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Diário da República, 1.ª série — N.

º 230 — 27 de novembro de 2013 6569

3 — É da competência do diretor-geral da DGPJ a de- do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, do


cisão de excluir da lista regulada no presente diploma o Sindicato dos Oficiais Justiça, da Associação dos Oficiais
mediador de conflitos que, culposamente, haja violado de Justiça, do Sindicato dos Funcionários Judiciais, da
os deveres impostos pelo respetivo estatuto, devendo a Associação dos Juízes de Paz Portugueses, da Federação
sanção ser aplicada com respeito pelo grau de culpa do Nacional de Mediação de Conflitos, da Plataforma das
agente e de harmonia com os princípios da adequação e Entidades de Mediação de Conflitos e dos Mediadores
da proporcionalidade. de Portugal, do Instituto de Certificação e Formação de
4 – O mediador que haja sido excluído da lista por Mediadores Lusófonos, da Comissão Nacional de Proteção
decisão do diretor-geral da DGPJ só pode requerer a sua de Crianças e Jovens em Risco.
reinscrição na mesma volvidos dois anos sobre a data da Foi, ainda, promovida a audição da Comissão Nacional
sua exclusão. de Proteção de Dados.
Artigo 8.º Assim:
Ao abrigo do artigo 24.º da Lei n.º 29/2013, de 19 de
Entrada em vigor
abril, e dos n.os 3 e 4 do artigo 32.º da Lei n.º 78/2001, de
A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao 13 de julho, alterada pela Lei n.º 54/2013, de 31 de julho,
da sua publicação. manda o Governo, pela Ministra da Justiça, o seguinte:
A Ministra da Justiça, Paula Maria von Hafe Teixeira
da Cruz, em 14 de novembro de 2013. Artigo 1.º
Objeto
Portaria n.º 345/2013 A presente portaria regula o regime aplicável à certifi-
cação de entidades formadoras de cursos de mediação de
de 27 de novembro
conflitos, previsto no n.º 2 do artigo 24.º da Lei n.º 29/2013,
A Lei n.º 29/2013, de 19 de abril, visa consolidar a me- de 19 de abril.
diação no ordenamento jurídico português, nomeadamente Artigo 2.º
através da consagração, pela primeira vez, dos princípios
gerais que regem a mediação realizada em Portugal (seja Conceitos
por entidades públicas ou privadas), da previsão do regime
jurídico da mediação civil e comercial e do regime dos Para efeitos do presente diploma, entende-se por:
mediadores em Portugal. a) «Certificação de entidade formadora» — o ato de
De acordo com os artigos 8.º e 24.º da referida Lei, o reconhecimento formal de que uma entidade detém com-
mediador de conflitos, a fim de adquirir as competências petências, meios e recursos adequados para desenvolver
adequadas ao exercício da sua atividade, pode frequentar atividades formativas, de acordo com o estabelecido na
ações de formação especificamente orientadas para o exer- presente portaria;
cício da atividade de mediador que lhe confiram aptidões, b) «Entidade formadora certificada» — a entidade do-
teóricas e práticas, nomeadamente cursos de formação de tada de recursos e capacidade técnica e organizativa para
mediadores de conflitos realizados por entidades forma- desenvolver processos associados à formação;
doras certificadas pelo Ministério da Justiça. c) «Referencial de qualidade» — o conjunto de requisi-
Assim, passa-se a proceder à certificação das entidades tos de certificação que a entidade formadora tem de reunir
formadoras, ao invés de se efetuar o reconhecimento de a fim de ser certificada.
cursos, sendo tal certificação levada a cabo pelo serviço
competente do Ministério da Justiça – Direção-Geral da Artigo 3.º
Política de Justiça, o que se faz com a finalidade de sim-
plificar procedimentos e permitir às entidades formadoras Entidade certificadora
um planeamento mais adequado e flexível dos cursos que 1 — A certificação das entidades formadoras é asse-
pretendam ministrar, desde que sejam salvaguardados cri- gurada pela Direção-Geral da Política de Justiça, adiante
térios mínimos de adequação da formação ao exercício da designada por DGPJ.
atividade de mediador. 2 — No âmbito do desenvolvimento, monitorização
Por fim, resta sublinhar que, para salvaguarda dos di- e regulamentação do sistema de certificação, compete à
reitos de quantos frequentaram os cursos até agora reco- DGPJ, nomeadamente:
nhecidos pelo Ministério da Justiça, prevê-se que estes não
perdem a sua validade por via da revogação da regulamen- a) Definir e desenvolver as metodologias, os instrumen-
tação que justificou o seu reconhecimento. tos e os procedimentos que assegurem o funcionamento do
Finalmente, a presente portaria vem definir a sistema de certificação das entidades formadoras;
Direção-Geral da Política de Justiça como sendo a auto- b) Definir indicadores de avaliação qualitativa e quan-
ridade competente para a aplicação da Lei n.º 9/2009, de titativa do desempenho das entidades formadoras certi-
4 de março, alterada pela Lei n.º 41/2012, de 28 de agosto, ficadas;
em matéria de reconhecimento de qualificações dos me- c) Cooperar com as entidades requerentes, nomeada-
diadores no âmbito da mediação de conflitos. mente informando-as sobre a organização do respetivo
Foi promovida a audição do Conselho Superior da Ma- processo de certificação;
gistratura, do Conselho Superior do Ministério Público, do d) Gerir e tratar a informação relativa ao sistema de
Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais, certificação de entidades formadoras;
da Ordem dos Advogados, da Câmara dos Solicitadores, do e) Promover as ações necessárias ao acompanhamento,
Conselho dos Oficiais de Justiça, do Conselho dos Julgados monitorização, regulamentação e garantia de qualidade
de Paz, da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, do sistema.
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Artigo 4.º postal, mediante correio registado com aviso de receção,


