, os m otivos cristãos, as conexões literárias e o
naturalism o. A poiada num a am pla docum entação e n u m a exploração p o rm e­
norizada e dedicada de cada obra, a exposição ilustra, exem plarm ente, o -
contributo do expressionism o p ara um a leitura d a vida espiritual e em o­
cional das form as, enquanto a n atureza gráfica das peças ajuda a perceber m elhor as razões da sua im ensa influência
nas im agens m odernas e pós-m odernas.
João Mário Grilo, Visão, 29 de Novembro de 2001

12 4 cento e vinte e quatro


Ouça com atenção e responda.

Leia de novo o texto " A A r t e n a


R e d e " e responda.

■p 1. De que form a é que a crise afegã e o


seu sentim ento geral de insegurança se fizeram sen­
tir no m u n d o da arte?
P 2. Q ue m edida foi tom ada pelos grandes m useus am e­
ricanos p ara fazer frente a tal situação?

P 3. Parece-lhe que essa m ed id a é urna boa solução?


I* 4. Q uais as vantagens e desvantagens de efectuar com ­
p ras ou "visitar" um m useu através da Net?

Encontre nas seguintes series de sinónimos o intruso.

Ex.: Im petuoso agitado irascível colérico arrebatado

1. Zelo: cuidado interesse ciúm es desvelo


2. Am izade: sim patia afeição am iu d ad o adm iração
3. Descobrir: abaixar descortinar avistar enxergar
4. Bem-posto: airoso polido elegante garboso
5. Explicar: expor elucidar ensinar estalar
6. Cadeia: gaiola pífano prisão clausura Com a ajuda ^
—\
7. Intuito: juízo propósito fito intençã%;ú.- de um dicionário,
8. Jogar: condizer brincar com binar ajustar 1?
ordene as séries
9. Mobil: razão causa m otor m ódico ?
10. Moca:
seguintes por ordem
troça cacete mofa zom baria*”
crescente. >

tufão brisa aragem


vento ciclone pé de vento
vendaval

cento e v in te e cin co 1 2 5
Para uma melhor P R O N Ú N CIA
Reconhecer os símbolos fonéticos
C onsulte as páginas 198 a 200 e relem bre o alfabeto
fonético. Será um a g rande ajuda quando consultar
novas palavras n u m dicionário.
T rad u za
Reveja o volume III, unidades 13 e 14
1. El p in to r p o rtu g u és João M orando in au g u ra m añana
u n a exposición d e p in tu ra en el C entro Unesco de
O porto. Sus obras rem iten a la av en tu ra dei rasgar de
Ouça com atenção e escolha. Una os los m ares. Y, tal como los m arineros del Q uinientos,
seguintes termos com a sua fonética. tam bién M orando trae n u ev as de otros horizontes,
rem otos o próxim os; trae olores y sonidos de otros
Ex.: Expressionism o eP [i/p risju n í 3 m u] m u n d o s que no son el nuestro. Su p in tu ra, como
subraya Ivo M achado, m u estra q u ietu d e inquietud,
1. Exposição □ a [dizéjiu] pero siem pre contentam iento. Los trazos, agitados y
lúcidos, son siem pre firmes.
2. C eram ista □ b [siÀwétn]
2. M.R. destaca que su trabajo sobre D. João II, u m anillo
3. Esboço □ c [Eré/te] abierto asentado en tres pies, "p u ed e recordar v ag a­
4. D esenho □ d [i/puzistíw] m ente figuras del bestiário m edieval", del m ism o
m odo que tram bién sugiere el Arco d e Triunfo, pues
5. E stam pagem e J3 u/tepó/tu]
□ "la gente p u ed e p asear p o r entre las piernas de la
6. Silhueta □ f [sirem í/te] escultura", dijo el escultor.
7. Rígido □ S [sinwózu] 3. El colorido es u n a especie d e séptim a colina (a sem e­
janza de la p in tu ra de fachadas d u ran te la Lisboa 94 —
8. A resta □ h [i/tèpá3Èj]
C apital E uropea de la C ultura), pero en tono tropical,
9. Sinuoso i [Rí 3 idu] con am arillos, azules, rojos y rosas m ás

[i3 bósu] estridentes.
10. Justaposto □ i
4. Las tablas de m ad era utilizad as en el día
a día p o r griegos y rom anos eran b añ ad as
en cera, en la cual se trazab an caracteres j |||
alfabéticos o dibujos. P ara escribir en el
p apiro o pergam ino los rom anos u tili­
Encontre a p alavra correspondente
zaban u n a peq u eñ a caña, tallada tal J
às seguintes definições.
m a l com o las plum as actuales (o sea, ' t: %
Ex.: Viageira: p Ela viaja p o r todo o m undo. con u n a p u n ta h en d id a en dos m ita­ %
des) y u tilizad a hasta los siglos VI e
1. p Ele contém a relação dos preços. VII (época en que fue su bstituida
2. > Ela não é disciplinada. p o r plum as d e pato y de otras aves.
p Ele é soldado das milícias. 5. E stam os ante u n asom bro en térm i­
3.
nos de diseño gráfico. C om parable
4. p Fouce p rópria p ara roçar o mato.
a la Time Lapse, con igual p ri­
5. p Ele é am igo de rixas. m or de trazo y color. En Atlan-
6. p Registo que se faz d u ran te u m ano. tis, sin em abrgo, el juego d e luz
7. p Ele negoceia com bacalhau. y som bra es m ás puro, m ás visi
p Ela fala d uas línguas. ble. C ad a escenario es u n a ^
acuarela firm ada p o r el m ejor .... .
P Ele fabrica espelhos.
d e los pintores.
10. P Ele prom ove desordens.
6. Ilum inada p o r u n a luz oblicua com o en u n a tela de
Vermeer, H an n a es Stasis, es la pose de la estatua de
p ied ra viva, representa las lineas clásicas de u n m o d e­
lo intem poral. Él es su contrario, u n m ovim iento con­
tinuo, u n a in q u ietu d del cuerpo sólo queb rad a p o r la
disciplina suave de la voz, u n a voz que no se levanta
ni se altera.
Complete. ^
7. Fue en 1924 que se inició la construcción del fam oso
edificio de la Calle A lm irante Barroso, ad o rn ad o com
Ex.: Gesso profuso bajorrelieve cerámico, en v id riad o oscuro, de
11. Tan__erina sabor expresionista.
1. iz
12. _eito 8. C uando Lúcia pensó que iba a em barcar, em pezó el
2. Lo ista
13. __ibóia sufrim iento. Los agentes u sab an ah o ra las técnicas
3. Al ibeira
14. G ran__ear contra docum entos falsificados, el tacto, la lu z negra,
4. La e
15. __ente las rasp ad u ras y las dobleces del papel, la fotografía.
5. irafa
16. __m __a C ontinuaban, no obstante, v iendo u n pasaporte intac­
6. A eitar
17. irm o to y auténtico. Por fin, sólo las huellas digitales d em os­
7. Al em a
18. _ unçao traron que era m ejor invertir el problem a: lo que esta­
8. L aran eira
19. inasio b a equivocado era la persona. El pasaporte era de
9. en iva
20. emca M aria, la h erm an a de Lúcia.
10. F erru em

cento e vin te e seis


Form ação das palavras: Com postos erudi
|| y - tos (prim eiro s elem entos).

De acordo com o exercício ao lado, distri'


bua os seguintes vocábulos.

11127780

1. Avi------- a) H om em
2. Ictio- b) Raça
3. Pisci- c) A nim al
4. Zoo- d) Fábula
5. Antropo- e) Peixe
6. Bio- f) E strangeiro
7. Demo- g) Criança
8. Etno- h) Peixe
9. Filo- i) A m igo; am or
10. Mito- j) Vida
11. Pedo- k) Povo
12. Xeno- -1) Ave

Encontre a p alavra correspondente


às seguintes definições.

Ex.: Cozinheiro .> Ele cozinha n u m restaurante. " (_

> Ele conserta tonéis.


> Ele fabrica fogo-de-artifício.
> Ele projecta as cenas no teatro.
> A ele confiam os pensamentos íntimos.
0? Ela atingiu a idade de cem anos.
jt» Ela adm ira a obra de Camões.
I» Ele traça cartas geográficas.
I* Ela é oriunda do planeta Marte.
J# Ele é n atural de Chipre.
■J* Ela atingiu a idade de oitenta anos.
furijui tmb
:P arque A m b i e n t a l de ‘Viíam oura ocupará
R e le m b re I uma área de 2 0 0 hectares e será criado com
o o b je c tiv o de g a r a n t i r a p reservação de
ecossistem as de g ra n d e v a lo r natural' e p a i s a g ís ­
De acordo com as regras aprendi­
das no n n e ■ e com a ajuda do1 tico, c o n s titu in d o sim u ltá n e a m e n te a maior z o n a
dicionário, complete o seguinte-
verde de recreio e la z e r de idilamoura.
quadro.
O Parque A m b i e n t a l in te g ra áreas com d i s ­
ti n t a s f o r m a s de ocupação do solo, que dão
origem a d ife re n te s tip o s de h a b ita ts , des -
tac a n d o-se as z o n a s húm idas dom in ad as
Tp e lo caniçal, as áreas de terrenos agrícolas,
os campos de g o lf e , e uma z o n a com densa
Fresco 1 f a t v e g e ta ç ã o ao longo d a ribeira de Q uarteira.
Grato 2 r ã ' A área do P arque A m b i e n t a l c o n s titu i uma
Ingénuo 3 g u z o n a de g r a n d e v a lo r em term os da f a u n a , te n d o
Sensato 4 s a / / aqui j á sid o o b se rv a d a s mais de 10 0 espécies de
Certo 5 t e / aves e a in d a a lontra, entre ou tro s mamíferos. A
Soberano 6 b a z o n a h ú m ida do c a n iç a l c om po rta a m aior c oló­
Tolo 7 o nia de n id ific a çã o de g a r ç a s-v e rm e lh a s no A l g a r ­
Alvo 8 a ve e uma i m p o r ta n te p a r t e da p o p u la ç ã o nacional
Alto 9 1 d de g a lin h a - s u lta n a .
Formoso 10 r s A construção das lagoas p ro m o v e rá a co n s­
Capaz 11 a c t i t u i ç ã o de novos fia b ita ts p ara uma série de
Manso 12 s i espécies de aves d e p e n d e n te s de ecossistemas
Altivo 13 t e húm idos. A e?gstência de ex ten sos p la n o s de
Rico i a água p o d e r á acolher g r a n d e s bandos de a n a tid e -
Cobarde c a os, g a le ir o e s ,g a l in h a s de água en tre o u tra s e sp é­
Estróina s n cies, o que c o n s titu ir á um dos p ó lo s de maior
Rabugento b i interesse p a r a o v i s i t a n t e do ‘P arque A m b ie n ta l.
Doce u r A construção de o b se rv a tó rio s em m ad eira d e v i ­
Grávida V i dam ente inseridos no a m biente do caniçal p o s s i ­
Amplo P t b ilita r á aos v i s i t a n t e s a o b servação das a v e s no
« seu meio n a tu r a l com um mínimo de pertur-

un vw .região -
sui.pt/aigarzfe
(adaptado).

/
II \
i :
v r m
V f# ;r / ■*
*
Estou encantada em vê-la
de novo!

N o fim da u n id a d e saberá:

O F a ro :

• J o ã o d e D eus.
Q B r a s il:

• O c a rn a v a l c a rio c a .
0 F ilm e s .

0 C o n c e r to s .
0 D ança.
I 0 T e a tr o :

• E u n ic e M u ñ o z ;
• F e s tiv a l d e A lm a d a .
I 0 T e le v is ã o :

• A v io le n c ia .
0 C o n ta r e d e s c r e v e r .

cento e vin te e nove 12 9


ir o , c a p ita l d o A lgarve d e sd e 1 7 5 6 , fica situ adda no
;en tro d o E stu á r io da Ria F o rm o sa . D esigniad a
;om o "Óssonoba" p a r a os r o m sin o ifu n -
m aa n o s, te r ia sid
d a dtaa com
co m o v u ila
a p isc a tó r ia e d e d e fe sa , to rn
rnou -
u mi nraitn
p o n to d ec co m ércio p Dara
a r a os fe n íc io s e gregos,
gi
ic s ie m u n h a n d o d e p o is o e s p le n d o r d o Im p é r io
R o m a n o a té à o c u p a ç ã o á r a b e. F a r o so b r e v iv e u a
calam idades h istó r ic a s e n a tu r a is, a té ser c o n q u ista ­
is 1 9 2 4 p e lo r e i D . A fo n so I I I , q u e se p ro cla m o u
P o r tu g a l e d o s A lg a rv es.
lom u m r ic o p a tr im ómn io a r tístic o e m u itos nos
muse >s
h o té is, r e sta u r a n te s e in ú m e ra
era s a tr a c ç õ e s,
aro un, sem d ú v id a , u m a ia fo r te v o c a ç ã o p a ra o
tu rism o
O A e r o p o r t o I n t e r n a c i o n a l de
a ro é a c a r a c te r ístic a m ais m oder:
q u e o c o n c e lh o a p r e se n ta , con s-
o e lo d e lig a ç ã o do
,„ ,.co co m o A lgarve
m u n d o tu r ístic
M o a e ro p o rto - ^ n z e ste b o a v ' ° 9 e ' ^ | m e e s ta v a e S P e ra r ^ o n d e d e se m bbaarrca
lem c a m tortos
to d o s os
m ir
d u raa n te a é p o ca de vera­
Dina'. S » e 0sp o " ° s 'euses,õ° n e io , c e r c a d e d o is m ilh õ es de
v isita n te s o r iu n d o s d o s ma
Silvia'-
d iv e r so s r e c a n to s d o m u n d o
P a r a u m a„ fé _____
r ia s £iprazí-
:. , F
v e is u a r o o fe r e c e t. tam b ém
. J o lo m u n o b o a .e
u m as m a r a v ilh o sa s e tra n
q u ila s ilh a s situ a d a s n o seio
Dina- KAuitoboa, s im . v, q u t s s im a s . roi d a R ia F o rm o sa c u jo acesso

tS!»*"**", »s»»*
Silvia'-
só p o d e se r feito d e b a r c o , ou
^ * ? Ç S ° S° ' i n O P a ' q “ * * ? ■ no B . a « .
a in d a as q u e se situ a m p a ra lá
Dina'. A, m u it a s
do c o r d ã o d u n a r q u e sep ara
Dina'- o A tlâ n tic o d e sta R eserv a
SiWia-
N a tu r a l, d esig n a d a m en te a
P r a ia d e F a r o c u jo a cesso é
m u ito fá c il, fe ito através
Dina'. e m Portuga ma s a g fô\eV\sã o , n a o ■ sa mUltos Mm d e u m a p o n te q u e atra­
te le n o v e la s c in e m a u n o v e la s e q u e P v essa o ca n a l p r in c ip a l da
D ta m b é m s . e n g o te m ^o a a p re \ R ia
SiWia'. www. alga rv e-w eb . com e
Dina'- w w w .diario-online.com /alg
ve/faro
. .. /f .. *i 1
í(adaptado).
1

. n in a '. t Si_ - coruno.


/ Sb í SO s efef lios eSP . Q germina
V° Une°nieC a n d a r 'n a r u a .
nía expedição com andada por l’edro Alvares ranao-se um torte regim e autoritário que irá durar vinte e
Cabral, com destino às Indias, aporta, ern 22 um anos. Os direitos constitucionais são suprimidos, os
de Abril de 1500, ao litoral do lerritório que m andatos são anulados, os direitos políticos suspensos e a
\ c io a chamar-se Brasil, dele tom ando posse censura passa a vigorar. É constituído um triunvirato militar
em nom e de Portugal. e o m arechal H um berto de Alencar Castelo Branco é eleito
O início da ocupação sistemática com a criação de presidente da República.
núcleos de povoam ento dá-se por ordem de D. João Em 1979, o general Jo ão Baptista Figueiredo assum e a
III, a partir de 1530. presidência da República, aprovando a lei da amnistia polí-
Em 1549 chega ao Brasil o primeiro govem ador- â tica e restabelecendo o pluralismo partidário.
-geral, Tomé de Sousa, levando consigo os primeiros Em 1985 Tancredo \c v e s é escolhido pelo Con­
jesuítas que, sob a direcção do padre M anuel da gresso Para presidente da República, não chegando a
Nóbrega, tratam de difundir a fé católica entre os abo entrar cm funções por ter falecido na véspera da
rígenes e de estabelecer e m inistrar o ensino destinado à tom ada de posse. Substitui-o o seu vice, Josc Sar-
população colonial em geral ney. que governa até 1990. Sucedem-lhe Fernando
A revolução liberal que Collor de Mello, qu e p erd e o seu m andato devido a
rebenta na cidade do Porto um processo de im pugnação, Ita-
em 1820, im põe o regresso : m ar Franco e Fernando H enrique
do rei D. João VI a Portugal, «Cardoso, a partir de 1 de Janeiro de
assum indo o prín cip e D. 1995.
Pedro a regência no Brasil Adaptado da Nova Enciclopédia Larous-
C oncom itantem ente, as se, vol. 4, Círculo de Leitores.
Cortes procuram recolo
nizar o Brasil, im pondo­
-lhe m edidas restritivas.
Em resposta, os habitan
tes do futuro país mobili­
zam-se, instigando o príncipe
D. Pedro a pronunciar-se
favor da sua perm anência
Brasil. D. Pedro satisfá-los, mas as „
reacções das Cortes portuguesas endure­
cem, o que leva o príncipe regente a não
as aceitar, proclam ando a independência
do Brasil a 7 de Setembro de 1822, em bo­
ra só três anos mais tarde fosse aceite por
Portugal. Seguiram-se anos de grande
instabilidade no Brasil.
Em 15 de Novem bro de 1889 é
im plantada a República pela acção de
militares com andados pelo marechal
D eodoro da Fonseca, que dep õ e o Consulte o dicionário e adapte os
seguintes termos à ortografia
m inistério e im põe a im ediata preferida Portugal.
expulsão da familia real para a Europa
Dois anos mais tarde é aprovada Ex.: Vôo f* V o o .
e prom ulgada a primeira Constituição
republicana brasileira. De acordo com
1. Convênio 11. Batismo
2. Ótimo 12. Proteção
o novo texto, adopta-se o presiden- ,
cialismo e o federalismo, a Igreja sepa­
3. Elétrico 13. Seqüestro
ra-se do Estado, enquanto o poder judicial 4. Atividade 14. Prêmio
é reformulado. 5. Cinquenta 15. Pingüim
6. Cômodo 16. Antônio
Em 26 de Fevereiro de 1891, o marechal D eodoro é
eleito presidente da República, mas logo se incompatibiliza
7. Umidade 17. Tênis
com o Congresso, acabando p o r dissolvê-lo, o que motivou
8. Registrar 18. Inseto
uma revolta na Marinha. 9. Idéia 19. Dezenove
Em 1934 é prom ulgada urna nova Constituição, a 10. Dezessete RpPioão
segunda da República, após eclosão de um a revolução
c o n s titu c io n a l^ em S. Paulo, sendo eleito presidente
Getúlio Vargas p o r um m andato de quatro anos.
A legando a existência de um plano de tom ada do poder
pelos comunistas, o presidente faz um golpe de Estado em
Novembro de 1937, fechando o Congresso, outorgando
urna nova Constituição e inaugurando o Estado Novo, regi­ Ex.: Odisseia f* O d i s s é i a .
me autoritario, que perduraria por oito anos, até à abertu­
1. Económico 7. Neurônio
ra da Assembleia Nacional Constituinte e prom ulgação da
nova Constituição. 2. Arguir 8. Aguentar
3. Ficção 9. Connosco
Sucedem se os presidentes Juscelino Kubitschek de Oli­
4. Bebé 10. Actor
veira e Jânio Q uadros e João Goulart, deposto na sequên­
cia de um golpe militar em 31 de Março de 1964, instau-
5. Director 11. Corrupto
6. Dezasseis 12. Aspecto

cento e trinta e um 1^)1


“V ocê” é o pronome de tratamento mais usado:
i entre membros da família, amigos, colegas, conhecidos e
iguais; também de pais para filhos, de filhos para pais, e p arai
das pronúncias Icrianças. No entanto, no Norte e no Sul “tu”, com as formas ver- |
p o rtu g u ês. í bais correspondentes, é usado entre membros da família e bons
l amigos.
j Na língua falada é usada às vezes a forma singular do imperati-
1 vo (correspondente a tu), tanto afirmativa como negativamente,
; em vez da terceira pessoa do singular do conjuntivo:
me deixa / não me deixa!
1. Felicidade Q a [filisidádi] k [fclisi'dád 3 i] em vez de
me deixe / não me deixe.
9 Bricolagem □ b [brik3lá3Êj] □ 1 [briko'lá 3 êj]

3. C ardinal □ c [kaRd 3 i'náw ] - D m |k t:rd m ál|

4. Eficaz □ dfifiká/] n [efi'káj/]

5. V indim a p ] e [vldím ej □ o [v í'd 3 Íma]

6. P unhalada □ f [pupa'láda] □ p [pupnládn]

7. Bronze □ g ['brozi] □ q [brõzi]

8. Fadiga □ hJfBdígn] □ r [fa'd 3 Íga]

9. Carestia □ i [kare/t/!a] □ s [knri/tÍB]

10. O itenta □ j [oj'teta] .□ t [ojtêW]

Ouça com atenção e indique qual das pronúncias


corresponde ao p a d r ã o fo n é tic o b r a s ile ir o . Consulte o dicionário e escre-^ ^
va o equivalente português
jm at/i'náw ] das palavras em i t á l i c o .
Ex.: M atinal □ [m ntinát] /
Ex.: As praias de C opacabana são as m ais badala­
1. C rioulo □ a [kriólu] □ k [kri'ówlu] das do Rio d e Janeiro f* m u ito fa la d a s ,

b [elo' 3 Íu] 1 [ilu 3 íu] c a m e n ta á ís s im a s .


2. Elogio □ □
3. Tuberculose □ c [tubertku'bzi] m jtubsrkulózi] 1. C om a nossa torcida, o Brasil vai ser cam peão.

2. A polícia p ren d e u u m maloqueiro na praça.
4. D epredação □ d [dipridesêw ] □ n [depreda'sèw j
! 3. Esqueceu a carteira no bolso do outro paletó.
5. Vizinhança □ e [vizi'jihsa] □ o [vizipnsn] 4. N ão m e v enhas com potocas!
f [p ik a'd 3 Íjiu] p [pikndípu] 5. Acho que peguei u m resfriado.
6. Picadinho □ □
* 6. N ão quero bagunça no teu quarto.
7. F ecundidade Ç] g [fiküdidádi] □ q [feküd 3 i'd ád 3 i]
7. Ele é bamba em Física.
8. Pajem h ['pâsêj] □ r [pá 3 êj] 8. Elas m oram n a beirada do Rio de Janeiro.

i [negat/i'ví/ta] s [nigntivíyte] 9. Tomarei o prim eiro ônibus p ara o Corcovado,
9. N egativista □ □
i 10. Está n a h ora d a bóia.
10. L atifundiário □ j [lntifüdjárju] /.□ t [latjifüd 3 i‘árju]

Ouça com atenção e res­


Coloque os pronomes de acordo com ponda.
a s re g ra s g ra m a tic a is lu s ita n a s .
- p 1. De acordo com o texto caracterize o carnaval
! Ex.: Essa saia lhe fica m uito bem . f* E s s a sa ia fic a - lh e m u ito carioca.
bem. p 2. Q uan d o decorre oficialm ente o carnaval?
p 3. Q u an d o e com o su rg iu o carnaval no Brasil?
1. P odia m e dizer onde ficam os correios?
> 4. Q uem esteve n a origem do carnaval tal como
é vivido nos dias de hoje?
2. O pai prom eteu m e levar ao cinema. p 5. Em que altura ocorreu o prim eiro desfile ofi­
cial e onde teve lugar?
3. Eles m e ajudaram a lavar o carro. p 6. O que é a Passarela do Samba?
> 7. A que se deve actualm ente a gran de d isp u ta
4. N ão quero m e levantar. p o r u m lugar p ara o desfile?

5. N ós nos encontrarem os na Ria.

6. O que é que você queria m e dizer?


t* ANA
(Ele) m e p ed iu que o viesse buscar.

8. Me larga, você está m e m achucando.

c d o is ( d u a s )
Filmes, concertos, «A vida revive a vida; é um a
HBBB repetição. (...) A lém disso, a im agem
invoca m ais a m orte do que a vida p o r
^ ■ não p o d er separar-se d u m olhar fascina­
(.medid sala,, écrã, bilheteira, bilhete, onemateca, do que olha a m orte nos olhos, de tão
festival, a cores, a preto e branco, falado, im plicado que está com o desejo: ilum i­
n ar a m orte dand o -lh e vida».
sonoro, mudo, cinema de animação, desenhos ani­
Bataille, L ' Autre et le sacre, John Lechte
mados, de terror, de accão, de querrá, de cobóis, de
ficção científica, policial, histórico, cómico, musical, pornográfico, publicitario
filme celulóide, película, ficcáo, fita, rolo, revelar, projecção, fotograma, imagem, longa
m i n
metragem, curta metragem, filmografia, género, peca, obra, representação, argumento, - lu d o co m eça de fo r m a bem
fio condutor, ópera, ballet, bailado... I m o d e s t a . D e p o is , a in t e n s id a d e
Teatro arte dramática, palco, cenário, casa de espectáculos, sala, cena, bilheteira, bilhete, Id a lu z to r n a - s e c a d a v e z m a is
Ib r ilh a n t e , il u m in a n d o um a
autor, comediógrafo, companhia, peca, obra dramática, estreia, comedia, opereta, tra­ I p a rte c a d a v e z m a io r d o u n iv e r -
gedia, teatro de revista, artista, actor, figurante, pantomineiro, elenco, carreira, lotação, Is o ­
público, audiencia, espectador, crítica, sucesso, êxito, lírica, comedia, revista, de fanto ■ O sentimento dc si, António Damásio.

ches, de marionetas, lírico, repor, co-produção, subsídio, improvisação... ■] n


Cena história, sequência de acontecimentos, unidade de accão, episódio, subir, entrar, estar
em, levar á cena, decorrer, passar-se...
realização, dirigir, direcção, director, projectar, projeccão, ver, assistir a...
desempenhar, fazer, representar, protagonizar, mteipretar, protagonista, personagem
(figura) principal, herói...
Húsica bar, pub, discoteca, baile, concerto, cancão, hino, ouvir, cantar, cantarolar, banda sono­
ra, tocar, dançar, leve, pesada, clássica, moderna, pop, jazz, popular, tradicional...
nstrumentos piano, violino, flauta, cravo, guitarra, trombone, clarinete, viola, violoncelo, e tc,...
intervenientes realizador, produtor, assistente, músico, maestro, cantor, solista, bailarino, encenador,
desenhador, actor, actriz, malabarista, palhaço, mímico...
ridículo, burlesco, caricato, anedótico, provocar riso ou escárnio, grotesco,,,
funesto, horrível, sinistro, desastroso, triste, cruel, mau, per­
verso, infundir receio, lúgubre, sombrio, gue desalenta,,.

edro e Miguel, vendedores de


lâm padas afrodisíacas, enfren­
tam um fim do m ês difícil pois o
negócio começa a correr m al por causa
i-. concorrência do Viagra. D esespera­
dos, decidem ir a Lisboa tentar vender o f r a n c h is in g das lâm padas a
em presários brasileiros que acom panham a visita que o Presidente do
Brasil está a fazer a Portugal. M al chegam ao hotel onde está aloja­
da a com itiva brasileira, acom panhados de A ndreia a quem t/toa
tinham dad o boleia, são raptados p o r um perigoso" g r u p o / ^ o rin a l oo^e
terrorista que os confunde com os filhos do P res.dente B r a / t
si eiro... 1 resos n u m a cela onde está um a bom ba programa-1 a f c s o f o + a w e n + e v e r + i j i n o r o e u r n a
da p ara rebentar dentro de 21 horas, o seu dram a, sem eleX Cri+'Ca ^ o r ç / a z à s o c i e d a d e t > o r f u -
saberem , está a ser transm itido em directo por u m canal d e \ . j 7 ü e í a e e , M * > a r + i c u ( a r a o
televisão colocando em suspense todo o País e tornando-os a i n d ^ 0^ +e(e^ I3~0-
m ais fam osos que os concorrentes do Big Brother.

Escolha um filme que tenha visto


recentemente e redija um breve
resumo.

cento e trinta e três


&
Com a ajuda dos seguintes
redija uma breve biografia.

1 9 1 4 : iniciação no teatro, em pequenas peças musicais.


(9 4 1 : entrada para o Teatro Nacional de D. Naria II.
14 a n o s: estreia com Estêvão Amarante, Teatro Avenida.
1 1 4 4 : trabalha ao lado de Amélia Rey Colaço, Raul de Carvalho, João Villaret.; con­
clusão do curso do Conservatório Nacional de Lisboa (18 valores).
A n tig am en te havia m uito m ais am or ao teatro
(m m : I- filme: ümões realizador Leitão de Barros. Durante a rodagem conhece Rui
do qu e hoje em dia. T am bém havia m enos
Couto (arquitecto); casa corneie. televisão, m enos cinem a. O actor, na m inha
1 1 4 1 ; faz parte do elenco da última peça de Júlio Dantas (Outono em flolj. o p in ião , tin h a m ais am or ao teatro, sen d o que, ainda
1 9 4 9 : filmes: ÁMorqâdinhâdos Cânom, (ântigdèRuâ, MotorM âdes, Tempos hoje, o q u e um actor m ais gosta de fazer é teatro. Faz
televisão e cinem a p o rq u e é m u ito b em pago, e o tea­
difíceis.
tro não p o d e p ag ar n ad a disso.
I ) a n o s: abandono temporal do teatro; trabalha como secretária durante pouco O teatro v erd a d eiram en te p o rtu g u ês era o teatro
tempo, de rev ista, h av ia m u ito poucos com ediógrafos p o rtu ­
1 9 5 5 : regresso ao teatro; representação de Joonodírc, de Jean Ânouilh; Z- casamento. gueses, p esso as a escrever peças de com édia p o rtu ­
guesas. N o rm alm en te íam os b u scar peças ao estran ­
1 9 5 7 Noite de Peis(W. Shakespeare), no Teatro da Trindade; também dio Seño nos
geiro q ue eram ad ap tad as.
Loronjeiros, Os Póssoros deÁsos C ortés Leonor Teles Teatro Experimental de A té ao 25 de A bril, as peças não eram ad ap tad as,
Cascais: fedro, com Amélia Rey Colaço; conhece António Barrahona, poeta, futuro se era francesa passava-se em França, se era in g lesa
pai da sua última filha; casamento em 1970, passava-se em In glaterra. D ep o is do 25 de A bril
com eçaram -se a a d a p ta r as peças in g lesas e francesas,
1971: Teatro Trindade, último trabalho com a Companhia Rey Colaço Dobles Monteiro
q u e é de o n d e v in h a m a m aioria, e ita lia n as tam bém .
(Duelo)] novo afastamento do teatro; regresso, Cascais, Teatro Experimental [hs As com édias m u sicais em P o rtu g al n u n ca ag rad a­
( r ié s jm Genet). ram m u ito . T am bém só h o u v e d u as ou três com édias
D ep o is do Z5 de A b ril: reabertura Teatro Nacional de D. Maria II, faz parte do elenco m usicais, tan to q u e "O In sp ecto r G eral", q u e in a u g u ­
rou este teatro e era u m a com édia m usical, não foi um
fixo; novo afastamento do teatro. êxito de b ilh eteira. T am bém fizem os o "G odspell"
1 9 8 ? : filme MonhõSubmersoilim António). q u e foi u m a revolução n a altura, co in cid iu com o ap a­
1 9 8 8 : Festival de Veneza (filme, lempos D ifke ii elogio da sua representação; regres­ recim ento de u m a série de g en te nova, m as tam bém
so ao Teatro Nacional [Moe Coroqem e os deos filhos Brecht; revista P m por não foi u m êxito de b ilh eteira.
Inês Pinto Queiroz, Net Parque: Recordações de Vasco Morgado.
mimnoPossio, Filipe La Féria); atraccão de novos públicos para as salas de teatro

te le v isã o , protagonista principal na telenovela A Bangueira do Povo; mais recente­


mente, M o í? /p/W/XíZúfc M//?í/z7. Q ual é a sua opinião? O que
ZO O O : peça Modome, encenacão de Dicardo Pais, com Eva Wilma (actriz brasileira); acha dos seguintes comentários?
representam: ela a personagem de Eça de Queiroz, Eva Wilma Machado de Assis,
N ovo m ilé n io : mais trabalhos na TVI (participação na telenovela Olhos dei p ) ,

e e n l o e tr in ta e q u a tro
Representação, peta, autor, actor, VANINA: Tu ao menos gostas de girar. És rápida, és súbita! Vai, vai. E põe
actriz, dramaturgo, maestro, a D. Geraldina a girar... (Vanina fica só. Ri. E depois da criada
sair diz) Querida, querida Bonina! (Depois aproxima-se da boca
de cena e vira-se para o público) Vou sair porque está um dia
. o, cenografia,
lindo. Mas não é para ver o dia, nem as lojas, nem os vestidos das
folga, cómico, drama, tragédia, mulheres bonitas, nem o leão de bronze de S. Marcos, nem as
plateia, balcão, frisa, camarote, gôndolas a passar debaixo da ponte do Rialto. Quero sair é para
ver, quer seja ao longe, quer seja ao perto, ver ou ao menos avis­
res, varanda, boca de cena, fosso de tar, sequer ao menos a sombra da mais bela maravilha de Vene­
za. Do mais belo dos jovens fidalgos de Veneza. Está claro que já
sabeis que estou a falar do Pietro, do filho do conde Alvisi que
eira, I- sessão, interva morreu arruinado. Por isso ele é pobre como Job, belo como um
lo, c ' príncipe e misterioso como um pirata. O meu fio, que é meu
tutor, quer que eu case com o comendador Zorzi. Mas como é
que eu hei-de casar com ele, quando existe um homem como o
Pietro Alvisi? Já disse o meu segredo, e espero que ninguém vá
repetir ao meu tio! Porque ele detesta o Pietro! Mas eu apaixonei­
Im agine e descre­ -me por ele desde o primeiro instante e para sempre. Foi há
va p o rm e n o riz a ­ quinze dias, em casa da minha amiga Giovanna que é prima
dam ente o cenário dele. Era igual a urna pintura que havia num quadro na sala
o n d e deco rre a dele. Olhei bem para ver se a pintura não tinha saído do sítio...
cena lida anterior­ Todos pararam de dançar quando ele chegou. Mas algumas pes­
m ente. soas, com ar importante, saíram... Mas as outras correram para
R etira com p o r­ ele e pedir: "Pietro, Pietro, canta!" Ele respondeu: "Canto na
m enor o vestuário
varanda" e fomos atrás dele para a varanda. Que bela voz!
u sa d o p o r cada
urna das perso n a­
Nunca ouvi cantar assim, com tanta doçura e tanta paixão.
gens que aparece Quando ele acabou de cantar, as pessoas, depois de muitos
em cena. aplausos, começaram a sair para a ceia. Eu ia a sair também. Mas
Im agine a conver­ ele colheu uma rosa da trepadeira, e disse: "A rosa mais bonita
sa entre Vanina e para a menina mais bonita da festa!" Eu fiquei louca de alegria e
G iovanna, a te n ­ de espanto, e não fui capaz de dizer uma única palavra. E sem
d en do ao contexto abrir a boca, afastei-me quase a correr. E agora que é que eu hei-
da peça.
de fazer? Como é que eu lhe hei-de agradecer? Ai, vou-lhe escre­
ver uma carta!
BONINA: (Entrando): Senhora, está ali a vossa amiga D. Giovanna Alvisi.
VANINA: Diz-lhe que suba, que suba. (Bonina sai) Ai, vou mandar uma
carta por ela ao Pietro, a explicar tudo e a agradecer-lhe.
GIOVANNA: Querida Vanina!
VANINA: Querida Giovanna! Gosto tanto de te ver!
Sophia de Mello Brevner Andresen, O Colar, Caminho, 2001.

Leia de novo e responda.

P 1. P orque e que V anina estava tão '


. . muniu iiiiimi imiiiiiimn
entusiasm ada com a saída?
P 2. Q uem era Pietro?
P 3. Com o é que Vanina o caracterizava?
P 4. O tu to r d e Vanina tin h a a m esm a opinião dela acerca
do seu casam ento?
P 5. Em que circunstâncias é que Vanina se apaixonou por
Pietro?
P 6, Q ual a sua reacção p eran te a oferta d a rosa?

cento e trin ta e cin co ] ^


ja r a o dia 01 de Fevereiro, sexta-feira, a Com panhia

P,
Teatro A Barraca apresenta, d ia 2 8 d e Janeiro,
de Teatro de Braga tem agendada a estreia de "O segunda-feira, às 2 1 h 4 5 , no Teatro A c a d é m ic o
Doido e a Morte" de Raúl Brandão, encenado por
António Durões. A peça será apresentada no Espaço
O : G il Vicente, em C o im b ra , a p e ça "Um Inverno
D e b a ixo d a M e sa " de Roland Topor, com e n ce n a ç ã o de
Alternativo, em Braga, estando em cena durante todo o M a ria d o C é u G uerra e música d e A n tô n io V itorino de
mês de Fevereiro. A lm e id a .
N a versão da Com-J Peça d e contornos insólitos d e Roland Topor que narra
panhia de Teatro de 1 r/l e t \Je*U", \ a Ig la d e Dragom ir, um e m ig ra d o que subaluga a
Braga, a obra d e i le ttM , ¿ f * 1? , ' / p arte d e b a ix o d a mesa d e tra b a lh o d e C a ta rin a
Raúl Brandão será v \ t - - j _____________
^ 22100 , \ o n d e instala ansua o ficin a d e sa p a te iro e o seu
abordada "a partir ffa tL ^ esta vivê n cia q u o tid ia n a em
de uma
í |

extrem a p ro x im id a d e física, é e s ta be le cid a


uma re la ç ã o p e rtu rb ad o ra que d á início
a uma c o m é d ia m uito hum ana.
"Da p ro x im id a d e entre as belas per­
nas d a senhoria e o seu p e rtu rb a d o
hóspede, va i nascer um q u o tid ia n o
a b so lu ta m e n te in só lito c h e io dos
mais d ive rtid o s quip ro q u ó s. N unca
em tã o poucos metros q u adrados,
houve tã o g ra n d e e b u liçã o . Topor
trata com humor a e m ig ra ç ã o e a
exclusão social; a arte d e ser g ra ve numa g a rg a ­
lh a d a ." E deste m o d o q u e é co n te xtu a liza d a a p e ça de
leitura multidisci­ Roland Topor no texto d e apre se n ta çã o.
plinar onde a imagem e o O e le n co d e "Um Inverno D e b a ixo d a M e sa " é constituído
som são elementos fortes que acom­ p o r C a ta rin a Santana, M ig u e l Teimo, Luís Thomar, M a fa ld a
panham o trabalho dos actores". Franco e C a rlo s S ebastião. A p e ça estreou em Lisboa no
A acção da peça decorre no gabinete do Governador Verão d e 2 0 0 1 , no Teatro C in e a rte .
Civil. Há um dispositivo eléctrico que é instalado a uma
velha cam painha. Um mistério que é introduzido no iní­
cio e que depois se vem revelar tratar-se de uma bomba.
Terminada a instalação da bomba, o sequestrador anun­
cia ao G overnador Civil que este não pode sair da sala.
"A c a ixa de papelão contém um explosivo fortíssimo que Faça uma ficha de algum a peça
de teatro que tenha visto ou lido
deflagrará no espaço de vinte minutos. Durante o tempo recentemente. Resuma o argumento.
a que a espera obriga, o cidadão explica ao governa­
dor os objectivos que persegue e as razões porque o
f â S B T £
escolheu para morrer com ele. Sequestrador e seques­
trado, terrorista e refém, esgrimem argumentos e, por e v i s ã o é a maior via de
fim, a bomba explode." comunicação dos nossos tempos e
através dela sabemos tudo o que
acontece no nosso e nos outros países
do mundo. Mas é igualmente uma
grande fonte de entretenimento. Pas­
sam muitos filmes, mas quase todos
com cenas bastante violentas. As
comédias dão às tantas da madruga­
da. Há também as telenovelas: umas
portuguesas, outras brasileiras, outras
mexicanas... enfim, muitas. Demais!
A publicidade repete-se muitas vezes,
o que se torna muito aborrecido. E por
causa do dinheiro, temos de ver o
mesmo em todos os canais e ao
mesmo tempo. Pobres de nós consu­
midores! E há ainda por cima uma
data de concursos. Uns assim assim,
outros bem piores.
IMas mesmo assim não imagino a
iminha vida sem a televisão!
violência mostrada
m in h a v id a sem televisão? na TV tem muita influência

11
Acho que sabíamos muito menos ' nas pessoas, especialm ente n o s 1
sobre Angola e Moçambique, sobre o adolescentes que, por vezes,
Afeganistão..., sabíamos muito pouco
.sobre a guerra e outras coisas. Será que
i são levados a com eter atroei - ,
.e ra melhor? Eu acho que não, mas dades que vêem na
quem sabe...!!! televisão.

Unidade
:-:4 . -« a

Com o seria a m inha vida


Como
sem a TELEVISÃO?
seria a minha
Eu, sem a televisão, teria de ocupar
vida sem a TELE­
o m eu tem po de várias e diferentes
VISÃO?
m aneiras. Teria que fazer diversas A minha vid a sem televisão?
coisas - tanto tem po que eu teria! A Acho q u e se não existisse televisão, morria/
prim eira seria fazer m uito desporto, no mermo instante. Mas se fizermos esta per­
a natação e o futebol, e a segunda gunta aos mais velhos eles d e certeza q u e '
seria ler e po r últim o, seria ir ter não respondem assim, p o r q u e antigamente
com os m eus colegas. Faria tu d o e não existia mesmo.
m ais algum a coisa, com o por exem ­ £>eixa-me Imaginar o qu e eu faria...
Eu p ass ea v a muito mais com os meus amijos;
plo ir à pesca, à caça... E passava a
passava o dia todo a (er livros de aventuras
fazer sem pre isto até aparecer a tele­
q u e eu adoro, porque p a r e c e q u e eu pró p r ia \
visão! N ão acham que fazia bem? entro nelas.
Acho qu e me divertia bastante com os meus\
amidos e a minha família. A minha mãe p a ss a v a \
o tempo todo a f a z e r tapetes de Arraiolos, o meu^
pai e o meu irmão a tratar dos pombos por qu e são'
columbófilos e a minha irmã Telma, o meu Irmão
mais velho, a namorada dele e eu a j o g a r à sueca
q u e é um j o g o d e cartas muito divertido, sem falar
dos estudos e do empreño.

* *
D c súbito os olhos da gazela
detectam a silhueta do leão
que, so rrateiro , su rg e a
dois passos dela, aparição
que um vago prenuncio lhe perm ite
detectar no últim o m om ento: urna
m ancha de luz suspeita nos arbustos
da savana, um a ligeira form a,
quase im perceptível, que mal
se adivinha. Sobressalta-se e
dispara,

perm ite ao felino d ar p o r fim o últim o salto, fixar as garras


escape. Sabem am bos disso por
nas ancas d a gazela, d errubá-la e consum ar o seu feroz
instinto.
intuito: ferrar-lhe as presas n a garganta. A fuga d a gazela é
C ada u m deles faz o seu cálculo.
condicionada p o r u m m odelo determ inista que ela h erd o u
Pernas para que te quero, e as déla
dos seus antepassados. A perseguição do leão é m o v id a por
são ligeiras e finas, lá vai ela. As do
u m cálculo em que ele prevê os efeitos causados pelo m eio
leão são robustas e as suas patas,
externo, a configuração do terreno e os obstáculos com que
largas e bem constituidas, firm am ­
a gazela se cruza n a sua fuga sem destino. Ela procura sem ­
-se na térra a cada im pulso do
pre g anhar terreno, ele o u tra coisa não deseja que encurtá-
corpo, erguendo u m a nuv em
lo.
de poeira. De tão leves, as dela m al
A cada salto d a gazela, no preciso m om ento em que ela
tocam o chão. N a sua selvagem obstinação, o leão ganha
se livra das garras do leão, cria-se u m m om ento de su s­
terreno, a velocidade que ele atinge coloca a pobre gazela
pense. P ara o espectador, que irrem ediavelm ente se vê
em desvantagem . M as ela tem os seus truques. M al sente
m etido na pele do anim al perseguido, m antém -se, tal como
que ele a alcança, de tão leve q ue é, salta para o lado, n um
p ara a gazela, o desejo de que o sonho continue a ser
ângulo agudo, inflectindo bruscam ente. D esvia-se assim
sonhado. Se p o rv en tu ra ele se m eter n a pele do leão acon­
do leão quando este quase lhe lança a pata e este, já con­
tece o m esm o. Vê-se driblado, sente que o objectivo não é
tando com isso, inclina toda a m assa do corpo sem p arar
atingido. Sente que o sonho não se cu m p riu e continua a
de correr, abranda, m u d a de direcção e de novo acelera.
sonhar. E sofre, tanto n u m caso com o no outro, só p o rq u e o
São só m úsculos o seu corpo e é isso que lhe perm ite com ­
filme continua. N ão lhe basta os indícios d e u m a solução
pensar n u m ápice o ângulo desenhado no percurso do seu
que só no final se revela.
provável almoço. N o seu trajecto consegue criar um a Ricardo Costa, Os olhos e o cinema, mimesis e onomatopéia.
curva, quase sem p erd er balanço, m as com o é bastante
pesado não po d e evitar u m indesejável atraso, p erd en d o
velocidade na m udança de direcção. Afasta-se a gazela
sem elhança do texto anterior,
po r u m m om ento. P ara escapar ao leão terá ela de repetir procure uma cena de um filme
os saltos sem pre que este recupera no seu avanço. Para a de um documentário e dê uma visão
conseguir ap an h ar terá ele de aum entar a velocidade e de rápida, m as porm enorizada acerca dela.
calcular a am plitude das curvas que o seu corpo im prim e
a cada novo salto da gazela.
Passam -se assim as coisas: no seu trajecto d e fuga, para
com pensar a sua m enor velocidade, a gazela avança aos
ziguezagues, o que obriga o leão a ab ran d ar n a corrida,
acabando p or p erd er terreno. Seria perfeita a estratégia da
gazela se o leão não soubesse calcular com to d a a eficácia:
m ais rápido que o seu corpo, o seu cérebro, g uiado pela
linha do seu olhar, em m ilésim os de segundo, vai desen­
h ando sobre a linha quebrada do trajecto d a gazela r___
linha o ndulante que se aproxim a o m ais possível da linha
recta do seu olhar, ao prever o p onto onde a irá apanhar.
Todo o percurso do leão é assim traçado p o r um a
sucessão de curvas, aproxim ando-se de um a linha
que com pensa a linha quebrada dos ziguezagues da gaze­
la. F.stc cálculo m atem ático, ultra-rápido, refinado, em
que, a cada ínfim a fracção de segundo , en tram em
equação três problem as com plicados - o prim eiro físico, o
segundo cinético c o terceiro geom étrico -, é aquilo que

I 33 cento e trin ta e oito


Com a ajuda de um dicionário
procure na coluna B os animai:
dos colectivos da coluna A.

Com alguns colectivos


o adjectivo concorda n o singuia
1. Cáfila a regra geral; MAS em certos c
t /' I p o d e dar-se um a atracção e ir para o plural í
2. Alcateia >\ juntam ente com o verbo:
3. Boiada “A maiorparte dos homens são bons.
4, C ardum e
5. Enxam e a
6. Fato
7. M atilha /o (ou ) re fe rid o a
um só s u b s ta n tiv o . C o n c o rd a com e le em
8. Vara
>:
9. Bando
10. Form igueiro 1
^ A d j e c t i v o (ou d e te rm in a n te ) re fe rid o a v a r io s
su b s ta n tiv o s :
1. d o m e sm o g é n e r o , a in d a q u e s e ja m to d o s
d o s in g u la r, le v a m o a d je c tiv o p a r a o p lu ra l
e p a r a o m e sm o g é n e ro :
"Mãeefilhaficaram . ids'V'Pai efilhoestavam «fe?.1

2 . d e g é n e ro s d ife re n te s , s e ja m d o s in g u la r
ou d o p lu r a l, le v a m o a d je c tiv o p a r a o p lu ra l
m a sc u lin o , q u a n d o o a d je c tiv o s e e n c o n tra
d e p o is d o su b s ta n tiv o :
Iptí eoratoer»amigos

3 . q u a n d o o a d je c tiv o p re c e d e m a is d e um
su b s ta n tiv o , d e v e r á c o n c o rd a r com o m a is
p ró x im o :
'Desinteressadoesforçoecolaboração..."
N o e n ta n to , s e r á c o n v e n ie n te , n e ste s c a s o s ,
re p e tir o a d je c tiv o o u a r r a n ja r o u tro d e s ig ­
n ific a ç ã o a p r o x im a d a , p a r a e v ita r a c o n ­
fu s ã o d e q u e o a d je c tiv o s e re fira a p e n a s a o
p rim e iro su b s ta n tiv o :
Deimteressádoestarce e ¡ .¡boratâ..."

"Oísintwssadoesfor e . (o.-ihoracáo..."

4 . U m su b s ta n tiv o no p lu ra l p o d e s e r a c o m ­
p a n h a d o p o r d o is ou m a is a d je c tiv o s (ou
d e te rm in a n te s ) n o s in g u la r , q u a n d o e le s
re p re se n te m a s p a rte s e m q u e o p lu ra l se
d e sd o b ra :
“tefpocascteifdenedieval,"

5 . N a s e x p r e s s õ e s d e tra ta m e n to (VossaExceto,Vossa
Senhoria, SuaMajestade, etc.), o a d je c tiv o c o n c o rd a co m o
g é n e ro d a p e s s o a a q u e m n o s d irig im o s:
"VossaExcelênciaémuitosin.. /■ - . s(sesetratardeumamulher)."

6 . Q u a n d o o s p ro n o m e s n ó s e v ó s s ã o
e m p r e g a d o s p a r a p e s s o a s d o s in g u la r, o
a d je c tiv o fica no s in g u la r :
"Nósestamosa ",(nós=eu); “Vóssoístauèso, Majestade", (vós- tu)

7 . N ã o têm f le x ã o fe m in in a o s n u m e ra is c a r ­
d in a is q u a n d o e m p r e g a d o s em v e z d o s o rd i­
n a is .
“Páginaquinze"(emvezdepáginadécimoguíuta).

cento e trin ta e n o ve \3
Para u m a m e lh o r F R O N Ú N C I A
R e c o n h e c e r o s s í m b o lo s f o n é t ic o s
ÍJ p T J p K jg l
C onsulte as páginas 198 a 200 e relem bre o alfabeto
fonético. Será um a grande ajuda qu an d o consultar Trad u za
novas palavras n u m dicionário.
1. N orm alm ente la obra se hace com o si fuera u n con­
cierto: cuatro actores con p au tas delante y qu e decla­

Ouça com atenção e escolha. Una os m an el texto coralm ente desarrollando u n a especie
seguintes termos com a sua fonética. de m usicalidad.
2. D ecidí inventar escenas realistas, au n q u e lo que ellos
Ex. Cinem a [sinéme] están diciendo no es tan realista com o eso, lo que
hace que el trabajo con los actores sea aú n m ás difí­
II

1. Sequência □ a [dizijiEdár]
cil. Pero h a sido la ap u esta estética que he intentado
2. Realização □ b [ñjtívéá]
hacer.
3. D esenhador □ c [i/kãrnju]
3. M ientras estuve en la Cornucopia, u n o de los aspectos
4. Im agem □ d [sikwêsje] en los que insití m ucho fue que hubiera, en nuestras
5. C om panhia □ e [imá3«j] producciones, la presencia d e u n o o dos actores con
6. Violoncelo □ f [publisitárju] í los cuales nunca hubiéram os trabajado.
7. G énero □ g [kõpnjiíe] 4. Si el tiem po em peora, com o ad elan tan los m ás escép­
8. Publicitário h feéniru] ticos, y no p u ed e d ar el tal "saltito" a la playa, sepa

9. Festival i [vjulõsélu] que el fin de sem ana p u ed e ser aprovechado con

algunas apuestas culturales.
10. Escárnio □ i [RjelizESFw]
5. P reg u n tad o acerca de la actual situación del teatro en
Portugal el escenificador Jorge Silva Meló fue bas­
tante crítico. "La situación del teatro es m ala, m ed io ­
cre, p obre y sin solución a la vista".
Encontre a p alavra correspondente
à s seguintes definições. 6. U n colectivo de C oim bra destaca la fisura entre crea­
d o res y p úblico, así
Ex.: Veleiro p G rande navio com m uitas velas. i com o la falta d e
1. > Estante onde se colocam os pratos. escritores dram áti-
2. & Ela tece ao tear. I eos p o rtu g u ese s,
3. > Ela tem a propriedade de u m prédio. com o dos p ro b lem as
4. & P roduto para lim par os dentes. que reflejan el estado de
5. > Ele lança o pregão. salud del teatro portu-
6. Ela escreve contos e rom ances. f gués.
7. > Ele estu d o u biologia. í 7. El E stado, al subvencio-
> Ele faz cravos para ferradura. f n ar a las com pañías, apoya
9. Ele faz a agulha nas vias férreas. ! a los ciu d ad an o s que, de
10 . y Ele crê em Cristo. /o tro m odo, no p o d rían acce­
d er al teatro com o hacen
S actualm ente en el caso de
que tuvieran que so p o rtar el
coste real de u n a entrada.
8. Decía Fellini: "m is películas no son p ara ser en ten d i­
Complete. das, son p ara ser vistas".
9. A p artir del m om ento en que se dejan personajes en
Ex.: E m issão libertad delante de la cám ara, la ficción se convierte
1. A pro im ar 11. A eio en realidad.
2. So ego 12. Gra a 10. El w estern es u n o d e los géneros m ás film ados de
3. R equisi. ão 13. Suce o toda la historia del cine, con sus autores de culto, con
4. M á im o 14. Enso o
sus g randes estrellas, las encarnaciones de grandes
5. A ar 15. Cabe a
6. To ir 16. La ada héroes, un o s con u n Colt a la cintura, m uchos con
7. Pró im o 17. Pê ego u n a carabina en bandolera, algunos con u n rifle de
8. Tra a 18. Pre ão repetición. Y Lucky Luke, el cow boy solitario que
9. M a agem 19. Fraca o
d isp ara m ás ráp id o que su p ro p ia som bra.
10. A u ílio 20. Devolu ão

cento e quarenta

Unid!
Form ação das palavras: Com postos erudi­
tos (p rim eiro s elem entos)

Com a ajuda de um dicionário, procure, De acordo com o exercicio ao lado, distri­


na lista à direita, a p alavra ou expressão bua os seguintes vocábulos.
que corresponde ao elemento dado.

anti-subm arino fotovoltaico misofobia calicromo 1


1. A nti- a) Belo
2. Caco- b) Som vice-reitor fonoteo cromofilia misógino
3. Cali- c) Cor cacolalia fotoquímica caligrafia fotómetro \
4. Crom o- d) Em vez de vice-presidente anti-social fonologia anti-séptico 1
5. Fobo- -e) O posição £fo n'o p ro£ £ L £ L‘
cromolitografía fobofobia

cL -.—!

6. Fono- f) Q ue odeia
cacofónico fotossíntese califasia

rro

o
7. Foto- g) M au
8. Miso- h) Luz
9. Vice- i) A versão, m edo

1^
V ' \\<m

Com a ajuda de um dicionário, indique qual das 4 palavras é a que


tem significado oposto.

Ex.: Fom entar: desestim ular alim entar m anter conservar

1. Esmerado: brioso desleixado volúvel irregular


2. Desdém: respeito sobranceria altivez desdita
3. D esengano: experiência desilusão felicidade esperança
4. Inalar: absorver exalar receber assim ilar
5. Parada: desfile aposta parceria sequência
6. Canhoto: canhoneio destro desastrado cânon
7. M edonho: fascinante form oso fovente propício
8. Proteger: prostrar prosear am p arar tiranizar
9. Rixador: vagalhão ordeiro bulhento robusto
10. Lucro: perda beneficio útil bem -estar

c e n to e q u a r e n ta e um
j o i o ít
oão de 'Deus ( 1 8 3 0 - 1 8 9 6 ) nasceu em São 'Barto-

Oe acordo com a s regras


J tomeu de Messines, no Rígarve. frequentou o
curso de Direito na ‘Universidade de Coimbra e,
acabado o curso, dedicou-se ao jornadsm o e à a d v o ­
das no volum e 3 e com a cacia em Coimbra, Beja, Evora e Lisboa. Ligado ini­
d icionário, complete o cialmente ao ultra-romantismo, depressa o abando­
quadro.
nou seguindo uma estética muito própria. Rs
suas poesias foram reunidas na colectânea
Campo de flo res, publicada em 1 8 9 3 , incíuin-
do-se nesta duas obras anteriores: flo re s do
Campo e fo lh a s Soltas. Dedicou-se à pedago­
gia, resultando dai a C a rtilla ¡Maternal, p u b li­
cada em 1 8 7 6 e tendo como f im o ensino da leitura às
Canção crianças.
Camião 'Enquanto estudante, era companhia frequen­
Língua temente procurada, dada a expressão musical
Cana (tocava as modinhas de então na sua viola de
Mouro cordas de arame) e o desenho à pena.
Penedo João de Deus lançou-se de corpo c alma na cons­
Oliveira trução da Cartilha M aternal, ta l em a sua preo­
Casa cupação com o estado lastim ável em que se encon­
Roupa trava a educação das primeiras letras. Desde logo
lhe reconheça elevado mérito c quem
Espécie
método de leitura como "pouco cien tifi­
Bagaço
co ". 0i gue é: um fa c to e que a aprendizagem das
Criado
crianças ¿ fe ita de uma maneira rápida: e harmonio­
Rocha
sa.
Linha 'Em sua casa dá explicações vivendo sempre uma
Máquina situação económica bastante modesta. Homem de
Areia uma integridade notável, não admira gue tivesse
Cardo na sua roda de amigos e admiradores ferreira de
Arvore C a s tr o e o m í s t i c o a ç o r ia n o , R u t e r o d e Q u e n t a l . C o n ­
Mulher trariando um certo pedantism o da época, João de
Negro Deus era, para quem com e le privava, símbolo de
alma do
povo por-
t u g u e s „
com a s u a
b o ti d a d e
inerente e o
seu lirismo
meridional.
w i * . ipii.pt/tib.e-
ra tm a /jd eu s
(adaptado}.
Por razões alh eias à nossa

N o fim da u n id a d e sa b erá

0 F aro.
0 A ço res.
0 V iajar d e a v iã o .

0 E m ig r a ç ã o e im ig r a ç ã o :
• D is c r im in a ç ã o ;
• C la n d e stin id a d e ;
M ¡ .n W ° > ' r e ;
• S itu a ç ã o so c ia l;
S ím b o lo » W »
• I n te g r a ç ã o .
O r t o g r o í '0 '* s ■od'rt°5'
0 C o le c c io n a d o r e s .
V o c a b u lá r io :
so b sw n w
m e n to s .

>r ad f í
ÍS > V á v e U

cento e quarenta e três } /1 ^


Açores são um grupo de nove ilhas que se
desenvolvem em torno do paralelo que se encon­
tra a 399, 43739a, 55' latitude norte, com uma
área total de 2.355Km2, variando as suas áreas
individuais entre 747 Km2 (São Miguel) e 17 Km2
(Corvo). Estão divididas em três grupos, Grupo
Oriental formado por São Miguel e Santa Maria,
o Grupo Central formado pelas ilhas Terceira,
Graciosa, São Jorge, Pico e Faial, e o Grupo Oci­
dental formado pelas ilhas das Flores e Corvo.
O Arquipélago encontra-se a cerca de duas horas
de voo de Lisboa (cerca d e i.500 Km) e cinco horas de
voo da costa oriental Norte Americana (cerca de
3.900Km).
Os primeiros portugueses a chegar aos Açores,
faziam parte de uma expedição comandada pelo nave­
gador Diogo de Silves, e desembarcaram na ilha de St6
Maria por volta de 1427. As últimas ilhas a serem des­
cobertas foram as Flores e o Corvo, em 1542 por Diogo
de Teive. No entanto, hoje são cada vez mais as provas
de que já figuravam em mapas anteriores a 1427.
O seu povoamento inieiou-se em 1493 sob a
direcção de Gonçalo Velho Cabral.
Acerca da origem do nome "Açores", a tese que
prevaleceu desde sempre e que ganhou raizes, foi o
facto de existirem na altura muitos milhafres nas ilhas
e os primeiros navegadores os terem con­
fundido com Açores, embora actual­
mente existam alguns estudiosos que
põem em causa esta tese.
Quanto às razões dos nomes de
E s to u m esm o _
a o s A ço » . é u m a op o rw o w baptismo de cada ilha, foram basica­
Ana'.
mente duas. A inspiração em padroei­
L ú c ia -
ros e outras figuras religiosas (São,
Jorge, São Miguel e Santa Maria) e o
V a is e i» 'u " “ " r „ .,s ttu Ç6 e sq u e con c o r d a .e » A * “ ; ilo
P a t r íc ia - do qu e aqu modo como as ilhas influenciaram
A n a '. quem nelas desembarcou. A Gra­
id e ia
m esa
os banco s ciosa pela vista que se obtinha dela.
que
o .e m p o “ O Pico deve o seu nome à sua eleva­
, oõn vam o s p a ssa i b o n lt a s e e u g
da montanha. O Faial estaria cober­
L ú c ia '- to de densas matas de faias, ainda
v is it a r - hoje abundantes na ilha. O Corvo
. pelo tipo de vegetação e arvoredos
Atenção que continha, favorecia a criação
oada. P°r 1 ej pflrfl as de muitos pássaros, e terá des­
hora. Prevê-se a saictay
c e la d o o q o e é q o e f a r i pertado especial atenção uma
colónia de corvos marinhos lá
d0' t E se o voo fosse canc
S ó ía ita v a m a rse s • ilWSta. U m a h o ra p a s a existentes, que terá dado o nome
r i m e n ta r a à ilha. Em frente ao Corvo uma
amos? b in aadd aa ,, não
n ã o séjas
s e ja s q\? e ^ a exper
N ã o e s t e ja s p r e o ^ ^ t ^po 1 ilha particularmente florida, em
depreT o dee V d e n tro d e
o a r ,q u e é r n a g n íte a onde é que especial muitas hortênsias,
o re v i
tem po d» q» e ° I recebeu o nome de Flores.
f S ív o o io .a ^ * " 8 a tu d o se
a b á - d e r e s o l­ Excepção terá sido a ilha Ter­
n e rv o s a , qu e ceira, que recebeu o nome
precisamente por ter sido a ter­
ceira a ser descoberta.

ví 4 4 cento e q u arenta e quatro


"De onde quer que se obhe, subindo ou dA
do, é sempre costa, com mar acossana
reses na paisagem. Quando a terra cm
ras, esboçam-se fajas que aos poucos se
de cores".

