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ESTRADAS VICINAIS

PROF. : RICARDO VENESCAU


SUMÁRIO
Introdução

1. Introdução às Estradas Vicinais

2. Normas para Projeto de rodovias vicinais

3. Escolha do Traçado de uma Estrada Vicinal

4. Projeto Geométrico de Estradas Vicinais

5. Materiais de Construção de Estradas Vicinais

6. Características Técnicas

7. Tratamento Primário

8. Conservação e Recuperação de Estradas Vicinais


SUMÁRIO
Introdução

1. Introdução às Estradas Vicinais

2. Normas para Projeto de rodovias vicinais

3. Escolha do Traçado de uma Estrada Vicinal

4. Projeto Geométrico de Estradas Vicinais

5. Materiais de Construção de Estradas Vicinais

6. Características Técnicas

7. Tratamento Primário

8. Conservação e Recuperação de Estradas Vicinais


INTRODUÇÃO
O QUE SIGNIFICA VICINAL ?

Do latim, vicinalis

Que faz a ligação entre dois lugares, localidades ou povoações próxima

Vizinho,
Localizado ao lado de um local determinado

Que faz parte da vizinhança ou nela está situado


O QUE SÃO ESTRADAS VICINAIS ?

Vicinal, é a designação dada em certas regiões do Brasil a estradas de:

• Caráter Secundário
• Na maioria das vezes municipais
• Em geral, não dispõem de pavimento
• Muitas vezes intrafegáveis em determinadas épocas do ano

Podem ser definidas como o conjunto de pequenas vias que compõem o sistema capilar de transporte,
sendo responsáveis fundamentalmente pelo escoamento da produção agrícola.
O QUE SÃO ESTRADAS VICINAIS ?
IMPORTÂNCIA DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE

SISTEMA CIRCULATÓRIO HUMANO X SISTEMA VIÁRIO NACIONAL


IMPORTÂNCIA DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE
É o sistema pelo qual são Existe uma difusa rede de vasos
transportados nutrientes, sanguíneos que transportam o
gases, hormônios, hemácias etc. sangue, sendo formada pelas
para as células do organismo, a artérias, as veias, as arteríolas
fim de defender o corpo e os capilares.
contra doenças, regular
SISTEMA CIRCULATÓRIO
a temperatura corporal,
HUMANO estabilizar o pH e manter As artérias conduzem sangue do
a homeostase. coração em direção aos demais
órgãos e tecidos do corpo

As arteríolas são pequenos vasos


Faz a comunicação entre os
que se ramificam das artérias,
diversos tecidos do corpo
irradiando-se pelo organismo
IMPORTÂNCIA DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE

SISTEMA CIRCULATÓRIO
HUMANO
IMPORTÂNCIA DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE
Transporta Cargas, Passageiros,
etc de um lugar para outro

Formado por todas as vias que Responsável por 96% do


SISTEMA VIÁRIO
compõem o sistema de movimento de passageiros e 60%
NACIONAL transporte nacional do transporte de cargas

Proporciona atividade para


milhares de empresas de
transporte de cargas com milhões
de veículos que empregam muitas
pessoas
IMPORTÂNCIA DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE

INSUMOS

SISTEMA VIÁRIO
NACIONAL

PRODUTOS
IMPORTÂNCIA DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE

INSUMOS

SISTEMA VIÁRIO
NACIONAL

PRODUTOS
IMPORTÂNCIA DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE
O transporte rodoviário é feito por estradas, rodovias, ruas e outras vias
pavimentadas ou não.
Em relação à classificação das estradas, existem basicamente 4 critérios (Baesso
& Gonçalves, 2003):

1. Quanto à jurisdição/administração
2. Quanto à função
3. Quanto às características físicas
4. Quanto ao padrão técnico
Quanto à Jurisdição/administração, as estradas podem ser:

1. Federais  Controladas pelo DNIT

2. Estaduais  Controladas pelos órgãos estaduais


(DERs)

3. Municipais  Controladas pelos órgãos municipais


(PREFEITURAS)
Quanto à classificação funcional, as estradas podem ser:

1. Arteriais
São as rodovias cuja função principal é a de propiciar mobilidade

2. Coletoras
São as rodovias que proporcionam um misto de funções de mobilidade
e acesso

3. Locais
São as rodovias cuja função principal é oferecer oportunidades de acesso

4. Transito Rápido
Fonte: Manual Básico de ESTRADAS e RODOVIAS VICINAIS, Vol I, (DER-SP, 2012)
Quanto à classificação funcional, as estradas podem ser:
Caracterizada por interseções em nível

Geralmente controlada por semáforo


1. Arteriais Com acessibilidade direta aos lotes lindeiros e às
vias secundárias e locais

Possibilita o trânsito entre as regiões da cidade


Quanto à classificação funcional, as estradas podem ser:

Caracterizadas por facilitar movimentação


de uma região a outra em uma cidade por
2. Coletoras estarem ligadas as vias arteriais e de
trânsito rápido
Quanto à classificação funcional, as estradas podem ser:
Caracterizada por interseções em nível não
semaforizadas
3. Locais
Destinada apenas ao acesso local ou a áreas
restritas
Quanto à classificação funcional, as estradas podem ser:
Caracterizadas por acessos especiais

Com trânsito livre

4. T. Rápido Sem interseções em nível

Sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros

Sem travessia de pedestres em nível


Quanto à classificação funcional, as estradas podem ser:

VIA ARTERIAL VIA COLETORA

VIA EXPRESSA VIA LOCAL


Quanto às características físicas, as estradas podem ser:

1. Pavimentadas
Rodovia com revestimento superior. Rodovias implantadas que
apresentam sua superfície com pavimento asfáltico, de concreto
cimento ou de alvenaria poliédrica.

2. Não Pavimentadas

3. Planejadas
Rodovia que consta de um planejamento e cuja construção se acha em
perspectiva. Rodovias fisicamente inexistentes, mas para as quais são previstos
pontos de passagem que estabelecem uma diretriz destinada a atender uma
demanda potencial de tráfego.
Quanto às características físicas, as estradas podem ser:
1. Pavimentadas

REVESTIMENTO

BASE
SUBBASE

TERRAPLENAGEM/ATERRO
Quanto às características físicas, as estradas podem ser:

2. Não Pavimentadas

BASE
SUBBASE

TERRAPLENAGEM/ATERRO
Quanto ao padrão técnico, as estradas podem ser divididas em 5 classes:

1. Classe 0 (Especial) Velocidade Diretriz


Raio de Curva Horizontal
2. Classe I
Declividade Longitudinal

3. Classe II Distância de Visibilidade


Faixa de Domínio
4. Classe III Largura da Pista de Rolamento

5. Classe IV Largura dos Acostamentos


Quanto ao padrão técnico, as estradas podem ser divididas em 4 classes:

Fonte: site da internet http://www.ebanataw.com.br/trafegando/faixas.htm


MALHA VIÁRIA NACIONAL
Fonte: www.dnit.gov.br
Fonte: www.dnit.gov.br
Fonte: www.dnit.gov.br
Fonte: www.dnit.gov.br
Em relação à Jurisdição, as vias brasileiras têm a
seguinte distribuição:

Fonte: www.dnit.gov.br
PLANEJADAS
SUMÁRIO
Introdução

1. Introdução às Estradas Vicinais

2. Normas para Projeto de rodovias vicinais

3. Escolha do Traçado de uma Estrada Vicinal

4. Projeto Geométrico de Estradas Vicinais

5. Materiais de Construção de Estradas Vicinais

6. Características Técnicas

7. Tratamento Primário

8. Conservação e Recuperação de Estradas Vicinais


1. INTRODUÇÃO ÀS ESTRADAS VICINAIS
O QUE SÃO ESTRADAS VICINAIS ?
Vicinal, é a designação dada em certas regiões do Brasil a estradas de:

• Caráter Secundário
• Na maioria das vezes municipais
• Em geral, não dispõem de revestimento
• Muitas vezes intrafegáveis em determinadas épocas do ano

Podem ser definidas como o conjunto de pequenas vias que compõem o sistema capilar de transporte,
sendo responsáveis fundamentalmente pelo escoamento da produção agrícola.
O QUE SÃO ESTRADAS VICINAIS ?
As vicinais, são em geral:

• Estradas municipais
• Revestidas ou Não
• Com Pista Única
• Local
• Padrão Técnico Modesto
• Compatível com o Tráfego Usuário

Segundo o Manual Básico de Estradas e Rodovias (DER-SP, 2012), Estabelece-se que Vicinais:

Pavimentadas são denominadas Rodovias Vicinais


Não Pavimentadas são denominadas Estradas Vicinais
IMPORTÂNCIA DAS ESTRADAS VICINAIS
As estradas vicinais representam um papel muito importante no
desenvolvimento sócio-econômico de uma região, pois são responsáveis:

• Pelo Escoamento da Produção Agricola

• Pela Integração entre o campo e a cidade

• Pelo Acesso da comunidade rural aos serviços de saúde,


educação e lazer nas cidades próximas (FONTENELE, 2001)
ESTRADAS VICINAIS

EDUCAÇÃO LOCALIDADE

LAZER

SAÚDE

PRODUÇÃO AGRÍCOLA

CIDADE PEQUENA
ESTRADA VICINAL
Características Técnicas das Vicinais
• Aproveitam Traçados Existentes

• Apresentam Razoável Condição de Drenagem Natural


• Geralmente o Greide é Próximo ao Terreno Natural
• Rampas Acentuadas
• Curvas Horizontais Acentuadas

• Curvas Verticais Acentuadas

• Apresentam Velocidade Diretriz Baixa, sendo:  60 km/h => regiões planas


 40 km/h => regiões onduladas
 30 km/h => regiões montanhosas
Características Técnicas das Vicinais
SUMÁRIO
Introdução

1. Introdução às Estradas Vicinais

2. Normas para Projeto de rodovias vicinais

3. Escolha do Traçado de uma Estrada Vicinal

4. Projeto Geométrico de Estradas Vicinais

5. Materiais de Construção de Estradas Vicinais

6. Características Técnicas

7. Tratamento Primário

8. Conservação e Recuperação de Estradas Vicinais


2. NORMAS PARA PROJETO DE RODOVIAS
Decisão de Efetuar um Investimento
ANÁLISE ECONÔMICA: CUSTO X BENEFÍCIO

DIMINUIÇÃO DOS CUSTOS OPERACIONAIS


DOS VEÍCULOS
BENEFÍCIOS
REDUÇÃO DOS CUSTOS DE TRANSPORTE

MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE TRÁFEGO

• REDUÇÃO DE RAMPAS LONGITUDINAIS • REGULARIZAÇÃO DA SUPERFÍCIE DE ROLAMENTO

• AUMENTO DE RAIOS DAS CURVAS HORIZONTAIS • DIMINUIÇÃO DO PERCURSO


CABE ÀS AUTORIDADES
ESTUDO DE VIABILIDADE

PROJETO BÁSICO ORÇAMENTO APROXIMADO DA OBRA PROJETADA

DECIDIU EFETIVAR O INVESTIMENTO

PROJETO DETALHADO ORÇAMENTO DETALHADO

ALOCAÇÃO DA VERBA
FORNECER DESENHOS

FUNÇÕES DE UM PROJETO FORNECER ESPECIFICAÇÕES

FORNECER ORÇAMENTO

SUBSIDIAM O PLANEJAMENTO
DA EXECUÇÃO DA OBRA

OBS.: É IMPORTANTE, DURANTE A ELABORAÇÃO DO PROJETO, LEVAR EM CONSIDERAÇÃO PROBLEMAS E CUSTOS ASSOCIADOS À OPERAÇÃO.