Entidades habilitadas a requerer a certificação
dirigido à DGPJ, de acordo com informação disponibili-
zada no sítio eletrónico desta.
Podem requerer a certificação quaisquer entidades pú- 2 — De modo a comprovar os requisitos previstos nos
blicas ou privadas que desenvolvam atividades formativas artigos 5.º e 6.º, o requerimento referido no número anterior
e que no seu âmbito pretendam ministrar formação a me- deve ser instruído com os seguintes elementos:
diadores de conflitos.
a) Certidão comprovativa da inscrição no registo a que
se refere a alínea a) do n.º 1 do artigo 5.º;
Artigo 5.º
b) Declaração do requerente a que se refere a alínea b)
Requisitos prévios da certificação do n.º 1 do artigo 5.º;
1 — Pode obter a certificação a entidade que, prévia e c) Declaração da requerente das suas entidades finan-
cumulativamente, preencha os seguintes requisitos: ciadoras, nas situações previstas na alínea d) do n.º 1 do
artigo 5.º que atestem a situação regular da requerente;
a) Encontrar-se regularmente constituída e devidamente d) Certificado de registo criminal da requerente;
registada no registo competente; e) Declaração da requerente referente às situações pre-
b) Não se encontrar em situação de suspensão ou inter- vistas na alínea b) do n.º 2 do artigo 5.º;
dição do exercício da sua atividade na sequência de decisão f) Certidões comprovativas de que a entidade requerente
judicial ou administrativa; se encontra em situação regularizada perante a adminis-
c) Ter a sua situação tributária e contributiva regulari- tração tributária e a segurança social;
zada, respetivamente, perante a administração fiscal e a g) Curricula vitae, datados e assinados, do gestor da
segurança social; formação, do coordenador pedagógico, dos formadores e
d) Inexistirem situações por regularizar respeitantes outros agentes envolvidos no processo formativo;
a dívidas ou restituições referentes a apoios financeiros h) Certificado de habilitações do gestor da formação, do
comunitários ou nacionais, independentemente da sua na- coordenador pedagógico, dos formadores e outros agentes
tureza ou objetivos. envolvidos no processo formativo;
i) Declaração da requerente quanto à localização e
2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, ape- adequação das instalações previstas para a realização da
nas pode obter a certificação, após o decurso do prazo de formação;
um ano contado a partir do trânsito em julgado da decisão j) Plano de atividades;
condenatória, a entidade que, no exercício da sua atividade k) Dossier técnico-pedagógico;
formativa na área da mediação de conflitos, tenha sido l) Comprovativo do pagamento da taxa de certificação.
condenada:
3 — A decisão de indeferimento do pedido de certifi-
a) Pela prática de um crime punível nos termos do Có-
cação de qualquer entidade é sempre expressa e precedida
digo Penal ou em legislação avulsa no cumprimento efetivo
de audiência prévia escrita da entidade requerente, com
de uma pena de multa; ou
indicação dos respetivos fundamentos, a ter lugar no final
b) Pela prática de conduta punida como contraorde-
da instrução do processo pela DGPJ.
nação.
Artigo 6.º
Artigo 8.º
Referencial de qualidade da certificação
Certificado
1 — A certificação assegura que a entidade formadora
satisfaz os requisitos do referencial de qualidade no que A certificação da entidade formadora é realizada por
respeita a: despacho do diretor-geral da DGPJ.