João de Meló. A Escrita 1
Expresso, 21 Outubro, 2000

Ouça de novo o diálogo 1 e responda.

► 1. Em que cenário decorre o diálogo entre as três


Voo avião destino descolagem aterragem
am igas?
► 2. Q ual o m otivo do entusiasm o da Lúcia?
co-piloto hospedeira cabina bilhete
► 3. Q ue construções é que a A na idealizou? check-in sala de espera cancelar cancelamento
► 4. Q ue outra sugestão apresentou a Lúcia? Adiar adiamento passageiros tripulação reservo
► 5. P orque é que a Patrícia está pessim ista? Embargue aeronave pisto desembargue torre de controle

A h istó ria d o C o rv o fez -se d e v e rb o s e d e p o u c o s a d je c ti­


v o s. O s v e rb o s tê m o p e s o e o n o m e d o s d e u s e s . Só o s
g ra n d e s d e u s e s o p e ra m m ilag res e p ro d íg io s, e n e le s
cr ê e m os h o m e n s e rg u e n d o -lh e s cu lto e relig ião : d a a n ti­
g a p a d ro e ira (a S e n h o ra d o R osário) m u d a ra m p a r a a S e n h o ra d o s
M ilagres, cuja im a g e m fla m e n g a faz o o rg u lh o d o te m p lo . A le n d a
r e la c io n a -a c o m o s a lv a m e n to d a p o p u la ç ã o às m ã o s d o s p ira ta s
m a g re b in o s, q u e p re te n d ia m r a p ta r m a n c e b o s p a ra o s v e n d e r c o m o
escrav o s. A o C o rv o e ra m b e m -v in d o s a lg u n s d o s c o rsá rio s, co m
q u e m n e g o c io u u m a e s p é c ie d e c o e x istê n c ia p acífica, g raç as à q u al
as r e n d a s d e v id a s a o s d o n a tá rio s se to rn a ra m su p o rtá v e is e a fo m e
a n d o u a rre d a d a d a ilha. F ra n cis D ra k e foi d o s p o u c o s a n ã o h o n r a r
o p a c to : in c e n d io u as ca sa s d o C orvo, p e lo facto d e o s h a b ita n te s
te re m p e rm itid o a o s e s p a n h ó is d e F e lip e II a r e p o s iç ã o d e u m a
n o rm a d e D. J o ã o III: a c e n d e r ju n to à c o s ta ta n ta s fo g u e ira s q u a n ­
to s o s n a v io s p ira ta s q u e a v ista sse m a o la rg o , p a ra q u e a fro ta d as
ilh as lh e s d e s s e c a ç a n a m a n h ã se g u in te . O C o rv o é u m a h istó ria d e
c o rso e p ira ta ria c o m o u tra s m e m ó ria s à m istu ra . U m q u o tid ia n o d e
a g o ra e d o s te m p o s p a s s a d o s . O s c o s tu m e s q u e fo ra m s e n d o a b a n ­
d o n a d o s p o r q u e a v id a m u d o u . As tra d iç õ e s , as le n d a s , e n arrativ as,
o s rito s q u e já n ã o se p ra tic a m , a v id a c o m u n a l q u e d e ix o u d e fa z e r
s e n tid o n a era d o in d iv id u a lism o e d o c o n s u m o ; e s te e s ta r tr a n q u i­
lo, se m c u id a d o s d e m aior, d e o lh o s p o s to s n o te m p o e n o m u n d o ,
d e s te u n iv e rso m u ito p ró p rio , m a sc u lin o e fe m in in o , e se m d ú v id a
singular.
João de Melo. A Escrita dos Sítios.
Expresso, 21 Outubro, 2000. Pág. 35.
O s núm eros m ais inquie­
tan tes na em igração
verificaram -se, p ara
todas as ilhas do A rquipélago
dos Açores em geral, ñas cinco
d écadas e meia entre 1864 e 1920
P rocurava-se fugir ao serviço
m ilitar e à m iseria, e um dos
sítios de eleição para rum ar ao
novo continente era a ponta dos
Fenais, n a costa oeste.
O destino m ais antigo da
em ig ração açoriana, p ra tic a ­
m ente d esde a fixação definitiva
da população no A rquipélago,
foi o Brasil, alcançado através
das cam panhas de recrutam ento
q u e g ra n d e s b arcos v in h a m
fazer junto à costa. M uitas vezes
e até à seg u n d a m etade de oito­
centos, eram hom ens sem escrú­
pulos a aliciar os ilhéus, v erd a­
d eiro s "traficantes de m ão
d'obra" que os ven d iam como
vis escravos aos plan tad o res dos ardentes climas das Américas.
N a Califórnia buscarão alguns o ouro, outros far-se-ão lenhadores, a
norte, ou então pescadores, agricultores e criadores de gado, enqu an to nas
serras do N evada sofrerão tam bém as agruras d a condição d e solitários p as­
tores d e g randes rebanhos d e ovelhas.
Se os açorianos m ais pobres e cansados da vivência insular ab an d o ­
navam seus lares n procura d e trabalho, para m elhorar as suas con­
dições c espírito, os m ais abastados tam bém eram obriga­
dos a sair para estudar, d evido à sem pre lim itadíssim a
oferta dc ensino nas ilhas "segundarias". Além
disso, e com o é óbvio, até nos nossos dias é preci­
so sair destas ilhas para tratar algum a doença
m ais grave do que o costum e, assim com o das
ilhas m aiores era preciso sair para o Conti-
rente. Por fim, sem pre saíram pessoas de
q u alq u er condição social, p ara visitar
fam iliares ou am igos d u m lado ou
outro do mar. Saindo p o r isto ou por
aquilo, m ais vale... ficar p o r lá;
assim as ilhas têm -se esvaziado
com p reocupante progressão: na
contínua e indissolúvel alternân­
cia d e em igração e im igração,
que d ata desde o povoam ento, a
tendência no fim do segundo m ilénio é
p ara o saldo negativo, com as partidas
ain d a a ultrap assar as entradas. A população
em igrada, actualm ente estim ada n u m m ilhão de
A çorianos, entre prim eira, segunda e terceira geração, representa o q u ád ru p lo dos habitantes das Ilhas. D aí m uitas
vezes se designar o "Novo M undo" com o a "décima Ilha".
R ecentem ente, os longos cam inhos da em igração têm to m ad o o rum o inverso, com as pessoas a regressar às Ilhas.
Destes, a m aioria volta para a sua terra natal. E frequente vê-los reto rn ar nos seus anos de m erecida reform a.
A sem elhança d.e Europeus de outras nacionalidades, presentes em g ran d e n úm ero no continente norte-am erica­
no, os A çorianos, com o passar dos anos, têm form ado as cham adas com unidades. São bairros que se organizam de
form a geograficam ente sem elhante àqueles em que habitavam nas Ilhas d e origem . A ssim u m novo em igrante da
C idade da Ribeira G rande, em São M iguel, irá tendencialm ente habitar junto dos seus conterrâneos que vivem nos
arredores da C idade C anadiana de Toronto. U m nativo dos Cedros, Faial, irá p ara a N ova Inglaterra viver entre am i­
gos e fam iliares da m esm a freguesia. E esta observação é real. A vida social nos Açores centra-se na família, m antêm ­
-se antigas tradições e o conceito de m udança p ara apenas se atingir o progresso, que não é ideia obsessiva na Região.
Esperem os que estas características se m antenham .
In Desafio. José Pacheco - Mundo dos Navegantes

cento e q u arenta e seis


: .
Iim pa-vias trabalhava há m uitos anos
no m etropolitano, sem pre de olhos no
U m a toupeira, um rato dos canos.
Picava papéis na ponta de u m pau com
um prego, e m etia-os no saco. Varria
m ilhões de p ontas d e cigarros, na m aioria quase intactos,
de fum adores im pacientes, lim pava as latrinas, espalha­
va desinfectantes e todas as vezes que o cam arada da
lanterna soltava u m apito estridulo - lá vem o comboio!
■ele encolhia-se contra a parede negra, onde escorriam
águas de infiltração, na estreita passagem de serviço.
Sem pre de olhos no chão, bisonho e calado, com o quem
n ad a espera e não esperava. A vida dele vinha toda do
chão im undo e viscoso.
Era estrangeiro, im igrante, com o toda a gente, e vivia
p erfeitam ente resignado à sua obscuridade; só falava em
m onossílabos; e debaixo da pátina oleosa e negra que o
ar do m etropolitano nela im prim ira com o tem po, a sua
face era incolor e a raça indistinta.
O ra, à esquina de certa rua, há u m a igreja a todo o
com prim ento de cuja fachada cinzenta, os respiradouros
do m etropolitano form am um a longa plataform a de aço
arrendado. O s casam entos são frequentes, ali, po r ser
chique a paróquia e im ponente a igreja. O arroz chove às
cabazadas, em cim a dos noivos, à saída d a cerim ó­
nia, n u m grande estrago de
alegria.

A quela cliuva dê g rlõ s ãtrãv êssã as grãdes7resvãrá"riõ


plano inclinado do respiradouro, ressalta p ara d entro do
subterrâneo, nu m a estreita passagem de serviço v ed ad a
1aos passageiros.
A prim eira vez que viu aquele arroz d erram ad o no
1chão, o lim pa-vias não fez caso. M as com o ia agora por
1 ali com m ais frequência, n otou que a coisa se repetia. O
1 arroz lim po e polido brilhava com o as pérolas de mil
1 colares desfeitos no escuro d a galeria. Intrigado, avis-
i to u a vaga luz d a m asm orra que escorria d a parede.
iM a s o respiradouro obliquava como um a cham iné e a
1 grad e ficava-lhe invisível no interior. Era dali, com
1 certeza, que caía o arroz; como as m oedas, a poeira, a
lá g u a d a chuva e o resto. O lim pa-vias encolheu os
1om bros sem entender.
A té que u m dia, depois d e olhar em roda, abai-
I xou-se, ajuntou os bagos com a m ão, n u m m ontícu-
1 lo, e encheu com eles u m bolso do macaco. C hegado
I a casa, a m u lh er cruzou as m ãos de assom bro: alvo,
1 carolino de prim eira!
Dias depois, varreu o arroz p ara den tro de um
I cartucho e levou-o p ara casa. Pobres, aquela fartu-
1 ra de arroz enchia-lhes a barriga, a ele, à patro a e
1 aos seis ou sete filhos. Ela habituou-se e às vezes
1 dizia-lhe: "Vê lá se hoje há arroz, acabou-se o que
1 tínham os em casa". Confiada naquele rem edeio
1 de vida!
E foi assim que aquela chuva benéfica, de
I arroz polido, carolino de prim eira, acabou por
I lhe d a r a noção concreta de u m a Providência. O

1 arroz vinha do céu, como a chuva, a neve, o sol


| e o raio. A rroz do Céu... o Céu do lim pa-vias é
} a ru a que os outros pisam .

José Rodrigues Miguéis, Arroz do Céu.


-

cento e q u arenta e sete | -1 "7


% elativam ente à emi-
| população portuguesa e de origem portuguesa na Venezuela está estimada em
gr ação tradicional,
certa de A 00 mil individuos, situando-se o número de luso-descendentes entre incluindo as segundas e ¡ « I l l a ..
2 0 0 e 250 mil. Parte apreciável da comunidade lusitana possui dupla nacionali- L terceiras gerações, a m m -
I mdade (portuguesa e venezuelana). presença madeirense no mundo
A maioria dos portugueses é originaria da Madeira e a restante do Continente, em é calculada em cerca de um
especial dos distritos de Aveiro, Porto, Lisboa, Braga e Coimbra. í na área metropolita­ milhão de pessoas, ou seja, c
quádruplo da população resi
na de Caracas onde reside a grande parte da população portuguesa (62,5 por cento),
dente no arquipélago. Na
ravendo núcleos, menos numerosos, nas cidades de Valencia, Haracay, Haracaibo, Bar- África do Sul, actualmen­
guisimeto, Puerto Ordaz, Barcelona, Cumana e liba Margarita. Exercem actividades na te a atravessar dificulda­
área do comércio, restauração, serviços de transporte, indústria e construção civil, sendo des pela instabilidade
significativo o número de empresários portugueses no ramo da distribuição alimentar. criada com a onda de
violência que causou víti­
Entre 1976 e 1996, o volume de remessas dos emigrantes venezuelanos ascendeu a
m as entre os portugueses,
766 m ilhões de euros, tendo-se registado o valor máximo em 1982, com 95 m ilhões de estima-se que vivam 350 a
os. A subida do idiossincrático Chávez ao poder em 1998 e os problemas cambiais 400 mil madeirenses ou
gue se seguiram provocaram algumas reservas na conservadora comunidade portuguesa descendentes de natu­
gue, temendo a crescente incerteza guanto ao futuro económico do país, procurou cana rais desta ilha, na j
lizar para Portugal o maior montante possível de poupanças. Assim, dos B m ilhões d Venezuela cerca de /
200 mil, no Brasil de
euros enviados em 1998, as transferencias correntes dispararam pata A7 m ilhões em
100 a 150 mil, nos
1999 e guase duplicaram no ano seguinte, conforme refere EUA de 40 a 50 /
Banco de Portugal de Janeiro de 2002. mil, na Austrália
0 total das remessas da Venezuela em 2 0 0 0 , no valor de 92 m ilhões de euros 30 mil, no Pana­
correspondeu a 2,7 por cento do total das remessas provenientes das varias comunida­ má 30 mil, no
des portuguesas no estrangeiro (3.A05 milhões de euros), enguanto no periodo de 199C C anadá 20 mil,
no Curaçau 4.500
a 1996 se cifrou em apenas 1,1 por cento. Esta percentagem deverá aumentar, não por e em Jersey (Ingla
causa de um previsível acréscimo das divisas enviadas, mas devido à liberalização da terra) quatro mi).
transferência de capitais na União Europeia e à introdução da moeda única, gue dificul­
tam o controlo das remessas dos emigrantes a trabalhar em países comunitários.

2 I
Ouça com atenção e responda. ^

^ 1 . 0 q u e levou Fábio a em igrar p ara"


Portugal?
> 2 . A que pressão psicológica foi subm etido no aero­
porto?
> 3. Q ue contrapartida teve a assinatura da folha?
> 4. P orque é que Fábio não conseguiu dorm ir? Ei-los que partem , novos e velhos
J> 5. O q u e é que em seguida lhe aconteceu?
> 6. Explique com o é que Fábio realizou um a nova ten ­
Buscar a sorte noutras paragens
tativa e qual o resultado obtido. N outras paragens, entre outros povos.
Ei-los que partem , velhos e novos.

Leia de novo o texto x Ei-los que partem , olhos m olhados


e responda. Coração triste; a saca às costas
Esperança em riste, sonhos dourados
> I- Indique o local onde trabalha
Ei-los que partem , olhos m olhados.
lim pa-vias.
> 2. Q uais eram as várias actividades do seu dia-a-dia?
^ 3. C om o era esse hom em ? Com base nas expressões do Virão u m dia, ricos ou não
texto, caracterize-o. C ontando histórias de lá de longe
^ 4. C om o é que o arroz aparecia naquele sítio? O nde o suor se fez em pão.
> 5. Q ual a reacção do lim pa-vias quan d o o viu cair pela Virão um dia, ricos ou não
prim eira vez? Virão um dia, ou não...
^ 6. Q ue significava o arroz p ara a sua familia? Manuel Ere

148 cento e q u arenta e oito


no podem fazer-se sentir 17 g rau s negativos, e esperar um a
hora debaixo de neve que passe a cam ioneta . M uitas
m ulheres trabalham a dias ou cm em presas de lim pezas.
contrabando de pes^Ouí... N orm alm ente têm um em prego o nde só fazem um as q u an ­
tas horas declaradas. O resto é, com o se diz por lá, "traba­
tenso, vergonha... lhar ao negro", sem p ag ar im postos. Também os hom ens
deportado, deportação, ser expulso, fronteira, servico de aproveitam sábados e dom ingos para proibidos biscates.
Estrangeiros e de Fronteiras... M uitos n ão p ensam senão cm voltar, m as a diferença
de ordenados, a falta d e trabalho em Portugal c as regalias
frustração, abatimento..,
sociais do L uxem burgo fazem -nos ficar. Por exemplo,
partida, rumo ao incógnito, separação de fam ílias, passagem q u an d o se tem um filho recebe-se um abono d e cerca de
200 euros e, d u ran te dois anos, u m subsídio d e mais 80.
Q uem trabalha no sector da construção está os m eses do
Dist i nmacào tratamento desigual (injusto, desfavorável, opressivo),
Inverno a receber p arte do ord en ad o sem trabalhar, por
menosprezo, segregação (racial), põr á parte, marginalizacão, causa d o m au tem po. G anha-se 6 horas por dia, das oito
afastar, separar... horas de trabalho norm ais.
A lguns deles confessam ter p lan tad o um a horta com o
objectivo d e se entreterem com algum a coisa que os im peça
sociedade plurirracial... de an d arem p o r ai a gastar dinheiro em cafés. É que um
Documentos certificado, declaração, papéis, advogado, apoio jurídico, café no G rão-D ucado p ode custar 3 euros.
In Visão, 8 de Junho de 2000.
autenticar, cidadania...
preencher, renovar, responder a anúmeos, alugar (um aparta­
mento),.. Leia com atenção e responda.
apelo das imagens televisivas, sonho de uma vida melhor,
melhoria de condicões de vida... 1. é qu e o L uxem burgo é—™—---------------—
um destino atraen te para os p o rtu ­
- estadia, fixar-se, estabelecer-se, autorização de residên­ gueses?
cia, adaptar-se, adaptação, integração, iegalizar, legalização... 2 . Q ue m otivos levam os portu g u eses a não se n atu ­
ilegalidade, indocumentados, infringir (lei), anonimato... ralizarem tão facilm ente com o os outros povos?
3. Q ual a diferença entre os m odelos d e vida dos em i­
imigrar imigrado, imigrante * emigrante, estabelecer-se, fixar-se grantes m ais antigos e os m ais novos?
num país... 4. Porque é q u e hoje em dia é m ais d u ro viver para a
m ais recente vaga d e im igração?
revistar, visto de turista, de trabalho, rusga, detenção, ser 5. Porque é qu e m uitos im igrantes, não obstante p en ­
preso, diligência policial, repatriação, voltar á pátria... sarem em voltar, não o fazem de facto?
Situaçãosccia trabalho, emprego, salário mínimo, desemprego...
Aten- N.
y i c n d o ao eontcx+o '
Analise o sequinte quadro, actu al e» que se desen­
volve o emigração, aponte
L uxem burgo é um dos países m ais civilizados. algumac soloções para resol
se estaciona em seg u n d a fila, e m uito m enos . ver o problema da etoi-
no passeio. Os carros respeitam escrupulosam en- g r a ç a o ilegal. y
os lim ites d e velocidade d as vilas — nem p en sar cm não
Os novos emigrantes
de um a passadeira. As pessoas dão sem pre A emigração portuguesa para
os bons dias, m esm o aos que não conhecem , os em prega­ França, entre 1991 e 1999, não só
dos dos restaurantes têm sem pre um sorriso, é raro ver-se d im in u iu como m u d o u de com po­
uma casa sem flores nas janelas (até as esquadras têm sição. As m ulheres são hoje quase,
vasos nas janelas), não há beatas no chão. tantas a partir como os hom ens.
A im igração é parte m uito im portante do Luxem burgo
m oderno: calcula-se que mais de 30% elos actuais cidadãos
tenham origem nela. Em W asserbillig, os portugueses,
cerca de 300 num a população d e 2500 pessoas, são, dentro
dos em igrantes, dos m ais bem integrados. C ontam -se, no
entanto, entre os que m enos aceitam naturalizarem -se
luxem burgueses. Os outros povos ad o p tam a cidadania do
Luxem burgo com m uito m ais facilidade.
Os m ais antigos, de um a form a geral estão mais bem
instalados na vida e habitam norm alm ente em espaçosas 250/9 24803
vivendas, com belos jardins e bons carros p arad o s à porta. Fonte. Cen.sos de 3990 e 1999 ern França. "
Boa p arte dos outros, dos m ais novos, tam bém m ora em
vivendas —o que são é casas m ais feias, m ais velhas e > 1. R epare nas diferentes faixas etárias e dê um a
mais afastadas do centro da vila. Todos, sem excepção, explicação possível ao elevado n ú m ero d e em i­
dizem viver m elhor d o que se tivessem ficado no seu país grantes com preendidos entre os 20 e os 39 anos.
dc origem. > 2. Em sua opinião, p orque é qu e as m ulheres em i­
O dia-a-dia da vaga m ais recente de im igração po d e gram actualm ente tan to com o os hom ens?
ser m u ito duro: po r exem plo, levantar-se às 4 da m anhã > 3. E dantes, com o era o m ecanism o da em igração
para ir trabalhar p ara as obras, n u m país em que no Inver­ para a França?

cento e q u arenta e nove


A em igração m antém -se, m ais ou m enos rcdu-
/ \ l zida até 1845, m as a partir desta data as difi-
Jbn~$k cuidados económ icas acentuam -se. Os exce­
B a dentes dem ográficos, resultantes do declínio
Ouça com atenção e responda.

da m ortalidade e do increm ento da industrialização, que,


W W 8
no entanto, se apresenta incapaz de os absorver, justificam
O t
os grandes fluxos m igratórios. Britânicos, alem ães e irlan­
1. Q ue tipo de razões são ap o n tad as no texto p ara a
Sü deses constituem , então, os m aiores contingentes. Já
em igração portuguesa?
depois de 1880 caberá aos países do Sul da Europa, cujas
econom ias perm anecem em situação de atraso económico, p 2. Em que período d a história recente p o rtu g u esa
reforçar os contingentes de expatriados. ocorreu o m aior su rto d e saída d e p ortugueses p ara
O g rande fenóm eno im igratório, que só é possível pela o estrangeiro?
revolução dos transportes, assum e, po r vezes, o carácter P 3. De onde são oriu n d o s os portu g u eses protagonistas
de m ovim ento dirigido. A agri­ dessa saída?
cultura constitui a actividade
/ etMÍ^ração de \ > 4. E que facto determ in o u tal saída?
í>or+o.?eesei não é um , que atrai o m aior núm ero de 5. P ara além de razões de n atu reza económ ica, houve
facto recente; leMpre contingentes europeus para
er+eve f>reren+e na tam bém razões de n atureza política responsáveis
os E stados U nidos d a A m éri­
^ Poli k iociedade f>ortu- y pelo "êxodo". A ponte-as.
é. /n o veM ( ca, C anadá, A rgentina, Bra­
\ guesa.
p 6. Refira as regiões do país que foram m ais afectadas
V de trai. / sil ou A ustrália, m as a
descoberta do ouro na com a saída dos p o rtu g u eses p ara o estrangeiro.
Califórnia e n a África p 7. Q uais os principais destinos dos em igrantes p o rtu ­
" do Sul d esen­ gueses?
cadeia u m a
a u tê n tic a
febre em i­
gratoria.
É p o s­
sível d is ­
tin g u ir entre
em ig ração p ara

Fn o v o s
'p a ís e s e
colonização. A África, que a G rã-B retanha p reten d e u n ir
do Cairo ao Cabo, apresenta-se com o o principal palco de Explique a diferença...
partilhas coloniais, em bora as rivalidades entre potências
im perialistas se estendam a outras áreas. A força d a em i­
gração reflecte-se no desenvolvim ento económ ico das
«novas Europas» e dos territórios coloniais. Tam bém aí se 1. Traz / trás.
m anifesta o fenóm eno urbanístico; das A m éricas à A u strá­ 2. D etrás / de trás
lia as cidades alargam -se e nascem ao ritm o do crescim en­ b) das p ala v ra s em itá lico :
to económico. Portos m arítim os transform am -se em g ran­ 3. Lá atrás há u m a rotunda.
des m etrópoles, com o N ova Iorque e o u tras cidades 4. Atrás de m im virá q u em de m im b om fará.
am ericanas ou asiáticas, enquanto pequenos núcleos u rb a­ 5. M uito previdente, andava sem pre com o chapéu-de-
nos nascem ao longo do curso dos rios, com o M anaus na chuva atrás.
A m azónia, ou acom panham os pontos de escala das vias c ) das s e g u in te s ex p ressõ es:
6. De p é atrás.
www.alu.por.ulusiada.pt. 7. Vir de trás.

1 5 0 cento e cinquenta
11
Leia com atenção o seguinte artigo sobre
os coleccionadores.

U m hom em , a u m a certa altura da vida descobre que

Unidade
tem u m gosto pela colecção. H esita. Pondera. Pensa em
várias hipóteses, que se p o dem afeiçoar a esse m odelo de
com preensão do m undo. U m a colecção p o derá ser de
selos, d e postais, de pratas, de objectos raros, de pessoas,
d e arte. O u de tudo.
Sendo um a das m ais nobres distracções do espírito, a
colecção revela e esconde, ao m esm o tem po, o hom em que
a faz. D iz do seu gosto, da sua m edida, da sua astúcia, da
sua v o n tade e do seu desejo. Diz, ainda, d a sua obsessão.
D aquilo que ele julgou ser a beleza, que todavia não exis­
te, senão aos olhos desse m esm o hom em , e daquela m anei­
ra.
objectos escutistas. Ouça com atenção e
A quele que colecciona, que se revê n u m dad o conjunto tome nota dos conselhos que o dr. Pereira
de objectos, fá-lo só porque de algum a m aneira encontrou dá à filha acerca de:
no m u n d o a raiz d a im perfeição, que através do seu gesto --------------------------------------------- L c
quis corrigir, restituindo a esse m esm o m u n d o u m a outra í. Troca de m aterial.
ordem , que julgou faltar-lhe. U m a ordem m ais perfeita, ou 2. C artas d e outros coleccionadores.
m ais tosca, ou m ais ousada, ou sim plesm ente diversa 3. Envio d e m aterial a coleccionadores.
daquela que encontrou, ferida de um a falta que acusa,
4. A núncios.
antes d e tu do, o seu p róprio desajustam ento.
Coleccionar torna-se assim u m propósito, u m objecti­ 5. Lista de contactos.
vo, u m a razão de vida, u m m otivo m aior que serve tam ­
bém p ara aperfeiçoar aquele que a iniciou.
início de uma coleccão tem variadíssim as origens. Ás colecções iniciam -se, na maioria

0
Todo aquele que colecciona sonha, no fundo de si
m esm o, em partilh ar com os outros o tesouro da sua dos casos, porque se gosta de coleccionar, por mero passatempo oo porgue é um
colecção. M esm o se tem e, profundam ente, que o tesouro investimento de futuro. Quem guiser fazer uma colecção digna desse nome terá gue
não seja reconhecido com o tal, o sentido últim o do colec­ fazer uma escolha, saber o gue vai coleccionar, para gue possa orientar a recolha do material
cionar consiste nu m a dem onstração prestada a outrem de necessário. Por muito gue custe, é preciso abandonar a ideia de guerer fazer uma colecção
u m a consideração elevada. Com o se esperasse, daqueles
universal. Não é possível fazê-la nos dias de hoje. Â produção anual de milhares de discos,
que p o rv en tu ra partilhassem o gosto po r essa colecção,
que se constituissem como u m a nova com unidade gera­
em todo o mundo, origina «ma selecção absolutamente indispensável.
dora d e u m novo m undo, diverso dos que havia. Sendo Escolher uma colecção é ir ao encontro do nosso gosto, da nossa maneira de ser e dos
u m fim, a colecção é tam bém princípio de um a nova nossos conhecimentos. Só desta maneira poderemos fazer uma colecção gue nos dê prazer e
ordem . gue poderá ser, para além de um passatempo, uma obra de gue nos possamos orgulhar.
O sentido de u m a colecção é pois testem unho de civili­ Uma colecção de discos poderá ser sempre de um dos seguintes tipos:
zação, u m a barragem contra a barbárie que é igualm ente I, Por países,
inerente ao hom em . U m testem unho lum inoso e am ável,
É um dos tipos de colecção mais freguente, Consiste em coleccionar discos de um ou
que desm ente — m esm o q uando a colecção é feita sob os
m anes d a pilhagem e d a conquista, como as de A lexandre
vários países, sendo a disposição, em geral, por ordem cronológica do seu aparecimento,
ou de César, de N apoleão ou de W ellington — o acto gu er­ ¿Especializada (de estudo).
reiro, oferecendo-lhe a salvaguarda de u m fundam ento (aracteriza-se pelo estudo de um determinado disco, Normalmente abrange um deter­
m ais alto e m ais nobre que, se o não justifica, em parte o minado período, bastante restrito,
dirim e d a pulsão feroz da sua origem , de tu d o o que nela 3. Temática.
foi, tam bém , de ordem sacrificial. (orno o nome indica, agui o coleccionador preocupa-se com determinado tema e ape­
M as u m a colecção é ainda, com o acto de com unicação nas procura discos subordinados a esse tema, £ um tipo de colecção bastante generalizado e
antecipada, u m aviso ao futuro sobre o presente de todos.
U m a afirm ação rem ota de um a origem que se quer respei­
oferece inúmeras possibilidades ao coleccionador. Por outro lado torna-se mais difícil obter
tad a e que, ao preservar-se, se destina com o exem plo ao material e exige uma pesguísa mais apurada.
futuro que a virá a acolher. Escolhido o tema gue pretende desenvolver, dever-se-á começar a procurar os discos
Bernardo Pinto de Almeida. Uma Colecção. gue lhe servirão de base, bem como algum outro material gue lhe sirva de suporte.
Catálogo António Prates. MEIAC. Adaptação.
Deverá o coleccíonardor inscrever-se em clubes e fazer-se assinante de alguma revis­
1. Faça u m levantam ento dos argum entos do autor. ta da especialidade, o gue lhe faciliatrá a tarefa pela constante actualização,
2. Redija o seu p róprio artigo assum indo o p apel de Poderá também procurar correspondentes noutros países, com os quais possa fazer
coleccionador de Latas de bebida. troca de material, o gue é muito proveitoso. Permitirá encontrar material gue já não se
► 3. Indique todas as acções que deve fazer quem
encontra no comércio,
colecciona:
> a) selos fiscais e de correio;
0 contacto com os comerciantes para obtenção de material é muito importante.
> b) carim bos com em orativos; Nas feiras e leilões encontram-se, em geral, grandes guantídades de material interes­
J» c ) c o m b o io s ; sante, pelo gue uma visita freguente a esses locais poderá ser muito proveitosa.
p d ) b o r b o le t a s ; Lima vez dispondo do material mínimo, deverá iniciar-se a montagem da coleccão, gue
p e) artigos de im prensa sobre desastres. deverá ser guardada num local apropriado.

cento e cinquenta e um 1 5 1
Para uma melhor P R O N Ú N CIA
Reconhecer os símbolos fonéticos
Unidade
C onsulte as páginas 198 a 200 e relem bre o alfabeto
fonético. Será u m a grande ajuda qu an d o consultar T rad u za
novas palavras n u m dicionário.

ir o am i ara cz 1. Seis ciudadanos d e países del Este, entre ellos u n a


mujer, fueron detenidos p o r la Policía Judicial, sos­
O uça com atenção e p o n h a j n as p a la ­ pechosos de pertenecer a la m afia de aquellos países.
vras nas quais o " g " tem u m a pronúncia O tros dos hom bres fueron entregados al Servicio de
diferente. Extranjeros y Fronteras p ara su in m ed iata expulsión.
En P ortugal, los in d iv id u o s h ab rán com etido agre­
12

1. □ G igante 8. O C lonagem siones contra sus com patriotas y deberían ser acusa­
2. □ Pagar 9. □ A gente dos d e extorsión e inm igración ilegal.
3. Q P aragem 10. □ G arganta 2. El año pasado, la Escuela P rim aria ne 4 organizaba,
4. Q P ortagem 11. O Ram agem todas las sem anas, reuniones d e "educación cívica"
en la que los p adres qu e acababan de llegar al país
5. □ G uloso 12. Q Gola
p o d ían obtener nociones de la vida portuguesa.
6. Q Passagem 13. |Z Exigente
3. Para las escuelas la integración es crucial. Las dife-
7. Sargento 14. Q A guardente

Ouça com atenção e escolha. Una


seguintes termos com a sua fonética.

Ex.: Estrangeiro ✓ [i/trn 3 éjru]

1. D eportação □ a [sidedm ÍB]


2. Fronteira □ b [ítigrESÊw] re n d a s crean fricciones y disturbios — fue lo que
3. Passagem c [èprégu] sucedió con la delincuencia juvenil de jóvenes hijos

d e inm igrantes africanos.
4. P artida □ d [dipurtesÊw]
4. En los niños, la em igración no es sólo u n viaje, es m ás
5. C idadania □ e [pesá 3 Èj] u n transplante. C am bian las cosas m ás im portantes a
6. Legalizar □ f [em igrêti] esas edad es — am igos, com ida, hábitos, juegos. Ellos
tienen qu e recrear las raíces, y lo hacen p rincipal­
7. Integração □ g [vi/tu]
m ente a través d e la nuev a escuela, de los nuevos
8. Visto □ h [pnrtídE] amigos.
9. Em prego □ i [frõtéjrn] 5. Los M inistros de Interior y d e Justicia de la U nión
E uropea v an a estudiar hoy u n plan global contra la
10. Em igrante □ j [ligelizár]
inm igración ilegal que incluye varias m ed id as desti­
nadas a p revenir y a luchar contra la inm igración ile­
gal, com o la política de visados, la m ejora en el in ter­
cam bio y análisis de inform ación, el control previo en
el paso de fronteras, las políticas d e repatriación y
Complete. readm isión y la cooperación policial.
6. Cerca d e cincuenta e seis m il ciudadanos o riundos de
E uropa del este y de Brasil recibieron, este año, au to ­
Ex.: A traso
rización de perm anencia en Portugal. U n núm ero
1. Q ua e 11. Torno elo cuatro veces superior al registrado p o r los ciu d ad a­
2. A enha 12. Gui ar nos africanos que, tradicionalm ente, constituían la
3. Te e 13. Desli ar m ayoría d e las peticiones de inm igración entregadas
4. C onfu ão 14. Ga o a en el Servicio de Extranjeros y Fronteras (SEF).
5. A ia 15. Bri a 7. Las o p o rtu n id ad es d e em pleo estaban registradas en
6. Bra ão 16. A ar toda la E uropa occidental y la p roxim idad de P o rtu ­
7. Bondo o 17. A bu o gal a estos países, perm itió que la em igración se
8. Prejuí o 18. C au ar esparciera a todo el territorio, afectando especial­
9. A náli e 19. N a al m ente a las áreas rurales y m enos desarrolladas del
10. Ocio o 20. Be erro continente portugués.

cen to e cin q u en ta e d ois (duas)


c abUl a
Form ação das palavras: Com postos eru d i­
Em
H
I dg
d
E i
tos (segundos elem entos)
■SI
Com a ajuda de um dicionário, procure, De acordo com o exercício ao lado, dis­
na lista à direita, o sentido que corres­ tribua os seguintes vocábulos.
ponde aos radicais dados.

1. -algia -------- a) A cto de com er


2. -astenia b) Asa
3. -céfalo c) Q ue come
4. -cida d) C ura
5. -fagia e) A cto de ver
6. -fago f) Cabeça
7. -géneo g) Q ue soa
8. -pede h) Q ue gera
9. -ptero —► i) Dor
10. -scopia j) Q ue come
11. -scópio k) Instrum ento p ara ver
12. -sono 1) D ebilidade
13. -terapia m) Pé
14. -voro n) Q ue m ata

Construa uma frase indicando


qual o contrário das
palavras em itálico. — '

Ex.: A professora louvou a Sofia pelo teste de M atem áti­


ca. I* . . . c r i t i c o u
1. Hoje a reunião prom ete ser breve.
2. O céu está limpo na M adeira e nos Açores.
3. N ão se esqueçam que devem regressar um a hora
antes do pôr tio sol.
4. O lhando atentam ente para as d uas gém eas, notam ­
-se perfeitam ente as diferenças.
5. O dr. Pereira raramente anda de bicicleta.
6. Os argum entos apresentados pelo P rocurador da
República foram relevantes.
7. Esses anim ais não se encontram na E uropa seten­
trional.
8. Os resultados do teste d e M atem ática foram óptimos.
9. Sofia, encontram o-nos à entrada do cinema.
10. E d e esperar um a nova subida de preços para o m ês
d e Setembro.
riv c u ío g ra m 0 hsioíitimnto íos húm
/ • ^ n t e s dos 'Descobrimentos 'Portugueses o conheci­
/ l mento dos mares era muito [imitado. A partir da
•r L 'Europa viajava-se sobretudo no ‘M a r M ed iterrâ ­
neo, no Marlhfegro c ju n to à costa no Oceano A tlântico. O
De acordo com as regras aprendi­ mais que se conhecia para suC eram as Ilhas Canárias.
das no volume : e com a ajuda do
d icionário, complete o seguinte O primeiro mapa em que aparece o arquipélago dos
quadro. Açores muito parecido com o que é na realidade é de
1439 e f o i fe ito por um cartógrafo catalão chamado
íjabriei 'Calseca. 9{ele é apontado o nome do p o rtu ­
guês Diogo de Silves como seu descobridor. A s datas
prováveis dessa primeira viagem são 1427 ou 1432.
O mapa não inclui ainda as ilhas de flo re s e Corvo.
5íá quem ajirm e ter havido descobridores ante­
riores, pescadores ou marinheiros, que deram com as
Brio 1 b o
ilhas por acaso, ao desviarem-se das suas rotas.
Bigode 2 i d Souberam da sua eTçistência mas não consta que essa
Barba 3 r b injormacão tenha sido aproveitada.
/ Á
Sede 4 d e A colonização f o i fe ita no sistema de capitanias.
Vidro 5 í e / / Conforme era costume da ¿poca, o Infante D . Jíenrique
entregou as ilhas a capitães-donatários da sua confiança
Sabor 6 s o
Batata 7 a d O
Beiço 8 b d
Ambição 9 m c
Baú 10 u 1 f é s
Doente 11 e n
Mistério 12 i e
Barro 13 b n
Ferro u h «R. t&NWEUÍO
|£VS At J l t l Mi
W C i POATtíWÇKt
Pena 15 P o )lS<AUmuOO
Cilindro 16 i n
Ciúme 17 u m que se tornavam responsáveis pelas terras. Cada um deles
Espanto 18 P a linha que chamar gente, mandar cultivar os campos, cons­
Cabelo 19 a 1 truir cidades e organizar a vida da população, üfos seus
Pedro 20 P o territórios, cada um era como um rei, até na aplicação da
justiça e no arrecadar dos rendimentos obtidos: só tinha
■nj» | i jue pagar um imposto ao Infante D . ‘J lenrique ou ao
PjpBI Infante D . ‘Pedro.
Os primeiros capitães donatários foram portu-
I gueses e flamengos: (jonealo Velho Cabral, que leva-
Çra as ovelhas nas viagens anteriores, jic o u tom S .
>-Miguel e St'1 M aria, em 1439; o flamengo Jácome de
'Bruges, casado com uma portuguesa, recebeu a Ter-
Iceira, em 1430; f a i a l e 'Pico foram entregues a outro
flamengo - Josse van Efurtere (de onde deriva o nome
da cidade da Elorta) em 1466.
A s ilhas de (flores e Corvo foram descobertas em
1452 por ‘D iogo de T 'eive, que partira do f a i a l com
um filh o e, quando menos esperava, viu pela frente
aquelas duas pequenas e bonitas ilhas. 'Estas duas
^ ^ ^ c a p it a n ia s foram dadas a Çuiffierme van der Elae-
‘ ' ;flçen, que também recebeu a dc São Jorge, em 1470.
Tg§! % (jraciosa só fo i povoada em 1510 por Pedro
B^w m Correia e Vasco CjilSodré.
u

cento e cin q u en ta e quatro


Andei nessa vida durante

N o fim da u n id a d e sab erá:

0 A ç o re s:
• As fu rn a s;

• C o z id o d a L a g o a d a s F u r n a s .
0 A pesca:

• A p e s c a d a b a le ia .
0 A h i s t ó r i a e a s le n d a s :
• A le n d a d a A tlâ n tid a ;
• A le n d a d o s n o v e irm ã o s ;
,uotW o
• F e r n ã o M e n d e s P in t o .
0 A p r e s e n ta ç ã o d e fa c to s: tei«PoS •
• C o n s id e r a r in n f a c t o c o m o Sín o n ^ ^ reV ;
c e rto ;
S-,n>V>»'o s , ° " e
• C o n s id e r a r u m fa c to c o m o
, Ort°9r° t,a' absttactos-
a p a re n te ;

• C o n s id e r a r im i f a c t o c o m o
p r o v á v e l o u p o s s ív e l.
* r ^ oi
0 O a c a s o , a c a su a lid a d e .

cento e cin q u en ta e cinco 1 5 5


.. ão Miguel é a ilha das mais helas lagoas. A do
Fogo ja z no fundo de uma c ra te ra ab a tid a en tre
os b o rd o s da se rra , com um a península povoada
de criptom érias e m argens pouco acessíveis, a re­
ais vindos p o r erosão dos m ontes envolventes e
rav in as co b ertas de flo ra. N ão h á beleza como a
d esta água ap aren tem en te p a ra d a qu e a todo o
m om ento m uda de co r sob o peso do vento e das
nu v en s, ou à passagem d a b ru m a que p a rte em
dem anda dos m istérios perd id o s do m ar. A água
é azul, verde ou cor de chum bo, consoante a
nuvem e a inclinação d a luz so lar que sobre ela
incida. O vento ju n ta , esp alh a, recolhe e leva
p a ra longe as sucessivas colorações d a água,
como um a cau d a de pavão a distender-se p e ra n ­
te o o lh a r abism ado do visitante.
As Lagoas das F u rn a s e das Sete C idades não serão
menos belas do que a do Fogo. Os deuses as fizeram , os
hom ens as m odificaram . A das F u rn a s é um m a r in te­
rio r, cavado e n tre o P ico do F e rro e um a largueza de
m o ntanhas qu e ain d a assim com portam , no vale, rib ei­
ra s que deslizam e n tre o in h am al, casas de veraneio à
b e ira d a água, caldeiras que b ro tam do solo e fervem
como ácidos — en tre te rra fum egante, ja rd in s exóticos,
bosques de crip to m érias, algumas ra ra s a ra u c á ria s,
fontes term ais, b arco s e ca rp as p a r a a pesca.
A C aldeira das Sete C idades, no Pico d a C um ieira,
um 8 len d ário e p erfeito , form ado p o r duas lagoas,
sendo um a a A zul e a o u tra a Verde. Ambas se in scre­
vem a meio de um vale cercado p o r densa m u ralh a flo­
ral: a cor fosforescente dos fetos arb ó reo s e dos
musgos; o azu l, o b ra n c o e o ro sa das
(Oi®- h id rân g eas; o verde-pálido d a esp ad an a e do
incenso; o am arelo de milhões de conteiras
em flor no mês de Ju lh o . Q uando se chega ao
m irad o u ro d a Vista do R ei, o p rim eiro im pul­
so é desviar os olhos, a te n ta r de novo n a q u i­
lo qu e se nos d e p a ra . N ão é possível acred i­
te ’ ta r logo no qu e se vê. Temos de acostum ar
os olhos à su rp re sa dessa m arav ilh a, ver

. s e s s -s a s ^ * » * um a segunda, um a te rc e ira vez, só então


com p reen d er que estam os p era n te a visão
m ais e x tra o rd in a ria m e n te b ela deste
- S í S « ¡ 5 S 3 5 & - - " " ’ m undo de ilhas. Im enso e lum inoso êxtase
de beleza e tra n q u d id a d e , os dois campos
de água unem -se p o r um fio de te rr a , em
" “- ^ 5 = = 3 s ~: , t.a\vçi se , . cujas m argens m ora um povo h ab itu ad o
te às exclamações de esp an to e a ser visita­
VestaAov. do p o r gente in créd u la qu e afinal acre­
dita no m ilagre. Esse povo vive fo ra das
r "
| =AottW = í - ^ “ ;“ = ' ‘ h o ras do tem po. T razem -no ali os p as­
ttatemVainOu®1 promovet çasseãostuvts- sos, os relógios e as m áquinas fotográ­
patamo m
yu>J„„_. ■ Aonp«a eOUUUi U.VJM
..- ■ ficas dos visitantes. Mas n u n ca o tempo
foi preciso no p ara íso , ain d a que ape­
tocador. os nas te rre n o como este éden dos eleitos
das Sete Cidades.
J o ã o tic M elo. I E scrita dos Sítios.
E x p re sso , 23 S ete m b ro 2000. pág. 32.
s* »(«iwfcip$if«8ndea#ítKjií
atoffèWsjÉewaè;tai».
S L V '* ^ — ’1 'iqiwfõ tita...'

---------------------------------------------

cen to e cin q u en ta e seis


\ j Corvo s furrias são term as localizadas na freguesia aço­
A
riana do m esm o nomo, na ilha d e S. Miguel, único
A

13
; Flores
vestígio do vulcanism o da ilha, atestado ainda
pelos ru id o s subterrâneos, o cheiro a enxofre e os vapores
que delas provêm .
As F urnas são u m dos locais m ais procu rad o s por
' , Graciosa
quem visita os Açores e o principal local d e veraneio de

Unidade
m uitas fam ílias micaelenses
A gastronom ía local é constituida p o r excelentes m aris­
cos e especialidades de peixe fresco. Porém o "cozido das
Fum as" é u m a especialidade m uito procurada, constituida
p o r carne e vegetais cozinhados no solo, junto às caldeiras,
n u m a cozedura n atu ral feita com o calor vulcânico. O
vinho local, o ananás e o licor d e m aracujá tam bém são
m uito apreciados.

S. M ig u e l

P o n ta
D e lg a d a
S. MIGUEL

Santa M;
1,5 kg d e cham bãp de vaca; I kg de carne de porco (perna
ou pá); 1 galinhahâ chouriços g ran d es (chouriço de
C ortam -se as carnes, incluindo a galinha, aos bocados
carne); 250 g d e toucinhofeatrem eado fum ado; 100 g tou­
grandes. Os enchidos e o toucinho/em bocados regu-
, lares. D escascam -se as batatas e cortam -se algum as cinho gordo; 2 repolhos brarteos grandes; 16 batatas
deixando outras inteiras. R aspam -se as cenouras e cortam ­ m édias; 8 cenouras; 4 nabos; 1 couve p o rtu g u esa grande;
-se ao m eio no sentido do com prim ento, fcortam -se os nabos pim enta d a terra (m alagueta verm elK H oçal); sal.
e as couves aos quartos. A brem -se as m alaguetas ao m eio
(estas são facultativas).
In tro d u zem -se todos os in g re­
C h a m b a o (m .) ■( * » è p e te i n t e à f f w M a « 4
d ien tes em ca m ad as a ltern ad a s
<«faè è Sííaà«ttiiqw, de«è
n u m a panela de alum ínio. A últim a * ia te t pife, * íta ffl MMi
cam ada é polvilhada com sal grosso.
Abafa-se tu d o com folhas de couve e
tapa-se a panela com a respectiva
tam pa que se ata às asas d a panela.
M ete-se a panela nu m a saca, que é
p o r su a vez am arra d a com um a
corda com prida.
Introduz-se a panela nu m a cal­
deira n atu ral da Lagoa das Furnas,
tapa-se a caldeira com um a tam pa de
m adeira e depois com terra, deixan­
do a corda de fora. Cinco horas
depois, o cozido está pronto e retira­
-se d a caldeira.
Tiram-se as folhas de couve com
que se abafou o cozido (estas não se
comem) e servem -se as hortaliças
num prato e as carnes noutro.
Q uerendo fazer a sopa do cozido, devem todos os ingredientes ser introduzidos
num saco de pano branco e atado. Põem-se no fundo da panela folhas de repolho b ran ­
co cortadas, introduz-se o saco com o cozido e procede-se com o se diz para tap ar e
cozer o cozido.
O líquido que «destila» dos alim entos dá o caldo para a sopa, que será servida t ó
em pratos onde já se colocaram fatias de pão e alguns «galhos» (ram inhos) d e hor- ¿
telã. O caldo deita-se sobre o pão juntam ente com as folhas de couve que foram
postas no fundo da panela para o efeito.
D escrevem os a form a actual de fazer o célebre cozido das Furnas. Antiga- |
m ente, porém , todos os ingredientes eram introduzidos na galinha, que se conscr- l
vava inteira, ficando de fora apenas os que não coubessem den tro da ave.
Fste cozido pode ainda ser feito sem panela, m as dentro d e panos. N esse caso.
usa-se um ou dois panos brancos, dentro dos quais se deitam os
ingredientes p ara o cozido. A tam -se os p anos em trouxa, metem-sej
n u m a saca, ata-se e, finalm ente, m ete-se nu m a serapilheira. Introduz-!
-se n a caldeira. O cozido feito po r este processo fica m ais seco (osj
sucos dos alim entos dispersam -se na terra) e com u m ligeiro sabor a|
enxofre. Coí'iilo a port

cento e cinq u enta e sete I 3 7


beira-mar, litoral, rabo, enseada, falésia, aportar, dar â
rosta, tempestade, encalhe, náufrago, naufragio, naufragar, ir
ao fundo, afundar, sobrevivente..,
dora, cais, erlusa, grua, guindaste, terminal (de carga, de
passageiros, de cereais, etc.), alfândega, hangar, contentores,
farol, estacionamento...
à vela, a remos, a vapor, a motor, de arrasto, embarcacão,
navio, baleeiro, veleiro, ferry-boat, petroleiro, barco salva­
v id a s, canoa, lancha-motor...
Aportar ancorar, fundear, lancar ferro, embarcar, fazer-se ao
fazer-se à vela, largar, levantar ferro...
Proa castelo de proa, bombordo, estibordo, popa, ponte de
comando, convés, camarote, chaminé, escora...
Hélice motor, casa das máquinas, áncora, teme, rumo, mastro,
dame, vela, velame, guilha, remo, livro de bordo..,
Marinheiro marujo, marinhagem, tripulação, oficial, grumete, cabo,
timoneiro, mergulhador, pescador, patrão, autoridades marí­
timas...
arpão de ar comprimido, arpoada, tubo de respiracão, m ás­ A tateia-toinft» com as
cara, barbatana, válvula, termómetro, manómetro, indicador su a s 7 tonelasfai 4e (>eso
Médio, fornecia 3 ,5 ton elad as <fe
de profundidade, fato isotérmico, botija de ar comprimido.., filé*? 1 , í b ton elad as de ossos,
pesca artesanal, caca à baleia, arpão, rede, redes de armação, 35 <Joi(os de b a rta ta n a r, 55 qui­
los de (ínjua, 53 quilos de f i j a ­
linha, anzol, engodo, isco(a), capturas, pesca de salto e do, 53 ío ilo s de intestinos, ¥1
vara, tamanhos.., ío ilo s de nadadeiras, 7 quilos ¿e
c a rtila je M , ISO «jallos de (>a(>o e
consciencialização, campanhas de sensibilização, conserva­
9SO «julios de toucinho.
cionista, conservação, pesca artesanal...

Explique a significação d as
seguintes expressões.

Ex.: M arinheiro de ág u a doce, f*


P essoa não p repa rad a p a r a '1
e n fr e n ta r d ific u ld a d e s n o se n tr a b a lh o .

1. A rrotar postas e pescadas.


2. Pescador de águas turvas. Ouça com atenção e responda.
3. C orrer sem vela e sem teme.
4. M ergulhar os olhos.
5. Ir d e vento em popa.
6. Deixar de ré. ^ 1. Porque é que no texto se afirm a que Atf Pettersen
7. C air no engodo (anzol). tem inscrita no seu código genético a arte de sair
para o m ar?
2. Q uais são os perigos que estes p equenos barcos
enfrentam ?
| t 3. Com o é que Alf se protege do im enso frio ?
► 4. Pode-se d izer q ue há algum a contradição entre o
painel d e in stru m en to s d o barco de Alf e o seu
aspecto exterior. Porquê?
t 5. O que é que os pescadores fazem ao bacalhau que é
pescado?
► 6. Poder-se-á d i/e r que tudo vai bem na pesca do
bacalhau?

7. Tendo cm conta o texto qu e o u v iu anteriorm ente,


faça o diário d e bordo d e Alf, num dos dias d e m aior
azáfam a.

158 c e n to e c i n q u e n t a e o ito
A família de Hans morava no interior da
/ l ilha. Ali, o rum or m arítim o só em dias de
tem poral, através da floresta longínqua, Leia de novo e responda.
■*» -^ L se ouvia. (...) Ali, no respirar da vaga,
ouvia o respirar indecifrado da sua própria paixão. P orque é que a fam ília H ans m orava no interior da
Nesse dia, qúàndo ao cair da noite entrou em casa, ilha?
H ans curvou a cabeça. Pois aos catorze anos já tinha C aracterize o pai de H ans, d e acordo com o texto.
quase a altura de um hom em e, em Vig, as portas de Em qu e circunstâncias é que m orreram os tios de
entrada são baixas. Hans?
Sõren, pai de Hans, era um hom em alto, magro, com Poder-se-á dizer que o acidente se ficou a d ever a
os olhos cor de porcelana azul, os traços secos e belas falta de cuidado com a em barcação?
mãos sensíveis que mais tarde, durante gerações, os Q ual foi então a causa do naufrágio?
seus descendentes herdaram . Nele, como na igreja Com o é que H ans se to rn a m arinheiro?
Refira algum as tarefas que H an s teve de cum prir a
luterana, havia algo de austero e solene, apaixonado
bordo do navio.
e frio. À casa e à família, im prim ia um a inom inada
lei de silêncio e reserva onde o espírito de cada um Hans fugiu de casa e embarcou sem a anuência dos pais. Âo fim
concentrava a sua força. de vários m eses de viagem , Hans tem saudade da fam ília
(...) Os seus irmãos mais novos - Gustav e Niels e decide escrever aos pais. Redija essa carta, na qua!
tinham m orrido no naufrágio de um veleiro que lhe ele pediria desculpa por ter fugido, justificando a
pertencia. Sõren sabia que o seu barco era um bom barco atitude, falaria das paisagens que tinha visitado e
onde ele próprio inspeccionava com minúcia cada cabo
e cada tábua, sabia que os seus jovens irmãos eram per peripécias que lhe tinham acontecido no aíto mar.
feitos homens do mar e hábil e competente o capitão a
quem tudo entregara. No entanto, o navio naufragou " B a le ia s ...B a le ia s ...! " ,
quando a experiência e o cálculo não mediram exacta­
o a p e l o d o m a r .
mente a força e a proximidade do temporal.
Mal a notícia do naufrágio foi confirmada pelo carguei s açorianos têm sabido, ao longo dos sécu­
ro inglês que dois dias depois recolhera ao largo os des­
troços do veleiro desmantelado - o mastro partido, as
bóias, o bote virado - Sõren vendeu os seus barcos e
comprou terras no interior da ilha.
G los, retirar o essencial para a sua subsistên­
cia da agricultura, da pesca... e da caça à
baleia. Baleias que os m arinheiros iam caçar, hum il­
dem ente, com arpões lançados de frágeis botes a
No entanto Hans suspirava e nas longas noites de inver­ remos. N ão é estranho, pois, que Melville visitasse
no procurava ouvir, quando o vento soprava do sul, os Açores para se inspirar nas incríveis odisseias da
entre o sussurrar dos abetos, o distante, adivinhado, caça à baleia e escrever M oby Dick.
rumor da rebentação. Carregado de imaginações queria A actividade baleeira constituiu d u ra n te largos
ser, como os seus tios e avós, marinheiro. (...) anos um a das principais fontes de riqueza dos Aço­
Queria ser um daqueles hom ens que a bordo do seu res, sendo o m eio de subsistência d e m uitas fam í­
barco viviam rente ao m aravilhamento e ao pavor, lias. Ainda hoje podem os observar a velha "Fábrica
um daqueles hom ens de andar baloiçado, com a cara da Baleiaj, nos Poços de São Vicente Ferreira (S.
queim ada por mil sóis, a roupa desbotada e rija do Roque). E bastante com um travar conhecim ento
sal, o corpo direito como um mastro, os ombros lar com antigos baleeiros e deliciarm o-nos com histó­
rias fantásticas.
gos de rem ar e o peito dilatado pela respiração dos
Por as Ilhas se situarem longe das grandes rotas da
temporais. Um daqueles hom ens cuja ausência era
m arinha m ercante internacional, a navegação de
sonhada e cujo regresso, m al o navio ao longe se
recreio ainda não ser m uito intensa e os grandes
avistava, fazia acorrer ao cais as m ulheres e as
centros em issores d e poluição se encontrarem
crianças de Vig.(...)
m uito afastados, os Açores constituem um dos seus
Em Agosto, chegou a Vig, vindo da Noruega, um últim os refúgios no A tlântico norte.
cargueiro inglês que se chamava Angus e seguia N o encontro das águas "quentes" e das águas
para o Sul. O capitão era um hom em de barba ruiva frias do A tlântico norte, o arquipélago dos Açores é
e aspecto terrível que navegara até aos mares da um a das zonas m ais privilegiadas p ara a obser­
China. Foi no "Angus" que H ans fugiu de Vig, alista­ vação de baleias a nível m undial: 24 espécies
do como grumete. de cetáceos frequentam as suas águas: o
(...) Assim, desde m uito cedo, Hans conhecera as grande cachalote é m uitas v e/es acom panha­
ilhas do Atlântico, as costas de África e do Brasil, os do pela baleia-piloto; m uito próxim o encontra­
mares da China. M anobrou velas e dirigiu a m ano­ mos tam bém os golfinhos sopradores; os pequenos
bra das velas, descarregou fardos e dirigiu o em bar­ golfinhos abundam a sul de Lajes. O golfinho
que e desem barque das mercadorias. de Risso nada norm alm ente junto à costa. -
Mas os tem pos m udaram e hoje nin- ¿ m ¡M
Respirou o arfar dos temporais e a imensidão azul
guém pode tocar nos cetáceos que estão 1 *'| | i
das calmarias. Cam inhou em grandes praias brancas
rigorosam ente protegidos por con- '
onde baloiçavam coqueiros, rondou prom ontórios e venções internacionais. O últim o
costas desertas. cachalote foi capturado nas
Sophi.a de M ello E rey n er A n d re se o , Lajes do Pico . .
Histórias da Terra e do Mar, Ed. Salamandra.
em 1987. . *

% ¿ í L a J L

cen to e cinquenta e nove 159


Abraham Stork: Ò im dc captura da hak-ia.
a tu n s , como ra-as. Pois não são boas? reserva. E nquanto ela des­
os pescadores Com e nelas, que ain d a há a cia, d e sliz an d o lev em en te
ch am av am a tuna. Tesa e fresca e saboro­ en tre os d ed o s d o velho,
todos os peixes sa. N ão te acanhes, peixe. ain d a sentia o gran d e peso,
da especie "tuna", que só Come. em bora a pressão do polegar
distin g u ia m pelos nornes E sp ero u com a lin h a e do d ed o fosse q u ase
p ró p rio s q u a n d o v in h a m entre o polegar e o dedo, im perceptível.
vendê-los ou trocá-los por o b se rv a n d o -a e às o u tras — Q ue peixe! Tem-na de
iscas, os atu n s h aviam -se linhas, porque o peixe podia esguelha n a boca e vai-se
sum ido. O sol estava quente, ascender ou afundar-se m ais com ela.
e o velh o sentia-o no nas águas. H ouve então o (...) - C om e m ais u m
cachaço, com o sentia o suor m esm o delicado toque. bocadinho. Com e à vontade.
correr-lhe pelas costas abai­ — H á-de m o rd er - disse "Come, d e m aneira que o
xo, ao remar. o velho, em voz alta. - Deus bico d o anzol se te espete no
"Podia ir à deriva, p en ­ perm ita que ele m orda. coração e te m ate, pensou.
sou, e d o rm ir e d a r um a N ão m o rd era, todavia. Vem p ara cim a sossegado,
volta de linha nu m ded o de Fora-se em bora, e o velho q u e eu m eto -te o arp ão .
um pé, que m e acordava. nada sentia. M u ito bem . Já acabaste?
M as hoje faz oitenta e cinco — N ão p o d e ter ido. Estiveste à m esa o tem po
dias, e devo pescar como D eus sabe que não pode. que quiseste?"
deve ser." Está a d a r um a volta. Talvez — Agora! - exclam ou, e
N esse preciso in stan te, já tenha engolido u m anzol, d e u u m p u x ão a m ãos
observ an d o as linhas, viu e ainda se lem bre u m pouco. am bas, recuperou u m a jarda
u m a d a s canas verdes Sentiu de novo o suave de linha, to rn o u a puxar, e
dobrar-se subitam ente. puxão, e ficou feliz. ou tra e o u tra vez, atirando
Sim - disse. - Sim - e — T inha d a d o a sua altern ad am en te cada braço à
em b arco u os rem os sem volta. H á-de cair. corda, com to d a a força dos
tocar no barco. E stendeu a Sentir o puxão ligeiro era braços e o peso do corpo em
m ão p ara a linha, e segurou­ um a felicidade, e d e repente alavanca.
-a d elica d am en te en tre o se n tiu algo in criv elm en te
p o leg ar e o in d ic ad o r da pesado. Era o peso do peixe,
Ernest Hemingway, O Velho e o
m ão direita. N ão sentiu e d e u linha, lin h a, linha, Mar, Edição "Livros do Brasil" Lis­
tensão nem peso, e segurava recorrendo às d u as pilhas de boa, tradução de Jorge de Sena.
m uito ao de leve a linha.
N ovam ente veio. D esta vez,
u m puxão a tentear, nem
firm e, nem pesado, e o velho Leia de novo e responda.
sabia exactam ente o que era.
A cem braças, um peixe gra­
ú d o estava a com er as sar­ t* 1. E xplique o significado d a expressão "um a das
dinhas que cobriam a ponta canas dobrou-se".
e o corpo do anzol on d e o I* 2. Q ual o isco que o pescador utilizou n a pesca?
anzol feito à m ão se projec­
> 3. Com o se sentiu o velho pescador q u an d o o peixe
tava d a cabeça da pequena
"tuna". voltou a picar, após u m a pausa?
O velho segurava delica­ > 4. Retire do texto um a frase que indique que o peixe
dam ente a linha, e cu idado­ era grande.
sam ente, com a m ão esquer­ 5. P orque é que o p escador deixou o peixe com er o
da, soltou-a da cana. Podia
isco "à vontade"?
assim deixá-la correr entre
os dedos, sem que o peixe 6. A pós vir à superfície, com o é que ele o iria prender?
sentisse qualquer oposição.
"Este das profundezas, é
m ês de estar no bom tam a­
nho, p en so u . C om e-as,
peixe. Com e-as. Faz favor de O v e lh o p e s c a d o r co n se
as comer. Com o estão fres­ g u iu p e sc a r o e n o rm e
cas, e tu a seiscentos pés, na a tu m e tra z ê -lo p a r a t e r ra ,
treva, nessa água fria. Dá a in d a q u e co m im e n s o
outra volta no escuro e volta e sfo rç o . E ra um e x e m p la r
a com er nelas". ú n ico .
Sentiu o ligeiro e delicado Im a g in e a re c e p ç ã o q u e
puxão m ais forte, q u an d o a lh e foi fe ita n a p r a ia e
cabeça da sardinha teria cus­ e s c re v a o d iá lo g o h a v id o
tad o m ais a a rran c ar do e n t re o p e s c a d o r e o s
anzol. D epois, m ais nada. o u tr o s c o m p a n h e ir o s d e
— A nda - disse alto o
f a in a .
velho. - Dá um a volta. Chei-

cento e sessen ta
Ouça de novo o texto do exercí­
cio na 2 e destaque o vocabuiá-
rio relacionado com a pesca.