INTERFACE: PROJETISTA X RESPONSÁVEL M&R


ESTUDOS QUE SUBSIDIAM UM PROJETO
• TRÁFEGO • TOPOGRÁFICOS

• HIDROLÓGICO • GEOTÉCNICOS
ETAPAS DE UM PROJETO DE RODOVIAS
1. DEFINIÇÃO DO TRAÇADO
• DETERMINAR PONTO INICIAL E PONTO FINAL
• FIXAR PONTOS OBRIGATÓRIOS (GARGANTAS, RIOS, ETC)
• IDENTIFICAR PRINCIPAIS PÓLOS GERADORES DE TRÁFEGO
• DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE DIRETRIZ

ESTUDOS DE TRAÇADO
PROFERE BOAS
• UTIIZAR DADOS CARTOGRÁFICOS, FOTOS, ETC
CONDIÇÕES DE
DRENAGEM • ANALISAR E COMPARAR ALTERNATIVAS
• SEGUIR DIVISORES DE ÁGUA
2. OBTENÇÃO DE DADOS ESSENCIAIS AO PROJETO

• ESTUDO DE TRÁFEGO
• LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS
• ESTUDOS HIDROLÓGICOS
• ESTUDOS GEOTÉCNICOS

2.1. ESTUDO DE TRÁFEGO

• CONTAGEM CLASSIFICATÓRIA E VOLUME DE VEÍCULOS


• DETERMINAÇÃO DO VOLUME MÉDIO DIÁRIO DE VEÍCULOS
• DETERMINAÇÃO DO VOLUME HORÁRIO DE PROJETO

• DADOS NECESSÁRIOS PARA DEFINIR O TIPO DE VIA E O NÍVEL DE SERVIÇOS


2.2. LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS

• REPRESENTAM O RELEVO DA ÁREA ESTRADAL

• IDENTIFICAM ITENS EXISTENTES RELEVENTES AO PROJETO

- CONSTRUÇÕES

- CERCAS

- CURSOS D´ÁGUA

- ESTRADAS, CAMINHOS E ACESSOS

- LINHAS DE TRANSMISSÃO / POSTES

- ADUTORAS / SISTEMA DE DRENAGEM

- ÁRVORES

- ETC

• INDISPENSÁVEIS PARA O INÍCIO DO POJETO


2.3. ESTUDOS HIDROLÓGICOS

• INFORMAM NÍVEIS MÁXIMOS DE ENCHENTES


• SEÇÕES DAS OBRAS DE VAZÃO
• IDENTIFICAÇÃO DAS CHUVAS VERIFICADAS AO LONGO DOS ÚLTIMOS ANOS
• NECESSÁRIOS PARA DIMENSIONAMENTO DE DISPOSITIVOS DE DRENAGEM
• NECESSÁRIOS PARA DIMENSIONAMENTO DE OBRAS D´ARTE ESPECIAIS

2.4. ESTUDOS GEOTÉCNICOS

• INDICAM OCORRÊNCIA DE SOLO MOLE


• INDICAM AFLORAMENTO DE ROCHA
• IDENTIFICAM OCORRÊNCIA DE MATERIAIS
- PEDREIRAS
- JAZIDAS
- EMPRÉSTIMOS
- AREAIS
ITENS CONSTANTES EM UM PROJETO DE RODOVIA
• MAPA DE SITUAÇÃO • PROJETO DE OBRAS D’ARTE ESPECIAIS
• CARACTERÍSTICAS TÉCNICO-OPERACIONAIS • PROJETO DE SINALIZAÇÃO

• PROJETO DE TERRAPLENAGEM • PROJETO DE DESAPROPRIAÇÃO

• PROJETO GEOMÉTRICO • PROJETO DE OBRAS COMPLEMENTARES

• PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO • PROJETO DE MEIO AMBIENTE

• PROJETO DE DRENAGEM
• MAPA DE SITUAÇÃO
• LOCALIZA A ESTRADA NO CONTEXTO DA REGIÃO
• CARACTERÍSTICAS TECNICO-OPERACIONAIS
• DEFINE A CLASSE DA VIA

• DEFINIÇÃO DOS PARÂMETROS TECNICOS-OPERACIONAIS

- VELOCIDADE DIRETRIZ - LARGURA DA PISTA DE ROLAMENTO

- RAIO MÍNIMO DE CURVA HORIZONTAL - LARGURA DO ACOSTAMENTO

- SUPERELEVAÇÃO MÁXIMA - SUPERLARGURA

- RAMPA LONGITUDINAL MÁXIMA

• PROJETO DE TERRAPLENAGEM

• CONSISTE BASICAMENTE NA RELAÇÃO CORTE X ATERRO

• DEFINE A SEÇÃO TIPO DE TERRAPLENAGEM


• DEFINE A NOTA DE SERVIÇO DE MOVIMENTAÇÃO DE TERRA
• DEFINE O DIAGRAMA DE BRUCKNER
• LOCALIZA E CARACTERIZA OS EMPRÉSTIMOS
• LOCALIZA E CARACTERIZA OS “BOTA-FORA”
• DEFINE OS ALARGAMENTOS DE CORTE
• PROJETO GEOMÉTRICO
• REPRESENTA PLANIMETRIA CADASTRAL (PLANTA BAIXA) DO TRAÇADO ESCOLHIDO

• PREFERENCIALMENTE, A PLANTA BAIXA DEVE CONTER:

- INTERFERÊNCIAS (POSTES, ÁRVORES, ETC)

- FAIXA DE DOMÍNIO DELIMITADA

- ÁREAS A SEREM DESAPROPRIADAS COM PROPRIETÁRIOS IDENTIFICADOS

- ROTATÓRIAS, RETORNOS E ACESSOS

- OBRAS DE ARTES (CORRENTES E ESPECIAIS) REPRESENTADAS

- REPRESENTAÇÃO DE MEIO-FIO (NOVOS E EXISTENTES)

- REPRESENTAÇÃO DE CERCAS (NOVAS E EXISTENTES)

- EIXO ESTAQUEADO COM DISTANCIAS CONSTANTES (GERALMENTE A CADA 20m)

- CURVAS DE NÍVEL

- DEMAIS INFORMAÇÕES RELEVANTES


FAIXA DE DOMÍNIO / CERCA A CONSTRUIR
• PROJETO GEOMÉTRICO
LINHA DE ALTA TENSÃO
CURVAS DE NÍVEL

POSTES DE BAIXA TENSÃO

POSTES DE ALTA TENSÃO


BUEIRO A EXECUTAR RETORNO PROJETADO

EDIFICAÇÕES EXISTENTES

LOCALIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO
DE RIO

REPRESENTAÇÃO DE OAE MEIO-FIO PROJETADO


• PROJETO GEOMÉTRICO

ELEMENTO DE CURVA HORIZONTAL

IDENTIFICAÇÃO DE ACESSO
IDENTIFICAÇÃO DE
EDIFICAÇÃO

POSTES DE BAIXA TENSÃO


EDIFICAÇÕES EXISTENTES

BUEIRO A AMPLIAR CERCA EXISTENTE

MEIO-FIO PROJETADO
• PROJETO GEOMÉTRICO

• REPRESENTAR ALTIMETRIA COM ELEMENTOS VERTICAIS

• PREFERENCIALMENTE, A REPRESENTAÇÃO DEVE CONTER:

- PERFIL LONGITUDINAL DO TERRENO NATURAL NO EIXO

- GREIDE PROJETADO PARA A RODOVIA

- ESTAQUEAMENTO EM ESPAÇOS CONSTANTES (GERALMENTE 20m)

- INDICAÇÃO DE ELEMENTOS DE CURVAS VERTICAIS (PIVs, PCVs, PTVs)

- COMPRIMENTO DAS CURVAS VERTICAIS

- RAMPAS ADOTADAS (COMPRIMENTO E INCLINAÇÃO)

- LOCALIZAR E IDENTIFICAR OBRAS DE ARTE ESPECIAIS E CORRENTES

- APRESENTAR COTAS RELEVANTES (LÂMINAS D´ÁGUA, LENÇOL FREÁTICO, ETC)


• PROJETO GEOMÉTRICO

GREIDE PROJETADO
ELEMENTOS DE CURVA
VERTICAL

INCLINAÇÃO E
REPRESENTAÇÃO COMPRIMENTO DE ESTAQUEAMENTO
DE UM BDTC RAMPA COTA DO T.N.
LONGITUDINAL
COTA DO GREIDE
• PROJETO GEOMÉTRICO
• REPRESENTAR SEÇÕES TRANSVERSAIS
- DEVE SER APRESENTADA UMA SEÇÃO TRANSVERSAL EM CADA ESTACA

- APRESENTAM ELEMENTOS NECESSÁRIOS À TERRAPLENAGEM

- SÃO MARCADAS EM CAMPO ATRAVÉS DA NOTA DE SERVIÇO DE TERRAPLENAGEM

- APRESENTAM A RELAÇÃO TERRENO NATURAL X GREIDE PROJETADO

- SUAS ÁREAS DE CORTE E ATERRO FORNECEM DADOS PARA O CÁLCULO DE VOLUMES

ESTACA NO EIXO
TERRENO NATURAL
ÁREA DE CORTE

GREIDE PROJETADO (CFT)

DISTÂNCIA EM RELAÇÃO
AO EIXO
COTA DO TERRENO

DISTÂNCIA
EM COTA DE PROJETO
RELAÇÃO
AO EIXO
LADO LADO
ESQUERDO DIREITO
• PROJETO GEOMÉTRICO

EIXO – COTA DO TERRENO

OFF-SET ESQUERDO OFF-SET DIREITO

ÁREA DE CORTE COTA VERMELHA

BORDO ESQUERDO EIXO – COTA DO BORDO DIREITO


PROJETO

COTA VERMELHA = COTA TERRENO – COTA PROJETO


• PROJETO GEOMÉTRICO
GREIDE PROJETADO (CFT)

TERRENO NATURAL

TERRENO NATURAL
TERRENO NATURAL

GREIDE PROJETADO (CFT)


GREIDE PROJETADO (CFT)
• PROJETO GEOMÉTRICO
NOTA DE SERVIÇO DE TERRAPLENAGEM
• PROJETO GEOMÉTRICO
CÁLCULO DE VOLUMES

VAs1-s2 = (A1 + A2) * L VCs1-s2 = (A1 + A2) * L


2 DISTÂNCIA ENTRE
AS SEÇÕES 2 DIST.

ÁREA DE ATERRO ÁREA DE CORTE


DA SEÇÃO 2 DA SEÇÃO 2
ÁREA DE ATERRO ÁREA DE CORTE
DA SEÇÃO 1 DA SEÇÃO 1

VOLUME DE ATERRO ENTRE VOLUME DE CORTE ENTRE DUAS


DUAS SEÇÕES SEÇÕES
• PROJETO GEOMÉTRICO
QUADRO DE VOLUMES
• PROJETO GEOMÉTRICO
• RECOMENDAÇÕES PARA PROJETO GEOMÉTRICO (SE POSSÍVEL)

- UTILIZAR CURVAS HORIZONTAIS COM RAIOS GRANDES

- EVITAR TANGENTES MUITO EXTENSAS


SEGURANÇA - ALTERNAR CURVAS HORIZONTAIS À DIREITA E À ESQUERDA

- UTILIZAR CURVAS VERTICAIS AMPLAS

- ALTERNAR CURVAS VERTICAIS CÔNCAVAS E CONVEXAS

DRENAGEM - ELEVAR GREIDE EM RELAÇÃO AO TERRENO NATURAL

- MANTER PLATAFORMA COM O MÍNIMO DE LARGURA COMPATÍVEL


ECONOMIA
COM AS NECESSIDADES
• PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO

O PAVIMENTO É UMA ESTRUTURA CONSTITUÍDA POR CAMADAS COM AS SEGUINTES FINALIDADES:

- RESISTIR E TRANSFERIR AO SUBLEITO OS ESFORÇOS ORIUNDOS DO TRÁFEGO

- OFERECER MELHORES CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E CONFORTO AOS USUÁRIOS

O PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO DEVE CONTER:

- SEÇÃO TIPO DE PAVIMENTAÇÃO

- GRÁFICO DE DIMENSIONAMENTO DO PAVIMENTO

- GRÁFICO DE LOCALIZAÇÃO DOS MATERIAIS

- ESTUDOS DE JAZIDAS

- DIMENSIONAMENTO DO PAVIMENTO (FUNÇÃO DO TRÁFEGO X SUPORTE DAS CAMADAS)


• PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO
• PROJETO DE DRENAGEM
APRESENTA OS DISPOSITIVOS DE DRENAGEM (DETALHE E DIMENSIONAMENTO):

- SARJETAS
- BANQUETAS (MEIO-FIO)

