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Norma NP

EN 206:2013 +A1
2017

Portuguesa
Betão
Especificação, desempenho, produção e conformidade

Béton
Spécification, performances, production et conformité

Concrete
Specification, performance, production and conformity

4
10
T
C

ICS HOMOLOGAÇÃO
91.100.30 Termo de Homologação n.º 271/2017, de 2017-12-14
A presente Norma resulta da revisão da NP EN 206-1:2007
(Ed.2) e da NP EN 206-9:2010 (Ed.1)

ELABORAÇÃO
CORRESPONDÊNCIA CT 104 (ATIC)
Versão portuguesa da EN 206:2013+A1:2016
3ª EDIÇÃO
2017-12-15

CÓDIGO DE PREÇO
X026

 IPQ reprodução proibida

Rua António Gião, 2


2829-513 CAPARICA PORTUGAL

Tel. + 351-212 948 100 Fax + 351-212 948 101


E-mail: ipq@ipq.pt Internet: www.ipq.pt
Preâmbulo nacional
À Norma Europeia EN 206:2013+A1:2016, foi dado o estatuto de Norma Portuguesa em 2017-01-10 (Termo
de Adoção n.º 42/2017, de 2017-01-10).
A presente Norma inclui um Anexo NA dividido em dois:
 o Anexo NA.1 com as disposições nacionais completando secções da presente Norma, em que a
numeração destas secções e dos parágrafos se mantém e é indicada a seguir a NA.1;
 o Anexo NA.2, informativo, com a correspondência entre as normas europeias referidas na presente
Norma e as normas nacionais.

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10
T
C
NORMA EUROPEIA EN 206:2013+A1
EUROPÄISCHE NORM
NORME EUROPÉENNE
EUROPEAN STANDARD novembro 2016

ICS: 91.100.30 Substitui a EN 206-1:2013


Versão portuguesa
Betão
Especificação, desempenho, produção e conformidade

Beton Béton Concrete


Festlegung, Eigenschaften, Spécification, performances, Specification, performance,
Herstellung und Konformität production et conformité production and conformity

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10
A presente Norma é a versão portuguesa da Norma Europeia EN 206:2013+A1:2016 e tem o mesmo
estatuto que as versões oficiais. A tradução é da responsabilidade do Instituto Português da Qualidade.
A Norma Europeia EN 206 e a Emenda A1 foram ratificadas pelo CEN em 2013-09-28 e 2016-07-27,
respetivamente.
Os membros do CEN são obrigados a submeter-se ao Regulamento Interno do CEN/CENELEC que define
as condições de adoção desta Norma Europeia como norma nacional, sem qualquer modificação.
Podem ser obtidas listas atualizadas e referências bibliográficas relativas às normas nacionais
correspondentes junto do Secretariado Central ou de qualquer dos membros do CEN.
T

A presente Norma existe nas três versões oficiais (alemão, francês e inglês). Uma versão noutra língua,
obtida pela tradução, sob responsabilidade de um membro do CEN, para a sua língua nacional, e notificada
ao Secretariado Central, tem o mesmo estatuto que as versões oficiais.
C

Os membros do CEN são os organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha,
Antiga República Jugoslava da Macedónia, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca,
Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália,
Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República
Checa, Roménia, Suécia, Suíça e Turquia.

CEN

Comité Europeu de Normalização


Europäisches Komitee für Normung
Comité Européen de Normalisation
European Committee for Standardization

Secretariado Central: Avenida Marnix 17, B-1000 Bruxelas

 2016 CEN Direitos de reprodução reservados aos membros do CEN

Ref. nº EN 206:2013+A1:2016 Pt
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Sumário Página

Preâmbulo nacional .................................................................................................................................. 2


Preâmbulo ................................................................................................................................................. 7
Introdução ................................................................................................................................................. 9
1 Objetivo e campo de aplicação ............................................................................................................. 10
2 Referências normativas ......................................................................................................................... 11
3 Termos, definições, símbolos e abreviaturas ....................................................................................... 12
3.1 Termos e definições .............................................................................................................................. 12
3.2 Símbolos e abreviaturas ........................................................................................................................ 18
4 Classificação ........................................................................................................................................... 20

4
4.1 Classes de exposição relacionadas com ações ambientais ...................................................................
4.2 Classificação das propriedades do betão fresco ...................................................................................
20
22
10
4.3 Classificação das propriedades do betão endurecido ........................................................................... 24
5 Requisitos para o betão e métodos de verificação .............................................................................. 25
5.1 Requisitos básicos para os materiais constituintes ............................................................................... 25
5.2 Requisitos básicos para a composição do betão ................................................................................... 27
5.3 Requisitos relacionados com as classes de exposição .......................................................................... 32
T

5.4 Requisitos para o betão fresco .............................................................................................................. 33


5.5 Requisitos para o betão endurecido ...................................................................................................... 35
C

6 Especificação do betão .......................................................................................................................... 36


6.1 Generalidades ....................................................................................................................................... 36
6.2 Especificação do betão de comportamento especificado ..................................................................... 37
6.3 Especificação do betão de composição prescrita.................................................................................. 39
6.4 Especificação do betão de composição prescrita em norma ................................................................ 39
7 Entrega do betão fresco......................................................................................................................... 40
7.1 Informação do utilizador do betão para o produtor .............................................................................. 40
7.2 Informação do produtor do betão para o utilizador .............................................................................. 40
7.3 Guia de remessa do betão pronto.......................................................................................................... 41
7.4 Informação na entrega para betão fabricado no local ........................................................................... 42
7.5 Ajustamentos na composição após o processo de amassadura principal e antes da descarga ............. 42
8 Controlo da conformidade e critérios de conformidade .................................................................... 43
8.1 Generalidades ....................................................................................................................................... 43
8.2 Controlo da conformidade do betão de comportamento especificado ................................................. 43
8.3 Controlo da conformidade do betão de composição prescrita, incluindo betão de composição
prescrita em norma ..................................................................................................................................... 52
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8.4 Ações em caso de não conformidade do produto................................................................................. 52


9 Controlo da produção ........................................................................................................................... 53
9.1 Generalidades ....................................................................................................................................... 53
9.2 Sistemas do controlo da produção........................................................................................................ 53
9.3 Registos e outros documentos .............................................................................................................. 54
9.4 Ensaios ................................................................................................................................................. 54
9.5 Composição do betão e ensaios iniciais ............................................................................................... 55
9.6 Pessoal, equipamento e instalações ...................................................................................................... 55
9.7 Doseamento dos materiais constituintes .............................................................................................. 56
9.8 Amassadura do betão ........................................................................................................................... 57

4
9.9 Procedimentos para o controlo da produção ........................................................................................ 57
10 Avaliação da conformidade ................................................................................................................ 61
10
10.1 Generalidades ..................................................................................................................................... 61
10.2 Avaliação, acompanhamento e certificação do controlo da produção ............................................... 61
11 Designação do betão de comportamento especificado ..................................................................... 61
Anexo A (normativo) Ensaios iniciais ...................................................................................................... 63
A.1 Generalidades ...................................................................................................................................... 63
A.2 Responsável pelos ensaios iniciais ...................................................................................................... 63
T

A.3 Frequência dos ensaios iniciais ........................................................................................................... 63


A.4 Condições de ensaio ............................................................................................................................ 63
C

A.5 Critérios para aceitação dos ensaios iniciais ....................................................................................... 64


Anexo B (normativo) Ensaios de identidade ........................................................................................... 65
B.1 Generalidades ...................................................................................................................................... 65
B.2 Plano de amostragem e ensaio ............................................................................................................. 65
B.3 Critérios de identidade para a resistência à compressão ..................................................................... 65
B.4 Critérios de identidade para a consistência e o teor de ar.................................................................... 66
B.5 Critérios de identidade para a dosagem e a homogeneidade de fibras do betão fresco ....................... 66
Anexo C (normativo) Disposições para a avaliação, acompanhamento e certificação do controlo
da produção .............................................................................................................................................. 67
C.1 Generalidades ...................................................................................................................................... 67
C.2 Atribuições do organismo de controlo ................................................................................................ 67
C.3 Atribuições do organismo de certificação ........................................................................................... 69
Anexo D (normativo) Requisitos adicionais para a especificação e a conformidade do betão para
obras geotécnicas especiais ...................................................................................................................... 70
D.1 Generalidades ...................................................................................................................................... 70
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D.2 Constituintes ........................................................................................................................................ 70


D.3 Betão .................................................................................................................................................... 71
Anexo E (informativo) Recomendações para a utilização de agregados .............................................. 74
E.1 Generalidades ....................................................................................................................................... 74
E.2 Agregados naturais correntes, agregados pesados e agregados de escórias de alto-forno arrefecidas
ao ar ............................................................................................................................................................ 74
E.3 Recomendações para a utilização de agregados grossos reciclados .................................................... 74
E.4 Recomendações para a utilização de agregados leves ......................................................................... 76
Anexo F (informativo) Valores limite recomendados para a composição do betão ............................ 77
Anexo G (informativo) Orientações para os requisitos do betão autocompactável no estado fresco 78
G.1 Generalidades ...................................................................................................................................... 78

4
G.2 Recomendações sobre a classificação do betão autocompactável.......................................................
Anexo H (informativo) Regras de aplicação para 8.2.1.3, Método C....................................................
79
80
10
H.1 Introdução ............................................................................................................................................ 80
H.2 Controlo baseado no sistema cusum .................................................................................................... 80
H.3 Controlo baseado nas cartas Shewhart com limites modificados por variáveis .................................. 81
Anexo J (informativo) Desvio para acomodar uma Regulamentação Espanhola notificada ............. 82
Anexo K (informativo) Famílias de betões .............................................................................................. 83
T

K.1 Generalidades ...................................................................................................................................... 83


K.2 Escolha da família de betões ............................................................................................................... 83
C

K.3 Fluxograma para a avaliação da qualidade de membro da família e da conformidade de uma


família de betões ......................................................................................................................................... 84
Anexo L (informativo) Informação suplementar respeitante a parágrafos específicos ...................... 85
Anexo M (informativo) Guia sobre as disposições válidas no local de utilização do betão ................ 87
Bibliografia ................................................................................................................................................ 89
Anexo Nacional ......................................................................................................................................... 91
Introdução ................................................................................................................................................... 91
Anexo NA.1 Disposições nacionais relativas a secções da presente Norma ............................................. 91
Anexo NA.2 (informativo) Correspondência entre as normas europeias referidas na presente
Norma e as normas nacionais .................................................................................................................. 102
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Preâmbulo
A presente Norma (EN 206:2013+A1:2016) foi elaborada pelo Comité Técnico CEN/TC 104 ”Concrete and
related products”, cujo secretariado é assegurado pelo DIN.
A esta Norma Europeia deve ser atribuído o estatuto de Norma Nacional, seja por publicação de um texto
idêntico seja por adoção, o mais tardar em maio de 2017 e as normas nacionais divergentes devem ser
anuladas, o mais tardar em maio de 2017.
Pode acontecer que alguns dos elementos do presente documento sejam objeto de direitos de propriedade. O
CEN (e/ou o CENELEC) não deve ser responsabilizado pela identificação de alguns ou de todos esses
direitos.
Com base numa decisão do CEN/BT (BT 42/2013) a EN 12620:2013 foi anulada. Por este motivo, o
presente documento foi alinhado com as especificações indicadas na EN 12620:2002+A1:2008. O
CEN/TC 104 pretende emendar a EN 206 assim que o CEN/TC 154 publique uma nova versão da EN 12620.

A presente Norma substitui a A1


EN 206:2013 .

4
A presente Norma inclui a Emenda 1 aprovada pelo CEN em 27 de julho de 2016.
A1
10
A1 A1
O início e o fim do texto introduzido ou alterado pela emenda são indicados no texto por marcadores .
A1
Em particular, durante a preparação da EN 206:2013 procedeu-se à revisão dos seguintes pontos
principais: A1 .
a) inclusão de regras de aplicação para o betão com fibras e para o betão com agregados reciclados;
b) revisão do conceito do fator-k para as cinzas volantes e para a sílica de fumo e introdução de novas
regras para as escórias granuladas de alto-forno moídas;
T

c) introdução de princípios para os conceitos de desempenho para a utilização das adições, p. ex., o conceito
de desempenho equivalente do betão e o conceito do desempenho equivalente de misturas;
C

d) revisão da avaliação da conformidade com introdução de novos conceitos;


e) integração da EN 206-9 “Regras adicionais para o betão autocompactável (BAC)”;
f) inclusão de requisitos adicionais para o betão utilizado em obras geotécnicas especiais (Anexo D).
NOTA: O Anexo D foi preparado em conjunto pelos CEN/TC 104 e CEN/TC 288.

A Figura 1 ilustra as relações entre a EN 206 e as normas europeias de projeto e de execução, as normas de
constituintes e as normas de ensaio*).
De acordo com o Regulamento Interno do CEN/CENELEC, a presente Norma deve ser implementada pelos
organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha, Antiga República Jugoslava da
Macedónia, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha,
Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta,
Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia, Suécia, Suíça e
Turquia.

*)
Ver no Anexo NA.1 – Preâmbulo, esta Figura 1 com as normas nacionais, completada com os outros documentos normativos
nacionais do âmbito da presente Norma (nota nacional).
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Legislação e regulamentação
nacionais sobre construção
(no local de utilização)

EN 1990 (Eurocode 0)
Basis of structural design

EN 13670 EN 1992 (Eurocode 2) EN 13369


Execution Precast concrete
Design of concrete structures

EN 206

4
10
EN 197 EN 15167 EN 12350
Cement Ground granulated blast Testing fresh
concrete
furnace slag for concrete

EN 1008 EN 13055 EN 12390


Mixing water Lightweight aggregates Testing hardened
concrete
T

EN 12620 EN 934-1 and EN 934-2


Aggregates for concrete Admixtures for concrete
C

EN 13791
EN 450 EN 14889 Assessment of concrete
strength in structures
Fly ash for concrete Fibres for concrete

EN 13263 EN 12878 EN 12504


Sílica fume for concrete Pigments Testing concrete in
structures

Figura 1 – Relações entre a EN 206 e as normas europeias de projeto e de execução, dos materiais
constituintes*) e de ensaio

*)
Os materiais constituintes cobertos pelas normas da Figura 1 respeitam ao betão para estruturas e elementos estruturais para
edifícios e obras de engenharia civil. Porém, para produtos, processos ou aplicações específicos e como previsto na secção 1 da
presente Norma, outras normas ou documentos normativos europeus ou nacionais poderão estabelecer ou permitir constituintes
diferentes (nota nacional).
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Introdução
A presente Norma será aplicada na Europa em diferentes condições climáticas e geográficas, com diferentes
níveis de proteção e com diferentes tradições e experiências regionais bem estabelecidas. Para contemplar
estas situações foram introduzidas classes nas propriedades do betão. Onde tais soluções gerais não foram
possíveis, as secções relevantes autorizam a aplicação de disposições válidas no local de utilização do betão.
A presente Norma incorpora regras para a utilização dos constituintes que estejam cobertos por normas
europeias. Poderão ser utilizados constituintes não cobertos por normas europeias de acordo com disposições
válidas no local de utilização do betão.
Se o betão estiver em conformidade com valores limite, o betão da estrutura é suposto satisfazer os requisitos
de durabilidade para a utilização pretendida nas condições ambientais específicas, desde que:
 tenha sido selecionada a classe de exposição apropriada;
 o recobrimento mínimo das armaduras satisfaça, nas condições ambientais específicas, a norma de projeto
relevante, p. ex., EN 1992-1-1;

4
 o betão tenha sido adequadamente colocado, compactado e curado, p. ex., de acordo com a EN 13670 ou
10
outra norma relevante;
 seja aplicada uma adequada manutenção durante a vida útil.
Em alternativa ao conceito de valores limite, estão em desenvolvimento conceitos baseados no desempenho.
O betão conforme com a presente Norma poderá considerar-se que satisfaz os requisitos básicos para os
materiais a utilizar nas três Classes de Execução definidas na EN 13670.
T

A presente Norma define tarefas para o especificador, para o produtor e para o utilizador. Por exemplo, o
especificador é responsável pela especificação do betão, secção 6, e o produtor é responsável pelo controlo
da conformidade e da produção, secções 8 e 9. O utilizador é responsável pela colocação do betão na
estrutura. Na prática, nas várias fases do projeto e da construção, poderá haver diferentes entidades a
C

especificar requisitos, p. ex., o cliente, o projetista, o empreiteiro, o subempreiteiro para as betonagens. Cada
um é responsável por transmitir os requisitos especificados, assim como qualquer outro requisito adicional,
ao interveniente seguinte na cadeia, até chegar ao produtor. Nos termos da presente Norma, este conjunto de
requisitos é considerado como a "especificação do betão". Por outro lado, o especificador, o produtor e o
utilizador poderão ser a mesma entidade (p. ex., o empreiteiro que projeta e constrói ou o produtor de
produtos prefabricados). No caso do betão pronto, o comprador do betão fresco é o especificador e tem que
fornecer a especificação ao produtor.
A presente Norma contempla também a necessária troca de informação entre as diferentes partes
intervenientes. Os assuntos contratuais não são abordados. Quando às partes intervenientes forem atribuídas
responsabilidades, estas são de natureza técnica.
As notas e as notas de rodapé dos Quadros da presente Norma são normativas, a menos que seja declarado o
contrário; outras notas e notas de rodapé são informativas. Noutros documentos, tais como Relatórios
Técnicos CEN, são dadas explicações e orientações adicionais para a aplicação da presente Norma.
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1 Objetivo e campo de aplicação


(1) A presente Norma aplica-se ao betão destinado a estruturas betonadas no local da obra, a estruturas
prefabricadas e a produtos estruturais prefabricados para edifícios e obras de engenharia civil.
(2) O betão coberto pela presente Norma pode ser:
– de massa volúmica normal, alta (betão pesado) ou baixa (betão leve);
– amassado no estaleiro, betão pronto ou betão produzido numa fábrica de produtos prefabricados de betão;
– compactado ou autocompactável, retendo quantidades muito pequenas de ar ocluído mas podendo ter ar
introduzido.
(3) A presente Norma especifica requisitos para:
– os materiais constituintes do betão;
– as propriedades do betão fresco e endurecido e a sua verificação;
– as limitações à composição do betão;
– a especificação do betão;

4
10
– a entrega do betão fresco;
– os procedimentos de controlo da produção;
– os critérios de conformidade e a avaliação da conformidade.
(4) Noutras normas europeias para produtos específicos, p. ex., produtos prefabricados, ou para processos no
âmbito da presente Norma, poder-se-ão requerer ou permitir desvios.
T

(5) Poder-se-ão estabelecer requisitos adicionais ou diferentes para aplicações específicas noutras normas
europeias, p. ex.:
– betão para estradas e outras áreas com tráfego (p. ex., pavimentos de betão de acordo com a EN 13877-1);
C

– tecnologias especiais (betão projetado de acordo com a EN 14487).


(6) Requisitos suplementares ou procedimentos de ensaio diferentes poderão ser especificados para tipos e
aplicações específicos de betão, p. ex.:
– betão para estruturas em grandes massas (p. ex., barragens);
– betão pré-misturado a seco;
– betão com Dmax igual ou menor que 4 mm (argamassa);
– betão autocompactável (BAC) contendo agregados leves ou agregados pesados ou fibras;
– betão com estrutura aberta (p. ex., betão poroso drenante).
(7) A presente Norma não se aplica ao:
– betão celular;
– betão de espuma;
– betão com massa volúmica inferior a 800 kg/m3;
– betão refratário.
(8) A presente Norma não cobre requisitos relativos à saúde e à segurança para a proteção dos trabalhadores
durante a produção e entrega do betão.
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2 Referências normativas
Os documentos a seguir referenciados são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências
datadas, apenas se aplica a edição citada. Para referências não datadas, aplica-se a última edição do
documento referenciado (incluindo as emendas).
EN 196-2*) Methods of testing cement – Part 2: Chemical analysis of cement
EN 197-1 *)
Cement – Part 1: Composition, specifications and conformity criteria for common
cements
EN 450-1*) Fly ash for concrete – Definition, specifications and conformity criteria
EN 934-1:2008*) Admixtures for concrete, mortar and grout – Part 1: Common requirements
EN 934-2 *)
Admixtures for concrete, mortar and grout – Part 2: Concrete admixtures – Definitions
requirements, conformity, marking and labelling
EN 1008*) Mixing water for concrete – Specification for sampling, testing and assessing the

4
suitability of water, including water recovered from processes in the concrete industry,
as mixing water for concrete
10
EN 1097-3*) Tests for mechanical and physical properties of aggregates – Part 3: Determination of
loose bulk density and voids
EN 1097-6:2013 Tests for mechanical and physical properties of aggregates – Part 6: Determination of
particle density and water absorption
EN 1536 Execution of special geotechnical work – Bored piles
EN 1538 Execution of special geotechnical work – Diaphragm walls
T

*)
EN 12350-1 Testing fresh concrete – Part 1: Sampling
EN 12350-2*) Testing fresh concrete – Part 2: Slump-test
C

EN 12350-4 *)
Testing fresh concrete – Part 4: Degree of compactability
EN 12350-5 *)
Testing fresh concrete – Part 5: Flow table test
EN 12350-6*) Testing fresh concrete – Part 6: Density
EN 12350-7 *)
Testing fresh concrete – Part 7: Air content – Pressure methods
EN 12350-8 *)
Testing fresh concrete – Part 8: Self-compacting concrete – Slump-flow test
EN 12350-9*) Testing fresh concrete – Part 9: Self-compacting concrete – V-funnel test
EN 12350-10 *)
Testing fresh concrete – Part 10: Self-compacting concrete – L box test
EN 12350-11 *)
Testing fresh concrete – Part 11: Self-compacting concrete – Sieve segregation test
EN 12350-12*) Testing fresh concrete – Part 12: Self-compacting concrete – J-ring test
EN 12390-1 *)
Testing hardened concrete – Part 1: Shape, dimensions and other requirements for
specimens and moulds
EN 12390-2*) Testing hardened concrete – Part 2: Making and curing specimens for strength tests
EN 12390-3*) Testing hardened concrete – Part 3: Compressive strength of test specimens

*)
Ver Anexo NA.2 (nota nacional).
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EN 12390-6*) Testing hardened concrete – Part 6: Tensile splitting strength of test specimens
EN 12390-7 *)
Testing hardened concrete – Part 7: Density of hardened concrete
EN 12620:2002+ Aggregates for concrete
A1:2008
EN 12699 Execution of special geotechnical work – Displacement piles
EN 12878 *)
Pigments for the colouring of building materials based on cement and/or lime –
Specifications and methods of test
A1 A1
EN 13055 Lightweight aggregates .
EN 13263-1 *)
Silica fume for concrete – Part 1: Definitions, requirements and conformity criteria
EN 13577*) Chemical attack on concrete – Determination of aggressive carbon dioxide content in
water
Execution of special geotechnical works – Micropiles

4
EN 14199
*)
EN 14216 Cement – Composition, specifications and conformity criteria for very low heat special
cements
10
EN 14488-7*) Testing sprayed concrete – Part 7 – Fibre content of fibre reinforced concrete
EN 14721 Test method for metallic fibre concrete – Measuring the fibre content in fresh and
hardened concrete
EN 14889-1:2006*) Fibres for concrete – Part 1: Steel fibres – Definitions, specifications and conformity
EN 14889-2:2006 *)
Fibres for concrete – Part 2: Polymer fibres – Definitions, specifications and conformity
T

EN 15167-1*) Ground granulated blast furnace slag for use in concrete, mortar and grout – Part 1:
Definitions, specifications and conformity criteria
prEN 16502 **) Tet method for the determination of the degree of soil acidity according to Baumann-
C

Gully
EN ISO 7980 Water quality – Determination of calcium and magnesium – Atomic absorption
spectrometric method (ISO 7980)
ISO 4316 Surface active agents – Determination of pH of aqueous solutions – Potentiometric
method
ISO 7150-1 Water quality – Determination of ammonium – Part 1: Manual spectrometric method
ASTM C 173 Standard Test Method for Air Content of Freshly Mixed Concrete by the Volumetric
Method

3 Termos, definições, símbolos e abreviaturas


3.1 Termos e definições
Para os fins da presente Norma, aplicam-se os seguintes termos e definições:

*)
Ver Anexo NA.2 (nota nacional).
**)
À data da publicação da presente Norma, a EN 16502 já se encontra publicada, integrando o Anexo NA.2 (nota nacional).
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3.1.1 Generalidades

3.1.1.1 betão
Material formado pela mistura de cimento, agregados grossos e finos e água, com ou sem a incorporação de
adjuvantes, adições ou fibras, que desenvolve as suas propriedades por hidratação.