Com a ajuda ^
Ex.: Porto
de um dicionário,
□ 1. Estibordo □ 11. Baleeiro □ 21. B arbatana ordene as séries
□ 2. Rota □ 12. Pescador □ 22. Leme seguintes por ordem
□ 3. Traineira □ 13. A ncora 23. Vela
crescente.

□ 4. M astro □ 14. C ardum e □ 24. Ré
□ 5. A m arra □ 15. D esovar □ 25. Velame I agonia expectativa desespero
J ansiedade aflição loucura
□ 6. A fundar □ 16. M arujo □ 26. A nzol
angústia.
□ 7. O nda □ 17. Barco □ 27. Engodo
□ 8. Convés □ 18 G rum ete □ 28. Isco
□ 9. Linha □ 19 A rrastão □ 29. H élice
□ 10. Farol □ 20 Ponte □ 30. Lota

"Não
v; yT rabeM o <jue são f a j ã s ?
yr Imaginemos uMa i(ha de f a lé s i a s ao >.
■ / (onjo da costa, a nor+e e a sul do Ilha. \
W Para o Imaginar, é preciso "ver” a g r a n d e \
7 muralha v e r d e j a n t e : não a pique, mas eM d e c liv e '
e eM erosão. Sobre ela, c o m o u m Man+o d e lã t i n t u ­
rada a v e r d e de u rz e e fa la , uMa coberta v e g e t a l de
rara harm onia. Quando a falé sia a b a t e ou do alto se
d e s p e n h a , fo rm a m - se no Mar t e r r e ir o s q u e a natureza
Molda a sua maneira: são t e r r a s rasas, re d ond as, ou
i p o n tia g u d a s , por v e z e s curvilíneas c o m o ancas, ¡
obscenas, ossudas c o m o cotovelos. As f a j ã s /
■ fazeM a pura b e le z a de Sao J o r g e " . /
J ^ V J o ã o de Meló. A Escrita dos Sitios. Da Graciosa a São Jorge,
I Expresso, 7 O utubro 2000.

Esc o- \
Encontre nas seguintes séries de sinónimos o intruso, tha urna f o t o g r a f í a
de uma paisagem e
f a ç a uMa deicriçao
Ex.: Versado aceito ciente conhecedor experiente k eM 1 0 llnhas. ,

1. Mofina: avareza sovinice varina m esquinhez


2. Agasalho: afoito roupa am paro protecção
3. Blague: patranha peta insulto facécia
4. Dúbio: m aleável hesitante duvidoso incerto
5. Ebrio: beberraz buliçoso sedento desejoso
6. Enrolar: envolver em brulhar agasalhar enovelar
7. Birra: teim a zanga obstinação bisca
8. Frouxo: falaz m ole brando lasso
9. G uedelha: m adeixa trança guelra tru n fa
10. Bisbilhotice: logro intriga mexerico indiscrição
A L E N D A D A A T L A N T ID A
descoberta do arquipé­
lago dos Açores foi feita
onta-se que h o uve em tem pos um continente im enso no m eio do oceano
no ano de 1427 po r
D IO G O DE SIL V E S, piloto de
El-Rei de Portugal, que chegou à
ilha de Santa M aria. A té 1439
C A tlântico cham ado A tlântida. Era um lugar magnífico: tinha belíssim as
paisagens, clima suave, g randes bosques, árvores gigantescas, planícies
m uito férteis, qu e às vezes até d av am d u as ou m ais colheitas p o r ano, e anim ais
m ansos, cheios d e saúde e força. Os seus habitantes eram os A tlantes, que tinham
sabe-se que foram descobertas 7
u m a enorm e civilização, m esm o quase perfeita e m u ito rica: os palácios e tem plos
das 9 ilhas: Santa M aria, Tercei­
eram todos cobertos com ouro e outros m etais preciosos com o o m arfim , a p rata e
ra, São Jorge, Faial, Pico, São
o estanho. H avia jardins, ginásios, estádios... todos eles ricam ente decorados, e
M iguel e Graciosa. A s outras
ainda portos de g randes dim ensões e m u ito concorridos.
duas, Flores e Corvo, só foram
As suas jóias eram feitas com u m m etal m ais valioso que o ouro e que só eles
d esco b ertas em 1452 po r
conheciam - o oricalco.
D IO G O D E TF1V L. u m escu­
H ouve u m a época em que o rei d a A tlântida d o m in o u várias ilhas em redor,
deiro do IN F A N T E D O M
um a boa p arte d a E uropa e p arte do N orte de África. Só não conquistou m ais p o r­
H E N R IQ U E .
que foi d erro tad o pelos gregos de A tenas.
A povoação das ilhas fez-se a
Os deuses, v endo tan ta riqueza e beleza, ficaram cheios d e inveja e, p o r isso,
partir de 1439 por ordem do rei
desencadearam u m terram oto tão violento que afu n d o u o continente n u m a só
D O M A F O N S O , q u e disso
noite. M as parecia que esta terra era m esm o mágica, pois ela não se afu n d o u por
encarregou o seu tio, o Infante
com pleto: os cum es das m o ntanhas m ais altas ficaram à tona da ág u a form ando
D. H enrique.
nove ilhas, tão belas q u an to a terra subm ersa - o arquipélago dos Açores.
Inicialm ente os A çores eram
A lguns A tlantes sobreviveram à catástrofe fugindo a tem po e foram para
u m a D o n ata ria H ered itária ,
todas as direcções, deixando descendentes pelos qu atro cantos do m undo. São
constituindo as ilhas Capitanias.
todos m uito belos e inteligentes e, em bora ignorem a sua origem , sentem um dese­
A o donatário pertenciam todos
jo inexplicável de voltar à sua pátria.
os tributos, dízim os, im postos,
H á qu em diga que antes d a A tlântida ir ao fundo, tinham descoberto o segre­
rendas e foros das terras e um
do da ju v en tu d e eterna, m as depois do cataclism o, os que sobreviveram esquece­
dom ínio incontestado sobre os
ram -se ou não o sabiam , e esse conhecim ento ficou lá bem no fundo do mar.
seus habitantes. Pertencia-lhe,
ainda, a jurisdição civil, crim inal
e a d m in istra tiv a , n o m e an d o
fu n cio n ário s e con firm an d o
eleições. O últim o donatário das
ilhas foi o d u q u e d e B e ja e
V ise u , D O M M A N U E L , que
assum iu a coroa real em 1494. A
vila de A ngra, hoje A ngra do
H eroísm o e actual capital da
Ilha Terceira, foi a p rim e ira
povoação dós Açores a ser ele­
vada a cidade, recebendo o seu
foral em 1534. N esse m esm o ano
foi escolhida para sede do b ispa­
do açoriano pelo P apa Paulo III.
A donataria ficou incorporada à
coroa real até 1580, qu an d o Por­
tugal se u n iu à Espanha. A partir
d esse ano, foi n o m e ad o um
G overnador-G eral, com poderes 1) Procure na H istória de P ortugal ou n a lg u ­
civis, políticos e m ilitares e ma en ciclo p éd ia a b io g ra fia d a s p e rso n a ­
escolhida a cidade de A ngra, na gens re fe rid a s no texto e fa ça o le v a n ta ­
ilh a Terceira, com o sed e do
m ento dos acontecim entos m ais
governo do arquipélago. M esmo
após a R e s ta u ra ç ã o p o r tu g u e ­ im portantes d a época de ca d a u m a.
s a , d e 1640, esse sistem a de
2) Trate de e x p lic a r porque é que a lg u m a s
ad m in istra çã o co n tin u o u até
1653, quan d o voltou o sistem a
d e la s ch e g a ra m a ser p e rso n a g e n s le n d á ­
de capitanias sem u m governo ria s e, no en tan to , o u tra s ca íra m no e sq u e ­
centralizado. Em 1766 o mar­ cim ento.
q u ê s d e PO M B A L estabeleceu
um a C apitania-G eral com sede 3) R ed ija a s condições n e c e ssá ria s p a ra que
em A ngra, tendo o capitão-gene- um a p erso n a g em p o ssa e n tra r no Clube
ral jurisdição em todas as ilhas. dos H eróis da História. -

cento e sessen ta e dois (duas)


A L E N D A D O S N O V E IR M Ã O S VOQBÜLÁRIO - APRESENTAÇÃO DE FACTOS:
m eio do oceano havia u m país lindo com árvo­ Considerar um furto como certo: E duro (evidente, certo) que, de certeza abso­
res a cobrir grandes m ontanhas. A lgum as des­
tas eram tão grandes que pareciam chegar ao luta que. não há dúvida (nenhuma de) que, evidentemente que, de certe­
za absoluta...
O ra nesse país havia um rei que tinha nove filhos Considerar um farto como aparente: Parece, ter um ar, dai a impressão, apa-
m uito am igos, e u m dia cham ou-os e pediu-lhes que
lhe dissessem que sítio preferiam , pois ele queria dar
u m a p ro p ried ad e a cada um. Considerar um facto como provável ou possível: 5e calhar, talvez, possivel­
Todos escolheram m ontanhas, m as com o se enten­ mente, provavelmente, pode ser que, é (muito, pouco) provável que, é de
d iam bem , não houve discussões e cada u m foi para
u m dos nove cum es m ontanhosos do país, tendo m ar­
esperar que, é de prever que...
cado encontro para daí a um ano. Casualidade: acontecimento inesperado, fortuito, acaso, contingencia...
N a véspera desse dia eles an davam tão excitados Casualmente: acidentalmente, de modo casual, por acaso, sem ter sido plane­
q u e m al conseguiram dormir.
ado...
De noite ouviram u m g rande ruído, e viram com
terror qu e o continente se tinha afundado, ficando à (asual: acidental, ocasional...
tona de água apenas os nove cum es. A gora a única
m aneira de com unicarem era de barco, de m aneira que
DEBATE:
d eitaram m ãos ao trabalho.
Pouco tem po depois estavam todos a abraçar-se,
) mundo está qovernado pela casualidade,
pois ap renderam a viajar pelo mar, já que agora viviam
cada u m num a ilha - as ilhas dos Açores. ilos na ítica, económica, etc),
o acaso.

Com a ajuda dos seguintes dados, redija


uma breve biografia.

T R EZE V EZES CATIVO E D EZA SSETE V EN D ID O ...


QUANDO TUDO A CO N TECEU ...
I5Z1: A família parte (ou talvez fuja) para Lisboa.
15Z3: Em viaqem por mar de Lisboa a Setúbal é aprisionado por corsários franceses.
1537: Embarque para o Oriente.
1539: Por incumbência do capitão de Malaca, contactos diplomáticos com o rei dos
Batas eAraús.
I5AZ: Primeira viaqem ao Japão, em companhia de Dioqo Zeimoto; introduz as
armas de foqo no Japão.
1553: No Japão, conhece, colabora e torna-se admirador de 5. francisco Xavier.
I55A: Em Goa, entrega toda a sua fortuna aos pobres e á Companhia de Jesús, e
ingressa na Companhia como irmão leigo.
1557: Saída da Companhia de Jesus.
1558: Regresso a Portugal.
I56Z: Já casado com Maria Correia Brito (trinta anos mais nova do gue ele), retira-se
para a Quinta gue comprara no Pragal (perto de Almada).
1569: Corneta a escrevera Pmgrimõo.
1578: Conclusão de a Peregrinado.
1583: Janeiro, filipe II concede a fernão uma tenta anual de dois moios de trigo.
1583: Julho, morte no Pragal.
I6IA: Primeira edição (expurgada) da Peregrinm

- \jtIM c , ISTO -

cento e sessen ta e três


Para uma melhor P R O N U N
Reconhecer os símbolos fonéticos
C onsulte as páginas 198 a 200 e relem bre o alfabeto
CIA
12
fonético. Será um a grande ajuda quan d o consultar Trad u za
novas palavras n u m dicionário.

1. A dem ás de las fuertes em ociones que la observa­


F ^ r o i r l x i n ción de las ballenas suscita, es tam bién nuestra
am bición darle a conocer los vestigios d e esa cu ltu ­
O uça com atenção e p onha nas p a la ­ ra ballenera de la que los azorianos son los únicos
vras nas quais o " g " tem um a pronúncia herederos.
diferente. 2. C ada m añana, antes de salir hacia el mar, contacta­
m os con nuestro vigía y analizam os las inform acio­
1. □ Exam e 8. O Buxo nes que él nos proporciona: el tipo de grupo avista­
2. Q Enxam e 9. O Trouxa do, su distancia del p u erto , el estado del mar, el
3. □ E nxaguar 10. □ Xarope núm ero de in d iv id u o s en el grupo, la presencia o no
4. O Exército 11. O Lixo de crías - diversos parám etros indispensables p ara
5. Q G raxa 12. □ Enxofre evaluar la p robabilidad y, sobre todo, la calidad de
las observaciones.
6. Q Roxo 13. Q Aleixo
3. En colaboración con las U niversidades de las A zo­
7. Q Exercício 14. Q Baixo
res y de Florida m arcam os las tortugas a fin d e veri­
ficar la hipótesis de qu e em igran entre las Caraibas
y las Azores.
4. M atar ballenas siem pre fue u n hábito de hom bres
Ouça com atenção e escolha. Una os viriles, u n a bu en a m an era d e alim entar héroes.
ES? ) seguintes termos com a sua fonética. A u n q u e la pesca de ballenas nu n ca pasara d e una
'' ' -

in d u stria artesan al, sin re n ta b ilid a d , co n tin u a


Ex.: Falésia [M ézje] habiendo quien gana m ucho dienero con la venta
de m arfil trabajado.
1. T em pestade [viléjru] 5. Todavía hay quien defiende con u ñ as y dientes la
2. Cais [b u tí 3 e] liberalización de la pesca de la ballena p o r las v irtu ­
des m edicinales d e sus aceites.
3. Passageiro [kõvé/] 6. El gobierno japonés alega u n a larga historia nacio­
4. A ncorar [têpiytádi] nal en la pesca de ballenas, rem ontándose al siglo
5. Veleiro Lkáj/j XVI. Las excavaciones indican que la práctica p u ed e
haber tenido lu g ar incluso m ucho antes: h an sido
6. Convés [erpwedór] descubiertas p in tu ras de caza prim itva, d o n d e se
7. M arinhagem [èkurár] observan pescadores japoneses pescando gigantes­
8. A rpoador [pesB3éjru] cos m am íferos con arpones de m ano. La prohibición
niega el derecho de m antener esa tradición japone­
9. Botija [beljéjru]
sa.
0. Baleeiro [ m e r i p á 3 êj] 7. G reenpeace declaró hoy que, incluso después de
dos años de negociaciones y d e qu e el gobierno
argentino decidiera finalm ente copatrocinar la pro­
p u esta brasileña d e creación del Santuario d e Balle­
nas del A tlántico Sur, la adm isión de la com pra de
votos p o r Japón en las votaciones d e la Com isión
Ballenera Internacional (CBI) p u ed e bloquear defi­
nitivam ente la aprobación de la propuesta.
COM 8. LoS mamíferos marinos han sufrido intensamente
las consecuencias de la influencia nefasta del hom­
bre en los oceanos, la cual ha provocado una drásti­
Complete. ca reducción en los efectivos de muchas especies.
9. Diariamente son arrojadas a los oceanos cantidades
Ex.: Arma em increíbles de basura, productos químicos tóxicos,
desperdicios industriales, sumideros urbanos y otro
1.^ E austo " E iguo
tipo de contaminantes que degradan substancial­
2. Limpe a Ba ófia
Ben ina mente la calidad del agua.
3. Acu ar
10. Los productos tóxicos circulan a lo largo de la cade­
4. Ê ito Gro elha
A ulejo na alimentaria, acabando por acumularse en los ani­
5. E acto
6. Bra a E je c u ta r males predadores colocados en la cima, como es el
7. E ame
7.1 A o caso de los mamíferos marinos. Consecuentemente
8. Bali a Ami ade estos animales acaban por desarrollar entermeda-
9. Surpre a Pre a d es m alignas y contagiosas :responsables de la
10. Aca o A elha muerte de gran número d e ejem plares.

cento *e sessen ta e quatro


Form ação das palavras: Com postos eru d i­
tos (segundos elem entos)

Com a ajuda de um dicionário, procure, De acordo com o exercicio ao lado, dis­


na lista à direita, o sentido que corres­ tribua os seguintes vocábulos.
ponde aos radicais dados.

■ tauromaquia
metrópole fumívomo barítono
1. -cola ——- a) Q ue faz, ou pro d u z
2. -cultura b) C om bate melopeia benéfico
3. -drom o c) C idade bígamo piscicultura fonoteca
4. -fico d) L ugar p ara correr autódromo discoteca logomaguia !
5. -fugo e) A cto de cultivar febrífugo onomatopéia hipódromo frigorífico I
6. -gam o f) Q ue expele ignívomo biblioteca apicultura hemeroteca
7. -gram a g) Q ue casa polígamo arborícola uilograma Petrópolis |
8. -m aquia h) L ugar onde se guarda prolífico I
sulnicultura vermífugo agricultura
9. -peia i) Tensão, tom J
10. -pólis, -pole ► j) Q ue cultiva, ou
11. -stico k) Verso
12. -teca 1) A cto de fazer
13. -tono m) Q ue foge, ou faz fugir
14. -vom o n) Escrito; peso

Encontre a p alavra correspondente


às seguintes definições.

Ex.: Eleitores: p. Eles elegem os políticos.

1. p Ela dedica-se à arqueologia.


2. p Ele chora por tu d o e po r nada.
3. ------------------ p Ele escreve crónicas.
4 . -------------------- j» Ela ocupa-se de questões económicas.
5. ----- p Ele é investigador científico.
6. p Ele faz magia.
7. ------------ p Ele encara tu d o com optim ism o
8 . -------------------- I» Ele assassinou u m rei.
9. p Ela vende carne n u m talho.
10. - p Ela escreve romances.
h f l r a lo Htroístno

cidade de A ngra do (Heroísmo jic a localizada na costa


I / \ S u ( da liñ a 'Terceira, uma das nove Uñas do A rquipélago
m / ~ \ -d o s Açores, situado no A tlâ n tic o C entrai e q m con stitu i
desde 1976 uma dfegiâo A utónom a da K fpública (Portuguesa.
A ngra desenvolve-se durante o século X ‘C. Qgando em 1S34
De acordo com as regr<
d as no v o l u m e 3 e com 25. João U I a eleva à categoria de cidade, a primeira nos A ca ­
dicionário, complete < res, A ngra era já uma florescente povoação, devido ao seu
quadro. porto, uma Bacia n a tu ra l que lhe dá o nome, e peia sua p ri­
vilegiada situaçãogea-estratégica, que a tornou pon to de
escala obrigatório nas travessias transcontinentais. E
também no ano de 1534 que o (Papa (Paulo I I I a f a z sede
da (Bispado dos Açores.
Chave do A tlâ n tic o , torna-se base m arítim a e
ponto de escala de naus e caravelas a caminho dos
Jfovas M undos, com especial destaque para a "(Rota
Semelhar
do Cabo" e para a 'Carreira ia s índias". «Universal
Reluzir ‘E scala do (Mar Poente», como lhe chamou a cronista-
Importar açoriano Qaspar fru tu o s o , é p o rto de escala obriga­
Edificar tório, ao longo dos séculos X M l a X l T l l , ligando
durante quase três séculos a ‘E uropa aos (fp vo s M u n ­
R esistir 5
dos. Pelo seu porto passam fo rtu n a s em ouro, prata e
R econfortar 6 especiarias; nela pisam grandes v u lto s da (Historia
Insinuar como ‘Vasco da Çama e seu irmão> Paulo da Çama,
Influir que lá encontra a sua últim a morada; torna-se,
enfim , um pon to fu lc r a l de uma das mais im portantes
Revigorar
páginas da (História ‘U niversal - Os ‘Descobrimentos■
Contribuir E ste período áureo reflectiu-se na traçado rectilí­
Preocupar neo das suas ruas, cm obediência às regras de urbani­
Resplandecer zação do % nascim ento, de que é um das primeiros e

Crescer iais belos ejem plos.


M as A ngra marcou igualm ente a (História de Por­
Tolerar tugal, tornando-se o baluarte da resistência contra o
Constituir domínio de _Felipe I I de E spanha, tornando-se na
Aliciar sede do g overno do país entre 1580 e 1583. Em 164%,
om a rendição dos espanhóis, 2>. João 19%confere-lhe
Dormir
o titu lo de 'mui nobre e sempre leal". Por esta p a rti­
Cintilar cipação, c pelos fe ito s em p ro l dos ideais de liberda­
Seguir de, é-lhe granjeado o acrescentar do títu lo para do
Corresponder (Heroísmo’. Em 1766, por decreto do M arquês de
Pombal, A ngra torna-se sede da Capitania, f e r a l dos
I Açores e o centro político e m ilitar do Arquipélago.
M ais tarde, no século X IX , to r n a s e novam ente o terne
Id o s acontecim entos pelo p a p e l desempenhado w imple-
j mentaçâo do regime liberal em P ortugal, tendo sido sede
id a J u n ta Provisória e ca p ita l c o nstitucional do (Rgino.
A cidade viu reconhecido o seu valor peia 'UCfESCO,
1 em. 1983, como Cidade do P atrim ónio M undial, tendo
j resistido ao
'p a s s a r dos
anos, dos con­
flito s , dos
B aía do F aial e de A ngra. ataques da
natureza,
mormente pelo
'grande sism o
\de 1980, man-
\ tendo a traça
Ida sua p lanta
\ do século XE*e
a arquitectura
dos seus monum entos e edifícios.

1 6 6 cento e sessen ta e seis


Não faço a m ais pequena

14
ideia» Conta tá!

Unidade
N o fim da u n id a d e saberá:

0 M a d e ir a :
• A d e s c o b e r t a d a s ilh a s :
• J o ã o G o n ç a lv e s Z a r c o .
0 O c o n h e c i m e n to e a ig n o r a n -
C 13.

0 O r g a n iz a ç ã o d o d is c u r s o :
• I n íc io , in t r o d u z i r u m a s s u n to ;
• M u d a r d e a s s m ito ;
• R e t o m a r m n a s s u n to ;
• H e s it a r ;
• P e d i r a ju d a lin g u ís tic a ;
• C o r r i g ir - s e ; p r e c i s a r ;
• C o m p a ra r;
• E n u m e ra r; A e * P r?
• E x e m p l if i c a r ; lte U o <1» "
• A lu d ir ; k e*Pr , .
S ^ b^o ^los
o s tton©"
• T ra d u z ir;
e U) 1
• E n f a ti z a r ; . 00°9r _ Creíetência.
• F a z e r u m a d ig r e s s ã o ;
• S in t e ti z a r ;
• C o n ta r ; 1 * * * £ -
^ V o c a b u^®ativ0 a)
• C o n c lu ir. telaÇa° '
0 A p a r á b o l a e a f á b id a .

cento e sessen ta e sete 167


,a rquipélago cla M adeira está situ a­
do entre os ™ p t aralelos de ■ 32°
— 22' - - 20"
- \ e
33° 7'50"1e com t um a longitude
1 1 com
- pre­
encima
endida entre 16° Itr 16' 30 W e 17° 16' 38"
W. A ilha da M adeira tem um a área de
¡ 4 1 ívmz
741 Km2 (57 (■) i Kml\m de com prim ento e 22
Km de largu ra). D ista 500 Km da costa
africana e 1000 Km do con tinente p o r­
tuguês, o cpie corresp on d e a l h 30 m de
v o o , a p artir da cid ade de L isboa.
As ilhas da M adeira, P orto S an to, e as
inab itad as Ilhas Selvagens e D esertas, con s­
tituem o arq u ip élago, d escoberto pelos p or­
tugueses em 1418.
E xistem dois aeroportos: o do F u n ­
ch al, na ilha da M adeira, e o do P orto
S an to, na ilha do m esm o nom e.
N o arquipélago vivem 255 000 p essoas,
de acordo com os valores apurados em
2001. N a tcapital vive cerca de m etade dos
h a b ita n tes. A d en sid a d e p o p u la cio n a l é
ele evada, a tin gin d o os 337
H ab /K m 2 na M ad eira e
112H ab ib ./K m 22,, no P o rto Santo.
™ a deslumbrante, UFm dois m aiores em baixado-
E sta paisagem ^ a
Maria'. res da M adeira é o vin h o. O vinho
da M Mcadeira, con sid erad o de gran­ gran-
Sabino-.
Maria: de req u in te nas c ortes ' eu rop eias,
chegou a seir usado com o perfum e
- refetia a para os len ços das dam as da
Sabino-.
corte. N a corte de In glaterra,
t ü a US m o d a s m a is S ^ ^ ^ e i a . C o n ta lá - s id o fo rm a d o
E u n ã o fa ç o a m a is ^ pequena ® ^ ^ se g u n do este
'Olv vinho
í rivalizava
1 J VUlI/JU \ U Vcom
.U o vinho
Anho
Maria- do[o P orto. S Shakespeare
h ak esp eare, na peça
O c a ld e ira o o n iv id a d e ^ lc a n l c la r a aQ fu g i r d e p « a t
Sabino: e la e ro s ã o o u p o r® 0 d e S a n ta C ia r , ^ c a ra C -
escreveu a H en ri ri que IV, refe-
se diz, as freiras do enCOntraram aq® n vento.
ao v in h’ o da M a d eira ,
ae
quando
quan do o personagem F alstaaf
Maria-. I T X á X â » - a e 2 = ; e „ t a t ó s a , ,e p u - ven d eu a alm a ao diabo em
Sabino troca de um p ed aço de capão
ÍS S S T obeçado- t Z e¡v Z e um copo de "Madeira",
Não rne passa V ¿ mall Eu co p lidade de v id a i p r in c ip a lm en te nos
Maria:
Sabino: da
1 is en costas soalhei-
ras, do ladlo sul da Ilha d
M adeira, que se cultivam as
uvas donde se faz o M adeirt ra.
v e r d a d e ir a s ig u a r ia s , t

M ana:

c e n to e se sse n ta e oito
3 de Agosto - Nunca mais me esqueceu a manhã da Madeira e as cores que

1 iam do cinzento ao doirado, do doirado ao azul-índigo - nem a montanha


entreaberta saindo do mar diante de mim, a escorrer azul e verde...
Levanto-m e a bordo, à procura da luz - de outra iuz em que fui
nascido e criado... Mas o dia está ainda nublado; as mesmas nuvens, tal­
vez mais leves, em pequenos toques delicados de pincel, e no mar pálido
boiam riscos branquíssimos.
Quatro da tarde: suponho que vejo, lá para o fundo, sobre as ondu­
lações da vaga, uma faixa de outro azu! - do azul que se respira. Como
despedida caem ligeiros chuviscos...
Ao fim da tarde começa a erguer-se diante de mim uma coisa azu­
lada e indistinta com uma grande nuvem cinzenta acacbapada em cima. 0
soi que bate nos altos ilum ina o cone dum monte e esguicha de entre as
névoas sobre a extremidade dum morro quase negro, Já se distinguem as
nodosidades da terra...
Seis horas: tudo avança e se impõe em roxo, com riscos vermelhos
de culturas e cumes doirados de montanhas.
E a costa caminha direito a mim, cada vez mais violenta e mais
negra. 0 navio seque encostado à falésia, que deste iado da ilha não tem
fundo, m ostrando-nos a Madeira cortada por um machado que a abriu de
lés a lés, atirando com a outra parte para o fundo do mar. Vou olhando
para as povoações: Jardim do Mar, Paul do Mar... Só o homem, só o
homem é que se atreve a cultivar socalcos abertos a fogo na perpendicu­
laridade da falésia!... Madalena do Mar, Ponta do Sol e Cabo Girão, que a
noite torna mais espesso e m aior...
Já mal distingo a terra até á ponta desmedida da Cruz, por trás da
qual nos espera o porto de abrigo.
Uma luzinha se acende na imensa solidão. E o homem, duas vezes
isolado entre a montanha e o mar. E uma alm a. E essa pequenina luz
hum ilde chega a ser para mim extraordinária de grandeza: é uma estreia

Raul Brandão, is ilhas Desconhecida

tu sei... Nada, nada de nada


Coisa nenhum a
Percebo,.. ' Coisa alguma
Entendo... ^ Népia
Tudo Patavina
Compreendo...
Q ualquer coisa
Lembro-me de,..

Reconheço...
Tenho um conhecimento profundo de...
Não ignoro que...
Distingo...
Identifico...
Domino...

Formo uma ideia (correcta, perfeita) sobre...


Decifro o sentido (significado) de...

Conhecimento Erudição Instrução


Sabedoria Experiência Sensatez Analfabetismo Burrice

s com que se cose saber de cor e sal


Saberde raiz Saber na ponta da língua
Uns perfeitos
Unidade

desconhecidos
lh a p a ra c a d a u m d e le s. T em d e c a d a u m
õx > ,r u m a fo to g ra fia n a c a d e rn e ta . S ab e-lh e s o
n o m e , a id a d e , a m o ra d a , a p e lid o d o
e n c a rre g a d o d e e d u c a ç ã o .
D e la s s a b e q u e v e s te m sa ias d e sarja c u r­
14

tíssim as e a p e rta d a s , q u e se p in ta m p e la m a n h ã
n a c a sa d e b a n h o d a e s c o la , q u e m a sc a m p a s ­
tilh a elástica, q u e tê m n a m o ra d o s q u e n ã o
rad a m às m ã e s, q u e v ã o às d isc o te c a s ,
não q u e n ã o g o s ta m d e ler, e q u e se q u e r e m
v e r livres d a e s c o la o m ais d e p re s s a
p ossível.
D e le s s a b e q u e tê m b o rb u lh a s
n a c a ra q u e te n ta m d e s e s p e ra d a ­
m e n te f a z e r d e s a p a re c e r , q u e
c a lç a m té n is q u e r c h o v a q u e r faça
sol, q u e o u v e m o B ru ce S p rin g s-
te e n o u o s D ire Straits ao s b e rro s
n o q u a rto , q u e m a sc a m p a s tilh a elásti­
ca, q u e tê m n a m o ra d a s q u e n ã o a g ra ­
d a m às m ã e s, q u e v ã o às d isc o te c a s,
W*r esta+ís+icas ç/enuncia- \ ■ q u e n ã o g o s ta m d e le r e q u e s e q u e ­
' raM <¡ue o s p o r t u g u e s e s , \ re m v e r liv res d a e s c o la o m a is d e p re s s a p o ssív el.
eMfcora fazerx/o f é r i a s cá </en+ro \ _____ _______ R e su m in d o : sã o to d o s u n s p e rfe ito s d e s c o n h e ­
eM grande quant/ç/adej preferíraM Ponha cidos.
fazêdo na ^ríMeira «juínzena i z / 3 MocM/a ar costar X
Alice Vieira, A lua não estã â venda.
Ajosto oo nos primeiros '/inte/ e faça uma (Ista <Jos
K Jias. Q Q U S d S ? ( Me<fiorer (ocais *>ara se
>A aventorar (/orante as
; \ f é r i a s e índiqoe «joais
\ \ N. as r a z õ e s . /

I á um Portugal
selvagem e de
natureza exube­
rante por des­
bravar, terras
n k distantes e
esquecidas,
montes e
vales que
' f ormam
paisagens
memorá­
veis, atraves­
sados por
cursos de
água irresistí­
veis. Cerca de
um quarto da
superfície do
País corres­
ponde a par­
ques naturais
I e áreas prote­
gidas.

170 ce n to e se ten ta
"E explicou —lhes que toda a ilha estava corta­
da p o r esses sulcos líquidos, que rabiavam ao

Unidade 14
de Raul longo d a s serras, p o r entre a s m atas su ssu r­
rantes, fu ra n d o a rocha, atra vessa n d o m ontan­
has em túneis fr íg id o s onde a rrefeceria o
1. Com o é que o autor nos descreve™ v a p o r dum comboio, salvando p re cip ício s ab is­
o día 13 de Agosto? sais, ou trora entre du as tábu as de til, fo rm a n ­
2. Q ue com entário faz ao olhar p ara as culturas que
do calha, hoje aqu edu tos de boa p e d ra , torn a­
são feitas na falésia? da j á lim osa p e la hum idade. "
3. Q ual é o valor da pequena luz que o au to r vê na FERREIRA DE CASTRO, Eternidade.

im ensa solidão?

Relembre
Im agine a s consequências'
dos seguintes acontecimentos.

Um t u b a r ã o " f r a d e " , q u e , ac
■ q u e d iz e m , n ã o fa z m a l a nin
r g u é m , foi v isto p e rto d a
rU n Íd a d e s 1, 2 e 3
co sta , n a P r a ia d e V a le d e Á
Lo b o . A te le v is ã o , d ia s a n te s , IV
d e ra a n o ticia d o e s tr a g o q u e
tu b a rõ e s tin h a m d a d o
n a co sta d a F lo rid a , ]
n o s E s ta d o s U n id o s , V J
s u g a n d o p e r n a s in tei­
r a s a tu ris ta s d e s p r e ­
v e n id o s . V v „

M I: após i morte do pai, João Gonçalves da Câmara assume


a capitania do Funchal.
ws? - m o ?---------------
I F-— “ — »-
In ício d o d isc u rs o .
¡ j • ...é que... • Quem... foi...

Ora bem... * Bem... • Foi... quem... ’ 0 que... «...



Bom...
E n fa tiz a r o acto d e d iz e r a lg o .
In tro d u z ir um a ss u n to .
» j • Estou-te a dizer que... Digo-le uma coisa...
Quanto a... ■hm relação a...
No que se refetc «... Vou começar por.. I \ * Vou-te dizer uma coisa:.. Repara bem no que eu te digo...
II
Começo começareipor... Um primeiro lugar • Ouve bem o que eu te digo .. Eu bem disse que...
Primeiro... Para já... OVim.) 5 S * Eu não disse que... (Resposta) Eli não disse?
1 1
M u d a r d e a s s u n to . F a z e r u m a d ig re s s ã o .
Passo agora a... • Quanto a... 5 } * A propósito,... • A liás,...
Fm relação «... • No que se refere a.
• Diga-se de passagem que.
Vamos agora «... s Passemos,1passo a.. I 1
Em segundo lugar... 0 Segundo... S in te tiza r.
Fm terceiro lugar... • Terceiro...
Em -fútese (resumo):... Resumindo (concluindo):...
Finalmente... Por último...
/ nfim:... Em poucas pahrvras.,..
R e to m a r um a s s u n to . • Para resumir (direi que).. . * Para sintetizar (direi que)...
. \inda (quanto a)... s Só mais uma coisa sobre...
1'altando (ainda) «... • Como (eu) estava a dizer.. C o n ta r.
Primeiro / No princípio..
H esita r.
* Depots / A seguir /' Lm soguilla / Seguidamente...
Não sei se se diz... • Nesta altura...
... salvo cr n r . . * Mais tarde...
Entretanto / No momenh em que , Enquanto...
P e d ir a ju d a lin g u ística .
i 2 • De repente / De súbito...
Como e que se diz em português...?
Como é que se chama... * Acerta (dada) altura...
_ *
O que e um(a)... • Verbas d e acção: .4 Sofia chegou a casa, despiu-se, bebeu um
S 1
sumo. começou a estudar...
C o rrig ir-se .
...isto é... ...quero dizer... C o nclu ir.
...digo... O que eu quis dizer foi que. ( Lm) conclusão• ' Concluindo:...
Ü que eu queria dizer...
• Resultado:... Para concluir direi que...
Não era isto/isso que eu queria dizer, era
* (...) Assim .... ■ Portanto,...
P re cisa r. Então,... * Por isso,...
...ou melhor... ...mais exactamente.
(...) Dai que... • Enfim ,...
...mais precisamente... ...isto é...
■ Bem (bom)...
C o m p a ra r.
Parece... E como...
R e la ta r d isc u rso .
I az lembrar... Parecer-se com... - Dizer 5 Pedir * Perguntar ® Responder
Ser parecido com.. Ser semelhante «... Mandar Exigir • Pergunta • Resposta
Sugerir Propor • Aconselhar • Afirmar
E n u m e ra r.
Por um/outro lado... • Primeiro, segundo, ... Declarar ■Negar * Informar * Anunciar
...Fm primeiro... lugar.... • A seguir... 1 • Garantir • Contar * Lembrar « Salientar, etc.
Depois... • Em último lugar...

E x e m p lifica r.
...por exemplo. .. • Eis um exemplo:...
Para exemplificar.... • Vejamos, por exemplo,...
Aludir.
Corno sabes(m)... Toda a gente sabe que.., H P»
É sabido (que)... • Aliás,...

Traduzir.
(Em português) diz-se '(£)..
Vou traduzir:... A tradução é:.

Enfatizar.
É s mesmo... • ...até...
Não se/te esqueçais) (de)... • E preciso não esquecer...
É de notar que... • Note-se que...
Saliente se que... » E de salientar que...
ima®***®»®®

1 "7 — c e n to e seten ta e d o is (d u as)


cráticos o acesso à União. A recente tom ada d e posição
dos órgãos m áxim os da U nião em relação à participação
da extrem a-direita no G overno austríaco constitui um a
Leia com atenção e faça o
levantamento das estruturas utiliza­ reafirm ação desses princípios e u m reforço evidente do
das para a organização do discurso. carácter em inentem ente político do processo.
Enfim, o problem a das fronteiras. Se é certo que,
com o disse o polaco K risztóf Pom ian, "a Flistória da
E uropa é a história das suas fronteiras", o actual proces­
so está a atacar n a sua raiz esse "mal m aior" do nosso
m prim eiro lugar: o processo de construção de
continente. M as é certo que, com o esbatim ento das
um a entidade com plexa, que ag rupa (para já)
fronteiras entre os Estados que a integram , se coloca à
12 países, quero d izer quinze países e 340
E uropa u m a nova questão: devem os lim ites geográfi­
■ m ilhões de cidadãos, não é sim ples n em é ráp i­
cos d a U nião ser en tendidos com o u m a nova fronteira,
do. A s tentativas de federar a Europa, de que se conhe­
isto é, p ode a E uropa ver-se a si m esm a com o u m a espé­
ce apenas com êxito relativam ente d u rad o u ro o Im pério
cie de "fortaleza"?
rom ano, d em o ra ra m , com o é sabido, décad as, ou
A tentação d e opor à hegem onia am ericana u m a
m elhor, séculos, a desenvolver-se. Se quiserm os transfe­
"alternativa" d e p o d er igualm ente proteccionista e h ipó­
rir a análise deste processo histórico para o plano da
crita p ode ser, em determ in ad o s m om entos, m uito forte.
construção d o E stado-nação, que hoje funciona p ara nós
A inda que involuntariam ente, a reacção negativa de
com o um d ad o adquirido, a realidade com que d ep a ra­
alguns à recente tom ada de posição d a G eneral M otors
m os não é m uito diferente: saliente-se que Portugal
no capital d a Fiat é u m sinal dessa tentação. O s m esm os
estabilizou as fronteiras cerca de 150 anos após o início
foram , no entanto, om issos quando, há cerca d e quinze
do com bate pela sua afirm ação nacional; no caso da
anos, o gru p o alem ão Bertelsm an se tornou o segundo
França, essa construção foi até acom panhada pela tran s­
m aior em pório d e com unicação do m u n d o , ao ad quirir
form ação do m odo de produção económico; a A lem a­
a editora norte-am ericana Doubleday.
nha qu e conhecem os não nasceu de um passe de m ági­
N a realidade, o risco d a "fortaleza" constitui a g ran ­
ca d e Bism arck e o E stado alem ão co n tin u a em
de am eaça à eficácia d a U nião n a significativa alteração
construção, com o se com prova pelos problem as levan­
dos pad rõ es d a q u alid ad e d e v id a dos seus 340 m ilhões
tados pela ainda recente reunificação; e será que o pro­
de cidadãos. E sê-lo-á, a concretizar-se, nos dois senti­
cesso se po d e considerar encerrado em Espanha, cinco
dos: q uer n a renúncia à abertura ao im enso m u n d o
séculos após o início da unificação dos Estados pen in ­
norte-am ericano, q u er na rejeição dos im igrantes de
sulares?
o utras p aragens (nestes incluindo os procedentes do
Em poucas palavras: a arquitectura d a nova E uropa
dem orará, porventura, m ais do que o tem po da nossa Leste europeu), sem os quais a necessária renovação da
vida. A inda na sem ana passada, n u m im plícito reco­ população e d a cultura europeias não se farão.
nhecim ento d a longa duração deste processo, Diogo LUÍS SALGADO MAOS, Espaço Público, 27 de Março de 2000.
Freitas do A m aral falava na eventualidade de alguns
países virem a ser expulsos da U nião E uropeia no
decurso do próxim o século. Porquê? Por, em m om entos
do seu devir com o Estados, poderem vir a ad o p tar p rá ­ Você é o Presidente da*
ticas em tu d o desconform es com o ideário da União. ) Câm ara do Funchal, onde se
Q uer isto d izer que o processo histórico é essencial­ deverá celebrar um congreso acerca
de , e
m ente dinâm ico. Tal com o aconteceu com o Estado-
foi convidado para abrir o congresso com uma
-nação, tam bém aqui o processo de união experim enta­ breve introdução geral. Redija essa alocução.
rá avanços e recuos, m om entos dolorosos e o desenhar
de novas tensões, não necessariam ente im putáveis à
A p r i m e i r a v ia g e p i d e e x p l o r a ç ã o d a i l h a
fragilidade do m étodo de construção, m as à sua própria
'f o i f e it a p o r d o i s g r u p o s : u n s d e b a r c o ,
natureza. Por exemplo: que realidade nova vai surgir da
"revolução britânica", q u an d o a questão irlandesa esti­ o u t r o s p o r f e r r a , a p é e a c a v a lo . P e lo
ver resolvida, q u an d o a "devolução" da Escócia e de c a M a h o ' d e r a m n o m e s a o s lu g a r e s :
Gales se consolidar, qu an d o a dem ocracia inglesa con­
cluir o seu processo de plebeização? H averá m ais ou Cumiara d c Loh< >s - p o r q u e ali h av ia m u ito s
m enos condições para que aquilo a que até agora se cha­ lo b o s m a rin h o s;
m ava o Reino U nido se torne um a entidade europeia "à RiIx ir:: Mr :.. <- p o r q u e n a z o n a d e s a g u a v a u m a
p art entière"? (...) to rre n te d e á g u a s b rav as;
E preciso não esquecer que o actual processo com ­ Roí na do. Soi —p o r q u e ali h av ia u m a ro c h a co m
porta em si um a apreciável m argem dc equilíbrio entre risc o s q u e a o lo n g e p a re c ia m u m sol g ra v a ­
os países m aiores e os m ais pequenos, d an d o a estes
do;
um a voz que nem os exércitos de César nem os de
- o q u e sig n ifica p e q u e n a e n s e a d a e
N apoleão quiseram ouvir. Portugal pesa hoje m ais do
que há vinte anos - por m uito que os profetas da des­ h a v ia ali u m a;
graça continuem a b ram ar contra a "perda d a sobera­ - p o r q u e n e s se lo c al p e s c a v a m
nia", d e u m a soberania que, a bem dizer, o país nunca u m p e ix e e n o rm e , tip o p arg o ;
deteve m axim am ente. - p o r q u e T ristão Vaz T eixeira
E p orque a E uropa é, acim a de tu d o , um a realidade ali c h e g o u , já se m a c o m p a n h ia d e Z arco,
política que os seus tratados estabelecem norm as de res­ q u e e n tre ta n to v o lta ra p a ra trás.
peito pelo direitos h u m anos com o condição "sine qua
non" de integração; e que restringem aos países d em o ­

c e n to c seten ta e três 1 /3
O JOÃO TOLO
/ p a r á b a l a é uwa
Unidade
f narração ateíóríca qu e N , _________ u m a m ãe que tinha u m filho que era m uito
pretende traníwitir preceítoi \ A tolo.
relijioioi oo Morais oo expli- I f á f r u t a é owa
, car orna coisa petas soas /pe<Joena narrativa > U m dia, a m ãe m an d o u o filho lavar um as tripas ao
X^seMethanças com ootra /atejórica, de intenção mar. As tripas eram m uitas e ele v iu u m navio ao longe que
\^ M a is conhecida.^^'^Mora<íza'<ora! cu^ar ^ r - ia fazer u m a viagem . Com eçou a cham ar com u m pano
. \ sonajens são, Moitas branco na mão.
\ V v e z e s , aniMais oo seres A
H 8 3 ¡r* inaniMados. 1' O navio aproxim ou-se e os hom ens que vin h am dentro
p erguntaram -lhe p ara que é que ele os tinha cham ado. Ele
disse que era p ara eles o ajudarem a lavar as tripas. D eram ­
-lhe u m a g ran d e sova e ensinaram -no que só deveria dizer:
14

"Boa viagem , boa viagem!"


O m oço foi p ara casa e contou à m ãe o que lhe tinha
acontecido. M as a m ãe achou que ele devia era dizer: "Haja
sangue, haja sangue!"
O tolo ia depois disto p o r u m a estrada adiante e entrou
n u m a igreja o nde se estava a celebrar u m casam ento. Pôs­
-se à po rta a exclamar:
— Haja sangue! Haja sangue!
E o noivo, ou v in d o dizer isto, p eg o u n u m cacete para
lhe d ar u m a coça. O tolo a fugir e o noivo a explicar-lhe que
devia era dizer: "Sejam felizes, sejam felizes."
Foi ou tra vez p o r u m a estrad a ad ian te e v iu u m enterro
n u m a igreja. Pôs-se a cantar e a d an çar e a dizer:
— Sejam felizes! Sejam felizes!
U m convidado aborreceu-se daquele barulho, veio cá
fora com u m p au , deu-lhe u m a cacetada e recom endou-lhe
que ele devia ajoelhar-se e rezar.
Foi o tolo p ara casa e contou tu d o à m ãe. E ela disse-lhe
O GALO E A RAPOSA que ele, de facto, devia rezar.
N o dia seguinte, o tolo v iu u m b u rro a dorm ir. Ajoe­
galo, cercado de um serralho de galinhas, lhou-se ao pé dele e rezou p o r m uito tem po.
pressentiu a aproxim ação duma raposa e empo- Em casa,depois, disse à m ãe o que tinha feito. M as a
m ãe recom endou-lhe que q u an d o visse u m burro a d orm ir
¡¡j§r leirou-se logo numa árvore, dando sinal para que
lhe espetasse u m a faca.
todas fizessem o mesmo. A raposa chegou à árvore e disse
N o d ia seguinte, to p o u
para cima:
u m ho m em a resso n ar e
— Já vejo que vocês não sabem pensou:
que há agora uma ordem do G over­ — Deixa, que d esta vez
no para nem os homens nem os vou fazer com o a m ãe quer.
bichos fazerem mal uns aos outros! P uxou d e u m a navalha
— Agora! e en terro u -lh a no peito.
O galo ouviu bulha a certa Q uan d o disse à m ãe o que
distância, olhou e exclamou: fizera, ela, p a ra não ter
— Acolá vêm uns caçadores! m ais desgostos, in tern o u o
— De que banda vêm? — per­ João Tolo n u m hospital de
guntou a raposa, assustada. doidos, onde m orreu.
Contos Populares Portugueses, Euro-
— De acolá! pa-América, 1987.
M as neste momento já os
dos caçad o res
tinham dado
com as pega­ le ia de novo e responda.
das da rapo­
sa e corriam 1. Q ual é a m oral destas d u as histó-'
para ela. rias
A rapo­ 2. Im agine u m conto ou fábula p ara ilu strar os seguin­
sa deitou a tes provérbios
fugir, os cães 2.1. A corda quebra sempre pelo mais fraco.
caçad o res 2.2. Onde está galo não canta galinha.
atrás dela, e o galo 2.3. Papagaio come milho, periquito leva afama.
começou então a gritar:
2.4. Talvez chore ao domingo o que ri à sexta-feira.
2.5. Perde-se o velho por não poder e o novo por não saber.
— Mostra-lhe a ordem!
Mostra-lhe a ordem! 3. Im agine m ais algum a tolice do João Tolo antes de

Contos Populares Portugueses, Europa-América, 1987.

c e n to e se te n ta e quatro
Complete com um adjectivo e um nome da mesma fam ília.

AS ACÇÕES Q U E M FAZ A A C Ç Ã O O RESU LTA D O D A A CÇÃO

Ex.: Ela mente com frequênda. Ela é um a rapariga f* m e n tiro sa . Ela conta m uitas f* m e n tir a s .

1. Eles gostam de cantar.... • Eles são r* >Eles cantam excelentes N .......................


2. Os votantes elegeram
o d e p u ta d o ........................ • O d ep u tad o foi r* • H averá novas f * ......................... no Inverno.
3. U m rapaz agrediu
a em p reg ad a.................... • Tornou-se u m jovem i* >A em pregada sofreu u m a f * .......................
4. O casal envelheceu
após o d ra m a ................... • E u m casal f* >A h .-. é difícil d e suportar.
5. O Zé enriqueceu
clandestinam ente............ • E u m hom em p* • A I * .........................subiu-lhe à cabeça.
6. Tanto teimou
que logrou........................ • É u m rapaz h* • A F5* ........................é apanágio da juventude.
7. O dr. Pereira não se
deixa corromper........... • Ele não é F* >O dr. P ereira detesta a F *.......................
8. A Júlia redigiu
u m bonito texto............... • E u m a excelente t* 1Todas as sem anas faz várias f4* .....................
9. C om essas ideias
empobreces o gru p o . • E u m a opinião m uito E* • É preciso com bater a f c ........................
10. Alegrou-se com a nota
que teve no teste............. • Foi u m m om ento muito F* >Os pais tiveram um a g ran d e f * ...............

Com a ajuda de um dicionário, indique qual das 4 palavras é a que


tem singificado oposto.

Ex. Capital: secundário essencial obstina/. gravíssim o

1. Honesto: charlatão batoteiro abençoado m aldito


2. M ódico: propício próprio vagaroso excessivo
3. Lacónico: necessário prolixo exacto fixo
4. Sorridente: carrancudo favorável propício sorrateiro
5. Infringir: forçar visitar observar violar
6. Palácio: m ansão casalejo casal
7. Isolado: protegido esquecido repleto
8. Censura: elogio batida caçada
9. F undam entar: frustrar abalar fulgir
10. Distinto: fidalgo nojento excelente
ão pensava em si. H á séculos que não p en ­
sava em si. N o fundo d a m inha alm a esta­
va livre de si. As coisas corriam m ais ou
m enos (dá azar dizer que correm bem). A gente
nunca sabe porque o mal é traiçoeiro m as acho que
tenho tido saúde, não encontro razões de queixa do
trabalho. N ão é o que se espera m as vam os andan
do. Em casa as pessoas interessadas em m im , cari­
nhosas, graças a d eu s nas férias há dinheiro sufi­
e jurava que, com o governo que temos, num
ciente para sair de Lisboa (alu g am o s um
abrir e techar de olhos
apartam entozinho no Algarve e este ano pode ser
expressão sua
que vam os a Espanha, estava um prospecto na caixa
ficam os todos de tanga
do correio e não é caro).
50 idem )
Substituím os o m osaico do chão, a m inha p rim a
p o r consequência não m e assiste o direito
teve u m bebé em Março. De tem pos a tem pos p assa­
(outra expressão dele:
-me u m a coisa pela cabeça e escrevo u m poem a. Ali,
— N ão m e assiste o direito de m e aborrece­
na gaveta, ficou u m caderno inteiro quase cheio de
res) de lam entar-m e seja do que for. E não me
versos. H á quem ache que devia publicá-los m as
55 lam en to . A conteceram ep isó d io s tristes,
não sei, na m inha opinião são dem asiado íntim os,
claro, em bora não m e afectassem por aí além:
20 faço-os p ara mim. Você não entra em n en h u m deles,
o aneurism a d a d ona  ngela rebentou, a
descanse. N ão po r pudor: por não pensar em si.
m inha tia gastou u n s dias aflita com um a
A parte isso tenho m ais cinco anos e afiançam -m e
inflam ação n a perna. A pesar das injecções no
que não m udei: o cabelo continua castanho, não d o u
60 Porto d em orou a curar. Coxeia u m bocadi­
por rugas no espelho. Talvez m e canse u m bocadi­
nho, porém anim ada: o m édico jura que para
nho a subir as escadas ao fim do dia, a seguir ao
a sem ana, se lhe apetecer, até p o d e en trar na
em prego, de vez em quando acordo a m eio d a noite:
m eia m aratona. A m inha p rim a gosta dele
não com um sonho ou um a d o r ou isso, acordo sem
p o r ser o m édico m ais bem disposto que
razão. D em oro a com preender o nde estou e m al
65 conhece. Esse é que m eias m arato n as nem
com preendo adorm eço de novo. A m in h a prim a
sonhar: traz u m a bengala d erivado a um a
aconselha-m e a não m e ralar, d e m odo que não m e
qu ed a em p equeno que lhe en tortou o joelho.
ralo assim m uito. A gora, existe u m vaso de zínias
N a sala de espera percebe-se que é ele pela
junto à varanda. Com o eu costum o dizer é um a
bota ortopédica a b ater com força no chão.
com panhia, e desde que o gato desapareceu sabe-se
70 N o outro pé u sa u m sapato norm alíssim o, de
lá onde havia ignoro o quê que faltava. D esde que
form a que se olharm os só p ara baixo julga-se
as zínias chegaram não falta quase nada. E, pelo
que o d o u to r é dois.
m enos, as flores não m etem as u n h as no sofá nem
H á outros episódios que podia m encionar
estragam os tapetes. De quarta-feira a quarta-feira o
porém , no essencial, devo ter contado m ais
regador e pronto. E pena que não m e saltem p ara o
75 ou m enos tudo. P rincipalm ente que não p en ­
colo.
sava em si, que há m uito tem po que não p en ­
Por consequência (em im ensas ocasiões o m eu pai
sava em si, que no fu n d o d a m inha alm a esta­
com eçava u m a frase dessa m an eira, so b retu d o
va livre de si. Julgava eu. O ntem , por acaso,
quando ia falar de política. A largava na poltrona,
passei na ru a Dr. Taborda Viana derivado a
subia os óculos p ara a testa, m u rm u rav a n a direcção
80 u m problem a de facturas d a em presa e vi-a
do tecto
en trar para u m autom óvel com u m a criança
— Por consequência
ao colo. Está m ais m agra, levava u m casaco
castanho que não conheço, m u d o u d e pen te­
Leia com atenção e responda.
ado e, no entanto, notei-a logo. A gente cuida
85 que enterrou os sentim entos e enterrou um a
O autor da carta escreve versos de vez em quando, mas não os ova. N ão a im aginava com u m filho. N ão a
publica. Porquê?
im aginava com aquela perm anente. Você não
2. Como é que ele faz a sua própria caracterização?
3. Quais as vantagens da sua nova companhia sobre a anterior? d eu p o r m im , colocou a criança nesses b an ­
4. E qual a desvantagem? cos p ara crianças que se encaixam nos bancos
5. Que episódios tristes são referidos pelo autor, embora não o tives­ 90 de trás dos carros e foi-se em bora. Fiquei ali
sem afectado? p arad o até que o m eu colega disse:
6. Descreva a pessoa que o autor encontra a entrar para o carro. — E para hoje?
7. Transcreva do texto uma frase através da qual percebemos que o Veio-me a tentação de lhe falar de si e calei-
autor é um homem.
8. Porque é que o autor não falou ao amigo da Maria Irene? m e a tem po. P ara quê? Já foi h á cinco anos
9. Imagine a relação que houve entre o autor e a Maria Irene, aten­ 95 não é? D espedim o-nos a bem na pastelaria, a
dendo aos elementos fornecidos pelo texto. seguir a você g u ard a r o lenço e jurar-m e que
10. Que possíveis causas poderão ter determinado esta ruptura? não ia chorar. Isto com dois riscos a desce­
11. Imagine o último diálogo travado entre os dois protagonistas, na rem -lhe das bochechas, exactam ente iguais
pastelaria, no momento da despedida, considerando que souberam aos que o m eu colega, d istraído com o sem-
dominar muito bem os seus impulsos.
12. Escreva uma carta a uma pessoa que não vê há muito tempo (5/6 100 pre, não viu, conform e não m e v iu lim p ar a
anos) e conte-lhe algumas das passagens da sua vida que considere cara à m anga. Felizm ente saím os da ru a Dr.
relevantes. Taborda Viana com o problem a das facturas
13. Explique as expressões "A gente cuida que enterrou os sentimentos resolvido.
e enterrou uma ova", e "Você não deu por mim". António Lobo Antunes. Maria Irene.
Visão, 21 de Março de 2002.

c e n to e seten ta e s e is
E m tem po de econom ia global, o paradigm a do am or
rom ântico afunda-se no barulho dos tachos e pane­ >% d o s ca so s -

las na cozinha, depois de um dia de trabalho com res do d iv o rcio e

horas a m ais e paciência a m enos. As p eúgas espalhadas m


Critica: «N unca faze s nada bem fe ito, e t í s - t e m t in t a ! »
pelo chão, a luz acesa n a m esa de cabeceira ao lado n a hora
d e d orm ir e as crianças que ped em atenção no m om ento
Desprezo: «Tanta roupa lá em casa, tin h a s que v ir d
ta 1

errado deixam os nervos em franja e lá se vai a im agem id í­ «0 p roblem a não so u eu, és t u !»

lica do amor.
D epressão, ansiedade e a visão do casam ento enquanto
colete de forças são os efeitos secundários de relações m ais
:io: (ler o jorn al ou virar to s t a s c

a o b serv açã o film ad a d e 130 ca sa is em interacção,


I
funcionais e m enos centradas no prazer. O desgaste é tanto ' 3
o em 8 Z % d o s ta s o s.
que há cada vez m ais casais a trocar um em prego a tem po
inteiro e bem pago po r outro m enos am bicioso que não d

roube tanto tem po, u m valor que não tem preço. • - e assim o risco

Visão, 21 mar.2002. Mintam<


cecyAyy

Responda ou f a ls o Cada taso assinalado tome verdadeira equivale a tinto pontos, 5e tiver
F ilo s o f ia de v id a
mais de 15 pontos em tada uma das quatro áreas do teste (mais de § 0 pontos, no total), a sua relação está a

precisar de uma «reciclagem»,


1. Temos diferentes concepções sobre a distribuição de
tarefas dom ésticas e / o u parentais.

Conflito ou desconforto permanente.
v e rm e lh o s 2. Temos valores incom patíveis, apesar de gostarm os
m uito u m do outro.