- DESCIDAS D´ÁGUA

- SAÍDAS D´ÁGUA COM DISSIPADOR DE ENERGIA

- DRENOS (SUPERFICIAIS E PROFUNDOS)

- BUEIROS

- GALERIAS

- CAIXAS COLETORAS

- BOCAS DE LOBO

- POÇOS DE VISITA

- ETC
• PROJETO DE OBRAS D´ARTE ESPECIAIS
APRESENTA OS PROJETOS DAS OBRAS D’ARTE ESPECIAIS

- SÃO ESTRUTURAS QUE NECESSITAM DE CÁLCULO ESTRUTURAL ESPECÍFICO


- PONTES
- VIADUTOS
- PONTILHÕES

O PROJETO DEVE CONTER PELO MENOS:

- LOCAÇÃO DA OBRA
- DETALHAMENTO DA SUPERESTRUTURA
- DETALHAMENTO DA MESOESTRUTURA
- DETALHAMENTO DA INFRAESTUTURA
- DETALHAMENTO DOS ENCONTROS (LAJES DE TRANSIÇÃO/APROXIMAÇÃO)

DADOS PARA PROJETO:

- ELEMENTOS TOPOBATIMÉTRICOS
- ELEMENTOS HIDROLÓGICOS
- ELEMENTOS GEOLÓGICOS E GEOTÉCNICOS
• PROJETO DE OBRAS D´ARTE ESPECIAIS

SUPERESTRUT

MESOESTRUT

INFRAESTRUT

ENCONTRO

INFRAESTRUTURA FUNDAÇÃO MESOESTRUTURA PILARES SUPERESTRUTURA TABULEIRO/VIGAMENTO


• PROJETO DE SINALIZAÇÃO

- DEFINIÇÃO DA SINALIZAÇÃO HORIZONTAL

- DEFINIÇAO DA SINALIZAÇÃO VERTICAL

- DEFINIÇÃO DE PÓRTICOS/BANDEIRAS
• PROJETO DE DESAPROPRIAÇÃO

- IDENTIFICAR EDIFICAÇÕES / TERRENOS A


SEREM DESAPROPRIADOS

- IDENTIFICAR ÁREAS DAS EDIFICAÇÕES A


SEREM DESAPROPRIADAS

- ELABORAR LAUDOS DE AVALIAÇÃO


• PROJETO DE OBRAS COMPLEMENTARES

- CERCAS DE PROTEÇÃO
• PROJETO DE OBRAS COMPLEMENTARES

- DEFENSAS METÁLICAS
• PROJETO DE MEIO-AMBIENTE

Elaboração do Diagnóstico Definitivo Ambiental;


Levantamentos de Passivos Ambientais;
Identificação e Avaliação dos Impactos Ambientais;
Estabelecimento do Prognóstico Ambiental;
Medidas de Proteção Ambiental.
SINALIZAÇÃO VERTICAL
SINALIZAÇÃO HORIZONTAL

REVESTIMENTO

BASE
SUBBASE

TERRAPLENAGEM/ATERRO
DEFENSA METÁLICA OAE - PONTE OAC - BUEIRO
CERCA
SAÍDA/DESCIDA D´ÁGUA MEIO-FIO

DISSIPADOR DE ENERGIA
• RESUMO DA DOCUMENTAÇÃO A SER ENTREGUE

Fonte: EB-111: Escopo Básico para Projeto Executivo de Engenharia para Construção de Rodovias Vicinais (DNIT,2006)
• INSTRUÇÕES DE SERVIÇO A SEREM SEGUIDAS

FASE PRELIMINAR

Fonte: EB-111: Escopo Básico para Projeto Executivo de Engenharia para Construção de Rodovias Vicinais (DNIT,2006)
• INSTRUÇÕES DE SERVIÇO A SEREM SEGUIDAS

FASE DE PROJETO EXECUTIVO

Fonte: EB-111: Escopo Básico para Projeto Executivo de Engenharia para Construção de Rodovias Vicinais (DNIT,2006)
• INSTRUÇÕES DE SERVIÇO A SEREM SEGUIDAS

FASE DE PROJETO EXECUTIVO

Fonte: EB-111: Escopo Básico para Projeto Executivo de Engenharia para Construção de Rodovias Vicinais (DNIT,2006)

Fonte: EB-111: Escopo Básico para Projeto Executivo de Engenharia para Construção de Rodovias Vicinais (DNIT,2006)
SUMÁRIO
Introdução

1. Introdução às Estradas Vicinais

2. Normas para Projeto de rodovias vicinais

3. Escolha do Traçado de uma Estrada Vicinal

4. Projeto Geométrico de Estradas Vicinais

5. Materiais de Construção de Estradas Vicinais

6. Características Técnicas

7. Tratamento Primário

8. Conservação e Recuperação de Estradas Vicinais


3. ESCOLHA DO TRAÇADO DE UMA ESTRADA VICINAL
INTRODUÇÃO

• Estradas devem ser construídas adequadamente, de acordo com normas


específicas, de forma que possam atender às necessidades a curto e a longo
prazo das comunidades atingidas, bem como as de seus usuários.

• Devem ser construídas de maneira a provocar o menor impacto ao meio


ambiente, com o menor custo possível

• Estradas rurais devem ser dimensionadas e configuradas de tal forma que


atendam em longo prazo às demandas de tráfego e possibilitem o acesso às
áreas cultivadas nas diversas estações do ano, sob as mais adversas condições
climáticas

• Estradas rurais são parte do meio rural e para serem integradas à paisagem
devem ser observados requisitos de preservação ambiental, bem como de
proteção e condução adequada das águas
INTRODUÇÃO
ASPECTOS A CONSIDERAR NO TRAÇADO DE ESTRADAS RURAIS

Para se evitar maiores danos ao meio ambiente, recomenda-se a


adequação de estradas rurais ao longo de seu leito original, exceto:
• Quando as áreas de solo são excessivamente suscetíveis à erosão
• Quando o custo de adequação do leito original for mais oneroso que
desenvolvê-lo em novo traçado;
• Quando a relocação da estrada em novo traçado, além de mais
econômica que a manutenção em seu traçado original for de fácil
execução e de interesse de todos os produtores rurais diretamente
beneficiados com a estrada;
• Existência de obras/edificações muito próximas da estrada
ASPECTOS A CONSIDERAR NO TRAÇADO DE ESTRADAS RURAIS
É importante salientar que:

• as estradas devem ser construídas sob normas mínimas, e

• com padrões de especificações que atendam a seus principais objetivos


sociais e econômicos.

Na fase de planejamento para implantação de novos traçados, vários fatores


devem ser considerados, entre eles:
• Demandas a que devem atender os objetivos e as prioridades do
projeto
• Composição do tráfego e tipo de veículos que potencialmente vão
utilizar-se da via
• Traçado, no contexto geral da malha viária do município
• Impactos ambientais.
ASPECTOS A CONSIDERAR NO TRAÇADO DE ESTRADAS RURAIS

• A localização da estrada deve incluir estudos baseados em mapas


e outras informações disponíveis

• Incluir rotas alternativas, evitando terrenos difíceis, minimizando a


passagem sobre as áreas problemáticas

• O reconhecimento de campo é muito importante para que se verifiquem


as condições atuais do terreno, examinem áreas úmidas ou instáveis,
cortes pronunciados etc

• Estudos de solos e de rochas devem ser feitos tendo em vista seu


efeito sobre custos com escavação e construção

• Os traçados devem ser desenvolvidos o mais próximo possível dos


divisores de água, onde as pontes e a drenagem são mínimas
PARÂMETROS A SEREM CONSIDERADOS AO SE DESENVOLVER UM TRAÇADO
ETAPAS DE PROJETO

O estudo de um traçado deve ser realizado em duas etapas:

- ESTUDOS PRELIMINARES;
- ESTUDOS FUNCIONAIS (DEFINITIVOS);
ESTUDOS PRELIMINARES

• COLETA E COMPILAÇÃO DE DADOS

• IDENTIFICAÇÃO DE DIRETRIZES POSSÍVEIS

• ESTABELECIMENTO DE CRITÉRIOS

• ELABORAÇÃO DE ALTERNATIVAS

• ESTIMATIVA DE CUSTOS

• AVALIAÇÃO PRELIMINAR COMPARATIVA


OS OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DESSA FASE SÃO:

• DEFINIR AS DIRETRIZES TÉCNICAS E ECONOMICAS POSSÍVEIS


DA RODOVIA

• DETERMINAR A VIABILIDADE TÉCNICA, ECONOMICA E AMBIENTAL DAS


ALTERNATIVAS

• ESTIMAR OS CUSTOS APROXIMADOS DE CONSTRUÇÃO E


DESAPROPRIAÇÕES

• SELECIONAR A ALTERNATIVA DE TRAÇADO A SER ESTUDADA NA ETAPA


SEGUINTE
ESTUDOS FUNCIONAIS

• ESTUDAR OS ESQUEMAS OPERACIONAIS DA ALTERNATIVA


ESCOLHIDA

• PROPOR ALTERNATIVAS DE CONCEPÇÃO PARA AS INTERCESSÕES


PREVISTAS

• COMPATIBILIZAR O TRECHO COM O SISTEMA VIÁRIO LOCAL


• Quando o Estudo de Traçado se referir a um trecho viário já implantado (existente),
deverão ser preparados planos funcionais preliminares para cada uma das diretrizes
alternativas sob estudo, sobre as cartas ou fotomosaicos disponíveis.

• Estes planos funcionais compreendem nesta fase a concepção geral preliminar de


funcionamento da rodovia existente e de integração com o restante do sistema viário

• Serão, ainda definidas, conceitualmente, as soluções das interseções e


interconexões, inclusive lay-out; necessidades e tipos de canalização do tráfego;
tratamento das entradas e saídas de ramos; velocidades diretrizes para ramos,
número de faixas dos ramos; tratamento de problemas específicos; medidas para
atendimento do transporte coletivo.
AVALIAÇÃO PRELIMINAR COMPARATIVA

As alternativas operacionais e de traçado, inicialmente estabelecidas,


deverão ser comparadas entre si.

A comparação abrangerá:

- Aspectos básicos técnicos (traçado, topografia);

- Funcionais (controle de acesso, interseções, aumento de nível de serviço);


- Econômicos (comparação de custos de implantação com benefícios);

- Ambientais (melhorias do meio-ambiente urbano);

- Financeiros (possibilidades de adiamento de investimentos de vulto)


FASE DEFINITIVA

Após a identificação dos traçados alternativos, procedida ao fim dos


trabalhos da fase anterior, proceder-se-á a seleção da alternativa de traçado
que mais atende aos objetivos do projeto.

ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS

- Geologia e geotécnica - Estudos ambientais


- Terraplenagem - Estimativa preliminar de custos
- Hidrologia e drenagem
- Obras-de-arte especiais
- Faixa de domínio
- Pavimentação
SELEÇÃO DE ALTERNATIVA DE TRAÇADO

A seleção da alternativa de traçado a ser considerada no projeto far-se-á a


partir da análise da compatibilidade técnica das alternativas com os
objetivos do projeto, e da avaliação de suas implicações econômicas.
Rio
Brejo

Morro

Centro Produtivo
Escola

Hospital
Rio
CUSTO COM PONTES
Brejo

X
Morro

X
NÃO CONSIDEROU
INTERESSES SÓCIO-
ECONÔMICOS

Centro Produtivo

X Hospital
Escola
Rio
Brejo

X
Morro

X
CUSTO COM PONTE
NÃO CONSIDEROU

X
INTERESSES SÓCIO-
ECONÔMICOS
Centro Produtivo
Escola

Hospital
Rio CUSTO COM DESMONTE
DE ROCHA
Brejo

Morro

Centro Produtivo
Escola

Hospital CUSTO COM PONTE


Rio
Brejo

Morro

Centro Produtivo
Escola

Hospital CUSTO COM PONTE


Rio
Brejo

Morro

Centro Produtivo
Escola

Hospital
SUMÁRIO
Introdução

1. Introdução às Estradas Vicinais

2. Normas para Projeto de rodovias vicinais

3. Escolha do Traçado de uma Estrada Vicinal

4. Projeto Geométrico de Estradas Vicinais

5. Materiais de Construção de Estradas Vicinais

6. Características Técnicas

7. Tratamento Primário

8. Conservação e Recuperação de Estradas Vicinais


4. PROJETO GEOMÉTRICO DE ESTRADAS VICINAIS
FASES DE UM PROJETO

- PROJETO BÁSICO
- PROJETO EXECUTIVO

BASEIA-SE NOS ESTUDOS

TOPOGRÁFICOS GEOLÓGICOS/ TRÁFEGO


GEOTÉCNICOS
PROJETO BÁSICO

- QUADRO DE CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS E OPERACIONAIS

- PROJETO EM PLANTA (1:2.000)


• Composição das curvas horizontais
• Elementos cadastrais
• Interseções

- PROJETO EM PERFIL (1:2000 H / 1:200 V)


• Curvas Verticais
• Rampas

- SEÇÕES TRANSVERSAIS TÍPICAS


PROJETO EXECUTIVO

- PROJETO PLANIALTIMÉTRICO (1:2000 H / 1:200 V)

- SEÇÕES TRANSVERSAIS (1:200 ou 1:100)

- DETALHAMENTO DOS ELEMENTOS ESPECIAIS


• Retornos e Acessos em Nível
• Terceiras Faixas de Tráfego
PROJETO PLANIALTIMÉTRICO

• Eixo estaqueado de 20 em 20m

• Indicação dos rumos dos alinhamentos

• Numerar as curvas e indicar elementos

• Representação de bordos da plataforma

• Representação da projeção dos off-sets

• Indicar Linhas de Transmissão Existentes

• Pontes e pontilhões com nomes dos rios

EM PLANTA
PROJETO PLANIALTIMÉTRICO
• Linha do Terreno e do Projeto

• Indicar as porcentagens das rampas

• Indicar os comprimentos das rampas

• Indicar as curvas verticais

• Indicar a flecha “e” das CV´s

• Indicar pontos verticais: PIV, PCV e PTV de cada Curva Vertical

• Obras-de-Arte Especiais e Bueiros devem ser representadas por


convenções tipo

EM PERFIL
SEÇÕES TRANSVERSAIS TÍPICAS

• Desenhar as seções transversais de cada estaca

• Representar critério de distribuição de superlargura e superelevação das


curvas horizontais
• Indicar terreno natural e projeto

• Indicar bordas e offsets

DETALHAMENTO DOS PROJETOS ESPECIAIS

• Representação das Interseções

• Representação dos Retornos


APRESENTAÇÃO DE PROJETOS

Fonte: DIRETRIZES BÁSICAS PARA ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS RODOVIÁRIOS (DNIT,2006)


APRESENTAÇÃO DE PROJETOS

Fonte: DIRETRIZES BÁSICAS PARA ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS RODOVIÁRIOS (DNIT,2006)


CLASSES DE PROJETO

CLASSE 0 (Via Expressa)


Rodovia do mais elevado padrão técnico, com pista dupla e controle
total de acesso (acima de 5500 veículos por dia)

CLASSE I
I-A Rodovia com duas pistas e controle parcial de acesso

I-B Rodovia em pista simples, de elevado padrão, suportando


volumes de tráfego entre 1.400 e 5.500 VPD

CLASSE II
Rodovia de pista simples, suportando volumes de tráfego entre 700 e
1400 VPD
CLASSES DE PROJETO

CLASSE III
Rodovia de pista simples, suportando volumes de tráfego entre 300 e
700 VPD

CLASSE IV
- Rodovia de pista simples;
- Geralmente não é pavimentada e faz parte do sistema local;
- Compreende as Estradas Vicinais

IV - A 50 a 300 VPD

IV - B < 50 VPD
CLASSES DE PROJETO
CLASSE 0
5.500 VPD

CLASSE I

1.400 VPD

CLASSE II
700 VPD
CLASSE III
300 VPD
CLASSE IV-A
50 VPD
CLASSE IV-B
0 VPD

ABRANGE AS ESTRADAS VICINAIS


CONCEITOS IMPORTANTES

CAPACIDADE RODOVIÁRIA
Representa o número máximo horário de veículos que se estima poder passar
por uma dada seção ou trecho homogêneo de uma via, durante um certo
período.

VOLUME HORÁRIO DE PROJETO


É o volume estimado do tráfego que utilizará um certo tipo de via durante o
ano de projeto que geralmente ocorrerá 10 ou 20 anos mais tarde

VOLUME DE SERVIÇO
É o volume máximo de tráfego que uma rodovia com determinadas
características poderá suportar por hora
CONCEITOS IMPORTANTES

PROJETO RODOVIÁRIO
Objetiva criar rodovias com dimensões e características geométricas tais que
o volume de serviço previsto seja, pelo menos tão alto quanto o fluxo de
tráfego durante os 15 minutos mais carregados da hora de projeto

NÍVEL DE SERVIÇO
É o conceito de uma avaliação qualitativa das condições de operação de uma
corrente de tráfego, tal como é percebida por motoristas e passageiros
NÍVEL DE SERVIÇO

CONSIDERA:

- Velocidade
- Tempo de percurso
- Restrições ou intervenções de transito
- Grau de liberdade de manobra

O HCM (Highway Capacity Manual) estabelece 6 Níveis de Serviço designados


pelas letras A a F
NÍVEL DE SERVIÇO - CARACTERÍSTICAS

NSA: - Fluxo Livre

- Pequena ou nenhuma restrição


de manobra

- Velocidades médias entre


90 e 93 km/h

- Fluxo Máximo de 420 VPH


condições normais
NÍVEL DE SERVIÇO - CARACTERÍSTICAS

NSB: - Fluxo Estável

- Velocidades médias entre 87 e 89 km/h

- Fluxo Máximo de 750 VPH em


condições ideais
NÍVEL DE SERVIÇO - CARACTERÍSTICAS

NSC: - Fluxo Estável


- Possibilidades de manobras mais
restritas
- Requer mais atenção nas
ultrapassagens
- Velocidades médias entre 79 e 86 km/h

- Fluxo Máximo de 1200 VPH em


condições normais
NÍVEL DE SERVIÇO - CARACTERÍSTICAS

NSD: - Fluxo Instável

- Pequena liberdade de manobra

- Dificuldade em manter as velocidades


desejadas

- Velocidades médias entre 72 e


78 km/h

- Fluxo Máximo de 1800 VPH em


condições normais
NÍVEL DE SERVIÇO - CARACTERÍSTICAS

NSE: - Fluxo Bastante Instável

- Ultrapassagem Bastante Complicada

- Velocidades médias entre 56 e


71 km/h

- Fluxo Máximo de 2800 VPH em


condições normais
NÍVEL DE SERVIÇO - CARACTERÍSTICAS

NSF: - Fluxo em Colapso


- Veículos com velocidades baixas
- Pode formar engarrafamentos
- Velocidades abaixo de 56 km/h
NÍVEL DE SERVIÇO

A escolha do nível de serviço fica a critério dos tomadores de decisão. O DNIT


sugere o seguinte:

Fonte: MANUAL DE PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS RURAIS (DNIT,1999)


ELEMENTOS DE PROJETO

VELOCIDADE DIRETRIZ

- Traduz a intensidade do deslocamento dos veículos


- É a velocidade selecionada para fins de projeto da via
- Condiciona:

• Curvatura
• Superelevação
• Distância de Visibilidade

- Representa a maior velocidade com que pode ser percorrido um trecho


viário com segurança
ELEMENTOS DE PROJETO

VELOCIDADE DIRETRIZ
DEFINE

INFLUENCIA
CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS
DEFINEM

CUSTOS DE CONSTRUÇÃO
ELEMENTOS DE PROJETO

VELOCIDADE DIRETRIZ

- Velocidades sugeridas pelo DNIT para novos traçados

Fonte: MANUAL DE PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS RURAIS (DNIT,1999)


ELEMENTOS DE PROJETO

VEÍCULOS DE PROJETO
As características físicas dos veículos condicionam diversos aspectos do
dimensionamento geométrico e estrutural de uma via:

INFLUENCIA
Largura Largura da pista e do acostamento

Distância
INFLUENCIA
Entre os Superlargura das pistas
Eixos
Largura dos canteiros

INFLUENCIA
Extensão de faixas de espera
Comprimento
Capacidade da rodovia
Dimensões dos estacionamentos
ELEMENTOS DE PROJETO

VEÍCULOS DE PROJETO

INFLUENCIA
Peso Bruto Rampa máxima admissível
Potência

Peso Bruto INFLUENCIA


Dimesionamento do Pavimento
Eixos

Gabarito sob redes aéreas


INFLUENCIA Gabarito sob túneis e viadutos
Altura
Sinalização Vertical
Semáforos
ELEMENTOS DE PROJETO

DISTÂNCIAS DE VISIBILIDADE

Traduzem os padrões de visibilidade a serem proporcionados ao motorista, de


modo que possa tomar decisões necessárias à segurança em tempo hábil.

As distâncias consideradas em projeto são:

- Distância de Visibilidade de Parada Obrigatória


- Distância de Visibilidade de Decisão
- Distância de Visibilidade de Ultrapassagem
ELEMENTOS DE PROJETO

DISTÂNCIAS DE VISIBILIDADE DE PARADA

É a distância mínima que um motorista médio, dirigindo com a velocidade V


um carro médio em condições razoáveis de manutenção, trafegando em uma
rodovia pavimentada adequadamente conservada, em condições chuvosas,
necessita parar com segurança após avistar um obstáculo na rodovia.

0,7V + V²
d=
[255+(f + i)]

d = distância de visibilidade (m)


V = Velocidade Diretriz (Km/h)
f = Coeficiente de Atrito
I = Greide (m/m)
ELEMENTOS DE PROJETO

ALINHAMENTO HORIZONTAL

- Também conhecido como traçado

- Devem ser considerados como entidades tridimensionais contínuas, de


fluentes e gradativas mudanças de direção

- Formado por curvas e tangentes


Em relação aos alinhamentos:
- Trechos excessivamente longos em tangente são indesejáveis em rodovias

- É indesejável a existência de duas curvas sucessivas no mesmo sentido,


quando entre elas existir um curto trecho em tangente

- Curvas dotadas de raios muito grandes (R>5000m) apresentam dificuldades


para serem percorridas e seu uso deverá ser evitado
ELEMENTOS DE PROJETO

CONCORDÂNCIA HORIZONTAL

Na conexão entre dois trechos em tangente, há três tipos de concordância


utilizadas nos projetos rodoviários:

- Curva Circular Simples duas tangentes ligadas por um arco

- Curva Circular Composta duas tangentes ligadas por dois ou


mais arcos sucessivos

- Curva de Transição combinação de curvas de raios


variáveis com curvas de raios
constantes
ELEMENTOS DE PROJETO
CONCORDÂNCIA HORIZONTAL

- Curva Circular Simples


ELEMENTOS DE PROJETO
CONCORDÂNCIA HORIZONTAL

- Curva Circular Composta


ELEMENTOS DE PROJETO

CONCORDÂNCIA HORIZONTAL

- Curva de Transição
ELEMENTOS DE PROJETO
RAIOS MÍNIMOS

São os menores raios das curvas que podem ser percorridos com a velocidade
diretriz e à taxa máxima de superelevação, em condições aceitáveis de
conforto e segurança

SUPERLARGURA
É o acréscimo de largura necessário em uma curva de uma rodovia para manter as condições de
conforto e segurança dos trechos em tangente
ELEMENTOS DE PROJETO
SUPERELEVAÇÃO

É o valor da tangente do ângulo


formado pela reta de maior
declive da seção com o plano
horizontal, usualmente é
expressa em %
ELEMENTOS DE PROJETO
SUPERELEVAÇÃO

- O valor mínimo para superelevação é 2%


- O valor máximo admissível é 12%
- Usualmente se considera 8% para superelevação máxima em projetos rodoviários
- A superelevação máxima deve ser empregada nas curvas de raio mínimo
ELEMENTOS DE PROJETO Formado por rampas e curvas verticais
ALINHAMENTO VERTICAL Também conhecido como greide

- O projeto do greide deve evitar frequentes alterações de menor vulto nos


valores das rampas
- As rampas devem ser tão contínuas quanto possível

- Greides excessivamente colados são indesejáveis

RAMPAS MÁXIMAS
- O estabelecimento de rampas máximas objetiva um equilíbrio entre o fator
economia e os desempenhos operacionais dos veículos (consumo,
desgaste e tempo de viagem).