3.1.1.2 família de betões


Grupo de composições de betão para o qual está estabelecida e documentada uma relação fiável entre
propriedades relevantes.

3.1.1.3 entrega
Processo de fornecimento do betão fresco pelo produtor.

3.1.1.4 betão de comportamento especificado


Betão cujas propriedades requeridas e características adicionais, se as houver, são especificadas ao produtor,

4
que é responsável por fornecer um betão que satisfaça essas propriedades e características.

3.1.1.5 vida útil de projeto


10
Período durante o qual uma estrutura, ou parte dela, é suposto ser utilizada em conformidade com a
finalidade para ela prevista, sujeita a manutenção mas não a grandes reparações.

3.1.1.6 documento
Informação e o seu meio de suporte, o qual pode ser papel, magnético, disco de computador ótico ou
eletrónico, fotografia, amostra de referência ou uma combinação destes suportes.

3.1.1.7 ações ambientais


T

Ações químicas ou físicas às quais o betão está exposto e de que resultam efeitos no betão ou nas armaduras
ou no metal embebido e que não são consideradas como cargas no cálculo estrutural.
C

3.1.1.8 elemento prefabricado


Elemento de betão moldado e curado num local diferente do da sua utilização final (produzido em fábrica ou
no estaleiro).

3.1.1.9 produto prefabricado


Elemento prefabricado produzido de acordo com a norma europeia de produto relevante.

3.1.1.10 betão de composição prescrita


Betão cujos materiais constituintes e composição são especificados ao produtor, que é responsável por
fornecer um betão com a composição especificada.

3.1.1.11 produtor
Pessoa ou entidade que produz betão fresco.

3.1.1.12 disposições válidas no local de utilização


Disposições nacionais estabelecidas num Preâmbulo ou Anexo Nacional à presente Norma ou numa norma
nacional complementar à presente Norma aplicável no local de utilização do betão*).

3.1.1.13 betão pronto


Betão entregue no estado fresco por uma pessoa ou entidade que não é o utilizador; nesta Norma é também
betão pronto:

*)
Estas disposições nacionais são estabelecidas no Anexo NA.1 (nota nacional).
NP
EN 206:2013 +A1
2017

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– o betão produzido fora do estaleiro da obra pelo utilizador;


– o betão produzido no estaleiro da obra, mas não pelo utilizador.

3.1.1.14 betão autocompactável (BAC)


Betão que é capaz de escoar e compactar apenas sob ação do seu próprio peso e de encher a cofragem com as
suas armaduras, tubos, saliências, etc., conservando a homogeneidade.

3.1.1.15 betão fabricado no estaleiro


Betão produzido no estaleiro da obra pelo utilizador do betão para seu próprio uso.

3.1.1.16 estaleiro (estaleiro da obra)


Área onde se desenvolve a construção.

3.1.1.17 especificação (do betão)


Compilação final dos requisitos técnicos documentados entregues ao produtor em termos de desempenho ou
de composição.

3.1.1.18 especificador

4
10
Pessoa ou entidade*) que estabelece a especificação do betão fresco e endurecido.

3.1.1.19 betão de composição prescrita em norma


Betão de composição prescrita, cuja composição está estabelecida numa norma válida no local de utilização
do betão.

3.1.1.20 utilizador
Pessoa ou entidade que utiliza o betão fresco na execução duma construção ou dum elemento.
T

3.1.2 Constituintes
C

3.1.2.1 adição
Constituinte inorgânico finamente dividido, utilizado no betão para melhorar certas propriedades ou obter
propriedades especiais.

3.1.2.2 adição tipo I


Adição quase inerte.

3.1.2.3 adição tipo II


Adição pozolânica ou hidráulica latente.

3.1.2.4 adjuvante
Constituinte adicionado durante o processo de amassadura do betão em pequenas quantidades em relação à
massa de cimento, para modificar as propriedades do betão fresco ou endurecido.

3.1.2.5 agregado
Constituinte mineral granular, natural, artificial, recuperado ou reciclado, apto para utilização no betão.

3.1.2.6 agregado de granulometria extensa


Agregado constituído por agregados grossos e finos, com D superior a 4 mm e d = 0.

*)
Ver Anexo Nacional NA.1 – 3.1.1.18 (nota nacional).
NP
EN 206:2013+A1
2017
p. 15 de 103

3.1.2.7 dimensão do agregado


Designação do agregado em termos da menor (d) e maior (D) abertura dos peneiros, expressa como d/D.

3.1.2.8 cimento
Material inorgânico finamente moído que, quando misturado com água, forma uma pasta que faz presa e
endurece por meio de reações e processos de hidratação e que, depois de endurecer, mantém a sua resistência
e estabilidade mesmo debaixo de água.
[Fonte: EN 197-1]

3.1.2.9 finos do betão


Soma dos materiais sólidos do betão fresco com partículas de dimensões iguais ou menores que 0,125 mm.

3.1.2.10 agregado pesado


Agregado, na condição de seco em estufa, com massa volúmica ≥ 3000 kg/m3 quando determinada de acordo
com a EN 1097-6.

3.1.2.11 agregado leve

4
Agregado de origem mineral, na condição de seco em estufa, com massa volúmica ≤ 2000 kg/m3 quando
10
determinada de acordo com a EN 1097-6, ou com baridade ≤ 1200 kg/m3 quando determinada de acordo com
a EN 1097-3.

3.1.2.12 agregado de massa volúmica normal (agregado normal)


Agregado, na condição de seco em estufa, com massa volúmica > 2000 kg/m3 e < 3000 kg/m3 quando
determinada de acordo com a EN 1097-6.
T

3.1.2.13 fibras poliméricas


Elementos direitos ou deformados de material extrudido, orientado e cortado, aptos para serem misturados
homogeneamente no betão.
C

[Fonte: EN 14889-2:2006, 3.2]

3.1.2.14 agregado recuperado por lavagem


Agregado obtido por lavagem do betão fresco.

3.1.2.15 agregado recuperado por britagem


Agregado obtido por britagem do betão endurecido que não foi previamente utilizado em construções.

3.1.2.16 agregado reciclado


Agregado resultante do processamento de materiais inorgânicos previamente utilizados na construção.

3.1.2.17 fibras de aço


Elementos direitos ou deformados provenientes de fio de aço estirado a frio, de chapa cortada, extraídos a
quente, de fio estirado a frio por aplainamento ou de blocos de aço por fresagem. As fibras devem poder ser
misturadas homogeneamente no betão.
[Fonte: adotado da EN 14889-1:2006, 3.1]
NP
EN 206:2013 +A1
2017

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3.1.3 Betão fresco

3.1.3.1 equipamento agitador


Equipamento geralmente montado em chassis automotor, capaz de manter o betão fresco num estado
homogéneo durante o transporte.

3.1.3.2 amassadura
Quantidade de betão fresco produzido num ciclo de operações de uma betoneira ou a quantidade
descarregada durante 1 min por uma betoneira de funcionamento contínuo.

3.1.3.3 metro cúbico de betão


Quantidade de betão fresco que, quando compactado segundo o procedimento estabelecido na EN 12350-6,
ocupa o volume de 1 m3.

3.1.3.4 dosagem efetiva de água

4
Diferença entre a quantidade total de água presente no betão fresco e a quantidade de água absorvida pelos
agregados.
10
3.1.3.5 ar introduzido
Bolhas de ar microscópicas intencionalmente incorporadas no betão durante a amassadura, normalmente
através do uso de um agente tensioativo, tendo em geral uma forma esférica ou aproximadamente esférica,
com um diâmetro situado entre 10 m e 300 m.

3.1.3.6 ar ocluído
Vazios com ar que não foram intencionalmente incorporados no betão.
T

3.1.3.7 betão fresco


Betão que está completamente misturado e ainda em condições de poder ser compactado pelo método
escolhido.
C

3.1.3.8 carga
Quantidade de betão transportada num veículo, composta por uma ou mais amassaduras.

3.1.3.9 equipamento não agitador


Equipamento utilizado para transportar betão sem agitação (3.1.3.1).
EXEMPLO: Camião basculante ou contentor de transporte.

3.1.3.10 capacidade de passagem


Capacidade do betão fresco escoar através de zonas estreitas, tais como espaços entre armaduras, sem
segregação ou bloqueio.

3.1.3.11 resistência à segregação


Capacidade do betão fresco manter a homogeneidade da composição.

3.1.3.12 espalhamento
Diâmetro médio do espalhamento do betão fresco utilizando o cone de Abrams.

3.1.3.13 dosagem total de água


Soma da quantidade de água introduzida na betoneira com a água contida no interior e na superfície dos
agregados, nos adjuvantes e nas adições sob a forma de suspensão e com a água resultante do gelo
adicionado ou do aquecimento a vapor.
NP
EN 206:2013+A1
2017
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3.1.3.14 autobetoneira
Misturadora de betão montada num chassis automotor, capaz de misturar e entregar um betão homogéneo.

3.1.3.15 viscosidade do betão


Resistência ao escoamento de betão fresco após este ter iniciado o escoamento.

3.1.3.16 razão água/cimento


Razão entre a dosagem efetiva de água e a dosagem de cimento, em massa, no betão fresco.
NOTA à secção: Quando forem utilizadas adições, a razão água/cimento é substituída de acordo com o estabelecido em 5.4.2 (3).

3.1.4 Betão endurecido

3.1.4.1 betão leve


Betão na condição de seco em estufa com massa volúmica não inferior a 800 kg/m3, mas não excedendo
2000 kg/m3.

3.1.4.2 betão endurecido

4
Betão no estado sólido e que desenvolveu uma certa resistência.
10
3.1.4.3 betão pesado
Betão na condição de seco em estufa com massa volúmica superior a 2600 kg/m3.

3.1.4.4 betão de massa volúmica normal (betão corrente)


Betão na condição de seco em estufa com massa volúmica superior a 2000 kg/m3, mas não excedendo
2600 kg/m3.
T

3.1.5 Controlo da conformidade e da produção

3.1.5.1 qualidade média após controlo (AOQ)*)


C

Percentagem da proporção desconhecida duma população que se situa abaixo do valor característico
requerido, multiplicada pela correspondente probabilidade de aceitação dessa população quando se utiliza a
avaliação da conformidade aplicável.
NOTA à secção: No caso da resistência, a palavra “requerido” refere-se à resistência característica correspondente à classe de
resistência à compressão especificada ou à resistência característica do betão de referência da família.

3.1.5.2 limite da qualidade média após controlo (AOQL)*)


Máxima fração média abaixo do valor característico especificado numa produção de betão já aceite (ou após
controlo).

3.1.5.3 nível de qualidade aceitável (AQL)*)


Percentagem da proporção desconhecida da população cujo desempenho é inferior ao valor característico
especificado da propriedade em consideração, considerada satisfatória para a produção do betão.

3.1.5.4 resistência característica


Valor da resistência abaixo do qual se espera que ocorram 5 % dos valores da população de todos os
resultados possíveis da resistência, relativos ao volume de betão em consideração.

*)
Nas secções 3.1.5.1, 3.1.5.2 e 3.1.5.3 definem-se 3 conceitos, juntando-se-lhes as abreviaturas (AOQ, AOQL e AQL,
respetivamente) pelas quais são reconhecidos. As definições seguem a versão oficial francesa da EN 206, mas as abreviaturas, dado
não existirem símbolos portugueses normalizados, são os acrónimos da versão oficial inglesa (nota nacional).
NP
EN 206:2013 +A1
2017

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3.1.5.5 classe de resistência à compressão


Classificação referindo o tipo de betão (normal, pesado ou leve) e a resistência característica mínima em
cilindros (com 150 mm de diâmetro e 300 mm de altura) e em cubos (com 150 mm de lado).

3.1.5.6 ensaio de conformidade


Ensaio realizado pelo produtor para avaliar a conformidade do betão.

3.1.5.7 avaliação da conformidade


Exame sistemático da satisfação dos requisitos especificados para um produto.

3.1.5.8 ensaio de identidade


Ensaio para determinar se uma amassadura ou carga provem duma população conforme.

3.1.5.9 ensaio inicial


Ensaio ou ensaios realizados antes do início da produção, para determinar qual deve ser a composição de um

4
novo betão ou de uma nova família de betões, de modo a satisfazer, nos estados fresco e endurecido, todos os
requisitos especificados.
10
3.1.5.10 verificação
Confirmação, através do exame de evidências objetivas, de que os requisitos especificados foram satisfeitos.

3.2 Símbolos e abreviaturas


X0 Classe de exposição sem risco de corrosão ou ataque
XC1 a XC4 Classes de exposição com risco de corrosão induzida por carbonatação
XD1 a XD3 Classes de exposição com risco de corrosão induzida por cloretos não provindo da água do mar
T

XS1 a XS3 Classes de exposição com risco de corrosão induzida por cloretos da água do mar
XF1 a XF4 Classes de exposição com risco de ataque pelo gelo/degelo
C

XA1 a XA3 Classes de exposição com risco de ataque químico


S1 a S5 Classes de consistência expressas pelo abaixamento
C0 a C4 Classes de consistência expressas pelo grau de compactabilidade
F1 a F6 Classes de consistência expressas pelo diâmetro do espalhamento na mesa de espalhamento
SF1 a SF3 Classes de consistência expressas pelo diâmetro de espalhamento
VS1, VS2 Classes de viscosidade para o tempo t500
VF1, VF2 Classes de viscosidade para o tempo tV
t500 Tempo em segundos para atingir um escoamento de 500 mm de diâmetro no ensaio de
espalhamento
tV Tempo em segundos do escoamento no ensaio do funil-V
PL1, PL2 Classes de capacidade de passagem na caixa L
PJ1, PJ2 Classes de capacidade de passagem no anel J
SR1, SR2 Classes de resistência à segregação
C... /... Classes de resistência à compressão do betão corrente e do betão pesado
LC... /... Classes de resistência à compressão do betão leve
NP
EN 206:2013+A1
2017
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BAC Betão autocompactável


CDEB Conceito de desempenho equivalente do betão
CDEM Conceito de desempenho equivalente das misturas
fck Resistência característica à compressão do betão
NOTA: Na presente Norma aplica-se tanto a fck,cil como a fck,cubo
fck,cil Resistência característica à compressão do betão determinada em cilindros
fc,cil Resistência à compressão do betão determinada em cilindros
fck,cubo Resistência característica à compressão do betão determinada em cubos
fc,cubo Resistência à compressão do betão determinada em cubos
fcm Resistência média à compressão do betão
NOTA: Na presente Norma aplica-se tanto a fcm,cil como a fcm,cubo
fcm,j Resistência média à compressão do betão com a idade*) de (j) dias
fci
fctk,sp
4
Resultado individual do ensaio de resistência à compressão do betão
Resistência característica à tração por compressão diametral do betão
10
fctm,sp Resistência média à tração por compressão diametral do betão
fcti,sp Resultado individual do ensaio de resistência à tração por compressão diametral do betão
ggbs Escória granulada de alto-forno moída
Cl,… Classe de cloretos
D1,0 a D2,0 Classes de massa volúmica do betão leve
T

D Dimensão máxima do agregado com dimensões d/D


NOTA: A EN 12620 permite uma certa percentagem, em massa do agregado, de partículas maiores que “D”.
Dinf Menor valor de D do agregado mais grosso do betão permitido pela especificação do betão
C

Dsup Maior valor de D do agregado mais grosso do betão permitido pela especificação do betão
Dmax Valor declarado de D do agregado mais grosso efetivamente utilizado no betão
CEM... Tipo de cimento de acordo com a EN 197-1
 Estimativa do desvio-padrão duma população
sn Desvio padrão de n resultados de ensaio consecutivos
AOQ Qualidade média após controlo
AOQL Limite da qualidade média após controlo
AQL Nível da qualidade aceitável
a/c Razão água/cimento
k Fator que tem em conta a atividade de uma adição do tipo II
n Número

*)
Ver definição da idade (j) do betão em NA.1 – 3.2 (nota nacional).
NP
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4 Classificação
4.1 Classes de exposição relacionadas com ações ambientais
(1) As ações ambientais são organizadas em classes de exposição, ver Quadro 1. Os exemplos dados são
informativos.
NOTA 1: As classes de exposição a selecionar dependem das disposições válidas no local de utilização do betão*). Esta
classificação das ações ambientais não exclui a consideração de condições especiais existentes no local de utilização do betão ou a
aplicação de medidas de proteção, tais como a utilização de aço inoxidável ou outro metal resistente à corrosão e a utilização de
revestimentos protetores do betão ou das armaduras.
NOTA 2: O betão poderá estar sujeito a mais do que uma das ações descritas no Quadro 1, pelo que as condições ambientais às
quais está sujeito poderão assim ter que ser expressas como uma combinação de classes de exposição*). Para um dado componente
estrutural, superfícies de betão diferentes poderão estar sujeitas a ações ambientais diferentes.

(2) No caso do ataque químico, poderá ser necessário um estudo especial*) que estabeleça as condições
ambientais relevantes quando há:
– limites fora do Quadro 2;
– outros agentes químicos agressivos;

4
10
– solo ou água, poluídos quimicamente;
– forte corrente de água em combinação com os químicos do Quadro 2.
NOTA 3: Algumas destas situações poderão ser cobertas por disposições válidas no local de utilização.