a) Estrutura e organização internas para o exercício da Artigo 9.º


atividade formativa na área da mediação;
b) Processos de planeamento e desenvolvimento da Lista de entidades formadoras certificadas
formação. A DGPJ disponibiliza no seu sítio eletrónico a lista de
entidades formadoras certificadas, que contém, entre outras
2 — Os requisitos do referencial de qualidade da cer- informações, identificação da entidade certificada, data da
tificação de entidade formadora, bem como os respetivos certificação e data da eventual caducidade ou revogação
critérios de apreciação, constam do Anexo I da presente da mesma.
portaria que da mesma faz parte integrante.
Artigo 10.º
3 — Sempre que necessário e após consulta às entidades
formadoras e às entidades representativas dos mediado- Acompanhamento e fiscalização
res, a DGPJ publicita no seu sítio eletrónico informação
1 — Obtida a certificação, incumbe à entidade forma-
adicional relativa aos requisitos e critérios referidos no
dora manter os requisitos da certificação referidos nos
número anterior.
artigos 5.º e 6.º, nos termos e condições constantes da
Artigo 7.º respetiva candidatura.
2 — É obrigação das entidades formadoras certificadas
Procedimento de certificação
comunicar quaisquer alterações relevantes aos elementos
1 — O requerimento de pedido de certificação é apre- apresentados no requerimento de pedido de certificação.
sentado pelo legal representante da entidade formadora 3 — As entidades formadoras certificadas devem apre-
preferencialmente por via eletrónica, ou, ainda, por via sentar à DGPJ, até ao dia 30 de abril de cada ano, relatório
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relativo aos cursos de mediação de conflitos ministrados e demais condições são fixadas, anualmente, por despacho
no ano civil anterior, que contenha: do diretor-geral da DGPJ, ou apresentar, em alternativa,
formas de facultar aos formandos competências práticas
a) Avaliação do cumprimento dos objetivos e resultados efetivas.
planeados para a formação; 3 — A lista de formandos que obtenham aproveitamento
b) Resultados de avaliação do grau de satisfação dos nas ações de formação é comunicada pelas entidades cer-
formandos, bem como de coordenadores, formadores e tificadas à DGPJ, com a indicação da nota final obtida
outros colaboradores; expressa numa escala até 20 valores, no prazo máximo de
c) Resultados relativos à participação e conclusão das 20 dias após a conclusão da ação de formação.
ações de formação, desistências e aproveitamento dos
formandos; Artigo 13.º
d) Resultados da avaliação do desempenho de coorde-
nadores, formadores e outros colaboradores; Revogação e caducidade da certificação
e) Medidas de melhoria a implementar, decorrentes da 1 — O incumprimento dos requisitos prévios à certi-
análise efetuada. ficação, bem como dos que se reportam ao referencial de
qualidade ou, ainda, de algum dos deveres da entidade
4 — Compete à DGPJ o acompanhamento e a fiscaliza- formadora certificada estabelecidos na presente portaria
ção do cumprimento do disposto nos números anteriores, determina, conforme a gravidade das situações e a possi-
podendo, para o efeito, realizar as diligências e solicitar bilidade da sua regularização, a revogação da certificação,
as informações que considerar adequadas. sem prejuízo do disposto nos números seguintes.
2 — Quando se verifique uma situação de incumpri-
Artigo 11.º mento, passível de regularização, é concedido à entidade
Taxas certificada um prazo até 30 dias consecutivos para que a
regularize.