- Os valores das rampas devem ser coerentes com as demais características


operacionais da rodovia
ELEMENTOS DE PROJETO

ALINHAMENTO VERTICAL
A tabela abaixo mostra os valores de rampa máxima recomendados pelo DNIT

Fonte: MANUAL DE PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS RURAIS (DNIT,1999)


ELEMENTOS DE PROJETO
CONCORDÂNCIA VERTICAL

- É realizada por curvas verticais que concordam as tangentes verticais do


greide
ELEMENTOS DE PROJETO
CONCORDÂNCIA VERTICAL

- Normalmente são adotadas parábolas do 2º grau

- As curvas verticais se classificam em côncavas e convexas


ELEMENTOS DE PROJETO

CONCORDÂNCIA VERTICAL

- O comprimento mínimo das curvas verticais deve permitir ao motorista


perceber a alteração de declividade longitudinal sendo percorrida
ELEMENTOS DE PROJETO

COORDENAÇÃO DOS ALINHAMENTOS HORIZ. E VERT.

Os seguintes aspectos devem ser seguidos para estabelecer essa


conjugação:

- Curvas verticais e horizontais devem se superpor, as horizontais


iniciando desejavelmente um pouco antes das verticais

- Os vértices das tangentes das Curvas Horizontais e das Curvas


Verticais devem aproximadamente coincidir
ELEMENTOS DE PROJETO

COORDENAÇÃO DOS ALINHAMENTOS HORIZ. E VERT.

Os seguintes aspectos abaixo devem ser seguidos para estabelecer essa


conjugação:

- As lombadas devem ser colocadas pelo menos no início ou no


final de curvas horizontais para não surpreender os motoristas

- Curvas Horizontais não devem ter seu início coincidente com


pontos baixos do greide. Isso pode afetar a segurança
ELEMENTOS DE PROJETO

COORDENAÇÃO DOS ALINHAMENTOS HORIZ. E VERT.

Os seguintes aspectos abaixo devem ser seguidos para estabelecer essa


conjugação:

- Sempre que possível, uma tangente longa em planta deve estar


associada a uma curva côncava bem dimensionada que atenue a
rigidez do trecho reto

- Devem ser evitadas as concavidades que impeçam a percepção


visual da continuidade da curva

- Evitar projetar pontes e viadutos em Curvas Verticais


ELEMENTOS DE PROJETO

ELEMENTOS DA SEÇÃO TRANSVERSAL

- Largura da faixa de rolamento


- Números de faixa de rolamento
- Acostamentos
- Canteiro central
- Taludes
ELEMENTOS DE PROJETO

ELEMENTOS DA SEÇÃO TRANSVERSAL

Largura do Veículo de Projeto


- Largura da faixa Função Largura da Faixa de Segurança
de rolamento Velocidade Diretriz
Nível de conforto da viagem
ELEMENTOS DE PROJETO

ELEMENTOS DA SEÇÃO TRANSVERSAL

Os valores básicos para largura de uma faixa de rolamento em


tangente, segundo o DNIT são:

Fonte: MANUAL DE PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS RURAIS (DNIT,1999)


ELEMENTOS DE PROJETO
ELEMENTOS DA SEÇÃO TRANSVERSAL

As larguras dos acostamentos externos (em metro), segundo o


DNIT são:

Fonte: MANUAL DE PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS RURAIS (DNIT,1999)


ELEMENTOS DE PROJETO
ABAULAMENTO TRANSVERSAL

- É uma declividade transversal em dois sentidos partindo do eixo

- Torna a drenagem mais rápida


ELEMENTOS DE PROJETO
CANTEIRO CENTRAL

- São desejáveis com a maior largura possível e viável


- A largura só é limitada por fatores econômicos
ELEMENTOS DE PROJETO
TALUDES

- Devem ser o mais suave possível


ELEMENTOS DE PROJETO
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DESEJÁVEIS DE PROJETO – CLASSE IV
REGIÃO
CARACTERÍSTICAS
PLANA ONDULADA MONTANHOSA
VELOCIDADE DIRETRIZ 60 km/h 40 km/h 30 km/h

DISTÂNCIA MINIMA DE VIS. PARADA 85 m 45 m 30 m

DISTÂNCIA MINIMA DE VIS. ULTRAP. 420 m 270 m 180 m

RAIO MÍNIMO DE C. HOR. ( e = 8%) 125 m 50 m 25 m

RAMPA MÁXIMA – IV A 4% 6% 8%

RAMPA MÁXIMA – IV B 6% 8% 10%

LARG. FAIXA DE ROLAMENTO – IV A 3,00m 3,00m 3,00m

LARG. FAIXA DE ROLAMENTO – IV B 2,50m 2,50m 2,50m

LARG. ACOSTAMENTO – IV A 1,30m 1,30m 0,80m

LARG. ACOSTAMENTO – IV B 1,00m 1,00m 0,50m

ADAPTADO do MANUAL DE PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS RURAIS (DNIT,1999)


REVISÃO PARA AVALIAÇÃO 01
SUMÁRIO
Introdução

1. Introdução às Estradas Vicinais

2. Normas para Projeto de rodovias vicinais

3. Escolha do Traçado de uma Estrada Vicinal

4. Projeto Geométrico de Estradas Vicinais

5. Materiais de Construção de Estradas Vicinais

6. Características Técnicas

7. Tratamento Primário

8. Conservação e Recuperação de Estradas Vicinais


5. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO DE ESTRADAS VICINAIS
Quando se fala em estrada e principalmente em Estradas Vicinais, o
material que logo vem a cabeça é terra (solo).

Portanto, o principal material que constitui uma Estrada Vicinal é


solo.

Diante disso, trataremos nesse ponto sobre os tipos de solo que


podem ser utilizados para a Construção dessas vias.

A abundância, escassez ou indisponibilidade de materiais naturais


dependem muito das características geológicas de cada região.

É de suma importância financeira que os materiais para utilização em


Estradas Vicinais estejam, preferencialmente, localizados próximos à
mesma.
O uso de materiais de boa qualidade, bem compactados, uma
superfície de rolamento adequadamente mantida e dotada de
eficiente drenagem resulta em uma estrada com solidez estrutural e
com baixos custos de manutenção.

Esses materiais geralmente são encontrados na natureza em jazidas.

Na grande maioria dos casos, são compostos por misturas cujas


proporções de granulares, argilas e/ou areia são satisfatórios ao
uso.

Dentre os materiais conhecidos, destacam-se:

• Areias • Pedregulhos • Outros


• Cascalhos • Piçarras
• Saibros • Seixo Rolado
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS

Os solos são identificados pelas seguintes características:

• Textura (composição granulométrica)


• Plasticidade
• Consistência / Compacidade
• Estrutura
• Forma dos grãos
• Etc.
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS

Na engenharia rodoviária, as frações constituintes dos solos são


classificadas de acordo com os diâmetros equivalentes das suas
partículas, conforme pode ser visto a seguir:

Frações constituintes Diâmetro equivalente


dos Solos entre: (mm)

Pedregulho 76,0 e 2,00

Areia Grossa 2,00 e 0,42

Areia Fina 0,42 e 0,075

Silte 0,075 e 0,005

Argila Menor que 0,005

Fonte: Estradas Rurais – Técnicas Adequadas de Manut. (Baesso & Gonçalves, 2003)
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS

Para materiais maiores que 76,00mm, adota-se o seguinte:

• D > 1,00m Bloco de Rocha • 0,25m < D <1,00m

• 76mm < D < 0,25m Pedra


CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS

CURVA GRANULOMÉTRICA:

- É a representação gráfica da determinação das dimensões das


partículas do solo e das proporções relativas que elas se
encontram

- É traçada por pontos em um diagrama semi logaritmico

- Abcissas: Log (Dimensões das partículas)

- Ordenadas: Porcentagens em peso de material


CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS

CURVA GRANULOMÉTRICA:

- Essa curva melhor representa a parte do solo de granulação fina

- A curva é a mesma para os solos que têm composição


granulométrica semelhante, ainda que as dimensões das
partículas difiram

- Exemplos de tais curvas podem ser vistos a seguir:


CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS

CURVA GRANULOMÉTRICA:
DESCRIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS
DESCRIÇÃO DOS MATERIAIS

AREIAS E PEDREGULHOS:

- Materiais de granulação grossa

- Constituídos principalmente por


quartzo

- Solos praticamente desprovidos


de coesão
DESCRIÇÃO DOS MATERIAIS

SILTES:

- Podem tender para comportamen-


to arenoso ou para argiloso

- É de difícil moldagem quando


úmido

- Apresenta baixa resistência


quando seco
DESCRIÇÃO DOS MATERIAIS

ARGILAS:

- Solos de granulação fina

- A plasticidade varia de acordo


com a umidade

- A coesão varia de acordo com o


teor de umidade

- Quanto mais seca, maior a


coesão
DESCRIÇÃO DOS MATERIAIS

CASCALHOS:

- Material granular com grande


percentual de pedregulho

- Podem apresentar origem fluvial


ou residual

- A idade geológica do cascalho


que define sua textura

- Quanto mais jovem mais grosso


DESCRIÇÃO DOS MATERIAIS

SEIXO ROLADO:

- Pedra de formato arredondado e


superfície lisa

- É encontrado no leito de alguns


rios

- É bastante resistente ao desgaste

- Granulometria bastante variável

- Permite a produção de agregados


das mais variáveis granulometrias
DESCRIÇÃO DOS MATERIAIS

SAIBRO:

- Solo originado pelo intemperismo


de rochas graníticas

- A quantidade de argila contida é


pequena devido ao processo de
formação

- Pode-se dizer que o saibro é a


rocha em início de decomposição
DESCRIÇÃO DOS MATERIAIS

SAIBRO:

- No Brasil é comum encontrar saibro em uma camada profunda de solo

- Na indústria da construção o saibro é usado para fazer argamassa de emboço


e assentamento de tijolos

- Em estradas não pavimentadas é usado in natura, para tapar buracos e para


evitar pistas muito argilosas e derrapantes

- Em pistas esportivas é usado como piso de quadras de tênis e pistas de


atletismo
DESCRIÇÃO DOS MATERIAIS

MATERIAIS GRAÚDOS:

- Oriundos de jazidas com D >= 76,00mm


- São possíveis de utilização na execução de:

• Dispositivos de entrada e saída de OAC


• Enrocamentos de proteção junto às saídas d´água de bueiros
• Dispositivos de Drenagem Superficial
DESCRIÇÃO DOS MATERIAIS

MATERIAIS ARTIFICIALMENTE PRODUZIDOS

- São utilizados na falta de materiais naturais


- Um exemplo clássico é a Rocha Britada

• Obtida através do processo de esmagamento da rocha


utilizando equipamentos mecânicos

• Produz agregados das mais variadas dimensões


SUMÁRIO
Introdução

1. Introdução às Estradas Vicinais

2. Normas para Projeto de rodovias vicinais

3. Escolha do Traçado de uma Estrada Vicinal

4. Projeto Geométrico de Estradas Vicinais

5. Materiais de Construção de Estradas Vicinais

6. Características Técnicas

7. Tratamento Primário

8. Conservação e Recuperação de Estradas Vicinais


6. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
De acordo com o visto até o momento, as características técnicas apropriadas
para rodovias vicinais são as seguintes:

- Em relação a classe, as Estradas Vicinais estão associadas a:

CLASSE IV – A: 50 a 300 VPD


CLASSE IV – B: < 50 VPD

- São de pista simples

- Geralmente não são pavimentadas

- Fazem parte do sistema local


- Em relação às características geométricas, devem apresentar:

REGIÃO
CARACTERÍSTICAS
PLANA ONDULADA MONTANHOSA
VELOCIDADE DIRETRIZ 60 km/h 40 km/h 30 km/h

DISTÂNCIA MINIMA DE VIS. PARADA 85 m 45 m 30 m

DISTÂNCIA MINIMA DE VIS. ULTRAP. 420 m 270 m 180 m

RAIO MÍNIMO DE C. HOR. ( e = 8%) 125 m 50 m 25 m

RAMPA MÁXIMA – IV A 4% 6% 8%

RAMPA MÁXIMA – IV B 6% 8% 10%

LARG. FAIXA DE ROLAMENTO – IV A 3,00m 3,00m 3,00m

LARG. FAIXA DE ROLAMENTO – IV B 2,50m 2,50m 2,50m

LARG. ACOSTAMENTO – IV A 1,30m 1,30m 0,80m

LARG. ACOSTAMENTO – IV B 1,00m 1,00m 0,50m

NÍVEL DE SERVIÇO D D D

ADAPTADO do MANUAL DE PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS RURAIS (DNIT,1999)


A nível funcional, as características técnicas fundamentais que uma estrada
vicinal deve apresentar para garantir condições de tráfego satisfatórias são:

- Boa Capacidade de Suporte

- Boas Condições de Rolamento

- Boas Condições de Aderência


CAPACIDADE DE SUPORTE

É a característica que confere à estrada sua capacidade maior ou menor de não


se deformar frente às solicitações de tráfego

As deformações típicas devido à falta de capacidade de suporte são as seguintes:

- Ondulações transversais

- Formação de trilas de roda

Os materiais granulares são os mais indicados para se garantir um boa


capacidade de suporte

A compactação é uma atividade bastante necessária para se conseguir uma boa


capacidade de suporte
CONDIÇÕES DE ROLAMENTO / ADERÊNCIA

Dizem respeito às irregularidades da pista (buracos, materiais soltos, etc) que


interferem negativamente sobre a comodidade e segurança do tráfego

Aderência é a característica da pista que diz respeito às boas ou más condições


de atrito, ou seja, uma pista com boa aderência não permite patinação das
rodas dos veículos

Os problemas mais típicos ligados às más condições de rolamento e aderência se


localizam quase que exclusivamente na camada de revestimento, que são:

- Buracos generalizados

- Materiais granulares soltos

- Pista escorregadia
SUMÁRIO
Introdução

1. Introdução às Estradas Vicinais

2. Normas para Projeto de rodovias vicinais

3. Escolha do Traçado de uma Estrada Vicinal

4. Projeto Geométrico de Estradas Vicinais

5. Materiais de Construção de Estradas Vicinais

6. Características Técnicas

7. Tratamento Primário

8. Conservação e Recuperação de Estradas Vicinais


7. TRATAMENTO PRIMÁRIO
Mesmo com eficazes soluções de drenagem superficial, a pista de rolamento
nem sempre está livre de problemas correntes de trafegabilidade nas estradas
vicinais.

Alguns trechos da pista podem apresentar problemas de suporte ou até mesmo


condições escorregadias devido à altos teores de argila.
Para garantir tais condições de trafegabilidade favoráveis, uma excelente
alternativa é a execução de uma camada de Revestimento primário.
Revestimento Primário é a camada granular aplicada diretamente sobre o
subleito compactado em rodovias não pavimentadas

- Tem a função de assegurar condições de tráfego satisfatórias, mesmo


sob condições climáticas adversas.

- É obtido pela compactação de uma mistura de material argiloso com


material granular

- A dimensionamento espessura da camada deve levar em conta:

• Quantidade e Tipo de Tráfego Local


• Condições de Suporte do Subleito
- A argila é adicionada ao material granular para funcionar como ligante e
regularizar a superfície de rolamento
Os materiais destinados ao revestimento primário das estradas vicinais
provem de várias fontes, sendo a principal delas as Jazidas.

Tais jazidas devem, de preferência, se localizar próximas aos locais de


utilização do material.

Em caso de escassez de material, é possível a utilização de misturas que


agreguem materiais naturais e/ou artificialmente produzidos.

Lembrando que:

CAPACIDADE
MATERIAL GRANULAR
DE SUPORTE

PRODUZ UMA
ARGILA SUPERFÍCIE
COMPACTA
O uso do material granular aumenta o atrito da pista com as rodas dos
veículos

A dimensão máxima ideal do material granular é de 2,5 a 5,0cm

Na natureza há jazidas que podem ser utilizadas diretamente para a


execução de revestimento primário.

É mais comum aparecer a necessidade de se proceder a uma mistura


adequada, pois a maior parte das jazidas de materiais granulares é pobre
em argila, como é o caso de:

• Cascalhos
• Pedregulhos de Rio
• Saibros grosseiros de Rochas Alteradas
Em caso de manutenção/reconformação da pista de rolamento em locais
com escassez de materiais, pode-se proceder da seguinte maneira:

- Adicionar materiais ausentes na mistura em segmentos pré-definidos


A mistura pode ser executada na própria jazida, no trecho em obras, ou
em qualquer pátio que se mostre adequado

Uma proporção de mistura indicada é, em volume, em torno de 1 de argila


para 2,5 de material granular
Quanto à granulometria ideal para uso, a literatura técnica disponível
estabelece faixas para tais materiais priorizando a presença de agregados
que possibilitem além do adequado suporte às cargas, o conforto a ser
proporcionado ao usuário

PENEIRAS

¾” Nº 4 Nº 8 Nº 40 Nº 200

% PASSANDO

100 50-78 37-67 13-35 4-15

Índice de Plasticidade: 4-12

Fonte: South Dakota Local Transportation Agency – USA apud Baesso & Gonçalves, 2003
Em relação a espessura mínima para a camada de revestimento, a
literatura técnica sugere o seguinte:

Volume Estimado Condição de Espessura


de Veículos Suporte do Mínima
Pesados (VMD) Sub-Leito (CBR) Sugerida (cm)

Baixo (CBR <= 3%) 16,5


0a5 Médio (CBR <= 10%) 14,5
Alto (CBR > 10%) 11,5
Baixo 21,5
5 a 10 Médio 18,0
Alto 14,0
Baixo 29,0
10 a 25 Médio 23,0
Alto 18,0
Baixo 37,0
26 a 30 Médio 29,0
Alto 21,5
Fonte: South Dakota Local Transportation Agency – USA apud Baesso & Gonçalves, 2003
EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS PARA EXECUÇÃO DO
REVESTIMENTO PRIMÁRIO
Os equipamentos mínimos necessários para execução dessas atividades
são os seguintes:

1. PÁ CARREGADEIRA DE PNEUS
Os equipamentos mínimos necessários para execução dessas atividades
são os seguintes:

2. CAMINHÕES BASCULANTES
Os equipamentos mínimos necessários para execução dessas atividades
são os seguintes:

3. MOTONIVELADORA
Os equipamentos mínimos necessários para execução dessas atividades
são os seguintes:

4. ROLOS COMPACTADORES
Os equipamentos mínimos necessários para execução dessas atividades
são os seguintes:

5. CAMINHÃO PIPA
Os equipamentos mínimos necessários para execução dessas atividades
são os seguintes:

6. VEÍCULOS DE APOIO
PROCEDIMENTOS PARA EXECUÇÃO DO REVESTIMENTO
PRIMÁRIO
Para uma boa execução do Revestimento Primário, seria aconselhável
seguir as etapas abaixo:

1. PREPARO DA PLATAFORMA

2. LANÇAMENTO DO MATERIAL NA PISTA

3. ESPALHAMENTO DO MATERIAL LANÇADO

4. UMECTAÇÃO DO MATERIAL ESPALHADO

5. COMPACTAÇÃO DO MATERIAL

6. CONTROLE TECNOLÓGICO

7. RECONFORMAÇÃO DAS JAZIDAS


EXECUÇÃO – PREPARO DA PLATAFORMA

Esta etapa compreende o


restabelecimento ideal da
Seção transversal da via:

- Abaulamento transversal;

- Largura da Plataforma;

- Área para drenagem;

- etc.
EXECUÇÃO – LANÇAMENTO DO MATERIAL NA PISTA

Nesta etapa o material do revestimento primário deve ser lançado na


pista
EXECUÇÃO – ESPALHAMENTO DO MATERIAL LANÇADO

Nesta etapa o material lançado na pista deve ser espalhado de modo a


obter a espessura desejada após a compactação
EXECUÇÃO - UMECTAÇÃO

Nessa etapa o material deve ser umectado de forma a atingir a umidade


ótima determinada para o mesmo
EXECUÇÃO – COMPACTAÇÃO DO MATERIAL

Após o material estar na umidade correta, o mesmo deve ser compactado


na energia projetada
EXECUÇÃO – CONTROLE TECNÓLOGICO

Após o término da compactação de uma camada, deve ser realizado o


controle tecnológico “in-loco” para checagem da qualidade da mesma

EXECUÇÃO DA COMPACTAÇÃO
DE CADA CAMADA

NÃO SATISFATÓRIO
REALIZAÇÃO DO CONTROLE
TECNOLÓGICO

SATISFATÓRIO

LIBERAÇÃO DA CAMADA
EXECUÇÃO – CONTROLE TECNÓLOGICO
Ensaios para controle tecnológico de solos

CONTROLE FUNÇÃO GRAU DE COMPACTAÇÃO (G.C.)


TECNOLÓGICO UMIDADE ÓTIMA (%)

OBTIDA NO ENSAIO DE CAMPO

GC (%) =

OBTIDA NO ENSAIO DE LABORATÓRIO


EXECUÇÃO – CONTROLE TECNÓLOGICO

Ensaios para controle tecnológico de solos

OBTIDO
ENSAIO DE COMPACTAÇÃO

Tem a finalidade de determinar a função


de variação da massa específica aparente
seca com o teor de umidade
EXECUÇÃO – CONTROLE TECNÓLOGICO

Ensaios para controle tecnológico de solos


ENSAIO DE COMPACTAÇÃO

AMOSTRA DE SOLO

REALIZAÇÃO DO ENSAIO DE COMPACTAÇÃO


(ENERGIA DE COMPACTAÇÃO ESTABELECIDA)

Umidade Ótima (%)


EXECUÇÃO – CONTROLE TECNÓLOGICO

Ensaios para controle tecnológico de solos

NORMAL 12 GOLPES

ENERGIAS DE
COMPACTAÇÃO INTERMEDIÁRIA 26 GOLPES
NORMATIZADAS

MODIFICADA 55 GOLPES
EXECUÇÃO – CONTROLE TECNÓLOGICO
Ensaios para controle tecnológico de solos

CURVA DE COMPACTAÇÃO
EXECUÇÃO – CONTROLE TECNÓLOGICO

Ensaios para controle tecnológico de solos

OBTENÇÃO DE DADOS EM CAMPO

MÉTODO DO SPEEDY
FRASCO DE AREIA
EXECUÇÃO – CONTROLE TECNÓLOGICO

Ensaios para controle tecnológico de solos

MÉTODO DO
FRASCO DE AREIA
EXECUÇÃO – CONTROLE TECNÓLOGICO

Ensaios para controle tecnológico de solos

SPEEDY
EXECUÇÃO – CONTROLE TECNÓLOGICO

Ensaios para controle tecnológico de solos

EXECUÇÃO DA NÃO SATISFATÓRIO


COMPACTAÇÃO
DE CADA CAMADA

DETERMINAÇÃO DO
FRASCO DE AREIA COMPARAÇÃO COM
REALIZAÇÃO DO DADOS DE
CONTROLE LABORATÓRIO
TECNOLÓGICO DETERMINAÇÃO DO
SPEEDY
SATISFATÓRIO

LIBERAÇÃO DA
CAMADA
EXECUÇÃO – RECONFORMAÇÃO DAS JAZIDAS

É muito importante ao término da exploração de uma área de jazida,


proceder a reconformação da mesma, de modo a:

- Manter a área limpa e desempedida de entulhos;

- Taludar todas a encostas cortadas;

- Manter inclinações para direcionar as águas superficiais;

- Proteger todos os taludes;


- Minimizar ao máximo os impactos visuais.
ALTERNATIVAS PARA EXECUÇÃO DO REVESTIMENTO
PRIMÁRIO
Alguns fatores podem inviabilizar o processo tradicional de execução do
revestimento primário, dentre os quais:

- Escassez dos materiais necessários;

- Distâncias de transportes muito longas;

- Baixa qualidade dos materiais disponíveis;

- Impactos ambientais provocados pela exploração das jazidas;


- Altos custos de indenizações a proprietários das jazidas;
- etc.
Dessa forma, algumas alternativas podem ser utilizadas para melhoria das
condições de trafegabilidade, dentre as quais, o “agulhamento”.

