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Respostas das questões apresentadas nos capítulos 

Capítulo 22  •  Pesquisa em Modificação de Comportamento  1

22 Pesquisa em Modificação
de Comportamento

Respostas [e Níveis] de Questões ma de Billy, a variável dependente era sua cota de


problemas de matemática corretamente resolvidos.
para Aprendizagem Qualquer exemplo apropriado é aceitável.
1.Q: Nomeie brevemente e descreva os quatro com-
ponentes mínimos de um programa de modificação 5. Q: Defina variável independente e dê um exemplo.
de comportamento. [Nível 2/C] [Nível 2/C]
R: Uma fase de triagem para esclarecer o problema e R: A variável independente é o tratamento ou a inter-
determinar quem deve tratá-lo; uma fase de medida venção aplicada para promover uma alteração na
de linha de base para determinar as causas do variável dependente. No caso de Billy, por exemplo,
comportamento-problema e o nível inicial do com- a variável independente era o reforço de um minu-
portamento antes do programa; uma fase de trata- to extra de recesso por cada problema de matemá-
mento, em que se inicia a estratégia de intervenção; tica corretamente solucionado. Qualquer exemplo
e uma fase de acompanhamento para avaliar a apropriado é aceitável.
persistência das alterações de comportamento de-
sejáveis em seguida ao término do programa. 6. Q: Defina validade interna. [Nível 2/C]
R: Diz-se que um achado é internamente válido se a
2. Q: Em duas ou três frases, explique por que não variável independente de fato tiver causado as al-
podemos necessariamente alegar que uma mudan- terações observadas na variável dependente.
ça de comportamento durante um programa de
modificação mínima do comportamento decorra do 7. Q: Defina validade externa. [Nível 2/C]
tratamento. [Nível 2/C] R: Diz-se que um achado é externamente válido até o
R: Em qualquer programa em que se introduz uma ponto em que possa ser generalizado a outros com-
fase de tratamento para modificar algum compor- portamentos, indivíduos, contextos ou tratamentos.
tamento, provavelmente alguma variável ou influ-
ência não controlada ocorrerá de modo concomi- 8. Q: Exemplifique e descreva brevemente os quatro
tante ao tratamento, de modo que a alteração no componentes da replicação reversa. [Nível 2/C] Qual
comportamento decorra da variável não controlada, é o outro nome dado a esse delineamento? [Nível 2/C]
e não do tratamento em si. Um programa de modi- R: (a) Uma fase de medida de linha de base para deter-
ficação mínima do comportamento não capacita minar o nível inicial do comportamento em estudo
ninguém a tirar conclusões, no caso de esta situação (b) Uma fase de tratamento, em que se introduz a
ter ocorrido. estratégia de intervenção pela primeira vez
(c) Uma fase reversa, em que se supende o tratamen-
3. Q: Em duas ou três frases, faça a distinção entre um to e as condições basais são restabelecidas e
programa de modificação mínima do comportamen- (d) Replicação da fase de tratamento, em que o trata-
to e uma pesquisa em modificação de comporta- mento é aplicado mais uma vez, para confirmar seus
mento. [Nível 4/An] efeitos comparativamente às fases de medida de
R: Um programa de modificação mínima do compor- linha de base e reversa. Qualquer exemplo apro-
tamento demonstra que, durante o tratamento, o priasdo é aceitável. Este delineamento também é
comportamento melhora em comparação à linha de chamado ABAB.
base (e, espera-se, persista durante o acompanha-
mento). Na pesquisa sobre modificação de compor- 9. Q: Preferencialmente, por quanto tempo a fase de
tamento, fases adicionais são conduzidas para de- análise inicial de uma replicação reversa deve con-
monstrar que a melhora no comportamento de fato tinuar? [Nível 1/Co]
decorreu do tratamento aplicado. R: Idealmente, enquanto o padrão de desempenho for
estável ou mostrar uma tendência na direção oposta
4. Q: Defina variável dependente e dê um exemplo. à prevista quando da introdução do tratamento.
[Nível 2/C]
R: A variável dependente é uma medida do comporta- 10. Q: Descreva por que os parâmetros 1, 2 e 3 da Fi-
mento estudado ou tratado. Por exemplo, no progra- gura 22.2 são inadequados. [Nível 3/Ap]
2  Modificação de Comportamento | O Que É e Como Fazer

Programa de reforço cial dano que uma linha de base estendida po-
Linha de base
deria causar ao indivíduo.

1 12. Q: Quantas reversões e replicações são necessárias


em uma replicação reversa? [Nível 2/C]
R: Se um efeito muito amplo é observado quando se
introduz a variável independente, e se a área
corresponde a uma já explorada anteriormente,
Frequência de repostas de cumprimento desejáveis

então uma replicação pode ser suficiente. Entre-


tanto, outras combinações de fatores poderiam
2 influenciar alguém a conduzir várias replicações
para demonstrar de maneira convincente uma
relação de causa-efeito.