Quadro 1 – Classes de exposição


Classe Descrição do ambiente Exemplos informativos onde poderão ocorrer as classes de exposição
T

1 Sem risco de corrosão ou ataque


X0 Para betão não armado ou sem metais Betão no interior de edifícios com muito baixa humidade do ar
embebidos: todas as exposições, exceto quando
há gelo/degelo, abrasão ou ataque químico.
C

Para betão armado ou com metais embebidos:


ambiente muito seco.
2 Corrosão induzida por carbonatação
Quando o betão, armado, ou contendo outros metais embebidos, se encontrar exposto ao ar e à humidade, a exposição ambiental
deve ser classificada como se segue:
XC1 Seco ou permanentemente húmido Betão no interior de edifícios com baixa humidade do ar;
Betão permanentemente submerso em água
XC2 Húmido, raramente seco Superfícies de betão sob longos períodos de contacto com água;
Muitas fundações
XC3 Moderadamente húmido Betão no interior de edifícios com moderada ou elevada humidade do ar;
Betão no exterior protegido da chuva
XC4 Ciclicamente húmido e seco Superfícies de betão sujeitas ao contacto com a água, fora do âmbito da
classe XC2
3 Corrosão induzida por cloretos não provenientes da água do mar
Quando o betão armado ou contendo outros metais embebidos se encontrar em contacto com água contendo cloretos que não
provenham da água do mar, incluindo cloretos de sais descongelantes, a exposição ambiental deve ser classificada como se segue:
XD1 Moderadamente húmido Superfícies de betão expostas a cloretos transportados pelo ar
(continua)

*)
Ver Anexo NA.1 – 4.1, (1) e (2) (nota nacional).
NP
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Quadro 1 – Classes de exposição (conclusão)


Classe Descrição do ambiente Exemplos informativos onde poderão ocorrer as classes de exposição
XD2 Húmido, raramente seco Piscinas;
Betão exposto a águas industriais contendo cloretos
XD3 Ciclicamente húmido e seco Partes de pontes expostas a salpicos de água com cloretos. Pavimentos,
Lajes de parques de estacionamento de automóveis
4 Corrosão induzida por cloretos da água do mar
Quando o betão, armado ou contendo outros metais embebidos, se encontrar em contacto com cloretos provenientes da água do
mar ou exposto ao ar transportando sais provindos do mar, a exposição ambiental deve ser classificada como se segue:
XS1 Exposição ao ar transportando sais Estruturas na zona costeira ou na sua proximidade
provindos do mar, mas sem contacto
direto com a água do mar
XS2 Submersão permanente Partes de estruturas marítimas
XS3 Zonas de marés, de rebentação ou de Partes de estruturas marítimas
salpicos
5 Ataque pelo gelo/degelo com ou sem produtos descongelantes

4
Quando o betão, estando húmido, se encontrar exposto a um significativo ataque por ciclos de gelo/degelo, a exposição ambiental
deve ser classificada como se segue:
10
XF1 Moderadamente saturado de água, sem Superfícies verticais de betão expostas à chuva e ao gelo
produtos descongelantes
XF2 Moderadamente saturado de água, com Superfícies verticais de betão de estruturas rodoviárias expostas ao gelo e a
produtos descongelantes produtos descongelantes transportados pelo ar
XF3 Fortemente saturado, sem produtos Superfícies horizontais de betão expostas à chuva e ao gelo
descongelantes
XF4 Fortemente saturado, com produtos Estradas e tabuleiros de pontes expostos a produtos descongelantes;
descongelantes Superfícies de betão expostas ao gelo e a salpicos de água contendo produtos
T

descongelantes;
Zonas de rebentação das estruturas marítimas expostas ao gelo
6 Ataque químico
C

Quando o betão se encontrar exposto ao ataque químico proveniente de solos naturais e de águas subterrâneas, a exposição
ambiental deve ser classificada como se segue:
XA1 Ambiente químico ligeiramente agressivo Betão exposto a solos e a água subterrânea naturais de acordo com o Quadro 2
XA2 Ambiente químico moderadamente
agressivo
XA3 Ambiente químico fortemente agressivo

(3) Os ambientes químicos agressivos classificados no Quadro 2 respeitam a solos e águas subterrâneas
naturais com temperaturas entre 5 ºC e 25 ºC e velocidades suficientemente lentas para poderem ser
consideradas próximas das condições estáticas. A classe é determinada pela característica química cuja
agressividade seja mais elevada. Quando duas ou mais características conduzem à mesma classe, o ambiente
deve ser classificado na classe imediatamente superior, a menos que um estudo especial prove que tal não é
necessário.
NP
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Quadro 2 – Valores limite das classes de exposição para o ataque químico


proveniente de solos e de águas subterrâneas naturais
Característica química Método de ensaio de referência XA1 XA2 XA3
Águas subterrâneas
SO 24 mg/l EN 196-2  200 e  600 > 600 e  3000 > 3000 e  6000
pH ISO 4316  6,5 e  5,5 < 5,5 e  4,5 < 4,5 e  4,0
CO2 agressivo mg/l EN 13577  15 e  40 > 40 e  100 > 100 até à
saturação
 ISO 7150-1  15 e  30 > 30 e  60 > 60 e  100
NH4 mg/l
Mg2+ mg/l EN ISO 7980  300 e  1000 > 1000 e  3000 > 3000 até à
saturação
Solos
SO 24 total mg/kg a) EN 196-2 b)  2000 e  3000 c) > 3000 c) e  12 000 > 12000 e  24 000
Acidez de acordo com prEN 16502 > 200 Não encontrado na prática
Baumann Gully ml/kg
a)

b)

4
Os solos argilosos com uma permeabilidade menor que 10-5 m/s poderão ser colocados numa classe mais baixa.
O método de ensaio prescreve a extração do SO 24 através de ácido clorídrico; em alternativa, poderá usar-se a extração
10
aquosa, se houver experiência no local de utilização do betão.
c)
O limite de 3000 mg/kg deve ser reduzido para 2000 mg/kg, caso exista risco de acumulação de iões sulfato no betão devido a
ciclos de secagem e molhagem ou à absorção capilar.

4.2 Classificação das propriedades do betão fresco

4.2.1 Classes de consistência


T

(1) Na classificação da consistência do betão aplicam-se os Quadros 3, 4, 5 e 6. O Quadro 6 aplica-se apenas


à classificação da consistência do betão autocompactável (BAC).
(2) A consistência poderá também ser especificada por um valor pretendido com as tolerâncias dadas no
C

Quadro 23.
NOTA 1: As classes de consistência dos Quadros 3 a 6 não são diretamente relacionáveis. O betão com consistência da terra
húmida, p. ex., betão com baixa dosagem de água, concebido especialmente para ser compactado através de processos especiais,
não tem a consistência classificada.
NOTA 2: Para mais informações, ver o Anexo L, linha 1.

Quadro 3 – Classes de abaixamento Quadro 4 – Classes de compactação


Abaixamento Grau de compactabilidade
Classe determinado de acordo com a Classe determinado de acordo com a
EN 12350-2 EN 12350-4
(mm)
S1 10 a 40 C0 a)  1,46
S2 50 a 90 C1 1,45 a 1,26
S3 100 a 150 C2 1,25 a 1,11
S4 160 a 210 C3 1,10 a 1,04
 220
a) b)
S5 C4 < 1,04
a) a)
Ver Nota 1 em 5.4.1 Ver Nota 1 em 5.4.1
b)
C4 aplica-se apenas ao betão leve
NP
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Quadro 5 – Classes de espalhamento na mesa Quadro 6 – Classes de espalhamento


Diâmetro de espalhamento na mesa Diâmetro de espalhamento a)
Classe determinado de acordo com a EN 12350-5 Classe determinado de acordo com a EN 12350-8
(mm) (mm)
F1a)  340 SF1 550 a 650
F2 350 a 410 SF2 660 a 750
F3 420 a 480 SF3 760 a 850
a)
F4 490 a 550 A classificação não é aplicável ao betão com Dmax > 40 mm
F5 560 a 620
 630
a)
F6
a)
Ver Nota 1 em 5.4.1

4.2.2 Classes de propriedades adicionais do betão autocompactável

4
(1) Na classificação da viscosidade, da capacidade de passagem e da resistência à segregação do betão
autocompactável aplicam-se os Quadros 7 a 11.
10
(2) A viscosidade poderá também ser especificada por um valor pretendido com as tolerâncias dadas no
Quadro 23.
(3) A capacidade de passagem poderá ser também especificada por um valor mínimo quando determinada no
ensaio da caixa L ou por um valor máximo quando determinada no ensaio do anel J.
(4) A resistência à segregação poderá também ser especificada por um valor máximo.
Quadro 7 – Classes de viscosidade – t500 Quadro 8 – Classes de viscosidade – tv
T

t500 a) determinado de acordo com a EN tV a)


Classe 12350-8 Classe determinado de acordo com a EN 12350-9
C

(s) (s)
VS1 < 2,0 VF1 < 9,0

VS2 ≥ 2,0 VF2 9,0 a 25,0


a) a)
Classificação não aplicável ao betão com Dmax> 40 mm Classificação não aplicável ao betão com Dmax > 22,4 mm
NOTA 1: As classes dos Quadros 7 e 8 são semelhantes, mas não exatamente correlacionadas.

Quadro 9 – Classes de capacidade de passagem Quadro 10 – Classes de capacidade de passagem


na caixa L no anel J
Índice de capacidade de passagem na caixa-L Desnível de bloqueio no anel J a)
Classe determinado de acordo com a EN 12350-10 Classe determinado de acordo com a EN 12350-12
(mm)
PL1 ≥ 0,80 com 2 varões PJ1 ≤ 10 com 12 varões

PL2 ≥ 0,80 com 3 varões PJ2 ≤ 10 com 16 varões


a)
Classificação não aplicável ao betão com Dmax > 40 mm

NOTA 2: As classes dos Quadros 9 e 10 são semelhantes, mas não exatamente correlacionadas.
NP
EN 206:2013 +A1
2017

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Quadro 11 – Classes de resistência à segregação no peneiro


Parcela segregada a)
Classe determinada de acordo com a EN 12350-11
(%)
SR1 ≤ 20

SR2 ≤ 15
a)
Classificação não aplicável ao betão com Dmax > 40 mm

4.3 Classificação das propriedades do betão endurecido

4.3.1 Classes de resistência à compressão


(1) Na classificação da resistência à compressão do betão, aplica-se o Quadro 12 para betão corrente e para

4
betão pesado e o Quadro 13 para betão leve. Para a classificação poderá ser utilizada a resistência
característica aos 28 d obtida em provetes cilíndricos de 150 mm de diâmetro por 300 mm de altura (fck,cil) ou
em provetes cúbicos de 150 mm de aresta (fck,cubo), ensaiados de acordo com a EN 12390-3.
10
NOTA: Para mais informações, ver Anexo L, linha 2.

Quadro 12 – Classes de resistência à compressão Quadro 13 – Classes de resistência à compressão


do betão corrente e do betão pesado do betão leve

Classe de Resistência Resistência Classe de Resistência Resistência


resistência à característica característica resistência à característica característica
compressão mínima em mínima em compressão mínima em mínima em
cilindros, fck,cil cubos, fck,cubo cilindros, fck,cil cubosa), fck,cubo
T

(N/mm2) (N/mm2) (N/mm2) (N/mm2)


C8/10 8 10 LC8/9 8 9
C12/15 12 15 LC12/13 12 13
C

C16/20 16 20 LC16/18 16 18
C20/25 20 25 LC20/22 20 22
C25/30 25 30 LC25/28 25 28
C30/37 30 37 LC30/33 30 33
C35/45 35 45 LC35/38 35 38
C40/50 40 50 LC40/44 40 44
C45/55 45 55 LC45/50 45 50
C50/60 50 60 LC50/55 50 55
C55/67 55 67 LC55/60 55 60
C60/75 60 75 LC60/66 60 66
C70/85 70 85 LC70/77 70 77
C80/95 80 95 LC80/88 80 88
a)
C90/105 90 105 Poderão ser utilizados outros valores, desde que a
relação entre estes e a resistência dos cilindros de
C100/115 100 115 referência esteja estabelecida e documentada.
NP
EN 206:2013+A1
2017
p. 25 de 103

4.3.2 Classes de massa volúmica do betão leve


(1) Na classificação da massa volúmica do betão leve aplica-se o Quadro 14.
Quadro 14 – Classes de massa volúmica do betão leve

Classe de massa volúmica D1,0 D1,2 D1,4 D1,6 D1,8 D2,0

Gama de massa volúmica,  800 > 1000 > 1200 > 1400 > 1600 > 1800
determinada de acordo com a e e e e e e
EN 12390-7 (kg/m3)  1000  1200  1400  1600  1800  2000

(2) A massa volúmica do betão leve poderá também ser especificada através de um valor pretendido.

5 Requisitos para o betão e métodos de verificação


5.1 Requisitos básicos para os materiais constituintes

4
10
5.1.1 Generalidades
(1) Só devem ser utilizados constituintes com aptidão estabelecida para a utilização prevista do betão
conforme com a presente Norma.
(2) Caso, para um determinado constituinte, não exista norma europeia que se refira especificamente à
utilização deste constituinte no betão conforme com a presente Norma, ou caso exista uma norma europeia
que não cubra o produto específico ou caso o constituinte divirja significativamente da norma europeia, o
estabelecimento da aptidão desse constituinte poderá resultar:
T

– duma avaliação técnica europeia que se refira especificamente à utilização do constituinte no betão
conforme com a presente Norma;
C

– de disposições válidas no local de utilização do betão*) que se refiram especificamente à utilização do


constituinte no betão conforme com a presente Norma.
NOTA 1: Quando a aptidão geral de um constituinte do betão se encontrar estabelecida, tal não implica aptidão em todas as
utilizações previstas e composições de betão.
NOTA 2: As avaliações técnicas europeias para os constituintes estabelecem a aptidão geral destes produtos para utilização no
betão conforme com a presente Norma. A presente Norma não é uma norma europeia harmonizada e as disposições sobre
durabilidade do betão são dadas em disposições válidas no local de utilização*). Consequentemente, para estabelecer a aptidão
específica, é necessário avaliar o “Produto” utilizando estas disposições.

(3) Os constituintes não devem conter substâncias nocivas em quantidades que possam ser prejudiciais à
durabilidade do betão ou causar corrosão das armaduras e devem ser adequados à utilização prevista para o
betão.

5.1.2 Cimentos
(1) A aptidão geral é estabelecida para os cimentos conformes com a EN 197-1**). A aptidão fica também
estabelecida para os cimentos de muito baixo calor de hidratação conformes com a EN 14216 para utilizar no
betão destinado a estruturas maciças (p. ex., barragens, ver secção 1, (6)).

*)
Ver Anexo NA.1 – 5.1.1 (2) (nota nacional).
**)
Ver Anexo NA.1 – 5.1.2 (2) (nota nacional).
NP
EN 206:2013 +A1
2017

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(2) A aptidão dos cimentos de aluminato de cálcio (conformes com a EN 14647) e dos cimentos
supersulfatados (conformes com a EN 15743) poderá ser estabelecida em disposições válidas no local de
utilização.
NOTA: Para mais informações, ver o Anexo L, linha 3.

5.1.3 Agregados
(1) A aptidão geral é estabelecida para:
– agregados naturais normais e pesados e escórias granuladas de alto-forno arrefecidas ao ar, conformes com
a EN 12620;
– agregados leves conformes com A1
EN 13055 A1 ;
– agregados recuperados conformes com a secção 5.2.3.3;
A1 A1
e conformes com as categorias da EN 12620 ou da EN 13055 fixadas nas disposições válidas no local
de utilização*).

4
NOTA: No Anexo E são dadas recomendações para a utilização de agregados (categorias).

(2) Os agregados reciclados e os agregados artificiais, com exceção das escórias granuladas de alto-forno
10
arrefecidas ao ar**), poderão ser utilizados como agregados no betão se a sua aptidão tiver sido estabelecida
em disposições válidas no local de utilização.

5.1.4 Água de amassadura


A aptidão geral é estabelecida para a água de amassadura conforme com a EN 1008.

5.1.5 Adjuvantes
T

(1) A aptidão geral é estabelecida para os adjuvantes conformes com a EN 934-2.


(2) Os adjuvantes não incluídos na EN 934-2 (p. ex., agentes de bombagem) devem cumprir os requisitos
C

gerais da EN 934-1 e as disposições válidas no local de utilização.


NOTA: A EN 934-1:2008 estabelece requisitos gerais apropriados no Quadro 1, secções 5 e 6.

5.1.6 Adições (incluindo fíleres minerais e pigmentos)


(1) A aptidão geral como adição tipo I é estabelecida para:
A1
– fíleres conformes com a EN 12620 ou a A1
EN 13055 ;
– pigmentos conformes com a EN 12878; para betão armado, apenas para pigmentos da categoria B.
(2) A aptidão geral como adição tipo II***) é estabelecida para:
– cinzas volantes conformes com a EN 450-1;
– sílica de fumo conforme com a EN 13263-1;
– escória granulada de alto-forno moída conforme com a EN 15167-1.

5.1.7 Fibras
(1) A aptidão geral das fibras é estabelecida para:

*)
Ver NA.1 – 5.1.3 (1) (nota nacional).
**)
Ver NA.1 – 5.1.3 (2) (nota nacional)
***)
Ver Anexo NA.1 – 5.1.6 (2) (nota nacional).
NP
EN 206:2013+A1
2017
p. 27 de 103

– as fibras de aço conformes com a EN 14889-1;


– as fibras poliméricas conformes com a EN 14889-2.

5.2 Requisitos básicos para a composição do betão

5.2.1 Generalidades
(1) A composição do betão e os constituintes para betões de comportamento especificado ou betões de
composição prescrita devem ser selecionados (ver 6.1) de forma a satisfazer os requisitos especificados para
o betão fresco e endurecido, incluindo a consistência, a massa volúmica, a resistência e a durabilidade e
tendo em conta o processo de produção e o método previsto para a execução das obras em betão.
(2) Quando não se encontrar definido na especificação do betão, o produtor deve selecionar os tipos e classes
dos constituintes de entre os de aptidão estabelecida nas disposições válidas no local de utilização para as
condições ambientais especificadas.

4
(3) O betão deverá ser formulado de modo a minimizar a segregação e a exsudação do betão fresco, a menos
que seja especificado de outra forma.
(4) No caso do betão de comportamento especificado, os valores limites devem ser especificados em termos
10
de valores máximos e mínimos e no caso do betão de composição prescrita esta deve ser especificada por
valores pretendidos.
(5) Para o betão de composição prescrita em norma, as disposições válidas no local de utilização devem
especificar a prescrição e listar os tipos e as categorias dos materiais constituintes com aptidão estabelecida.
Estas prescrições devem satisfazer o critério para a aceitação dos resultados dos ensaios iniciais estabelecido
no Anexo A.5.
T

(6) O Anexo D especifica requisitos adicionais para o betão a utilizar em obras geotécnicas especiais.

5.2.2 Seleção do cimento


C

(1) O cimento deve ser selecionado entre os que têm a aptidão estabelecida, tendo em conta:
– a execução da obra;
– a utilização prevista para o betão;
– as condições de cura (p. ex., tratamento com calor);
– as dimensões da estrutura (desenvolvimento de calor);
– as condições ambientais às quais a estrutura ficará exposta (ver 4.1);
– a reatividade potencial dos agregados aos álcalis provindo dos constituintes.

5.2.3 Seleção de agregados

5.2.3.1 Generalidades
(1) O tipo e as categorias dos agregados, p. ex., granulometria, achatamento, resistência ao gelo/degelo,
resistência à abrasão, teor de finos, devem ser selecionados tendo em conta:
– a execução da obra;
– a utilização prevista para o betão;
– as condições ambientais às quais o betão ficará exposto;
– quaisquer requisitos para agregados à vista ou para agregados de betão com acabamento especial.
NP
EN 206:2013 +A1
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(2) Dmax deve ser tal que Dinf ≤ Dmax ≤ Dsup.

5.2.3.2 Agregados de granulometria extensa


(1) Os agregados de granulometria extensa com dimensão maior que 0/8, conformes com a EN 12620, só
devem ser utilizados em betões com classes de resistência à compressão  C12/15.

5.2.3.3 Agregados recuperados


(1) Os agregados recuperados poderão ser utilizados como agregados para betão desde que sejam apenas
utilizados internamente pelo próprio produtor ou grupo de produtores.
(2) Os agregados recuperados não devem ser adicionados em quantidades superiores a 5 % em massa do total
dos agregados se não estiverem separados em frações.
(3) Quando as quantidades dos agregados recuperados por lavagem for superior a 5 % em massa do total dos
agregados, estes devem ser separados em agregados grossos e agregados finos e estar conformes com a

4
EN 12620.
(4) Quando as quantidades dos agregados recuperados por britagem for superior a 5 % em massa do total dos
agregados, estes devem ser tratados como agregados reciclados.
10
5.2.3.4 Agregados reciclados
(1) No Anexo E (informativo) são dadas recomendações para a utilização de agregados grossos reciclados.
NOTA: Na presente Norma não são dadas recomendações para a utilização de agregados reciclados finos.

5.2.3.5 Resistência à reação álcalis-sílica


T

(1) Quando os agregados contiverem variedades de sílica suscetíveis de ataque pelos álcalis (Na2O e K2O
provenientes do cimento, de sais descongelantes ou de outras fontes) e o betão se encontrar exposto à
humidade, devem ser tomadas medidas que previnam a ocorrência da reação álcalis-sílica, utilizando as
disposições válidas no local de utilização*).
C

NOTA: Para mais informações, ver o Anexo L, linha 4.

5.2.4 Utilização da água de amassadura


(1) A água recuperada dos próprios processos da indústria do betão, ou combinada com água potável ou água
dos solos conforme com a EN 1008, poderá ser utilizada como água de amassadura do betão com ou sem
armaduras ou metal embebido e também do betão pré-esforçado, desde que sejam satisfeitos os requisitos da
EN 1008.

5.2.5 Utilização de adições

5.2.5.1 Generalidades
(1) As quantidades de adições tipo I e tipo II a utilizar no betão devem ser objeto de ensaios iniciais (ver
Anexo A).
NOTA: Para mais informações, ver o Anexo L, linha 5.

(2) As adições do tipo II listadas em 5.1.6 poderão ser consideradas na composição do betão relativamente à
dosagem de cimento e à razão água/cimento, desde que a aptidão para tal se encontre estabelecida por
qualquer dos conceitos referidos em (3). Poderão ser tidas em conta adições tipo I e tipo II além das definidas

*)
Ver Anexo NA.1 – 5.2.3.5 (1) (nota nacional).
NP
EN 206:2013+A1
2017
p. 29 de 103

em 5.1.6 (2) se a sua aptidão para tal tiver sido estabelecida em disposições válidas no local de utilização do
betão*).
(3) São estabelecidos a aptidão do conceito do fator-k e os princípios dos conceitos de desempenho –
conceito do desempenho equivalente do betão (CDEB) e conceito do desempenho equivalente das misturas
(CDEM).
(4) A secção 5.2.5.2 estabelece, para utilização geral, valores do fator-k para as cinzas volantes e para a sílica
de fumo, assim como recomendações para a escória granulada de alto-forno moída. Poderão ser utilizadas
regras de aplicação do conceito fator-k diferentes das dadas nas secções 5.2.5.2.2, 5.2.5.2.3 e 5.2.5.2.4, se a
sua aptidão tiver sido estabelecida (p. ex., maior fator-k, maior proporção de adições, combinação de adições
e outros cimentos).
(5) Os conceitos de desempenho equivalente (ver 5.2.5.3 e 5.2.5.4) para a utilização de adições poderão ser
aplicados desde que a sua aptidão tenha sido estabelecida**).
NOTA: Para mais informações, ver o Anexo L, linha 6.

4
(6) Os princípios gerais e as condições adicionais do conceito do fator-k assim como os princípios gerais dos
conceitos de desempenho equivalente do betão e das misturas, são apresentados nas secções seguintes.
10
NOTA: O relatório CEN/TR 16639 disponibiliza informação mais pormenorizada sobre estes conceitos [26].