Consiste na cravação de material granular grosseiro diretamente sobre o


leito natural da estrada, quando este for constituído de material argiloso.

O agulhamento é uma espécie de solução paleativa para melhoria das


condições de rolamento, visto que a durabilidade e o desempenho são
inferiores aos do revestimento primário.

Os materiais granulares mais indicados para execução do agulhamento


são os pedregulhos, cascalhos e brita cujo diâmetro médio varie em torno
de 2,5cm e pedriscos.
As etapas de execução do agulhamento são as seguintes:

Regularização da pista
nos moldes tradicionais

Fonte: Baesso e Gonçalves, 2003

Compactação branda
do leito da pista de
rolamento

Fonte: Baesso e Gonçalves, 2003


As etapas de execução do agulhamento são as seguintes:

Lançamento do
material granular na
pista a uma taxa
sugerida de 0,05 m³/m²

Fonte: Baesso e Gonçalves, 2003

Umedecimento, caso o
material argiloso esteja
demasiadamente seco

Fonte: Baesso e Gonçalves, 2003


As etapas de execução do agulhamento são as seguintes:

Execução da
compactação utilizando
compactador liso

Fonte: Baesso e Gonçalves, 2003

Trecho após a
compactação

Fonte: Baesso e Gonçalves, 2003


As etapas de execução do agulhamento são as seguintes:

Vista do trecho trabalhado


devidamente concluído e
entregue ao tráfego

Fonte: Baesso e Gonçalves, 2003

Vista com detalhe da


superfície revestida
com pedrisco

Fonte: Baesso e Gonçalves, 2003


COMPARATIVO DE CUSTOS ENTRE OS MÉTODOS
APRESENTADOS
Vários são os fatores que influenciam na composição dos custos de um
serviço.

Baesso & Gonçalves (2003), mostram o comparação de custos entre dois


cenários das opções apresentadas, considerando as seguintes premissas:

Cenário 1: Revestimento Primário Cenário 2: Agulhamento

- Escavação de material em jazida - Fornecimento de Brita nº 1

- Transporte do material da jazida até a pista - Transporte da brita até a pista

- Espalhamento com motoniveladora - Espalhamento com motoniveladora

- Compactação da camada - Compactação da camada


Os resultados obtidos foram os seguintes:

Cenário 1: Revestimento Primário Cenário 2: Agulhamento

1.795,00 US$/Km DMT = 10km 2.920,00 US$/Km

2.276,00 US$/Km DMT = 15km 3.112,00 US$/Km


SUMÁRIO
Introdução

1. Introdução às Estradas Vicinais

2. Normas para Projeto de rodovias vicinais

3. Escolha do Traçado de uma Estrada Vicinal

4. Projeto Geométrico de Estradas Vicinais

5. Materiais de Construção de Estradas Vicinais

6. Características Técnicas

7. Tratamento Primário

8. Conservação e Recuperação de Estradas Vicinais


8. CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE ESTRADAS VICINAIS
IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO DE ESTRADAS VICINAIS

- A importância dessas vias para o desenvolvimento do interior está


vinculada a viabilização dos processos produtivos rurais, através do
escoamento da produção, possibilitando a melhoria da qualidade de
vida da população.

- Essas estradas, quando em bom estado de manutenção, permitem:

* Escoamento das safras agrícolas


* Entrada de insumos para tornar viável a produção
* Permitem também o acesso da população rural

- às escolas,
- aos postos de saúde,
- às áreas de lazer e,
- ao comércio dos centros maiores.
IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO DE ESTRADAS VICINAIS

- Segundo ALMEIDA (2003), com o passar do tempo, a tendência das condições o leito estradal
de uma via não pavimentada é se deteriorar devido a fatores como o tráfego e a chuva.

- Para evitar essa deterioração, é necessária a execução de rotinas de serviços de manutenção


periódicos capazes de solucionar os diversos problemas que prejudicam a trafegabilidade dos
veículos.

- BAESSO & GONÇALVES (2003) relatam que estudos do Banco Mundial concluíram que a
implantação de melhoramentos na rede viária rural tem um efeito imediato não somente na redução
do custo operacional de veículos como também permitindo uma expansão dos serviços públicos
nessas regiões.
PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA

- Segundo BAESSO & GONÇALVES (2003) e EATON et al (1992), os


principais defeitos que incidem sobre a superfície de rolamento de uma
estrada não pavimentada são os seguintes:

• Seção Transversal Inadequada


• Drenagem Lateral Inadequada
• Corrugações
• Excesso de Poeira
• Buracos
• Afundamento de Trilha de Roda
• Segregação de Agregados
PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA

- CORREIA (2003), MOREIRA (2003), NUNES (2003), FONTENELE


(2OO1) e ODA (1995) além de citarem os sete tipos de defeitos acima,
indicam mais cinco tipos:

• Formação de areal (areiões)


• Formação de atoleiros
• Pista escorregadia
• Erosão
• Facão
PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA

Seção Transversal Inadequada

• A seção transversal de uma via não


pavimentada é considerada imprópria
quando não possui um abaulamento
(inclinação transversal) capaz de
conduzir a água para fora da sua
superfície de rolamento.
PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA

Seção Transversal Inadequada – Sugestão de Serviços de Reparo (N.S. Alto)

- Corte da Base;
- Adição de Material Granular;
- Adição de Água;
- Compactação.

Sugestão Padrão

Fonte: Santana, L. A. F (2006)


PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA

Drenagem Lateral Inadequada

• A drenagem lateral é considerada


inadequada quando não há condução
da água proveniente da superfície de
rolamento para a saída mais próxima

• Provoca o aparecimento de poças nas


laterais das vias
PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA
Drenagem Lateral Inadequada – Sugestão de Serviços de Reparo (N.S. Médio)

- Limpeza de Bueiros;

Fonte: Santana, L. A. F (2006)


PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA
Drenagem Lateral Inadequada – Sugestão de Serviços de Reparo (N.S. Médio)

- Reconformação e/ou
Construção de Valetas.

Fonte: Santana, L. A. F (2006)


PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA

Corrugações

• Caracterizam-se pela presença de


ondulações perpendiculares ao
sentido do tráfego, sendo resultado de
um movimento vibratório transmitido
pelo tráfego à superfície de rolamento

• São normalmente originárias da ação


combinada do tráfego e precipitações
pluviométricas
PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA

Corrugações – Sugestão de Serviços de Reparo (N.S. Alto)

- Corte da Base;
- Adição de Material Granular;
- Adição de Água;
- Compactação.

Fonte: Santana, L. A. F (2006)


PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA

Excesso de Poeira

• É um tipo de defeito muito comum em


estadas não pavimentadas ocorrendo
devido à presença de materiais finos,
soltos na superfície de rolamento

• A severidade desse tipo de defeito é


medida em função do quanto da
visibilidade é prejudicada por essa
nuvem de pó.
PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA

Excesso de Poeira – Sugestão de Serviços de Reparo (N.S. Alto)

- Corte da Base;
- Adição de Material Granular;
- Adição de Água;
- Compactação.

Fonte: Santana, L. A. F (2006)


PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA

Buracos

• São depressões da superfície estradal,


geralmente em forma de panelas

• Esse tipo de defeito normalmente surge


em superfícies com deficiências para
escoamento de águas e com materiais
que apresentem baixa capacidade de
suporte
PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA

Buracos – Sugestão de Serviços de Reparo (N.S. Alto)

- Corte da Base;
- Adição de Material Granular;
- Adição de Água;
- Compactação.

Fonte: Santana, L. A. F (2006)


PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA

Afundamento de Trilha de Roda

• É caracterizado pela deformação


permanente da superfície de rolamento
nas trilhas dos pneus dos veículos

• É resultado de cargas repetidas de


tráfego e pode ocorrer em qualquer
camada da estrada ou do subleito,
principalmente em locais com materiais
que apresentem baixa capacidade de
suporte onde a drenagem é insuficiente
e há acúmulo d´água
PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA
Trilha de Roda – Sugestão de Serviços de Reparo (N.S. Alto)

- Corte da Base;
- Adição de Material Granular;
- Adição de Água;
- Compactação.

Fonte: Santana, L. A. F (2006)


PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA

Perda de Agregados

• É ocasionado pela ação contínua e


abrasiva do tráfego, onde os materiais
granulares acabam por se desagregar
sob a tração dos pneus

• Os materiais são lançados para as


bordas, para o centro do corpo estradal
ou na área trafegável, sendo esta
paralela ao eixo da estrada, formando
bermas
PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA

Perda de Agregados – Sugestão de Serviços de Reparo (N.S. Alto)

- Corte da Base;
- Adição de Material Granular;
- Adição de Água;
- Compactação.

Fonte: Santana, L. A. F (2006)


PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA

Areiões

• Defeito característico de estradas com


material arenoso e baixa argilosidade.

• Ocorre quando o solo seco perde seus


grãos que acabam se acumulando no
centro ou nas laterais das estradas
PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA
Areiões – Sugestão de Serviços de Reparo (N.S. Alto)

- Levantamento do Greide com


“bota-dentro”;
- Revestimento Primário

Fonte: Santana, L. A. F (2006)


PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA

Atoleiros

• Consiste em uma camada de lama onde


não existe atrito entre o solo e os pneus
do veículo, que patinam sem sair do
lugar.

• Dependendo do tipo de solo, surgem


devido à ausência ou deficiência do
sistema de drenagem
PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA

Atoleiros – Sugestão de Serviços de Reparo (N.S. Alto)

- Corte da Base;
- Adição de Material Granular;
- Adição de Água;
- Compactação.

Fonte: Santana, L. A. F (2006)


PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA
Atoleiros – Sugestão de Serviços de Reparo (N.S. Alto)

- Construção de Bueiro na seção


atingida

- Levantamento do Greide

Fonte: Santana, L. A. F (2006)


PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA

Pista Escorregadia

• Ocorrem em trechos muito argilosos,


que quando submetidos à molhagem
ficam praticamente sem atrito e
aderência

• As rodas dos veículos não possuem atrito


com a pista e acabam
escorregando
PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA

Pista Escorregadia – Sugestão de Serviços de Reparo (N.S. Alto)

- Corte da Base;
- Levantamento do Greide;
- Adição de Material Granular;
- Adição de Água;
- Compactação.

Fonte: Santana, L. A. F (2006)


PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA

Erosão

• São defeitos causados pela ação da


água em solos coesivos e na ausência
de dispositivos drenantes

• Estes defeitos podem evoluir de


pequenas falhas em forma de sulcos na
superfície de rolamento

• Podem formar fendas ou até grandes


sulcos na superfície de rolamento
PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA
Erosões – Sugestão de Serviços de Reparo (N.S. Baixo)

- Recomposição Manual;

Fonte: Santana, L. A. F (2006)


PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA
Erosões – Sugestão de Serviços de Reparo (N.S. Baixo)

- Recomposição Mecânica.

Fonte: Santana, L. A. F (2006)


PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA

Facão

• Forma-se em estradas em que os


veículos trafegam no meio da pista, em
apenas uma trilha

• O facão é formado devido ao pouco


tráfego e à falta de manutenção, o que
contribui para o crescimento de
vegetação no centro da pista de
rolamento, dificultando a passagem dos
veículos nesses locais
PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA
Facão – Sugestão de Serviços de Reparo (N.S. Alto)

- Corte da Base;
- Adição de Material Granular;
- Adição de Água;
- Compactação.

Fonte: Santana, L. A. F (2006)


PRINCIPAIS DEFEITOS ENCONTRADOS EM ESTRADAS DE TERRA

Todos os detalhes
das sugestões
supracitadas
podem ser lidos no
seguinte trabalho:
CONSERVAÇÃO RODOVÍÁRIA - CONCEITO

Conservação engloba todas as atividades desenvolvidas para preservar


os investimentos na malha rodoviária, manter e melhorar as condições de
sua utilização.