13. Q: Identifique duas limitações da replicação re-


versa e dê um exemplo de cada uma delas.
[Nível 3/Ap]
3 R: (a) Conduzir uma reversão pode ser indesejável por
questões éticas, se isso puder atrapalhar o indi-
víduo que está sendo estudado; (b) talvez, não
seja possível obter uma reversão. Quaisquer
exemplos apropriados são aceitáveis.

14. Q: Estabeleça uma vantagem de um procedimen-


4 to de linhas de base múltiplas em relação ao
delineamento de replicação reversa. [Nível 2/C]
R: É desnecessário reverter para as condições de li-
nhas de base em seguida à avaliação de um
tratamento.

15. Q: Tomando um dos exemplos, descreva breve-


5 mente um procedimento de linha de base
múltipla entre comportamentos. [Nível 2/C]
R: Primeiro, uma linha de base é conduzida de manei-
ra concomitante em dois ou mais comportamen-
Sessões tos. Em segundo lugar, o tratamento é introdu-
zido a um dos comportamentos enquanto o(s)
Figura 22.2 Dados hipotéticos para cinco crianças. outro(s) comportamento(s) continua(m) na linha
de base. Em terceiro lugar, o primeiro compor-
R: (a) O parâmetro 1 não está estável; (b) o 2 mostra tamento continua no tratamento e este é intro-
tendência na mesma direção que aquela obser- duzido no segundo comportamento. Desse
vada durante a fase variável independente; uma modo, o delineamento requer a introdução se-
continuação daquela tendência não pode ser quencial do tratamento, ao longo de dois ou
atribuída de modo confiável à variável indepen- mais comportamentos. Um exemplo é mostrado
dente; (c) o 3 é curto demais para possibilitar na Figura 22.3, ou qualquer outro exemplo é
conclusões acerca da instabilidade ou de ten- aceitável.
dências a serem esboçadas.
16. Q: Quais são três potenciais limitações de um
11. Q: Quais considerações científicas, práticas e éticas procedimento de linha de base múltipla entre
poderiam levar alguém a prolongar ou encurtar comportamentos? [Nível 2/C]
uma análise inicial? [Nível 2/C] R: (a) Se dois ou mais comportamentos não são inde-
R: (a) Científica: alguém poderia aceitar linhas de base pendentes, então a introdução do tratamento
mais curtas para variáveis dependentes que ti- a um dos comportamentos se generaliza aos
vessem sido completamente exploradas em outros comportamentos que ainda estão na li-
outros estudos que aquelas para variáveis de- nha de base (impossibilitando concluir uma re-
pendentes que possam ter recebido pouca ou lação de causa-efeito entre o tratamento e a
nenhuma consideração. (b) Prática: as linhas de variável dependente); (b) se não for possível
base poderiam ser encurtadas em razão das li- encontrar dois ou mais comportamentos conve-
mitações de tempo do experimentador, da dis- nientes; ou (c) se o número de observadores
ponibilidade de observadores, da disponibilida- existentes for insuficiente para reunir os dados
de dos indivíduos estudados etc. (c) Ética: as li- necessários sobre vários comportamentos.
nhas de base de comportamentos de importân-
cia crítica para o indivíduo poderiam ser esten- 17. Q: Tomando um dos exemplos, descreva breve-
didas ou encurtadas por razões éticas, como o mente um procedimento de linha de base
encurtamento de uma linha de base de compor- múltipla entre ambientes. [Nível 2/C]
tamento autoabusivo em virtude de um poten-
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Capítulo 22  •  Pesquisa em Modificação de Comportamento  3