5.2.5.2 Conceito do fator-k para cinzas volantes, sílica de fumo e escória granulada de alto-forno
moída***)

5.2.5.2.1 Generalidades
(1) O conceito do fator-k é um conceito prescritivo. É baseado na comparação do desempenho da
durabilidade (ou da resistência, como critério de abordagem da durabilidade quando apropriado) dum betão
T

de referência feito com cimento “A” com o desempenho dum betão de ensaio em que parte do cimento “A” é
substituído por uma adição, em função da razão água/cimento e da dosagem da adição.
(2) O conceito do fator-k permite que as adições do tipo II sejam tidas em conta se:
C

– substituir o termo "razão água/cimento" por "razão água/(cimento + k × adição)" e


– a quantidade de (cimento + k × adição) não for menor que a dosagem mínima de cimento requerida pela
classe de exposição relevante (ver 5.3.2).
(3) As regras de aplicação do conceito do fator-k para as cinzas volantes conformes com a EN 450-1, para a
sílica de fumo conforme com a EN 13263-1 e para as escórias granuladas de alto-forno moídas conformes
com a EN 15167-1, utilizadas em conjunto com cimento do tipo CEM I ou CEM II/A conforme com a
EN 197-1, são dadas nas secções seguintes.

5.2.5.2.2 Fator-k para as cinzas volantes conformes com a EN 450-1


(1) No betão com cimento CEM I ou CEM II/A conforme com a EN 197-1 é permitido um fator k = 0,4.
(2) No betão com cimento CEM I, a quantidade máxima de cinzas volantes deve satisfazer o requisito:
– cinzas volantes/cimento  0,33 em massa.
(3) No betão com cimento CEM II/A, a quantidade máxima de cinzas volantes deve satisfazer o requisito:
– cinzas volantes/cimento  0,25 em massa.

*)
Ver Anexo NA.1 – 5.2.5.1 (2) (nota nacional).
**)
Ver Anexo NA.1 – 5.2.5.1 (5) (nota nacional).
***)
Ver Anexo NA.1 – 5.2.5.2 (nota nacional).
NP
EN 206:2013 +A1
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(4) Se for utilizada uma maior quantidade de cinzas volantes, o excesso não deve ser considerado para o
cálculo da razão água/(cimento + k × cinzas volantes), nem para a dosagem mínima de cimento.

5.2.5.2.3 Fator-k para a sílica de fumo da classe 1 conforme com a EN 13263-1


(1) No betão com cimento CEM I ou CEM II/A (exceto cimento com sílica de fumo) conforme com a
EN 197-1 são permitidos os seguintes valores do fator-k:
– para uma razão água/cimento especificada ≤ 0,45: k = 2,0;
– para uma razão água/cimento especificada > 0,45: k = 2,0, exceto nas classes de exposição XC e XF,
onde k = 1,0.
(2) A quantidade máxima de sílica de fumo da classe 1 deve satisfazer o seguinte requisito:
– sílica de fumo/cimento  0,11 em massa.
(3) Se for utilizada uma maior quantidade de sílica de fumo da classe 1, o excesso não deve ser considerado

4
para o cálculo da razão água/(cimento + k × sílica de fumo) nem para a dosagem mínima de cimento.
(4) A quantidade de cimento não deve ser reduzida em mais do que 30 kg/m3 abaixo da dosagem mínima de
cimento requerida pela classe de exposição relevante.
10
NOTA: Para a sílica de fumo da classe 2 aplicam-se as disposições válidas no local de utilização do betão.

5.2.5.2.4 Fator-k para as escórias granuladas de alto-forno moídas conformes com a EN 15167-1
(1) O valor do fator-k e a quantidade máxima de escórias granuladas de alto-forno moídas a considerar no
conceito do fator-k devem satisfazer as disposições válidas no local de utilização do betão.
NOTA: Para mais informações, ver Anexo L, linha 7.
T

5.2.5.3 Princípios do Conceito de Desempenho Equivalente do Betão


(1) Os princípios do “Conceito de Desempenho Equivalente do Betão” *) permitem alterações aos requisitos
C

quanto à mínima dosagem de cimento e à máxima razão água/cimento quando são utilizadas uma ou mais
adições específicas e um ou mais cimentos específicos, para os quais a origem de produção e as
características de cada um se encontram claramente definidas e documentadas.
(2) De acordo com os requisitos de 5.2.5.1, deve ser demonstrado que o betão tem um desempenho,
especialmente no que respeita à sua reação às ações ambientais, equivalente ao de um betão de referência que
satisfaça os requisitos para a classe de exposição relevante (ver 5.3.2).
(3) O conceito deve ser utilizado apenas com cimentos conformes com a EN 197-1 e uma ou mais adições.
NOTA 1: Disposições válidas no local de utilização poderão colocar restrições aos tipos de cimento e às categorias de perda ao
fogo das cinzas volantes para alinhar a composição com a dos cimentos correntemente permitidos.
NOTA 2: O CEN/TR 16639 fornece informação mais pormenorizada sobre este conceito.

5.2.5.4 Princípios do Conceito de Desempenho Equivalente de Misturas


(1) Os princípios do Conceito de Desempenho Equivalente de Misturas**) permitem que determinadas
misturas de cimento conforme com a EN 197-1 com adição (ou adições) de aptidão estabelecida (ver 5.1.1)
possam ser consideradas na totalidade, tendo em vista satisfazer os requisitos da máxima razão água/cimento
e da mínima dosagem de cimento que são especificados para um betão.
(2) Os elementos da metodologia são:

*)
Ver Anexo NA.1 – 5.2.5.3 (nota nacional).
**)
Ver Anexo NA.1 – 5.2.5.4 (nota nacional).
NP
EN 206:2013+A1
2017
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– identificar um tipo de cimento conforme com uma norma europeia de cimentos que tenha composição
igual (ou muito semelhante) à da mistura pretendida;
– avaliar se os betões produzidos com a mistura têm resistência e durabilidade semelhantes às do betão feito
com o tipo de cimento identificado para a classe de exposição relevante;
– definir um controlo da produção que assegure que estes requisitos para o betão contendo a mistura são
definidos e implementados.
NOTA: O CEN/TR 16639 fornece mais informação sobre a aplicação deste conceito em 3 Estados-Membros do CEN.

5.2.6 Utilização de adjuvantes


(1) Se forem utilizados adjuvantes, a quantidade total não deve exceder a dosagem máxima recomendada
pelo produtor dos adjuvantes nem ultrapassar 50 g de adjuvante (como fornecido) por kg de cimento, a
menos que a influência de uma maior dosagem no desempenho e na durabilidade do betão se encontre
estabelecida e seja tida em conta.

4
(2) Os adjuvantes em quantidades inferiores a 2 g/kg de cimento devem estar dispersos numa parte da água
de amassadura, exceto se o adjuvante não puder ser disperso homogeneamente na água de amassadura
(p. ex., por formar gel). Neste caso poderão ser utilizados outros métodos de junção do adjuvante.
10
(3) Se a quantidade total de adjuvantes líquidos exceder 3 l/m3 de betão, a água neles contida deve ser
considerada no cálculo da razão água/cimento.
(4) Quando for utilizado mais do que um adjuvante, a compatibilidade entre eles deve ser verificada nos
ensaios iniciais.
NOTA: Para mais informações ver Anexo L, linha 8.
T

5.2.7 Utilização de fibras


(1) As fibras do tipo requerido e na quantidade especificada devem ser adicionadas à amassadura segundo
um procedimento que assegure que elas ficam uniformemente distribuídas na amassadura.
C

NOTA 1: Para mais informações, ver Anexo L, linha 9.


NOTA 2: A EN 14889-1 e a EN 14889-2 estabelecem que as fibras para utilização estrutural têm o sistema de atestação da
conformidade 1 e para outras utilizações o sistema de atestação da conformidade 3.

(2) As fibras de aço conformes com a EN 14889-1 zincadas não devem ser utilizadas no betão, a menos que
se prove que está impedida a formação de hidrogénio.

5.2.8 Teor de cloretos


(1) O teor de cloretos dum betão, expresso em percentagem de iões cloreto por massa de cimento, não deve
exceder o valor dado no Quadro 15 para a classe selecionada*).

*)
Ver Anexo NA.1 – 5.2.8 (1) (nota nacional).
NP
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2017

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Quadro 15 – Máximo teor de cloretos do betão


Utilização do betão Classe de teor Máximo teor de Cl– por
de cloretos a) massa de cimento b) (%)
Sem armaduras de aço ou outros metais embebidos, com
Cl 1,00 1,00
exceção de dispositivos de elevação resistentes à corrosão
Cl 0,20 0,20
Com armaduras de aço ou outros metais embebidos c)
Cl 0,40 0,40
Cl 0,10 0,10
Com aço de pré-esforço em contacto direto com o betão
Cl 0,20 0,20
a)
Para uma utilização específica do betão, a classe a aplicar depende das disposições válidas no local de utilização do betão.
b)
Quando forem utilizadas adições e estas forem consideradas para a dosagem de cimento, o teor de cloretos é expresso em
percentagem de iões cloreto por massa de cimento mais massa total das adições que foram tidas em conta.
c)

4
No betão com CEM III e de acordo com disposições válidas no local de utilização do betão, poderão ser permitidas classes de
teor de cloretos diferentes.
10
(2) O cloreto de cálcio e os adjuvantes à base de cloretos não devem ser adicionados ao betão com armaduras
de aço, aço de pré-esforço ou com qualquer outro tipo de metal embebido.
(3) A determinação do teor de cloretos dos constituintes deve satisfazer o método de ensaio relevante para o
constituinte.
(4) Para a determinação do teor de cloretos do betão devem somar-se as contribuições dos materiais
constituintes, utilizando um, ou uma combinação, dos seguintes métodos:
– cálculo baseado no máximo teor de cloretos do material constituinte ou permitido na respetiva norma ou
T

declarado pelo fabricante de cada constituinte;


– cálculo baseado no teor de cloretos dos materiais constituintes, determinado, pelo menos mensalmente, a
partir da soma das médias das últimas 25 determinações do teor de cloretos mais 1,64 vezes o desvio-
C

padrão calculado para cada material constituinte.


NOTA: O último método é particularmente aplicável a agregados dragados do mar e para aqueles casos onde não existe um
valor máximo declarado ou normalizado.

5.2.9 Temperatura do betão


(1) A temperatura do betão fresco não deve ser inferior a 5 ºC aquando da sua entrega*). Quando for
necessário requerer uma temperatura mínima diferente ou uma temperatura máxima do betão fresco, estas
devem ser especificadas com as tolerâncias permitidas. Qualquer requisito relativo ao arrefecimento ou ao
aquecimento artificial do betão antes da entrega deve ser acordado entre o produtor e o utilizador.

5.3 Requisitos relacionados com as classes de exposição

5.3.1 Generalidades
(1) Os requisitos para o betão resistir às ações ambientais ou são dados em termos de valores limite para a
composição do betão e para as propriedades estabelecidas do betão (ver 5.3.2) ou poderão resultar de
métodos de especificação baseados no desempenho (ver 5.3.3). Os requisitos devem ter em conta a vida útil
prevista para a estrutura de betão.

*)
Ver Anexo NA.1 – 5.2.9 (1) (nota nacional).
NP
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5.3.2 Valores-limite para a composição do betão


(1) Os requisitos da especificação do betão para este resistir às ações ambientais são estabelecidos na
presente Norma em termos de propriedades do betão e de valores limite da sua composição.
NOTA 1: Devido à falta de experiência sobre como a classificação das ações ambientais no betão reflete diferenças locais na
mesma classe de exposição nominal, os valores específicos daqueles requisitos para as classes de exposição aplicáveis são dados em
disposições válidas no local de utilização do betão*).

(2) Os requisitos para cada classe de exposição devem ser especificados em termos de:
– tipos e classes de materiais constituintes permitidos;
– máxima razão água/cimento;
– mínima dosagem de cimento;
– mínima classe de resistência à compressão do betão (opcional);
e, quando relevante,
– mínimo teor de ar introduzido no betão.

4
NOTA 2: No Anexo F é feita uma recomendação para a seleção dos valores limite para a composição e propriedades do betão
10
quando se utilizarem cimentos correntes conformes com a EN 197-1 para os quais tenha sido estabelecida a aptidão ao uso sob a
classe de exposição considerada**).

(3) As disposições válidas no local de utilização do betão*) devem incluir requisitos baseados na hipótese de
uma vida útil pretendida de pelo menos 50 anos nas condições de manutenção previstas.
A1
NOTA 3: Para uma vida útil de projeto menor (p. ex. 20 anos) ou maior (p. ex. 100 anos), poderão ser necessários requisitos
menos onerosos ou mais severos. Na ISO 16204 podem ser encontradas orientações para a interpretação do “fim da vida útil de
projeto” e de como validar/calibrar os valores limite da composição do betão a estabelecer nas disposições válidas no local de
A
utilização do betão*) 1
T

(4) Nas combinações de classes de exposição, aplica-se o requisito mais exigente.


C

5.3.3 Métodos baseados no desempenho


(1) Os requisitos relacionados com as classes de exposição poderão ser estabelecidos utilizando métodos
baseados no desempenho para a durabilidade e serem especificados em termos de parâmetros relacionados
com o desempenho, p. ex., perda de massa do betão num ensaio ao gelo-degelo. A aplicação dum método
baseado no desempenho depende das disposições válidas no local de utilização do betão**).
NOTA: Está em desenvolvimento um conjunto de métodos de ensaio europeus baseados no desempenho, p. ex., CEN/TS 12390-9,
CEN/TS 12390-10, CEN/TS 12390-11 e CEN/TR 15177, tendo sido publicado o CEN/TR 16563 com o enquadramento da
metodologia para a durabilidade equivalente.

5.4 Requisitos para o betão fresco

5.4.1 Consistência, viscosidade, capacidade de passagem e resistência à segregação


(1) Quando se determinar a consistência do betão, esta deve ser medida por meio de um dos seguintes
ensaios:
– ensaio de abaixamento, de acordo com a EN 12350-2;
– ensaio do grau de compactabilidade, de acordo com a EN 12350-4;
– ensaio de espalhamento na mesa, de acordo com a EN 12350-5;

*)
Ver Anexo NA.1 – 5.3.2 (nota nacional).
**)
Ver Anexo NA.1 – 5.3.3 (1) (nota nacional).
NP
EN 206:2013 +A1
2017

p. 34 de 103

– ensaio de espalhamento, de acordo com a EN 12350-8;


– ensaios específicos, a acordar entre o especificador e o produtor, para o betão destinado a aplicações
especiais (p. ex., betão de consistência terra-húmida).
NOTA: Para mais informações, ver Anexo L, linha 10.

(2) Quando se determinar a viscosidade do betão autocompactável, esta deve ser medida por um dos
seguintes tempos:
– tempo t500 de acordo com a EN 12350-8;
– tempo tV de acordo com a EN 12350-9.
(3) Quando se determinar a capacidade de passagem do betão autocompactável, esta deve ser medida por um
dos seguintes ensaios:
– ensaio da caixa L, de acordo com a EN 12350-10;
– ensaio do anel J, de acordo com a EN 12350-12.

4
(4) Quando se determinar a resistência à segregação do betão autocompactável, esta deve ser medida pelo
ensaio da resistência à segregação no peneiro de acordo com a EN 12350-11.
10
NOTA: A consistência, a viscosidade, a capacidade de passagem e a resistência à segregação podem ser determinadas com
métodos alternativos válidos no local de utilização se tiver sido estabelecida uma relação (ver 9.4).

(5) A verificação da conformidade das propriedades acima designadas deve ser feita no momento da
utilização do betão ou, no caso do betão pronto, no momento da entrega.
(6) Se o betão for entregue numa autobetoneira ou num equipamento agitador, as propriedades devem ser
medidas utilizando ou uma amostra composta ou uma amostra pontual de acordo com a EN 12350-1.
T

(7) As propriedades poderão ser especificadas ou por referência a uma classe de acordo com 4.2.1 ou 4.2.2
ou por um valor pretendido. As tolerâncias correspondentes para valores pretendidos são indicadas no
Quadro 23.
C

5.4.2 Dosagem de cimento e razão água/cimento


(1) Quando se determinar a dosagem de cimento, de água ou de adições, devem tomar-se como dosagens ou
os valores registados na saída de impressão do sistema de doseamento ou, quando não for utilizado
equipamento que permita o seu registo, os valores do registo de produção relativos às instruções de
amassadura.
(2) Quando se determinar a razão água/cimento do betão, esta deve ser calculada com base na dosagem de
cimento determinado e na dosagem efetiva de água (para adjuvantes líquidos ver 5.2.6 (3)). A absorção de
água dos agregados correntes e pesados deve ser determinada de acordo com a EN 1097-6. A absorção de
água dos agregados leves grossos no betão fresco deve ser o valor obtido ao fim de 1 h, com base no método
descrito no Anexo C da EN 1097-6:2013 utilizando o agregado com o grau de humidade no momento da sua
utilização em vez do agregado seco em estufa.
NOTA 1: Para mais informações, ver Anexo L, linha 11.
NOTA 2: O ensaio da EN 1097-6 pode ser modificado para ter em consideração todos os finos, se tal for permitido nas disposições
válidas no local de utilização*).

(3) Quando as adições são consideradas na composição do betão no que respeita à mínima dosagem de
cimento e à máxima razão água/cimento, a dosagem de cimento é substituída por:
– dosagem (cimento + k × adição) ou

*)
Ver Anexo NA.1 – 5.4.2 (2) NOTA 2 (nota nacional).
NP
EN 206:2013+A1
2017
p. 35 de 103

– dosagem de (cimento + adição),


dependendo do conceito utilizado (ver 5.2.5).
(4) Quando for requerido que a determinação da dosagem de cimento, da dosagem de adição ou da razão
água/cimento do betão fresco seja feita por análise, o método de ensaio e as tolerâncias devem ser acordados
entre o especificador e o produtor.
A1 A1
NOTA 3: Ver Relatório CR 13902 [18] ;

5.4.3 Teor de ar
(1) Quando se determinar o teor de ar do betão, este deve ser medido de acordo com a EN 12350-7 para o
betão corrente e para o betão pesado e de acordo com a ASTM C 173 para o betão leve.

5.4.4 Dosagem de fibras


(1) Quando se determinar a dosagem de fibras no betão fresco, deve considerar-se ou o registado na

4
impressão do sistema de doseamento ou, se não se utilizar equipamento registador, devem considerar-se os
registos da produção em ligação com as instruções de amassadura.
10
5.5 Requisitos para o betão endurecido

5.5.1 Resistência mecânica

5.5.1.1 Generalidades
(1) Quando se determinar a resistência mecânica, ela deve ser obtida em ensaios ou de cubos de 150 mm de
aresta ou de cilindros de 150 mm × 300 mm, conformes com a EN 12390-1, fabricados e curados de acordo
T

com a EN 12390-2 a partir de amostras colhidas segundo a EN 12350-1.


(2) Para avaliar a resistência mecânica, poderão ser utilizados provetes moldados com outras dimensões ou
outros regimes de cura, desde que tenham sido estabelecidas correlações com os métodos normalizados e
C

estas se encontrem documentadas.

5.5.1.2 Resistência à compressão


(1) Quando se determinar a resistência à compressão, esta deve ser expressa como fc,cil quando se utilizarem
provetes cilíndricos e como fc,cubo quando se utilizarem provetes cúbicos, de acordo com a EN 12390-3.
(2) O produtor deve declarar, em devido tempo antes da entrega do betão, se escolhe provetes cúbicos ou
cilíndricos para avaliar a resistência à compressão. Se for utilizado um método diferente, este deve ser
previamente acordado entre o especificador e o produtor.
(3) A menos que seja especificado de forma diferente, a resistência à compressão é determinada em provetes
com 28 d de idade. Em casos particulares, poderá ser necessário especificar a resistência à compressão a
idades menores ou maiores que os 28 d (p. ex., elementos estruturais de grande massa), ou após conservação
sob condições especiais (p. ex. tratamento com calor).
(4) A resistência característica do betão deve ser igual ou superior à mínima resistência à compressão
característica requerida para a classe de resistência à compressão especificada, ver Quadros 12 e 13.
(5) Se for expectável que os resultados do ensaio de resistência à compressão não sejam representativos,
p. ex., em ensaios de betão da classe de consistência C0, ou mais seco que S1, deve ser modificado o método
de ensaio ou a resistência à compressão poderá ser avaliada diretamente ou na estrutura ou no elemento
estrutural.
NOTA: Para mais informações, ver Anexo L, linha 12.
NP
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5.5.1.3 Resistência à tração por compressão diametral


(1) Quando se determinar a resistência à tração por compressão diametral do betão, esta deve ser medida de
acordo com a EN 12390-6. A menos que seja especificado de forma diferente, a resistência à tração por
compressão diametral é determinada em provetes ensaiados aos 28 d.
(2) A resistência característica à tração por compressão diametral do betão deve ser igual ou superior ao
valor característico especificado para esta resistência.
NOTA: Quando se determinar a resistência à flexão, poder-se-á utilizar a mesma abordagem. Neste caso a norma de ensaio
apropriada é a EN 12390-5.

5.5.2 Massa volúmica


(1) O betão pode ser definido como betão corrente, betão leve ou betão pesado (ver definições) de acordo
com a sua massa volúmica na condição de seco em estufa.
(2) Quando se determinar a massa volúmica do betão na condição de seco em estufa, esta deve ser medida de
acordo com a EN 12390-7.

4
(3) Para o betão corrente na condição de seco em estufa, a massa volúmica deve ser superior a 2000 kg/m3 e
não exceder 2600 kg/m3. Para o betão leve na condição de seco em estufa, a massa volúmica deve encontrar-
10
se dentro dos valores limite para a classe especificada, ver Quadro 14. Para o betão pesado na condição de
seco em estufa, a massa volúmica deve ser superior a 2600 kg/m3. Quando a massa volúmica for especificada
através de um valor pretendido, aplica-se a tolerância de ± 100 kg/m3, a menos que seja especificado de
forma diferente.
(4) Quando se verificar a conformidade do betão leve com a classe de massa volúmica especificada, a massa
volúmica do betão leve endurecido deve ser determinada de acordo com a EN 12390-7 na condição de seco
em estufa. Quando se verificar a conformidade do betão leve com a massa volúmica pretendida de acordo
T

com 8.2.3.3, a determinação da massa volúmica do betão leve endurecido deve ser efetuada de acordo com a
EN 12390-7 seja na condição seco em estufa seja na condição especificada.