1 — A certificação de entidade formadora está sujeita 3 — Nas situações de incumprimento a que se refere
ao pagamento de uma taxa, cujo montante é fixado por o número anterior, a revogação da certificação só é de-
despacho dos membros do governo responsáveis pelas terminada quando a entidade certificada não regularize a
áreas da justiça e das finanças. situação que lhe deu origem, dentro do prazo concedido
2 — Pelo acompanhamento e fiscalização da entidade para o efeito pela DGPJ.
formadora certificada é devido o pagamento de uma taxa 4 — A caducidade da certificação ocorre quando se
anual, cujo montante é fixado por despacho dos membros verifique alguma das seguintes situações:
do governo responsáveis pelas áreas da justiça e das finan-
ças, a qual deve ser paga até à apresentação do relatório a a) Extinção da entidade formadora certificada;
que se refere o n.º 3 do artigo anterior. b) Manifestação da entidade formadora de que não
3 — No ano em que é certificada, a entidade forma- pretende continuar o exercício da atividade de formação;
dora fica dispensada do pagamento previsto no número c) Ausência de atividade formativa em dois anos con-
anterior. secutivos.
4 — O pagamento das taxas previstas no presente artigo
é efetuado por transferência bancária e documentalmente 5 — É da competência do diretor-geral da DGPJ pro-
comprovado: ceder à revogação da certificação ou declarar a respetiva
caducidade de acordo com os números anteriores.
a) No caso da taxa prevista no n.º 1, juntamente com a 6 — A caducidade e a revogação de certificações são
apresentação do requerimento do pedido de certificação, publicadas no sítio eletrónico da DGPJ.
sob pena de não aceitação da candidatura;
b) No caso da taxa prevista no n.º 2, juntamente com a Artigo 14.º
apresentação do relatório a que se refere o n.º 3 do artigo
Autoridade competente para a aplicação
anterior. da Lei n.º 9/2009, de 4 de março
Artigo 12.º
1 — A Direção-Geral da Política de Justiça (DGPJ) é a
Deveres da entidade formadora autoridade competente para o reconhecimento das qualifi-
1 — A entidade formadora deve: cações dos mediadores, nos termos da Lei n.º 9/2009, de 4
de março, alterada pela Lei n.º 41/2012, de 28 de agosto.
a) Comunicar à DGPJ quaisquer alterações aos elemen- 2 — As medidas de compensação admissíveis nos ter-
tos fornecidos no âmbito do requerimento de pedido de mos do artigo 11.º da Lei n.º 9/2009, de 4 de março, al-
certificação, ou outro; terada pela Lei n.º 41/2012, de 28 de agosto, são fixadas
b) Comunicar à DGPJ a realização de ações de for- por despacho do diretor-geral da DGPJ.
mação para mediadores de conflitos, previamente à sua
realização; Artigo 15.º
c) Cooperar com a DGPJ no âmbito das suas atribuições
Regime transitório
nos termos da presente portaria.
1 — Quem tenha frequentado e obtido aproveitamento
2 — A entidade formadora é responsável pela realização em curso de mediação de conflitos reconhecido pelo Mi-
do plano de estágios previsto no Anexo I da presente por- nistério da Justiça nos termos, designadamente, da Portaria
taria, podendo candidatar-se à realização de estágios nos n.º 237/2010, de 29 de abril, mantém-se em condições de
sistemas públicos de mediação tutelados pelo Ministério se candidatar à prestação de serviços de mediação pública,
da Justiça, cuja duração, número de vagas disponibilizadas desde que reúna os demais requisitos legais.
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2 — Os pedidos apresentados nos termos da Portaria f) Colaborador qualificado ou recurso a prestação de