Linha de base Tratamento

Comportamento 1,
matemática
Respostas corretas

Comportamento 2,
pronúncia

Comportamento 3,
redação de frases

1 5 10 15 20
Sessões
Figura 22.3 Dados hipotéticos do procedimento de linha de base múltipla entre respostas para Kelly.
R: Primeiro, estabelecer a linha de base de um com- 19. Q: Tomando um dos exemplos, descreva breve-
portamento de indivíduo no decorrer de duas mente um procedimento de linha de base
ou mais situações. Segundo, introduzir o trata- múltipla entre indivíduos. [Nível 2/C]
mento para este comportamento em uma das R: Primeiro, obter uma linha de base de um compor-
situações, ao mesmo tempo que se mantém a tamento privado em dois ou mais indivíduos.
linha de base nas outras situações. Terceiro, Segundo, introduzir o comportamento em um
continuar o tratamento para o comportamento indivíduo, enquanto mantém a linha de base
na primeira situação e aplicá-lo ao comporta- no(s) outro(s). Terceiro, enquanto o tratamento
mento na segunda situação. Nesse sentido, o no comportamento do primeiro indivíduo é
delineamento requer a introdução do tratamen- continuado, iniciar o tratamento para este com-
to de um comportamento de modo sequencial, portamento também no segundo indivíduo.
ao longo das situações. Qualquer exemplo Dessa forma, introduz-se o tratamento sequen-
apropriado é aceitável. cialmente em um comportamento privado em
dois ou mais indivíduos. Qualquer exemplo
18. Q: Quais são as três potenciais limitações de um apropriado é aceitável.
procedimento de linha de base múltipla entre
ambientes? [Nível 2/C] 20. Q: Quais são três potenciais limitações de um
R: (a) Quando a introdução do tratamento ao compor- procedimento de linha de base múltipla entre
tamento em uma situação faz o comportamen- indivíduos? [Nível 2/C]
to melhorar em outras situações (impossibilitan- R: (a) Quando os indivíduos envolvidos podem se co-
do concluir uma relação de causa-efeito entre o municar deliberadamente ou, de outro modo,
tratamento e as variáveis dependentes); (b) influenciar outros indivíduos que estejam na
quando o comportamento ocorre apenas em um linha de base e, assim, fazer cada um dos outros
contexto; ou (c) se não houver observadores mostrar uma alteração no comportamento antes
suficientes para reunir os dados necessários. da introdução do programa de tratamento
4  Modificação de Comportamento | O Que É e Como Fazer

(impossibilitando concluir uma relação de causa- 24. Q: Explique, em uma ou duas frases, os critérios
-efeito entre o tratamento e as variáveis depen- científicos e práticos para avaliar os efeitos de
dentes); (b) quando há um único indivíduo que determinado tratamento. [Nível 2/C] Certifique-
mostra o problema ou comportamento-alvo; ou -se de distinguir os dois em sua resposta.
(c) se o número de observadores disponíveis for R: Critérios científicos: trata-se de diretrizes usadas
insuficiente para monitorar o comportamento para avaliar se houve ou não uma demonstração
de todos os indivíduos. convincente de que um tratamento foi respon-
sável pela produção de um efeito confiável sobre
21. Q: Fazendo referência a um exemplo, descreva a variável dependente. Critérios práticos: são
brevemente o procedimento com mudança de valores subjetivos usados para julgar se um
critério. [Nível 2/C] tratamento melhorou significativamente ou não
R: Primeiro, determinar uma linha de base de um a vida do cliente, conforme julgado pelo grau
comportamento a ser modificado. Por exemplo, de sua satisfação pessoal ou dos responsáveis
DeLuca e Holborn avaliaram a velocidade da pelo cuidado dele.
pedalada de um menino em uma bicicleta esta-
cionária durante várias sessões de exercício de 25. Q: Descreva por que é difícil tirar conclusões sobre
30 minutos. Em seguida, estabelecer um critério os efeitos dos tratamentos nos Gráficos 3, 4 e 5
para a aplicação do tratamento. Por exemplo, da Figura 22.4. [Nível 3/Ap]
DeLuca e Holborn reforçavam o menino quando R: No gráfico 3, o primeiro tratamento parece ser uma
a velocidade da pedalada na bicicleta estacio- simples continuação da tendência observada no
nária aumentava em cerca de 15% acima da li- basal. Os efeitos da reversão e do segundo trata-
nha de base. Terceiro, introduzir modificações mento não contrapõem suficientemente essa
sucessivas nos critérios comportamentais para o possibilidade. No gráfico 4, os parâmetros são
tratamento. Por exemplo, no estudo de DeLuca instáveis e há muita sobreposição de pontos de
e Holborn, toda vez em que a velocidade da dados nas fases basal e reversa, em comparação a
pedalada estabilizava em um nível novo, o cri- cada uma das duas fases dos tratamentos, de modo
tério para o reforço era aumentado em cerca de que não se pode concluir com segurança que o
mais 15%. Desse modo, se o comportamento tratamento produziu uma mudança significativa
mudar em uma direção consistente toda vez em a partir dos basais. No gráfico 5, os efeitos do
que for feita uma modificação nos critérios para tratamento são questionáveis porque há apenas
a aplicação do tratamento, então pode-se con- um ponto de dados mostrado para cada uma das
cluir que o tratamento foi responsável pela condições basais e as condições de tratamento.
modificação no comportamento. Qualquer
exemplo apropriado é aceitável. 26. Q: Quais são os sete critérios nos quais você con-
fiaria ao máximo para considerar que o trata-
22. Q: Fazendo referência a um exemplo, descreva mento em um delineamento ABAB produziu um
brevemente o procedimento com alternância de efeito sobre a variável dependente? [Nível 2/C]
tratamentos. [Nível 2/C] Qual é o outro nome R: (a) Quanto maior o número de replicações de um
dado a esse procedimento? [Nível 1/Co] Explique efeito; (b) quanto menores os pontos de dados
quando e por que este nome poderia ser prefe- sobrepostos entre as fases basal e de tratamen-
rido. [Nível 2/C] to; (c) quanto mais rapidamente os efeitos forem
R: (a) Primeiro, identificar dois tratamentos diferentes a observados em seguida à introdução de um
serem comparados. Segundo, identificar um com- tratamento; (d) quanto maiores os efeitos ob-
portamento que ocorre a uma frequência para a servados ao comparar os efeitos do tratamento
qual tanto aumentos quanto diminuições na fre- com o basal; (e) quanto mais precisamente forem
quência do comportamento sejam possíveis. Ter- especificados os procedimentos do tratamento;
ceiro, aplicar os dois tratamentos separados ao (f) quanto mais confiáveis são as medidas de
comportamento em sessões randomicamente al- resposta; e (g) quanto mais consistentes são os
ternantes. Nests sentido, os efeitos do tratamento achados obtidos com os dados existentes e a
podem ser comparados diretamente em um único teoria comportamental aceita.
comportamento de um único indivíduo. Qualquer
exemplo apropriado é aceitável. (b) Delineamen- 27. Q: Quais são os três níveis de validação social e
to multielementos. Por vezes, prefere-se este nome por que são importantes? [Nível 2/C]
quando dois tratamentos distintos são aplicados R: (a) Para examinar até que ponto os comportamen-
a dois comportamentos ou “elementos diferen- to-alvos identificados para os programas de
tes”, ou quando as condições comparadas não tratamento programas são realmente os mais
forem verdadeiramente tratamentos terapêuticos. importantes para o cliente e/ou a sociedade; (b)
para examinar a aceitabilidade da parte do
23. Q: Descreva brevemente um problema em poten- cliente dos procedimentos usados, especialmen-
cial com o procedimento com alternância de te quando procedimentos alternativos podem
tratamentos. [Nível 3/Ap] alcançar aproximadamente os mesmos resulta-
R: Os dois tratamentos podem interagir, isto é, um dos dos; (c) para garantir que os consumidores
tratamentos pode produzir um efeito tanto em (clientes e/ou seus cuidadores) estejam satisfeitos
virtude de um contraste com o outro tratamen- com os resultados do tratamento. Esses níveis de
to em sessões alternantes quanto pela genera- validação social são importantes para garantir
lização do tratamento ao longo das condições. que os modificadores de comportamento façam
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Parâmetro Tratamento Parâmetro Tratamento