5.5.3 Resistência à penetração da água


C

(1) Quando se determinar a resistência à penetração da água em provetes de ensaio, o método (p. ex.,
EN 12390-8) e o critério de conformidade devem ser acordados entre o especificador e o produtor.
(2) Na ausência de acordo num método de ensaio, a resistência à penetração da água poderá ser especificada
indiretamente através de valores limite para a composição do betão.

5.5.4 Reação ao fogo


(1) O betão constituído por agregados minerais de acordo com 5.1.3, cimento de acordo com 5.1.2,
adjuvantes de acordo com 5.1.5, adições de acordo com 5.1.6, fibras de acordo com 5.1.7 ou por outros
materiais constituintes de origem inorgânica de acordo com 5.1.1, é classificado como Euroclasse A1 e não
necessita de ser ensaiado1).

6 Especificação do betão
6.1 Generalidades
(1) O especificador do betão deve assegurar que todos os requisitos relevantes para as propriedades do betão
são incluídos na especificação fornecida ao produtor. O especificador deve também estabelecer todo e
qualquer requisito para as propriedades do betão que seja necessário para o transporte após a entrega, para a

1)
Ver Decisão da Comissão Europeia (94/611/EC) [3].
NP
EN 206:2013+A1
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colocação, compactação, cura ou outro tratamento adicional. A especificação deve incluir, se necessário,
qualquer requisito especial*) (p. ex., para a obtenção de um acabamento arquitetónico).
(2) O especificador deve ter em consideração:
– a utilização do betão fresco e endurecido;
– as condições de cura;
– as dimensões da estrutura (desenvolvimento de calor);
– as ações ambientais às quais a estrutura ficará exposta;
– a vida útil de projeto;
– quaisquer requisitos para agregados expostos ou para acabamento superficial;
– quaisquer requisitos com impacto nos valores de Dsup e Dinf especificados;
NOTA 1: Tais requisitos são dados, p. ex., na EN 1992-1-1 [4] e na EN 13670 [14].

4
– quaisquer restrições à utilização de materiais constituintes com aptidão estabelecida, p. ex., resultante das
classes de exposição.
10
NOTA 2: As disposições válidas no local de utilização do betão poderão conter requisitos para alguns destes aspetos.

(3) O betão deve ser especificado ou como betão de comportamento especificado referindo em geral a
classificação ou os valores pretendidos da secção 4 e os requisitos dados em 5.3 a 5.5 (ver 6.2) ou como
betão de composição prescrita estabelecendo a composição (ver 6.3). As bases para a especificação do
comportamento ou para a prescrição da composição do betão devem resultar de ensaios iniciais (ver Anexo
A) ou de informação acumulada por uma experiência de longa duração com um betão comparável, tendo em
consideração os requisitos básicos para os materiais constituintes (ver 5.1) e para a composição do betão (ver
T

5.2 e 5.3.2).
(4) No caso de betão de composição prescrita, o especificador é responsável por assegurar que a
especificação satisfaz os requisitos gerais da presente Norma e que a composição especificada tem a
C

capacidade de atingir o desempenho pretendido para o betão, tanto no estado fresco como no estado
endurecido. O especificador deve manter e atualizar a documentação de apoio que relacione a composição
prescrita com o desempenho pretendido, ver 9.5. No caso de betão de composição prescrita em norma **), esta
responsabilidade cabe ao organismo nacional de normalização.
NOTA 3: Para betão de composição prescrita, a avaliação da conformidade baseia-se exclusivamente no cumprimento da
composição especificada e não no desempenho pretendido pelo especificador.

6.2 Especificação do betão de comportamento especificado

6.2.1 Generalidades
(1) A especificação do betão de comportamento especificado deve incluir sempre os requisitos básicos dados
em 6.2.2 e, quando requerido, os requisitos adicionais dados em 6.2.3.
(2) Na secção 11 são indicadas formas abreviadas de especificação.

6.2.2 Requisitos básicos


(1) A especificação deve conter:
a) um requisito de conformidade com a presente Norma;

*)
Ver Anexo NA.1 – 6.1 (1) (nota nacional).
**)
Não há norma portuguesa para este betão, ver definição 3.1.1.19 (nota nacional).
NP
EN 206:2013 +A1
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b) a classe de resistência à compressão;


c) as classes de exposição (ver secção 11 para um formato abreviado);
d) Dsup e Dinf;
NOTA 1: Dsup não deverá ser maior que dg de acordo com a EN 1992-1-1 [4].

e) a classe de teor de cloretos de acordo com o Quadro 15.


(2) Adicionalmente, para betão leve:
f) classe de massa volúmica ou massa volúmica pretendida.
(3) Adicionalmente, para betão pesado:
g) massa volúmica pretendida.
(4) Adicionalmente, para betão pronto e betão fabricado no local da obra:
h) classe de consistência ou valor pretendido para a consistência*).

4
NOTA 2: O Anexo G fornece orientações sobre a especificação da consistência do betão autocompactável.
10
6.2.3 Requisitos adicionais
(1) Poderá ser especificado, através de requisitos de desempenho e de métodos de ensaio quando for
apropriado, o seguinte:
– tipos ou classes específicos de cimento;
– tipos ou categorias específicos de agregados;
NOTA 1: Nestes casos, é da responsabilidade do especificador a composição de betão para minimizar a reação deletéria álcalis-
T

sílica (ver 5.2.3.5).

– tipo, função (estrutural ou não estrutural) e dosagem mínima de fibras ou classes de desempenho do betão
reforçado com fibras. No caso das classes de desempenho, as classes, os métodos de ensaio e os critérios
C

de conformidade devem ser especificados.


– características requeridas para a resistência ao ataque pelo gelo/degelo (p. ex., mínimo teor de ar, ver
5.4.3).
NOTA 2: Para mais informações, ver Anexo L, linha 13.

– requisitos para a temperatura do betão fresco, quando diferente da especificada em 5.2.9;


– desenvolvimento da resistência (ver Quadro 16);
– desenvolvimento de calor durante a hidratação;
– endurecimento retardado;
– resistência à penetração de água;
– resistência à abrasão;
– resistência à tração por compressão diametral (ver 5.5.1.3);
– retração por secagem, fluência, módulo de elasticidade (p. ex., como indicado no Anexo A.4 (9));
– especificações adicionais para o betão a utilizar em obras geotécnicas especiais (ver Anexo D);
– propriedades adicionais para o betão autocompactável (ver Anexo G);

*)
Ver Anexo NA.1 - 6.2.2 (4) (nota nacional).
NP
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– outros requisitos técnicos (p. ex. requisitos relacionados com a obtenção de um acabamento particular ou
com um método especial de colocação ou tempo de retenção da consistência).

6.3 Especificação do betão de composição prescrita

6.3.1 Generalidades
(1) A especificação do betão de composição prescrita deve incluir sempre os requisitos básicos dados em
6.3.2 e, quando requerido, os requisitos adicionais dados em 6.3.3.

6.3.2 Requisitos básicos


A especificação deve conter:
a) requisito de conformidade com a presente Norma;
b) tipo e classe de resistência do cimento;
c) dosagem de cimento pretendido;

4
d) ou a razão a/c pretendida, ou a consistência através de uma classe ou de um valor pretendido;
10
NOTA 1: Para mais informações, ver Anexo L, linha 14.

e) tipos, categorias e o máximo teor de cloretos dos agregados;


f) no caso do betão leve ou do betão pesado, a massa volúmica máxima ou mínima dos agregados,
conforme o caso;
g) máxima dimensão do agregado Dsup , Dinf e quaisquer limitações para a granulometria;
NOTA 2: Dsup não deverá ser maior que dg de acordo com a EN 1992-1-1.
T

h) tipo e quantidade de adjuvantes, adições ou fibras, se utilizados;


i) origem dos adjuvantes, adições ou fibras, se utilizados, e do cimento, em substituição das características
C

que não são passíveis de ser definidas por outros meios.

6.3.3 Requisitos adicionais


A especificação do betão poderá incluir:
– origem de alguns ou de todos os constituintes do betão, em substituição das características não passíveis de
definir por outros meios;
– requisitos adicionais para agregados;
– requisitos para a temperatura do betão fresco, quando diferente da estabelecida em 5.2.9;
– outros requisitos técnicos.

6.4 Especificação do betão de composição prescrita em norma


(1) O betão de composição prescrita em norma*) deve ser especificado citando:
– norma válida no local de utilização do betão, indicando os requisitos relevantes;
– designação do betão naquela norma.
(2) O betão de composição prescrita em norma deve ser utilizado apenas para:
– betão corrente para estruturas em betão simples ou armado;

*)
Não há norma portuguesa para este betão, ver definição 3.1.1.19 (nota nacional).
NP
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– classes de resistência à compressão especificadas no projeto  C16/20, a menos que as disposições válidas
no local de utilização do betão permitam a classe C20/25;
– classes de exposição X0 e XC1, a menos que as disposições válidas no local de utilização do betão
permitam outras classes de exposição.

7 Entrega do betão fresco


7.1 Informação do utilizador do betão para o produtor
(1) O utilizador deve acordar com o produtor:
– a data, a hora e a frequência da entrega;
e, quando apropriado, informar o produtor acerca:
– do transporte especial no estaleiro;

4
– dos métodos especiais de colocação;
– das limitações dos veículos de entrega, p. ex., tipo (equipamento agitador/não agitador), tamanho, altura ou
peso bruto.
10
7.2 Informação do produtor do betão para o utilizador
(1) O produtor de betão de comportamento especificado deve fornecer ao utilizador, a pedido deste, a
seguinte informação:
a) tipo e classe de resistência do cimento e tipo de agregados;
b) tipo de adjuvantes e tipo de adições, se utilizados;
T

c) descrição das fibras de acordo com a EN 14889-1 ou EN 14889-2 e sua dosagem, se especificadas;
d) descrição das fibras de acordo com a EN 14889-1 ou EN 14889-2, se especificada por classe de
C

desempenho do betão com fibras;


e) razão água/cimento pretendida;
f) resultados de anteriores ensaios relevantes do betão, p. ex., resultantes da produção, do controlo da
conformidade ou de ensaios iniciais;
g) desenvolvimento da resistência;
h) origens dos materiais constituintes;
i) Dmax.
(2) Para a determinação do tempo de cura, a informação sobre o desenvolvimento da resistência do betão
poderá ser dada ou sob a forma indicada no Quadro 16 ou por uma curva de desenvolvimento da resistência a
20 °C entre os 2 d e os 28 d.
(3) A razão r entre as resistências médias à compressão aos 2 d (fcm,2) e aos 28 d (fcm,28) do betão, indicadora
do desenvolvimento da resistência, deve ser determinada nos ensaios iniciais ou baseada no desempenho
conhecido de um betão com uma composição comparável. Para estes ensaios iniciais, os provetes para
determinação da resistência devem ser colhidos, moldados, curados e ensaiados de
acordo com as EN 12350-1, EN 12390-1, EN 12390-2 e EN 12390-3.
NP
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Quadro 16 – Desenvolvimento da resistência do betão a 20 °C


Desenvolvimento da resistência Razão r = fcm,2 / fcm,28
Rápido  0,5
Médio  0,3 a < 0,5
Lento  0,15 a < 0,3
Muito lento < 0,15

(4) O produtor deve informar o utilizador relativamente aos riscos para a saúde que poderão ocorrer durante
o manuseamento do betão fresco, de acordo com as disposições válidas no local de utilização do betão
fresco*).
NOTA: A presente Norma não requer que a informação seja dada num formato específico já que tal depende da relação entre o
produtor e o utilizador; p. ex., no caso do betão produzido no estaleiro ou numa fábrica de prefabricados, o produtor e o utilizador
poderão ser a mesma entidade.

4
7.3 Guia de remessa do betão pronto
(1) No momento da entrega, o produtor deve entregar ao utilizador uma guia de remessa por cada carga de
betão, na qual deve constar, impressa ou manuscrita, pelo menos a seguinte informação:
10
– nome da central de betão pronto;
– número de série da guia de remessa;
– data e hora do carregamento, isto é do primeiro contacto entre o cimento e a água;
– número ou identificação do veículo;
– nome do cliente;
T

– nome e localização do estaleiro;


– pormenores ou referências a especificações, p. ex., número de código, número da encomenda;
C

– quantidade de betão entregue, em metros cúbicos;


– declaração da conformidade com referência às especificações e à presente Norma;
– nome ou marca do organismo de certificação, se aplicável;
– hora de chegada do betão ao estaleiro;
– hora do início da descarga;
– hora do fim da descarga.
(2) Adicionalmente, a guia de remessa deve fornecer pormenores sobre o seguinte:
a) para betão de comportamento especificado:
– classe de resistência;
– classes de exposição ambiental;
– classe de teor de cloretos;
– classe de consistência ou valor pretendido;
– limites da composição do betão, se especificado;

*)
Ver Anexo NA.1 – 7.2 (1) f), (2) e (4) (nota nacional).
NP
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– tipo e classe de resistência do cimento, se especificado;


– tipo de adjuvante e de adição, se especificado;
– tipo e dosagem de fibras ou classe de desempenho do betão reforçado com fibras, se especificado;
– propriedades especiais, se requerido;
– Dmáx;
– no caso de betão leve ou de betão pesado: classe de massa volúmica ou massa volúmica pretendida.
b) para betão de composição prescrita:
– pormenores da composição, p. ex., dosagem de cimento e, se requerido, tipo de adjuvante;
– ou razão a/c, ou consistência em termos de classe ou de um valor pretendido, conforme especificado;
– Dmáx;
– tipo e dosagem de fibras, se especificado.

4
(3) No caso de betão de composição prescrita em norma, a informação a fornecer deve seguir as disposições
da norma relevante.
10
7.4 Informação na entrega para betão fabricado no local
(1) Informação adequada, como a requerida em 7.3 para a guia de remessa, também é importante para o
betão fabricado no local, no caso de grandes estaleiros, quando existirem vários tipos de betão ou quando a
entidade responsável pela produção do betão for diferente da entidade responsável pela sua colocação.

7.5 Ajustamentos na composição após o processo de amassadura principal e antes da descarga


T

(1) Em geral, não é permitido qualquer ajustamento nas proporções da composição após o processo de
amassadura principal.
(2) Em casos especiais, poderão ser adicionados adjuvantes, pigmentos, fibras ou água se: *)
C

– for sob a responsabilidade do produtor;


– a consistência e os valores limite cumprirem os valores especificados;
– houver um procedimento documentado para a execução do processo duma forma segura no âmbito do
controlo da produção em fábrica.
(3) Além disso, se for adicionada água, deve ser realizado um controlo da conformidade sobre uma amostra
do produto final.
(4) Qualquer quantidade de água, adjuvantes, pigmentos ou fibras (se o teor de fibras for especificado),
adicionada na autobetoneira, deve ser sempre registada na guia de remessa. Para o caso de se voltar a
amassar, ver 9.8.
NOTA: Para mais informações, ver Anexo L, linha 151.

*)
Ver Anexo NA.1 – 7.5 (2) (nota nacional).
NP
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8 Controlo da conformidade e critérios de conformidade


8.1 Generalidades
(1) O controlo da conformidade consiste no conjunto de ações e de decisões, com regras previamente
adotadas, destinado a verificar a conformidade do betão com a sua especificação. O controlo da
conformidade é uma parte integrante do controlo da produção (ver secção 9).
NOTA: As propriedades do betão utilizadas para o controlo da conformidade são as que são medidas por meio de ensaios
apropriados utilizando procedimentos normalizados. Os valores reais das propriedades do betão na estrutura poderão diferir dos
determinados pelos ensaios, dependendo, p. ex., das dimensões da estrutura, da colocação, da compactação, da cura e das
condições ambientais.

(2) O plano de amostragem e de ensaio e os critérios de conformidade devem estar conformes com os
procedimentos estabelecidos em 8.2 ou 8.3. Estas disposições também se aplicam a betão para produtos
prefabricados, a menos que a norma específica do produto tenha um conjunto equivalente de disposições. Se
o especificador requerer uma maior frequência de amostragem, tal deve ser previamente acordado. Para

4
propriedades não cobertas nestas secções, o plano de amostragem e de ensaio, os métodos de ensaio e os
critérios de conformidade devem ser acordados entre o produtor e o especificador.
(3) O local de amostragem para os ensaios de conformidade deve ser escolhido de modo que as propriedades
10
relevantes e a composição do betão não variem significativamente entre o local da amostragem e o local da
entrega. No caso do betão leve produzido com agregados não saturados, as amostras devem ser colhidas no
local da entrega.
(4) Quando os ensaios para o controlo da produção forem os mesmos que os requeridos para o controlo da
conformidade, deve ser permitido que aqueles ensaios sejam considerados para a avaliação da conformidade.
Para esta avaliação da conformidade, o produtor poderá também usar outros resultados de ensaio sobre o
betão entregue.
T

(5) A conformidade ou a não conformidade é avaliada face aos critérios de conformidade. A não
conformidade pode conduzir a ações posteriores no local da produção e no estaleiro da obra (ver 8.4).
C

8.2 Controlo da conformidade do betão de comportamento especificado

8.2.1 Controlo da conformidade da resistência à compressão

8.2.1.1 Generalidades
(1) Para o betão corrente e para o betão pesado das classes de resistência C8/10 a C55/67 ou para o betão
leve das classes LC8/9 a LC55/60, a amostragem e os ensaios devem ser efetuados ou sobre as composições
individuais do betão ou sobre famílias de betões de aptidão estabelecida, como determinado pelo produtor, a
menos que tenha sido acordado de outro modo. O conceito de família de betões não deve ser aplicado a
betões das classes de resistência mais altas. Os betões leves não devem ser incluídos nas famílias de betões
correntes. Os betões leves com agregados de comprovada semelhança poderão ser agrupados na sua própria
família.
NOTA: O Anexo K contém orientações para a seleção da família de betões. Nos relatórios CEN/TR 16369 e CEN CR 13901 são
dadas informações mais pormenorizadas sobre a aplicação do conceito de família de betões.

(2) No caso de se utilizarem famílias de betões, o produtor deve fazer o controlo de todos os elementos da
família e a amostragem deve ser efetuada sobre todas as composições dos betões produzidos no seio da
família.
(3) Quando os ensaios de conformidade forem aplicados a uma família de betões, seleciona-se um betão de
referência que é ou o betão mais comumente produzido ou um betão a meio das classes de resistência da
família. Estabelecem-se correlações entre cada composição individual da família e o betão de referência, para
NP
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que seja possível a transposição dos resultados dos ensaios de resistência à compressão de cada betão da
família para o betão de referência. As correlações devem ser revistas com base nos resultados originais dos
ensaios da resistência à compressão em cada período de avaliação e quando ocorrerem variações
significativas nas condições de produção. Adicionalmente, quando da avaliação da conformidade da família,
tem de se confirmar que cada elemento pertence à família (ver 8.2.1.3).
(4) No plano de amostragem e de ensaio e nos critérios de conformidade para composições individuais de
betão ou para famílias de betões, faz-se distinção entre a produção inicial e a produção contínua.
(5) A produção inicial cobre o período da produção até que estejam disponíveis os primeiros 35 resultados de
ensaios.
(6) A produção contínua é atingida quando são obtidos, pelo menos, 35 resultados de ensaios num período
que não exceda os 12 meses.
(7) Se a produção de uma composição individual de betão, ou de uma família de betões, tiver sido suspensa
mais do que 12 meses, o produtor deve adotar os critérios e o plano de amostragem e de ensaio estabelecidos

4
para a produção inicial.
(8) Durante a produção contínua o produtor poderá adotar os critérios e o plano de amostragem e de ensaio
estabelecidos para a produção inicial.
10
(9) Se a resistência for especificada para uma idade diferente, a conformidade é avaliada em provetes
ensaiados na idade especificada.
(10) Quando for necessário avaliar se um determinado volume de betão pertence a uma população avaliada
como conforme quanto aos requisitos da resistência característica, tal deve estar de acordo com o Anexo B.

8.2.1.2 Plano de amostragem e de ensaio


T

(1) As amostras de betão devem ser selecionadas aleatoriamente e colhidas de acordo com a EN 12350-1. A
amostragem deve incidir sobre composições de betão individuais ou sobre cada família de betões produzida
sob condições consideradas uniformes. A frequência mínima de amostragem e de ensaio do betão deve estar
C

de acordo com o Quadro 17, tomando-se a frequência que conduza a um maior número de amostras para
produção inicial ou contínua, conforme o caso*).
(2) Não obstante os requisitos de amostragem estabelecidos em 8.1, as amostras devem ser colhidas após
qualquer adição de água ou de adjuvantes ao betão sob a responsabilidade do produtor, sendo permitida a
amostragem antes da adição de plastificantes ou de superplastificantes para ajuste da consistência (ver 7.5)
desde que tenha sido provado, através de ensaios iniciais, que a quantidade de plastificante ou de
superplastificante a utilizar não tem qualquer efeito negativo na resistência do betão.
(3) O resultado do ensaio deve ser obtido a partir de um provete individual ou da média dos resultados de
ensaio de dois ou mais provetes fabricados de uma amostra e ensaiados com a mesma idade.