3.E costum e não chegarm os a acordo sobre o espaço
Ausência de elogios.
ocupado p o r terceiros nas nossas vidas (irm ãos, pais,
Dificuldades sexuais. amigos).
Depressão e ansiedade de um parceiro. 4. Temos diferentes ideias quanto ao uso do dinheiro
Divergências de fundo (educação filhos, finanças, ocu­ (com pras, poupanças, contas bancárias).
pação do tempo, etc). 5. Temos ideias diferentes na gestão de porm enores
Indisponibilidade para ouvir ou estar com o outro. quotidianos (ex: quem trata de arranjos de eq u ip a­
Incapacidade para expressar sentimentos/emoções.
Com unicação puramente intelectual.
m ento, em pregada, reuniões de condom ínio, im pos­
tos). □
Repetição sistemática de velhos argumentos.
Visão, n° 472, 21 Março, 2002. Tem pos livres,
6. C ada u m d e nós tem p rogram as diferentes p ara gozar
folgas e fins-de-sem ana. □
7. Q uan d o estam os juntos não cultivam os actividades
com uns.

WBBBBSBBSBBBÊBÊm f
Temos poucas ocasiões especiais em que nos diverti­
m os em conjunto.

E stam os sem pre em desacordo q u anto ao ritual dos
Pôr água n a fervura ■IhAitJNitM a+ ii \ jantares na nossa casa (festas, natais, aniversários,
í etc.).
Excluímos dos nossos program as de lazer pessoas
que não tenham a ver connosco.
Dê a opinião acerca das seguin­
tes censuras. In tim id a d e
R aram ente expressam os sentim entos. □
Pouco falam os dos interesses não com uns (hobbies,
sonhos, projectos). □
1. «Ele tinha a vida dele e eu tinha a nossa».
2. «Antes era tu d o m ais sim ples, sem horários nem
obrigações familiares».
13.Criticam o-nos m ais vezes do que nos elogiam os.
14. A nossa v id a sexual atravessa u m período crítico.

3. «Eles falam m ais à v ontade dos problem as sexuais, □
especialm ente qu an d o os atribuem a elas». 15.Sentim o-nos estranhos q uando estam os a dois. □
4. «Ele chega a casa, bebe u m copo na sala e aguarda
que acabe de fazer o jantar. D epois, a televisão faz G e s tã o de c o n f lito s
circular o tem po. Silêncios tortuosos que trazem 16. Sem pre que há u m conflito não conseguim os chegar
consequências». a u m a solução que agrade a am bos.

5. «Ao ver cada aproxim ação da parceira como um a 17. As nossas conversas são quase sem pre sobre as roti­
possibilidade de confronto, o hom em opta pela nas diárias.

distância». 18.D iscutim os p o r questões financeiras pelo m enos u m a

6. «Ele é m ais calado, eu é que sou m ais d ad a a dis­ vez p o r sem ana.
cussões». 19. Temos conflitos p o r causa das actividades de cada

u m fora da relação.
7. A dois, im agine dez soluções para recom eçar um a 20. Temos discussões frequentes sobre os m esm os tem as
relação, sem ressentim entos. q u an d o estam os a sós.

c e n to e seten ta e se te 1
Para uma melhor P R O N Ú N C I A
Reconhecer os símbolos fonéticos
C onsulte as páginas 198 a 200 e relem bre o alfabeto
fonético. Será u m a grande ajuda quand o consultar
novas palavras nu m dicionário. Trad u za
1. Fue a m ediados del siglo veinte cuando las acequias
ya sum aban u n a extensión su p erio r a los dos mil
Ouça com atenção e escolha. Una os km., incluyendo cerca d e cuarenta km. de túneles.

a----- ------ --- —• 2. C onviene no olvidar, sin em bargo, que el clim a en


M adeira se p u ed e alterar con in esp erad a rapidez:
Ex. Conhecer s/ [kujdsér] llover súbita y torrencialm ente, deshaciendo veredas
e confundiendo pistas que conducirían a las ace­
1. Esquecim ento □ a [dipój/j quias; bajar la tem p eratu ra sin aviso previo cuando
2. Erudição b [snljêtár] se está en m itad de u n largo recorrido y las altitudes

son superiores a m il metros; form ar-se nieblas espe­
3. Sugerir □ c [erudisêw]
sas que ocultan referencias im prescindibles y deso­
4. Resposta □ d [Rizum ír] rientan a los m ás precavidos.
5. Ignorância □ e [i/kesim etu] 3. C onsulte, p o r ello, a quien tenga experiencia y saber.
6. Salientar f [su 3 irír] A tienda las advertencias, oiga los consejos, pondere

las sugerencias, asegúrese la com pañía de un guía.
7. Resum ir □ S [sltizi]
Pero no se niegue a sí m ism o, d e n in g ú n m odo, el
8. Exigir □ h [Ri/póytn] privilegio de asistir a la salida del sol en el Pico
9. D epois □ i [ignurñsjn] Ruivo, a m ás de 1.800 m etros de altitud; o el esplen­
10. Síntese do r de las 25 fuentes, que se lanzan desde altos
□ i [izi3ír]
peñascales hacia un a peq u eñ a laguna abierta en
densa vegetación.

4. La actividad piscatoria es un a de las riquezas del d is­


trito. Es d e destacar la im portancia piscatoria d e sus
Complete.
ríos, en su m ayor parte todavía libres del flagelo de
la contam inación, y d o n d e aú n se p u ed e n pescar
Ex.:Açoriano sábalos, salm ones, lam preas y otras especies cada
1. E spern__ar 11. C ad__ado vez m ás raras.
2. Petról__o 12. E stúrd__o En lo que se refiere al IVA, continua verificándose un
3. A rtifíc o 13. Esva m ento v o lu m en de reem bolsos "por en cima d e lo norm al",
4. G__ada 14. Ericác__as especialm ente achacado a las inversiones p riv ad as y
5. Efic__ênc__a 15. Colectân__a públicas.
6. C ard__al 16. Em bra agem En segundo lugar, se p reten d e investigar la revista
7. Pent__ado 17. M al__ável
"Seara N ova" com o ejem plo privilegiado de las posi­
8. Estr__ar 18. Repr__ensão
bilidades y de los problem as con que se debatió la
9. T__atro 19. D esl__al
10. Ent__ado 20. Desle__xo p rensa cu ltural entre nosotros, así com o su im p o r­
tancia para la difusión de nuevas ideas.
En d eterm inado m om ento, el autor de los disparos
sacó el arm a y disparó siete tiros, dos de los cuales
fueron fatales para el m uchacho.
De repente, u n grito del cocinero m arca el inicio d e la
tragedia: "Suban, el barco está haciendo agua". 13 de
los 26 trip u lan tes consiguen subir a un a balsa, d onde
vivirán casi tres días de angustia, bajo u n calor ab ra­
sador, hasta ser rescatados p o r u n barco español.
Sólo m ás tarde rep aran en que lo que p ensaban que
era u n a boya es, finalm ente, la seg u n d a balsa p erd i­
da p o r el "Orca II". Los rem os rasg an el m ar con
fuerza, pero al final de nueve horas están extenuados
y descansan. Cae la noche.
10 . En conclusión, el gobierno m algastó a favor de g ran­
des y poderosas em presas m ilhones d e euros que
p o d rían salvar vidas en las listas de espera p ara ciru­
gías, m ejorar la vida d e m uchos que viven en la
m iseria, servir p ara hacer m ucho de lo que le falta a
este país.

\~J § c e n to e se te n ta e o ito
Formação das pal nipostos erudi- Formação das Compostos erudi-

Com a ajuda de um dicionário, procure, Com a ajuda de um dicionário, procure,


na lista à direita, o sentido que corres­ na lista à direita, o sentido que corres­
ponde aos radicais dados. ponde aos radicais dados.

___
1. -agogo ---- a) Q ue leva ou conduz 1. -doxo ------- a) Q ue fala ou trata
2. -arca b) C om ando, governo 2. -filia b) Inim izade, ódio, tem or
3. -arquia c) Q ue regula
3. -fobia c) Louco, inclinado
4. -cracia '-► d) Q ue conduz
5. -foro 4. -fobo —► d) Q ue opina
e) Lei, regra
6. -nom ia f) P oder 5. -logo e) Tendência, loucura
7. -nom o g) Q ue com anda 6 .-mania f) A m izade
7. -m ano g) Q ue odeia, inim igo

De acordo com o exercício anterior, dis De acordo com o exercicio anterior, dis­
tribua os seguintes vocábulos. tribua os seguintes vocábulos.

F 1
I tdxinomia monarca monarquia pedagogo I bibliómano
| metrónomo agronomia democracia astronomia * lusofilia
I electróforo autónomo demagogo heresiarca megalomania
I tetrarca plutocracia autarquia fósforo colombofilia teólogo
I anarquia gastrónomo patriarca tetrarquia I acrofobia
I---------------------------------------------------------------------------------1

ce n to e se te n ta e n o v e jL "7 9
% Í i s c o k í t í ias ilhas
descoberta d efin itiva das iChas da
R elem b re i / \ M adeira foi fe ita pelos portugueses. Se
^ provável que anteriormente Cá tives­
sem passado outros barcos e outros povos, o
De acordo com a s regras aprendi­ certo c que continuaram desertas, soCitárias e
d as no e com a ajuda doi
esquecidas no meio do Oceano A tlân tico, até
dicionário, complete o seguinte
quadro. à chegada de João Q onçafves Zarco e
Tristão f a z Teixeira à iCha de to rto Santo.
9{ão se sabe com precisão a data, mas
situa-se entre 1417 e 1420. 9fo entanto o
ano mais provável, segundo os especialistas, e
14 IS .
D o que não há dúvidas é que estes
capitães e os marinheiros que com eles iam
Activo
navegavam ao serviço do Infante 'D. 'Hen­
Permeável rique que, nessa cpoca, estava empenhado
Reconciliável cm organizar viagens para a costa de
Cotiledóneo Á frica.
Legal J á há divergência quanto ao rumo que
Narrável João Qonçalves Zarco e ‘Tristão f a z T e i­

Modesto xeira levavam: há quem considere que se


dirigiam à cosia de Á frica , mas foram des­
Recuperável
viados por uma tempestade, indo parar
Diáfano
por acaso à ilha de to rto Santo; outros
Parcial
crêem que foram enviados para fa z e r a
Corruptível descoberta o ficia l e tomar posse das ilhas
Paciência de que já havia notícia.
Restrito ‘D e qualquer modo, só depois da sua
Crónico viagem é que estas ilhas entraram na :H is­
Penhorável tória..
Merecido •Em relação ao nome de Torto Santo

Penetrável também não ha acordo. U n s dizem que fo i


por terem chegado lá no dia l de Ufovem-
Móvel
bro, dia de Todos os San to s: outros que fo i
Acessível
por se terem salvo de um temporal; outros
Alergia
ainda que apenas mantiveram o nome
posto por outros marinheiros que ati
tinham aportado, levados por alguma tempestade e
ai encontraram salvação.
Ofessa primeira viagem não foram à ilha da
•Madeira, regressaram ao reino a dar conhecimento
da descoberta ao Infante D . 'Jdenrique, levando
indicações sobre a localização e a rota e amostras de
terra c plantas.
9fp ano seguinte, com ‘B artolomeu Terestrelo, v o l­
taram a Torto San to para ocuparem a ilha. ‘D esta
f vez não a encontraram deserta, mas ocupada por
lfrades francisca-
ínos sobreviventes
I de um naufrágio.
I A esse lugar cha-
| maram Torto de
%fra d es.

180 c e n to e o iten ta
ISo fim da unidade saberá:

0 M a d e ir a I I :
• A l e n d a d o M a c h im ;
• A s I lh a s E n c a n ta d a s .
0 E iv a s : A f e i r a d e S . M a te u s .
0 A p re s e n ta ç ã o o b je c tiv a do
fa c to :
• F a c to a p re s e n ta d o com o
c e rto ;
• F a c to a p r e s e n t a d o c o m o v e r ­
d a d e i r o o u fa ls o ; ,e « d ld °'
• F a c to a p re s e n ta d o c o m o t e l ã
p r o v á v e l o u im p r o v á v e l; 3v \sõ o V
• F a c to a p re s e n ta d o c o m o p o s­ . . d o « o » * '* ’
s ív e l o u im p o s s ív e l; - o do Vdp°*es • \re
(revisãoY
ssoo pronúocio
• F a c to a p re s e n ta d o c o m o
n e c e s s á r io o u n ã o n e c e s s á r io ; t o n ê» ‘coS
• F a c to a p re s e n ta d o com o
f á c il o u d if íc d ;
• F a c to a p re s e n ta d o c o m o rio-. ,revisóoV
h ip ó t e s e d e e v e n tu a lid a d e ;
BKos * • ne90,; s
• F a c to a p r e s e n ta d o com o
h ip ó t e s e d e i r r e a l i d a d e .
0 N o v a s te c n o lo g ia s :
• C o m é rc io e le c tró n ic o ;
• T e le t r a b a lh o .

ce n to e o ite n ta e um
A lenda do Macliim
achím era um jovem e bolo cavaleiro ingles, forte
e corajoso, mas sem fortuna. Teve o azar de se per­
der de amores por Ana de Arfet, uma donzela que
pertencia à alta nobreza e frequentava a corte.
Casamento impossível, portanto. Ela correspondia
ao seu amor, enviava mensagens pela ama, combi­
nava encontros secretos. O entusiasmo foi tal que, a
certa altu ra, deixou de conseguir disfarçar, os pais
descobriram e rebentou o escândalo. Na ideia de
p ô r fim ao romance, pediram ao rei que depressa
arranjasse um noivo de alta linhagem e lhes casasse
a filha. A infeliz não teve outro remédio senão subir
ao altar, mas toda a gente viu que ia lavada em lágrimas.
Quanto ao seu amado, nem se fala! Sofreu imenso. Só que,
como era homem de acção, recusou-se a cruzar os braços
e traçou um plano de fuga. Se não podiam ficar juntos em
Inglaterra, viveriam em França. Mandou-lhe a proposta
pela ama do costume. Ana aceitou e fugiram num barco à
vela. 0 destino reservava-lhes surpresas boas e más. Uma
tempestade medonha arrastou-os p ara o largo e só vários
dias depois voltaram a avistar terra.
Desembarcaram ansiosos por encontrar alguém e p er­
guntar onde estavam. Mas ninguém apareceu, porque se
tratav a de uma ilha deserta. Acolheram-se no tronco oco
de uma árvore enorme e tão grossa que podia servir de
de manhã verifica-
o bareo desa-
tal-
4> D i á l o g o evadi pelo
■ n u e a li a c o rre m p a ra r - por
. . strangeiross que
_:rangei«> que p rim eira
alguim encanto.
A^ ia dos ' ¿ g a Ví ava"c o j a m e n t e com Não sc impor-
pois
j on­
tos coino que­
. Não
faltava
água nem
frutos silve s­
e tinham
casa na
E éste
onde o
ar zin ho
e s e m b a r-
veio a
c h a m a r-s e
M ach ico ,
em home-

N a crista
onda n a8 -
M adeira.

senhor José L " b ° p ¿ r a s d is s e - m e tudo.


deu. Em p o u « s P s às provas,
lo b o : E p a ra c o n c lu m

c e n to e o ite n ta e d o is (d u as)
m todo o seu longo e paradisíaco percurso, as 90% do mercado mundial das telecomunicações, com
levadas são acom panhadas, curva a curva, vista ã sua total liberalização a partir de 1998, bem
recta a recta, po r cam inhos paralelos que ora se como de resolver as disputas entre países.
recolhem à som bra de altos tectos vegetais, ora se aven tu ­ A Internet, por muitos louvada como um espaço de
ram até ao limiar, po r vezes desprotegido, de precipícios livre informação, está a transformar-se cada vez mais
abruptos, abertos sobre gargantas apertadas e rochosas ou num centro comercial e o volume de vendas através
sobre vales luxuriantes de m últiplos verdes e brilhantes dela cresce 100% ao ano, com tendência para aumen­
hum idades. tar.
D estinados inicialm ente às deslocações dos responsá­ Ora, sob o pretexto da eficácia económica, fiscal ou
veis pelos trabalhos de conservação das levadas e m a n u ­ policial, aquilo que há poucos anos era considerado
tenção do seu fluxo regular de água, esses cam inhos cedo uma intromissão inadmissível no foro privado, apare­
foram ad o ptados com o rotas pedonais em viagens de p ra­ ce cada vez mais como legítimo, inclusivamente o cru­
zer e descoberta. O seu desnível é tão im perceptível que, zamento de dados.
para descobrir o sentido do curso d a água, é necessário p or
Mas, quem controla os inúmeros bancos de dados
vezes lançar um a folha à levada e verificar então o seu
informatizados? Tratando-se de uma questão global, os
instrumentos jurídicos tradicionais mostram-se inefi­
rum o. (...)
Esse vasto dédalo, que percorre praticam ente toda a
cazes para garantir os direitos dos cidadãos. A estes
compete-lhes exigir a garantia do exercício do direito
ilha em inim agináveis m utabilidades de paisagem , pro­
à informação sobre as consequências da sociedade de
porciona u m variadíssim o leque de opções e de descober­
informação, para aprenderem a lidar de forma cons­
tas inesquecíveis. E a m ais notável dessas descobertas será,
ciente com a nova realidade.
p o r certo, as m aciças reservas florestais de loureiros, tis,
Outro campo que cabe no âmbito desta reflexão
barbusanos, vinháticos, folhados e cedros da M adeira,
refere-se aos limites da investigação científica, nomea­
m agníficas espécies indígenas de folhagem perene, a cuja
damente da Biologia e da Genética. Questões como a
som bra se m ultiplicam fetos, avencas, urzes, líquenes,
manipulação dos genes, a clonagem, etc., dividem as
m usgos, heras, orquídeas silvestres, gerânios rosados,
opmiões.
lírios, rainúnculos am arelos, "massarocos" azuis e u m infi­
Cabe, uma vez mais, aos cidadãos e à sociedade
nito d esd obrar de outras flores, outras form as e outras
civil reclamar o seu direito à participação nos debates
cores, n u m a harm oniosa com binação de grandiosidade e sobre os Umites éticos da investigação científica. Até
m odéstia, n u m a pró d ig a coexistência de longevidade porque é preciso não esquecer que, frequentemente,
secular e fragilidade sazonal, dádivas espontâneas do solo estão presentes interesses económicos poderosos.
vulcânico, do clima tem perado, da fecunda riqueza da Neste ponto pretende-se promover uma reflexão
água e das inacessibilidades naturais que têm m antido à sobre alguns riscos que a utilização das novas tecnolo­
distância os instintos predadores do homem." gias comporta, abrindo pistas para eventuais recon­
HELENA MARQUES, A Escrita dos Sítios.
Expresso, 28 de Outubro 2000.
versões. É que, a par do extraordinário progresso no
campo da ciência e da tecnologia, a nossa época carac­
teriza-se também pelo perigo e pela insegurança.
para[«]# (ampos o»km mover mor
«ks;(as<atipí(Wfí<jM:a(iià ã o a o d e se n v o lv im e n to
, P orto Editora.

o das telecomunicações,

quem entero
[sobretudo behefici;
do*sector, que pret»
Tendo por base o diálogo ante- ^

W
Sptmo de fusões e e g p p a a s. '
À- OMC é atribuído o papel ítè autoridade inl rior, relate um encontro que
tenha tido com alguém que domine, com
cional multilateral encarregada de fazer cyrfff
muito saber, uma arte, e com quem se encontrou há
.acordo celebrado entre 68 países r e n J H g n l algum tempo. ____
Facto a p r e s e n t a d o co m o certo . Facto a p r e s e n t a d o co m o fá cil o u difícil.
Frase declarativa: • Ser f á c i l : "E fácil cl¡j¡gar/cliegarinos à M adeira".
“A Madeira foi descoberta pelos portugueses em 1418". • N ão ser difícil + in fin itiv o im pessoal ou pessoal...
* (li) claro que... • N ão custar (nada) + in fin itiv o im pessoal ou pessoal...
E evidente (certo) que... • Ser difícil + in fin itiv o im pessoal ou pessoal.
De certeza absoluta que... • N ã o ser fácil + in fin itiv o im pessoal ou pessoal....
■ Não há dúvida (nenhuma de) que... 1• C ustar (m uito) + in fin itiv o impessoal ou pessoal...
Evidentemente que...
Facto a p r e s e n t a d o co m o h ip ó te se d e e v e n t u a ­
A M a d e ira foi d e s c o b e rta p e lo s p o rtu g u e s e s ? !
■De certeza absoluta. J lid a d e .
• se + futuro do co n ju n tivo presente ou futuro do indicativo.
* Não há dúvida (nenhuma). ¡R e s p o s t a s
Tenho a certeza que sim. I • Sc ■ fu tu ro do c o n ju n tiv o ; im perativo.
- I Sc - indi: a tiv o ¡indicativo.
Facto a p r e s e n t a d o co m o v e r d a d e ir o ou fa ls o .
* É verdade que + indicativo. Facto a p r e s e n t a d o co m o h ip ó te se d e ir r e a li­
» Não é verdade que + conjuntivo. dade.
** E falso que + conjuntivo. ; » Se + im perfeito do co n ju n tivo / im perfeito do indicativo ou {
Resposta negativa: Não, os portugueses não descobriram... j I condicional: "Se houvesse bilhetes, ia /iria à M adeira". I
I
j H ip ó te s e s o b re o p a s s a d o : j
Facto a p r e s e n t a d o co m o a p a r e n t e . ! * Se +m ais-que-pevfeito do c o n ju n tivo j m ais-que-perfeito do j
* Parecer que..: ¡ indicativo ou condicional perfeito: "Se tivesse havido b ilh e-j
i • Ter um ar (de)... tes, tin h a / teria ido à M adeira".
1 Dar a impressão de...
: Dar a impressão que...
1 * Aparentemente...
S Ver i r a s e c o m p a ra tiv a e e x p re s s ã o d a o p in iã o , j
T ra n sfo rm e a s f ra s e s s e g u in te s d e s/
Facto apresentado como provável ou im provável. m a n e ira o o b te r: a ) op tim ism o ; b) ce p ­
ticism o; c) pessim ism o ou d escren ç a. ^
I Dever...
* Ser (muito) provável (possível) que + conjuntivo...
Ex.: H á 36 m ilhões de quilóm etros cúbicos de água p o tá­
* Ser de esperar (prever) que + conjuntivo.:.
vel ac u m u la d o s no m u n d o , m as a d eg rad ação
* Provavelmente (possivelmente) + indicativo ou conjuntivo... í
am biental e a contam inação directa levam a que só
* Não dever + indicativo...
0,008 p o r cento dessa água possa ser consum ida.
* Ser (muito) pouco provável que + conjuntivo...
a) Apesar da degradação ambiental e da contaminação directa,
» Ser improvável que...
de certeza conseguiremos aumentar a percentagem da água
* Não é(muito) provável + infinitivo pessoal...
para consumo.
Facto a p re se n ta d o com o possivel ou im possível. b) Apesar dos 36 milhões de quilómetros cúbicos de água potá-
Poder... vel acumulados no mundo, não me parece que a degradação
Poder ser que + conjuntivo... ambiental e a contaminação directa permitam aumentar a
* Se calhar + indicativo... percentagem actual de consumo.
Talvez ■conjuntivo... c) Por causa da degradação ambiental, não há qualquer possibT
(Muito) possivelmente - indicativo... lidade de virmos a solucionar o problema do consumo da
Haver possibilidade dc + infinitivo pessoal... água.
» Ser capaz de...
* Não poder + infinitivo impessoal...
I. Mo início do Jurássico, há d08 milhões de anos, havia espécies aparentadas com as
* Ser impossível que + conjuntivo... actuais tartarugas marinhas.
* Não ser possível que + conjuntivo I Uma equipa de investigadores desenvolveu cartilagens artificiais duradouras e
* Não ser possível + infinitivo pessoal... resistentes aos impactos gue poderão vir a ser utilizadas em transplantes.
» Não haver (qualquer) possibilidade de + inf. pessoal... 3. Utilizando um telescópio ultra-sensível a bordo de um balão, os astrónomos crêem
Facto a p r e s e n t a d o co m o n e c e s s á rio ou n ã o ter dado com a resposta da ciência contemporânea: o universo tem forma plana e
n e c e s s á rio . expandir-se á para sempre,
* Ser preciso (necessário) que + conjuntivo... L Á ingestão de comprimidos de vitamina (, pode acelerar o endurecimento dos vasos
* Ser preciso (necessário) + infinitivo pessoal... sanguíneos, o gue aumenta o risco de acidentes cardiovasculares.
* Preciso de + infinitio impessoal...
* Preciso que + conjuntivo...
5. Os trabalhadores podem utilizar o resultado de um teste genético em benefício pró­
* Ter que/ter dé + infinitivo impessoal... prio, pata orientar a sua escolha profissional de acordo com a hereditariedade, ou
id a d e ló g ica. V e ra e x p re ssã o para evitar ambientes laborais gue propiciem certas doenças.
da c o n s e q u ê n c ia (Voi. Kl, u n id a d e 3). 6. Jane Ooodall, a máxima autoridade mundial em chimpanzés afirma gue eles têm
Não ser preciso (necessário) que t conjuntivo... emoções, ética e uma moral de grupo.
Não scr preciso (necessário) +- infinitivo pessoal..
7. Já há robôs capazes de fazer inversão de marcha sobre uma moeda de l euros.
■Não ter que/Não ter dc + infinitivo impessoal...
* Não precisar de + infinitivo impessoal...
8. Está a chegar o dia em gue as máguinas traduzirão as nossas palavras para outra lín­
gua à velocidade gue falamos.

I 8 ‘í c e n to e o ite n ta e quatro
tectos, escribas, sacerdotes e funcionários. Sabe-se que
até se registaram greves d e operários.
O utro dos pressupostos tem sido a crença de que
A nalise a m aneira de apresentar
os factos no seguinte texto, indi- j¡ foram escravos quem as construíram . Vários indícios,
cando a s diferentes m odalidades. m as sobretudo a recente descoberta da povoação onde
viviam os trabalhadores, indicam que, na realidade,
O SEGREDO DA GRANDE PIRAMIDE foram operários e cam poneses, se calhar recrutados m ais
ou m enos à força pelas aldeias d e todo o país; trabalha­
desafio arquitectónico do faraó K eops continua vam em troca de com ida, bebida e alojam ento p ara eles
a m aravilhar o m undo, passados m ais de q u a­ e as respectivas famílias enquanto d u rav a o contrato,
tro m ilénios. Da sua obra já se sabem m uitas que, na m elhor das hipóteses, era de um ano. Os restos
coisas, m as conserva m istérios apaixonantes. m ortais encontrados em cem itérios revelam que os op e­
O interior da pirâm ide é u m labirinto de corredores, rários viviam até aos 30 ou 35 anos, enqu an to os aristo­
dos quais os m ais estreitos ainda estão por explorar. O cratas atingiam os 40.
objectivo do labirinto era fazer com que os ladrões não In Super Interessante, ne 27, Julho 2000 (adaptação).
conseguissem chegar à câm ara funerária onde, p rova­
velm ente, estava enterrado o
faraó e não pu d essem levar
os tesouros que constituíam o
seu dote funerário. A Júlia tem muitas dúvidas acerca
Exteriorm ente, a pirâ­ do futuro. Dê um a resposta às^
m id e tin h a u m a o rien ­ seguintes questões.
tação d eterm in a d a pelos
pontos cardeais, para que É possível que estejamos sós no universo?
o sol irradiasse sobre ela I Á tecnologia permitirá aproveitar toda a
form ando u m cone de luz energia que emana das estrelas, e aclima­
e a alm a dos m ortos pudes- tar a atmosfera e a superfície de outros
►se subir, assim , aos céus. planetas, para reproduzir nestes as con­
A fascinação que a dições de vida na Terra?
G rande Pirâm ide exerce sobre 3. Quando encontrarmos um
q u em a vê ou conhece a sua existência tem provocado bom método de viajar até
u m a perm anente reavaliação das conclusões m ais lógi­
às estrelas, quem estará
cas. M as, quando os historiadores surgem com algum a
teoria, u m exército de cépticos da ciência prefere as
disposto a alimentar-se,
soluções divinas às hum anas. durante anos, apenas de
Ignoram -se m u itas coisas sobre este assom broso algas de diferentes sabo­
m onum ento, e outras são conhecidas. Por exem plo, o res?
destinatário do túm ulo: Keops. O prim eiro indício de Será a superfície de um
que ele ordenou a construção foi um a inscrição com o planeta o local correcto
seu nom e na entrada. Mas, segundo o Papiro de Turim, para uma civilização técni­
o seu verdadeiro nom e era K nuum un-K hufw y. ca em expansão?
O historiador grego M aneton conta que o grande Os humanoides nunca
faraó tinha escrito um livro sagrado do qual ele tinha
serão uma realidade tal
conseguido obter um a cópia; livro agora perd id o m as
como os imaginamos?
que, provavelm ente, existiu. M as se há algo que distin­
guiu este m onarca dos dem ais foi a m agna obra da
controle permanecerá
G rande Pirâm ide. As teorias m ais controversas sobre a nas mãos dos bomens?
sua construção dizem respeito à utilização das ram pas Há quem opine gue, dentro de uma década, estes aparelhos terão evoluído o
pelas quais as p edras eram içadas. Pode ter havido um a suficiente para poderem assegurar os cuidados a uma pessoajdosa.
única ram pa em linha recta, p erpendicular a um dos be os robôs vão desempenhar as funções
lados, ou u in declive em form a de hélice. Tam bém é p o s­ dos homens, será gue o meu pai vai ficar
sível que tenham sido utilizadas pequenas ram pas em desempregado?
redor, as quais se converteram , depois de term inada a
obra, num a única subida, apoiada num a prancha. O utra  sua imagem e semelhança Inteligência '
possibilidade é que a ram pa tenha p artido do centro da Aparelho artificial
p irâm ide e que, depois, tenham prolongado a sua cons­ Biologia Inteligente
trução de m odo a alcançar os lados.
Q uantas pessoas participaram nesta im pressionante
Cientistas Investigadores
obra? D urante séculos, foram considerados válidos os Criadores Lógica
núm eros sugeridos po r H eródoto quando viajou até ao Engenheiros Náguina
Egipto, dois m il anos depois de ter sido erguida a G ran­
ficcão científica Náguinas
de Pirâm ide. O historiador grego disse que tinham tra­
balhado nela 100 mil pessoas, d u ran te 20 anos. Mas Funções antropomórficas
investigações actuais apontam p ara o núm ero de 20 mil futuro Nundo imaginário
pessoas po r ano (nem sem pre as m esm as) d u ran te aque­ Humanização Réplica
le espaço de tem po. A organização total da obra du ro u
Humanoides Robô
67 anos e, no núm ero de pessoas que trabalharam nela,
tam bém há que considerar os técnicos, artesãos, arqui- Informática Robótica

c e n to e o ite n ta e c in c o J0 3
A té a o a p a r e c im e n to d o s c o m p u ta ­
d o re s , o s e s tu d o s cie n tífic o s e n c a lh a v a m
■ U f t e n o lo iS f t
c a d a v e z q u e se d e f r o n ta v a m c o m g r a n d e s
I q u a n tid a d e s d e d a d o s , p o is e s te s o b r ig a v a m ! desenvolvimento, produto, aparelho, dispositivo, digital,
a c á lc u lo s m o ro s o s e falív eis. A m a io r c o n ­
analógico, compatível, acessórios, equipamento, portátil,
prestações,...
tr ib u iç ã o d a in f o rm á tic a m a n if e s to u - s e n o
economia de mercado, indústria, companhia, quota de mer­
tr a ta m e n to d e q u a n tid a d e s m a c iç a s d e
cado, concorrência, líder,...
I in fo rm a ç ã o b io ló g ic a n a in v e s tig a ç ã o g e n é ­
telecomando, imagens, alta definição, transmissão, codifi-
tic a, o q u e la n ç o u as b a s e s p a r a u m a n o v a
Ic iê n c ia , já c o n h e c id a c o m o "b io in fo rm á tic a " .!
celular, telemóvel, terminal, comunicacão móvel, sem fios,
estar operacional, cobertura intermitente, interferências,
bateria (descarregada), carregador, fonte de alimentação, kit
mãos livres, auricular, auscultadores, microfone, marcar,
ligar, ligado, vibração, mensagem, tarifar, operadores,...
monitor, teclado, rato, portátil, aplicacão, ficheiro, multime­
dia, memória, capacidade, suporte de armazenamento, dis­
quete, (D, CD-ROM, processador, agenda electrónica, reali­
dade virtual,...
modem, rede, acesso, conexão, página de acesso, portal, site,
m.--* l»m «¡¡^J
y ' dos Maiores Medos \ dominio, navegador, navegar, busca, endereço, velocidade,
X tfoi consoMie/ores para lentidão no acesso, largura de banda, mensagem, correio
/ aderireM às coMpras digitais é \
a f a ll a d e segurança. Os e s p e c i a ­ electrónico, adicionar arguívos, vírus, vulnerável, reprodutor
listas d'rzem q u e f a z e r uma compra
\ na r e d e é tão seguro como y de MP3,...
^ en tre.?ar o cartão de crédi to /
BKiH^ a uw em pre gad o de /
balcão.

Satu-
/ ração das (inha:
/ Ila ç õ es (eotas; a(jc
' caros; se rv iç o s ainda
algo d e fe itu o s o s ; dificui
e s c r e v e r no t e c l a d o tel<
ecrãs têM um taManho r

I Enu- \—...........
Mere Mais alguns
“p e q u e n o s ” problemas
g e r a d o s pela utilização
Ouça com atenção e responda. do +e(eMóve( e a p o n t e
possíveis soluções.

1. De acordo com o texto, carac--


terize o papel do século XXI.
2. Q uais as vantagens que ele apresenta?
3. Q ue inovações se adivinham relativam ente aos jor­
nais?
4. E quanto às fotos, o que é que se prevê que venha
a acontecer?
5. Em face do que é exposto no texto, qual a sua opi­
nião sobre o papel electrónico?

6. A ctividade: Recorda-se, p o r certo, d a caneta e dos


cadernos que usou no seu prim eiro ano d e escola?
Identifique, n u m curto texto de 5 linhas, vantagens
e desvantagens do uso desse m aterial escolar com ­
p arad o com o p ap el electrónico.

ce n to e o ite n ta e seis
A s s in a tu ra DigitaE

Passaram 3 anos desde que um a resolução do Conselho de Comércio electrónico m m


|f s
M inistros fixou com o prio rid ad e da Iniciativa N acional
p ara o Com ércio Electrónico "a definição da legislação a
aplicar aos docum entos electrónicos e à assinatura digital".
AS FLORES
Para ser reconhecida, a factura electrónica depende Piecos mais vantajosos, m
duas coisas: a entidade em issora deve ter u m sistem a de Redução de custos em comunicações.
em issão aprovado pela Direcção-Geral de Im postos e a
factura tem que estar autenticada po r u m a assinatura Menor necessidade de recursos humanos.
digital certificada. Aumento da eficiência no processo de aquisição.
1
A dem ora no processo de credenciação prejudica os Racionalização de meios.
p riv ad o s que querem ver a factura digital eq uiparada à
factura em papel. N o entanto as facturas referentes às
transacções de com ércio electrónico p o dem ser enviadas I
pelo correio.

F e rr a m e n ta s d o co m é rcio ele ctró n ico


OS ESPINHOS
I
E -procurem ent - aprovisionam ento electrónico. Consiste
em catálogos restritos, elaborados segundo critérios acorda­
dos com os fornecedores. D otado de passw ord, o com pra­
dor acede à plataform a onde estão os catálo
/ Portojat or esto- X
gos dos seus fornecedores, escolhe o item e
t e a i ! " Í fc ! M
cria u m a requisição. Esta segue para as ta^enr <)o 10% *a eoM açao
entidades que devem aprovar a coMércío e(ec-y(üM * nhao ** a s s o a s )
com pra; depois, transform a-se . tronico. aceS!0 a internet,
v/j, D X no e^nrejo, na ercola /
n u m a encom enda que é envia­ B r .B B M f e X ^ o o em c as a .
da ao fornecedor. Se o sistem a
estiver integrado com a ferra­
m enta contabilística da em pre­
sa, a com pra é im ediatam ente
lançada na contabilidade.
L eilões (de co m p ra o u de
venda). U m a em presa lança
u m a proposta p ara venda ou
aquisição de bens ou serviços m 30 de A gosto d e 2002 a rede
e o o p erador da plataform a co m pletou 33 anos. Em 1969, a
co m p ro m ete-se a atra ir j U niversidade d a Califórnia tinha
lid ia d o re s p a ra u m a instalado o prim eiro núcleo. Em 1975
sessão a realizar em a rede contava já 15 núcleos e 23
tem po real. com putadores a d esem p en h ar a
Visão, 29/11/2002 função de servidores. As p ri­
m eiras ligações internacionais
através d a A rp an et realizaram -
se em 1973. O prim eiro com puta­
d o r pessoal só apareceria oito anos depois, em 1981.
Em 1988 surge na rede o prim eiro vírus inform ático,
que afectou perto de dez p o r cento d a Internet. Anos
m ais tarde, 1999, o m esm o ano em que o form ato
Ouça a apresentação do seguinte
quadro. MP3 com eçou a revolucionar a distribuição m usical na
In tern et, o v íru s Melissa co n tam in aria d ez en a s de
% de internautas m ilhões de com putadores, alcançando a m aior velocida­
de de propagação conhecida até à data. N o entanto, a
que deixaram de: rede ainda sofreria outras m uitas doenças: u m a delas, a
provocada pelo vírus I Love You, que causou estragos em
9 E screv er c a rta s 64
m ilhões d e com putadores d e todo o planeta e prejuízos
F azer te le fo n e m a s u rb a n o s 46
no valor de 10 m il m ilhões d e dólares.
Yer TV 43
Em 1993 aparece o prim eiro p ro g ram a d e navegação na
Ler jo rn a is 24
Internet (o M osaic), que perm itia fazer u m clique com o
L er re v ista s 21
rato p ara evoluir pelas páginas d a rede. D epois viria o
F azer te le fo n e m a s lo cais 21
N etscape, 1994, e o M icrosoft, 1996. O prim eiro m otor de
L er liv ro s 19
busca, com o seu directório, Yahoo, nasceu em 1994. A
Ver film es 10
p artir d e 1998 instalaram -se n a red e m ilhares de lojas vir­
tuais que ofereciam todo o tipo de p ro d u to s e serviços.
H oje consta quase de 400 m ilhões d e utentes. N o en tan ­
A p re se n te a g o r a o se u conte- to, o núm ero d e ligações em todo o m u n d o aum en ta a
údo a o s c o le g a s.
u m ritm o tal que é im possível avançar u m a cifra sem
correr o risco de ela ficar desactualizada.

cen to e o iten ta e se te 187


o
Reescreva a s informações forneci­
das pelo seguinte texto atenden- ^
do à s indicações em itálico:
o: espaço sem pre nos fascinou. Q uan d o erguem os
os olhos p ara as alturas, a visão do céu estrelado
prod u z-n o s, invariavelm ente, u m calafrio d e
emoção. Talvez seja p o rq u e nos lem bram os d e que os
nossos átom os, aquilo d e qu e som os feitos, foram sinte­
tizados h á m ilhares d e m ilhões de anos no interior de
0 velho sonto de fabricar máquinas p isante ainda está muito lo
u m a estrela gigante q ue explodiu. Talvez tenham os a
de ser cumprido. Mas os cientistas já dio os primeiros passos, sensação d e qu e devem os regressar a casa.
Hipótese p Ex.: Um dia as máquinas serão capazes de pensar e também darão que A Terra está a tornar-se cada vez m ais pequena. Os recur­
sos natu rais não são eternos e, a p artir d e determ in ad o
pensar aos seres humanos sobre as consequências dos seus actos. > 5?
m om ento, com eçarão a escassear.
Instalar estações espaciais em órbita terrestre oferece
sordos seres hum os sobre os m equm iás dos seus ortos. enorm es possibilidades. A m ais prom issora reside nos
Probabilidade be acreditarmos no cientista norte-americano David Waltz, não sabe­ laboratórios orbitais. A grav id ad e zero e o vácuo rep re­
sentam u m a o p o rtu n id a d e única p ara avançar n o d esen ­
mos como serão as máquinas engendradas por seres humanos, mas volvim ento d e novos p ro d u to s e m ateriais, m uito d is­
sua inteligência terá de ser diferente da nossa, pendiosos d e obter na superfície do nosso planeta.
Necessidade p bem a tecnologia digital seria impossível conceber algo de remotamen­ Tudo p o d erá com eçar com u m a com panhia farm acêutica
q ue desenvolve investigações em condições d e g rav id a­
te parecido com um aparelho inteligente,
d e zero e encontra u m m edicam ento qu e só se p o d e ela­
Possibilidade Os robôs virão a sentir e agir como seres humanos, mas o que diferen­ bo rar no Espaço. N ão terá outro rem édio senão alugar
ciará uns e outros? Alguns pensadores acreditam gue a fronteira er m ais m ódulos do p arq u e p ara o p o d er sintetizar; essa
procura to rn ará necessário desenvolver novos m étodos
Certeza as duas espécies se esfumará. Nas abundam agüeles que pensam que
de p rodução m ais baratos e, em
algumas faculdades, como a criatividade e o senso comum, serão exclu­ consequência, irá atrair outras
sivas do homem, e gue os seres humanos manterão sempre o controlo, em presas e possibilitará o tu ris­
como criadores das máguinas. m o espacial.

Hipótese p Algum dia chegarão a existir máquinas capazes de efectuar todas as Super Interessante, nQ34, Fevereiro 2001 (adaptação),

tarefas físicas e intelectuais que os seres humanos desempenham hoje.


Necessidade p E uma sociedade sem trabalho humano obrigará a repensar muitas das prim eiro turista espacial, o em presá­

Certeza
estruturas económicas, jurídicas e morais.
Parece inevitável gue os aparelhos ocuparão os postos de trabalho
■ rio norte-americano Denis Tito, recebeu auto­
riza çã o m édica para realizar um vo o de
curta d u ra çã o na estação orbital russa M i r. Tito, assi­
menos apetecíveis, aqueles que irão requerer grande esforço físico, nou contrato com a empresa M irC o rp para fazer
assim como as tarefas repetitivas ou perigosas. parte da tripulação da nave espacial Soyuz TM . Para
Esta tendência poderá favorecer o desenvolvimento de capacidades realizar o seu sonho, Tito já pag o u boa parte dos

mais satisfatórias para a mão-de-obra humana e aumentar os tempos US$ 2 0 milhões a co rd a d o s


que durará entre sete e d e z dias. Segun­
de ócio e de aperfeiçoamento pessoal dos trabalhadores de carne e osso.
d o a M irC o rp , esse era o único meio
Certeza íalvez a preocupação mais séria seja saber até que ponto deve chegar a
para poder financiar duas exf
inteligência de um robô. Existe algum tipo de robô, alguma função à estação M ir em 2 0 0 1 .
humana gue não seria conveniente reproduzir? Evidentemente, não
parece correcto, em termos éticos, fabricar máguinas que possam preju­
dicar um ser humano.
Certeza p No dia em que os robôs forem capazes de se reproduzir a si próprios, os milionário sul-africano Mark bhuttleworth retornou
em segurança depois de passar 10 dias no espaço,
seres humanos deixarão de ser necessários, e as máguinas poderão con­
0 cápsula russa boyuz, que transportou o turista
siderar-nos um mal social e não estarem dispostas a manter-nos.
' " Super Interessante, nQU , espacial e outros dois tripulantes, pousou

perto de Àrkalyk, nas estepes do (azaguistão,


na madrugada deste domingo, hora local, Enquanto era retirado da cápsula, bhuttleworth disse: "Cada segundo foi impresso e vai ficar comigo para o resto da minha vida". Acredi­
ta-se que o magnata de 28 anos, tenha pago Ub$ 20 milhões pela sua viagem à Estação Espacial Internacional (EEI). bhuttleworth disse gue a descida foi a parte mais empolgan­
te da experiência, "foi mais interessante que o lançamento, porque na volta a gente pôde ver o lado de fora da cápsula.11
bhuttleworth disse que a sua estadia a bordo da Ibb foi "mágica" e que ele voltaria ao espaço se tivesse a chance. Ele passou parte de seu tempo na estação trabalhando em
experiências científicas com o vírus HIV, entre outras, e examinando a vida marinha.
Há informações de que o sul-africano teria comprado a cápsula boyuz e o traje
espacial que usou, como lembrança da viaqem. bhuttleworth, gue mora em Londres, é o
segundo turista espacial na EEI. 0 primeiro foi o empresário americano Dennis Eito, que m m , .
trabalhou na Nasa e entrou em órbita no ano passado. S a r e ^ o r e ^ t e x t o ln S m ^ -
M b N f c a t l B / I B M v o , curto, real ou im aginário. *

1 8 8 eettto e oiten ta e oito


Diário de bordo do espaço
Em Outubro de 1 9 93, o astronauta am ericano Bili MacArthur esteve 1.5 dias
espaço, onde deu 2 5 5 voltas ao mundo, num total de 9 milhões de quilómetros.

Terça-feira, 19 de Outubro Segunda-feira, 25 de Outu­ Segunda-feira, 1 de Novem­


Experimentei o meu rádio bro bro
especiai hoje. Com. o auxílio Comi um bom bife grelha­ Aterragem m agnífica!
deste rádio, conseguimos do, que colocámos no forno e Depois de aterrarmos rento
falar com, crianças de todo o aquecemos. Para beber temos pôr-me em pé e andor. Regres­
mundo sempre que temos um todo o tipo de bebidas, da sar à gravidade dá-r,os a sen­
momento íivre. coca-cola ao café. sação de reimos os pés cola­
Quarta-feira, 2 0 de Outubro dos ao cimento. Estou
Terça-feira, 2ó de Outubro
Acabei de fazer a minha toi convencido de que os seres
E a minha vez de rratar dos humanos nasceram para
leite. Lm órbita não podemos ratos. Temos 4 8 a bordo. serem exploradores!
tomar duche — a água
Todos os dias verificamos a Adaptado do Dióiio de Bordo do
começa a Tutuar e encharca
sua saúdo e controlamos o Espaço. In Supor jovem, 5 o 1 ! ;
tudo. Portento usamos um
que comem. Estas experiên­ Moio, 1994.
sabão líquido e um shampô
cias do iaboralório espacial
que dispensa água. Para
servem para controlar de que
lavar os meus dentes, uso
modo o espaço afecta o equi­
pasta e uma escova norma
Alguns dos meus colegas cos­ líbrio dos seres vivos.
pem a oasta num pano. Eu Quarta-feira, 2 7 de Outubro Im agine-se no lu g ar de Bill
pretiro engolir. Descobri a mañoca ideal MacArthur e redija o seu próprio
diário de bordo.
Quinta-feira, 21 de Outubro para comer. Prendo os pés
Estamos a acabar com as numa barra do lecto e como
reservas de comida fresca — pendurado de cabeça para
maçãs, ameixas secas e baixo. De resio, não sinto que
tortilhas. Trouxemos tor- estou de cabeça para baixo,
tilhas em vez de pão. porque não ha gravidade.
que faria muitas Quinta feira, 28 de Outubro Como será o lar espacial?
migalhas flutuarem. Tam­ Começo a habituar-me a tra-
bém temos congelados e aii-
baifiar no espaço. N a Terra,
mentos termoestabilizados P ara o ajudar:
quando deixamos cair um
(quer dizer que todas as bac-
lápis, procuramos no chão.
lénas foram destruídas antas Armazenamento Cabina Cozinha
No espaço não vale a pena
de selarem os alimentos).
procurares no chão, porque o Enfermaria Estacão
Toda esta comida é deliciosa fibra de carbono
lápis está a. . . flutuar — tão
e estornos sempre com fome.
devagar que mal o vês. Per­ Ginásio Habitáculo Janelas
Sexta-feita, 22 de Outubro des imenso tempo à sua pro­
Tenho dormido entre 6 e 7 cura. Estou a adquirir o hábito Material ignífugo Material isolante Módulo
horas por noite. Durmo num de prender tudo quando
Sala de recreio bala de refeições Quartos
saco-carna pendurado, para acabo de me servir.
não flutuar e esbarrar com o lúnel pressurizado Veículo espacial Sistema de controlo
equipamento ou com as Sexta-feira, 2 9 de Outubro
outras pessoas. Ponho borra­ Um dos melhores aspectos
chas nos ouvidos (as máqui­ desta viagem é poder esior a
nas a bordo fazem barulho) e bordo com os meus seis
uma venda nos olhos, porque melhores amigos. Há 15 anos
nós passamos da noite para o que esperava esta oportunida­
dia em cada 4 5 minutos, de. Valeu a pena esperou
cada vez que damos uma
Sábado, 3 0 de Outubro
volta à Terra.
Quando aterrarmos teremos
Sábado, 23 de Outubro leito uma viagem de 9
Tenho passado o dio a ouvir milhões de km, com 225 órbi­
o minha música preferida, tas à Terra.
com os meus walkman.
Domingo, 31 de Outubro
Domingo, 2 4 de Outubro Passei 5 horas na máquina
Hoje úve de brincar aos para baixar a pressão arte­
médicos e às enfermerías, rial. 'maginem metade de um
iive de picar o meu dedo saco-cama com um aspirador
para fazer um teste ao san­
incorporado No espaço o
gue. Parte da nossa missão é
sangue tem tendência a subir
compreender até que ponto a
para a cabeça. Esta máquina
falta de peso cfecta o corpo
para ba:xar a pressão obriga
humano. Por vezes os múscu­
o sangue a regressar às per­
los enfraquecem e os ossos
nas, para não sentirmos tontu­
ficam moles. No entanto sinto-
me bem. ras quando regressamos à
ierra.

ce n to e o iten ta e n o v e 1 3 9
r ;ív s celulares foram -se libertando dos 9,8 quilos roupa que pensa está prestes a invadir as
Jp de 1982, até reduzirem o seu peso para os 145

gram as da actualidade, e para um a boa parte


A lojas. Em Bruxelas, um casal de investigadores
trabalha num projecto para criar um a fibra inteli­
gente. Com este m aterial, p reten d em que, em m enos de
três anos, se po ssam confeccionar ro u p as que, além do
da população converteram -se n u m artigo de uso tão pre­ m ais, funcionem como verdadeiros com putadores p o rtá­
m ente com o as calças. Em 1991 havia 15 m ilhões de u tili­ teis em contacto com o nosso corpo.
Por agora os com ponentes funcionam com baterias,
zadores em todo o m undo; hoje contabilizam -se perto de m as já se p rocura aproveitar a energia que o corpo h u m a ­
400 m ilhões, concentrados nos países m ais desenvolvidos. no liberta ao mover-se. A ssim , os protótipos inseridos nos
sapatos baseiam -se no efeito eléctrico d a deslocação dos
pés, e funcionam de form a sem elhante à que gera a faísca
do acendedor nos fogões a gás.
Super Interessante, Maio 2001.
Por grupos, faça uma lista de
vantagens e desvantagens
das novas tecnologias. Novas tecn ologias
1. Redija um a série de breves artigos p ara ilustrar Vantagens:
algum as das vantagens e alguns dos defeitos
- Anulação de fronteirâs;
apontados. Im ite o estilo breve e conciso dos arti­
- Coesão e unificação da humanidade;
gos em cima.
- Liberdlizdção do mercado de serviços e redes de telecomunicações;
- Democratização e acesso aos serviços básicos;
-Redução do precodaschamadas;
- Internet - livre informação, eficácia económica, fiscal, policial;
- Rápido desenvolvimento da investiqacão científica {Biologia, Genética. .)•
I» 1. O CD-ROM e o DVD-ROM contra os livros. Os Perigos:
elem entos m ultim édia enriquecem as enciclopé­ - Liberalização - benefício dos operadores norte-americanos;
dias e dicionários em form ato digital.
|t> 2. Portáteis vendem -se cada vez mais. - Impossibilidade de controlo dos inúmeros bancos de dados;
I* 3. Estam os na pré-história das ligações móveis. - Ineficácia dos instrumentos jurídicos tradicionais para garantir os direitos dos
► 4. O culto da Internet prejudicou a telefonia móvel. cidadãos;
!► 5. N ão é ficção científica prever que a ro u p a virá um
dia a pensar.
- Dificuldade em estabelecer os limites éticos da investiqacão científica;
- Impossibilidade de controlaros poderosos interesses económicos;
- Insegurança para a humanidade;
- Fragilidade e ineficácia dos sistemas de segurança.

Imagine e descreva.

1. N em todos os A M itsu b ish i crio u u n s


inventos m ais copos que avisam o em pre­
recentes lêm um a gado de m esa q u an d o estão
g ra n d e u tilid a d e vazios! Estes copos têm ,
se tiverm os em ag a rra d o ao
conta o investi­ fu n d o , um
" m ic r o c h ip "
m ento feito com
que tran sm i­
vista à sua
te p ara um a
obtenção. Descre­ b ase in sta ­
va um desses la d a no
inventos. balcão ou
2. . Descreva porm e- p a ra d is­
n o r iz a d a m e n te p o s itiv o s
p o rtá te is
um u te n sílio /ap a­
tra n s p o rta d o s
relho por si inven­
pelos
tado, referindo a e m p re ­
sua utilização p rá­ gados.
tica."

I 9 O c e n to e n o v en ta
maior economia de tempo e maior comodidade na deslocarão das pess
melhores níveis^de produtividade;

P ro fis s õ e s d e o n te m . Procure num


dicionário e diga em que consistiam
a s seguintes profissões ^

I. Akrçín Itisátü IM ú m ilit f - e t a p


5. G íírá í-fio s 6. Leiteiros ?. H ir à o s 8 ,I W ê ® s
9, Oleiros 10. P e p e iro s II. Relojoeiros I?. Siooleiros
lIT íb e r e e ir e s l i A p ir o s IS .V ilre ire s llâ f io c f p s
17. («keteiros 18. H a p e fe s 19. Vezeiros Z0. Recoveiros

c e n to e n o v en ta e ura 1^ 1
Ouça com atenção e responda: 43

> 1. Localize a acção no espaço.


-s» 2 . C om o estava o tem po naquele dia?
3. Q ue argum entos utilizou a A na para que a decisão
tom ada sobre o local onde iriam com er fosse a que
ela defendia?
'St 4. A ponte três diferenças entre os m enus.
5. C aracterize o estado de espírito da A na e do Pedro
antes de serem servidas as refeições.
> 6 . O m au h u m o r do Pedro acentuou-se q u an d o o
em pregado trouxe o prato pedido. Explique porquê.
7. Q ual a sua opinião sobre o desfecho do incidente
anteriorm ente descrito?

A T esta (lo
o n h e c id a c o m o a m a io r festa p o p u la r a o sul O s d ia s se g u in te s sã o ig u a lm e n te d e g ra n d e
d e P o rtu g a l, a P esta d o S e n h o r J e s u s d a P ie­ a n im a ç ã o . À a lv o ra d a c o m fo g u e te s e m o rte iro s e
d a d e tem o se u início oficial a 20 d e S ete m ­ às a rru a d a s c o m b a n d a s d e m ú sic a , s e g u e -s e a
b ro e p ro lo n g a -se . co m a Feira d e S. M ateus, p o r festa relig io sa n o S an tu ário . D u ra n te a ta rd e c o n ti­
cerca d e u m a se m a n a . n u a a F eira d e S. M a teu s e à n o ite re p e te m -s e os
N a m a n h ã d o d ia 20, a c id a d e a c o rd a c o m o e s p e c tá c u lo s e a a n im a ç ã o .
estra le jar d o fo g o -d e -a rtifíc io e o d esfile d e v ária s A ssim v e m s e n d o d e h á q u a tro c e n to s a n o s
b a n d a s d e m ú sic a p e la s ru a s d a c id a d e . A ta rd e, p a ra c á c o m a F eira d e S. M a teu s e d e s d e 1737 c o m
p e la s d e z o ito e trin ta, te m lu g a r o p o n to a lto d e s ta a ro m a ria a o S e n h o r J e s u s d a P ie d a d e .
fe stiv id a d e c o m a sa íd a d a tra d ic io n a l p ro c iss ã o d o s
p e n d õ e s d a Igreja d e N o ssa S e n h o ra d as D o re s p a ra
o S a n tu á rio d o S e n h o r Je s u s d a P ie d a d e , a p ó s te r
p e rc o rrid o as p rin c ip a is ru a s d a cid ad e .
C o m a c h e g a d a d a p ro c iss ã o in a u g u ra -s e ofi­ Responda às seguintes perguntas
c ia lm e n te a F eira d e S. M ateus, s e n d o q u e im a d o
u m v isto so fo g o -d e -a rtifício d a re s p o n s a b ilid a d e d e > 1. Q ual a duração da Feira de S. M ateus?
u m c o n c e itu a d o p iro té c n ic o . S eg u e-se , p o r q u e já é
fc> 2. O qu e é que m arca o início dessas festivida­
n o ite , o arraial, a a b e rtu ra d a F eira d a G astro n o m ia,
des?
a s c o m p ra s , o s e s p e c tá c u lo s m u s ic a is e as
St 3. Q ual é o m om ento m ais solene desse dia?
d iv e rsõ e s. À u m a d a m a n h ã h á fo g o -d e -a rtifício ,
4. C om o é in au g u rad a a Feira ?
p re s o e d o a r q u e , p e la su a im p o n ê n c ia e ra ra b e le ­
za, m o b iliz a o o lh a r a te n to d e la rg a s c e n te n a s d e á? 5. D e to d o s os acontecim entos ocorridos na
e s p e c ta d o re s, o e v e n to m ais d e s e ja d o d a n o ite. feira, qual o m ais desejado? Porquê?

Tendo em conta a descrição da Feira de S.


Mateus, faça uma descrição idêntica de
uma feira/festa da sua terra/região com
cerca de 25 linhas.

cen to e
C oloque o s alim e n to s no g ru p o a d e q u a ­
do. 1

costeleta pescada tarte de natas tainha garoto frango


D
m
espinafre amora jeropiga alface figo tarte de amêndoa m
sangria cereja salsa bolo de noz carapau almôndegas
peru achigã melancia pato diospiro rabanetes
galão arroz-doce bife farófias goraz amarguinha
coentros ginja marmelo morango harriga-de-freira peixe-espada
groselha agrião coelho robalo couve toucinho do céu

Sonho
P e l o S o n h o é q u e v a m o s ,
C o m o v i d o s e m u d o s .
C h e g a m o s ? N ão e h c g a m o s ?
H aj a ou n ã o h aj a f r u t o s ,
P e l o s o n h o é q u e v a m o s .

B a s t a a fé n o q u e t e m o s .
B a s t a a e s p e r a n ç a n a q u i l o
Q u e t a l v e z n ã o t e r e m o s .
B a s t a q u e a alma d e m o s ,
Com a m e s m a a l e g r i a ,
Ao q u e d e s c o n h e c e m o s
E ao q u e é do d i a -a -d i a .

C h e g a m o s ? Não e h e g a m o s ?