(P) (T) (P) (T)

P T P T P T

P T P T
Comportamento

P T P T

P T P T

Tempo
Figura 22.4 Alguns dados hipotéticos.

o melhor trabalho possível ao ajudar indivíduos dimentos de caso único incluem 3 a 5 indivíduos, um
a atuarem integralmente na sociedade. pesquisador precisa localizar apenas alguns indivídu-
os com o mesmo problema de desempenho, para
avaliar uma intervenção. Com os procedimentos
Respostas [e Níveis] de Questão grupais, muitas vezes é difícil localizar um número
suficiente de indivíduos com o mesmo problema de
Adicional desempenho para formar os diferentes grupos. (c)
1. Q: Liste quatro motivos pelos quais muitos modifi- Como todos os indivíduos em um procedimento de
cadores de comportamento preferem procedimentos caso único recebem intervenção em um momento ou
de caso único a procedimentos de grupo. [Nível 2/C] outro, um pesquisador aplicado não se depara com
R: (a) Os procedimentos de caso único enfocam a me- uma resistência da parte dos clientes (ou de pessoas
dida repetida do desempenho de um indivíduo ao próximas a eles) à participação em um grupo-contro-
longo de determinado número de sessões e, portan- le não tratado. (d) Como os procedimentos de caso
to, fornecem uma informação potencialmente valio- único contam com a replicação lógica, em vez da
sa sobre a variação individual do desempenho. Os amostragem lógica do procedimento grupal, não são
procedimentos grupais, com sua ênfase na média de impedidos por algumas das considerações exigidas
desempenho de grupos, em geral reúnem dados em nos procedimentos grupais, como a consideração de
um único ponto do tempo e não enfocam o monito- que a variável dependente apresenta distribuição
ramento contínuo de clientes individuais ao longo do normal na população, ou que as amostras são alea-
tempo. (b) Como os experimentos que usam proce- toriamente selecionadas.

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