*)
Ver Anexo NA.1 – 8.2.1.2 (1) (nota nacional).
NP
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Quadro 17 – Frequência mínima de amostragem para avaliação da conformidade


Frequência mínima de amostragem
nos após os primeiros 50 m3 produçãoa),
Produção primeiros a mais alta frequência obtida com
50 m3 de betão com controlo da betão sem controlo da
produção produção certificado produção certificado
3
Inicial (até se obterem 35 1 amostra cada 200 m ou
3 amostras 1 amostra cada 150 m3 ou
resultados, pelo menos) por 3 d de produção d)
por dia de produção d)
Contínua b) (quando houver 1 amostra cada 400 m3 ou por

35 resultados, pelo menos) 5 d de produção c), d) ou por mês
a)
A amostragem deve ser distribuída pela produção e não deve ser mais de 1 amostra por cada 25 m3.
b)
Quando o desvio padrão dos últimos 15 ou mais resultados exceder os limites superiores para sn de acordo com a Quadro 19 a
frequência de amostragem deve ser incrementada para a requerida para a produção inicial nos próximos 35 resultados de

4
ensaio.
c)
Ou se houver mais do que 5 d de produção dentro de 7 d seguidos, uma vez por semana.
d)
A definição de um “dia de produção” deve ser estabelecida em disposições válidas no local de utilização**).
10
(4) Quando de uma amostra forem fabricados dois ou mais provetes e o intervalo de variação dos resultados
individuais do ensaio for maior que 15 % da média, estes resultados devem ser desprezados, a menos que
uma investigação mostre existir razão aceitável que justifique a eliminação de um valor de ensaio individual.

8.2.1.3 Critérios de conformidade da resistência à compressão

8.2.1.3.1 Critério para resultados individuais


T

(1) A conformidade da resistência à compressão do betão é avaliada em provetes ensaiados aos 28 d, de


acordo com 5.5.1.2. Cada resultado de ensaio individual, fci, deve satisfazer
fci ≥ (fck - 4) N/mm2
C

(1)
NOTA: Se a resistência for especificada para uma idade diferente, a conformidade é avaliada em provetes ensaiados com a idade
especificada.

8.2.1.3.2 Critério para resultados da média


(1) A obtenção da resistência característica especificada deve ser avaliada por um dos seguintes métodos.
Método A: produção inicial
(2) Para a produção inicial, a resistência média de grupos de três resultados consecutivos com ou sem
sobreposição deve satisfazer:
fcm ≥ (fck + 4) N/mm2 (2)
NOTA 1: Os critérios de conformidade foram desenvolvidos com base em resultados sem sobreposição. A aplicação dos critérios
aos resultados dos ensaios com sobreposição aumenta o risco de rejeição.

Método B: produção contínua


(3) O método B é uma opção quando estiverem estabelecidas as condições da produção contínua.
(4) A avaliação da conformidade deve ser feita sobre resultados de ensaio obtidos durante um período de
avaliação que não deve exceder o período dado por uma das seguintes opções, função da frequência de
ensaios:
NP
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– para instalações com baixas frequências de ensaio (número de resultados de ensaio do betão de
comportamento especificado menor que 35 em três meses), o período de avaliação deve abranger pelo
menos 15 resultados consecutivos e não mais de 35 num período que não exceda 6 meses;
– para instalações com frequências de ensaio mais elevadas (número de resultados de ensaio do betão de
comportamento especificado igual ou maior que 35 em três meses), o período de avaliação deve
compreender pelo menos 15 resultados consecutivos e não exceder três meses.
(5) A resistência média de grupos de resultados de ensaios consecutivos com ou sem sobreposição, obtidos
num único betão ou numa família de betões durante um período de avaliação, deve satisfazer:
fcm ≥ (fck + 1,48 σ) N/mm2 (3)
(6) Quando o método for aplicado a uma família de betões, a média de todos os resultados de ensaio não
transpostos (fcm) de um membro individual da família deve ser avaliada pelo critério dado no Quadro 18.
Qualquer betão não respeitando este critério deve ser removido da família e avaliado individualmente quanto
à sua conformidade.

4
(7) A conformidade do betão (ou betões) removido(s) deve ser avaliada individualmente, utilizando os
critérios de conformidade estabelecidos para a produção inicial (Método A). A reintegração dos betões
removidos só é aceite após revisão das relações estabelecidas entre a composição removida e o betão de
10
referência.
NOTA 2: O Anexo K contém orientações para a seleção de famílias de betões.

Quadro 18 – Critérios de confirmação para membros de uma família de betões


Número “n”de resultados de ensaio Média de “n” resultados (fcm)
da resistência à compressão de um membro individual da família
de um membro individual da família N/mm2
T

2 ≥ fck – 1,0
3 ≥ fck + 1,0
≥ fck+ 2,0
C

4
5 ≥ fck+ 2,5
6 ≥ fck+ 3,0
7, 8 e 9 ≥ fck+ 3,5
10, 11 e 12 ≥ fck+ 4,0
13 e 14 ≥ fck+ 4,5
≥ 15 ≥ fck+ 1,48 σ

(8) No fim da produção inicial, o desvio padrão (σ) deve ser estimado a partir de pelo menos 35 resultados de
ensaio consecutivos, obtidos durante um período excedendo 3 meses. Quando a produção contínua se inicia,
este valor do desvio padrão deve ser utilizado para verificar a conformidade no primeiro período de
avaliação. No fim do primeiro período de avaliação e nos subsequentes, verifica-se se o desvio padrão se
alterou significativamente utilizando os limites do Quadro 19.
NP
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Quadro 19 – Valores para verificação do desvio padrão

Número de resultados de ensaio Limites para sn


15 – 19 0,63 σ ≤ sn ≤ 1,37 σ
20 - 24 0,68 σ ≤ sn ≤ 1,31 σ
25 – 29 0,72 σ ≤ sn ≤ 1,28 σ
30 – 34 0,74 σ ≤ sn ≤ 1,26 σ
a)
35 0,76 σ ≤ sn ≤ 1,24 σ
a) A1 A1
No caso de mais de 35 resultados, aplica-se a expressão L1 .

Se não mudou significativamente, a estimativa corrente do desvio padrão aplica-se ao período de avaliação
seguinte. Quando houver uma alteração significativa do desvio padrão, calcula-se um novo desvio padrão a
partir dos 35 resultados mais recentes e aplica-se ao período de avaliação seguinte.
NOTA 3: Para mais informações, ver Anexo L, linha 16.

Método C: Utilização de cartas de controlo

4
10
(9) O método C é uma opção para a avaliação da conformidade utilizando as cartas de controlo quando
estiverem estabelecidas as condições de produção contínua estabilizada e a produção de betão se encontra
certificada por terceira parte*).
(10) O sistema de controlo deve incluir a aplicação dum modelo reconhecido de cartas de controlo e ter as
seguintes características:
– atingir uma máxima qualidade média após controlo (AOQ) que não exceda 5,0 %;
T

– procurar assegurar a conformidade da produção relevante com a resistência característica requerida;


– incluir a monitorização regular da resistência e do desvio padrão ou dos desvios em relação ao valor
pretendido;
C

– incluir, se aplicável, um ou mais procedimentos para acelerar a resposta do sistema (p. ex., utilização das
resistências iniciais ou de família de betões);
– definir e aplicar regras de decisão claras para os limites de conformidade e de aviso;
– mudar o valor correntemente aplicado do desvio padrão quando a carta de controlo mostrar que o desvio
padrão obtido é 0,5 N/mm2 acima daquele valor.
NOTA 4: Para mais informações, ver Anexo L, linha 17.

(11) Deve ser aplicada uma das regras estabelecidas no Anexo H ou nas disposições válidas no local de
utilização do betão que satisfaçam os requisitos de 8.2.1.3.2 (10).
NOTA 5: O Anexo H fornece um método de aplicação das cartas de controlo Cusum e das cartas de controlo Shewhart com
exemplos das regras de conformidade que permitem atingir uma qualidade média após controlo não excedendo 5,0 %. Orientações
sobre valores diferentes dos do Anexo H são dadas no CEN/TR 16369, cujas cartas de controlo Cusum são baseadas em [1].

*)
Ver Anexo NA.1 – 8.2.1.3.2 (9) (nota nacional).
NP
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8.2.2 Controlo da conformidade da resistência à tração por compressão diametral

8.2.2.1 Generalidades
(1) Aplica-se a secção 8.2.1.1, mas não é aplicável o conceito de família de betões. Cada composição de
betão deve ser avaliada separadamente.
NOTA: Para mais informações, ver Anexo L, linha 18.

8.2.2.2 Plano de amostragem e de ensaio


(1) Aplica-se a secção 8.2.1.2.

8.2.2.3 Critério de conformidade da resistência à tração por compressão diametral


(1) Quando for especificada a resistência à tração por compressão diametral do betão, a avaliação da
conformidade deve ser baseada nos resultados dos ensaios efetuados durante um período de avaliação que
não deve exceder o período dado por uma das seguintes opções função da frequência de ensaio:

4
– para instalações com baixas frequências de ensaio (número de resultados de ensaio do betão de
comportamento especificado menor que 35 em três meses), o período de avaliação deve abranger pelo
10
menos 15 resultados consecutivos e não mais de 35 num período que não exceda 6 meses;
– para instalações com frequências de ensaio mais elevadas (número de resultados de ensaio do betão de
comportamento especificado igual ou maior que 35 em três meses), o período de avaliação deve
compreender pelo menos 15 resultados consecutivos e não exceder três meses.
(2) A conformidade da resistência à tração por compressão diametral do betão é avaliada em provetes
ensaiados aos 28 d, a menos que seja especificada outra idade de acordo com 5.5.1.3 para:
T

– grupos de "n" resultados de ensaios consecutivos, com ou sem sobreposição, fctm,sp (critério 1);
– cada resultado individual de ensaio, fcti,sp (critério 2).
(3) A conformidade com a resistência característica à tração por compressão diametral (fctk,sp) é confirmada
C

se os resultados dos ensaios satisfizerem ambos os critérios do Quadro 20, tanto para a produção inicial
como para a produção contínua, como apropriado.
(4) Os requisitos para o desvio padrão devem cumprir o 8.2.1.3.2, Método B.
Quadro 20 – Critérios de conformidade para a resistência à tração por compressão diametral
Critério 1 Critério 2
Número "n" de
Produção resultados Média dos “n” resultados de Qualquer resultado individual de
no grupo ensaio (fctm,sp) ensaio (fcti,sp)
N/mm2 N/mm2
Inicial 3  fctk,sp + 0,5  fctk,sp – 0,5
Contínua  15  fctk,sp + 1,48   fctk,sp – 0,5

8.2.3 Controlo da conformidade de outras propriedades que não a resistência

8.2.3.1 Generalidades
(1) Quando forem especificadas outras propriedades do betão, as avaliações da conformidade devem ser
feitas com base nas cargas individuais em relação à consistência, viscosidade, capacidade de passagem,
resistência à segregação, teor de ar e, se forem adicionadas fibras no carro misturador, à homogeneidade da
distribuição das fibras no betão fresco, como estabelecido no Quadro 21. Para outras propriedades, a
NP
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avaliação da conformidade deve ser feita como estabelecido no Quadro 22 sobre a produção considerando
um período de avaliação que não deve exceder os últimos 6 meses.
NOTA 1: Quando forem realizados ensaios de identidade para avaliar se um determinado volume de betão pertence a uma dada
população que se verificou cumprir os requisitos da consistência, do teor de ar do betão fresco ou do valor mínimo especificado da
dosagem de fibras, o procedimento a seguir está estabelecido no Anexo B.
NOTA 2: Os critérios dos ensaios de identidade e os critérios de conformidade para uma amassadura*) são os mesmos.

8.2.3.2 Plano de amostragem e de ensaio


(1) As amassaduras para ensaio devem ser selecionadas aleatoriamente e as amostras de betão colhidas de
acordo com a EN 12350-1. A amostragem deve incidir sobre cada família de betões produzida sob condições
consideradas uniformes. O número mínimo de amostras e os métodos de ensaio devem estar de acordo com o
Quadro 21 ou o Quadro 22, como apropriado.

8.2.3.3 Critérios de conformidade para outras propriedades que não a resistência

4
(1) A conformidade do betão com a propriedade requerida é confirmada se se verificarem as duas condições
seguintes:
– os resultados individuais de ensaio estão dentro dos máximos desvios permitidos nos Quadros 21 e 22 ou
10
as tolerâncias dos valores pretendidos satisfazem o Quadro 23**);
– o número de resultados de ensaio de cada propriedade referida no Quadro 22 fora do valor limite
especificado ou fora das tolerâncias dos valores pretendidos, como apropriado, é igual ou inferior ao
número de aceitação do Quadro 24; em alternativa, o requisito poderá ser baseado no ensaio por variáveis
de acordo com a ISO 3951-1 (AQL = 4 %).
(2) A amassadura que não satisfizer o critério individual é declarada não-conforme e este resultado é
T

excluído de qualquer outra consideração de conformidade do restante betão.


C

*)
Amassadura ou carga, dado a carga ser constituída por uma ou mais amassaduras (nota nacional).
**)
Ver Anexo NA.1 – 8.2.3.3 (1) (nota nacional).
NP
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Quadro 21 – Avaliação da conformidade para as classes de consistência, propriedades do BAC, teor de ar e


homogeneidade da distribuição de fibras do betão fresco no ponto de entrega
Desvio máximo permitidoa) na entrega
Método de ensaio Número entre os resultados individuais de
mínimo de ensaio e os valores limite ou os limites
Propriedade ou
amostras ou de da classe de consistência especificada
método de determinação determinações Limite inferior Limite superior
Comparação da aparência deste betão, Cada amassadura;
Aparência por inspeção visual, com a aparência Para entregas em ─
normal

viatura, cada carga
i) Frequência igual - 10 mm + 10 mm
Abaixamento EN 12350-2
à do Quadro 17 para - 20 mm b) + 20 mm b)
a resistência à
- 0,03 + 0,03
Grau de EN 12350-4 compressão
compactabilidade - 0,04 b) + 0,04 b)
ii) Aquando do
ensaio do teor de ar - 10 mm + 10 mm

4
Espalhamento na mesa EN 12350-5 iii) Em caso de - 20 mmb) + 20 mmb)
dúvida após a
Espalhamento EN 12350-8 inspeção visual
Desvios não Desvios não
10
Viscosidade EN 12350-8 ou EN 12350-9
permitidos permitidos
Capacidade de passagem EN 12350-10 ou EN 12350-12 Se especificado
Resistência à segregação EN 12350-11
Teor de ar no betão fresco EN 12350-7 para betão corrente e pesado 1 amostra por dia - 0,5 % em volume + 5,0 % em volume
com ar introduzido e ASTM C 173 para betão leve de produçãoc)
Homogeneidade da Frequência c) igual
distribuição das fibras no Como indicado no Anexo B.5 à da resistência à Como indicado no Anexo B.5
betão fresco se adicio- compressão do
nadas na autobetoneira Quadro 17
T

a)
Estes desvios não se aplicam se não houver limite superior ou inferior na classe de consistência aplicável.
b)
Só aplicável no ensaio da consistência no betão da descarga inicial da autobetoneira ou do agitador (ver 5.4.1).
c)
Exceto se as disposições válidas no local de utilização requererem frequências mínimas de ensaio mais altas.
C

d)
Ver 6.2.3 (1), 4º travessão.
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Quadro 22 – Avaliação da conformidade para a dosagem de fibras, massa volúmica, máxima razão
água/cimento e dosagem mínima de cimento
Desvio máximo permitido entre os
Método de resultados individuais de ensaio e os
ensaio ou Número mínimo de Número valores limite, a tolerância sobre um
Propriedade amostras ou de de valor pretendido ou os limites da
método de determinações aceitação
determinação classe especificada
Limite inferior Limite superior
Dosagem de fibras de aço no Ver 5.4.4 1 determinação por dia Ver -5 % em massa Sem limite a)
betão fresco Quadro 24
Dosagem de fibras poliméricas no Ver 5.4.4 1 determinação por dia Ver -10 % em massa Sem limite a)
betão fresco Quadro 24
Massa volúmica do betão pesado EN 12390-7 Como no Quadro 17 para a Ver -30 kg/m3 Sem limite a)
resistência à compressão Quadro 24
Massa volúmica do betão leve EN 12390-7 Como no Quadro 17 para Ver -30 kg/m3 +30 kg/m3
a resistência à compressão Quadro 24
Máxima razão água/cimento ou
Máxima razão água/(cimento +
adição)b) ou Máxima razão
Ver 5.4.2

4
1 determinação por dia
Ver
Quadro 24 Sem limite a) +0,02
10
água/(cimento + k×adição)b)
Mínima dosagem de cimento ou
Mínima dosagem de (cimento + Ver
1 determinação por dia
adição) b) ou Ver 5.4.2 Quadro 24 -10 kg/m3 Sem limite a)
Mínima dosagem de (cimento +
k×adição) b)
a)
A menos que sejam especificados limites.
b)
Depende do conceito de adição utilizado, ver 5.4.2.
T

Quadro 23 – Critérios de conformidade para os valores pretendidosa) da consistência e da viscosidade


Abaixamento
≤ 40 ≥ 100
C

Valor pretendido, mm 50 a 90
Tolerância, mm ± 10 ± 20 ± 30
Grau de compatabilidade
Valor pretendido ≥ 1,26 1,25 a 1,11 ≤ 1,10
Tolerância ± 0,13 ± 0,11 ± 0,08
Diâmetro de espalhamento na mesa
Valor pretendido, mm Todos os valores
Tolerância, mm ± 40
Diâmetro de espalhamento
Valor pretendido, mm Todos os valores
Tolerância, mm ± 50
t500
Valor pretendido, s Todos os valores
Tolerância, s ±1
tV
Valor pretendido, s <9 ≥9
Tolerância, s ±3 ±5
a)
Estes valores aplicam-se se não houver valores alternativos indicados no Anexo D ou em disposições válidas no local de utilização.
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Quadro 24 – Número de aceitação dos critérios de conformidade do Quadro 22


AQL = 4 %
Número de resultados de ensaio Número de aceitação
1 – 12 0
13 – 19 1
20 – 31 2
32 – 39 3
40 – 49 4
50 – 64 5
65 – 79 6
80 – 94 7
95 – 100 8
Se o número de resultados de ensaio exceder 100, os números de aceitação apropriados poderão
ser obtidos no Quadro 2-A da ISO 2859-1:1999.

4
8.3 Controlo da conformidade do betão de composição prescrita, incluindo betão de composição
prescrita em norma
10
(1) Cada amassadura ou carga de um betão de composição prescrita deve ser avaliada quanto à conformidade
da dosagem de cimento, da máxima dimensão e proporções dos agregados, se especificadas, e, quando
relevante, da razão água/cimento, da dosagem do adjuvante ou da adição. As quantidades de cimento, de
agregados (de cada dimensão especificada), de adjuvantes e de adições, como indicadas no registo de
produção ou impressas a partir do sistema de registo de amassadura, devem encontrar-se dentro das
tolerâncias dadas no Quadro 27 e o valor da razão água/cimento não deve diferir do valor especificado mais
do que  0,04.
T

(2) Quando se avaliar a conformidade da composição através da análise do betão fresco, os métodos de
ensaio e os limites de conformidade devem ser previamente acordados entre o utilizador e o produtor, tendo
em conta os limites acima referidos e a precisão dos métodos de ensaio.
C

(3) Quando se avaliar a conformidade da consistência aplicam-se os parágrafos relevantes de 8.2.3 e os


Quadros 21 e 24.
(4) Para:
– o tipo e a classe de resistência do cimento;
– os tipos de agregado;
– o tipo de adjuvante, adição ou fibra, se for o caso;
– a origem dos constituintes do betão, se especificado,
deve ser avaliada a conformidade comparando os registos de produção e os documentos de entrega dos
constituintes com os requisitos especificados.
8.4 Ações em caso de não conformidade do produto
(1) Em caso de não conformidade, o produtor deve executar as seguintes ações:
– verificar os resultados dos ensaios e, se inválidos, tomar ações de forma a eliminar os erros;
– se a não conformidade se confirmar, implementar ações corretivas, incluindo uma revisão dos
procedimentos relevantes do controlo da produção;
– quando estiver confirmada uma não conformidade com as especificações do betão que não foi óbvia na
entrega, notificar o especificador e o produtor para evitar quaisquer danos subsequentes;
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– registar as ações acima.


(2) Se a não conformidade do betão resultar da adição de água ou de adjuvantes no estaleiro da obra (ver
7.5), o produtor tem que atuar apenas no caso de ter autorizado esta adição.
NOTA: Se o produtor tiver informado da não conformidade do betão ou se os resultados dos ensaios de conformidade não
satisfizerem os requisitos, poderão ser requeridos ensaios adicionais sobre carotes extraídas da estrutura ou dos elementos
estruturais, de acordo com a EN 12504-1, ou uma combinação de ensaios sobre carotes com ensaios não destrutivos na estrutura ou
nos elementos estruturais, por exemplo, de acordo com a EN 12504-2 ou com a EN 12504-4. A EN 13791 fornece orientações para a
avaliação da resistência na estrutura ou nos elementos estruturais.

9 Controlo da produção
9.1 Generalidades
(1) Todo o betão deve estar sujeito ao controlo da produção sob a responsabilidade do produtor.
(2) O controlo da produção compreende todas as medidas necessárias para manter as propriedades do betão

4
em conformidade com os requisitos especificados. Nela se inclui:
– seleção dos constituintes;
10
– composição do betão;
– produção do betão;
– inspeções e ensaios;
– utilização dos resultados dos ensaios efetuados sobre os materiais constituintes, o betão fresco e o betão
endurecido;
– calibração do equipamento;
T

– inspeção do equipamento utilizado no transporte do betão fresco, quando relevante;


– controlo da conformidade, para o qual são estabelecidas disposições na secção 8.
C

(3) Os requisitos para outros aspetos do controlo da produção são indicados nas secções seguintes. Estes
requisitos devem ser considerados tendo em conta o tipo e o volume da produção, as obras, o equipamento,
os procedimentos e as regras utilizadas no local de produção e de utilização do betão. Poderão ser
necessários requisitos adicionais para atender a circunstâncias especiais no local da produção ou a requisitos
específicos para determinadas estruturas ou elementos estruturais.
NOTA: A secção 9 tem em conta os princípios da EN ISO 9001.