P a r t i m o s . V a m o s , S o m o s .
Sebastião da Gam a, Pelo Sonho é que vamos, Ática

c e n to e n o v e n ta e três
Para uma melhor P R O N Ú N C I A
Reconhecer os símbolos fonéticos
C onsulte as páginas 198 a 200 e relem bre o alfabeto
fonético. Será um a grande ajuda quan d o consultar
novas palavras n u m dicionário.
Traduza
1. Sea com o sea, es posible qu e nos tengam os que habi­
tuar, antes d e lo previsto, a la presencia de m áquinas
Ouça com atenção e escolha. Una os m ás o m enos parecidos a nosotros y trabajando a
seguintes termos com a sua fonética.
n uestro lado.
Ex.: A parelho [eperéÀu] 2. Sólo som os inteligentes si los dem ás piensan que lo
som os, y esa percepción d ep en d e de las capacidades
1. D ispositivo □ [vufnirávef] que consigam os com unicar a los restantes.
2. Digital □ [esésu] 3. P or m ucho que nos em peñem os en confiar en la inte­
3. Interferências [telemóvel] ligencia artificial, no deberem os m enospreciar la

4. Vibração [diyjsuzitívu] capacidad de la n atu raleza p ara concebir sistem as

especializados m ucho m ás eficaces qu e cualquiera
5. Vulnerável □ [kóte]
d e los com puterizados.
6. M icrofone □ [erm ezinem êtu]
4. Por m u y inteligentes que sean, los actuales robots
7. Telemóvel □ [itirfirêsje/]
parecen patos desaliñados cuando se m ueven. A u n ­
8. Acesso □ [di3itál]
que p arezca m entira, el hecho es que la m otricidad es
9. Q uota □ [m iknfóni] u n a d e las funciones m ás difíciles d e imitar.
10. A rm azenam ento □ [v ib r e s ê w ] 5. Los creadores de m áq u in as inteligentes tienen que
acum ular conocim ientos de biología, d e física, de
m edicina y d e ingeniería p ara fabricar artefactos que
anden, n ad e n o se arrastren de u n m odo sem ejante al
de los anim ales o al de los seres hum anos.
6. El desafío no es conseguir que u n robot sea capaz de
desplazarse en d eterm in ad a dirección, sino que su
Ex.:Rouxinol
m ovim iento satisfaga criterios de oscilación, equili­
1. M adei__a 11. Eli__ir
brio, ritm o, suavidad, d u reza... o cualquier otra
2. Lu__o 12. A__a
3. Bre__a 13. Ei__o necesidad específica d e la misión. Sólo así u n robot­
4. Bru__a 14. __anca -m ayordom o p o d rá lim piar convenientem ente la
5. Ca__o 15. Ri__a casa.
6. Ve__am e 16. Pu__ar 7. La ciencia d e la inteligencia artificial no existiría si no
7. En__oval 17. M e__erico
p u d iera ser aplicada. A lgunas de sus utilizaciones ya
8. R epu__o 18. Bo__e__a
9. __am ariz 19. —aga están disponibles actualm ente; otras ten d rán que
10. Fei__e 20. En__otar esperar algún tiem po más.
8. Si vam os a vivir a u n a estación espacial, tendrem os
el problem a d e la ausencia d e grav ed ad , lo cual afec­
ta gravem ente a nuestra salud; la osteoporosis es uno
de los cam pos de batalla m ás du ro s a los que se
enfrentan los m édicos de los astronautas. Pero, si
decidim os vivir en u n planeta, no hay ninguno como
la tierra.
9. ¿Va a com prar u n ordenador? Sea cual sea su perfil,
he aquí lo que le será indispensable. P ara qu e la
nu ev a generación d e juegos funcione correctam ente,
es necesario instalar u n o rd en ad o r m u y potente. Los
juegos, cada vez m ás realistas, exigen u n procesador
rápido y m ucha m em oria.
10. Si va a en trar p o r p rim era vez en el m u n d o d e la
inform ática, no necesitará el aparato m ás caro del
m ercado. Sin em bargo, es recom endable ad q u irir
algo su ficien tem en te p o te n te p a ra no q u ed a rse
desactualizado en poco tiem po.

c e n lo e n o v en ta e quatro
Formação das palavras: Compostos erudi­
tos (segundos elementos)

Com a ajuda de um dicionário, procure, De acordo com o exercício ao lado, dis­


na lista à direita, o sentido que corres­ tribua os seguintes vocábulos.
ponde aos radicais dados.

M f f li m
1 arqueologia calígrafo hidrómetro antropometria
1. -edro — a) Língua
2 .-fero
1 polimorfo ' guiromancia belígero dicotomia
b) Q ue escreve
3. -form e c) Escrita, descrição
¡ pentaedro ortografia poliglota aurífero
4 .-gero d) Sabedoria 1 armígero polimorfo antropomorfo poliedro
5. -glota, -gloí sa e) Q ue contém , ou pro d u z 1 pentágono issoglossa filologia polígono
6. -gono f) Corte, divisão ¡ biometria geografía nevrotomia caligrafía
7. -grafia g) Q ue tem form a de 1 antropomorfo necromancia polígrafo pentámetro
8 .-grafo h) Q ue m ede 1 museógrafo flamífero teosofía filosofía
9. -logia i) A divinhação
10. -m aneia ► j) Base, face
11. -m etria k) Q ue tem a form a
12. -m etro 1) M edida
13. -m orfo m) Q ue contém , ou produz
14. -sofia n) D iscurso, tratado, ciência
15. -tom ia o) A ngulo

Indique o antónimo das seguintes


p a la v ra s antepondo- ■
lhes o prefixo d e s - ou '
in ( i m - , i r - , <-).

Ex.: Justo 1“ in justo

i. __previsto __perdoável __em barque


2. __realidade __adequado __valorizar
1 ... popular __respeito ■ _ .apertar
4. M lim itado __legítim o _ com odidade
5. __confiar I_acessível __enterrar
6. __aparecer Sfi un ir cvüávcl
7. __coerente __cobrir ordem
8. __m oralidade ' com pleto • - suficiente
9. ¡jjjvincular __carga __líquido
10. perfeito __aconselhável . parcial
r i v a c C a a r a m a
h I lh a s Íncantaías
poucas vezes alguém navegasse ao largo,
* 1— um ou outro navegante avistava, de tange em
/ fínrtyr algumas ilhas no A t Cântico. Sabia-se até
|k que São 'Brandão, um santo navegador, embarcara
De acordo com as regras aprendi­ na Irtanda com setenta e cinco monges e que,
das no v o lu m e 4 e com a ajuda do apanhado numa tempestade, fora levado por
dicionário, complete o seguinte ventos misteriosos até abordar uma dessas
quadro.
ilhas, na qual ficava o paraíso.
Anos mais tarde, quando os mouros con­
quistaram aos cristãos as terras que hoje
constituem ‘Espanha e (Portugal, sete bispos
partiram de Barco da região onde é hoje o (Porto,
com os seus fiéis, e navegaram para Ocidente
J i durante muito tempo, conseguindo
abordar algumas das ilhas.
Selar t Quando lá chegaram, queima­
Fazer 2 e r ram os navios para que os seus
homens não voltassem, e um bispo
Asmático 3 i á c
que conhecia as artes mágicas,
Cobrir 4 c b r
encantou as ilhas para que ninguém
Aparecer 5 d P e as descobrisse, enquanto os mouros
Partida r t não tivessem sido expulsos da
íPenínsula Ibérica. ‘Porém, se alguém
Habituar 7 s i
casasse com uma mulher marinha, os
Estético 8 e s
seus filhos, por herança ia mãe,
9 c o também as poderiam desencantar.
Atacar 10 a a c D aí em diante os mouros diziam
Abrochar 11 e o que para Ocidente havia tanta escu­
1" —
ridão que era impossível seguir para
Clerical 12 n 1 i
além. Só alguns cristãos sabiam que
Ofensiva 13 n o e i as ilhas existiam e nelas era sempre
Animar 14 s m Prim avera: as árvores estavam
Colar 15 e r cobertas de frutos, havia muitas
aves e o clima era ameno; outras
Celulite 16 n e i
tinham cidades fabulosas, com mui­
Ligar 17 1 g f tos palácios e riquezas (a ilha das
Curva 18 O a V Sete Cidades). Ufo entanto, se algum
Afinar 19 e a marinheiro lá chegava perto, levado
pelo acaso, não conseguia mais do
Pôr 20 t
que entrevê-las, pois logo um vento
irresistível o atirava na direcção
W contrária,
( um. nevoeiro se
I interpunha ou
Isimplesmente a

>
I ilha se desva­
• pH I necia como
O
tfumo.
€m-
Por isso
m I chamavam-lhes
I as Ilhas

a I Encantadas ou
1Perdidas, e
u
I todos ardiam
a i no desejo de as
I encontrar.

c e n to e n o v en ta e se is
. ' . . ■ ' • -■ . ; ' . • . > '
. • ■ v. . q : é;.,........ -.a--;' ,

cento e noventa e sete ^ Q~J


1. Casa:[káze] 2. Palhaço: [peÀásu] 3. Médico: [médiku] ■ 4 Inglés: [ígléj]
5. Empregado: [êprigádu] 6 . Polícia: [pulísje] 7. Óculos: [ókuluj] 8 8. Amor: fum á]
9. Lua: [lúe] 10. Maçã: [mesé] 11. Pente: [peti] 112. Indicar: [idikár]
11 Ponto: [põtu] 14 Nenhum: [nijiu] 15. Geada: [ 3 1 áde] 16. C é u :[s é w ]
11 Caixa: [kájje] ¡18. (arteiro: [kertéjru] 19. Astronauta: [eJtrDnáwte]Í20. Chapéu: [ f e p é w ]
21. M e u :[ m é w ]
23. Herói: [ e ó j ] 24 M ã e :[ m £ j]
25. Dragão: [ d r e g ê w ]
27. Requada: [ R e g w á d e ] 28. É q u a :[é g w R ]
29. Quanto: [ k w ê t u ] 30. Equestre: [ e k w é / t r i ]
31. Aquentar: [ R g w ê t á r ] 32. Tranquilo: [ t r ê k w í l u ]
33. Aquoso: [ e k w ó z u ] 34 Luxuosa: [IuJwdze]

c e n to e n o v e n ta e n o v e
pà Pirata: [p iráte] 1 35. Borboleta: [burbuléte] 136. Lagartixa: [ l e g e r t í f e ] B i Brinquei o: [ b r í k é d u ]
38. Caneta: [ k m é t ç ] 1 39. Grito: \ g n tu] ;40. Fada: [ f á d e j 41. Verme: [ v é r m i ]
42. U is o :[ ú r s u ] ■43. Cozinheiro: [ k u z i j i é j r u ] 44. Broxa: [ b r ú f e ] 45. Jerico: f e i r í k u ]
46. Lápis: [1 á p i j ] 47. Anel: [enã] 48. Coelho: [ k w é \ u ] 49. M e d o :[ m é d u ]
50. Boneca: [ b u n é k e ] E 51. Ninho: [níjiu] 52. Peru. [ p t r ú ] 53. Terra: [ t é R ^ ]
Juaba# . Mocajuba T9fé «Badajás. 45° São,
rrimeirawuz
v'Barreirir
SãoBento Luís
Tutóia- \C
8e!oMonta Pmdobal
AltoW
Tufi Matínha® - ^¡Á
Rosário
Urbano ’arnafca \ amocim"— Mcara'J.. _Train
..
ionaPeres* Viana® ^ J ítapeeuru San tos skGranja 5 .
Mohinhcs“;è Itspipoca
Tucurui £' Mtrim UizJlãndia Massapé^ ' Paracuru
NovoAcõfdc PindaéMkmV J ^ Á , I Tangaas-
Santrtnfe V Chspadinha irtaleza
iCcroatá iracuruca'"^
RemansS# CajuaparaA Bacanal - Açude Qú
Araras Canindé ffeturité
Jacundá
Jatobal AçailSmtó Ceará Itapiúna Aracati
Jcaput
*Tamboril Quucadá. > AreiaBranca SãoSente
Itupirangaft J' doNorte
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Arapan | Montes It. Sanador.
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ditongo léjl: .feia, meia, passeia
O trema ( ) feia, meia, passeia
► 6) Palavras paroxítonas ter- 6) Palavras paroxítonas ter­
Não se em prega. Foi abolido É usado para assinalar o u m inadas em -oo, não são m inadas em -oo, rêcebem
em todos os casos a partir do que se pronuncia ñas sílabas acentuadas propriam ente no um acento circunflexo no
t e Acordo Ortográfico de 1945: g u e , g u i, q u e , q u i: português de Portugal: português do Brasil no pri-
> aguentar, arguição agüentar, argüição VQO, enjoo. meiro o:
cinquenta, tranquilo cinqüenta, tranqüilo vôo, enjôo.
Excepto em palavras deriva­ Também em palavras deriva­
das de nom es p róprios das de nom es pró p rio s ■O, i '>
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estrangeiros: estrangeiros:
mülleriano < M üller m ülleriano < M üller Pelo Acordo de 1945, conti­ Pelo F.O. (Form ulário Orto­
nuaram a ser grafadas sem ­ gráfico de 1943) as consoan­
O hífen (-) pre que se seguem às vogais tes etim ológicas finais de
átonas a aberto, e o u o sílaba (implosivas) quando
Emprego do hífen entre as No Brasil não se usa nestes semiabertos, com o forma de não articuladas, deixaram de
form as m onossilábicas de casos, escrevendo-se: indicar a ab ertu ra dessas se escrever:
haver e a preposição de: vogais:
hei-de, hás-de, hei de, hás de, acto, acção, baptismo, ato, ação, batismo,
hã-de, hão-de hã de, hão de baptizar, director, correcto, batizar, diretor, correto,
correcção, óptimo, correção, ótimo,
optimismo, adoptar otimismo, adotar
Os acentos adopção adoção
► 1) As palavras proparoxíto­ 1) As palavras proparoxíto­ Casos de uniformidade: Casos de uniformidade:
autóctone, compacto autóctone, compacto
nas que têm na antepenúlti­ nas que têm na antepenúlti­
apto, Inepto, etc. apto, inepto, etc.
ma sílaba as vogais a, e e o ma sílaba as vogais a, e e o
seguidas de m ou n são umas seguidas de m ou n são sem­
vezes semifechadas e levam pre sem ifechadas e levam Fonética
acento circunflexo: acento circunflexo:
âmago, sémola, cômoro âmago, sémola, cômoro Vogais tónicas Vogais tónicas
E outras vezes são sem iaber­ acadêmico, Antônio, [é] Semifechada, média ou [é] No português do Brasil só
tas e levam acento agudo: fenôm eno central. No port. europeu aparece em posição tónica
académico, António, aparece na maioria dos casos antes de consoante nasal:
fenôm eno tónicos antes de consoante
► 2) As palavras paroxítonas 2) As palavras paroxítonas nasal:
que têm na penúltim a sílaba que têm na penúltim a sílaba cam a [kirne] cam a [kéma]
as vogais a, e e o seguidas de as vogais a, e e o seguidas de cana [kénB] cana [kúna]
m ou n são em Portugal m ou n são no Brasil semife­ sanha [séjie] sanha [SFjia]
um as vezes semifechadas e chadas e levam sem pre acen­ Faz oposição entre [é] e [á]
recebem acento circunflexo: to circunflexo. nos verbos da I a conjugação,
ânus, certâmem ânus, certâmem entre as primeiras pessoas do
e outras vezes sem iabertas e fêm ur, tênis, bônus plural do presente e do pre­
recebem acento agudo: térito perfeito sim ples de
fémur, ténis, bônus indicativo:
► 3) A 1- pessoa do plural dos
3) A I a pessoa do plural dos am amos / am ámos
verbos cía I a conjugação noverbos da I a conjugação que No falar de Lisboa encontra­
p resen te do indicativo é no presente e no pretérito -se [b] em sílaba tónica antes
sem ifechada e não recebe perfeito sim ples do indicati­ de semivogal ou de consoan­
acento: vo apresentam a tónico te palatal:
Presente: am amos seguido de m no Brasil é rei [Réj]
mas é aberta no pretérito sem pre sem i-fechado nos tenho [téjiu]
perfeito sim ples e recebe dois tem pos e não é acentua­ telha [téÀe]
acento agudo: da nenhum a das duas for­ O fonem a [a] em posição No Brasil o fonem a [a] em
Pret.perf.s.: amámos mas: átona é norm alm ente [e]. posição átona é [a].
Presente: am amos Vogais átonas Vogais átonas
Pret.perf.s.: am amos • Em posição átona não final • No port. norm al do Brasil,
► 4) A forma dem os do verbo 4) A form a dem os do verbo no português d e Portugal em posição átona n ão final,
DAR pronuncia-se com e DAR pronuncia-se sem pre realiza-se a distinção entre anulou-se a distinção entre
sem ifechado no presente do com e semifechado, seja da [e], [e] e [í] (m édia ou cen­ [e] e [í], tendo-se m antido
conjuntivo e recebe acento I a pessoa do presente do tral, fechada, + alta, + recua­ apenas [e] e [i] na série das
circunflexo (dêmos), mas é conjuntivo ou do pretérito da, - arred o n d ad a), reali­ vogais anteriores ou palatais.
sem iaberto no pretérito per­ perfeito do indicativo e não zação com pletam ente
feito do indicativo, que não recebe nenhum acento gráfi­ estranha ao português do
recebe acento (demos). co (dem os / demos). Brasil.
► 53 Palavras term inadas em 5) Se a vogal for sem iaberta • Realiza-se a distinção entre • Não há distinção entre [d]
-eia. no p o rtuguês-padrão vem m arcada com acento [o] e [o]: lobo (parte de e [o] ficando reduzida a [o] e
não se faz diferença e o e agudo (assembléia, idéiaie órgão) [lúbu] / lobo (animal) [u] a série das vogais p oste­
nunca vem acentuado, pro­ se a vogal for sem ifechada [lóbu]. riores ou velares.
nunciando-se sem pre o não se acentua graficamente

20 2 d u zen to s e d o is (du as)


de Portugal Brasil
• Em posição átona final • Em posição átona final
absoluta a série m édia ou absoluta a série m édia ou .0
central aparece [e] grafada a central aparece [a] grafada a
casa [káznj. casa [kázaj. ► D O portugués de Portugal 1) O portugués do Brasil não
• Em posição átona final • Em posição átona final distingue na pronúncia entre faz a distinção na pronúncia.
absoluta a série anterior ou absoluta a série anterior ou a [n] (artigo ou preposição) e
palatal aparece [i] grafada e palatal apresenta-se reduzida à [a] (erase de prep. + art.).
tarde [tárdi] a urna única vogal [i] grafada 2) Artigo + Nomes de baptis­ 2) É possível encontrar a
e: tarde [tárdjij. mo: a om issão de artigo + om issão na língua falada do
nom es de baptism o só é pos­ português do Brasil.
► Consoantes Consoantes sível na língua escrita: Pedro
• [R] Velar vibrante múltipla. • Pronúncia mais corrente veio agora.
Pronúncia mais corrente no no Río de Janeiro e extensas 3) Artigo com a palavra todo: 3) O portugués do Brasil faz
portugués de Lisboa (pode­ áreas do país. poderá vir ou não acom pa­ mais a distinção entre todo =
-se dizer actualm ente que é a n h ad a d e artigo q u an d o qualquer, cada (tuda casa,
mais corrente no portugués exprim ir a totalidade num éri­
cedo on tarde, precisa de
norm al contem poráneo, ao ca: Falava bem fra n cês comoreforma) e todo = inteiro,
contrário do que sucedia há todo francês. / Toda a gente total ( toda a casa fo i refor­
relativamente poucos anos). sabe isso. mada).
• [r] Alveolar vibrante múlti­ • Mantém-se viva em exten­
pla. M antém-se viva na maior sas zonas do Brasil, com o o Pronom es de tratamento
parte de Portugal. Rio G rande do Sul.
• [f] Velar lateral sonora • Na pronúncia normal do Tu Tu
Na pronúncia norm al de Por­ Rio de Janeiro e vastas zonas Forma própria de intimidade O seu uso restringe-se ao
tugal quando o 1 é final de do Brasil o 1 final de sílaba (de pais para filhos, de avós extrem o Sul d.o país e a
sílaba: alto [áttu]. vocaliza-se, transform ando­ ou tios para netos e sobri­ alguns p o n to s da região
-se na semivogal [w]: alto nhos, entre irmãos ou ami­ Norte pouco delimitados. Em
[áwtu], anulando-se, deste gos, entre marido e mulher, quase todo o território brasi­
m odo, as oposiçòes entre entre colegas de faixa etária leiro foi substituido por você
alto/auto, m al/m au igual ou próxima). O seu com o forma de intimidade.
• [t] Dental, oclusiva, surda, • No Brasil, antes de e/i em prego tem -se alargado
• •
oral, grafada sem pre t. (vogal ou semivogal) palata- nos últimos tem pos, tenden­
liza-se em grau maior ou do a ultrapassar os limites da
m enor conform e as regiões e intim idade propriam ente
até as pessoas, pudendo rea­ dita.
lizar-se com o [ti] ou [tjl] Você V ocê _
noitinha [nojtjljia], p en te Tratamento igualitário ou de Forma de intimidade, como
[pet/i] superior para inferior (em o tu do português de Portu­
• [d] Dental, fricativa, sono­ • No Brasil, antes de e/i idade, em classe social, em gal. Excepcionalm ente tam­
ra, oral, grafada sem pre d. (vogal ou semivogal) palata- hierarquia). bém se em prega de igual
liza-se, pudendo realizar-se para igual ou de superior
com o [di] ou [d 3 ¡]: rede para inferior,
[rédsi], redimir [redgim ír]
A m e n in a A se n h o rita
Xmu ero Para a jovem solteira. Para a jovem solteira.

► 1) A palavra projéctil tem 1)A pronúncia mais generali­ O senhor + respectivo título No Brasil estas formas de tra­
com o plural projécteis. zada é projéctil, (variante ou cargo (o senhor doutor, tam ento são inusitadas. No
projétil) apresentando o plu­ engenheiro, ministro, presi­ Brasil só se m encionam siste­
ral projetis. dente). maticamente, seguidos dos
► 2) A palavra réptil tem como 2) No português do Brasil a nom es próprios:
plural répteis. pronúncia mais generalizada a) A patente dos militares: o
é reptil, apresentando o plu­ tenente Barroso, o M a jo r
ral reptis. Fagundes.
I» 3) Plural com alteração de 3) No português do Brasil os b) Os altos cargos e títulos
timbre da vogal tónica: no plurais de almoço, bolso e nobiliárquicos: O Presidente
português europeu os plurais sogro têm a vogal o fechada Bernardos, O em baixador
das palavras almoço, bolso e [o]. Fern a n d es, A Condessa
sogro (p. ex.) têm a vogal Pereira.
aberta [d]. Dom: Tem o m esm o uso res­ c) O título Dom (D .) para os
trito que no Brasil. D ona (D.) membros da família real ou
Género em Portugal, omite-se ainda, im perial, para os nobres,
por vezes, com os nom es de m onges beneditinos ou para
Feminino derivado do radical Feminino derivado do radical senhoras das classes sociais os dignatários da Igreja a
do masculino: rapariga é o do masculino: rapariga é o mais humildes. partir dos bispos.
fem inino de rapaz. r fem inino de rapaz. No O professor: Usa-se sobretu­ O professor: aplica-se ao
entanto, prefere-se moça em do para os docentes do ensi­ docente de qualquer grau de
razão do valor pejorativo no prim ário e do ensino ensino.
que, em certas regiões, superior.
adquiriu o term o rapariga.

d u zen to s e três 2 0 3
Tratamento cerimonioso: As formas cie tratam ento pro­ inclusão: apenas, salvo,
priam ente cerim onioso senão,,.
usam -se m uito m enos no p Aclv. d e designação: eis.
Brasil d o que em Portugal. ► Onde (adverbio relativo) = o Designação que n ão consta
Vossa Excelência (V.Exa) Vossa Excelência (V.Ex3): no lugar em q u e” "o lugar no
da Nomenclatura Gramatical
Uso restringido nas últimas Brasil só se em prega para: o qual”.
Brasileira.
décadas. Usa-se na Iingua- P residente da República,
gem oral em academ ias, ministros, governadores dos S I N T A X E
corpo diplom ático ou em Estados, senadores, deputa-
diferentes situações (em pre- dos e oficiais generais. E Pronom es átonos
gado de com ércio dirigindo- inclusivamente nestes casos, me te. nos, vos, lhe e lhes No Brasil quase não se usam
-se a cliente, telefonista diri- quase que exclusivam ente na (formas de objecto indirecto) as com binações mo, to, lho,
gindo-se a quem solicita uma com unicação escrita e proto- juntam-se a o. a. os. as (for- no-lo, vo-lo, etc. Estão de
ligaçâo, etc.) sem que haja colar, m as d e o b jecto directo) to d o b an id as da língua
qualquer discriminação níti­ dando: corrente e, m esm o na lingua-
da quanto à categoria da pes­ m e + o = mo; te + o = to; lhe gem literária, só aparecem
soa interpelada. Na lingua­ + o = lho; nos + (l)o = no-lo; geralm ente em escritores um
gem escrita é largo o seu uso vos + (Do = vo-lo: lhes + o = tanto artificiais,
principalm ente na corres­ lho; m e + a = ma: te + a = ta:
pondência oficial e com er­ lhe + a = lha; nos + (Da = no­
cial. ria: vos + (l)a = vo-la lhes +
a = lha: m e + os = mos; te +
N u m e rá is os = tos: lhe + os = lhos; nos
+ (l)os = no-los; vos + (Dos =
► 1) O cardinal seis (forma 1) No Brasil a expressão vo-los: lhes + os = lhos; m e +
normal portuguesa). meia-dúzia (não raro reduzi­ as = mas; te + as = tas; lhe +
da a meia) substitui o cardi­ as = lhas: nos + (l)as = no­
nal seis, principalm ente rias; vos + (Das = vo-las; lhes
quando se enunciam núm e­ + as = lhas.
ros de telefone,
► 2) Catorze (forma norm al 2) No Brasil alterna catorze Coloeatção
portuguesa). com quatorze. dos pronom es átonos
Não se p o d e iniciar um a Existe a possibilidade d e se
► 3) As form as dezasseis, 3) São variantes desusadas
frase com um p ro n o m e iniciarem frases com tais pro-
dezassete e dezanove (nor­ no Brasil, usando-se dezes­
ãtono. nom es, especialm ente com a
mais em Portugal). seis, dezessete e dezenove.
► 4) Bilião (tam bém com a forma me:
4 1 Bilião (ou bilhão 1 no Bra­
M e desculpe se fa lei demais.
forma bilhão) tem em Portu­ sil representa “mil m ilhões”.
gal o valor de “um m ilhão de
A próclise aparece: O português do Brasil prefe-
m ilhões”.
a) No futuro e no co n d id o - re a próclise nas orações
nal: absolutas, principais e coor-
Veri»o Eu me calarei. denadas não iniciadas por
E u me calaria. palavra qu e exija ou aconse-
A lternância vocálica (dife­ A lternância vocálica (dife-l»-
b) Nas orações com palavra lhe tal colocação:
renças de tim bre na vogal do renças de tim bre na vogal do
negativa quando entre ela e E u me sento na rede.
radical conform e n ele recaia radicaI conform e nele recaia
o verbo não h á pausa: A p rim a lhe enviou um livro.
ou não o acento tónico) que ou nao Q acen£o tónico)
Nâo lhes dizia eu?
aparece no presente do indi­
aparece no presente do indi- ► c) Nas orações iniciadas com Próclise ao verbo principal
cativo, no presente do con­ cativo, no presente do con­
pronom es e advérbios inte- nas locuções verbais:
juntivo e no im perativo (afir- jumivo ee nQ imperativo (afir_
no impera rrogativos: Outro teria se metido no
mativo e negativo). mativo e negativo). Q uem me p ro cu ra a estas meio do povo.
horas? Tudo ia se escurecendo.
Advérbio P o r que te assustaste?
d) Nas orações iniciadas p o r Pode-se até juntar o prono-
► A Nomenclatura Gram atical A Nomenclatura G ram atical' palavras exclamativas, bem m e ao participio proclitica-
Portuguesa distingue: Brasileira distingue unica- com o nas orações qu e expri- mente:
a) Adv. d e afirmação: sim, m ente a, b, c, d, e, f g. mem desejo (optativas): Aqueles haviam-se
bastante... i e j foram incluídos pela Q u e Deus te abençoe! corrompido.
b) Adv. de dúvida: acaso, N.G.B. num grupo à parte, ^ e) Nas orações subordinadas:
talvez... inom inado, em razão d e não Prefiro que me desdenhem, P ode-se p ô r o p ro n o m e
c) Adv. d e intensidade: apresentarem as característi- que me torturem, a que me depois dos futuros (do pre-
mais, menos, muito, cas norm ais dos advérbios, deixem só. sente e do pretérito):
pouco... quais sejam as de modificar o ► f) Com o gerúndio regido da Poderá se reduzir.
d) Adv. de lugar: abaixo, verbo, o adjectivo ou outro preposição em: Poderia se reduzir.
acima, adiante... advérbio. Em a não vendo...
e) Adv. de m odo: assim,
bem, depressa... Nas locuções verbais em que
f) Adv. de negação: não... o verbo principal está no
g) Adv. de tem po: agora, infinitivo o u n o gerúndio
am anhã, antes... p ode dar-se:
h) Adv. de ordem: depois, a) Sempre a ênclise ao infini­
prim eiram ente, ultim a­ tivo ou ao gerúndio:
mente...
O roupeiro veio
i) Adv. de exclusão e interromper-me.

d u z e n to s e quatro
Ia desenrolando-se a paisa­ tratam ento tu e, p o r conse- voce, que se constrói com o
gem. quência, da flexão corres- verbo na 3a pessoa do singu-
► b) A próclise ao verbo auxi­ pondente a esta pessoa no lar (pessoa desprovida de
liar, q uando ocorrem as con­ infinitivo pessoal. desinência, ou melhor, com
dições exigidas para a ante desinência zero), daí decorre
posição do pronom e a um só a identificação desta forma
verbo (vid. supra; a, b, ç, d, do infinitivo pessoal com a
e, f ); cio impessoal.
Não se pode calcular!
Q ue mal me havia de fazer?
Como se vinha trabalhando Concordancia verbal
mal!
Q sufrágio que me vai d ar Na concordância verbal com Na linguagem corrente do
será p a ra mim uma consa­ mais de um sujeito, o verbo Brasil evitam-se as formas do
gração. vai para a 2a pessoa do p lu­ sujeito com posto qu e levam
► c) A ênclise ao verbo auxiliar ral, se, não existindo sujeitoo verbo à 2a pessoa do p lu­
q uando não se verificam as
da I a pessoa, houver um da ral, em virtude do desuso do
condições que aconselham a
próclise; 2a: tratam ento vós e, também,
Vão-me buscar, sem mastros Tu ou os teus filhos vereis a da substituição do tratam en­
e sem velas. revolução dos espíritos e dos to tu por você, na maior
costumes. parte do país.

yerbo Reéêneía verbal

O verbo ASSISTIR é intransi- Na linguagem coloquial bra-


► VERBOS IRREGULARES: A Nomenclatura Gramatical
tivo no sentido de “estar pre- sileira, o verbo constrói-se,
A Nomenclatura Gramatical Brasileira distingue VERBOS
sente”, “presenciar”. Com tal em tal acepção, de preferên-
Portuguesa não faz nenhum a IRREGULARES de VERBOS
significado, o objecto indi- cia com objecto directo:
distinção dentro dos VER­ ANOMALOS, aplicando a
recto deve ser encabeçado —- Trata-se de um film e que
BOS IRREGULARES. última denom inação a ver­
pela preposição a, e, se for eu assistia.
bos com o estar, haver, ser,
expresso por pronom e de 3*
ter, ir, vir e por, cujas pro­
pessoa, exigirá a forma a
fundas irregularidades não se
ele(s) ou a ela(s) e não
enquadram em classificação
lhe(s):
alguma.
Assisti a algumas touradas.
Não é propósito nosso des­
► A co nstrução estar (ou É preferida no Brasil a cons­
crevermos um a corrida de
andar) + preposição a + infi­ trução estar (ou andar) +
touros. Todos têm assistido a
nitivo: G erundio
elas e sabem de memória o
A n d o a ler os clássicos A ndo lendo os clássicos.
que o espectáculo oferece de
[Aparece, um a vez po r outra, [Tem ainda alguma vitalidade
notável.
na pena de escritores brasi­ em dialectos centro-meridio-
leiros]. nais de Portugal (p rin cip al-^
O verbo CHAMAR no sentido Construção predom inante na
m ente no A lentejo e no
de “qualificar”, “ap e lid a r”, linguagem coloquial brasilei-
Algarve)],
“dar nome" p ode construir-se ra e tende a sê-lo tam bém na
com objecto directo + predi- expressão literária modernis-
► Ter/H aver (usados com o No português do Brasil, na
cativo (precedido da prepo- ta.
impessoais); linguagem coloquial é
sição de):
No p o rtuguês e u ro p e u o corrente o uso do verbo ter
Cham aram -me de
em prego do verbo ter como com o verbo impessoal, como
mentiroso.
im pessoal não é possível, tam bém acontece nos países
[Construção d esu sad a em
usando-se o verbo haver: africanos de língua oficial
Portugal e condenada pelos
H oje há um a festa portuguesa.
puristas].
em casa do Pedro, H oje tem um a festa
em casa do Pedro. w
O v erb o ESQUECER, na É frequente no colóquio diá­
acepção de “olvidar”, “sair dario brasileiro uma construção
► A Nomenclatura Gram atical A Nomenclatura Gram atical
lem brança”, constrói-se: resultante do cruzam ento das
Portuguesa utiliza a denorni- Brasileira utiliza a desig­
a) Com objecto directo: duas p ortuguesas, sem o
nação de m odo condicional nação de futuro do pretérito
Esqueceu os deveres pronom e reflexivo, mas com
para as formas: (simples e com posto) para as
religiosos. o objecto introduzido pela
cantaria / teria cantado, formas:
b) Com objecto indirecto preposição de:
beberia / teria bebido, cantaria / teria cantado,
introduzido pela preposição Esqueceu dos deveres
u niria / teria unido, beberia / teria bebido,
de: religiosos.
uniria / teria unido.
Esqueceu-se dos deveres Paralelam ente a esta cons­
religiosos. trução aparece na linguagem
► A N.G.P. utiliza a denorni- A N.G.B. utiliza a denom i­
coloquial brasileira lembrar
nação de conjuntivo. nação de subjuntivo. ,
O verbo LEMBRAR, com o de (alguém ou alguma
sentido de “vir à m em ória”, coisa):
► Infinitivo flexionado: uso Infinitivo flexionado: m enor
q uando o objecto indirecto Lembrava do negro velho
mais frequente pela m aior vitalidade no Brasil por pre-
vem ex p resso p o r um a M acãrio que fo ra
vitalidade em Portugal do dom inar o tratam ento íntimo

d u zen to s e c in c o 2 0 5
oração desenvolvida p o d e escravo do capitão Tomãs. En contrei ela.
faltar a preposição de: Com alguns verbos, o prono­
Lembro-me do acontecim en- Esta om issão da preposição me pessoal forma de com ­
to. de é m enos usada no Brasil, plem ento directo (o, a, os,
Lembro-me que certa vez onde o seu em prego se cir- as) é tam bém substituído
ju n te i um a p orção de assun- cunscreve à linguagem tor­ pelo pronom e pessoal com-
tos médicos sobre o assunto, mal: No português europeu usa- p lem ento indirecto (lhe,
O filme jã não me lembra. se: lhes):
E u vi-o. E u lhe vi.
Preposição No português europeu este No português do Brasil é
► Até + Prep, a + (art. + subst,): No Brasil há um a sensível uso não é possível, sendo o muito frequente o uso do
I r até ao Porto. preferência pela construção p ro n o m e p esso al com ple­ p ro n o m e pessoal com ple­
da preposição directamente m ento indirecto substituído m ento indirecto com o sujeito
ligada ao term o regido: pelo pronom e pessoal sujei­ do verbo no infinitivo:
' I r até o Porto. to: Isso não é trabalho p a ra
► Emprego da prep. em em No português do Brasil é Isso não é trabalho pa ra mim fazer.
vez de a: usada a preposição em com eu fazer.
No português europeu usa- alguns verbos locativos está­
-se a preposição a: ticos e de movimento: 1 Pronominalização do sujeito No português do Brasil é fre-
O João estã ã ja n ela . O João está na janela. topícalizado: no português quente:
O João fo i ao cinema. O João fo i no cinema. europeu não é frequente. A Maria, ela gosta de flores.
i *
Orações Pronom es possessivos: no No português do Brasil é
português europeu o em pre- possível em pregar os posses­
subordinadas adjectivas go do possessivo sem artigo sivos sem artigos, em qual-
As orações adjectivas reduzi- No p o rtuguês do Brasil n âo se verifica, com q u er posição na frase:
das de infinitivo são mais fre- em pregam -se de preferência excepção de grupos nomi- M eu pai, m inha casa, meu
quentes no português euro­ as adjectivas reduzidas de nais vocativos e predicativos: carro, etc.
peu: gerúndio: O meu p a i f o i ã rua.
Ao chegar ã rua, arrepen­ Chegando à rua, arrepen­ Mas
di-me de ter saído. di-me de ter saído. M eu querido.
Viu um grupo de homens a Viu um grupo de homens Este rapaz é meu irmão.
conversar. conversando.

O em prego do gerúndio com Esta construção continua


léx íeo
valor de oração adjectiva ainda hoje no português do Pois não: No português euro- No português do Brasil a
*quando o gerúndio expressa Brasil: peu esta locução usa-se com locução pois não usa-se com
a ideia de actividade actual e Vi um m enino cantando. um valor de confirm ação de um valor de confirm ação de
passageira) vigorou na língua um a perg u n ta na form a um a pergunta na forma afir-
até com eçôs do século XVIII: negativa: mativa:
Vi um m enino cantando. — O jo ã o não vai â p ra ia ? — Pode dar-me uma infor-
Utilizando-se hoje: — Pois não. mação?
Vi um m enino que cantava. Palavras diferentes para a — Pois não.
designação de alguns objec- Palavras diferentes para a
Orações interrogativas tos e noções: designação de alguns objec­
tos e noções:
É que cm interrogativas par­ No português do Brasil é Comboio trem
ciais: no português europeu facultativo o em prego de é autocarro ônibus
o uso de é que é obrigatório, que nas perguntas sem eléctrico bonde
sem inversão sujeito/verbo e inversão sujeito/verbo: hospedeira aeromoça
facultativo com inversão O nde o Pedro mora? corta-papel espátula
sujeito/verbo: O nde é que o Pedro mora? ■ fato terno
Onde (é que) estã o Pedro? seis meia
Onde é que o Pedro mora? virar tornar-se
que é de / onde é que estã cadê
d izer que fa la r que, etc.
Formas nom inais Algumas destas palavras
Formas nom inais antecedi- As Formas nominais antece­ entraram tam bém no portu­
das de artigo em vez de for- dídas de artigo em vez de guês europeu. Vocabulário de origem tupi
mas pronom inais ou prono- formas pronom inais ou pro- no português do Brasil (flora,
minalizadas de tratamento: nominalizadas de tratam ento fauna toponím ia): capim,
O M an u el já leu este livro têm um uso muito raro no moqueca, m aracujá, abaca­
O p a i jã leu este livro. Brasil. xi, mandioca, caju, piranha,
A mãe jã leu este livro. carioca, etc.
O m enino jã leu este livro.
Línguas africanas no portu­
Pronom es guês do Brasil: as duas lín­
guas africanas que tiveram
► Uso dos pronom es o, a, os, No português do Brasil é um papel mais destacado no
as como objecto directo: m uito frequente o uso do português do Brasil foram o
Encontrei-a. p ronom e ele, ela, você ioruba (falado actualm ente
com o objecto directo, em na Nigéria) e o quinbundo
substituição da forma o: (falado em Angola).

d u zen to s e se is
Soluções dos exercícios e actividades
Transcrição de textos
lerem, consultarem.

5.- S o lu çõ es o rie n ta tiv a s: 1. Se não vier um médico, as pessoas terão de


recorrer aos da povoação espanhola mais próxima; 2. Caso não consi­
ga uma das entradas que ofertamos não desespere. Ainda temos m ui­
tas outras ofertas; 3. Não é possível observarmos muitas estrelas a olho
nu, nem com telescópios modestos; 4. Um casal de velhotes curtidos
pelo sol conversava aos berros, como se os anos não tivessem dado
cabo da conversa; 5. Se houvesse problemas com os ordenados, os sin­
dicatos não deixariam de se pronunciar; 6. O que eu tenho dito, e repi­
to, é que tal como as coisas têm sido conduzidas, mais tarde ou mais
cedo a privatização vai ser inevitável; 7. Q uando lhe apresentaram
Maria da Graça foi como se um alfinete dirigido por um a bruxa se
espetasse no pano dos sentimentos.

7.- D IÁ L O G O :
Pedro: Ó Luís, m uda de canal. Há mais de um a hora
que estamos a ver o jogo de ténis. Sofia, não
queres ver um filme?
Sofia: Pode ser. É convosco.
TEXTO: Q uando me levantei naquela m anhã de trinta
de Março de 19%, fi-lo com a natural alegria de Luís: Pronto. Já vou m udar de canal. O que querem ver?
quem parte para umas férias de sonho; estava em Pedro: Dá um filme do Drácula no canal 1. Queres ver, Sofia?
Havana (Cuba) e ia voar para Cayo Coco, com escala ^ Sofia: Não, por favor. Se vir um filme desses demoro muito a adorme­
em Varadero), onde me esperava uma praia paradisíaca. O nosso cer e acordo frequentemente em sobressalto. O último que vi, há
pequeno grupo de portugueses (todos amigos), era constituído por dez dois anos, foi no cinema. Uns amigos convidaram-me e eu fui,
pessoas, núm ero que desde logo tom ou conta de m etade dos lugares
sem saber muito bem qual era o filme. Nem imaginam o que me
do bim otor Focker, sendo a outra m etade preenchida por espanhóis,
italianos e suíços. Q uando o avião com o registo 1129 levantou, ini­ aconteceu. Tive medo de me deitar e antes de o fazer olhei várias
ciou-se um dos mais angustiantes capítulos na vida de cada um dos vezes debaixo da cama. Depois tapei a cabeça com o lençol e
seus ocupantes. fiquei quietinha, sem mexer um músculo, receando que uma
As 10h30 voávamos sobre as densas m atas cubanas quando de repen­ mão viesse destapar-me e agarrar-me pelo pescoço. De vez em
te se ouviu um enorme estrondo, ao mesmo tempo que o avião empi­
quando espreitava o quarto, m as só via sombras por todo o lado
nava, guinando depois com violência para bombordo e perdendo altu­
ra. Enquanto isto, os ruídos que se passaram a ouvir eram e ouvia barulhos esquisitos. Então voltava a tapar-me com o
assustadores; os motores ou um m otor (ainda não sabíamos ao certo o lençol e a ficar quieta. Creio que ainda pensei em voltar a esprei­
que se tinha passado) pareciam esganados, à beira de rebentar por tar debaixo da cama, não fosse a estar lá escondido algum
excesso de esforço. De entre os passageiros lembro-me de alguém ter daqueles assassinos monstruosos, mas já não tinha valor. A meio
perguntado, em sobressalto —"o que foi isto!?”—, ao que o mais jovem da noite dei um grito e o meu pai levantou-se sobressaltado e foi
do grupo respondeu na sua inocência dos dez anos: "Foi o m otor do
junto de mim para saber o que se tinha passado. Eu tremia imen­
lado direito que rebentou! Está parado e sai um a coisa preta!" Ficámos
petrificados, inclusive a hospedeira, que acabaria por se ir sentar, lívi­ so e até tinha falta de ar. Foi horrível.
da de medo, num dos assentos da cauda! Pedro: Eu também tive um pesadelo desses depois de ter visto um pro­
Entretanto, víamos através da porta aberta da cabina o piloto a deba­ grama sobre a guerra em África. O documentário era muito
ter-se com os comandos, tentando equilibrar o aparelho com apenas bom, mas apenas recomendado para adultos. Como eu tinha
um m otor a funcionar, ora dando potência, ora diminuindo. dado essa matéria na escola tive curiosidade e quis ver. Senti-me
A pouco e pouco o avião ia fazendo um a pronunciada curva, dando­
também muito mal e a meio da noite acordei a ouvir tiros e gri­
-me de início a impressão de que se dirigia para o mar, na tentativa de
aí conseguir um a am aragem de emergência. Instintivamente levei a tos com o m eu pai a perguntar-m e o que se estava a passar. Pare­
mão até debaixo do m eu assento à procura do colete de salvação, coisa ce que eu falava alto e que dizia frases sem sentido, como "Eles
que não encontrei, talvez devido ao nervosismo. Desisti da procura estão aí!", "Vão-se embora!", "Deixem-me!"...
quando me apercebi que voltávamos para trás, para Varadero. Chega­ Luís: Sempre foste muito medroso!
ríamos lá?
Pedro: Nem me quero lem brar dessa noite. Até parecia que estava
A bordo trocavam-se olhares de impotência, de aflição, e nem um sus­
mesmo no meio da floresta e que eu estava a ser atacado por
piro se ouvia, a não ser a constante "informação", sempre actualizada,
sobre o estado do motor fornecida pelo nosso pequeno amigo. Com os dezenas de inimigos.. O medo era tanto que eu até sentia palpi­
olhos quase colados ao vidro da janela e sob o efeito de um a enorme tações.
angústia, que se arrastou ainda por mais um a meia hora, vi finalmen­ Sofia: Tu nunca tiveste medo, Luís? Não acredito.
te aproximar-se a pista e os carros de bombeiros a correr ao longo dela, Luís: Só um a vez, que me lembre.
sem entretanto me aperceber de que o perigo ainda estava presente, já Sofia: Quando?
que aterrávam os a favor do vento...
Luís: N um acampamento, há vários anos. Ao fim do dia havia algu­
Q uando o avião se imobilizou no solo, lancei um último olhar para a
cabina de onde então vi sair o piloto com a camisa totalmente enchar­ mas nuvens negras e o vento soprava, embora nada fizesse pre­
cada de suor. "Conseguimos!", disse-me ele com um enorme sorriso de ver a borrasca que se abateu sobre nós durante a noite. A chuva
alívio. caía com tanta intensidade e o vento soprava com tal força que
José Manuel Moroso, Excerto de Na rota do Medo. tive a plena sensação de que algo horrível estava prestes a acon­
Rev. Expresso, 27 de Fevereiro de 1999.
tecer. Senti um a enorme insegurança e incapacidade para fazer
S o lu çõ es: 1. Porque o avião se avariou e até aterrar não tinham a cer­ fosse o que fosse. Tive falta de ar, apesar do vento intenso, pal­
teza de se salvarem; 2. Serena, calma, tranquila; 3. Debatia-se com os pitações e até estava atordoado, com tonturas e taquicardia. Ima­
comandos tentando equilibrar o aparelho. Quando chegou, tinha a ginava a possibilidade de um a cheia repentina, como já tem
camisa totalmente encharcada de suor; 4. O colete de salvação; 5. "A
acontecido algum as vezes, ou que o forte vento pudesse arran­
bordo trocavam-se olhares de impotência, de aflição, e nem um suspi­
ro se ouvia..."; 6 . Alívio, contentamento... car as tendas. Confesso que até tive medo de morrer, um verda­
deiro terror.
1. sei; 2. pensa; 3. for; 4. sobe; 5. forem.
Sofia: Que horror! Não digas mais. E como tudo acabou?
1. for, escolher; 2. tomar-se-á, poderá; 3. puder; 4. estaria, estão; 5. Luís: As tendas que estavam bem presas foram destruídas e as que

d u zen to s e se te 2. 0 7
estavam mal presas, voaram. No dia seguinte tudo tinha passa­ descobridor; 7. editora; 8 . corista ou coralista; 9. compositor; 10. histo­
do, mas o campo mostrava bem o vestígio da devastação e da riadora.
destruição.
17.- 1. Nome que segue o do baptismo; 2. Que está da banda de cá dos
Alpes; 3. Intervalo que separa dois actos de uma representação dram á­
Soluções: tica; 4. Excessivamente liberal; 5. Homem cujas qualidades estão muito
Sensações e percepções que provocam o medo: SOFIA: ver sombras, acima das dos outros homens; 6 . Que não tem origem oficial; estranho
ouvir barulhos esquisitos; PEDRO: ouvir tiros e gritos; LUÍS: insegu­ a negócios oficiais; 7. Colocar contra ou defronte de; 8. Funcionário
rança, incapacidade de fazer qualquer coisa; imediato ao chefe ou substituto dele; 9. Palavra que anteposta a outra,
Reacções físicas: SOFIA: dem orar a adormecer, acordar em sobressal­ fica sujeita à acentuação desta; 10. Conjunto de invólucros de uma
to, gritar, tremer, ter falta de ar; PEDRO: ter pesadelos, sentir-se mal, semente ou fruto; 11. Abaixamento anormal da tensão sanguínea; 12.
falar alto de noite, dizer frases sem sentido, sentir palpitações; LUÍS: Situado acima dos rins; 13. Setentrional; relativo ao norte; 14. M embra­
falta de ar, palpitações, atordoado, com tonturas, taquicardia. na interior do fruto, em contacto com a semente; 15. Conclusão em que
Causas imaginarias do medo: SOFIA: imaginar alguém debaixo da se recapitula o que se disse; 16. Voar por cima de; 17. Pôr de permeio;
cama; PEDRO: julgar que estava no meio da floresta a ser atacado por 18. Grande, excessivo; aquilo que excede a despesa ordinária; 19. Que
dezenas de inimigos; LUÍS: a possibilidade de uma cheia ou de a tenda está nas margens de um rio; 20. Que está para além do vermelho.
ser arrancada pelo vento.
Causas reais do medo: SOFIA: filmes de terror; PEDRO: programas 18.- 1. hebraico; 2. terrestre; 3. manuelino; 4. tecnológico; 5. juvenil; 6 . vita­
sobre guerra; LUÍS: tempestade (nuvens negras, vento forte e chuva lício; 7. educativo; 8 . mercantil; 9. simbólico; 10. porcino; 11. lisonjeiro;
intensa). 12. calcário; 13. temporário; 14. qualificativo; 15. estratégico.

10-- 1. Transformou-se em pequenos flocos brancos, de manchas irregulares


e de longos e encurvados veios que lhe davam uma aparência quase U n id a d e 2
marmórea; 2. Cresceram, tocaram-se, confundiram-se, acabando por
tingir uniformemente toda a extensão do firmamento; 3. Começaram a
erguer-se do sul e caminharam impetuosas no espaço, de encontro cãs
serras; 4. Havia um denso véu de nevoeiro; 5. Estava aflito, preocupa­
do, receoso; 6 . Porque, apesar de ser um montanhês, estava com medo
da tormenta que parecia iminente; 7. Cristina estava muito assustada e
rezava; Madalena também estava inquieta mas sorria para animar
Cristina.

11.- NOMES: cerração, rumores, tempestade, chumbo...; ADJECTIVOS:


im petuosidade, grossas, térrea, sinistra...; VERBOS: gemiam, aum en­
tou... Ps*
1 2 .-TEXTO:
Não se ouvia nada, nem música, nem relato de fute­
bol. Tive de desligar o aparelho -isto cerca das 9 horas locais. Repenti­
nam ente senti um "zumbido". Saí para fora do paiol vendo um "veí­
culo", do lado esquerdo do posto onde me encontrava; era um objecto
estranho a aproximar-se do paiol. Regressei ao paiol e chamei a
atenção, por telefone, aos meus superiores comunicando que o estra­ 1. A emergência de outros grupos sociais para além do operariado; 2.
nho objecto estava a aproximar-se daquele local. Saí do paiol para con­ No Censo de 1991; 3. Porque em 1999 havia um milhão e meio de ope­
firmar a observação. Então uma enorme claridade entrou pela janela rários activos, com forte peso do operariado fabril e da construção civil;
dentro; claridade essa que era muito forte, de um a luz clara e pedi que 4. A queda do Antigo regime; 5. Porque 55% dos patrões eram donos
viessem quanto antes para cima e tornei a desligar o telefone. Saí nova­ de empresas do sector terciário em 1991; 6 . A diminuição drástica do
mente e vi aquela enorme claridade. Q uando olhei para o lado esquer­ campesinato independente, que perdeu, entre 1981 e 1991 mais de 40%
do, é que vi que aquele projector estava parado sobre o posto de de trabalhadores; 7. O crescimento dos "isolados"não agrícolas; 8 .
munições à face do paiol. Entrei novamente e fui buscar uma lanterna. 12,5% da população activa; 9. Não, porque os licenciados desem prega­
Q uando cheguei ao exterior, vi que aquela claridade incidia directa­ dos ascendiam a 25 mil em 1999.
mente sobre os paióis. Aquela lum inosidade saía de um veículo oval,
de aspecto metálico, que culminava num a torre de vidro, com uma D IA LO G O :
pequena balaustrada a que se encostavam dois seres. Este objecto devia 1.uís: Avô, logo à noite vam os à feira d e S. M ateus?
de ter aí uns 6 metros de comprimento e 3 de altura e não era nem Avô: Estou cansado, não me apetece. A procissão
avião, balão ou helicóptero. No meio daquela lum inosidade vi quatro durou muito tempo e os meus oitenta e um anos não perdoam.
homens: dois dentro e dois fora. Os que estavam dentro mexiam-se Além disso a feira já não é o que era.
bem, como que estando à secretária a tratar de qualquer cois^. Os que Luís: Pois não. Agora é muito mais divertida e tem muitas atracções.
estavam do lado de fora, encontravam-se ao pé de um a espécie de Avô: Dizes isso porque não conheceste a feira no m eu tempo de
corrimão. Se quisessem, podiam passar por cima do corrimão e saltar jovem. Isso sim, é que era divertimento. Durante seis meses as
para o paiol. Não Vi as caras. Quando me aproximei mais, à face do pessoas preparavam a festa e nos outros seis meses fazia-se o
paiol, senti um zum bido exactamente como se fosse um enxame de balanço do que tinham sido as festividades. Vinham os carros
abelhas; projectei a lanterna mas não vi nada, nem letras nem nada de parelhas de todas as freguesias, decorados a preceito e havia
naquilo. Apenas vi que os homens tinham um a viseira com um pouco um grande arraial com baile e comes e bebes toda a noite. A ani­
de vidro e que a cor do fato era um a cor de chumbo. Assim que acen­ mação musical era feita essencialmente pelas bandas de m úsi­
di o foco para eles aquilo moveu-se muito rapidam ente, tendo emitido ca, com especial destaque para as da GNR e da Marinha, de que
na minha direcção uma projecção de luz tão forte, que tive de tapar a todos gostávamos muito. As pessoas sentavam-se à roda do
cara. Logo a seguir senti um a coisa estranha, como que um a poeira. Caí coreto a ouvir a música e ali permaneciam até que o concerto
e não me recordo de mais nada. acabava. De Espanha também vinham enormes ranchos de
J. Garrido/CEAFI. romeiros que anim avam a festa com os seus cantares, acom­
panhados por pandeiretas e castanholas. Hoje os altifalantes
S oluções: 1. Por volta das 9 horas; 2. Vinha de um "veículo", do lado não deixam que ninguém se faça ouvir; naquele tempo ouviam ­
esquerdo do posto onde ele se encontrava; 3. Regressou ao paiol e cha­ -se as actuações dos corais e das bandas com muita atenção.
mou a atenção aos seus superiores, comunicando que o objecto se apro­ Luís: E no tem po do pai também era assim?
ximava; 4. Verificou que um a grandecíssima claridade entrou pela Pai: Não. O m eu tempo já se parece mais com o actual, embora a
janela dentro; 5. Saía de um veículo oval, de aspecto metálico, que cul­ grande diferença seja a quantidade das atracções e a duração da
minava num a torre de vidro; 6. Devia ter uns 6 metros de comprimen­ própria feira. Este ano, por exemplo, são dez dias.
to e 3 de altura e não era nem avião, balão ou helicóptero; 7. Permitiu Luís: Não me digam que os carros de choque, a m ontanha russa e o
ver quatro homens: dois dentro e dois fora; 8 . Sentiu um zumbido comboio fantasma não são o máximo! Só isso vale toda a feira!
como se fosse um enxame de abelhas; 9. Que os homens tinham uma Mas se o avô quisesse, íamos de carro até ao recinto, dávamos
viseira com um pouco de vidro e que a cor do fato era uma cor de uma volta e quando estivesse cansado eu trazia-o.
chumbo. Avô: Só gostava de lá ir por uma coisa: o fogo preso. O pirotécnico é
lá dos meus sítios, na Beira, e eu aprecio muito o trabalho dele.
14.- lg; 2e; 3h; 4b; 5i; 6a; 7j; 8d; 9f;10c. Luís: Então, pronto. Vamos embora.
Avô: Mas há um problema. O fogo preso só começa lá para a um a da
15.- 1. carruagens, cavalos; 2. animais aquáticos e plantas; 3. animais e plan­
m anhã e eu não aguento de pé até essa hora.
tas; 4. porcos; 5. bengalas; 6 . palha; 7. peixes, aves...; 8 . palitos; 9.
Pai: Isso também se resolve. Damos um a volta e quando estiver
crianças; 10 . barcos, navios.
cansado ou fica no Santuário ou vai para o carro até à hora do
16.- 1. antiquária; 2. violinista; 3. electricista; 4. patinadora; 5. director; 6. fogo preso.

208 d u zen to s e o ito


Avô: Está bem. Assim podem os ir.

SOLU ÇÕES: 1. Porque estava cansado e não lhe apetecia; 2. É muito


W U n id a d e 3 4 f
divertida e tem m uitas atracções; 3. Vinham carros de parelhas
de todas as freguesias e havia um grande arraial com baile e
comes e bebes toda a noite; 4. Irem de carro até ao recinto da
feira para verem o fogo de artifício; 5. O fogo preso começava
tarde - por volta da uma da m anhã; 6. Quando estiver cansado
ir para o Santuário ou para o carro.
4.- 1. A de um a enorme cidade com todos os seus vastos órgãos funcio­
nando poderosamente; 2. Sentia-se frágil, só e perdido; 3. Mal. Do seu
ponto de vista, a intelectualidade, nos campos, esteriliza-se, restando a
bestialidade; 4. A nutritiva e a procriadora; 5. Desconfiança e terror.

6 .- TEXTO: Segundo a Organização das Nações Unidas . T- ..