Os serviços de conservação são classificados em:

• Conservação de Rotina
• Conservação Especial
• Conservação de Emergência
CONSERVAÇÃO DE ROTINA

Tem como objetivo manter todos os elementos constitutivos da rodovia tão próximos quanto possível,
técnica e economicamente, das condições originais em que foram construídos ou reconstruídos,
objetivando preservar os investimentos feitos, garantir a segurança do tráfego e o conforto do usuário.

CONSERVAÇÃO ESPECIAL

Tem como objetivo preservar o investimento inicial, adaptar a rodovia às novas condições ocorridas em
seu entorno, implantar e/ou complementar pequenas
obras não executadas durante a fase de construção.

CONSERVAÇÃO DE EMERGÊNCIA
São serviços destinados a dar novamente condições de utilização a trechos que tenham tido seu tráfego
interrompido em consequência de algum fato extraordinário.
MEDIDAS DE SEGURANÇA

Na execução dos serviços de conservação, é importante utilizar


equipamentos e medidas de segurança que garantam a saúde e a vida
do trabalhador, bem como a segurança dos usuários da rodovia.

- Sinalização da obra

Fonte: Manual Básico de Estradas e Rodovias Vicinais (DER/SP, 2012)


MEDIDAS DE SEGURANÇA

- EPI – Equipamentos de Proteção Individual

Fonte: Manual Básico de Estradas e Rodovias Vicinais (DER/SP, 2012)


PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA

- No que se refere à conservação, é comum que se identifiquem


“pontos críticos” geralmente associados à segurança ou então a
problemas de escoamento das águas superficiais.

- Para eliminá-los, é comum providências que dependam da anuência


e da colaboração dos proprietários rurais, por exemplo:

• Alargamentos

• Melhoria de curvas

• Execução de obras de drenagem

• Necessidade de criar novas saídas d’água


CONSERVAÇÃO DA TERRAPLENAGEM

EROSÃO / ESCORREGAMENTOS DE TALUDE / QUEDA DE BARREIRAS


CONSERVAÇÃO DA TERRAPLENAGEM

EROSÃO / ESCORREGAMENTOS DE TALUDE / QUEDA DE BARREIRAS

- As chuvas prolongadas, saturando o solo, podem provocar


escorregamentos que, nos cortes, são denominados queda de
barreiras e nos aterros são denominados Escorregamento

CAUSA PRINCIPAL

• Ação da água sobre os taludes desprotegidos

CORREÇÃO

• Reconstruir o talude
• Proteger o talude
• Corrigir a drenagem
CONSERVAÇÃO DA DRENAGEM

DISPOSITIVOS DE DRENAGEM DANIFICADOS

Pela importância da drenagem para as vicinais é fundamental


que ela mereça atenção permanente.

Qualquer defeito deve ser reparado no menor tempo possível para


evitar risco de acidentes ao usuário e aumento do custo das reparações

Se um dispositivo de drenagem for danificado altera-se a sua seção


transversal e consequentemente sua capacidade.

Os danos ocasionam também a deposição de detritos e a infiltração


de água, que podem comprometer a estabilidade do corpo estradal e
dar início a erosões perigosas
CONSERVAÇÃO DA DRENAGEM

Fonte: Manual Básico de Estradas e Rodovias Vicinais (DER/SP, 2012)


CONSERVAÇÃO DA DRENAGEM

DISPOSITIVOS DE DRENAGEM DANIFICADOS

CAUSAS PRINCIPAIS

• Danos ocasionados por erosão, descalçando o dispositivo


• Quebra devida à passagem de veículos muito pesados ou
impactos diversos
• Recalque do solo

• No caso de sarjetas e valetas não revestidas, a principal causa


é a velocidade excessiva da água
CONSERVAÇÃO DA DRENAGEM

DISPOSITIVOS DE DRENAGEM ASSOREADOS

O assoreamento é o acúmulo de material sólido nos dispositivos


de drenagem, reduzindo a seção de vazão, podendo chegar até ao
completo entupimento

Prejudicada a seção de vazão, a água pode se infiltrar sob o leito da


estrada, causando o enfraquecimento do acostamento e do pavimento
e, às vezes, erosões perigosas

No caso de entupimento de bueiro, o acúmulo de água a montante pode


comprometer a estabilidade do aterro e do pavimento
CONSERVAÇÃO DA DRENAGEM

DISPOSITIVOS DE DRENAGEM ASSOREADOS

CAUSAS PRINCIPAIS

• a declividade insuficiente que provoca a redução da velocidade


da água

• Vegetação e detritos arrastados pela água e bloqueados na obra


CONSERVAÇÃO DA DRENAGEM

Fonte: Manual Básico de Estradas e Rodovias Vicinais (DER/SP, 2012)


CONSERVAÇÃO DA DRENAGEM

CORREÇÕES USUAIS

DISP. DANIFICADOS Reconstrução do dispositivo,


reproduzindo as suas características
originais

ASSOREAMENTO Desobstrução e Limpeza


CONSERVAÇÃO DE OBRAS DE ARTE ESPECIAIS

Os defeitos relativos às obras de arte especiais (pontes, viadutos,


bueiros celulares, outras estruturas) podem ser classificados como:

- Funcionais - quando impedem a obra de atender


adequadamente suas finalidades previstas,
seja em relação à seção de vazão, seja em
relação à segurança ou conforto dos usuários

- Estruturais - implicam em problemas que afetam os elementos da


estrutura da obra, tais como apodrecimento de peças
de madeira, trincas no concreto, ferrugem em peças
de aço, deslocamentos e fadiga de aparelhos de
apoio etc
CONSERVAÇÃO DE OBRAS DE ARTE ESPECIAIS

Defeito Funcional Defeito Estrutural

Fonte: Manual Básico de Estradas e Rodovias Vicinais (DER/SP, 2012)


CONSERVAÇÃO DE OBRAS DE ARTE ESPECIAIS

Defeito Funcional

- devem ser reparados por meio de


atividades rotineiras de conservação

Fonte: Manual Básico de Estradas e Rodovias


Vicinais (DER/SP, 2012)
CONSERVAÇÃO DE OBRAS DE ARTE ESPECIAIS

Defeito Estrutural

- Se não detectados e atendidos em


tempo hábil, podem levar à ruína da
obra

- É necessário prover uma


conservação preventiva e realizar
inspeções periódicas, para possibilitar
as reparações necessárias já na fase
inicial dos problemas.
Fonte: Manual Básico de Estradas e Rodovias
Vicinais (DER/SP, 2012)
CONSERVAÇÃO DE OUTRAS OBRAS

BARREIRAS DE CONCRETO

As barreiras de concreto necessitam de serviços localizados de


limpeza, pintura e reparos.

PROTEÇÃO DO CORPO ESTRADAL

Através do revestimento vegetal dos taludes, requer o replantio nas áreas


em que a vegetação tenha morrido ou sido removida por erosões
CONSERVAÇÃO DA SINALIZAÇÃO

Devem ser feitas inspeções frequentes e permanentes, relacionando


as irregularidades constatadas

A sinalização deve estar:

• Em bom estado de conservação


• Visível e legível
• Colocada em lugar adequado
CONSERVAÇÃO DA SINALIZAÇÃO

IRREGULARIDADES

Os defeitos na sinalização devem ser detectados e regularizados


a tempo, pois a demora pode ocasionar acidentes
Os defeitos mais comuns são:

• Placas Sujas
• Pintura Deteriorada

• Placas danificadas
• Placas e Balizadores Encobertos
CONSERVAÇÃO DA SINALIZAÇÃO

PLACAS SUJAS

Suas mensagens tornam-se ilegíveis aos usuários e se reduz a


refletividade noturna, podendo ocasionar assim, sérios acidentes
A sujeira favorece o aparecimento da ferrugem nas placas de aço

CAUSAS PRINCIPAIS

• Poeira
• Barro e Sujeira projetado pelos veículos

CORREÇÃO

• Limpeza e Lavagem
CONSERVAÇÃO DA SINALIZAÇÃO

PLACAS SUJAS

Fonte: Manual Básico de Estradas e Rodovias Vicinais (DER/SP, 2012)


CONSERVAÇÃO DA SINALIZAÇÃO

PINTURA DETERIORADA

As placas, balizas e marcos quilométricos com sua pintura deteriorada


tornam a sinalização ineficaz, aumentando os riscos de acidentes

CAUSAS PRINCIPAIS

• Intempéries
• Envelhecimento
CORREÇÃO

• Repintura
• Substituição
CONSERVAÇÃO DA SINALIZAÇÃO
PINTURA DETERIORADA

Fonte: Manual Básico de Estradas e Rodovias Vicinais (DER/SP, 2012)


CONSERVAÇÃO DA SINALIZAÇÃO
PLACAS DANIFICADAS

Quando a placa é danificada, aumentam os riscos de acidentes,


pela falta de informação ao usuário

CAUSAS PRINCIPAIS

• Vandalismo
• Acidentes
• Fogo
CORREÇÃO

• Reparação na oficina
• Substituição da placa
CONSERVAÇÃO DA SINALIZAÇÃO
PLACAS DANIFICADAS

Fonte: Manual Básico de Estradas e Rodovias Vicinais (DER/SP, 2012)


CONSERVAÇÃO DA SINALIZAÇÃO

PLACAS E BALIZADORES ENCOBERTOS

Quando não é visível, a sinalização deixa de exercer sua função,


aumentando os riscos de acidentes

CAUSA PRINCIPAL

• Vegetação Alta

CORREÇÃO

• Roçar, cortar e remover a vegetação


CONSERVAÇÃO DA SINALIZAÇÃO
PLACAS E BALIZADORES ENCOBERTOS

Fonte: Manual Básico de Estradas e Rodovias Vicinais (DER/SP, 2012)


CONSERVAÇÃO DA PISTA DE ROLAMENTO

As práticas relacionadas com a manutenção das estradas vicinais


apresentam grandes variações, mas o que se constata é que, para as
estradas não pavimentadas, predomina:

• Reconformação das pistas (Patrolagem)


• Remaneja o material das áreas laterais para dentro da pista
• Desobstrução das Valetas
• Restauração da Seção Transversal da via
• Elevação de Greide Encaixado
• Execução de Revestimento Primário
CONSERVAÇÃO DA PISTA DE ROLAMENTO

O “Manual Técnico de Conservação” editado em 1967 pelo DNER, estabelece


que, “basicamente, a conservação de uma estrada de terra consiste em:

• Manutenção de uma superfície de rolamento suave, firme e


livre de material solto em excesso;

• Manutenção de abaulamento adequado, a fim de garantir o


escoamento das águas superficiais

• Quando possível, a aplicação de um tratamento contra pó,


para diminuir a perda de material superficial e mitigar o
incômodo do pó”
CONSERVAÇÃO DA PISTA DE ROLAMENTO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bibliografia
DNER (1999), Manual de Projeto Geométrico de Estradas Rurais

DNIT (2005), Manual de Conservação Rodoviária

DNIT (2006), Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e Projetos


Rodoviários

DER/SP (2005), Estudos Preliminares de Traçado e Estudos Funcionais

DER/SP (2005), Estudos Preliminares de Traçado e Estudos Funcionais

DER/SP (2012), Manual Básico de Estradas e Rodovias Vicinais – Vol I

DER/SP (2012), Manual Básico de Estradas e Rodovias Vicinais – Vol II

IPT (1988), Estradas Vicinais de Terra – Manual Técnico de Conservação e


Recuperação
BAESSO D. P. & GONÇALVES F.L.R. (2003), Estradas Rurais – Técnicas
Adequadas de Manutenção.

ALMEIDA, R. V. O. (2003), Elaboração de um Software para Auxiliar na Gerência de


Estradas Rurais Não-Pavimentadas. Monografia de conclusão de Curso de
Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Ceará.

ALMEIDA, R. V. O. (2006), Concepção de Modelos de Avaliação de Condições de


Rolamento e Indicação de Priorização de Vias como Etapas de um Sistema de
Gerência de Vias Não Pavimentadas.

FONTENELLE, H. B. (2001), Estudo para Adaptação de um Método de


Classificação de Estradas Não Pavimentadas às Condições do Município de São
Carlos/SP.
SANTANA, L. A. F. (2006), Proposta de Composição de Custos Unitários e
Orçamentos de Serviços em Vias Não Pavimentadas.

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