n.º 237/2010, de 29 de abril, que, à data da entrada em vi- serviço para assegurar a contabilidade organizada segundo
gor da presente portaria se encontrem pendentes, mantêm o POC aplicável, nas entidades em que tal é exigido por lei;
a sua tramitação ao abrigo daquela portaria. g) É aplicável aos gestores, coordenadores e formadores
3 — As entidades formadoras que promovem cursos o previsto no n.º 2 do artigo 5.º da presente portaria.
de mediação de conflitos para efeitos de candidatura à
prestação de serviços de mediação pública dispõem de 2 — Espaços e equipamentos — A entidade formadora
6 meses para se adaptarem aos requisitos de certificação deve assegurar a existência de instalações específicas,
estabelecidos na presente portaria. coincidentes ou não com a sua sede social, e equipamentos
adequados às intervenções a desenvolver.
3 — As instalações e os equipamentos podem ser pro-
Artigo 16.º priedade da entidade, locados ou cedidos, ou ainda per-
Revogação tencentes a empresa ou outra organização a que a entidade
preste serviços de formação.
Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, é revogada
a Portaria n.º 237/2010, de 29 de abril. II — Requisitos de processos de planeamento e desenvolvimento
da formação
Artigo 17.º 1 — Planificação e gestão da atividade formativa — A
Entrada em vigor entidade formadora deve elaborar o plano de atividades,
com regularidade anual, que demonstre competências de
A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao planeamento da sua atividade formativa e que integre,
da sua publicação. nomeadamente, os seguintes elementos:
A Ministra da Justiça, Paula Maria von Hafe Teixeira a) Caracterização da entidade formadora e histórico da
da Cruz, em 14 de novembro de 2013. atividade desenvolvida, com indicação da formação inicial
e contínua, teórica e prática, incluindo as componentes
éticas e deontológicas, gerais e específicas, disponibilizada
ANEXO I
aos mediadores de conflitos;
b) Indicação dos recursos humanos e materiais a afetar
Referencial de qualidade da certificação
de entidade formadora aos projetos.

(artigo 6.º da portaria) 2 — Dossier técnico-pedagógico — A entidade forma-


dora deve elaborar um dossier técnico-pedagógico por
I — Requisitos de estrutura e organização interna cada ação de formação, que deve cumprir os seguintes
requisitos:
1 — Recursos humanos — A entidade deve assegurar a
existência de recursos humanos em número e com as com- a) Número mínimo adequado de horas de formação para
petências adequadas às atividades formativas a desenvol- o conjunto de temáticas de caráter geral;
ver, independentemente do tipo de vínculo contratual com b) Número mínimo adequado de horas de formação para
a entidade. Constituem requisitos mínimos os seguintes: o conjunto de temáticas de caráter específico;
c) Plano de realização de estágios, ou metodologias
a) Existência de um gestor de formação com habilitação alternativas a estes, da responsabilidade da entidade for-
e experiência profissional ou formação adequada, que seja madora, que compreende obrigatoriamente a realização ou
responsável pela política de formação, pelo planeamento, a simulação de duas mediações completas, com ou sem
execução, acompanhamento, controlo e avaliação do plano acordo, com supervisão de um mediador;
de atividades, pela gestão dos recursos afetos à atividade d) Indicação de critérios e métodos de seleção de for-
formativa, pelas relações externas respeitantes à mesma; mandos;
b) Existência de um coordenador pedagógico com habi- e) Programa de formação, que inclua informação sobre
litação e experiência profissional ou formação adequada, objetivos gerais e específicos, conteúdos programáticos,
que assegure o apoio à gestão da formação, o acompanha- técnicas pedagógicas, bibliografia adotada e critério e pa-
mento pedagógico de ações de formação, a articulação râmetros de avaliação dos formandos;
com formadores e outros agentes envolvidos no processo f) Identificação do gestor de formação, do coordenador
formativo; pedagógico, dos formadores e outros agentes, bem como
c) O gestor de formação e o coordenador pedagógico metodologias de avaliação do desempenho dos formadores.
podem desempenhar, cumulativamente, funções de forma-
dores ou mediadores previstos nas alíneas seguintes, desde
que asseguradas a habilitação, a experiência profissional MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO MAR
ou formação adequadas;
d) Existência de formadores com formação científica ou Portaria n.º 346/2013
técnica e pedagógica adequadas, em número não inferior
a três formadores, com especialização adequada à matéria de 27 de novembro
a lecionar; A Portaria n.° 695/2009, de 29 de junho, aprovou os
e) Existência de mediadores envolvidos no processo Estatutos da Região Vitivinícola da Península de Setúbal
formativo, em número não inferior a três mediadores, e regula a produção e comercialização dos vinhos pro-
com qualificações adequadas e experiência comprovada duzidos na área geográfica da Indicação Geográfica (IG)
em mediação; «Península de Setúbal».

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