(ONU), prevê-se que no ano 2 100 a Terra tenha , '
cerca de 15.000 milhões de habitantes, dos quais 80% ^
viverão nas grandes cidades, facto que m udará consi­
deravelm ente o aspecto das nossas urbes. Uma das opções será a cons­
trução de gigantescos edifícios capazes de albergar milhares de pesso­
as.
As casas do século XXI combinarão materiais ecológicos com sistemas 1- 1. Porque lhe exigiu sem poupar; quando dorm ia tinha pesadelos;
da mais alta tecnologia. Além disso, permitirão poupar até cerca de mesmo doente, submetendo-o à sua vontade, im punha-lhe a vida nos
70% de energia. Existirão sofás capazes de recordarem a morfologia de m omentos críticos, não o poupando a trabalhos árduos, aflições e
quem neles se sente, adaptando a forma ao utilizador do momento. dores; 2. Porque reconhece que foi o maior amigo que teve, o mais leal
Os com putadores serão substituídos por uma superfície interactiva, e o mais complacente com os seus defeitos.
integrada na mesa de trabalho, que disporá, para além dos ícones de
controlo, de videotelefone, câmara, impressora, altifalante e de uma 2- 1. V antagens: A im petuosidade é substituída pela qualidade, surgin­
caneta inteligente. Será possível variar a configuração da casa, o que do também a m aturidade. / D esv an tag en s: diminuição da visão, uso
possibilitará o aum ento ou diminuição do núcleo de divisões. de óculos, rugas, flacidez, perda de memória; 2. Porque a esperança de
As paredes e o chão poderão m udar de cor premindo um botão. Isso vida aumentou dez anos de 1950 para cá; 3. 71 anos para os hom ens e
será possível mediante tecnologias de plásticos emissores de luz. 78 para as mulheres; 4. Porque é preciso perder peso, evitar os enfartes
A técnica do reconhecimento da íris permitirá que o com putador cen­ de miocárdio e cuidar da imagem; 5. A estabilidade económica.
tral identifique quem toca à campainha, sem que seja necessário esprei­
4 - D IÁ LO G O :
tar pelo orifício da porta.
Luís: Pai, am anhã de m anhã quer vir jogar um a partida de
Haverá robôs mordomos ligados a um com putador central que se
ténis?
encarregarão da manutenção e limpeza da casa.
Pai: A que horas?
Os quadros poderão ser substituídos por painéis de alta resolução. A
Luís: Por mim pode ser às 10 horas.
imagem visível será alterada com o prem ir de um interruptor.
Pai: Está bem, mas só um set, que eu não aguento mais.Canso-me e a
Haverá televisores holográficos com os quais será possível ver imagens
a três dimensões. artrite do m eu braço também não deixa.
Luís: Como é que o pai foi desportista e agora se cansa tão rapidamente?
A livraria será o centro nevrálgico de um sistema que filtrará toda a
Pai: São os quarenta e tal, filho. Agora não entendes isso, mas quando
informação proveniente do exterior. Terá ligação à Internet, que perm i­
tirá copiar os textos e as imagens para livros electrónicos. tiveres a minha idade vais ver como é. Pergunta ao teu avô se não é
assim.
Quo, nQ49, Outubro, 1999.
Avô: E verdade, filho. Até aos quarenta vai tudo bem. Mas a partir daí
começamos a engordar, a ficar mais sedentários e a aparecer algumas
SOLU ÇÕES: 1. A combinação de materiais ecológicos com sistemas
mazelas. A primeira vez que senti vestígios de reumático tinha 43
da mais alta tecnologia permitirá poupar até cerca de 70% de
anos.
energia; 2. Os sofás serão capazes de recordar de quem neles se
Luís: Mas o avô nunca foi desportista e o meu pai foi. Por isso é que me
sente, adaptando a forma ao utilizador do momento; 3. Porque
admiro tanto.
será possível variar a configuração da casa; 4. As cores das
Avô: Nunca fui desportista mas sempre gostei de andar muito. A vida não
paredes e do chão poderão m udar prem indo um botão, graças
permitia que dedicássemos tempo a outras actividades. Trabalháva­
a tecnologias de plásticos emissores de luz; 5. Não será neces­
mos nas propriedades de m anhã à noite - era assim a agricultura - , e
sário espreitar pela janelinha da porta porque a técnica do reco­
algum tempo livre que tínhamos era para conversar e beber um copo.
nhecimento da íris permitirá que o com putador central identi­
Lembro-me perfeitamente de ter feito quarenta anos e de os termos
fique quem toca à campainha; 6 . A limpeza da casa será feita
festejado. As pessoas mais velhas davam-me os parabéns, mas diziam
por robôs mordomos; 7. Os televisores serão holográficos e será
que a partir dessa altura iam começar a aparecer algumas mazelas.
possível ver imagens a três dimensões; 8 . A informação prove­
Eu, francamente, achava-me ainda muito vigoroso e não acreditei,
niente do exterior será filtrada por um sistema cujo centro
nevrálgico estará na livraria. mas passados três anos convenci-me que era mesmo verdade.
Luís: Mas eu não estou convencido, avô. Primeiro porque não vou deixar
10.- ld ; 2f; 3a; 4b; 5c; 6e. de jogar ténis, e depois porque acredito que as minhas tendências
vegetarianas também hão-de ajudar.
11.- ld ; 2f; 3h; 4a; 5b; 6j; 7i; 8g; 9c; 10e.
SOLU ÇÕES: 1. A condição é fazer apenas um set e a razão é porque
1 2 .- 1. amolador; 2. maldizente; 3. encaminhar; 4. desvairar; 5. ingénuo; 6 . se cansa e tem artrite num braço; 2 . O facto de ter quarenta e tal anos;
brincalhão; 7. severo; 8 . outrem; 9. devoção; 10. despejar. 3. Engordar, sedentarização e algumas mazelas; 4. Era agricultor e tra­
13— 1. Os jogadores hoje competem até com eles próprios, para além de o balhava nas sua propriedades; 5. Continuar a jogar ténis e ter tendên­
cia vegetariana.
fazerem com os outros, e por isso é natural que haja uma ou outra joga­
da mais violenta; 2. Convém lembrarmos que actualmente a esmaga­ 5- 1. duradouro; 2 aptidão; 3. desaprovar; 4. honesto; 5. desagrado; 6 .
dora maioria dos historiadores católicos aceita que houve um erro de dócil; 7. temeroso; 8 . religioso; 9. sujo; 10. desanuviado.
quatro anos na datação do nascimento de Jesus; 3. Não é possível
adiarmos por mais tem po a adopção de m edidas de combate ao caos 6- 1. sujaram; 2. acende; 3. insossa; 4. largos; 5. esqueci-me; 6 . preguiçosa;
em que mergulhou a Justiça; 4. O que é necessário para nos sentirmos 7. aberta; 8 . cima; 9. reprovado; 10. recusar.
bem é ar livre, um jardim e a água perto; 5. Se o resultado que atingir
8 — 1. Apesar de o Aquário Vasco da Gama ser m uito caro, merece ser visi­
for do agrado do atleta e do seu treinador, é natural que o Paulo come­
tado; 2. Nos prédios, os habitantes dos andares mais altos têm melho­
ce a apostar mais a sério na corrida de fundo - «sem nunca deixar o
res vistas. No entanto a água não chega às torneiras acima do quarto ou
corta-mato», avisa; 6 . N enhum a das mensagens que enviarem sofrerá
quinto andar; 3. Embora o avô saiba várias línguas e tenha um a cultu­
qualquer tipo de censura, m as é preciso ter em conta que nenhuma
delas deve exceder quatro folhas A4. ra esmerada, nada disso interessa ao neto de 14 anos; 4. A rapariga
tinha grande figura e de cara podia ser considerada bonita, mas coxea­
1 4 - 1. enviar, expedir mercadorias; 2. passar através de; 3. rodeio de pala­ va um pouco; 5. O homem tinha junto de si a filha mais velha, os netos
vras; perífrase; 4. derribar, derrubar; 5. chegar a um porto; 6 . caminhar e o genro. N o entanto os desgostos dos últimos meses tinham-no dei­
adiante, avançar; 7. que é de além dos Andes; 8. meter debaixo da terra; xado profundam ente am argurado; 6. Apesar de hoje os tempos serem
9. dispersar-se; afastar-se; fugir; 10. suster no ar, pendurar. outros para os trabalhadores, continuam a registar-se muitos acidentes
de trabalho na indústria; 7. Embora a cidade tenha crescido erq equi­
1 6 -1 . cartaxeiro; 2. romeno; 3. hondurenho; 4. assírio; 5. japonês; 6 . judeu; 7. pamentos culturais e a tornem capaz de ser Capital Europeia da Cul­
urbano; 8. beirão; 9. espanhol; 10. palestiniano; 11. asiático; 12. israelita; 13. tura, também não são mais que migalhas comparativamente com os
oliventino; 14. demoníaco; 15. bracarense; 16. cipriota; 17. moçambicano.

d u zen to s e n o v e 2 0 9
investimentos em equipam entos culturais feitos em torno da EXPO; 8 . 2.-
Era um belo rapaz, se bem que um pouco desajeitado; 9. Olhei o reló­ Animal Colectivo Adjectivo Fêmea Habitação Grito
gio, embora desejasse estar mais tempo; 10. A minha inexperiência não
me permitiu, então, fazer um juízo rigoroso, embora não me iludisse 1. Baleia cardume baleeiro baleia oceano urrar
completamente. bufar
2. Boi m anada bovino vaca estábulo m ugir
9.- 1. Apesar de algum as das histórias que se contam serem verdadeiros 3. Burro m anada asinino burra estrebaria zurrar
episódios de romance, a inovação é um a disciplina muito dura; 2. Ape­ 4. Cabra rebanho caprino bode redil balir,
sar de a maior parte dos minerais constituintes das cinzas se alterarem fato berrar
com a passagem do tempo, uma pequena parte permanece relativa­ 5. Cão matilha canino cadela canil ladrar
mente estável; 3. Apesar de todas essas visões se terem revelado falsas, canzoada ganir
os meios de informação não se cansaram de apregoar a sua notável 6 . Carneiro rebanho ovino ovelha redil balir
habilidade para transformar a sua aparência; 4. A lista de vinhos é de 7. Cavalo manada equino égua cavalariça relinchar
leitura propensa à confusão, pois, apesar de estar dividida por regiões, cavalar estábulo
inclui na mesma página os tintos e os brancos; 5. Apesar de ser um cen­ 8 . Leão alcateia leonino leoa covil bram ar
tro de menor projecção que a cercana Conímbriga, Coimbra teve um rugir
notável desenvolvimento na época romana; 6. Mais uma vez, é a 9. Lobo bando lupino loba covil uivar
questão da segurança que traz preocupados os organizadores do con­ alcateia
certo, apesar de se sentirem confiantes; 7. Apesar de não ser a primeira 10. Macaco bando simiesco macaca floresta guinchar
vez que se realiza em Portugal uma actividade como esta, a verdade é 11. Porco vara porcino porca pocilga grunhir
que até final de Agosto andarão pelo país grupos de astrónomos am a­ 12. Rã ranaria ranídeo rã charco coaxar
dores e profissionais a espiar os céus. rio
13. Raposa bando vulpino raposo toca regougar
1 0 .- 1. A resina; 2. Por nove: São Miguel, Santa Maria, Terceira, Graciosa,
14. Rato rataria ratinheiro ratazana buraco chiar
São Jorge, Faial, Pico, Flores e Corvo; 3. D. João IV (Rossio); 4. No Mos­
teiro de Alcobaça; 5. Quinas; 6. Serra da Estrela, com 2.000 metros de 3.- 1 . O moço arregalou os olhos e o bicho encolheu-se, meio desconfiado,
altitude; 7. Sagres; 8 . José Saramago; 9. S. Jorge; 10. Braga. meio medroso; 2. Porque, apesar de pequeno, era um leão; 3. Tinha
um a cabeça triangular e grossa, pintalgada de manchas negras, com
11.- ld ; 2h; 3i; 4f; 5b; 6a; 7c; 8j; 9g; 10.e.
orelhas muito espertas e olhos muito grandes. O corpo amarelo-acin-
1 2 .- 1 . Seja como for, na área de intervenção, serão reflorestados cinco mil zentado com um a lista quase negra ao longo do dorso; 4. Com muita
hectares devastados por um incêndio; 2. Por m uito optimistas que fos­ alegria.
sem, não deixavam antever o sucesso que tal negócio acabaria por 4.- D) Há milhares de anos, os nossos antepassados começaram a queim ar
alcançar; 3. Tudo ficou quieto - embora, para quem estivesse atento, molhos de lenha, para se aquecerem, para iluminar a noite e para afu­
não passasse despercebido o m urm úrio das águas; 4. Embora o futebol gentar os maus espíritos, um processo que abriu as portas à alteração
tivesse começado por ser, nitidamente, um desporto de elites, não tar­ do ciclo do carbono na Terra. / G) No entanto, o problema real só
daria a ser contagiado pelo gosto das apostas mútuas; 5. A. C., hoje com começou em meados do século XIX, com o auge das actividades indus­
71 anos e reformado desde 1994, apesar de se mostrar disposto a não triais e a exploração dos combustíveis fósseis arm azenados sob a
desistir, confessa já não ter grandes esperanças de viver o suficiente superfície do nosso planeta. / I) Desde então, o ser hum ano não parou
para ver o assunto resolvido; 6. Apesar de estarem em curso algumas de aum entar o consumo de energia e de lançar para a atmosfera
m edidas que vão contribuir para a democratização da empresa, as eta­ milhões de toneladas de dióxido de carbono, o gás responsável pelo
pas já percorridas foram, de certo modo, as mais simples; 7. O comér­ efeito de estufa que mais contribui para desencadear as alterações cli­
cio externo também não lamenta o momento, apesar de o euro ter já matéricas. / B> Os últimos relatórios do Painel Intergovernamental das
caído 17 por cento desde Março de 1999. Nações Unidas para as Alterações Climatéricas reviram em alta as esti­
1 3 .- 1. adiar; 2. pagar; 3. medir; 4. reconhecer; 5. refutar; 6 . abalar; 7. parti­ m ativas para o aumento das tem peraturas médias da Terra até 2100. A
lhar; 8 . misturar; 9. recorrer ou apelar; 10. rescindir. partir de agora o intervalo está compreendido entre um e cinco graus
centígrados. O relatório anterior, publicado em 1995, previa um inter­
14.-1. Falta de crânio; 2. Ausência de elocução; 3. Perda do entendimento valo de um a 3,5 graus na subida do termómetro terrestre. / E) O novo
das palavras; 4. Afrouxamento da vontade; 5. Ausência de reacções estudo mantém a previsão de uma progressiva elevação do nível do
depois de injecções de soros; 6 . Perda total ou parcial da voz; 7. Ausên­ mar, que poderá situar-se entre os 15 e os 95 centímetros, e reforça a
cia de cor; 8 . Falta de pele; 9. ausência de bexiga; 10. Ausência de chi­ hipótese de que o aquecimento global esteja ligado às actividades
fres. hum anas, quer dizer, à emissão de gases contaminantes que potenciam
o efeito de estufa. Em Agosto do ano passado, foi conhecido outro
15.- 1. desapertar; 2. contradança; 3. desabotoar; 4. anticanceroso; 5. contra­
dado que confirma a subida do termómetro terrestre: um grande lago
luz; 6 . desacasalar; 7. contraveneno; 8 . antiestético; 9. contracorrente;
em pleno Pólo Norte. / H ) Mesmo antes, alguns cientistas tinham afir­
10 . antidroga.
m ado que a camada de gelo estaria 40 por cento mais fina. E os inves­
1 6 .- 1. intrigante; 2. referente; 3. constituinte; 4. governador; 5. impressor; 6 . tigadores do Centro Nansen para o Meio Ambiente (Noruega) calcu­
apagador; 7. elevador; 8 . visor; 9. conservatório; 10. ferradura; 11. assi­ lam que, se o processo continuar, será possível navegar sobre o pólo
natura; 12. transmissor; 13. dormitório; 14. opressor; 15. cultivador; 16. dentro de 50 anos. / C) Os efeitos serão terríveis: além de implicar o
sucessor; 17. comprador; 18. correspondente; 19. visitante; 20. trans­ desaparecimento de um a região virgem do planeta, o degelo da calote
gressor. polar e dos glaciares da Gronelândia provocaria novo aum ento das
tem peraturas médias, o desequilíbrio salino dos oceanos e a destruição
de zonas costeiras em todo o m undo. / A) Do seu posto de vigia orbi­
tal, o satélite Terra já começou a observar a superfície terrestre. Este
engenho espacial da NASA dispõe de cinco instrum entos para vigiar
os oceanos, os continentes e as calotes polares. / F) De tam anho seme­
lhante ao de um autocarro, poderá analisar em que m edida está a desa­
parecer o gelo ártico. Até que isso aconteça, os responsáveis da NASA
realizam m edidas com outro satélite, o Radarsat canadiano, cujas
câmaras de infravermelhos podem obter imagens diurnas e nocturnas
do Pólo Norte.
In Rev. Super Interessante, n~ 35, Março 2001.

5»- 1. Para se aquecerem, para ilum inar a noite e para afugentar os maus
espíritos; 2 . O lançamento para a atmosfera de milhões de toneladas de
dióxido de carbono, o gás responsável pelo efeito de estufa; 3. A
emissão de gases contaminantes; 4. O facto de a camada de gelo estar
40 por cento mais fina e o processo de degelo poder continuar; 5. Desa­
parecimento de uma região virgem do planeta, novo aum ento das tem­
peraturas médias, o desequilíbrio salino dos oceanos e a destruição de
zonas costeiras em todo o m undo; 6 . Através do satélite Terra, um
engenho espacial da NASA.

7.- TEXTO: Um século bastou para que o frágil equilí- ,


brio da terra entrasse em colapso. Por isso, os pró- '
ximos 1üü anos são só a confirmação de que o Homem
1.- 1. chifres; 2. focinho; 3. orelhas; 4. beiços; 5. ventas; 6 . pêlo; 7. cauda; 8 . é o principal inimigo da sua própria fonte de vida. As recentes pre­
pata; 9. cauda; 10. lombo; 11. asa; 12. bico; 13. dedos; 14. peito; 15. bigo­ visões do Painel Intergovernamental para as alterações climáticas, um
des; 16. garras organismo que reúne centenas de cientistas de todo o m undo, descre-

2 1 0 d u zen to s e dez
vem um cenário para o fim do século XXI assustador e irreversível. locais.
Segundo o últim o relatório, o aum ento dos gases de estufa fará crescer O pior é quando as pessoas não respeitam essas regras e depois lhes
a absorção de radiação quente (infra-vermelhos). Em resultado disso, acontece como àqueles estudantes belgas que foram encontrados
em 2100 a tem peratura média do globo situar-se-á entre 1,4 e 5,8 graus inconscientes há dois anos e que se salvaram por um triz, devido ao cão­
Celsius mais quente do que em 1990. Isto só significa que a Terra dos -pastor.
nossos bisnetos será completamente diferente da dos nossos bisavós. Não ouvi dizer nada. O que foi que aconteceu?
As tem peraturas à noite poderão sofrer aum entos mais significativos Estes dois estudantes universitários vieram conhecer a Serra da Estrela.
que as tem peraturas durante o dia. Em princípio, as noites mais ame­ Chegaram à Covilhã nas férias do Carnaval e depois de recolherem
nas poderão ser até benéficas, em aguns casos, para a agricultura, uma informações no Posto de Turismo iniciaram a subida. A funcionária do
vez que dim inuem o risco de ocorrência de geadas. Além disso, redu- turism o recomendou-lhes que levassem agasalhos para o frio e a neve
zir-se-á a m ortalidade por doenças respiratórias (gripes e pneumonias) porque a indicação da meteorologia era de que estava iminente um
e baixa-se o consumo de energia no Inverno. grande nevão. Disse-lhes ainda que levassem um bom casaco de lã ou
Mas é no Verão que as coisas vão ficar escaldantes. As temperaturas, de pele, luvas, cachecol, boné e botas impermeáveis. Quanto ao carro
nos meses mais quentes, podem tornar-se letais e até propiciar a sugeriu-lhes que parassem no Centro de Limpeza de Neve e que aí alu­
ocorrência de pestes e doenças, além de aum entar a agressividade dos gassem um as correntes para os pneus e levassem um a garrafa com água
poluentes. para a eventualidade de o m otor aquecer muito e bastante combustível.
Se as alterações climáticas permitirem que alguns insectos tropicais E depois o que aconteceu? Não pararam no Centro de Limpeza de
encontrem condições de desenvolvimento nos países desenvolvidos, o Neve?
risco de aparecimento de malárias e outras doenças similares pode ser Pararam. E alugaram umas correntes para os pneus, embora lhes pare­
elevado. Haverá um acréscimo de doenças de origem alimentar, como cesse que a tem pestade não estivesse assim tão perto. O funcionário que
as salmoneloses, e das patologias associadas à degradação da qualida­ os atendeu recomendou-lhes ainda que levassem chocolates, bolachas,
de da água. Os picos de calor podem ser mais intensos e persistentes, água potável e açúcar. Perguntou-lhes ainda se tinham telemóvel ou
sobretudo em zonas urbanas, fazendo aum entar o consumo dé energia rádio am ador com antena exterior e se estavam prevenidos para o
pela maior utilização do ar condicionado. nevão. Responderam a tudo que sim e lá partiram.
Seja qual for o efeito global do aquecimento, o que parece certo é que A: E sempre caiu o nevão?
os países subdesenvolvidos terão maiores dificuldades em se adaptar Caiu e apanhou-os desprevenidos, a uns trezentos metros do carro,
a este novo Mundo. quando tiravam um as fotografias. Foi tudo tão rápido e o nevão tão
Grande parte das espécies vegetais e animais que ainda não estão em intenso que já não conseguiram chegar ao carro, onde deixaram tudo o
risco por causa da desertificação, da desflorestação ou da invasão dos que levavam, e apenas se conseguiram abrigar num as pedras.
seus habitats pelo Homem, podem também vir a ser gravemente afec­ E depois como saíram de lá?
tadas. Os cereais e as espécies das regiões desérticas e de m ontanha são Não saíram. A neve e o vento foram tão intensos durante várias horas
as que estarão em maior perigo. Mesmo aquelas que, em teoria, conse­ que acabaram por desm aiar com hipotermia.
guiriam adaptar-se às novas condições climáticas, podem não ser sufi­ E quem os descobriu?
cientemente rápidas nesse processo. Q uando melhorou o estado do tempo e os limpa-neves começaram a
As imagens que temos hoje do nosso país e os hábitos que criámos a desimpedir as estradas viram o carro dos estudantes e não os viram a
partir daquilo que ele tem sido vão sofrer profundas alterações neste eles. Deram o sinal de alarme e imediatamente se iniciaram as buscas.
século. O aum ento das tem peraturas - que no nosso país, subirão 4 Foi um cão-pastor que os descobriu, já inconscientes e com poucos
graus até 2100 - tornará as praias do Algarve quase insuportáveis em sinais vitais.
pleno Verão. Em contrapartida, as praias da costa oeste do Atlântico, E onde recuperaram?
que hoje estão sempre enevoadas e com água gélida, hão-de parecer Foram assistidos no Centro de Primeiros Socorros e depois levados ao
verdadeiros paraísos para passar o mês de Agosto. Hospital da Guarda.
Já a sardinha, pode vir a tornar-se um prato dem asiado caro para os Bolas! Grande susto!
bolsos mais populares por culpa das alterações climáticas sobre as Pois é. Não quiseram dar ouvidos a quem os aconselhou e isso ia-lhes
correntes marítimas que transportam os nutrientes para diversas espé­ custando a vida.
cies.
Parece certo que, a par do aum ento de quatro graus na temperatura, 11 - TEXTO; Ao todo existem 12 Parques Naturais no !
haverá uma redução de 100 mm na precipitação global do País. Pode nosso país. Não é sempre, nem em todos os recantos
parecer pouco no Norte, mas não é no Alentejo e no Algarve - onde a da Europa, que se encontram Parques Naturais amplamente elogiados
chuva já é um bem escasso. Além disso, vai chover muito mais nos pelas entidades competentes, sejam elas nacionais ou estrangeiras.
meses de Inverno e m uito menos nos meses de Outono, Primavera e Os Parques de Montesinho, Douro Internacional e São Mamede cami­
Verão e aum entará a variabilidade meteorológica, ou seja, anos de nham lado a lado na persecução de um mesmo objectivo: enraizar na
secas intensas serão intercalados por outros com inundações devasta­ população um sentimento pelo vasto e rico património que detêm a
doras. poucos quilómetros de distância. É im portante que os utentes dos Par­
As zonas costeiras, nom eadam ente nas regiões próximas das rias de ques tenham consciência de que actividades como as queimadas, o
Aveiro e da Formosa, no Algarve, nos estuários do Tejo e do Sado serão pastoreio e a construção excessiva e desregrada podem comprometer
as mais sensíveis às inundações e à subida do nível do mar. É provável seriamente a conservação da Natureza.
que dentro de cem anos, venha mesmo a ser preciso deslocar quem Não se pode desenvolver parques contra as pessoas, mas sim em bene­
vive na Baixa lisboeta. fício delas, até porque a conservação da Natureza (e do património, em
Revista Expresso. 10 Março 2001. geral) passa, em larga m edida, pela vontade da população local. O
em penho das autarquias e das associações de defesa do ambiente é, de
S o lu çõ es: 1 . Porque o aum ento dos gases de estufa fará crescer a facto, indispensável, mas não m enos im portante será a iniciativa de
absorção de radiação quente e a tem peratura média do globo aum en­ cada cidadão a título individual, no sentido de minimizar o impacte
tará; 2. Para a agricultura, um a vez que dim inuem o risco de ocorrên­ que determinadas actividades podem ter sobre o meio natural.
cia de geadas, para a saúde porque se reduz a m ortalidade por doenças E evidente que ninguém fica indiferente à beleza verdejante dos Par­
respiratórias e ainda porque se baixa o consumo de energia no Inver­ ques Naturais portugueses, já para não falar na riqueza e diversidade
no; 3. As tem peraturas, nos meses mais quentes, podem tornar-se letais em termos de fauna. O aum ento do fluxo turístico é vital para o cres­
e propiciar a ocorrência de pestes e doenças; 4. Pela necessidade de cimento económico da região, mas este deve ser devidam ente orienta­
maior utilização do ar condicionado; 5. As praias do Algarve poderão do e enquadrado. Por forma a disciplinar o turismo, o Parque Natural
passar a ser insuportáveis no Verão, as praias da costa oeste do Atlân­ de São Mamede é um dos subscritores da Carta Europeia de Turismo
tico passarão a ser óptim as para passar o verão e a sardinha poderá Sustentável, que visa fomentar um comportamento ambientalmente
escassear; 6. Muita chuva nos meses de Inverno e m uito menos nos correcto, que não coloque em risco os recursos naturais, os mesmos que
restantes meses e anos de seca intensa intercalados por outros com deram à região o estatuto de área protegida.
inundações devastadoras. In Revista Unibanco, ns 85, Julho/Agosto 2001 (adaptação).
8 ,- BENEFICIO S: Diminuição das geadas; Redução da m ortalidade por S oluções: 1 . Falsa; 2. Verdadeira; 3. Falsa; 4. Falsa; 5. Verdadeira; 6 .
doenças respiratórias; Redução do consumo de energia no Inverno; Falsa.
Aum ento da tem peratura nas praias do Oeste. M A LE FÍC IO S:
Aum ento da tem peratura nocturna; Temperaturas letais no verão; 12.- 1. Enraizar na população um sentimento pelo vasto e rico patrimônio
Ocorrência de pestes e doenças; Aumento dos poluentes e do consumo que detêm a poucos quilómetros de distância; 2. Devem ter cuidados
de energia no verão. com as queimadas, o pastoreio e a construção excessiva e desregrada;
3. O sentido é de que é fundam ental um envolvimento cada vez maior
10.- D IÁ LO G O : das populações na sensibilização para a preservação da natureza e que
A: Divirto-me imenso quando venho à Serra da Estrela. tudo será mais fácil se as pessoas se sentirem motivadas; 4. Autarquias
Adoro desportos de Inverno. e associações de defesa do ambiente; 5. Subscreveu a Carta Europeia de
B: Eu também, mas é preciso muito cuidado porque há Turismo Sustentável.
imensos perigos.
A: Perigos há em todo o lado. O im portante é não nos aventurarm os à toa 13.- lf; 2d; 3i; 4b; 5h; 6a; 7j; 8c; 9g; 10e.
e respeitar as informações que se encontram disponíveis em vários
1 4 .- 1. lente (professor universitário) / lente (vidro de aumento); 2. vaga

d u zen to s e o n z e 2 1
(onda) / vaga (errante, vagabunda) / vaga (verbo: estar livre, sobrar); 3. malmente agressões a professores; 5. Alunos e pais; 6 . Em casos de
socos (chinelos) / socos (murros); 4. banco (móvel de madeira) / banco indisciplina, para repor a ordem e dar autoridade ao professor.
C 2 (cardume de peixes) / banco (estabelecimento de crédito); 5. vão (vazio,
oco; fútil, frívolo) / vão (verbo); 6 . quadra (estrofe de 4 versos) / quadra 6 .- TEXTO: D E LIN Q U Ê N C IA JU V EN IL. No ano de 2000, foram iden­
(estação, tempo, ocasião); 7. canto (verbo) / canto (ângulo, esquina; sítio tificados pelas Forças de Segurança 5.766 menores, pela prática de
actos qualificados pela lei penal como crimes, o que significa uma
C escuro) / canto (cantiga; composição poética); 8 . dó (nota musical) / dó
(compaixão, piedade); 9. foca (mamífero pinípide) / foca (pessoa muito
gorda) / foca (verbo: salientar, pôr em evidência); 10 . borracho (pombo
variação de +8,5% relativamente ao ano transacto.
Na área da PSP, registou-se um a variação de +19,7%, com
novo e implume) / borracho (homem embriagado) / borracho (adj. bêbe­ efeitos mais visíveis nos grandes centros urbanos, / ' '
do). enquanto que a GNR apresenta um a variação de V ^ p )
te -
-10,3% no núm ero de menores identificados pela prática ~..... ...
15.- 1. duas rodas; 2. governo de três indivíduos; 3. corpo regular de seis
de ilícitos criminais.
faces; 4. a mesma força; 5. nove estames; 6 . metade de verso alexandri­
no; 7. quatro asas; 8 . dez mil ares; 9. casou oito vezes; 10. mil vá tios. No tocante à distribuição geográfica, os padrões mantêm-se em relação
aos anos anteriores: uma forte urbanização e um a certa litoralização. O
1 6 .- 1. torpedear; 2. mercadejar; 3. barbear; 4. coxear; 5. pestanejar; 6 . folhe­ distrito de Lisboa é o mais afectado, seguindo-se-lhe Setúbal, Porto e
ar; 7. rastejar; 8 . pentear; 9. cabecear; 10. homenagear. Braga.
• O A criminalidade de carácter patrimonial continua a representar a maio­
17.-1. chuviscar; 2. cuspinhar; 3. corricar; 4. bebericar; 5. depenicar; 6.
ria dos actos praticados por menores de 16 anos, sendo o furto simples,
daninhar; 7. dormitar.
o dano, o vandalismo e a condução sem habilitação legal, alguns dos

a 18.-1. variável; 2. incontrolável; 3. embarcadiço; 4. reconhecível; 5. palpá­


vel; 6 . irreparável; 7. alimentício; 8. disponível; 9. indispensável; 10.
incalculável; 11. indecifrável; 12. passadiço; 13. aceitável; 14. indiscutí­
ilícitos mais praticados. Grande parte dos menores actuam em grupos
de 3 ou mais indivíduos (delinquência grupai).
De sublinhar que, segundo informações das Forças de Segurança, o
vel; 15. inegável; 16. incorrigível 17. aplicável; 18. vulnerável; 19. ini­ aum ento das participações por actos praticados por menores fica a
te mitável. dever-se, em larga medida, ao facto de existir um im portante índice de
menores plurireincidentes, e não a um acréscimo real do número de
autores
C 2
Soluções: orientativas,: 1. Aumentou. O texto refere um aum ento de 8,5%;
2. Em zonas urbanizadas e no litoral; 3. A criminalidade de carácter
’ patrimonial, o furto simples, o dano, o vandalismo e a condução sem
habilitação legal; 4. Em grupos de 3 ou mais indivíduos; 5. Não, devi­
do ao facto de existir um im portante índice de menores plurireinci­
dentes.

7.- TEXTO: Há duas correntes de teorias principais sobre as raízes da cri­


minalidade e as formas de a combater. Uma, considerada "de direita",
defende que o banditismo se combate com mais polícia
na rua e repressão pesada. Outra, dotada de maior s f f :
sensibilidade mas conotada com a esquerda, inter- ^
preta o crime como a consequência directa da dispari- —
dade de rendim entos entre ricos e pobres, num país onde praticam en­
te não existe classe média, com tudo o que isso acarreta de revolta
social por parte da esmagadora maioria da população, que não possui
quaisquer meios para viver com um mínimo de dignidade e se vê
mesmo obrigada a roubar.
Seja qual for a abordagem, se em torno da criminalidade se construí­
3.- 1. autoridade; 2. indisciplina; 3. violência; 4. intimados; 5. disciplinares; ram muitos mitos, existem também algumas verdades indiscutíveis.
6 . agressões; 7. represálias; 8 . nomes; 9. palavrões; 10. desafio; 11. con­ Por exemplo, quanto mais cresce um país, menores são as taxas de cri­
fronto; 12. graças; 13. malcomportados; 14. delinquentes; 15. medo; 16. minalidade. Os EUA da última década aí estão para o provar, com essa
desvalorizada; 17. desautorizada; 18. risco; 19. chumbar; 20. relatórios; taxa a cair de ano para ano na razão inversa do crescimento do PIB e
21. castigo; 22. bodes; 23. armadilhas; 24. abatidos; 25. detectores; 26. do aum ento do emprego. No Brasil dá-se o inverso.
apreendidas; 27 bolsas; 28. abandonados; 29. vítimas; 30. insucesso. Outra verdade: na maior parte dos homicídios, a vítima conhecia o
algoz - vizinho, cônjuge, credor, etc. E incontestável que a droga é a
4.- TEXTO: No mês passado, o Ministério emitiu um docum ento a pro­
grande vilã da fita, encontrando-se por detrás de 60% dos crimes de
por "m edidas práticas para a prevenção da indisciplina" e a explicitar
morte. Por outro lado, o planeam ento centralizado não costuma dar
algumas normas do novo estatuto dos direitos e deveres dos alunos
bons resultados. Quer dizer: é preferível combater o crime em cada
(em vigor a partir do ano lectivo de 1998/99), considerado menos
localidade segundo a sua especificidade. Está igualmente provado que
penalizador para os meninos e mais controlador das arbitrariedades
a criminalidade eterniza a pobreza e a sua erradicação conduz à rique­
dos professores. São sete os "castigos" previstos: advertência ao aluno,
za. E, obviamente, que o combate ao crime começa dentro d a própria
ao encarregado de educação, repreensão por escrito, . -tgggggy—.
polícia. No Brasil, dos 300 mil polícias que actuam nos nove maiores
actividades de integração na com unidade educativa , ^
Estados, 300 respondem por processos criminais - o que até se explica
(limpar o que sujou, por exemplo), suspensão até dez 4> .
se levarmos em conta que o seu ordenado mensal é de cerca de 125
dias (só para maiores de 9 anos), transferência de escola
euros.
(quando ainda frequentam a escolaridade obrigatória e expulsão (só no
Assim, volta-se sempre ao problema da pobreza da esm agadora maio­
secundário). Todas as m edidas correm dentro dos muros escolares,
ria da população, num país de infinitos mas mal adm inistrados recur­
excepto as duas últimas que só podem ser aplicadas a alunos com dez
sos.
ou mais anos e os directores regionais de Educação são chamados a
In Rev. Visão, 8 de Junho de 2000 (adaptação).
intervir. Estão reservadas a comportamentos muito graves, nomeada­
mente a agressões a professores. Este ano, só na Direcção Regional de S o lu çõ es o rie n ta tiv a s: 1. Que o banditism o se combate com mais polícia
Lisboa, registaram-se dez transferências e duas expulsões — mais do na rua e repressão pesada; 2. A esquerda apresenta maior sensibilida­
que nos últimos três anos juntos. de; 3. Quanto mais cresce um país, menores são as taxas de criminali­
As estatísticas da polícia indiciam um crescimento da agressividade dade; 4. A droga; 5. Porque é preferível combater o crime em cada loca­
sobre os professores. Por parte de alunos e de pais. Aumentaram tam­ lidade segundo a sua especificidade; 6. Eterniza a pobreza.
bém os casos de posse de arma por alunos, as vítimas com necessida­
de de tratam ento hospitalar, as agressões por grupos e por raparigas. 1 0 . - 1 . O assalto de várias bombas de gasolina por grupos arm ados de
As vezes, os agentes são chamados em casos de indisciplina na sala de crianças de raça negra; 2. A falta de um a política de prevenção, mais do
aula para repor a ordem num a turm a sublevada e emprestar um boca­ que de repressão, uma vez que era necessário saber quem são estas
dinho de autoridade ao professor. crianças, como vivem, que sucesso escolar têm e onde e como passam
In rev. Visão, 8 de Junho de 2000 (adaptação). os dias; 3. Vieram para servir de mão de obra barata, deixando-se em
perfeito abandono social; 4. Vieram viver para bairros de lata, depois
Soluções, o rie n ta ti vas: 1. Para propor m edidas práticas para a prevenção para casas de cimento, mas continuando com pobreza e isolamento, e
da indisciplina e explicitar normas do novo estatuto dos direitos e depois as crianças foram para a escola sem qualquer preparação; 5. O
deveres dos alunos; 2 . E menos penalizador para os meninos e mais articulista refere que nada resolve, pois considera que elas já estão
controlador das arbitrariedades dos professores; 3. Transferência de fechadas e encarceradas na própria rua onde nasceram.
escola e expulsão; 4. Quando há comportamentos muito graves, nor­

2 12 d u zen to s e d oze
1 1 .- TEXTO: «Tu que estás só, não tens família e estás triste, pública e o descanso das pessoas, bem como tinha feito acusações à
junta-te a nós num a especial Ceia de Natal». Foi assim ( ^ ^ polícia com palavras ofensivas; 6 . Como se provou que a ré fez gritaria
que tudo começou. Em cartazes afixados pelas portas -É 3hfe e que perturbou a tranquilidade, foi m ultada em 50$00.
das igrejas, liam-se convites para um "Natal de Amor", onde
não se exigia nada em troca a não ser «a presença de pessoas solitárias, 14.- lg; 2d; 3b; 4i; 5a; 6f; 7c; 8j; 9e; 10h.
que não têm à sua espera um a casa com lareira acesa e m uitos sorrisos
15.- S oluções o rie n ta tiv a s:
abertos de felicidade». Fernanda Almeida, funcionária num a Segura­
Às duas da manhã, a Toina bateu-me à porta.
dora, 45 anos, dois filhos, já há muito tempo que pretendia fazer uma
Vinha extenuada e atirou-se logo para cima da cama. Não conseguiu
Ceia de Natal partilhada com os pobres da cidade. «Apercebi-me desta
falar durante m uito tem po. Até que se levantou e disse:
realidade já há m uito tempo. Há muitos pobres na Guarda, só precisa­
— Desculpa, filho, sinto-me mal.
mos de os procurar». E assim foi. Fernanda Almeida palmilhou a cida­
O ela tratar-me por filho é uma maneira de dizer, que a Toina é mais
de à procura dos sem-abrigo, dos famintos e mendigos. Com um a von­
nova que eu como já supracitei. Uma maneira de dizer que é como quem
tade férrea de conhecer o seu m undo, penetrou no mais fundo dos seus
diz pois naquela vida é hábito, vocês sabem.
sentimentos e encontrou a solidão enraizada como forma única de
Deixei a m iúda descontrair-se e fiquei a vê-la.
vida. «E m uito difícil ter acesso a estas pessoas porque elas recusam-se
No fundo, eu ainda gostava dela. Coitada, atirada para aquela vida por
a falar connosco, não querem mostrar o seu m edo e tornam-se muito
um polícia e, ainda por cima, com aqueles olhos, fazia pena. Pena, no meu
desconfiadas». Mas isto não a demoveu do caminho traçado. Pretendia
caso é não querer dizer as coisas. Porque a verdade é que eu gostava mesmo
convidá-los para um a Ceia de Natal onde «partilhariam comida e ami­
dela. De cabeça nunca foi brilhante, mas podia contar-se com ela para todas
zade, num a noite m uito especial». No decorrer desta descoberta de
as coisas boas porque tinha um coração enorme.
m undos aparentemente distintos, Fernanda Almeida conheceu o que
— Há algum problema, Toina?
de melhor e pior existe nas pessoas. Q uando se apresentava na pre­
— O Piloto.
sença de um mendigo as pessoas olhavam-na com desdém. «Descobri
O Piloto é o çhulo/nam orado dela. Vocês não façam cara feia porque as
a repugnância que sentem pela pobreza, pela miséria» e descobriu tam­
m iúdas como a Toina têm sempre um chulo/nam orado qualquer. E não
bém que «é urgente fazer alguma coisa por estas pessoas que, do nada
pensem que é por medo que elas o têm. Às vezes, gostam bastante dos indi­
que têm, fazem um m undo à parte, só seu, onde os sonhos são tão dis­
víduos.
tantes que já não lhes pertencem e onde já não são bem-vindos». Isto
Era o caso da Toina que nisto de gostar era generosa e se dava tudo ao
veio fortalecer a sua vontade de fazer algo diferente nesta noite.
Piloto era porque gostava mesmo dele.
Abdicando da sua própria Ceia de Natal, Fernanda Almeida organizou
Quanto ao Piloto, não vale a pena dizer muita coisa sobre ele, é um
um jantar para amanhã, contando com todos os sem-abrigo e m endi­
magrizela da idade dela, que, antigamente, chegou a ser mecânico. Depois,
gos da cidade. Entretanto o Governo Civil havia também organizado
esteve na cadeia por roubar um carro e quando saiu da prisão ficou sem
um a ceia para o dia 27 com famílias que usufruem do rendimento
fazer nada, qu.e ninguém o queria, e, agora, passa o dia deitado à espera da
mínimo garantido e, quando teve conhecimento da iniciativa de Fer­
Toina.
nanda Almeida, prontificou-se a reunir esforços e fazer um a ceia con­
O que ela lhe encontrou é que eu não sei, mas se você é m ulher deve
junta. António Baptista, adjunto do governador civil, contactou-a e
saber. Escusado será dizer que eu não gostava do indivíduo.
entraram em acordo quanto à realização da ceia, tendo o Governo Civil
Entretanto, de repente, a Toina desapertou as calças e ficou com as per­
fornecido bacalhau, azeite e vinho que a Adega Cooperativa de Vila
nas à mostra que, como já deixei adivinhar, são de ver.
Nova de Foz Côa havia disponibilizado àquela entidade. Assim, o
Fiquei a olhar deslumbrado, sem perceber nada. Até que ela baixou a
número que Fernanda Almeida tinha previsto que seria de «meia dúzia
cinta e pôs-me a barriga e a vulva à vista.
de pessoas», passou para 26 «e agora já tenho mais de 40, contando
Devo confessar-lhes que já tinha visto muita coisa. Mas como aquilo,
com m endigos, toxicodependentes e famílias com rendimento míni­
nunca. Abaixo do umbigo estavam dois grandes bocados de algodão,
mo». Mas este facto não a preocupa, «não temos nada, mas na noite de
em papados de sangue, um de cada lado. .
Natal não nos falta nada», garante, convicta.
— Que foi isso, miúda?
A ideia inicial seria fazer a Ceia no refeitório da Câmara, no entanto,
— Duas facadas.
porque este se encontra em obras, a consoada realizar-se-á na sede do
— Do Piloto?
Sindicato dos Profissionais de Seguros, na Rua 31 de Janeiro. A ideia
— Sim.
agradou a várias pessoas, que se disponibilizaram para ajudar neste
— Mas porquê.
"Natal de Amor". Além das ajudas esporádicas de vários particulares,
Então ela desabafou.
estão onze pessoas a trabalhar com afinco nesta ceia, uma delas repre­
O sujeito tinha-lhe feito aquilo porque ela dissera que estava grávida.
sentante da Cáritas na Guarda. Com tarefas divididas e despesas tam­
O tipo berrou, bateu-lhe, para que ela confessasse de quem e, evidente­
bém, haverá até distribuição de prendas. «Aos homens daremos um
mente, a Toina disse que era dele. Peeou na faca e naquele sítio, deixou-lhe
par de meias quentinhas e às senhoras um a camisola interior, gostava
aquelas marcas. Depois, foi-se em bora. A Toina. ficou a perder sangue por
de dar mais do que isso, m as neste momento não é possível porque
todo o lado, meteu algodão nos golpes, apertou-se toda e foi à procura do
temos m uita gente». A ceia será servida às oito da noite, estando pre­
indivíduo. Foi quando eu e o Zé Nunes a encontrámos.
vista a passagem de Fernando Cabral, governador civil, pela sede do
Orlando Neves, Memórias de Um Rufia Lisboês.
sindicato. Mas a festa não acaba por aqui. A noite promete canções ani­
madas, risos, histórias de encantar, lendas e muitos jogos. Depois, um 16.- le; 2d; 3f; 4a; 5h; 6i; 7j; 8c; 9b; 10g.
chocolate quente para todos, um final de noite aquecido pela harmonia
e pela felicidade de dar sem pedir em troca. «E com a esperança de 17.-1. sede (sensação causada pela necessidade de beber) / sede (lugar,
repetir a experiência o mais brevemente possível, porque não vou espe­ local); 2 . molho (feixe, braçado) / molho (líquido em que se refogam
rar por mais um Natal para o fazer». iguarias), 3. pelo (contracção de prep. + artigo) / pêlo (substantivo) /
E «Tu, que tens o Natal cheio de presentes e iguarias e gostavas de par­ pélo (verbo); 4. este (determinante demonstrativo) / este (ponto cardeal);
tilhar com os que nada têm, vem e ajuda». Fica o convite de Fernanda 5. governo (substantivo) / governo (verbo); 6. besta (animal) / besta (arma
Almeida, que 40 pessoas subscrevem. Às 20 horas, na Sede do Sindica­ de arremesso); 7. lobo (animal) / lobo (parte de um órgão); 8. pregar
to dos Profissionais de Seguros, na Guarda. (meter pregos) / pregar (fazer sermão); 9. péla (bola; verbo pelar) / pela
M. J. Silva. Jornal da Beira. (contracção de prep. + artigo); 10 . agora (adv., conj. ou interj.) / ágora
(praça pública na Grécia).
S olu çõ es orientati:va,s: 1. Através de cartazes afixados nas portas das
igrejas; 2 . Palmilhando a cidade à procura deles, com determinação e 18.- A. Batatada, Bilhetada, Bacorada; B. Açudada, Barrilada, Baldada,
procurando conhecer o seu m undo; 3. É muito difícil porque elas recu­ A lguidarada; C. 0 ; D . Facada, Bordoada, A gulhada, Badalada,
sam-se a falar, não querem m ostrar o seu m edo e tornam-se m uito des­ Cabeçada, Bicada, Aguilhoada; E. Bananada, Ameijoada, Arrozada,
confiadas; 4. Um conhecimento profundo da sua maneira de viver, de Bacalhoada; F. Abrilada; G. Saraivada.
como sentem a pobreza e a miséria e a descoberta da urgência de fazer
19.- 1 . Adivinhação pelo exame das linhas da palma da mão; 2. Aquele que
alguma coisa por aquelas pessoas; 5. Inicialmente propunha-se organi­
escreve à máquina; 3. Operação cirúrgica que consiste em refazer o
zar uma ceia apenas com os mendigos, mas o Governo Civil soube e,
nariz; 4. Tumefacção sanguínea resultante da ruptura de vasos; 5 .
porque também tinha uma iniciativa idêntica, contactou Fernanda
Aum ento anormal do volume do fígado; 6 . Ciência médica que estuda
Almeida e entraram em acordo quanto à realização da ceia, que veio a
os olhos; 7. Célula nervosa com todos os seus prolongamentos; 8 . pes­
ocorrer na sede do Sindicato dos Profissionais de Seguros.
soa versada em odontologia; dentista; 9. Inflamação da rinofaringe; 10.
13.- 1. É um a rapariga da freguesia de Santo Estêvão, com 24 anos, 4 filhos Diz-se de quem padece do sistema nervoso.
e vende rosas na cidade; 2 . É um a forma carinhosa de se referir às rosas,
20.- 1. antepor; 2. pospor; 3. descompor; 4. coeducar; 5. preadivinhar; 6 .
já que gosta muito delas; 3. Porque nunca foi presa e nunca respondeu;
comprovar; 7. confluir; 8 . coparticipar; 9. prever; 10. anteceder; 11. pre­
4. É que na perspectiva de Alice as rosas não têm lixo, apenas folhas e
ceder; 12. coabitar; 13. predefinir, 14. predestinar; 15. combater; 16. con­
pétalas. E o guarda ordenou-lhe que apanhasse o lixo que por ali havia
decorar; 17. compenetrar; 18. compadecer; 19. comparar; 20. concorrer.
espalhado e não era o seu; 5. Disse que ela tinha perturbado a ordem

d u zen to s e treze 9 \^
agora com um comportamento deliberativo; 5. É a idealização da injus­
tiça como catalisadora da acção; 6 . Apoia-se na atracção inconsciente
pelas figuras paternais protectoras e salvadoras; 7. Longos, declamató­
rios, emotivos, apelando ao patriotismo e às tradições culturais.

6 ,- TEXTO: A leitura nacional.


Muito se falou e continuará a falar, nos próximos tempos,
da questão da "leitura nacional" dos resultados das
autárquicas. Parece hoje evidente que, no actual sis- "■J
tema político, como o próprio primeiro-ministro, aliás,
reconheceu, essa leitura é inevitável. Apesar da louvável mas incipien­
te abertura do sistema a candidaturas independentes, a m aioria dos
portugueses continua a votar, nas eleições autárquicas, essencialmente
em listas form adas por partidos políticos. A maioria dos autarcas não
dispensa a presença, em eventos e comícios mais ou menos "pimba",
dos principais dirigentes dos seus partidos. Os partidos da oposição
não se coíbem de usar as fragilidades e o desgaste do Governo como
armas de arremesso, no combate autárquico. E o partido do Governo
1 .- 1 . É eleito por sufrágio universal, directo e secreto dos didadãos eleito­ não deixa m uitas vezes de sugerir a concessão de "benesses" às autar­
res; 2. (Resposta livre); 3. É nomeado pelo Presidente da República, quias da sua cor política. E assim sendo, no actual quadro, é não só
ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo legítimo como natural que se faça um a leitura nacional das eleições
em conta os resultados eleitorais; 4. Porque foi redigida após a restau­ autárquicas. Em particular num ano em que se chegou ao cúmulo de
ração da Democracia, em 1974, na sequência do golpe do 25 de Abril; ressuscitar velhas glórias do panoram a político nacional e desenterrar
5. Era o Movimento das Forças Armadas, coordenador da revolta que querelas ideológicas serôdias. Governo e oposição, quer gostem quer
pôs fim ao regime totalitário; 6 . Restauração das instituições políticas não gostem, têm de tirar ilações dos resultados autárquicos. Afinal,
democráticas; legalização dos partidos políticos; constituição da cada qual faz a cama em que se deita.
Assembleia Constituinte. A questão que levanto não é, portanto, a da legitimidade da leitura
nacional dos resultados, no quadro do sistema político actual. E, antes,
2.- DIÁLOGO: a das vantagens conceptuais do sistema eleitoral vigente (e da "leitura
Luís: O avô ouviu o telejornal da uma? nacional" que, consequentemente, legitima) para a democracia portu­
Avô: Não. Porquê? í guesa. E quanto a esta confesso ter as maiores dúvidas.
Luís: Eu só ouvi um a parte, mas gostava de ter ouvido Pedro Norton, Visão ne459 de 20 Dezembro.
tudo.
Pai: Alguma coisa interessante? S oliiçôes o rie n ta tiv a s , 1. A análise dos resultados das eleições autárqui­
Luís: Sim. Parece, se bem entendi, que está perto um entendimento cas; 2. A abertura do sistema a candidaturas independentes; 3. Os prin­
entre as forças beligerantes angolanas e que há um a enorme cipais dirigentes dos partidos; 4. Os partidos da oposição usam as fra­
expectativa em torno de um encontro secreto entre os dois líderes. gilidades do desgaste do Governo e o partido do Governo sugere
Pai: Oxalá! Angola precisa urgentem ente de paz. Quem conheceu algumas vezes a concessão de "benesses" às autarquias da sua cor polí­
aquele país como eu conheci, não pode deixar de lamentar tudo o tica; 5. Que tirem ilações dos resultados autárquicos; 6. A questão das
que ali se tem passado. Aquele povo não merecia tam anho sofri­ vantagens conceptuais do sistema eleitoral vigente.
mento.
8 .- 1 . O deputado da oposição retorquiu que a única vez que tivera pro­
Luís: O pai fala de Angola sempre com um a grande nostalgia.
blemas com as autoridades da Irlanda do Norte fora quando recebera
Pai: E verdade. Apesar de ter lá estado num a situação de guerra, pude
um a m ulta por ter tido «uma altercação com um soldado britânico»; 2 .
apreciar como tudo aquilo era maravilhoso.
Tal como ao acendermos um a luz intensamente brilhante perdem os os
Luís: E a guerra durou muito tempo?
pequenos pormenores que nos rodeiam, assim a tecnologia nos retirou
Pai: Bastante. Quando eu fui, em 1968, já havia guerra declarada há
a capacidade de pensar e de observar o invisível, disse o Presidente da
oito anos, e só em 1974, após a revolução de Abril é que terminou.
Câmara de Lisboa; 3. Enquanto esta situação não se tiver alterado e os
Durante cerca de treze anos Portugal viu-se envolvido num a guer­
líderes não se desmarcarem dos actos criminosos não vai haver cola­
ra contra os movimentos nacionalistas africanos, em Angola,
boração; 4. Alguns presos foram torturados de maneira selvagem antes
Guiné e Moçambique, envolvendo, ao todo, para cima de oitocen­
de serem executados pela polícia; 5. O candidato vinha ofegante,
tos mil homens.
depois de ter cum prim entado o máximo de pessoas no trajecto para o
Luís: Mas a independência não foi nesse ano.
centro da cidade; 6. Dois dias após se ter m udado para Downing Stre­
Pai: Pois não. Foi preciso esperar mais um ano e meio para que tal
et, o ministro das Finanças cometeu o erro de entregar o controlo das
acontecesse.
taxas de juro britânicas ao Banco de Inglaterra.
Luís: Porque é que o governo português manteve as colónias tanto
tempo, se a situação era insustentável? Pronúncia:; seda, sócio, osso, soda, sociedade.
Pai: Porque essa era um a política seguida pelo Estado Novo, conser­
vador, de intransigente defesa do ultramar. Aliás, contra a vonta­ 9.- lf; 2e; 3i; 4h; 5b; 6c; 7a; 8j; 9d; 10g.
de do resto da Europa e da própria ONU. 1 0 .- 1 . passo (andamento, marcha) / paço (palácio); 2 . cozer (cozinhar) / coser
Luís: Lembro-me de um dos meus professores de história ter dito que o (costurar); 3. tu (pron. pess. da 2- pess. sing.) / to (te + o); 4. ora (conj.
regresso dos portugueses, após a independência criou grandes mas; adv. agora; interj.) / hora (24â parte do dia); 5. sem (prep. que indi­
problemas. ca falta, exclusão...) / cem (cardinal: 100); 6 . bucho (estômago) / buxo
Avô: Nem imaginas. Trabalhei durante anos num serviço ligado aos (arbusto); 7. arriar (abaixar, descer) / arrear (pôr arreios, aparelhar); 8 .
retornados e nunca mais me posso esquecer do dram a daquelas ilegível (que não se pode ler) / elegível (que pode ser eleito); 9. senso
pessoas que chegavam ao aeroporto sem nada, apenas com a (entendimento) / censo (dados estatísticos); 10 . hera (planta trepadeira)
roupa que tinham vestida e sem saber das famílias. / era (período de tempo).
Luís: Bolas!
11.- 1. positivismo; 2. fascismo; 3. calvinismo; 4. monoteísmo; 5. anglicanis-
S o ln çõ es orientativas,:: 1. O facto de o Luís ter ouvido no noticiário que mo; 6 . masoquismo; 7. cartesianismo; 8 . cartismo; 9. halterofilismo; 10.
estava perto o entendim ento entre as forças beligerantes em Angola; 2. surrealismo.
Porque esteve lá enquanto militar e pôde apreciar a beleza daquele
12.- 1. imperialista; 2. capitalista; 3. socialista; 4. sindicalista; 5. absolutista;
país; 3. Treze anos; 4.11 de Novembro de 1975. Agostinho Neto; 5. Che­
6 . iluminista; 7. comunista; 8 . dogmatista; 9. militarista; 10. anabaptis­
garem sem haveres e sem saberem das famílias.
ta.
3.- 1. espectadora; 2. fechadura; 3. ginjinha; 4. guarda-louça; 5. ingrato; 6 .
1 3 .- 1. catequista; 2. grevista; 3. comentarista; 4. fadista; 5. lojista; 6 . cientis­
linguiça; 7. padeira; 8 . pacífico; 9. pedinchão; 10. tosquiadeira.
ta; 7. pugilista; 8 . anarquista; 9- decatlonista; 10. naturalista.
5.- 1. A extrema facilidade com que, analistas políticos, apoiantes e candi­
14.- 1. pregoeiro; 2. frieira; 3. petroleiro; 4. infantaria; 5. asneira; 6 . pratelei­
datos, usaram e abusaram publicamente de conceitos desprovidos de
ra; 7. tesoureiro; 8 . fileira; 9. formigueiro; 10. tabuleiro; 11. cegueira; 12.
qualquer significado; 2. Como triste e lamentável; 3. Populismo; 4. Tem
poeira; 13. carteiro; 14. bacalhoeiro; 15. cinzeiro; 16. veleiro; 17. cafetei­
a ver com o "povo", independentem ente das bases sociais a que se refe­
ra; 18. bilheteira; 19. fuzileiro; 20. mensageiro.
re, necessitando da mobilização de grupos previamente passivos,

214 d u zen to s e catorze


crac, crack ou craque (som imitativo de algo que quebra, estala ou desmoro­
na), dim -dim (som de campainha), ramerrão (ruído contínuo e monótono),
tique-taque, tiquetique (som regular, seco, cadenciado e geralmente repeti­ Vdl
tivo), zum -zum (zunido, zumbido; rumor de vozes indistintas); 3. Ruídos de
fenómenos da natureza: bum ba (som de pancada ou queda), pum ba
(estrondo, ruído produzido por pancada, queda, tiro), pum (detonação, queda,
ventosidade), retumba (estrondo, ruído produzido por alguma coisa), tlim,
telim, tlintlim (som de sinos, campainhas, moedas caindo), tchim-tchim
(brinde), ruge-ruge, frufru (ruído produzido por saia ou vestido a roçar no
chão); 4. Substantivos: m urmúrio (som contínuo, leve, suave de águas i O
correntes, de folhas agitadas pelo vento...), sussurro (som baixo e confuso, voz
baixa), zumbido (voo dos insectos, aves pequenas), miau, mio (voz do gato);
5. Interjeições: catrapuz! (queda súbita e ruidosa); 6. Verbos: zunir (som
sibilante e agudo), assobiar (produzir sons agudos e contínuos), cacarejar ' S 3
(emitir, a galinha, 0 som que lhe é próprio), bram ir (berrar, rugir, dar gritos
violentos), grasnar (voz do corvo, da gralha, do pato; falar alto e em tom desa­
gradável), tilintar, telintar (produzir som semelhante ao do metal quando bate
noutro ou numa superfície sólida), ribombar, estrondear (soarem os trovões),
chilrear (emitirem, os pássaros, pequenos sons agudos), zum bir (som dos
insectos), rugir (voz de animais selvagens), chiar (emitir ou produzir um som
2.- 1. Insurgem-se e ameaçam com m edidas drásticas; 2. Não. São acom­ agudo), coaxar (voz da rã ou do sapo), rosnar (som ameaçador do cão, do
panhadas pelos seus representantes políticos; 3. Acalma as populações, lobo...), ronronar (fazer ronrom, 0 felino).
garantindo que ainda não há nenhum a decisão tomada, não obstante o
5.- 1. Mergulhar; 2. Saber a quantos metros de profundidade se encontra o
troço ser deficitário; 4. Para além de disponibilizar estudos e projecções
cargueiro nigeriano afundado há 12 anos naquele local; 3. Não vá a
irrefutáveis, vai desinvestindo na sua manutenção e exploração, reduz
botija de ar comprimido pregar um a partida ou azar do género; 4. Tirar
o núm ero de viagens e estabelece horários desajustados aos interesses
o curso, que custa à volta de 325 euros e adquirir o equipamento, entre
dos passageiros; 5. Oferece a exploração da linha às autarquias servi­
os 500 e os 750 euros. Depois são mais 25 euros para a viagem de barco
das pelo comboio; 6 . Invocando as responsabilidades sociais da empre­
e o aluguer da garrafa de ar; 5. Deve tirar um curso de 40 horas teóri­
sa estatal que gere os caminhos-de-ferro.
cas e práticas, que incluem uns mergulhos na piscina; 6. Porque no
3.- Texto: A ligação ferroviária directa entre Lisboa e Faro ^ .--^ — 7 Inverno se vê melhor o fundo do mar.
está dependente de uns meros 16 quilómetros, que ,' \
7,- E n trev ista : JORNALISTA - Como é que começou a
faltam concluir no troço do Eixo Ferroviário
jogar basquetebol?
N orte/S ul, entre Penalva e Pinhal Novo.
DESPORTISTA - Comecei por jogar futebol, como a
A viagem por comboio entre Lisboa e Faro, através da Ponte 25 de Abril
maioria dos miúdos. No entanto, o meu irmão mais velho iniciou-se no
e sem qualquer transbordo, só será possível efectuar em finais de 2003
basquetebol e a minha mãe colocou um a tabela no quintal. Como os
e mesmo assim a velocidade reduzida, por decorrer a electrificação da
irmãos mais velhos têm sempre um a grande influência nos mais novos,
linha. Só em Maio de 2004, um mês antes do Euro 2004, já com a linha
um dia experimentei e gostei, tendo-me m antido na m odalidade até
do Algarve toda electrificada, poderá efectuar-se o trajecto em 3hl5
hoje.
(menos hora e meia do que hoje).
J. - Qual foi o seu primeiro clube?
É possível levar essas 3hl5 de comboio entre Lisboa e Faro com com­
D. - Comecei a jogar no Vasco da Gama do Porto e quando tinha 16 anos
boios convencionais, que atingem 160 quilóm etros/hora. Num a segun­
ingressei nos seniores do FC Porto. Aí permaneci quatro anos e aos 20
da fase, com comboios de pendulação activa (pendulares), que atingem
vim para o Benfica.
os 220 quilóm etros/h o ra, o tempo pode reduzir-se para 2h45, anunciou
J. - Quais as diferenças entre o FC Porto da altura e o SL Benfica de agora?
o ministro do Equipamento Social.
D. - O FC Porto de então era um a equipa em formação, que no último ano
O governante confirmou ainda que, a partir de 2004, será também pos­
em que lá estive chegou às meias-finais, onde perdeu frente ao Benfica.
sível percorrer de com boio o País todo, num a ligação directa
Apesar de tudo estar a correr bem no Porto, o projecto Benfica era mais
Braga/Faro em comboios eléctricos.
aliciante, pois o conjunto que existia permitia-me sonhar com outros
Essa ligação compreende o trajecto entre Braga, Porto, Estação do
objectivos enquanto jogador.
Oriente, Entrecampos, Ponte 25 de Abril, Pinhal Novo e Linha do
Hoje os papéis inverteram-se. Penso que a transição que o Benfica está
Algarve.
a atravessar é semelhante à que o Porto fez na altura: apareceram
Ferro Rodrigues falava precisamente durante uma visita que efectuou
alguns jovens, que só agora começaram a ser jogadores e a ganhar com
às obras do troço Pinhal N ovo/Erm idas do Sado da Linha do Algarve,
todo o mérito.
acom panhado pelo secretário de Estado Adjunto e dos Transportes, e
J. - Estas duas últim as épocas têm sido m uito difíceis. Q uando pensa vir a
pelo presidente da Refer, Rede Ferroviária Nacional.
estar em plena forma?
Actualmente, os passageiros de Lisboa que pretendam viajar de com­
D. - Estas duas últimas épocas foram, sem dúvida, as mais difíceis para
boio para o Algarve têm de ir apanhar o comboio ao Barreiro, o que já
mim como atleta, pela lesão, que ainda hoje me dá problemas e pelo
não acontecerá quando ficarem concluídas as obras em curso do pro­
m au momento que o Benfica está a atravessar.
jecto na ligação Lisboa/A lgarve.
Mas o maior problema tem sido mesmo a lesão, que está a ser bastan­
Nem sempre, porém, a via poderá ser duplicada, já que entre o Pinhal
te complicada e só nos finais de Dezembro é que sei se regresso ainda
Novo e Alcácer ela passa pela Reserva do Estuário do Tejo, o que impe­
esta época. Se aparecer será só nos playoffs, mas mesmo isso não passa
de o avanço do caminho de ferro para fora da área por onde ele corre
de um a hipótese.
actualmente. Também na zona da serra algarvia, a velocidade dos com­
J. - Recorreu aos EUA para fazer o tratamento. Porquê?
boios não poderá atingir os 220 quilóm etros/h o ra permitida pelos pen­
D. - A minha operação era algo complicada e deram -m e mais garantias nos
dulares, dado que a sinuosidade desse percurso obriga a velocidades
EUA do que na Europa. Esperemos que tudo corra bem, nada é segu­
mais m oderadas.
ro, mas as hipóteses de sucesso são maiores.
Este projecto inclui também a supressão e ou classificação de todas as
J. - Como se sente a acom panhar o Basquetebol do Benfica por fora?
passagens de nível (123 ao todo) desde o Pinhal Novo até Faro. Dessas,
D. - O Benfica está a atravessar um mom ento de muitas transições e duran­
18 já foram suprimidas. Em sua substituição serão ainda construídas 28
te muitos anos ganhou tudo, mas os clubes e as equipas têm ciclos e
passagens superiores e 20 inferiores, para além de viadutos, substi­
neste momento estamos a atravessar um ciclo menos bom. Mas esta­
tuição de pontes metálicas e criação de novas sub-estações eléctricas.
mos a construir um a equipa e com a remodelação da secção de bas­
Apesar de as obras estarem a ser feitas de forma a que a via possa rece­
quetebol e com o apoio das pessoas importantes do clube, vam os dar a
ber pendulares, tal não significa para já que a frota da CP, actualmente
volta por cima.
de 10 comboios deste tipo, seja aum entada até 2004.
J. - Acha que com a sua presença em plena forma, as "coisas" poderiam
Público, 23 de Janeiro de 2000.
tomar um rum o diferente?
S oluções: 1. Depende da conclusão de um troço de 16 quilómetros; 2. D. - Eu acho que isso, são as outras pessoas que deverão responder, mas
Em velocidade reduzida em finais de 2003; trajecto rápido, só em Maio pelos anos que eu já jogo e pela experiência adquirida, poderia ser dife­
de 2004; 3. Será possível percorrer de comboio o país todo, numa rente. O Benfica, se calhar, habituou mal as pessoas a ganhar e as outras
ligação directa Braga/Faro; 4. Durante um a visita às obras do troço equipas reforçaram-se e têm, agora, melhores plantéis. Porém, não
Pinhal N ovo/E rm idas do Sado; 5. Os passageiros têm de ir apanhar o acredito que o Benfica tenha dos orçamentos mais altos da Liga, ao ver
comboio ao Barreiro; 6 . A impossibilidade de duplicar a via entre o os jogadores que os outros clubes possuem.
Pinhal Novo e Alcácer e a redução da velocidade na serra algarvia. J. - Quais os objectivos do clube?
D. - Os objectivos que o treinador que está à frente do Benfica traçou, foi
4.- 1. Gritos ou cantos de animais: cacarejo (canto da galinha), cocorocó jogo a jogo. O Benfica precisa de subir na tabela classificativa, infeliz­
(canto do calo), cricri (som produzido pelos grilos com as asas), cucu (voz do mente não fomos à Taça da Liga, mas temos o jogo para a Taça de Por­
cuco; som de um relógio de parede), quá-quá-quá (voz do pato), ronrom tugal "à porta" e é nessa partida que temos de pensar. Depois chegar
(ruído contínuo produzido pela traqueia dos gatos); 2. Barulho de máquinas: aos playoffs e a partir daí fazer o melhor possível.