9.2 Sistemas do controlo da produção


(1) A responsabilidade, a autoridade e a relação mútua entre todo o pessoal que gere, desempenha e verifica
o trabalho que afeta a qualidade do betão devem ser definidas num sistema do controlo da produção
documentado (manual do controlo da produção). Tal diz respeito particularmente ao pessoal que precisa de
autonomia e autoridade dentro da organização para minimizar o risco de betão não conforme e para
identificar e registar qualquer problema da qualidade.
(2) O sistema do controlo da produção deve ser revisto pela gestão do produtor, pelo menos de dois em dois
anos, para assegurar a aptidão e eficácia do sistema. Os registos destas revisões devem ser conservados, pelo
menos, durante 3 anos, a não ser que seja requerido um período mais longo por obrigações legais.
(3) O sistema do controlo da produção deve incluir procedimentos e instruções adequadamente
documentados. Quando relevante, estes procedimentos e instruções devem ser estabelecidos respeitando os
requisitos de controlo dos Quadros 28 e 29. As frequências pretendidas para os ensaios e inspeções efetuadas
pelo produtor devem estar documentadas. Os resultados dos ensaios e das inspeções devem ser registados.
NP
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9.3 Registos e outros documentos


(1) Devem ser registados todos os dados relevantes do controlo da produção, ver Quadro 25. Os registos do
controlo da produção devem ser conservados, pelo menos, durante 3 anos, a não ser que seja requerido um
período mais longo por obrigações legais.
Quadro 25 – Registos e outros documentos, quando relevantes
Assunto Registos e outros documentos
Requisitos especificados Especificação contratual ou resumo dos requisitos
Constituintes Nome dos fornecedores, origens e declaração de desempenho
Ensaios da água de amassadura (não Data e local da amostragem
requeridos para a água potável) Resultados dos ensaios
Ensaios dos constituintes Data e resultados dos ensaios
Descrição do betão
Registos das pesagens dos constituintes por amassadura ou carga (p. ex.,

4
Composição do betão dosagem de cimento)
Razão água/cimento
Teor de cloretos
Código do membro da família
10
Data e local da amostragem
Localização na estrutura, se conhecida
Consistência (método usado e resultados)
Viscosidade, se especificada
Resistência à segregação, se especificada
Ensaios do betão fresco
Capacidade de passagem, se especificada
Massa volúmica, se especificada
Dosagem de fibras, se especificado
T

Temperatura do betão, se especificada


Teor de ar, se especificado
Volume da amassadura ou da carga ensaiada
C

Número e código dos provetes a ensaiar


Razão água/cimento, se especificada
Data dos ensaios
Ensaios do betão endurecido Códigos e idades dos provetes
Resultados dos ensaios da massa volúmica e da resistência
Notas especiais (p. ex., padrão de rotura anormal do provete)
Avaliação da conformidade Conformidade/não conformidade com as especificações do betão
Nome do cliente
Adicionalmente, para o betão pronto Local da obra, p. ex., estaleiro da construção
Números e datas das guias de remessa relativas aos ensaios
Guias de remessa
Adicionalmente, para produtos Poderão ser requeridos dados adicionais ou diferentes na norma de produto
prefabricados de betão relevante

9.4 Ensaios
(1) Os ensaios devem ser executados de acordo com os métodos de ensaio estabelecidos na presente Norma
(métodos de ensaio de referência), mas poderão ser utilizados outros métodos de ensaio se tiver sido
estabelecida uma correlação ou relação fiável entre os resultados destes métodos de ensaio e os dos métodos
de referência. A relação fiável ou a correlação devem ser avaliadas quanto à sua validade, a intervalos
apropriados. Em caso de litígio, os métodos de referência prevalecem.
NP
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(2) Esta avaliação deve ser feita separadamente para cada local de produção que opera em condições
diferentes, a menos que a relação esteja especificada em disposições válidas no local de utilização.

9.5 Composição do betão e ensaios iniciais


(1) Caso seja utilizada uma nova composição de betão, devem ser executados ensaios iniciais para verificar
se o betão tem as propriedades especificadas ou o desempenho pretendido com uma margem adequada (ver
Anexo A). Quando houver experiência de longa duração com um betão ou família de betões semelhantes, os
ensaios iniciais não são requeridos, exceto se o betão for autocompactável. A formulação do betão e as
correspondentes correlações devem ser revistas quando houver uma alteração significativa dos materiais
constituintes. No caso dum betão de composição prescrita ou dum betão de composição prescrita em
norma*), não é necessária a realização dos ensaios iniciais pelo produtor.
(2) As novas composições de betão obtidas por interpolação entre composições de betão conhecidas ou por
extrapolações da resistência à compressão que não excedam 5 N/mm2 considera-se que satisfazem os
requisitos dos ensaios iniciais.

4
(3) As composições de betão devem ser revistas periodicamente para garantir que ainda estão conformes com
os requisitos, tendo em conta as alterações nas propriedades dos materiais constituintes e os resultados dos
ensaios de conformidade das composições de betão.
10
9.6 Pessoal, equipamento e instalação

9.6.1 Pessoal
(1) Os conhecimentos, a formação e a experiência do pessoal envolvido na produção e no controlo da
produção devem ser adequados ao tipo de betão, p. ex., betão autocompactável, betão leve.
T

(2) Devem ser mantidos registos apropriados da formação e da experiência do pessoal envolvido na produção
e no controlo da produção.
NOTA: Em alguns países, há requisitos especiais relativos ao nível de conhecimentos, de formação e de experiência para as
C

diferentes tarefas.

9.6.2 Equipamento e instalação

9.6.2.1 Armazenamento dos materiais constituintes


(1) Os materiais constituintes devem ser armazenados e manuseados de forma que as suas propriedades não
se alterem significativamente, p. ex., por ação do clima, por mistura ou contaminação, e que a conformidade
com a norma respetiva se mantenha.
(2) Os locais de armazenamento devem ser claramente identificados de modo a evitar erros na utilização dos
materiais constituintes.
(3) Devem ser tidas em conta as instruções especiais dos fornecedores dos materiais constituintes.
(4) Devem existir os meios necessários que permitam a colheita de amostras representativas, p. ex., em
pilhas, silos e contentores.

9.6.2.2 Equipamento de dosagem


(1) O desempenho do equipamento de dosagem deve ser tal que, sob condições normais de funcionamento,
as tolerâncias estabelecidas em 9.7 possam ser atingidas e mantidas.
(2) O equipamento de dosagem deve estar conforme com os requisitos do Quadro 26.

*)
Não há norma portuguesa para este betão, ver definição 3.1.1.19 (nota nacional).
NP
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Quadro 26 – Requisitos do equipamento de dosagem

Dosagem em massa
Carga em % da escala Carga mínimaa) até 20 % da escala 20 % da escala até carga máximaa)
Erro máximo admissível ±2% ±1%
em % da carga
Dosagem em volume
Volume medido < 30 l ≥ 30 l
Erro máximo admissível ±3% ±2%
em % do volume
a)
As cargas máxima e mínima são fornecidas pelo produtor do equipamento.

9.6.2.3 Betoneiras

4
(1) As betoneiras devem ser capazes de assegurar uma distribuição uniforme dos materiais constituintes e
uma consistência uniforme do betão dentro do tempo de amassadura e para a capacidade de mistura.
10
(2) As autobetoneiras e os equipamentos agitadores devem estar equipados de forma que o betão seja
entregue num estado homogéneo. Além disso, se no local e sob responsabilidade do produtor forem
adicionados água ou adjuvantes, as autobetoneiras devem possuir equipamentos de fornecimento e de
medição adequados. Se, sob responsabilidade do produtor, forem adicionadas fibras na autobetoneira, deve
estar disponível equipamento adequado de fornecimento e de medição, no local onde elas são adicionadas.

9.6.2.4 Equipamento de ensaio


T

(1) Todas as instalações, equipamentos e correspondentes instruções de utilização devem estar disponíveis,
quando requerido para a realização das inspeções e dos ensaios sobre o equipamento, os constituintes e o
betão.
C

(2) Os equipamentos de ensaio relevantes devem estar calibrados aquando da realização dos ensaios e o
produtor deve manter um programa de calibração.

9.7 Doseamento dos materiais constituintes


(1) Deve estar disponível no local de doseamento do betão uma instrução de doseamento, pormenorizando o
tipo e quantidade dos materiais constituintes.
(2) Para quantidades de betão iguais ou superiores a 1 m3, a tolerância de doseamento dos materiais
constituintes não deve exceder os limites estabelecidos no Quadro 27, exceto se outras tolerâncias forem
dadas em disposições válidas no local de utilização. Quando certo número de amassaduras são misturadas ou
voltadas a misturar numa autobetoneira, as tolerâncias do Quadro 27 aplicam-se à carga.
NOTA: Para mais informações, ver o Anexo L, linha 19.

Quadro 27 – Tolerâncias para o processo de doseamento dos materiais constituintes


Material constituinte Tolerância
Cimento
Água
Total dos agregados  3 % da quantidade requerida
Adições e fibras, usados em > 5 % em massa do cimento
Adjuvantes, adições e fibras, usados em  5 % em massa do cimento  5 % da quantidade requerida
NOTA: A tolerância é a diferença entre o valor pretendido e o valor medido.
NP
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(3) Os cimentos, os agregados correntes e pesados e as fibras, assim como as adições em pó, devem ser
doseados em massa, exceto se outros métodos atingirem a tolerância do doseamento requerida e se tal estiver
documentado.
(4) A água de amassadura, os agregados leves, os adjuvantes e as adições líquidas devem ser doseados em
massa ou em volume.

9.8 Amassadura do betão


(1) A mistura dos materiais constituintes deve ser feita numa betoneira de acordo com 9.6.2.3 e continuar até
que o betão esteja homogéneo.
(2) As betoneiras não devem ser carregadas para além da sua capacidade de amassadura.
(3) Quando há disposições para adicionar os constituintes listados em 7.5 após o processo principal de
amassadura, o betão deve voltar a ser amassado até que os constituintes tenham sido completamente
dispersos na amassadura ou carga e, no caso do adjuvante, até se ter tornado completamente eficaz.
NOTA: Para mais informações ver o Anexo L, linha 20.

4
(4) No caso do betão leve amassado com agregados não saturados, o período desde a amassadura inicial até
10
ao fim da última amassadura (p. ex. reamassadura numa autobetoneira) deve ser prolongado até que a
absorção de água pelos agregados, e subsequente expulsão do ar dos agregados leves, não tenha qualquer
impacto negativo significativo nas propriedades do betão endurecido.
(5) A composição do betão fresco não deve ser alterada depois de sair da betoneira *).

9.9 Procedimentos de controlo da produção


(1) Os constituintes, o equipamento, os procedimentos de produção e o betão devem ser controlados quanto à
T

sua conformidade com as especificações e com os requisitos da presente Norma. O controlo deve permitir a
deteção de alterações significativas com influência sobre as propriedades e a tomada de ações corretivas
adequadas.
C

(2) Deve ser estabelecido um procedimento **)que assegure que a entrega, o armazenamento e a utilização
dos constituintes se façam corretamente, incluindo:
– verificar que o material entregue é o que foi encomendado;
– verificar que a descarga é feita no local correto;
– evitar a descarga de quaisquer materiais claramente não conformes;
– armazenar os materiais de modo a minimizar o risco de contaminação ou deterioração;
– manter registos das entregas;
– ensaiar todas as propriedades das entregas suspeitas, cuja conformidade com a norma relevante ou com
outra especificação causa dúvida;
– verificar o teor de água dos agregados.
NOTA: Para produzir betão autocompactável consistente, é essencial ter constituintes com propriedades estáveis. Estas
propriedades necessitarão de ser monitorizadas mais frequentemente do que no caso do betão não autocompactável.

(3) Se um produtor de betão produzir os seus próprios agregados, este produtor deve ser considerado como
um produtor de agregados e deve cumprir os aspetos técnicos da norma europeia de agregados relevante.

*)
Ver Anexo NA.1 – 9.8 (5) (nota nacional).
**)
Ver Anexo NA.1 – 9.9 (2) (nota nacional).
NP
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(4) O controlo do equipamento deve assegurar que as instalações de armazenamento, o equipamento de


pesagem e de doseamento, a betoneira e os aparelhos e utensílios de controlo (p. ex., a medição do teor de
água dos agregados) estão em boas condições de funcionamento e satisfazem os requisitos da presente
Norma. A frequência das inspeções e dos ensaios do equipamento (se utilizado) é estabelecida no Quadro 28.
(5) As instalações, o equipamento e os meios de transporte devem ser objeto de um sistema de manutenção
planeado e ser mantidos em condições de funcionamento eficiente de forma que as propriedades e a
quantidade de betão não sejam afetadas adversamente.
(6) As propriedades do betão de comportamento especificado devem ser controladas em relação aos
requisitos especificados no Quadro 29.
(7) As proporções do betão de composição prescrita, a sua consistência e temperatura, quando especificadas,
devem ser controladas de acordo com os requisitos do Quadro 29, sempre que as linhas forem relevantes
para o betão de composição prescrita.
(8) O controlo deve incluir a produção, o transporte até ao ponto de entrega e a entrega.

4
(9) Para alguns betões, poderão ser necessários requisitos adicionais no controlo da produção. Estes não
estão definidos na presente Norma. Se o contrato tiver definido requisitos especiais para o betão, o controlo
da produção deve incluir ações apropriadas, além das indicadas no Quadro 29.
10
(10) As ações previstas nos Quadros 28 e 29 poderão ser adaptadas, em casos especiais, às condições
específicas do local de produção e ser substituídas por ações que forneçam um nível equivalente de
controlo*).
T
C

*)
Ver Anexo NA.1 – 9.9 (10) (nota nacional).
NP
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Quadro 28 – Controlo do equipamento


Equipamento Inspeção/ensaio Objetivo Frequência mínima
1 Pilhas de armazena- Inspeção visual Assegurar conformidade com os Uma vez por semana
mento, contentores, requisitos
etc.
2 Inspeção visual do Assegurar que o equipamento de pesagem Diariamente
Equipamento de funcionamento está limpo e funciona corretamente
3 pesagem Ensaio do equipamento Assegurar conformidade com os Na instalação; Periódica- te a)
de pesagem requisitos de 9.6.2.2 dependendo de disposições
válidas no local de utilização;
Em caso de dúvida
4 Doseadores de Inspeção visual do Assegurar que o equipamento está limpo Primeira utilização do dia para
adjuvantes (incluindo funcionamento e funciona corretamente cada adjuvante
5 os montados nas Ensaio do equipamento Assegurar conformidade com os Na instalação;
autobetoneiras) de medição e realização requisitos de 9.6.2.2 Periodicamente a) após instalação;
duma descarga completa Em caso de dúvida
6 Contador e fornece-
dor de água montado
na autobetoneira
Ensaio do equipamento
de medição

4
Assegurar conformidade com os
requisitos de 9.6.2.2
Na instalação;
Periodicamente a) após instalação;
Em caso de dúvida
10
7 Equipamento para Comparação da Assegurar valores corretos Na instalação;
medição contínua do quantidade real com a Periodicamente a) após instalação;
teor de água dos leitura do medidor Em caso de dúvida
agregados
8 Inspeção visual Assegurar que o equipamento de Diariamente
dosagem funciona corretamente
9 Comparação (por um mé- Assegurar conformidade com os Na instalação;
todo adequado em função requisitos da secção 9.7 Periodicamente a) após instalação;
do sistema de dosagem) da
T

Sistema de dosagem massa real dos constituin- Em caso de dúvida


tes com a massa preten-
dida e, no caso de dosa-
gem automática, com a
C

massa registada
10 Aparelhos e utensílios Calibração segundo as Verificar a conformidade Periodicamente a)
de ensaio normas nacionais ou EN Para os aparelhos e utensílios de
relevantes ensaio da resistência, pelo menos
uma vez por ano
11 Betoneiras (incluindo Inspeção visual Verificar o desgaste do equipamento de Periodicamente a)
autobetoneiras) amassadura
a)
A frequência depende do tipo de equipamento, da sua sensibilidade durante a utilização e das condições de produção da central.
NP
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Quadro 29 – Controlo dos procedimentos de produção e das propriedades do betão


Tipo de ensaio Inspeção/ ensaio Objetivo Frequência mínima
1 Propriedades do Ensaios iniciais (ver Provar que as propriedades especifica- Antes de utilizar uma nova composição
betão de comporta- Anexo A) das são satisfeitas com uma margem de betão
mento especificado adequada pela composição proposta
2 Teor de água dos Sistema de medição Determinar a massa seca do agregadoSe não for contínua, diariamente,
agregados finos contínua, ensaio de e a água a adicionar podendo ser necessária uma maior ou
secagem ou equivalente menor frequência, função do local e das
condições atmosféricas
3 Teor de água dos Ensaio de secagem ou Determinar a massa seca do agregado Função do local e das condições
agregados grossos equivalente e a água a adicionar atmosféricas
4 Dosagem de água Verificar a quantidade Fornecer o valor da razão Cada amassadura ou carga
do betão fresco de água adicionada b) água/cimento
5 Teor de cloretos do Determinação inicial Assegurar que o máximo teor de Aquando da realização dos ensaios
betão por cálculo cloretos não é excedido iniciais
No caso dum aumento no teor de cloretos

4
dos constituintes
6 Inspeção visual Comparar com a aparência normal Cada amassadura ou carga
7 Ensaio de consistência Onde a consistência é especificada, como
10
segundo a EN 12350-2, o Quadro 17 para resistência à
a EN 12350-4 ou a compressão
Avaliar o cumprimento dos valores
EN 12350–5 especificados da consistência e Aquando do ensaio do teor de ar
Consistência verificar, p. ex., possíveis variações Em caso de dúvida após inspeção visual
8 Ensaio de consistência da dosagem de água Pelo menos 1 vez/dia
segundo a EN 12350-8 Aquando do ensaio da resistência à
compressão (mesma frequência)
Aquando do ensaio do teor de ar
Em caso de dúvida após inspeção visual
T

9 Viscosidade do EN 12350-8 ou Aquando da realização dos ensaios


betão EN 12350-9 iniciais
10 Capacidade de EN 12350-10 ou Para avaliar o cumprimento dos Antes de utilizar uma nova composição
de betão
C

passagem EN 12350-12 valores declarados da consistência


Em caso de mudança dos constituintes
11 Resistência à
EN 12350-11 Em caso de dúvida depois duma inspeção
segregação
visual ou do ensaio de espalhamento
12 Massa volúmica do Ensaio de massa Supervisionar a amassadura e Diariamente
betão fresco volúmica segundo a controlar a massa volúmica do betão
EN 12350-6 leve e do betão pesado
13 Dosagem de Verificar a massa do Verificar dosagem de cimento e Cada amassadura ou carga
cimento do betão cimento da amassadurab) fornecer valores para a razão
fresco água/cimento
14 Dosagem de Verificar a massa de Verificar dosagem de adições e Cada amassadura ou carga
adições do betão adições da amassadurab) fornecer valores para a razão
fresco água/cimento (ver 5.4.2)
15 Dosagem de Verificar a massa ou Verificar a dosagem de adjuvantes Cada amassadura ou carga
adjuvantes do betão volume de adjuvantes da
fresco amassadurab)
16 Razão água/cimento Por cálculo ou por Avaliar o cumprimento da razão Diariamente, quando especificado
do betão fresco método de ensaio, ver água/cimento especificada
5.4.2
17 Teor de ar do betão Para o betão corrente e o Avaliar o cumprimento do teor de ar Para betões com ar introduzido:
fresco, quando betão pesado, ensaio introduzido especificado primeiras amassaduras ou cargas de cada
especificado segundo a EN 12350-7 dia de produção até que os valores
Para o betão leve, estabilizem
segundo a ASTM C 173
(continua)
NP
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Quadro 29 – Controlo dos procedimentos de produção e das propriedades do betão (conclusão)


Tipo de ensaio Inspeção/ ensaio Objetivo Frequência mínima
18 Temperatura do Medir a temperatura Avaliar o cumprimento da Em caso de dúvida;
betão fresco temperatura mínima de 5 ºC ou do Quando a temperatura for especificada:
limite especificado - periodicamente, dependendo da
situação;
- cada amassadura ou carga quando
a temperatura está perto do limite
19 Massa volúmica do Ensaio segundo a Avaliar o cumprimento da massa Quando a massa volúmica for
betão leve ou do EN 12390-7 a) volúmica especificada especificada, frequência igual à da
betão pesado resistência à compressão
endurecido
20 Ensaio de resistência Ensaio segundo a Avaliar o cumprimento da resistência Quando a resistência à compressão for
à compressão em EN 12390-3 especificada especificada, frequência igual à do
provetes de betão controlo da conformidade, ver 8.1 e 8.2.1
moldados

4
a)
Poderá também ser ensaiado em condições saturadas, desde que esteja estabelecida a correlação com a massa volúmica seca.
b)
Quando não é utilizado equipamento de registo e as tolerâncias da dosagem da amassadura ou da carga são excedidas,
registar a quantidade doseada no registo da produção.
10
10 Avaliação da conformidade
10.1 Generalidades
(1) O produtor é responsável pela avaliação da conformidade dos requisitos especificados para o betão. Com
esta finalidade, o produtor deve executar as seguintes tarefas:
T

a) ensaios iniciais, quando requeridos (ver secção 9.5 e Anexo A);


b) controlo da produção (ver secção 9), incluindo o controlo da conformidade (ver secção 8).
(2) A inspeção do controlo da produção e a certificação da sua conformidade por organismos de controlo e
C

de certificação acreditados dependerá do nível dos requisitos de desempenho do betão, da utilização prevista,
do tipo de produção e da margem de segurança da composição do betão.
(3) Em geral, é recomendada a inspeção e a certificação do controlo da produção por organismos de controlo
e de certificação acreditados. Tal não é considerado necessário para o betão de composição prescrita em
norma com uma elevada margem de segurança na composição (ver Anexo A.5).
(4) Para produtos prefabricados de betão, os requisitos e as disposições para a avaliação da conformidade são
estabelecidos nas especificações técnicas relevantes (normas de produto e aprovações técnicas).