d u zen to s e q u in ze 21?)
J. - Quais as vantagens e desvantagens desta m udança de treinador? prazo: jogo a jogo; 7. Apostar nas camadas jovens; 8 . Gostaria de ficar
D. - Neste momento ainda não se pode estar a dizer. Eu, na altura, disse que ligado à modalidade; 9. Ler e estar no campo, desporto.
não iria falar sobre a saída do meu amigo, colega e treinador Carlos Lis­
boa, pois ele não merece que se fale nisso. Quanto à entrada do Mário, 9,- 1 . 0 Clube ATC AVENTURA promoveu, no primeiro fim-de-semana
é um a pessoa que eu conheço há m uito tempo, foi treinador do Benfi- de Agosto, mais um a descida do Guadiana em canoa, a sétima, entre
ca durante vários anos e conheço as suas capacidades e as melhorias Mértola e Alcoutim; 2. Apesar de os apoios serem escassos este Clube,
que ele poderá trazer. de pequena dimensão, conseguiu reunir 120 pessoas, que desfrutaram
J. - Acha que os problemas financeiros têm criado alguma instabilidade na as inigualáveis belezas daquelas paisagens Alentejanas e Algarvias; 3 .
equipa de basquetebol? Assim como a extinção das m odalidades no A saída do cais de Mértola foi efectuada com um núm ero recorde de 40
clube da Luz. canoas que, durante o primeiro trajecto, se foram alongando rio abai­
D. - E claro. A equipa de basquetebol vai continuar a trabalhar como se xo, até à Penha d'Águia, local habitualm ente escolhido para recuperar
tivessem os ordenados em dia e tudo acertado, mas esta situação alte­ forças e juntar a caravana; 4. No primeiro dia o passeio incluiu uma
ra um pouco os indivíduos. São alguns meses sem receber e as pessoas paragem no Pomarão, onde os participantes almoçaram e tiveram a
começam a ter algumas dificuldades, mas as pessoas estão atentas e oportunidade de desfrutar das festas daquela localidade; 5. N a m anhã
resolverão tudo o mais depressa possível. do dia seguinte o grupo foi deixando lentamente o cais do Pomarão em
Como é lógico, nós sabemos o que se passou com o andebol e pode direcção à Vila de Alcoutim, onde teve lugar a tradicional sardinhada
transmitir-se para as outras modalidades, mas com o historial que a no Castelo, precedida este ano, por um gaspacho preparado à maneira
equipa de basquetebol tem e com a quantidade de adeptos do Benfica tradicional; 6. Mais do que desporto, trata-se de uma actividade recre­
que gosta da m odalidade, será muito difícil acabar. Só temos de lutar ativa que perm ite o convívio entre participantes e a possibilidade de
para voltar a ter uma equipa forte e coesa, que lute pelos Campeonatos apreciar as belezas naturais da região.
e Taças.
J. - Como vê a evolução do basquetebol no nosso país? 1 0 .- a) 1 . cerca = construção de madeira, rede, muro, que rodeia e veda um
D. - Q uando pensamos em evolução, estamos a pensar nas camadas mais terreno; / cerce = rente, pela parte mais baixa, pelo pé ou pela base /
jovens e não nos seniores. Não estamos tão bem como deveríamos cerceamento = cortar pela base, pela raiz; 2 . cercadura = cerca; guar­
estar. A formação não será tão boa como nos outros países, o que leva nição ou ornato em volta ou na orla de um objecto; m oldura; / cerco =
os portugueses a não ter muitas oportunidades, dado a grande quanti­ acção ou resultado de cercar; círculo, roda. b) 3. verbo haver + locução
dade de jogadores estrangeiros. Mas para ter essas oportunidades, há prepositiva; 4. locução prepositiva = sobre, a respeito de, no tocante a,
que ser hum ilde e trabalhar, para m ostrar que se é melhor e não culpar quanto a, relativamente a; 5. locução prepositiva = mais ou menos; 6. = cer­
a, b ou c pelos jogadores que vêm para cá. car; c) 7. o cemitério
J. - Como é que vê a saída de jogadores, como o Sérgio e o N uno para o P ro n ú n c ia: ocasião, blusão, pausa, televisão, casino.
estrangeiro?
D. - Primeiro ainda tivemos, o caso do Carlos Seixas, que conseguiu boas 12.- 1d; 2e; 3g; 4i; 5a; 6b; 7j; 8f; 9h; 10c
prestações no campeonato alemão e agora é o Sérgio com boas exi­
bições e o próprio N uno Marçal, que ainda está num a fase de adap­ 13,- 1. comprimento (dim ensão longitudinal) / cumprimento (saudação); 2.
tação, m as tenho a consciência de que são jogadores que ainda têm perfeito (cabal, com pletado; puro, íntegro) / prefeito (chefe d e prefeitu­
uma palavra a dizer nos próprios campeonatos e nas suas equipas. ra); 3. emigrante (que sai da pátria) / imigrante (forasteiro, peregrino);
J. - Qual a importância que dá à estatística? 4. descrição (explicação; narração) / discrição (recato, reserva); 5. emi­
D. - Os jogadores não se devem preocupar com a estatística, pois isso fá-los nente (ilustre, sublim e, excelente) / iminente (prestes, pendente); 6.
estufar (preparar a carne com refogado) / estofar (acolchoar, chum açar);
pensar só neles em detrimento da equipa. A estatística é importante
7. moral (ética; norm a; honra) / mural (quadro pintado em m uro); 8.
principalmente para que os treinadores analisem e tentem m elhorar
rebelar (revoltar, amotinar, sublevar) / revelar (descobrir, divulgar); 9.
aspectos do jogo em que as equipas estão mais fracas, ou até para os
agentes dos jogadores mostrarem aos dirigentes. evasão (fuga, saída) / invasão (incursão, irrupção, penetração); crer
(acreditar, confiar) / querer (desejar; amar).
Os jogadores têm é de se preocupar em m ostrar dentro de campo e
como equipa do que são capazes. O basquetebol é um desporto colec­ 14,- 1/L; 2/F; 3/1; 4 / 0 ; 5/B; 6 /R ; 7/D ; 8 /M ; 9/A ; 10/P; 11/J; 12/Q; 13/H-
tivo e se a equipa não vencer, o jogador nunca irá ser ninguém, nem 14/C; 15/N ; 16/E; 17/K; 18/G. .........................
conseguirá os contratos desejados. Para tal é preciso que a equipa tenha
sucesso e ele seja preponderante no seio dela. 15.-1. ratoeira; 2. testemunha; 3. moleira; 4. indutor; 5. heliporto; 6 . foras­
J. - Em 1997/98 teve um a temporada bastante boa (12.8 pontos, 8.5 teiro, 7. diplomata; 8, comandante; 9. paroquiana; 10. pedregulho.
assistências e 2.5 triplos por jogo). Acha que vai voltar a ter um a época
assim? 16.-1. ignição, ígneo, ignífugo, pirogravura, piromaníaco; 2 . aquílego, aquí­
D. - Gostava de ter um a época melhor. Mas não me interessa m uito a esta­ fero, hidrófugo, hidrofobia, hidrocefalia; 3. heliógrafo, heliocêntrico; 4.
tística. Nessa tem porada, por exemplo, o Benfica apenas conquistou a anemómetro, anemoscópio; 5. termómetro, termodinámica; 6 . agricul­
tor; 7. férrico, ferromagnetismo; 8 . xilografía, xilofone, xilólatra; 9. cos­
Supertaça e o que me interessa é ganhar, pois foi assim que fui habi­
tuado e treinado. mografía, cosmogonia; 10 . litografía; 1 1 . cronologia, cronómetro; 12 .
geologia, geografía, geosfera; 13. fisiocracia, fisionomia, fisioterapia;
J. - O que pensa fazer depois de acabar a carreira de jogador?
14. arborícola, arborizar; 15. orografía.
D. - Ainda não pensei m uito nisso, pois a minha vontade é jogar. Mas gos­
taria de ficar ligado à modalidade, porque um a pessoa habitua-se após 17,- 1. brincadeira, brincalhão; 2. fervedor, fervura; 3. inservível, servilismo;
mais de 20 anos a jogar. Não sei se queria ser treinador, pois é uma 4. sobreviver, reviver, conviver, convívio, vivência, vivenda, vivedou-
parte de mim que ainda está muito para o fundo. Mas ainda tenho ro; 5. proibição; 6 . exigência, exigível; 7. mudança; 8. sacudidela; 9.
tempo para pensar e depois darei o passo certo. paragem; 10 . nutrição.
J. - E quanto a hobbies?
D. - Gosto de ler e de estar no campo, onde sonho viver um dia com a
minha família. Aliás, o m eu filho e a minha esposa - que espera outro
bebé para Janeiro - são a minha principal ocupação, o que vai dar
muito trabalho. Também gosto muito de desporto e quando posso vou
ao futebol, onde torço sempre polo Benfica. Nunca escondi de ninguém
que era benfiquista.
J. - E quanto a Internet?
19. - Utilizo bastante, mas não sou maníaco" dos computadores. Por exem­
plo, para saber mais acerca da minha operação fui ao site da própria clí­
nica. Para além disso troco e-mails com jogadores, principalmente
norte-americanos que já passaram pelo Benfica, com os quais criei um
certo laço de amizade.
J. - E quanto ao Infordesporto?
D. - Consulto quase todos os dias. É uma página muito boa, bem informa­
da e actualizada. Tem um am plo espaço para cada modalidade, coisa
que os jornais não têm. Das quarenta e tal páginas, quarenta são fute­
bol, duas de publicidade, uma de programação televisiva e o que sobra
fica para os outros desportos.
As pessoas têm de ter consciência de que o desporto não é só futebol.
A Liga Profissional de basquetebol é com toda a certeza mais im por­
tante que a 3‘' divisão de futebol...
3.- Solução orientativa: GUTENBERG, Johann Gensfleish (1397 ?-1468) -
Nuno Ferreira e Luís Teixeira, Infordesporto S.A., 21-12-99.
Nascido na cidade de Móguncia (Alemanha), no seio de um a família
S oluções: 1. Uma tabela colocada no quintal e a influência do irmão bastante próspera, é a ele que se deve a criação do processo de
mais velho; 2. Porque o projecto era mais aliciante; 3. Neste momento impressão com caracteres móveis - "a tipografia". Tanto o seu pai como
não, pois está a passar por um m au momento; 4. O facto de se ter lesio­ o tio eram funcionários da Casa da Moeda do arcebispo de Móguncia,
nado e o m au momento que o clube atravessa; 5. Optimista; 6 . No curto sendo provavelmente ali que Johann aprendeu a arte da precisão em

d u zen to s e d eza sseis


trabalhos de metal. Em 1428, Gutenberg parte para Estrasburgo onde Tenta accionar o alarme, mas um a coronhada na cabeça afasta-o do
procedeu às primeiras tentativas de imprim ir com caracteres móveis e botão. Tenta um a vez mais e recebe outra coronhada. Os ladrões, dois
onde deu a conhecer a sua ideia. Nesta cidade terá, provavelmente, em indivíduos bem conhecidos da polícia, um de 36 anos, o outro de 57,
1442, impresso o primeiro exemplar na sua prensa original - um pedaço começam a partir as m ontras e a atirar todas as jóias e estojos para o
de papel, com onze linhas. Em 1448 voltou a Mogúncia. Aqui, em 1450, interior de um saco de viagem. José consegue refugiar-se no escritório,
conhece Johann Fust, homem de dinheiro, que lhe terá em prestado 800 com a cliente, e ambos estão protegidos pela porta de ferro que os cri­
ducados, exigindo-lhe a participação nos lucros da empresa que então minosos não conseguem arrombar. Finalmente, o alarme é accionado a
formaram e a que deram o nome de "Das Werk der Buchei" (Fábrica de partir do escritório e os homens põem-se em fuga. Não levam pressas,
Livros). A sociedade ganhou pouco tem po depois um novo sócio, saem a passo, e várias pessoas cruzam-se com eles até à estação de
Pedro Schoffer. Terá sido este que descobriu o modo de fundir e fabri­ metro. E aqui que a PSP entra em acção. Na versão das autoridades, já
car caracteres, aliando o chumbo ao antimonio, devendo-se a ele tam­ no interior da estação, os indivíduos disparam vários tiros contra a
bém um a tinta composta de negro de fumo. Mas é a Gutenberg que a polícia, um deles fere um rapaz de 18 anos. Ainda fazem refém um pas­
história atribui o mérito principal da invenção da imprensa, não só pela sageiro, como escudo de protecção para entrar na carruagem, mas
ideia dos tipos móveis mas também pelo aperfeiçoamento da prensa (a quando o largam um agente da PSP sente ter luz verde para disparar
prensa já era conhecida e utilizava-se para cunhar m oedas, espremer um único tiro num a nádega de um dos suspeitos. Os assaltantes são
uvas, fazer impressões em tecido e acetinar o papel). Nos primeiros detidos, as armas apreendidas e as jóias devolvidas à ourivesaria.
impressos então produzidos contam-se várias edições do "Donato" e Textos retirados de Rev. Visão, 5 de Abril de 2001 (adaptação).
bulas de indulgências concedidas pelo Papa Nicolau V. No início da
década de 1450, Gutenberg iniciou a impressão da célebre Bíblia de S oluções: Notícia 1: 1. Dirige-se para a varanda, acende as luzes e
quarenta e duas linhas (em duas colunas). Com cada letra composta à abre a porta; 2. E alvejado mortalmente; 3. O facto de ter descoberto
mão, e com cada página laboriosamente colocada na impressora, tira­ uns indivíduos a abastecerem um veículo furtado.
da, seca e depois impressa no verso, parece quase impossível que Notícia 2 :1. O movimento de vaivém de um Golf ocupado por 4 jovens
alguém tivesse coragem para começar. Ao que parece Gutenberg esta­ num a zona onde se tinham já verificado vários assaltos e roubos; 2 .
ria a im prim ir trezentas folhas por dia, utilizando seis impressoras. A Sim, porque 2 deles estavam a roubar um a peixeira; 3. Foi atingido com
Bíblia tem 641 páginas, e pensa-se que foram produzidas cerca de tre­ um tiro certeiro na cabeça.
zentas cópias, das quais existem cerca de quarenta. Nem todas as Notícia 3: 1. Q uando vê as armas; 2. Accionar o alarme; 3. Porque os
cópias são iguais, tendo algumas no início de novos capítulos, letras assaltantes o im pediram com um a coronhada; 4. Não levam pressas,
pintadas à mão, em caixa alta. Os peritos reconhecem que a Bíblia foi saem a passo, e várias pessoas cruzam-se com eles até à estação de
impressa em dez secções, o que significa que Gutenberg deve ter pos­ metro; 5. Um tiro num a nádega de um deles, disparado por um polí­
suído tipos suficientes para imprim ir cerca de 130 páginas de cada vez. cia.
Mais tarde, em 1455, depois de realizada esta impressão, a sociedade 8 .- Texto: 500 m il ingleses tratados com "Zyban". O Insti- \ *
desfez-se por diferenças de interesses e direitos, suscitando-se entre tuto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infar- ^
Fust e Gutenberg tal dissidência que a justiça teve que intervir. Como med) reforçou ontem não ter motivos para decidir retirar
consequência do julgamento e como compensação pela dívida, Fust do mercado o medicamento Zvban, assegurando ao DN que, através
ficou com a impressora, os tipos e as bíblias já completas, ou seja, todo do seu departam ento de farmacovigilância, vai continuar a acompa­
o negócio de Gutenberg. Terá sido também em 1455 o ano de publi­ nhar a evolução do fármaco. Até prova em contrário, "o medicamento
cação da "Bíblia de quarenta e duas linhas". acarreta mais benefícios do que riscos para os utentes".
N o tícia O Zyban é indicado para ajudar a deixar de fum ar e, segundo a Agên­
Um ruído na m adrugada desperta-o do sono. Tudo cia do Controlo do Medicamento, tornou-se suspeito de ter provocado
acontece m uito depressa. Dirige-se para a varanda, , -¿W ' 61 mortes, 57 na Grã-Bretanha e quatro na Alemanha. Em comunicado,
acende as luzes e mal abre a porta de alumínio é alve­ o laboratório produtor, a GlaxoSmithKline (GSK), salienta que desde
jado por um grupo de indivíduos que estavam a tirar gasóleo da sua Junho de 2000 foram tratados no Reino Unido perto de 500 mil doen­
carrinha, provavelmente para abastecer um veículo furtado poucas tes, tendo-se registado pouco mais de 50 notificações, sendo que em 14
horas antes na Póvoa de Varzim. dos casos o doente não tomava o fármaco na altura da morte.
A carga da caçadeira de canos serrados, disparada a cinco metros de Fonte do Infarmed sublinhou ao DN que, "se nenhum destes países
distância, rebenta com tudo à sua frente. A Maria salta da cama e corre tomou essa decisão, nós também não o podemos fazer. Para já, está
para a porta, onde o m arido está deitado, com um ferimento fatal no assegurada a eficácia da substância". Ao todo, e desde que o medica­
peito. António ainda é transportado para o Hospital de Famalicão, mento foi introduzido em Portugal, o Infarmed recebeu 13 notificações
onde acabará por morrer. A polícia continua à procura dos suspeitos de reacções adversas, sendo que nenhum a delas foi fatal. A GSK afir­
(entretanto fugidos na escuridão) de um homicídio que teve como ma ter processado "todas as notificações de acontecimentos adversos
motivo aparente uma porção ridícula de combustível. com grande rigor", conduzindo "continuamente um processo de m oni­
torização e avaliação de segurança dos seus medicamentos".
N o tícia 2a. O laboratório tam bém reviu as notificações de morte no Reino Unido
Quinta do Conde, Sesimbra, 3 de Janeiro, às dez da manhã. José dos (RU) e concorda com a Agência de Controlo do Medicamento, um a vez
Santos, 45 anos, começava mais um a jornada de trabalho na sua que a causa de morte na maioria dos doentes está relacionada com o
empresa de contabilidade. Da janela, no piso térreo de um a vivenda em tabaco. "Estas notificações britânicas não alteram de forma nenhum a a
plena avenida principal, observa intrigado o movimento de vaivém de relação risco/benefício de Zyban, que se mantém favorável", lê-se no
um Golf GTI preto, novo, de vidros fumados, ocupado por quatro comunicado, que acrescenta: "O tabagismo é a mais im portante causa
jovens negros. Estava apreensivo. Afinal, como lembra a sua mulher, a evitável de morte. As doenças relacionadas com o tabaco provocam
Quinta do Conde anda um inferno desde há um par de anos. A loja de 120 mil mortes por ano no RU. Um em cada dois fumadores morre
desporto vai no quinto assalto, a de fotografia no terceiro, a de pronto­ devido ao tabaco e 50%, durante a meia-idade."
-a-vestir já perdeu a conta, mais as residências, os tiros à noite, as des­ Diário de Notícias. 23.01.2002
cobertas ocasionais de cadáveres, no pinhal, os roubos por esticão,
como aquele que m andou Ana Maria, 38 anos, empregada num opto­ 9.- 1. Participação política, aum ento do espaço público e liberdade de
metrista ali vizinho, para o hospital com hematomas vários. acção; 2. A publicidade reflecte a forma como os padrões estabelecidos
O m au pressentimento quanto ao grupo de rapazes era correcto. Dois socialmente estão instaurados; 3. Escolha, minúcia inflexível, rigor,
deles estavam a roubar um a peixeira do outro lado da avenida, à luz exigência; 4. Não tolera qualquer fracasso, não descuida qualquer por­
do dia, à frente de toda a gente. Ela gritava por socorro. Ele correu para menor, é selecto, sabe escolher, é intransigente, tem poder de decisão e
a ajudar. "Seus malandros", gritou mal pôs o pé na rua. Em resposta energia; 5. Necessidade de se comprazer a si mesma, complacência e
recebeu um tiro certeiro na cabeça. Os rapazes fugiram com o cordão solicitude narcisista; 6 . Informa pouco mas forma demais, e é uma
de ouro que a peixeira trazia ao pescoço. imprensa de convencimento, prefere a dissertação e descrição e salien­
A m ultidão que acorreu à cena do crime julgava que estava morto. Mas ta sempre o papel tradicional da mulher; 7. Tradicional: esposa, mãe,
não estava. Mexe um a mão e mete-a ao bolso à procura das chaves, o dona de casa. Moderninho: M ulher libertada mas de olho no homem;
8 . O papel profissional extralar; 9. Porque ela é apresentada com a
sinal para um a vizinha lhe fechar a porta do escritório, o último gesto
que fez antes de m ergulhar em coma durante 15 dias. Actualmente, função de proporcionar prazer aos outros e viver em função dos
mantém-se no hospital a recuperar das lesões provocadas pela bala outros. ,
que lhe entrou pela têmpora direita, afectando o nervo óptico e o siste­ 1 0 .-1. FALTAM ANESTESISTAS PARA TRATAR A DOR. A falta de anes­
ma nervoso central. tesistas constitui um dos obstáculos principais à implementação da
N o tícia 3â terapêutica da dor nos hospitais. O assunto foi ontem discutido no
Passam poucos minutos das três da tarde, quando José, 47 anos, abre a âmbito das Jornadas do Departamento de Dor e Emergência do Hospi­
loja, depois do almoço. Entra uma cliente, logo seguida de dois indiví­ tal Garcia de Orta, que decorreram no Parque Tecnológico da Mutela,
duo, que fecham a porta da rua atrás de si. O em pregado ainda pensa em Almada. Estima-se que existam em Portugal cerca de dois mil anes­
que se trata de um a brincadeira quando estes anunciam a sua intenção tesistas, núm ero considerado "insuficiente" por Rui Costa, que exerce a
de assalto. Ao ver as armas, uma caçadeira de canos serrados e uma especialidade e integra a Associação para o Desenvolvimento da Tera­
pistola (que só depois saberá que é de alarme), apercebe-se de que o pia da Dor. "E cada vez menor o núm ero de anestesias e eles são os úni­
assunto é sério. cos que podem ministrar anestesia aos pacientes", disse Rui Costa ao

d u zen to s e d eza ssete £ 1 /


Correio da Manhã, lembrando que mesmo o ensino da medicina não
dá suficiente atenção a esta especialidade.

2. EFICIENTE. Super-profissional. Com todas as condições. E com


êxito. E assim que se pode definir a organização da UEFA em relação
ao sorteio da fase final do Euro'2004, ontem no EuroParque, em Santa
Maria da Feira. A curta cerimónia começou ao minuto, foi rápida,
realçou os pontos que havia a destacar, enaltecendo, de forma sóbria,
os "atributos" de Portugal, o país anfitrião: as cidades e a sua beleza
natural, os estádios e, claro está, o seu futebol. Eram exactamente IlhOO
quando Jimmy Rosenthal, o apresentador "contratado" pela UEFA à
estação privada britânica ITV, deu as boas vindas, assim mesmo, em
português, às cinco centenas de delegações presentes e aos restantes
convidados.
3. ANTÓNIO OLIVEIRA ambicioso para Euro'2004. "Para 2004 não
podem os ter dúvidas. Somos candidatos porque temos uma grande
equipa e o público vai lá estar a apoiar-nos.Temos de nos assumir como
candidatos à vitória no Europeu." Assim mesmo, sem evasivas, sem
medo de arriscar. Colocando Portugal como o grande favorito no "seu"
europeu. António Oliveira não se escondeu e avançou com "prognósti­
cos antes do fim do jogo". No entanto, não deixou de sublinhar que,
para já, a sua grande preocupação é o M undial 2002. "Nem sequer
penso no Europeu. Só a partir de Dezembro de 2003. Não posso passar
por cima de um a prova como o Mundial, que é o que agora me preo­ 1.- 1. crepe; 2. organza; 3. cretone; 4. angorá; 5. cambraia; 6 . caxemira; 7.
cupa". Garantiu, contudo, que em 2004 espera continuar como selec­ seda; 8. algodão; 9. flanela; 10. cetim; 11. tafetá; 12. alpaca; 13. linho; 14.
cionador nacional: "Tenho contrato até 2014, ai não, até 2004, Junho, veludo; 15. brocado; 16. sarja; 17. chita; 18. tule.
acho eu", ironizou.
4. MÉDICOS DE FAMÍLIA. Segundo defendem os especialistas, a 2.- 1. Avental; 2. Boné; 3. Botas; 4. Botões; 5. Boxer; 6 . Cachecol; 7. Camisa;
aplicação da terapêutica da dor não deve restringir-se contudo aos hos­ 8. Camisola; 9. Capacete; 10. Chapéu; 11. Chinelo; 12. Cinto; 13. Colete;
pitais ou a grupos determ inados de pacientes, com destaque para os do 14. Collants; 15. Coroa; 16. Cuecas; 17. Fato de treino; 18. Fecho; 19.
foro oncológico. N um nível diferente, considerou Rui Costa, "os m édi­ Gravata; 20. Jeans; 21. Laço; 22. Luvas; 23. M eias/Peúgas; 24. Saia; 25.
cos de família são os mais aptos para fazê-lo porque contactam todos Sapatos de salto; 26. Sobretudo; 27. Soutien; 28. T’shirt; 29. Ténis.
os dias com os doentes e a dor alivia-se conhecendo bem o que envol­
ve os doentes". Portugal é um dos países europeus que aprovou um P a lav ra m iste rio sa : 1. botão; 2. colarinho; 3. botoeira; 4. cordão; 5. fecho;
6 . dobra; 7. lapela; 8 . presilha; 9. punho; 10. manga; 11. aselha; 12. gola.
Plano Nacional de Luta contra a Dor mas nem por isso, na prática, esta
terapêutica teve desenvolvimento. "Neste momento devem existir 3.- 1. gravata; 2. lapela; 3. botão; 4. casa (do botão); 5. gola; 6 . forro; 7.
menos de dez unidades de dor nos hospitais", estimou Rui Costa, con­ manga; 8 . colarinho; 9. presilha; 10 . fivela; 1 1 . carcela; 12 . braguilha; 13.
siderando que é cedo para avaliar a execução do plano. fralda (da camisa); 14. punho; 15. bolso.
12.- ld ; 2e; 3h; 4g; 5a; 6c; 7j; 8b; 9f; 10i. 4.- lf; 21; 3p; 4a; 5h; 6c; 7n; 8b; 9ó; 10d; llm ; 12e; 13j; 14g; 15i.
13.-1. Uma sociedade responsável não pode deixar de prever e considerar 5.- P e rg u n ta s orien tativ as:. 1. Com que idade começaste no m undo da
a definição de regras mínimas, cuja inexistência, podendo consumar moda?; 2. Quais os objectivos que pretendes alcançar na tua carreira?;
situações enganosas ou atentatórias dos direitos do cidadão consumi­ 3. Sentiste-te privada de algum a coisa quanto te tornaste modelo?; 4 . O
dor, permitiria, na prática, desvirtuar o próprio e intrínseco mérito da que é que te atraiu mais para entrares no m undo da moda?; 5. Achas
actividade publicitária; 2. A publicidade não deve comportar qualquer que hoje em dia a moda é competitiva?; 6 . N a tua opinião a m oda em
apresentação visual ou descrição de situações onde a segurança não Portugal está a melhorar?; 7. Ser modelo em Portugal é um a carreira
seja respeitada, salvo justificação de ordem pedagógica; 3 . É proibida a com futuro?; 8 . É fácil tornar-se modelo?; 9. Achas que as modelos em
publicidade que utilize comparações que não se apoiem em caracterís­ Portugal são bem pagas?; 10. Achas que os jovens dos 13 aos 17 anos
ticas essenciais, afins e objectivamente demonstráveis dos bens ou ser­ seguem a moda pelos estilistas ou a sua própria moda?; 11. Achas que
viços ou que os contraponha com outros não similares ou desconheci­ as jovens são influenciadas de alguma forma pela moda?; 12 . És
dos; 4. A publicidade a bebidas alcoólicas, independentem ente do influenciada pela moda ou crias tu o teu próprio estilo?; 13. Achas que
suporte utilizado para a sua difusão, só é consentida quando não se a forma como os jovens se vestem é influenciada pela sua maneira de
dirija especificamente a menores e, em particular, não os apresente a ser?
consumir tais bebidas; 5. Não podem ser objecto de pubhcidade os
jogos de fortuna ou azar enquanto objecto essencial da mensagem. 6 .- Texto: Em Portugal a maior parte dos jovens sonham / "
Excepto os jogos promovidos pela Santa Casa da Misericórdia de Lis­ em ser modelos e querem ter um lugar especial no í )
boa; 6. A mensagem publicitária relativa a cursos ou quaisquer outras m undo da moda. Querem viajar, conhecer gente famo­
acções de formação ou aperfeiçoamento intelectual, cultural ou profis­ sa e fazer muito dinheiro! Um m odo de vida perfeito que lhes alimen­
sional deve indicar a natureza desses cursos ou acções, de acordo com ta os sonhos através de revistas, televisão e cinema.
a designação oficialmente aceite pelos serviços competentes, bem como Mas Portugal não é Paris nem Nova Iorque e aqui o sonho é m uito dife­
a duração dos mesmos. rente.
Isto é um país pequeno; por isso temos de nos sujeitar à sua dimensão.
14.- 1. N a cidade de Tomar; 2. Bartolomeu Dias; 3. O descobrimento do Bra­
Apesar de tudo, a ideia de top models não está posta de lado, os enten­
sil; 4. Rosa Mota; 5. No século XVI ( cerca de 1525 - 1580); 6 . Foi Pedro
didos na matéria dizem "Estão a ser feitos"! Entretanto, há um longo e
Nunes, matemático português, um dos maiores do seu século (1502 -
penoso caminho para lá chegar! A competição é enorme, os "cachets"
1578); 7. Gil Eanes, navegador português (séc. XV); 8. Foi Joaquim Teó­
são à dimensão nacional e o trabalho é muito duro. É preciso m uito tra­
filo Braga, professor, de 05-10-1910 a 03-09-1911; 9. Foi Manuel de
balho e às vezes m uitas lágrimas, para chegar ao topo.
Arriaga, advogado, eleito a 24-08-1911 e investido a 11-10-1911 até 27­
"As raparigas portuguesas", diz Gin, da Agência Look - "Não têm em
05-1915; 10. Fátima, que se desenvolveu graças ao santuário construído
mente lutar para conquistar, como lá fora, porque isto é uma profissão
na Cova da Iria.
muito competitiva.
15.- 1/F; 2/C ; 3 /H ; 4/A ; 5/J; 6 /B; 7/1; 8 /E ; 9/G ; 10/D. Elas não podem chegar e vencer, porque há muitos m anequins lá fora
nas ruas...
1 6 .- 1 . ortocento, ortodáctilo, ortoédrico, ortogénese, o rto p e d ia ; 2 . retroac­
Temos que pensar nisso, elas m uitas vezes não estão preparadas...nem
tivo, retroflexão, retrospecção, retrovisor; 3. telecomando, telecomuni­
para a competição nem para o trabalho duro".
cações, teledirigir, telefonia, telégrafo; 4. endocrinología, endogamia,
"Há a realidade que não podemos esquecer, que é o dia a dia, e há o
endógeno; 5. hipocentro, hipocraniano, hipoderme, hipogástrio; 6.
m undo da m oda, que é o m undo da ilusão, o m undo do faz de conta,
extracontinental, extraconjugal, extraditar, extra-escolar, extramuros; 7 .
e é isso que mais nos atrai", diz Cristina Câmara, da Agência Look.
cisatlântico, cisalpino; 8 . topografia, topofobia; 9. ultracurto, ultrafan-
Hoje em dia os jovens têm necessidade de se expressar através das suas
tástico, ultraliberal, ultramarino, ultrapassar; 10 . circunvizinho, cir-
atitudes e do seu modo de vestir. Esses contrastes estão em todo o lado,
cum-adjacente, circumpolar, circum-navegar, circunvalar.
basta olharmos para um grupo de amigos e reparamos em muitas dife­
17.-1. chuvisco; 2. morrinha; 3. chuva; 4. aguaceiro; 5. chuvada; 6. pancada renças. Contudo, hoje em dia cada jovem tem um gosto pessoal, mas
de água; 7. bátega; 8 . granizo; 9. carga de água; 10. tromba de água; 11. nem sempre a maneira de vestir é sinónimo de "espelho da personali­
borrasca; 12 . dilúvio. dade".
Muitas vezes, o vestir, implica, o sítio onde vamos, as pessoas com
18.- 1. cavalaria; 2. tesouraria; 3. tabacaria; 4. cervejaria; 5. perfumaria; 6 .
quem estamos, as coisas que vimos, que fazemos, etc.
doçaria; 7. vacaria; 8 . papelaria; 9. hotelaria, 10. estamparia; 11. alber­
N a base de um inquérito realizado a alguns alunos da Escola Secundá­
garia; 12. escadaria; 13. armaria; 14. especiaria; 15. ramaria; 16. maqui­
ria de Mem Martins, verifica-se que, 68,7% dos inquiridos, responde-
naria; 17. casaria; 18. gataria; 19. pedraria; 20. berraria.

d u zen to s e d e z o ito
ram que davam importância à maneira de vestir. Ao fazermos a análi­ 1 2 . - 1 . megafone, megalítico, megalomania; 2 . m onocultura, monóculo,
se por sexos, podemos verificar que as raparigas dão mais importância monocromático, monocelular; 3. peneplanície; 4. polivalente, politeís­
à maneira de vestir que os rapazes. mo, polissemia, polissépalo, policlínica, polifásico; 5. ambidestro,
Os jovens em geral preferem roupas mais simples, cómodas, que os ambivalência; 6 . homocromia, homofonia, homografia, homoplástico;
façam sentir bem. Metade dos inquiridos responderam que gostavam 7. multicelular, multiforme, multilíngue; 8 . equidistante, equimúltiplo;
do estilo desportivo para o seu dia-a-dia e 1/4 dos mesmos optam pelo 9. unicapsular, unicelular, unicolor, unidireccional; 10. bicarbonato,
prático. Os restantes 18,7%, gostam de se vestir de várias maneiras não bicéfalo, bicentenário, bicicleta, bilateral, bilabial; 1 1 . tetraedro, tetra-
referidas no inquérito. córdio, tetrápode; 12. metrologia, metromania, metrónomo; 13. omní­
O estilo desportivo é o mais usado pelos rapazes, que, no total dos voro, omnipotente, omnipresente; 14. hemialgia, hemifacial, hemiple­
inquiridos, se destacam com 62,5% de respostas nesta área. Quanto às gia; 15. microbalança, microclima, microfilme, microfone, micrograma.
raparigas, as preferências são: o prático e o desportivo.
A marca de roupa que mais influencia os jovens em geral, é a Levi's. 13.- 1. regulador; 2. condensador; 3. borrifador; 4. interruptor; 5. cobertor;
Contudo, nem todos os jovens são influenciados pelas marcas de 6 . propulsor; 7. indicador; 8. proscritor; 9. em preendedor; 10. corruptor;
roupa. N o inquérito realizado, 37,5% dos inquiridos responderam que 11. ilustrador; 12. navegador; 13. percussor; 14. polidor; 15. repuxador;
não são influenciados pelas marcas. No entanto os rapazes são mais 16. amplificador; 17. chacinador; 18. distribuidor; 19. jejuador; 20. ins­
que as raparigas. As razões que levam os jovens a escolher determ ina­ pector.
das marcas, são essencialmente o gosto e o estilo. N enhum dos inqui­
ridos considera que é determ inado pelos amigos na escolha das m ar­
cas que usa .
Relativamente à moda em Portugal, a maioria dos jovens inquiridos
(62,5%), gostam das propostas dadas pelos estilistas. 1/4 dos inquiridos
não conhecem a moda em Portugal. Sendo isso natural, um a vez que
esta não tem m uita divulgação ao nível dos jovens. No entanto, o esti­
lista mais conhecido e apreciado pelos jovens é Nuno Gama. As rapa­
rigas preferem o trabalho de Ana Salazar enquanto que o sexo mascu­
lino aprecia mais a estilista Fátima Lopes.
Em Portugal os jovens que recorrem a estes estilistas são pessoas com
recursos económicos mais elevados.

S oluções: 1. Poder viajar, conhecer gente famosa e fazer muito dinhei­


ro; 2 . É um processo longo e penoso, a competição é enorm e, os cachets
baixos e o trabalho é m uito duro; 3 .0 facto de ser um m undo de ilusão,
de faz de conta; 4. Sim, de acordo com o inquérito feito na Escola
Secundária de Martim Mendes, as raparigas dão mais importância à
m aneira de vestir do que os rapazes; 5. Os rapazes preferem o estilo
desportivo e as raparigas o prático e o desportivo; 6 . Os jovens com
recursos económicos mais elevados.

7.- 1. despregar, imerecido, invertebrado; 2. desonra, incompreensão, desi­


gual; 3. desinteresse, indigno, desobstruir; 4. inumano, desorientar,
intransitável; 5. desculpar, impróprio, imóvel; 6 . desagradar, desfazer,
ilegível; 7. incerteza, im permeável, incapacidade; 8 . im prudente, invo­
luntário, ingratidão; 9. desajeitado, indecente, irreversível; 10. irreve­ 1.- S olução livre.
rente, desproteger, imortal.
2.- S olução livre.
8 .- ld ; 2e; 3h; 4a; 5i; 6g; 7j; 8f; 9c; 10b
3.- S olução livre.
9.- l.A lgo sai de M oda quando deixa de interessar ao público a que se des­
4.- S olução livre.
tina ou, às vezes, quando, afogando-se no próprio êxito, se estende de
forma descontrolada e perde o sentido de identidade que o caracteri­ 5.- S olução livre.
zara inicialmente; 2. A tendência globalizadora dos valores que regem
a sociedade e seus costumes, desperta a necessidade de expressar a 6 .- O Manuelino é a tendência que se manifesta durante o reinado de D.
própria individualidade, ou pelo menos de m ostrar uma maior defi­ Manuel I (1491 - 1521) paralelamente a outras correntes (gótico final,
nição em termos de grupo ao qual pertencemos; 3. Hoje há marcas, arte luso-mourisca, primórdios do Renascimento). Os elementos deco­
especialmente no sector da Moda Intima, que sem possuírem uma rativos habituais do gótico flamejante foram substituídos por elemen­
gama de produtos que possa ser definida como original ou fruto dum a tos decorativos de inspiração naturalista. Como principais característi­
depurada investigação estilística, conseguem ser consideradas marcas cas do m anuelino, pode-se apontar a exuberância plástica, o
que estão na Moda; 4. O consum idor adulto e habituado aos produtos naturalismo, a robustez e dinâmica de curvas e volumes, o recurso a
de luxo, considera a marca como um ponto de referência, um a garan­ novos motivos inspirados na fauna e flora do oceano, o m undo vegetal
tia em termos de estilo e qualidade. Exige que a qualidade, o design, o marítimo e terrestre e a actividade de cursos ligados ao m ar (corais,
tratamento que recebe na loja onde adquire o produto estejam à altura. algas, redes, cabos, cinturões, nós, raízes de árvores, alcachofras e
Para o verdadeiro consum idor de artigos de luxo é im portante a per­ folhas de loureiro, meias esferas, cadeias, esfera armilar, escudo nacio­
sonalidade e exclusividade dos modelos, e não os sinais evidentes de nal, Cruz de Cristo, etc.)
status, como as etiquetas; 5. Uma das chaves essenciais para o êxito do A decoração é alinhada em frisos, em cornijas e em platibandas, ou
comércio é a capacidade de equilibrar a proposta do seu negócio em concentrada em torno de portais e janelas. Apesar de se manifestar
função dos seus clientes, e das diferentes formas como estes entendem predominantemente como tendência ornamental, o manuelino aparece
a Moda: há quem procure apenas o status da marca; outros o requinte também na arquitectura da época na aplicação de abóbadas planifica­
dum design e acabamentos exclusivos; enfim, a busca do cada vez das em que as nervuras avançam de mísulas, perfis de arcos, recorte
menos utópico equilíbrio entre a qualidade-preço-design-inovação nas dos vãos, bases de suportes, etc. São normalmente abóbadas rebaixa­
gamas às quais recorrem os consumidores de todas as classes sociais; 6 . das, estreladas ou artezoadas.
Acredito que no futuro as novidades mais im portantes no sector da A expansão do m anuelino está localizada nos arquipélagos da Madei­
moda, continuarão a derivar da inovação tecnológica. São as inovações ra e Açores, em Marrocos, na índia e até no México.
em fibras e em m aquinaria têxtil que permitem novas técnicas de aca­ A Igreja e o Convento de Jesus em Setúbal são das primeiras e mais pre­
bamentos, de recobrimentos, de tratamentos de superfície, texturas, ciosas jóias do manuelino. Também o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre
entre outros detalhes que acabam inevitavelmente por influenciar a de Belém, a fachada do Convento de Cristo, em Tomar, e as capelas
Moda. imperfeitas da Batalha são exemplos muito im portantes deste tipo de
estilo.
10.-1. Adolfo Correia da Rocha; 2. Egas Moniz; 3. Alfred Keil, compositor e
pintor português (1850-1907); 4. Foi Calouste Gulbenkian (Istambul, 7.- 1. O d iv elas. Referem os historiadores que a origem do topónimo Odi-
1869 - Lisboa, 1955); 5. Foi Rafael Bordalo Pinheiro, em 1875; 6 . Gil velas tem a ver com um episódio relacionado com o facto de o rei ser
Vicente, poeta e dram aturgo português (1465-1536); 7. É o rio M onde­ um frequentador assíduo daquelas paragens, dada a beleza das donze­
go. Nasce na Serra da Estrela, a 1425 metros de altitude, banha Coim­ las por ali existentes. A rainha, um a noite, resolveu fazer-lhe um a sur­
bra e a Figueira da Foz e desagua no Oceano Atlântico após um per­ presa e pôs-se a caminho, no seu encalço. Q uando o monarca lhe sur­
curso de 227 quilómetros; 8 . Cantora lírica portuguesa de renome giu pela frente, a suas palavras foram "Ide vê-las Senhor...", o que deu
internacional (1753-1833); 9. Um dos heterónimos criados por Fernan­ origem ao nome actual. Se esta explicação é plausível, outros filólogos
do Pessoa; 10. Gago Coutinho e Sacadura Cabral. defendem, contudo, que a origem está na junção da palavra árabe
"Odi" com a latina "Velas", sendo que a primeira significa "curso de
11.- 1/L; 2/F; 3/1; 4/A ; 5/C ; 6 /K ; 7 /0 ; 8 /B; 9 /N ; 10/H ; 11/D; 12/E; 13/G; água" e a segunda seria uma alusão às velas dos moinhos que embele­
14/J; 15/M. zam a paisagem rural; 2, P onte da Barça. Em pleno coração do Alto

d u zen to s e d eza n o v e 2 1 9
Minho deve o seu topónimo à "barca" que fazia a ligação entre as duas precedidos de obeliscos. A primeira sala era um grande pátio rodeado
margens do Rio Lima, muitas vezes peregrinos a caminho de Santiago de colunas, seguia-se a sala hipóstila, o santuário e ao fundo uma
de Compostela. A "ponte" foi construida em meados do séc. XV; 3. pequena divisão onde só podiam ir os sacerdotes. A nível da escultura
A n ad ia. A historia do topónimo de Anadia está ligado ao nome de há um maior incremento nos efeitos decorativos, maior naturalismo. A
Ana Dias. Esta era urna grande proprietária de vinhas do povoado. O pintura é de grande policromia e introduz o elemento paisagístico,
seu vinho era de boa qualidade e vendido junto da estrada que seguia aparecendo inclusivamente cenas de banquetes e de caça. Para além
para Coimbra. Com o tempo, o seu nome ficou sendo conhecido e liga­ destes aspectos é de salientar as artes menores: móveis, colheres para
do ao povoado; 4. C astro V erde. Segundo alguns historiadores o unguentos, adornos de ouro, escaravelhos, etc.
Dicionário Fundamental de Artes Visuais.
nome de Castro Verde deriva de "Castrum Veteris", de veterano, do cas­
tro (castelo) mais antigo, o mais velho que teria já sido abandonado S oluções: 1. Bizâncio é do séc. V até 1543; 2. Utilização da planta de
pelas gentes. O termo "Castro" deriva de "Castrum", estabelecimento cruz grega ou poligonal, grandes cúpulas em jogo com outras mais
militar. Crê-se que a palavra "Castrum ", devido a um a latinização, se pequenas e capitel cúbico; 3. Mármore do séc. VI; 4. Seis séculos; 5. Per­
passou a aplicar aos acampamentos militares romanos. O topónimo de manente divinização do rei, glorificação dos deuses e crença na vida
Castro Verde constituiria então, a imortalização do nome do local no para além da morte; 6 . De 3100 - 2700 a. C. até 1575 -1108 a. C., corres­
período romano, significando "Castrum Veteris", acampamento militar pondendo ao período finita, império antigo, primeiro período intermé­
antigo; 5. F erreira de A len tejo . A tradição popular afirma que por dio, império médio, segundo período intermédio, império novo; 7.
volta do século IV, na zona onde hoje se localiza Ferreira do Alentejo, Construções funerárias baixas e paletas de xisto decoradas com rele­
existia urna exuberante e próspera cidade romana denom inada Singa. vos; 8. A mastaba era e sepultura de altas individualidades e a pirâm i­
Essa cidade seria, contudo, atacada, por volta de 405 da era cristã, por de era para o rei; 9. Império Antigo: figuras com o tronco e os olhos de
povos bárbaros, que teriam sido detidos pela valentia de um a valorosa frente e a cabeça e os pés de lado; Império Novo: grande policromia e
mulher. Essa mulher, esposa de um ferreiro, terá defendido a porta do introduz o elemento paisagístico, aparecendo cenas de banquetes e de
castelo com dois malhos. Este facto, não podendo ser confirmado cien­ caça; 10. Grande avenida de esfinges que levava à entrada formada por
tificamente, deu imagem ao brasão da vila, no qual figura um a mulher pilones precedidos de obeliscos, primeira sala com grande pátio, sala
com um malho em cada mão; 6 . C asa B ranca. As primeiras proprie­ hipóstila, santuário, divisão para sacerdotes.
dades urbanas foram construídas de calcário muito branco que ali exis­ 11.- 1. aragem; 2. brisa; 3. pé-de-vento; 4. vento; 5. vendaval; 6 . tufão; 7.
tia e que exposto à acção da luz, se petrificava e assim facilmente se ciclone.
faziam blocos, quando ainda brando, para, após o seu endurecimento,
se construírem os muros, ficando os prédios, mesmo sem cal, muito 12.- ld ; 2f; 3j; 4a; 5h; 6b; 7i; 8c; 9g; 10e.
brancos e quem sabe, talvez daí a origem do nome " Casa Branca", que 13.-1. preçário; 2. indisciplinada; 3; miliciano; 4. roçadeira: 5. rixador; 6 .
se estendeu a todo o aglomerado de casas; 7. C abeça G o rd a. O nome anuário; 7. bacalhoeiro; 8. bilíngue, 9. espelheiro; 10. desordeiro.
da freguesia tem sentido topográfico e está relacionado com a locali­
z; 2. lojista; 3. algibeira; 4. laje; 5. girafa; 6 . ajeitar; 7. algema; <
zação orográfica - num cabeço ou monte alto - "gordo" na expressão
íaianjeira; 9. gengiva; 10. ferrugem; 11. tangerina, 12. jeito; 13. jibóia; V
utilizada pelos fundadores da povoação; 8 . R ib e ira Brava. O topóni­
granjear; 15. gente; 16. ginja; 17. girino; 18. junção; 19. ginásio; 20. gen
mo Ribeira Brava provém de um a corrente de água que a atravessa e
ca.
que quase sempre se apresenta com um caudal indomável. A estas
correntes, por regra aproveitadas para regar os campos, chama-se leva­ 15.-1. O pintor português João M orando inaugura amanhã um a exposição
das. de pintura no Centro Unesco do Porto. As suas obras remetem para a
aventura do rasgar dos mares. E, tal como os marinheiros de Q uinhen­
8 .- 1. Os visitantes optam por se deslocar a sítios menos arriscados, mais tos, também Morando traz novas de outros horizontes, remotos ou
afastados das grandes metrópoles, onde se localizam os principais próximos; traz odores e sons de outros m undos que não o nosso. A sua
m useus e os coleccionadores recusam pôr a circular as suas peças; 2 . pintura, como sublinha Ivo Machado, mostra quietude e inquietação,
Começaram a desenvolver fortemente a m odalidade online dos seus mas sempre contentamento. Os traços, agitados e lúcidos, são sempre
respectivos sites. firmes; 2. M. R. salienta que o seu trabalho sobre D. João II, um anel
aberto assente em três pés, «pode fazer lembrar vagamente figuras do
9.- 1. ciúmes; 2. amiudado; 3. abaixar; 4. polido; 5. estalar; 6 . pífano; 7. bestiário medieval», do mesmo m odo que também sugere o Arco do
juízo; 8 . condizer; 9. módico; 10. cacete. Triunfo, pois «as pessoas podem passear por entre as pernas da escul­
10.- Texto: A a rte b iz a n tin a . A arte bizantina desenvolve­ tura», disse o escultor; 3. O colorido é um a espécie de sétima colina (à
-se desde o século V (reinado de Teodósio) até 1543 e ( semelhança da pintura de fachadas durante a Lisboa 94 - Capital Euro­
peia da Cultura), mas em tom tropical, com amarelos, azuis, vermelhos
ultrapassa o momento da tom ada de Bizâncio pelos Tur­
e rosas mais estridentes; 4. As tábuas de m adeira utilizadas no dia-a-
cos. Consiste numa síntese de elementos helenísticos, orientais
-dia por gregos e romanos eram banhadas com cera, na qual se traça­
e romanos, desenvolvendo uma linguagem própria. A nível da arqui­
vam caracteres alfabéticos ou desenhos. Para escrever no papiro ou
tectura há uma utilização constante de determ inados elementos como
pergaminho os romanos utilizavam um a pequena cana, talhada tal
a planta de cruz grega ou poligonal, grandes cúpulas em jogo com
qual como os aparos actuais (ou seja, com ponta fendida em duas meta­
outras mais pequenas, o capitel cúbico, sendo de realçar o arco que des) e utilizada até aos séculos VI e VII (altura em que foi substituída
assenta directamente sobre a coluna (sem capitel). O interior do edifí­ por penas de pato e de outras aves; 5. Estamos perante um assombro
cio é marcado por grande profusão de mosaicos como revestimento. em termos de «design» gráfico. Comparável à Time Lapse, com igual
No exterior é decorado de pedra e ladrilho com alternância de cor. A requinte de traço e cor. Em Atlantis, porém, o jogo de luz e sombra é
nível da escultura os exemplos que existem são de mármore do século mais puro, mais visível. Cada cenário é um a aguarela assinada pelo
VI. N a pintura nota-se normalmente o carácter simbólico (século VI) melhor dos pintores; 6 . Iluminada por uma luz oblíqua como num a tela
em que o tamanho da figura difere consoante a sua importância, fron­ de Vermeer, H anna é Stasis, é a pose da estátua de pedra viva, repre­
talidade e ausência do retrato. Para além da pintura, salienta-se as senta as linhas clássicas de um modelo intemporal. Ele é o seu contrá­
peças em marfim e objectos preciosos. Posteriormente (século XI) evo­ rio, um m ovimento contínuo, um a inquietação do corpo só quebrada
luiu-se para um estilo mais naturalista. pela disciplina suave da voz, um a voz que não se levanta nem se alte­
Texto: A a rte eg íp cia: A arte egípcia é um a arte de ^ ra; 7. Foi em 1924 que se iniciou a construção do famoso edifício da Rua
grande longevidade e caracterizada pela permanente / Almirante Barroso, ornamentado com profuso baixo-relevo cerâmico,
em vidrado escuro, de sabor expressionista; 8 . Q uando Lúcia julgou
divinização do rei, pela glorificação dos deuses e pela ^
que ia embarcar, começou o sofrimento. Os agentes usavam agora as
crença na vida para além da morte. Há assim necessidade
técnicas contra documentos falsificados, o tacto, a luz negra, as rasuras
de estabelecer divisões e períodos para o seu estudo que vão desde
e as dobras do papel, a fotografia. Continuavam, no entanto, a ver um
3100 - 2700 a.C. até 1575 - 1108 a.C. aproxim adam ente (períodos: fini­
passaporte intacto e verdadeiro. Por fim, só as impressões digitais m os­
ta; Império Antigo; primeiro período intermédio; Império Médio;
traram que era melhor inverter o problema: o que estava errado era a
segundo período intermédio; Império Novo).
pessoa. O passaporte era de Maria, a irmã de Lúcia.
Na época finita predom inam as construções funerárias baixas - masta-
bas - e as paletas de xisto decoradas com relevos. Com o Império Anti­ 46.- 11; 2h; 3e; 4c; 5a; 6j; 7k; 8b; 9i; 10d; 11g; 12f.
go desenvolve-se um a arte artificial: a mastaba passou a ser a sepultu­
17.-1. tanoeiro; 2. fogueteiro; 3. cenógrafo; 4. confidente; 5. centenário; 6 .
ra de altas individualidades e a pirâm ide foi feita para o rei. As
cam onianista/camoniana; 7. cartógrafo; 8 . marciana; 9. cipriota; 10.
construções de pedra copiaram as antigas de madeira e tijolo. São deste
octogenária.
período as pirâmides construídas em Gizé com a grande esfinge que
guarda o caminho. Na escultura e pintura predom inam as formas cúbi­ 18.- 1. biodinâmica, biografia, biologia; 2. mitologia, mitomania; 3. ictiolo-
cas que dão às figuras rigidez e imobilidade; as estátuas são feitas para gia, ictiossauros, piscicultura; 4. xenofobia, xenofilia; 5. avícola, avicul­
serem vistas de frente ou de perfil, tendo um aspecto estático. Surgem tor; 6 . zoologista, zoológico, zoomorfo, zootomia; 7. antropomorfo, an-
na pintura as figuras com o tronco e os olhos de frente e a cabeça e os tropocentrismo, antropóide; 8 . demografia, demófilo; 9. pedología,
pés de lado. Poucas são depois as alterações, sendo apenas de apontar pedofilia; 10 . etnografia, etnologia, etnocentrismo; 1 1 . filomático, filo-
no período Médio, no Alto Egipto, o aparecimento do hipogeu. Na genitura.
escultura os rostos têm um aspecto menos majestático, mais patético.
19.- 1. frescura; 2. gratidão; 3. ingenuidade; 4. sensatez; 5. certeza; 6 . sobe­
Com a chegada do Império Novo, o templo passou a ser tão im portan­
rania; 7. tolice; 8 . alvor; 9. altitude; 10. formosura; 11. capacidade; 12.
te que a sua construção se espalhou por todo o Império. Tinha uma
mansidão; 13. altivez; 14. riqueza; 15. cobardia; 16. estroinice; 17. rabu­
grande avenida de esfinges que levava à entrada formada por pilones
gice; 18. doçura; 19. gravidez, 20. amplitude.

2. 2 0 d u zen to s e v in te
Atualmente, o desfile constitui bem valioso e m uito disputado: além
dos ingressos, tam bém são vendidos os direitos de transmissão por
rádio e televisão, discos, etc.
No local hoje conhecido por Praça Onze, vizinho ao local originalmen­
te ocupado pela praça, a RioTur construiu o Terreirão do Samba,
espaço no qual ocorrem eventos alternativos para os que não têm aces­
so à Passarela do Samba.

S oluções: 1. É o de maior expressão, conhecido mundialmente, e atrai


grande quantidade de turistas de várias nacionalidades; 2. Entre o
sábado e o meio-dia da quarta-feira de cinzas; 3. Em 1723, com a
migração vinda das ilhas da Madeira, Açores e Cabo Verde; 4. As gran­
des sociedades, no ano d e i855, com a sua organização e os seus carros
alegóricos; 5. Em 1935, na Praça onze de Junho; 6. E o local do desfile
das várias escolas de samba, actualmente na Av. Presidente Vargas; 7.
É que para além das entradas, são também vendidos os direitos de
transmissão por rádio e televisão.
9.- S olução o rie n ta tiv a : Nasceu em 1929. Iniciou-se no m undo do
espectáculo com 5 anos de idade em pequenas peças musicais.
Em 1941 entra para o Teatro Nacional de D.Maria II. Com apenas cator­
ze anos de idade, estreou-se com Estevão Amarante no Teatro Avenida.
Apenas um ano depois, pisa o palco ao lado de nomes como Amélia
Rey Colaço, Raul de Carvalho e João Villaret.
1.- 1. convénio; 2. óptimo; 3. eléctrico; 4. actividade; 5. cinquenta; 6. cómo­ Conclui o curso de teatro do Conservatório Nacional de Lisboa com 18
do; 7. hum idade; 8. registar; 9. ideia; 10. dezassete; 11. baptismo; 12. valores.
protecção; 13. sequestro; 14. prémio; 15. pinguim; 16. António; 17. ténis; No cinema, o seu primeiro filme foi "Camões", do realizador Leitão de
18. insecto; 19. dezanove; 20. reacção. Barros; viria a casar-se com o arquitecto Rui Couto, que conhecera
durante a rodagem deste filme.
2.- 1. econômico; 2. argüir; 3. fição; 4. bebê; 5. diretor; 6 . dezesseis; 7. Em 1948, com Amélia Rey Colaço, integra o elenco da última peça de
neurônio; 8 . agüentar; 9. conosco; 10. ator; 11. corruto; 12. aspeto. Júlio Dantas "Outono em Flor".
Um ano depois entrou nos filmes "A Morgadinha dos Canaviais", "Can­
3.- la; 2b; 3m; 4d; 5e; 6p; 7q; 8h; 9s; 10 t. tiga da Rua", "Matar Saudades" e "Tempos Difíceis".
4.- lk; 2b; 3c; 4n; 5e; 6f; 7q; 8h; 9i; 10t. Abandona por algum tempo o teatro, aos 23 anos, tendo trabalhado
como secretária, o que não foi por muito tempo, pois regressa ao teatro
5.- 1. Podia dizer-me onde ficam os correios; 2. O pai prom eteu levar-me em 1955 para representar "Joana d ’Arc", de Jean Anouilh. Casa pela
ao cinema; 3. Eles ajudaram-me a lavar o carro; 4. Não me quero levan­ segunda vez.
tar; 5. Nós encontrar-nos-emos na Ria; 6 . O que é que você me queria Em 1957, na companhia então instalada no Teatro da Trindade, leva à
dizer; 7. Ele pediu-m e que o viesse buscar; 8 . Largue-me, você está a cena a peça "Noite de Reis" de Willliam Shakespeare. Seguiram-se as
machucar-me. peças "Um Serão nas Laranjeiras", "Os Pássaros de Asas Cortadas" e
"Leonor Teles".
6 .- 1. claque; 2. bandido, salteador; 3. casaco; 4. mentiras; 5. gripe, consti­ Representa no Parque Mayer a comédia "Três em Lua de Mel" de Ribei­
pação; 6 . desordem, confusão; 7. autoridade; 8 . arredores; 9. apanhar o
rinho e Henrique Santana.
autocarro; 10 . comida, refeição. No Teatro Experimental de Cascais integra o elenco da peça "Fedra" ao
?•- Texto . ' lado de Amélia Rey Colaço e onde conheceu aquele que viria a ser o pai
O carnaval é a maior festa popular do Brasil, apesar ') da sua última filha - o poeta António Barrahona, com quem casa em
de perder em importância para outras festas em algu­ 1970.
mas regiões do país. O carnaval carioca é o de maior expressão, conhe­ Um ano depois, trabalha pela últim a vez com a Companhia Rey Colaço
cido mundialm ente, e atrai grande quantidade de turistas de várias Robles Monteiro no Teatro da Trindade com a peça "O Duelo".
nacionalidades. Afasta-se novam ente do teatro para voltar mais tarde com a peça "As
Sua data varia de ano para ano, geralmente entre o final de fevereiro e Criadas" de Jean Genet no Teatro Experimental de Cascais.
o início de março. Começa oficialmente em um sábado e term ina ao Depois do 25 de Abril, com a reabertura do Teatro Nacional de D.
meio-dia da quarta-feira seguinte, chamada "quarta-feira de cinzas"; no Maria II, passa a integrar o elenco fixo.
entanto, m uitas pessoas começam a comemorar já na sexta-feira e pros­ Volta a afastar-se do teatro e em 1982 roda o filme "Manhã Submersa"
seguem até o final da quarta-feira de cinzas. de Lauro António. Em 1988, vai ao Festival de Veneza com o filme
O carnaval surgiu no Brasil em 1723, com a migração vinda das ilhas "Tempos Difíceis" tendo com a sua representação granjeado imensos
portuguesas da Madeira, Açores e Cabo Verde. As festividades carna­ elogios.
valescas, chamadas de Entrudo, eram semelhantes às que ocorriam em Eunice Muñoz volta ao Teatro Nacional com a peça "Mãe Coragem e os
Portugal. Seus Filhos", de Brecht, e com a revista "Passa por Mim no Rossio", de
Em 1840 foi realizado o primeiro Baile de Carnaval. Uma tradicional Filipe La Féria, conseguindo atrair novos públicos para as salas de tea­
loja de máscaras im portou máscaras, bigodes e barbas postiços para tro nacionais.
auxiliar na confecção das fantasias. N a televisão interpretou a protagonista principal na telenovela "A Ban­
Em 1852 surgiu o Zé Pereira, conjunto de bum bos e tambores liderado queira do Povo", e mais recentemente em "Todo o Tempo do Mundo".
pelo sapateiro José N ogueira de Azevedo Paredes, que percorria as Em 2000, ao lado da actriz brasileira Eva Wilma, protagonizou a peça
ruas da cidade, anim ando o Carnaval. Em seguida surgiram outros ins­ "Madame", encenada por Ricardo Pais, onde representam respectiva­
trumentos, como cuícas, tamborins e pandeiros. mente as personagens Eça de Queiroz e Machado de Assis.
Em 1855 surgiram os primeiros grandes clubes carnavalescos: as Gran­ O novo milénio trouxe-lhe mais trabalhos na TVI, com a participação
des Sociedades. Esses clubes não se reuniam apenas para comemorar o na telenovela "Olhos de Agua".
Carnaval, m as também estavam ligados a movimentos cívicos. Com
11.- 1. Porque queria ir ver Pietro; 2. Era um dos mais belos jovens fidalgos
sua organização e seus carros alegóricos, foram os precursores do Car­
de Veneza, filho do conde Alvisi, que morrera arruinado; 3. Pobre como
naval organizado dos dias atuais. Naquela época, o Carnaval tinha
Job, belo como um príncipe e misterioso como um pirata; 4. Não. Ela
ainda um estilo m uito europeu, que foi gradualm ente evoluindo e se
gostava de Pietro e o tutor queria casá-la com o comendador Zorzi; 5.
abrasileirando.
Tinha sido 15 dias antes, num a festa, em casa da amiga Giovanna,
Em 1907 surgiu o Corso, um desfile de automóveis que se constituiu
prim a dele; 6 . Ficou louca de alegria e de espanto e não foi capaz de
em um a das principais atrações do carnaval carioca durante as primei­
dizer uma única palavra.
ras décadas do século XX.
Os cordões e blocos originaram as escolas de samba, que persistem até 14.- lf; 2i; 3g; 4a; 5b; 6J; 7e; 8c; 9h; 10d.
os dias atuais. A primeira delas, fundada em 1928 no bairro do Estácio,
chamava-se Deixa Falar. O primeiro desfile, ainda extra-oficial, ocorreu 15.- lj; 2e; 3a; 4h; 5b; 6f; 7i; 8d; 9g; 10c.
em 1932; o primeiro desfile oficial data de 1935 e ocorreu na Praça Onze 16.- ld ; 2j; 3a; 4e; 5g; 6i; 7h; 8f; 9b; 10c.
de Junho, ponto tradicional de concentração de blocos e cordões. Com
a evolução urbana da cidade, a Praça Onze foi destruída para a aber­ 17.-1. prateleira; 2. tecedeira; 3. proprietária; 4. dentífrico; 5. pregoeiro; 6.
tura da Av. Presidente Vargas e o local dos desfiles foi transferido romancista; 7. biologista/biólogo; 8 . cravejador; 9. agulheiro; 10.
sucessivas vezes até 1984, quando a criação da Passarela do Samba pro­ cristão.
porcionou um lugar definitivo para os desfiles.
Durante 3 décadas os desfiles de escolas de samba ocorreram de forma 18.- 1. aproximar; 2. sossego; 3. requisição; 4. máximo; 5. assar; 6. tossir; 7.
espontânea: só em 1963 foram construídas as primeiras arquibancadas, próximo; 8. traça; 9. massagem; 10. auxílio; 11. asseio; 12. graça; 13.
cujos lugares foram vendidos ao público, na Av. Presidente Vargas. sucesso; 14. ensosso; 15. cabeça; 16. laçada; 17. pêssego; 18. pressão; 19.

d u zen to s e v in te e um Z 1
fracasso; 20 . devolução. Durante dois dias viveu no Aeroporto da Portela. "Aí, beleza. Me
deram comida, fiquei num lugar grande com m uitas camas, tinha lá
19.- 1. Norm alm ente a peça é feita como se fosse um concerto: quatro acto­
mais seis brasileiros e pessoal angolano". Tentou dormir. "Não dorm i
res com pautas à frente e que dizem o texto coralmente desenvolvendo
direito, 'tava lixado mesmo, fiquei pensando o tempo todo, queria ter
um a espécie de musicalidade; 2. Decidi inventar cenas realistas, embo­
passado". Alguns colegas de infortúnio estavam revoltados— "falavam
ra o que eles estão a dizer não seja tão realista quanto isso, o que torna
que iam processar o pessoal da emigração, que tinham vindo como
o trabalho com os actores ainda mais difícil. Mas foi a aposta estética
turista mesmo". Outro brasileiro, moto-taxista no Brasil, chorava a
que tentei fazer; 3. Enquanto estive na Cornucopia um dos aspectos em
mota que vendera para conseguir pagar a passagem aérea.
que insisti m uito foi que houvesse, nas nossas produções, a presença de
Fábio ainda cirandou dois dias pelo aeroporto, o passaporte retido
um ou dois actores com os quais nunca tivéssemos trabalhado; 4. Se o
pelas autoridades portuguesas. "Dois policiais me colocaram num
tem po piorar, como os mais cépticos adiantam, e não puder dar o tal
carro, me levaram ao avião e deram o passaporte para o comandante.
"saltinho" à praia, saiba que o fim-de-semana pode ser aproveitado
Eu só peguei ele em São Paulo".
com algum as propostas culturais; 5. Questionado acerca da actual
Durante quatro meses, no Brasil, sem emprego, Fábio recebeu os tele­
situação do teatro em Portugal o encenador Jorge Silva Melo foi bas­
fonemas dos amigos que tinham conseguido entrar em Portugal.
tante crítico. "A situação do teatro é má, medíocre, pobrezinha e sem
"Diziam: Você não vai ter trabalho, já que está à toa, tenta novamente".
remédio à vista"; 6. Um colectivo de Coimbra, salienta a fissura entre
Agosto de 99, Fábio apanhou um voo da Span Air para M adrid com
criadores e público, bem como a falta de escritores dram áticos portu­
ligação para Lisboa. '"Dessa vez 'tava nervoso, fiquei nervoso em Espa­
gueses, como dois problemas que reflectem o estado de saúde do tea­
nha mas foi beleza, aí em Lisboa fiquei de novo super nervoso, fizeram
tro português; 7. O Estado ao subsidiar as companhias apoia os
perguntas, revistaram a m inha bolsa, perguntaram o que vinha
cidadãos que, de outra forma, não poderiam aceder ao teatro como
fazer...o cara ficou meio assim olhando para mim...Depois me deixou
fazem actualmente caso tivessem que suportar o custo real de um
sair". Rasga um sorriso de felicidade: "Fiquei feliz". Em oito dias, graças
bilhete; 8 . Dizia F ellini: «Os meus filmes não são para serem entendi­
aos amigos, estava a trabalhar num a obra, a 700 escudos à hora, sete
dos, são para serem vistos»; 9. A partir do momento em que se deixam
contos por dia, em dois dias, mais que um salário mínimo no Brasil.
personagens em liberdade diante da câmara, a ficção torna-se realida­
de; 10 . O western é um dos géneros mais filmados de toda a história do Soluções: 1 . 0 facto de não se conformar com o pouco dinheiro que
cinema, com os seus autores de culto, com as suas grandes estrelas, as ganhava no Brasil e querer um a vida nova em Portugal; 2. Após um
encarnações de grandes heróis, uns de Colt à cintura, muitos de cara­ longo interrogatório, à assinatura de um a folha; 3. Foi deixado em paz
bina a tiracolo, alguns de espingarda de repetição. E o Lucky Luke, o e com direito a comida e dormida; 4. Porque queria ter passado e não
cowboy solitário que dispara mais rápido que a própria sombra. conseguiu; 5. Foi colocado num carro com dois polícias e levado ao
avião de regresso ao Brasil; 6 . Voou para M adrid com ligação para Lis­
2 0 .- 1/E; 2/G ; 3 / A; 4/C ; 5/1; 6 /B; 7 /H ; 8 /F ; 9/D .
boa, onde finalmente o deixaram passar. Graças aos amigos, conseguiu
21.-1. desleixado; 2. respeito; 3. esperança; 4. exalar; 5. sequência; 6. destro; emprego nas obras, o que o tornou feliz.
7. fascinante; 8 . tiranizar; 9. ordeiro; 10. perda. ^
1. No metropolitano; 2. Picava papéis na ponta de um pau e metia-os
22.-1. fonologia, fonógrafo, fonoteca; 2. fobofobia; 3. cromofilia, cromolito­ no saco, varria pontas de cigarros, limpava as latrinas, espalhava
grafía; 4. misógino, misofobia; 5. anti-séptico, anti-social, anti-submari­ desinfectantes; 3. Sempre de olhos no chão, face incolor, pátina oleosa
no, antimagnético; 6 . vice-rei, vice-presidente, vice-reitor; 7. cacofónico, e negra, resignado à sua obscuridade, raça indistinta, bisonho e calado;
cacolalia; 8. calicromo, caligrafia, califasia; 9. fotómetro, fotoquímica, 4. Caía pelos respiradouros do metropolitano, quando havia casamen­
fotovoltaico, fotossíntese. tos e era lançado sobre os noivos, à saída da cerimônia; 5. N ão fez caso;
6 . A base do seu sustento.
2 3 .- 1. cancioneiro; 2. camionagem; 3. linguagem; 4. canavial; 5. mouraria;
6 . penedia; 7. oliveiral; 8 . casario; 9. roupagem; 10. especiaria; 11. 1. Porque é um dos países mais civilizados e onde se ganha bem; 2.
bagaçal; 12. criadagem; 13. rochedo; 14. linhagem; 15. m aquinaria; 16. Sobretudo o facto de muitos pensarem em voltar para Portugal; 3. Os
areal; 17. cardume; 18. arvoredo; 19. mulherio; 20. negrume. mais antigos estão mais bem instalados na vida e habitam em espaço­
sas vivendas com belos jardins e bons carros à porta; os mais novos,
moram em casas mais feias, mais velhas e mais afastadas do centro da
vila; 4. Porque se levantam m uito cedo para ir trabalhar para as obras,
num país em que o Inverno é m uito rigoroso e onde há muita neve; 5.
Por causa da diferença de ordenados, da falta de trabalho em Portugal
e das regalias sociais do Luxemburgo.

TEXTO: A emigração de portugueses não é um facto recente, sempre


esteve presente na sociedade portuguesa cuja evolução
ficou mais forte ao término do século XIX e durante o
terceiro quarto do século XX. Razões económicas, entre
outras de natureza social, religiosa e política, são as prin­
cipais causas para a diáspora portuguesa nos cinco continentes.
Desde a descoberta das Ilhas Atlânticas dos Açores e da Madeira,
seguida do povoamento destes territórios, é de realçar a enorme saída
da população portuguesa para África e para as índias Orientais e Oci­
dentais, facto que passou a ser um a constante desde o início do século
XVII após a descoberta das minas de ouro e de pedras preciosas no Bra­
sil e o arranque da emigração para estas paragens.
Em relação aos períodos mais recentes destaca-se a saída, entre 1955 a
1974, de mais de 1,6 milhões de portugueses, ou seja, um a média de
82000 emigrantes anuais.
Note-se que as oportunidades de emprego então registadas em toda a
1.- 1. No aeroporto; 2. Para ela ir aos Açores é um a oportunidade única, Europa ocidental e a proximidade de Portugal a estes países, perm itiu
pois não sabe se mais alguma vez lá voltará; 3. Um pórtico, a mesa e os que a emigração se tenha espalhado a todo o território afectando espe­
bancos; 4. Visitar a ilha de S. Miguel; 5. Porque o voo foi adiado. cialmente as áreas rurais e m enos desenvolvidas do continente portu­
guês.
2 .- TEXTO: Chegara num voo da Tap, visto de turista, \ Quanto aos destinos, a preferência era cada vez mais a Europa, em
reserva de hotel e mil dólares emprestados no bolso, ( ) particular a França, em detrimento da corrente tradicional, com desti­
não conformado com os 4Ü contos que tirava como cera­ no ao Brasil.
mista no Brasil e disposto a um a vida nova em Portugal. Razões várias justificam a ocorrência do fenómeno: a exiguidade e a
Os sonhos— dinheiro para com prar um carro, uma casa, em Minas "míngua dos meios de subsistência", responsáveis pelo "êxodo" de emi­
Gerais— desm oronaram nuns frágeis cinco minutos. "A princípio me grantes isolados e de famílias inteiras, hoje radicadas nos diversos paí­
trataram super bem, era um a moça, pegou no meu passaporte e per­ ses de imigração. Igualmente im porta assinalar as circunstâncias de
guntou o que vinha fazer, eu respondi que vinha a passeio". Os pro­ natureza política que as determ inaram associadas a perseguições de
blemas começaram quando o fizeram entrar na sala do Serviço de natureza política, à falta de liberdade de expressão, à guerra nas anti­
Estrangeiros (SEF). "Aí apareceu um cara que fez montes de perguntas, gas colónias e às práticas sociais dominantes que levaram à fuga de
me chamava de mentiroso, se tinha alguém comigo, se ficava em m uitos jovens, antes ou durante o cum primento do serviço militar.
hotel...viu minha bolsa com os mil dolares, jogou para um lado lá, gri­ Em relação à sua extensão no território, notamos que a importância
tava muito, batia na mesa, fez m uita pressão..." destas saídas foi bastante acentuada nas regiões densam ente povoadas
Fábio tentou resistir à pressão psicológica o maior tempo possível. do norte e do centro do país, assim como nas Ilhas Atlânticas dos Aço­
Sozinho num aeroporto de uma cidade de um país que desconhecia, a res e da Madeira. Da mesma forma, este fenómeno afectou as regiões
palavra do polícia português ecoava-lhe no cérebro— "Tem que assinar do Minho, de Trás-os-Montes e da Beira-Alta, de onde partiram os
essa folha para ir embora". Desistiu. "Assinei e aí ele me largou". maiores contingentes de emigrantes não só em direcção ao Brasil mas

d u zen to s e v in te e d o is (d u as)
também, já durante a segunda m etade do século XX, para os países em toda a Europa ocidental e a proximidade de Portugal a estes países,
industrializados da Europa Ocidental: França, Alemanha, Luxemburgo perm itiu que a emigração se espalhasse a todo o território afectando
e mais recentemente para a Suíça. Isso o comprova as cerca de um especialmente as áreas rurais e menos desenvolvidas do continente
milhão de saídas oficiais registadas no período com preendido entre português.
meados dos anos cinquenta e os finais dos anos oitenta do século XX
oriundas dos distritos de Lisboa, do Porto, de Setúbal, de Braga, de 1 3 .- 1 /I ;
2 /L ; 3 /F ; 4 /N ; 5 /A ; 6 /C ; 7 /H ; 8 /M ; 9/B ; 10/E ;
Aveiro, de Viseu e de Leiria, para referir apenas as mais importantes. 11/K ; 12/G ; 13/D ; 14/J.
w w w .ub.es/geocrit/sn. (adaptado).
14.-1. demorada; 2. anuviado, enfarruscado; 3. amanhecer; 4. semelhanças;
Soluções: 1. Económicas, sociais, religiosas e políticas; 2. Entre 1955 a 5. frequentemente; 6 . irrelevantes; 7. meridional; 8 . péssimos; 9. à saída;
1974; 3. De áreas rurais e m enos desenvolvidas do continente portu­ 10 . descida.
guês; 4. A exiguidade e a escassez de meios de subsistência; 5. Perse­
15.- 1. carnívoro, herbívoro, omnívoro; 2. regicida, fratricida, infanticida; 3.
guições, falta de liberdade de expressão e guerra nas antigas colónias;
aerofagia, antropofagia; 4. horríssono, uníssono; 5. macroscopia,
6 . Minho, Trás-os-Montes e Beira Alta, Açores e Madeira; 7. Alemanha,
microscopía; 6 . antropófago, necrófago; 7. dolicocéfalo, microcéfalo,
Luxemburgo e Suíça.
bicéfalo; 8 ¡ neurastenia, psicastenia; 9. díptero, helicóptero; 10. cefalal­
7 .- a ) 1 . traz = 3â pes. do sing. do presente do indicativo do v. trazer; trás gia, nevralgia; 1 1 . fisioterapia, hidroterapia; 12 . heterogéneo, homogé­
prep. = após; som imitativo de pancada ou de queda de um corpo; 2 . neo; 13. microscópio, telescópio, periscópio; 14. palmípede, velocípede.
detrás = adv. de lugar = na parte posterior ou traseira / de trás, loc. adv.
16.- 1. brioso; 2. bigodudo; 3. barbado; 4. sedento; 5. vítreo; 6. saboroso; 7.
= da parte posterior ou traseira; b) 3. atrás = adv., do lado oposto; no
abatatado; 8 . beiçudo; 9. ambicioso; 10. abaulado; 11. adoentado; 12.
verso, nas costas, nas traseiras; 4. atrás de = loc. prep. = a seguir a, na
misterioso; 13. barrento; 14. ferrenho; 15. penoso; 16. acilindrado; 17.
retaguarda de; 5. trazer consigo; c) 6 . loc. adv. com desconfiança; 7. ser
ciumento; 18. espantoso; 19. cabeludo; 20. pétreo.
antigo, vir de longe.

9.- TEXTO: Ao trocares material, certifica-te de que se trata


de um a troca justa. N ão é justo, por exemplo, trocar
uma insignia de promessa do CNF por uma insignia de
comemoração do aniversário de um Grupo da ALI’ visto
esta última ser muito mais difícil de arranjar. F.m algumas situações torna­
se justo trocar uma insígnia por duas ou três, para equilibrar o valor.
Antes de qualquer troca, combina com o outro coleccionador aquilo
que vão trocar, para evitar decepções de qualquer dos lados. Muitas
vezes os coleccionadores só estão interessados em certo tipo de mate­
rial (por exemplo: jamborees, progresso, especialidades, pins, fivelas,
etc.)
Os coleccionadores mais velhos (em idade ou em experiência como
coleccionador) devem procurar sempre apoiar e incentivar os coleccio­
nadores mais recentes e os mais jovens, e nunca tentar aproveitar-se da
inexperiência dos outros.
Responde sempre a um a carta ou e-mail de outro coleccionador, com a
maior brevidade possível, nem que seja um simples postal a informá­
-lo de que de mom ento não podes enviar material, ou que não estás
interessado em trocar com ele.
Nunca envies material a um coleccionador com o qual ainda não
tenhas combinado nada, pois ele pode não estar interessado no m ate­
rial que lhe envias, ou pode não ter de momento material para trocar
contigo.
Ao colocares anúncios, tenta ser o mais específico possível sobre aqui­
1 .- 1 . gabar-se, vangloriar-se; 2 . pessoa que tira proveito da confusão, da
lo que pretendes. Corres o risco de receberes tantas cartas e propostas
desordem; 3. andar ou mover-se veloz e desordenadamente, sem rum o
que acabas por não conseguir responder a todos.
definido; 4. olhar detidam ente, atentamente, demoradamente; 5. correr
A lista dos contactos dos sócios não deve ser usada para as chamadas
de feição; 6 . deixar para trás; afastar, desviar alguém de um objectivo;
"chain letters" nem divulgada junto de não-sócios.
7. ser ludibriado; deixar-se levar por falsas promessas.
Em caso algum deve o coleccionador ir contra a Lei pela qual se rege o
Movimento Escutista e Guidista em todo o mundo! 2.- TEXTO: As seis da manhã, a população conflui para o ,
porto, dando início a uma jornada que, no rigor do
P ro n ú n c ia : pagar, guloso, garganta, gola, aguardente.
Inverno, dura um "sol a sol" norueguês (cerca de 10
1 0 .- 1/D ; 2/1; 3/E ; 4 /H ; 5 /A ; 6 /J; 7/B; 8 /G ; 9/C ; 10/F. horas).
Alf Pettersen tem inscrita no seu código genético a arte de sair para o
11.- 1. quase; 2. azenha; 3. tese; 4. confusão; 5. azia; 6 . brasão; 7. bondoso; 8 . mar. O avô e o pai eram pescadores e ele próprio trocou as longas rotas
prejuízo; 9. análise; 10. ocioso; 11. tornozelo; 12. guisar; 13. deslizar; 14. da marinha mercante pela pequena traineira de 9 metros, cujas amarras
gasosa; 15. brisa; 16. azar; 17. abuso; 18. causar; 19. nasal; 20. bezerro. acaba de soltar, para se juntar às outras 130 "cascas de noz" que desa­
fiam as ondas e a neve que cai, insistente, form ando um tapete esco­
1 2 .- 1. Seis cidadãos de países de Leste, entre os quais um a mulher, foram
rregadio no convés. Estão 5 graus abaixo de zero, um a temperatura
detidos pela polícia Judiciária, suspeitos de pertencerem à máfia
"normal" neste duro ofício que pratica há 30 anos.
daqueles países. Outros dois homens foram entregues ao Serviço de
As mãos grossas de Alf estão quase imunes ao frio. M uitas vezes tem
Estrangeiros e Fronteiras para expulsão imediata. Em Portugal, os indi­
de despir as luvas que lhe servem de protecção contra o gelo e contra
víduos terão cometido agressões contra seus conterrâneos e deverão
o efeito m acerante da linha de pesca, pesada e cortante. O fato de tra­
ser acusados de extorsão e imigração ilegal; 2. No ano passado, a Esco­
balho é quente e impermeável. O gorro, a gola alta, os goles de chá
la Primária n24 organizava todas as semanas reuniões de «educação
quente e o tabaco completam o arsenal antifrio de qualquer pescador.
cívica» em que os pais acabados de chegar ao país podiam obter
No arquipélago das Lofoten, acima do Círculo Polar Árctico, os pesca­
noções da vida portuguesa; 3. Para as escolas, a integração é crucial.
dores fazem uso da tradição milenar dos seus antepassados vikings
Diferenças criam atritos e distúrbios - foi o que aconteceu com a delin­
para barrarem o caminho aos cardumes de bacalhau que descem das
quência juvenil de jovens filhos de imigrantes africanos; 4. Nas
geladas águas à procura da corrente do Golfo de México, para desovar.
crianças, a migração não é só um a viagem, é mais um transplante.
Os portugueses chegaram à Noruega no século XVI, com vinhos como
Mudam as coisas mais im portantes nessas idades - amigos, comida,
m oeda de troca. Há pelo menos 200 anos que o bacalhau transformou
hábitos, brincadeiras. Elas têm de recriar as raízes, e fazem-no, antes de
os dois países distantes em privilegiados parceiros comerciais.
mais, através da nova escola, dos novos amigos; 5. Os ministros do
De semelhante, entre os gigantescos barcos vikings, com 45 metros de
Interior e da Justiça da União Europeia vão estudar hoje um plano glo­
comprimento, e os grandes arrastões m odernos, autênticas fábricas
bal contra a imigração ilegal que inclui várias m edidas destinadas a
navegantes, só existe mesmo o bacalhau. Hoje, os pesados barcos de
prevenir e lutar contra a imigração ilegal, como a política de vistos, a
ferro varrem toda a zona de mar alto entre o Cabo do Norte, na Norue­
melhoria no intercâmbio e análise de informação, o controlo prévio na
ga, e a Islândia. Ali o peixe é preparado e congelado. Algumas destas
passagem de fronteiras, as políticas de repatriação e readmissão e a
embarcações chegam a encaixotar toneladas de filetes, prontos para
cooperação policial; 6 . Cerca de 56 mil cidadãos oriundos do Leste da
serem vendidos em qualquer supermercado.
Europa e do Brasil receberam, este ano, autorização de permanência
Na ponte do barco de Alf, o painel de instrum entos é tudo menos arcai­
em Portugal. Um núm ero quatro vezes superior ao registado pelos
co: sistema de comunicação com terra, GPS, um leme novinho em
cidadãos africanos, que, tradicionalmente, constituíam a maioria dos
folha. Vista de fora, a traineira é um frágil tronco de madeira, bojudo,
pedidos de imigração entregues junto do Serviço de Estrangeiros e
com um a vela quadrada à ré para estabilizar a posição de pesca contra
Fronteiras (SEF); 7. As oportunidades de emprego estavam registadas
as arremetidas do vento.

d u zen to s e v in te e três 2 2 3
A maioria faz "pesca à linha", um nome enganador para um a arte que P ro n ú n c ia: 1. exame; 4. exército; 7. exercício.
pode render 25 toneladas de peixe e perto de dez mil euros por sema­
na, a cada embarcação. A "linha" é um fio de nylon com mais de 100 10.- 1/D ; 2/E; 3 /H ; 4/G ; 5/A ; 6 /C ; 7/J; 8 /F; 9/B; 10/1.
metros, a profundidade maior da zona de pesca, e com dezenas de 11.- 1. exausto; 2. limpeza; 3. acusar; 4. êxito; 5. exacto; 6 . brasa; 7. exame; 8 .
anzóis revestidos de uns poucos apetitosos engodos de plástico laran­ baliza; 9. surpresa; 10. acaso; 11. exíguo; 12. bazófia; 13. benzina; 14.
ja fluorescente. Vistas da proa da traineira, as águas mais profundas groselha; 15. azulejo; 16. executar; 17. azo; 18. amizade; 19. presa; 20.
são negras como a noite. aselha.
O bacalhau é um bicho pouco selectivo quanto a iscos. Perfilados no
horizonte, os homens içam, com a ajuda de um sistema mecánico, as 12.-1. Além das fortes emoções que a observação das baleias suscita, é tam­
suas linhas carregadas de peixe. Cá em cima, Alf arpoa-os um por um. bém nossa ambição dar-lhe a conhecer os vestígios dessa cultura bale­
Recolhidos todos, corta-lhes a cabeça e dá-lhes um golpe longitudinal eira de que os açorianos são os únicos herdeiros; 2. Cada m anhã, antes
na barriga para os sangrar. Esta operação garante o tão apreciado de sairmos para o mar, contactamos o nosso vigia e analisamos as
aspecto branco da sua carne e torna aquele peixe cilíndrico e com uma informações que ele nos fornece: o tipo de grupo avistado, a sua distân­
barbicha, no nosso conhecido fiel amigo triangular. De regresso a terra, cia do porto, o estado do mar, o núm ero de indivíduos no grupo, a pre­
o peixe é descarregado e recebe a primeira salga. sença ou não de pequenos - diversos parâm etros indispensáveis para
Nos últimos anos o bacalhau desertou. Em 1996, pescaram-se, na avaliarmos a probabilidade e, sobretudo, a qualidade das observações;
Noruega, 700 mil toneladas. Em 2001 não chegaram a 250 mil. Os pes­ 3. Em colaboração com as Universidades dos Açores e da Florida m ar­
cadores vêem as cotas de peixe baixar, as lotas recebem o peixe mais camos as tartarugas a fim de verificarmos a hipótese de elas migrarem
caro e os importadores têm dificuldades para satisfazer as encomen­ entre as Caraíbas e os Açores; 4. Matar baleias sempre foi um hábito de
das, pois Portugal é o segundo consumidor mundial de peixe (54 qui­ homens viris, um a boa maneira de alim entar heróis. Embora a pesca de
los per capita/ano ), atrás do Japão. baleias nunca passasse de um a indústria artesanal, sem rentabilidade,
Visão, 5 de Abril de 2001 (adaptação). continua a haver quem ganhe m uito dinheiro com a venda de marfim
S o lu çõ es; 1. Porque o avô e o pai eram pescadores e ele próprio tro­ trabalhado; 5. Há ainda quem defenda com unhas e dentes a liberali­
cou a m arinha mercante pela pequena traineira; 2. As ondas, a neve zação da pesca da baleia pelas virtudes medicinais dos seus óleos; 6 . O
que forma um tapete escorregadio no convés e as baixas temperaturas; governo japonês alega um a longa história nacional na pesca de baleias,
3. Usa um fato de trabalho quente e im permeável, um gorro e gola alta. rem ontando ao Século XVI. As escavações indicam que a prática pode
E bebe goles de chá quente e tabaco; 4. Porque o painel de instrumen­ ter ocorrido até mesmo m uito antes: foram descobertas pinturas de
tos é moderno, tem sistema de comunicação com terra, GPS e um leme caça primitiva, onde se observam pescadores japoneses pescando
novo, enquanto que exteriormente é um frágil tronco de m adeira boju­ gigantescos mamíferos com arpões de mão. A proibição nega o direito
do; 5. Depois de todo recolhido, cortam-lhes a cabeça e dão-lhes um de m anter essa tradição japonesa; 7. O Greenpeace declarou hoje que,
golpe longitudinal na barriga; 6 . Não, porque o bacalhau desertou nos mesmo após dois anos de negociações e de o governo argentino final­
últimos anos, havendo um a redução substancial na sua captura. Baixa­ mente decidir co-patrocinar a proposta brasileira de criação do Santuá­
ram as cotas e o peixe ficou mais caro. rio de Baleias do Atlântico Sul, a admissão da compra de votos pelo
Japão nas votações da Comissão Baleeira Internacional (CBI) pode blo­
3.- 1. Porque o pai perdera dois irmãos num naufrágio ocorrido num barco
quear definitivamente a aprovação da proposta; 8. Os mamíferos
seu e, em consequência, vendeu os seus barcos e comprou terras no
marinhos têm sofrido intensamente as consequências da influência
interior da ilha; 2. Era um homem alto, magro, com os olhos cor de por­
nefasta do Homem nos oceanos, a qual tem provocado um a redução
celana azul, os traços secos, belas mãos sensíveis, austero, solene, apai­
drástica nos efectivos de m uitas espécies; 9. Diariamente são despeja­
xonado e frio; 3. No naufrágio de um veleiro que pertencia ao pai; 4.
das nos oceanos quantidades inacreditáveis de lixo, produtos químicos
Não, porque o barco era bom e era inspeccionado minuciosamente pelo
tóxicos, desperdícios industriais, esgotos urbanos e outro tipo de
próprio Hans; 5. Um erro de cálculo na avaliação da força e da proxi­
poluentes que degradam substancialmente a qualidade da água; 10. Os
m idade do temporal; 6 . Sempre sentiu um a grande atracção pelo mar e
produtos tóxicos circulam ao longo da cadeia alimentar, acabando por
um dia fugiu de Vig, alistando-se num navio como grumete; 7. Mano­
se acumularem nos animais predadores colocados no topo, como é o
brou velas e dirigiu a sua manobra, descarregou fardos e dirigiu o
caso dos mamíferos marinhos. Em consequência, estes animais acabam
embarque e desembarque das mercadorias.
por desenvolver doenças malignas e contagiosas responsáveis pela
4.- 1. O peixe picou; 2. Sardinhas; 3. Feliz; 4. "...sentiu algo incrivelmente m orte de grande número de exemplares.
pesado." O u outra de sentido idêntico; 5. Para ferrar bem; 6 . Com um
arpão. 13.- 1/J; 2 /E ; 3 /D ; 4 / A; 5 /M ; 6 /G : 7 /N ; 8/B ; 9 /L ; 10/C ;
11/K; 1 2 /H ; 13/1; 14/F.
5.- 1. pescadores (Col.l, Linha 2); iscas (Col.l, L.9); linha (Col.l, L. 17, 23,
29, Col. 2, L. 6,9,32); pescar (Col.l, L. 20); cana (Col.l, L. 24,49); tensão 14.-1. arqueóloga; 2. choramigas; 3. cronista; 4. economista; 5. cientista; 6 .
(Col.l, L. 33); peso (Col.l, L. 33); segurar (Col.l, L. 33); puxão (Col.l, L. m ágico/m ago; 7. optimista; 8 . regicida; 9. talhante; 10. romancista.
36, 63, Col. 2, L. 25, Col. 3, L. 22); tentear (Col.l, L. 36); braça (Col.l, L.
39); anzol (Col.l, L. 42, Col. 2, L. 22); correr entre os dedos (Col.l, L. 50); 15.-1. autódromo, velódromo, hipódromo; 2. centrífugo, febrífugo, vermí­
tam anho (Col.l, L. 54); pés (Col.l, L. 58); ascender (Col.2, L. 10); afun­ fugo; 3. fumívomo, ignívomo; 4. melopeia, onomatopéia; 5. benéfico,
dar-se (Col.2, L. 10); m order (Col.2, L. 15); engolir (Col.2, L. 22); desli­ frigorífico, prolífico; 6 . vitícola, arborícola, terrícola; 7. apicultura, pis­
zar (Col.3, L. 2); pressão (Col.3, L. 5); bico de anzol (Col.3, L. 14); espe­ cicultura, agricultura, suinicultura; 8 . biblioteca, discoteca, hemeroteca,
tar (Col.3, L. 14); arpão (Col.3, L. 17); jarda (Col.3, L. 23); atirar (Col.3, fonoteca, cinemateca; 9. metrópole, Petrópolis; 10. bígamo, polígamo;
L. 25). 11. telegrama, quilograma; 12. dístico; 13. monótono, barítono; 14. tau­
romaquia, logomaquia;
6 .- 2. Rota; 3. Traineira; 5. Amarra; 7. Onda; 8 . Convés; 9. Linha; 12. Pesca­
dor; 14. Cardume; 15. Desovar; 17. Barco; 19 Arrastão; 20 Ponte; 22. 1 6 .- 1. semelhante; 2. reluzente; 3. importante; 4. edificante; 5. resistente; 6 .
Leme; 23. Vela; 24. Ré; 26. Anzol; 27. Engodo; 28. Isco; 30. Lota. reconfortante; 7. insinuante; 8. influente; 9. revigorante; 10. contribuin­
te; 11. preocupante; 12. resplandecente; 13. crescente; 14. tolerante; 15.
7.- 1 expectativa; 2 ansiedade; 3. angústia; 4. aflição; 5. desespero; 6 . lou­ constituinte; 16. aliciante; 17. dormente; 18. cintilante; 19. seguinte; 20.
cura; 7. agonia. correspondente.
8 .- l.varina; 2. afoito; 3. insulto; 4. maleável; 5. buliçoso; 6 . agasalhar; 7.
bisca; 8 . falaz; 9. guelra; 10. logro.

9.- S o lu ção o rie n ta tiv a : Fernão Mendes Pinto nasceu em Montemor-o-


-Velho, em 1510. Em 1521, a família de Fernão parte (ou talvez fuja)
para Lisboa. Em 1523, durante um a viagem por mar de Lisboa a Setú­
bal é aprisionado por corsários franceses. Em 1537 embarca para o
Oriente. Em 1539, por incumbência do capitão de Malaca faz contactos
diplomáticos com o rei dos Batas e Araús. Em 1542 realiza a sua pri­
meira viagem ao Japão, em companhia de Diogo Zeimoto, que ali
introduz as armas de fogo. Em 1553 ainda no Japão, conhece, colabora
e torna-se adm irador de S. Francisco Xavier. Um ano depois, em Goa,
entrega toda a sua fortuna aos pobres e à Companhia de Jesus, na qual
ingressa como irmão leigo. - Em 1557 sai da Companhia de Jesus e um
ano depois regressa a Portugal. Em 1562, já casado com Maria Correia
Brito (trinta anos mais nova do que ele), retira-se para a Q uinta que
com prara no Pragal (perto de Almada) Começa a escrever a Peregri­
nação em 1569, que será concluída em 1578. Em Janeiro de 1583, Filipe
II concede a Fernão uma tença anual de dois "moios" de trigo; em Julho
do mesmo ano, Fernão Mendes Pinto m orre no Pragal. A Primeira
edição (expurgada) da Peregrinação só aparecerá em 1614.

d u zen to s e v in te e quatro
I.- 1. Enevoado, cinzento e com alguns chuviscos para a tarde; 2. Consta­ 17.- 1. inactivo; 2. impermeável; 3. irreconciliável; 4. acotiledóneo; 5. ilegal;
ta que só o homem é que se atreve a cultivar socalcos na perpendicula­ 6 . inarrável; 7. imodesto; 8. irrecuperável; 9. adiáfano; 10. imparcial; 11.
ridade da falésia; 3. Tem um a extraordinária grandeza; é como se se incorruptível; 12. impaciência; 13. irrestrito; 14. anacrónico; 15. impe-
tratasse de um a estrela que o faz cismar. nhorável; 16. imerecido; 17. impenetrável; 18. imóvel; 19. inacessível;
20 . analergia.
2*- S o lu ção liv re .

3.- 1 (linha 1/intro d u zir um assunto): Em primeiro lugar; 2. (linha 3/corri-


gir-se): quero dizer, 3. (linha 7/aludir): como é sabido; 4. (Linha 7-8/pre-
cisar): ou melhor; 5. (linha 12/enfatizar): saliente-se que; 6 . (linha
1 5 /enfatizar): até; 7. (linha 2 3 /sintetizar): Em poucas palavras; 8. (linha
25/retom ar um assunto): Ainda; 9. (linha 38/exemplificar): Por exemplo;
10 (linha 46/enfatizar): É preciso não esquecer que; 11. (linha 64/con-
cluir): Enfim; 12. (linha 72/precisar): isto é.

6 .- 1. cantores - canções; 2. eleito - eleições; 3. agressor - agressão; 4. velho


- velhice; 5. rico - riqueza; 6 . teimoso - teimosia; 7. corrupto - corrupção;
8 . redactora - redacções; 9. pobre - pobreza; 10. alegre - alegria.

7.- 1. batoteiro; 2. excessivo; 3. prolixo; 4. carrancudo; 5. observar; 6 . casa-


lejo; 7. protegido; 8. elogio; 9, abalar; 10. mesquinho.

S.- 1. Porque acha que são demasiado íntimos e apenas os faz para ele; 2.
Tem o cabelo castanho, não tem rugas, cansa-se um pouco a subir as
escadas e acorda de noite de vez em quando; 3. Não falta quase nada
em casa, não metem as unhas no sofá nem estragam os tapetes; 4. As
flores não saltam para o colo; 5. O aneurisma da dona Ângela que
rebentou e a sua tia que teve um a inflamação num a perna; 6 . Magra,
com um casaco castanho e uma perm anente (novo penteado); 7.
"Fiquei ali parado até que o m eu colega disse"; 8 . Porque já tinham pas­
sado cinco anos que eles se tinham despedido, com emoção, e não se 2.- 1. a) No início do... é m uito provável que houvesse espécies aparenta­
voltaram a encontrar. das...; b) No início do... se calhar havia espécies aparentadas...; c) No
início do... não seria fácil haver espécies aparentadas...; 2. a) Uma equi­
10.- 1/E; 2 /C ; 3 /F ; 4 /H ; 5/1; 6 /B; 7/D ; 8 /J; 9/A ; 10/G. pa de investigadores ... aos impactos e de certeza absoluta que poderão
I I .- 1. espernear; 2. petróleo; 3. artifício; 4. geada; 5. eficiência; 6 . cardeal; 7. vir a ser utilizadas em transplantes; b) Uma equipa de investigadores
penteado; 8. estrear; 9. teatro; 10. enteado; 11. cadeado; 12. estúrdio; 13. ... aos impactos que talvez venham a ser utilizadas em transplantes; c)
esvaimento; 14. ericáceas; 15. colectânea; 16. embraiagem; 17. maleável; Se um a equipa de investigadores desenvolvesse... aos impactos pode­
18. repreensão; 19. desleal; 20. desleixo. riam vir a ser utilizadas em transplantes; 3. a) Utilizando um telescópio
ultra-sensível... balão, não há dúvida que os astrónomos crêem ter
12.-1. Foi em meados do século vinte, quando as levadas já somavam uma dado...; b) Utilizando um telescópio ultra-sensível... balão, é provável
extensão superior a dois mil quilómetros, incluindo cerca de 40 quiló­ que os astrónomos tenham dado...; c) Não é possível que utilizando
metros de túneis; 2. Convém não esquecer, porém, que o clima, na apenas um telescópio... balão, os astrónomos tenham dado...; 4 . a)
Madeira, se pode alterar com inesperada rapidez: chover súbita e Parece que a ingestão de comprimidos de vitamina C acelera o endu­
torrencialmente, desfazendo veredas e baralhando pistas que conduzi­ recimento dos vasos...; b) É pouco provável que a ingestão de compri­
riam às levadas; arrefecer sem aviso prévio, quando se está a meio de midos de vitamina C, possa acelerar o endurecimento dos vasos...; c) Se
u m longo percurso e a altitudes superiores a mil metros; formarem-se a ingestão de comprimidos de vitam ina c pudesse acelerar o endureci­
névoas espessas que ocultam referências imprescindíveis e desorien­ mento dos vasos, não haveria tantos enfartes; 5. a) De certeza que os
tam os mais precavidos; 3. Consulte, por isso, quem tem experiência e trabalhadores podem utilizar o resultado de um teste...; b) É provável
saber. Atenda as advertências, ouça os conselhos, pondere as sugestões, que os trabalhadores possam utilizar o resultado de um teste...; c) Não
assegure-se da companhia de um guia. Mas não recuse a si próprio, de é fácil que os trabalhadores possam utilizar o resultado de um teste...;
modo nenhum , o privilégio de assistir ao nascer do sol no Pico Ruivo, 6 . a) E verdade que os Chimpanzés têm emoções...; b) Parece que Jane
a mais a 1800 metros de altitude; ou o esplendor das 25 fontes, que se Goodall, a máxima autoridade mundial em Chimpanzés, afirma que...;
lançam de altas penedias para um a pequena lagoa aberta em densa c) Se os chimpanzés tivessem emoções, ética e moral de grupo, seriam
vegetação; 4. A actividade piscatória é outra das riquezas do distrito. É humanos e não simples macacos; 7. a) De certeza absoluta que já há
de salientar a importância piscatória dos seus rios, na sua maior parte robôs capazes de...; b) Provavelmente já há robôs capazes de..., m as isso
ainda libertos do flagelo da poluição, e onde ainda se pescam sáveis, serve para quê?; c) Não é fácil que já haja robôs capazes de...; 8 . a) Não
salmões, lampreias e outras espécies cada vez mais raras; 5. No que se há dúvida que está a chegar o dia em que as máquinas...; b) Pode ser
refere ao IVA, continua a verificar-se um volume de reembolsos «acima que esteja a chegar o dia em que as m áquinas traduzam as nossas pala­
do normal», especialmente im putado aos investimentos privados e vras...; c) Não é m uito provável que chegue o dia em que as m áquinas
públicos; 6 . Em segundo lugar, pretende-se investigar a revista "Seara traduzam as nossas palavras...
Nova" como exemplo privilegiado das possibilidades e dos problemas
com que se debateu a imprensa cultural entre nós, bem como a sua 5.- TEXTO: Flexível, portátil e delgado como um a folha de
importância para a difusão de novas ideias; 7. A certa altura, o autor jornal plastificada, mas reutilizável e multimedia
dos disparos puxou pela arm a e disparou sete tiros, dois dos quais como o ecrã do computador, assim é o papel do sécu­
foram fatais para o garoto; 8 . De repente, um grito do cozinheiro marca lo XXI. Fabricado com pasta de papel e encadernáve
o início da tragédia: "Subam, o barco está a meter água!". Treze dos 26 em forma de livro ou revista, este papel electrónico pode ser escrito e
tripulantes conseguem subir a um a balsa, onde viverão quase três dias apagado milhares de vezes. Com ele não teremos de usar a fotocopia­
de angústia, sob um calor abrasador, até serem resgatados por um dora, nem manejar a trituradora para reduzir a tiras qualquer segredo
barco espanhol; 9. Só mais tarde reparam que o que pensavam ser um que queiramos m anter escondido. Basta ligá-lo ao com putador para
balão é, afinal, a segunda balsa perdida pelo "Orca II". Os remos ras­ gravar e im primir o jornal diário, a últim a revista ou o livro de cabe­
gam o m ar com força, mas ao fim de nove horas estão extenuados e ceira. As aplicações são imprevisíveis.
descansam. Cai a noite; 10. Em conclusão, o Governo desbaratou a Dentro de alguns anos surgirão m uitas mais aplicações. Os jornais pas­
favor de grandes e poderosas empresas milhões de euros, que pode­ sarão a receber-se por rádio, em cadernos de papel electrónico. Ali che­
riam salvar vidas nas listas de espera para cirurgias, melhorar a vida garão as notícias de última hora, os resultados desportivos ou os dados
de muitos que vivem na miséria e servir para fazer muito do que falta da bolsa à m edida que forem sendo processados. Além disso, as fotos
a este país. estáticas da imprensa escrita darão lugar às imagens animadas. Os
estudantes reunirão todos os seus livros num único, as paredes das
13.- 1/D ; 2/G ; 3/B; 4/F; 5 /A ; 6 /E ; 7/C . casa "vestidas" com este papel poderão m udar de decoração num ins­
tante e sem custos, e os cartazes publicitários m ostrarão anúncios com
14.- 1. democracia, plutocracia; 2. agronomia, taxinomia, astronomia; 3. fós­ imagens anim adas a renovar-se através da Internet.
foro, electróforo; 4. pedagogo, demagogo; 5. autónomo, metrónomo, Há dois tipos de papel electrónico. O Inmedia e o Gyricon. O mais
gastrónomo; 6 . heresiarca, monarca, tetrarca, patriarca; 7. autarquia, incrível no primeiro suporte é que se baseia no sistema de papel auto-
m onarquia, anarquia, tetrarquia.
copiante que encontramos em impressos oficiais. Um engenhoso méto­
15.- 1/D ; 2/F; 3/B; 4/G ; 5/A ; 6 /E ; 7/C. do, que fabrica uma folha de papel com várias camadas. A primeira
não tem nada de particular, mas a seguinte está coberta de pequenas
16.- 1 . lusofilia, bibliofilia, columbofilia, alterofilia; 2 . fotofobia, hidrofobia, microcápsulas de tinta (milhares por milímetro quadrado). Quando
claustrofobia, acrofobia; 3, xenófobo, zoófobo, 4. diálogo, teólogo; pressionamos, a primeira camada rompe-se e a tinta passa para a folha.
musicólogo, monólogo; 5. heterodoxo, ortodoxo; 6 . megalomania, piro- O segundo é feito com um a lâmina de elastómero da espessura de um
mania; 7. mitómano, bibliómano. cabelo, que contém milhares de pequenas bolas com um a m etade bran-

d u zen to s e v in te c c in c o 223
ca e outra negra. Estas esferas encontram-se em microcavidades e rode­ O em pregado chamou o gerente, que se desfez em desculpas,
adas de óleo, de forma que podem rodar em resposta a um a variação dizendo que o Pedro não iria pagar nada. Já bastava o incó­
do campo magnético. Perante um impulso, algum as bolas giram, fican­ modo!
do à vista o hemisfério negro, enquanto outras continuam a m ostrar a
m etade branca. A soma de pequenos pontos brancos e negros forma a S oluções: 1. N um restaurante, na feira de S. Mateus; 2. Não estava
imagem, que desaparece quando se produz outra variação do campo nada bom. Parecia iminente uma trovoada; 3. Restaurante mais requin­
electromagnético. O ângulo de visão é m uito amplo, e pretende-se tado, onde pudesse estar comodamente instalada e onde houvesse um
fazer este papel a cores. De momento só serve para preto e branco. O m enu variado; 4. Carne de porco # carne de vaca — Carne frita # carne
baixo consumo é outra das virtudes do papel Gyricom. Um caderno grelhada — Comida alentejana # comida ribatejana; 5. Ana - calma e
pode d u rar seis meses com as mesmas pilhas. bem disposta; o Pedro - impaciente e mal hum orado; 6. Porque a carne
In Super-Interessante, Maio 2001. (Adaptado). estava dura e alguns pedaços mal passados. E ele tinha pedido expres­
samente a carne bem passada; 7. (resposta aberta).
S oluções: 1. É flexível, portátil, delgado como um a folha de jornal
plastificada, reutilizável e multimédia; 2. Pode ser escrito e apagado 17.-1. Cerca de um a semana; 2. O estralejar do fogo-de-artifício e o desfile
milhares de vezes, dispensa a fotocopiadora e pode ligar-se ao compu­ das bandas de música; 3. A saída da procissão dos pendões; 4. Com a
tador; 3. Passarão a receber-se por rádio, em cadernos de papel elec­ chegada da procissão; 5. O fogo-de-artifício, pela sua imponência e rara
beleza.
trónico, aí chegando as notícias de últim a hora, os resultados desporti­
vos ou os dados da bolsa; 4. As fotos estáticas da imprensa escrita 19.-1. Peixe: goraz, pescada, robalo, tainha, achigã, carapau, peixe-espada;
darão lugar às imagens animadas. 2. C arne: bife, costeleta, coelho, frango, pato, peru, almôndegas; 3.
B ebidas: groselha, sangria, amarguinha, jeropiga, ginja, garoto, galão;
6.- TEXTO: Sabemos que a Internet pode substituir, em 4. V egetais: couve, espinafre, alface, agrião, salsa, coentros, rabanetes;
parte, a correspondência, o telefone, a televisão e os .. a / a , 5. F rutas: m orango, amora, figo, melancia, marmelo, cereja, diospiro;
jornais. E sabemos também que exerce um verdadei- v ' fiS E / 6. S obrem esas: tarte de amêndoa, toucinho do céu, arroz-doce, bolo
ro fascínio sobre os seus mais dilectos utilizadores. de noz, tarte de natas, farófias, barriga-de-freira.
Mas, porque o tempo é limitado e, por vezes, escasso, como compati­
bilizar a febre da Internet com outras tarefas igualmente importantes? 20.- 1/D ; 2 /H ; 3/G ; 4/J; 5/A ; 6/1; 7/C ; 8/B; 9/E ; 10/F.
Um inquérito feito nos Estados Unidos perm itiu concluir que, por 21.-1. madeixa; 2. luxo; 3. brecha; 4. bruxa; 5. cacho; 6. vexame; 7. enxoval;
causa do tempo que passam a navegar na Internet, 64% dos america­ 8. repuxo; 9. chamariz; 10. feixe; 11. elixir; 12. acha; 13. eixo; 14. chanca;
nos deixaram de escrever cartas, 46% deixaram de fazer telefonemas 15. rixa; 16. puxar; 17. mexerico; 18. bochecha; 19. chaga; 20. enxotar.
interurbanos, 43% de ver televisão, 24% de ler jornais, 21% de ler revis­
tas, 21% de fazer telefonemas locais, 19% de ler livros e 10% de ver fil­ 22.-1. Seja como for, é possível que nos tenhamos de acostumar, mais cedo
mes. do que o previsto, à presença de m áquinas mais ou menos parecidas
Fontes: Boston Consulting Group e NPD Group, connosco e a trabalharem ao nosso lado; 2. Só somos inteligentes se os
citadas por Activa - Julho de 2000. outros pensarem que o somos, e essa percepção depende das capaci­
dades que conseguirmos comunicar aos restantes; 3. Por muito que nos
15.-1. pessoa encarregada pelo dono de um a herdade de a adm inistrar e em penhemos em confiar na inteligência artificial, não deveremos
cuidar = caseiro, feitor; 2. pessoa que varre as ruas, ao serviço da Câma­ m enosprezar a capacidade da natureza para conceber sistemas espe­
ra Municipal = varredor; 3. pessoa que afia objectos cortantes como cializados muito mais eficazes do que qualquer dos com putadoriza­
facas, tesouras, etc.; 4. pessoa que alisa, molda ou desempeña chapas dos; 4. Por m uito inteligentes que sejam, os actuais robôs parecem
metálicas, por meio de percussão com martelo ou maço, ou mediante patos desajeitados quando se deslocam. Embora pareça mentira, o
outros processos e ferramentas, dando-lhes a forma requerida; 5. pes­ facto é que a motricidade é um a das funções naturais mais difíceis de
soa que olha pela conservação dos fios telegráficos ou telefónicos; 6. imitar; 5. Os criadores de máquinas inteligentes têm de acum ular
pessoa que vende ou distribui leite ao domicílio; 7. pessoa que extrai conhecimentos de biologia, de física, de medicina e de engenharia para
substâncias minerais sólidas de minas com auxílio de ferram entas ou fabricar engenhos que andem, nadem ou se arrastem de um modo
máquinas; 8. pessoa que trabalha num moinho, que tem como activi­ semelhante ao dos animais ou ao dos seres humanos; 6. O desafio não
dade a moagem de cereais; 9. pessoa que fabrica artefactos de barro; 10. é conseguir que um robô seja capaz de deslocar-se em determ inada
pessoa que guarda, conduz o gado nas pastagens; 11. pessoa que fabri­ direcção, mas sim que o seu movimento satisfaça critérios de oscilação,
ca, conserta ou vende relógios; 12. pessoa que se encontra em determ i­ equilíbrio, ritmo, suavidade, dureza... ou qualquer outra necessidade
nado ponto com a função de receber e transm itir sinais; 13. proprietá­ específica da missão. Só assim um robô-mordomo poderá lim par con­
rio de um a taberna ou pessoa que aí vende vinho; 14. comerciante que venientemente a casa; 7. A ciência da inteligência artificial não existiria
vende tecidos e outros artigos de fancaria; 15. pessoa que trabalha na se não pudesse ser aplicada. Algumas das suas utilizações já estão dis­
frabricação de vidro; 16. hom em que alugava e conduzia bestas de poníveis no quotidiano; outras terão de esperar mais algum tempo; 8.
carga utilizadas para transportar mercadorias = arrieiro, recoveiro; 17. Se formos viver num a estação espacial, teremos o problema da ausên­
pessoa que tem por ofício revestir, com pedras justapostas, as ruas, cia de gravidade, o qual afecta gravemente a nossa saúde: a osteoporo-
caminhos, passeios; 18. pessoa que mata e esfola reses cuja carne é ven­ se é um dos campos de batalha mais duros que os médicos dos astro­
dida no talho; 19. dono de rebanho que se reveza com outro nas pasta­ nautas enfrentam. Mas, se decidirmos viver num planeta, não há
gens; 20. homem que transporta mercadorias, bagagens, mediante nenhum como a Terra; 9. Vai com prar um computador? Seja qual for o
pagam ento, utilizando animais de carga. seu perfil, eis o que lhe será indispensável. Para que a nova geração de
jogos funcione correctamente, é preciso instalar um com putador muito
16.- D IÁ LO G O : potente. Os jogos, cada vez mais realistas, exigem um processador
rápido e muita memória; 10. Se vai entrar pela primeira vez no m undo
A Ana e o Pedro foram jantar à feira de S. Mateus. O
da informática, não precisará do aparelho mais caro e sofisticado do
tempo não estava nada bom. Parecia iminente uma ' '
mercado. No entanto, é recomendável adquirir algo suficientemente
trovoada, mas eles não se importaram. O Pedro sugeriu que jantassem potente para não ficar desactualizado em pouco tempo.
num a barraca de pão com chouriço e bifanas, mas a Ana não aprovou
a ideia: agradava-lhe um restaurante mais requintado onde pudesse 23.- 1/J; 2/E; 3/G ; 4/M ; 5/A ; 6 /0 ; 7 / 0 , 8/B; 9 /N ; 10/1; 11/L; 12/H ; 13/K;
estar comodamente instalada e onde houvesse um m enu variado. Após 14/D; 15/F.
breve discussão, vingou a opinião da Ana. Porém a refeição não correu
24.-1. imprevisto, imperdoável, desembarque; 2. irrealidade, inadequado,
nada bem...
desvalorizar; 3. impopular, desrespeito, desapertar; 4. ilimitado, ilegíti­
Empregado: Que desejam, por favor?
mo, incomodidade; 5. desconfiar, inacessível, desenterrar; 6. desapare­
Ana: Eu quero migas alentejanas com entrecosto frito. cer, desunir, inevitável; 7. incoerente, descobrir, desordem; 8. imorali­
Pedro: E eu um as espetadas de vitela à moda do Ribatejo, mas bem dade, incompleto, insuficiente; 9. desvincular, descarga, ilíquido; 10.
passadas. imperfeito, desaconselhável, imparcial.
Ana: E pode trazer um a linguiça assada para irmos petiscando e
dois sumos de maçã. 25.-1. poliglota, issoglossa; 2. arqueologia, filologia; 3. necromancia, quiro­
Esperaram imenso tem po que os servissem. Ana mantinha-se mancia; 4. filosofia, teosofia; 5. antropom etria, biometria; 6. polimorfo,
calma e bem disposta, mas o Pedro estava impaciente e mal antropomorfo; 7. ortografia, geografia, caligrafia; 8. calígrafo, polígra­
hum orado porque tinha muita fome. fo, museógrafo; 9. polimorfo, antropomorfo; 10. aurífero, flamífero,
armígero, belígero; 11. poliedro, pentaedro; 12. dicotomia, nevrotomia;
Finalmente chegaram as travessas. Mas o descontentamento
13. hidrómetro, pentámetro; 14. pentágono, polígono.
do Pedro aum entou. A carne era dura e alguns pedaços esta­
vam mal passados. 26.-1. contrasselar; 2. desfazer; 3. antiasmático; 4. descobrir; 5. desaparecer;
Como a Ana não comeu toda a dose de migas com entrecosto, 6. contrapartida; 7. desabituar; 8. antiestético; 9. anticonstitucional; 10.
o Pedro acabou por comer o que ela deixou e a carne da espe­ contra-atacar; 11. desabrochar; 12. anticlerical; 13. contra-ofensiva; 14.
tada ficou no prato. Quando se aproximou, o empregado desanimar; 15. descolar; 16. anticelulite; 17. desligar; 18. contracurva;
reparou que o Pedro deixara bastante carne no prato e per­ 19. desafinar; 20. contrapon
guntou porquê. Aí o Pedro descarregou todo o seu desconten­
tam ento e barafustou veementemente. O empregado ficou tão
estupefacto que até quis trazer-lhe outro prato à sua escolha,
m as o Pedro não quis nada. Pediu a conta e disse que tinha
urgência de sair.

d u zen to s e v in te e seis
ara Todos 4
P ortu gu ês para T odos é um m étodo de estudo
de portugués como língua estrangeira cujo princi­
pal objectivo é proporcionar a um público hetero­
géneo, fundam entalm ente espanhol, os m ecanis­
m os necessários p ara a com unicação em
portugués, oralm ente ou por escrito, em situações
quotidianas da realidade portuguesa, assim como
proporcionar a leitura e com preensão de textos de
um nivel elem entar a u m nível avançado.

O m étodo, constituido por u m m anual e dois CDs


áudio, está estru tu rad o em quatro níveis, que
garantem um a progressão cultural, gram atical e
com unicativa.

C ada volum e foi program ado para cerca de 160


horas de trabalho, dividido em quinze unidades e
com um Apêndice de Consolidação, com exercícios de
revisão organizados por unidades, u m Apêndice
Lexical trad u zid o para espanhol, u m Apêndice Gra­
matical e Soluções de todos os exercícios e activida­
des, perm itindo, desta form a, um a auto-avaliação
do aluno.

Os CDs contêm a gravação dos diálogos e textos,


bem como de alguns docum entos e exercícios de
m aior im portância para o desenvolvim ento das
unidades, para ser utilizada no laboratório de lín­
guas ou em casa, para aperfeiçoam ento da com­
preensão oral e da pronúncia.

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9788493239435

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