10.2 Avaliação, acompanhamento e certificação do controlo da produção


(1) Quando for requerido, ou num contrato ou em disposições válidas no local de utilização do betão *), que o
controlo da produção pelo produtor deve ser avaliado e supervisionado por um organismo de controlo
acreditado e posteriormente certificado por um organismo de certificação acreditado, aplicam-se as
disposições para a avaliação, manutenção e certificação estabelecidas no Anexo C.

11 Designação do betão de comportamento especificado


(1) Quando se pretender indicar de uma forma abreviada as características essenciais do betão de
comportamento especificado, deve aplicar-se o seguinte formato:

*)
Ver a legislação nacional em vigor na altura da utilização do betão (nota nacional).
NP
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– referência à presente Norma: EN 206;


– classe de resistência à compressão: como definida nos Quadros 12 ou 13, p. ex., C25/30;
– classe(s) de exposição: classe(s) definida(s) no Quadro 1. Se o betão for para exportar, a classe de
exposição é seguida da abreviatura do nome do país2) que estabeleceu os valores limite, a composição e as
propriedades do betão ou outro conjunto de requisitos, p. ex., XD2(F) quando se aplicam as disposições
francesas;
– máximo teor de cloretos: a classe definida no Quadro 15, p. ex., Cl 0,20;
– valor declarado da dimensão máxima do agregado mais grosso utilizado no betão: o valor de Dmax, p. ex.,
Dmax 22;
– massa volúmica: a designação da classe como definida no Quadro 14 ou o valor pretendido, p. ex., D 1,8;
– consistência: a classe como definida em 4.2.1 ou o valor pretendido e o respetivo método.

4
10
T
C

2)
De acordo com o código internacionalmente reconhecido para os veículos automóveis. À abreviatura do nome do país poderá ser
adicionada mais informação sobre as disposições.
NP
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Anexo A
(normativo)

Ensaios iniciais

A.1 Generalidades
(1) Este Anexo pormenoriza os ensaios iniciais como requerido em 5.2.5.1, 6.1 e 9.5.
(2) Os ensaios iniciais devem estabelecer uma composição de betão conforme com todos os requisitos
especificados para o betão fresco e endurecido. Se o produtor ou o especificador, baseado em dados de
ensaios prévios ou numa experiência de longa duração, puder demonstrar a adequação duma composição, tal
poderá ser considerado uma alternativa a estes ensaios iniciais.

A.2 Responsável pelos ensaios iniciais

4
(1) Os ensaios iniciais devem ser da responsabilidade do produtor no caso do betão de comportamento
10
especificado, do especificador no caso do betão de composição prescrita e do organismo de normalização no
caso do betão de composição prescrita em norma.

A.3 Frequência dos ensaios iniciais


(1) Os ensaios iniciais devem ser executados antes da utilização de um novo betão ou de uma nova família de
betões.
(2) Os ensaios iniciais devem ser repetidos se houver uma alteração significativa nos constituintes ou nos
T

requisitos especificados em que se basearam os ensaios anteriores.

A.4 Condições de ensaio


C

(1) Em geral, os ensaios iniciais devem ser executados sobre betão fresco com uma temperatura entre 15 ºC e
22 ºC.
NOTA 1: Para mais informações, ver Anexo L, linha 21.

(2) Para os ensaios iniciais de um dado betão, devem ser feitas pelo menos três amassaduras e ensaiados pelo
menos três provetes de cada uma delas. Quando forem efetuados ensaios iniciais duma família de betões, o
número de betões a amostrar deve abranger a gama de composições da família. Neste caso, poderá efetuar-se
apenas uma amassadura por betão.
(3) A resistência de uma amassadura ou carga deve ser a média dos resultados dos ensaios. O resultado do
ensaio inicial do betão é a média das resistências das amassaduras ou cargas.
(4) Devem ser registados os tempos entre a amassadura e o ensaio de consistência, bem como os resultados
dos ensaios.
(5) É necessário um número significativamente maior de ensaios para definir a composição de um betão de
composição prescrita em norma, de modo a abranger todos os constituintes permitidos que se prevê possam
ser utilizados a nível nacional*). Os resultados dos ensaios iniciais devem ser documentados pelo organismo
de normalização responsável.
(6) Se o betão contiver fibras, os ensaios iniciais devem verificar se o procedimento documentado do
produtor conduz a uma distribuição homogénea das fibras em toda a amassadura. Este requisito é satisfeito

*)
Não há norma portuguesa para este betão, ver definição 3.1.1.19 (nota nacional).
NP
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se os resultados dos ensaios estiverem conformes com os critérios do Anexo B.5 e a dosagem de fibras na
amassadura for igual à dosagem de fibras especificado.
(7) No caso do betão autocompactável, os ensaios iniciais devem incluir um estudo da robustez da
composição no que respeita a variações da dosagem de água. Esta investigação pretende determinar a gama
permitida de dosagens de água dentro das quais são satisfeitas as especificações relativas ao estado fresco
(consistência, viscosidade, capacidade de passagem e resistência à segregação).
(8) Se for utilizada água recuperada na produção de betão autocompactável, os ensaios iniciais devem
demonstrar que as propriedades do betão fresco são adequadas, tendo em conta as variações do teor de
sólidos e a análise química da água recuperada no local de produção previsto.
(9) Quando forem utilizados agregados reciclados na produção de betão, deve ser considerada a necessidade
de realizar ensaios para determinar a retração por secagem, a fluência e o módulo de elasticidade.
NOTA 2: Para mais informações, ver Anexo L, linha 22.

A.5 Critérios para aceitação dos ensaios iniciais

4
(1) Para avaliar as propriedades do betão, em particular as do betão fresco, e a distribuição dos vazios no
betão endurecido, quando relevante, devem ser tidas em consideração as diferenças entre o tipo de betoneira
10
e os procedimentos de amassadura utilizados durante os ensaios iniciais e os utilizados em curso de
produção.
(2) A resistência à compressão do betão com a composição a utilizar no caso real deve exceder o valor de fck
dos Quadros 12 ou 13 com uma margem adequada. Esta margem deverá ser cerca de duas vezes o desvio
padrão esperado, o que significa uma margem de, pelo menos, 6 N/mm2 a 12 N/mm2, dependendo das
instalações de produção, dos constituintes e da informação anterior disponível sobre a variação.
T

(3) O critério para a aceitação dos resultados dos ensaios iniciais para o betão de composição prescrita em
norma é:
fcm  fck + 12 (A.1)
C

(4) A consistência do betão deve estar dentro dos limites da classe de consistência no momento em que se
espera que o betão seja colocado ou, no caso de betão pronto, que seja entregue.
(5) No caso do betão autocompactável, os ensaios iniciais devem demonstrar que, na gama permitida de
espalhamentos, a composição do betão mantém as propriedades declaradas em termos de viscosidade,
capacidade de passagem e resistência à segregação.
(6) Para outras propriedades especificadas, o betão deve satisfazer os valores especificados com uma
margem apropriada.
NP
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Anexo B
(normativo)

Ensaios de identidade

B.1 Generalidades
(1) Este Anexo pormenoriza os ensaios de identidade como referido em 8.2.1.1 e 8.2.3.1*)
(2) Os ensaios de identidade indicam se um determinado volume de betão em análise pertence à mesma
população que foi verificada como conforme através da avaliação da conformidade feita pelo produtor *).

B.2 Plano de amostragem e ensaio


(1) Quando se pretender efetuar ensaios de identidade deve ser definido o volume de betão em análise**),
p. ex.:

4
– a amassadura ou a carga, em caso de dúvida quanto à sua qualidade;
10
– o betão fornecido para cada piso dum edifício ou grupo de vigas /lajes ou pilares /paredes de um piso de
um edifício ou partes semelhantes de outras estruturas;
– o betão entregue num estaleiro durante uma semana, mas não mais de 400 m3.
(2) Deve ser definido o número de amostras a retirar do volume de betão em causa **).
(3) As amostras devem ser colhidas das diferentes amassaduras ou cargas de acordo com a EN 12350-1.
T

(4) Os provetes para a determinação da resistência à compressão devem ser preparados e curados de acordo
com a EN 12390-2. A resistência à compressão dos provetes deve ser determinada de acordo com a
EN 12390-3**). O resultado do ensaio deve ser a média dos resultados de dois ou mais provetes duma
C

amostra e ensaiados com a mesma idade. Se o intervalo de variação dos resultados individuais de ensaio for
superior a 15 % da sua média, os resultados não devem ser considerados, a menos que um estudo revele uma
razão aceitável que justifique a eliminação de um resultado individual de ensaio.
(5) A consistência, o teor de ar do betão fresco, a viscosidade, a capacidade de passagem e a segregação
devem ser ensaiados de acordo com o Quadro 21.

B.3 Critérios de identidade para a resistência à compressão


B.3.1 Betão com certificação do controlo da produção
(1) A identidade do betão é avaliada com base em cada resultado individual de ensaio da resistência à
compressão e na média de “n” resultados discretos sem sobreposição.
(2) Presume-se que o betão pertence a uma população conforme, se ambos os critérios do Quadro B.1 forem
satisfeitos pelos “n” resultados dos ensaios de resistência de amostras colhidas do volume de betão em
análise. ***)

*)
Ver Anexo NA.1 – B.1 (1) e (2) (nota nacional).
**)
Ver Anexo Nacional NA.1 – B.2 (1) e (2) (nota nacional).
***)
Ver Anexo Nacional NA.1 – B.3.1 (2) (nota nacional).
NP
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Quadro B.1 – Critérios de identidade para a resistência à compressão


Número “n” Critério 1 Critério 2
de resultados de ensaio da
resistência à compressão do Média de “n” resultados (fcm) Qualquer resultado individual (fci)
volume de betão em análise N/mm2 N/mm2
1 Não aplicável
2-4  fck + 1  fck - 4
5-6  fck + 2
NOTA: Os critérios de identidade do Quadro B.1 conduzem a 1 % de probabilidade de rejeitar um volume de betão conforme.

B.3.2 Betão sem certificação do controlo da produção


(1) Devem colher-se pelo menos 3 amostras para ensaio do volume de betão em análise.

4
(2) Presume-se que o betão pertence a uma população conforme se forem satisfeitos os critérios de
conformidade estabelecidos em 8.2.1.3 para a produção inicial.

B.4 Critérios de identidade para a consistência e o teor de ar*)


10
A identidade do betão é avaliada em cada resultado de ensaio individual como estabelecido no Quadro 21.
Presume-se que o betão pertence a uma população conforme se os critérios do Quadro 21 forem satisfeitos
para cada resultado individual obtido nos ensaios de amostras colhidas do volume de betão em análise.

B.5 Critérios de identidade para a dosagem de fibras e a homogeneidade da sua


distribuição no betão fresco
T

(1) O procedimento de ensaio para a determinação da dosagem de fibras de aço e da homogeneidade da sua
distribuição no betão fresco deve estar conforme a EN 14721 utilizando três amostras por carga. O
C

procedimento de ensaio (excluindo amostragem) para a dosagem e a homogeneidade da distribuição das


fibras poliméricas da classe II deve estar de acordo com a EN 14488-7. Para as fibras poliméricas das classes
Ia e Ib devem utilizar-se métodos de ensaio válidos no local de utilização. Em todos os casos, devem ser
colhidas durante a descarga amostras do primeiro, do segundo e do terceiro terço da carga.
(2) Presume-se que o betão provém de uma população conforme se forem satisfeitos ambos os critérios do
Quadro B.2.
Quadro B.2 – Critérios de identidade combinados para a dosagem de fibras e a homogeneidade da sua
distribuição no betão fresco

Aplicável Critério
a cada amostra ≥ 0,80 do valor mínimo especificado
à média de 3 amostras duma carga ≥ 0,85 do valor mínimo especificado

*)
Ver Anexo Nacional NA.1 – B4 (nota nacional).
NP
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Anexo C
(normativo)

Disposições para a avaliação, acompanhamento e certificação do controlo da


produção

C.1 Generalidades
(1) Este Anexo contém as disposições para a avaliação, acompanhamento e certificação do controlo da
produção por um organismo acreditado, quando requerido para o controlo da produção (ver secção 9).

C.2 Atribuições do organismo de controlo


C.2.1 Avaliação inicial do controlo da produção

4
(1) Uma inspeção inicial à central de betão e ao seu controlo da produção, deve ser realizada por um
organismo de controlo acreditado. A inspeção inicial tem por finalidade determinar se as condições para uma
10
correta produção e para o correspondente controlo da produção, em termos de pessoal e de equipamento, são
adequadas.
(2) O organismo de controlo deve verificar, pelo menos:
– o manual do controlo da produção do produtor e avaliar as disposições deste, em particular se está
conforme com os requisitos do controlo da produção da secção 9 e se tem em consideração os requisitos
da presente Norma;
T

– a disponibilidade de documentos atualizados, essenciais para as inspeções da central, nos locais


apropriados e se o pessoal relevante tem acesso a eles;
– se todos os meios e equipamentos estão disponíveis para efetuar as inspeções e os ensaios necessários ao
C

equipamento, aos constituintes e ao betão;


– o conhecimento, a formação e a experiência do pessoal ligado à produção e ao controlo da produção;
– se os ensaios iniciais são realizados de acordo com o Anexo A da presente Norma e se são objeto de um
relatório elaborado de forma adequada.
(3) Se forem realizados ensaios indiretos ou se a conformidade da resistência for baseada em resultados
transpostos do conceito de família de betões, o produtor deve demonstrar a correlação ou a relação fiável
entre os ensaios diretos e indiretos satisfatoriamente ao organismo de controlo.
(4) Para garantir a fiabilidade dos resultados do controlo da produção, o organismo de controlo deve realizar
ensaios pontuais em paralelo com os do produtor. Tais ensaios poderão ser substituídos por um
acompanhamento detalhado dos dados e do sistema de controlo do produtor, se o laboratório de ensaios do
produtor estiver acreditado e sob acompanhamento dum organismo de acreditação.
(5) Todos os factos relevantes encontrados na inspeção inicial, especialmente quanto ao equipamento no
local de produção, ao sistema de controlo da produção e à avaliação do sistema, devem ser documentados no
relatório de avaliação.
(6) Se a unidade de produção tiver respondido satisfatoriamente na inspeção inicial feita pelo organismo de
controlo, este deve emitir um relatório de avaliação que ateste a conformidade do controlo da produção com
a secção 9 da presente Norma. Este relatório deve ser entregue ao produtor e ao organismo de certificação
acreditado.
NP
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NOTA: O organismo de certificação acreditado decidirá, com base neste relatório, da certificação do controlo da produção (ver
C.3.1).

C.2.2 Acompanhamento contínuo do controlo da produção

C.2.2.1 Inspeção de rotina


(1) O objetivo principal da inspeção de rotina pelo organismo de controlo é verificar se os pré-requisitos para
a produção e para o controlo da produção acordados estão a ser cumpridos. Para tal, o relatório da avaliação
da inspeção inicial é utilizado como uma declaração do controlo da produção acordado.
(2) O produtor é responsável pela manutenção do sistema do controlo da produção. Se forem feitas alterações
significativas nas instalações da produção, no sistema do controlo da produção ou no manual do controlo da
produção, o produtor deve informar o organismo de controlo, que poderá decidir realizar uma nova inspeção.
(3) Durante a inspeção de rotina, o organismo de controlo deve avaliar pelo menos:
– os procedimentos de produção, de amostragem e de ensaio;
– os registos;

4
– os resultados dos ensaios referentes ao controlo da produção durante o período da inspeção;
10
– se os ensaios ou procedimentos requeridos foram realizados com a frequência apropriada;
– se os equipamentos de produção são verificados e mantidos como estabelecido;
– se os equipamentos de ensaio são mantidos e calibrados como estabelecido;
– as ações tomadas relacionadas com qualquer não conformidade;
– as guias de remessa e as declarações de conformidade, quando aplicável.
T

(4) Para garantir a confiança na amostragem e nos ensaios do controlo da produção feitos pelo produtor, o
organismo de controlo deve, durante a inspeção de rotina, colher amostras pontuais da produção em curso,
para ensaio. Para tal, a colheita não deve ser previamente anunciada. O organismo de controlo deve
C

determinar para cada unidade de produção a frequência adequada para realizar os ensaios de betão, tendo em
conta as circunstâncias particulares. Tais ensaios poderão ser substituídos, em circunstâncias individuais
especiais, por um acompanhamento detalhado dos dados da produção e do sistema do controlo, desde que o
laboratório de ensaios do produtor esteja acreditado e sob acompanhamento dum organismo de acreditação.
(5) Os betões de comportamento especificado devem ser ensaiados quanto às propriedades especificadas,
p. ex., resistência, consistência. Para o betão de composição prescrita os ensaios devem cobrir somente a
consistência e a composição.
(6) Deve ser feita uma comparação entre os resultados dos ensaios de rotina feitos pelo produtor e os
resultados dos ensaios feitos pelo organismo de controlo.
(7) Periodicamente, o organismo de controlo deve avaliar a relação fiável entre os ensaios diretos e indiretos
e as relações entre os elementos de uma família de betões.
(8) Os resultados da inspeção de rotina devem ser documentados num relatório, que será entregue ao
produtor e ao organismo de certificação.
(9) As inspeções de rotina devem ser realizadas, pelo menos, duas vezes por ano, exceto se o sistema de
verificação ou de certificação definir condições para o aumento ou diminuição desta frequência.

C.2.2.2 Inspeções extraordinárias


(1) É necessária uma inspeção extraordinária:
– se forem detetadas graves discrepâncias durante uma inspeção de rotina (re-inspeção);
NP
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– quando a produção tiver sido interrompida por um período superior a seis meses;
– a pedido do produtor, p. ex., devido a alterações nas condições de produção;
– se requerido pelo organismo de certificação, com a devida justificação.
(2) O âmbito, o tipo e a data da inspeção extraordinária dependem da situação particular.

C.3 Atribuições do organismo de certificação


C.3.1 Certificação do controlo da produção
(1) O organismo de certificação deve certificar o controlo da produção com base num relatório do organismo
de controlo, que estabeleça que a unidade de produção foi submetida à avaliação inicial do controlo da
produção feita pelo organismo de controlo.
(2) O organismo de certificação deve decidir sobre a continuação da validade do certificado com base nos
relatórios do acompanhamento contínuo do controlo da produção.

C.3.2 Medidas em caso de não conformidade

4
10
(1) Se o organismo de controlo identificar não conformidades com a especificação ou se tiverem sido
encontrados defeitos no processo de produção ou no controlo da produção sem que o produtor tenha reagido
adequadamente e em tempo útil (ver 8.4), o organismo de certificação deve requerer ao produtor que corrija
os defeitos dentro de um período relativamente curto. As ações tomadas pelo produtor devem ser verificadas
pelo organismo de controlo.
(2) Se for apropriado, deve fazer-se uma inspeção extraordinária e ensaios adicionais no caso de não
conformidade com:
T

– a resistência;
– a razão água/cimento;
C

– os limites básicos da composição;


– a classe de desempenho do betão reforçado com fibras;
– a massa volúmica do betão de comportamento especificado, leve ou pesado;
– a composição especificada, no caso do betão de composição prescrita.
(3) Se os resultados da inspeção extraordinária não forem satisfatórios ou se os ensaios adicionais não
satisfizerem os critérios estabelecidos, o organismo de certificação deve suspender ou anular sem demora o
certificado de conformidade do controlo da produção.
NOTA: Após a suspensão ou anulação do certificado do controlo da produção, o produtor não pode continuar a fazer referência
ao certificado.

(4) No caso de outras não conformidades, o organismo de certificação poderá considerar não ser necessária
uma inspeção extraordinária e poderá aceitar evidência documental em como a não conformidade foi
retificada. Tal evidência deve ser confirmada durante a próxima inspeção de rotina.
NP
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Anexo D
(normativo)

Requisitos adicionais para a especificação e a conformidade do betão para obras


geotécnicas especiais

D.1 Generalidades
(1) Este Anexo estabelece requisitos adicionais para o betão utilizado em:
– estacas moldadas de acordo com a EN 1536;
– paredes moldadas de acordo com a EN 1538;
– estacas moldadas com cravação do molde de acordo com a EN 12699;
– microestacas de acordo com a EN 14199.

4
NOTA 1: Este Anexo é o resultado da inclusão, na presente Norma, das regras normativas do betão para obras geotécnicas
10
especiais até agora estabelecidas nas EN 1536, EN 1538, EN 12699 e EN 14199, procurando uma harmonização do sistema de
regras para a especificação e a conformidade do betão utilizado na execução de várias obras de betão.

(2) Os requisitos estabelecidos neste Anexo tem que ser especificados de acordo com 6.2.
(3) Para as aplicações listadas acima, devem prevalecer as disposições específicas deste Anexo D.
NOTA 2: Para obras geotécnicas especiais, as disposições sobre cimentos, dosagem mínima de cimento, mínima dosagem de finos,
máxima razão água/cimento, valores pretendidos da consistência e máximas tolerâncias dos valores pretendidos podem diferir das
disposições para outras obras.
T

D.2 Constituintes
C

D.2.1 Cimento
(1) O cimento deve cumprir as disposições válidas no local de utilização*) tendo em conta as classes de
exposição especificadas e deve estar estabelecida a sua aptidão para a utilização nas aplicações geotécnicas
cobertas por este Anexo.
(2) O cimento deve ser dos seguintes tipos como definido na EN 197-1 ou ser de um tipo permitido em (3):
– Cimento Portland CEM I;
– Cimento Portland de escória CEM II/A-S e II/B-S;
– Cimento Portland de sílica de fumo CEM II/A-D;
– Cimento Portland de pozolana CEM II/A-P e II/B-P;
– Cimento Portland de cinza volante CEM II/A-V e II/B-V;
– Cimento Portland de xisto cozido CEM II/A-T e II/B-T;
– Cimento Portland de calcário CEM II/A-LL;
– Cimento Portland composto CEM II/A-M (S-V) e CEM II/B-M (S-V);
– Cimento Portland composto CEM II/A-M (S-LL, V-LL) e CEM II/B-M (S-LL, V-LL);
– Cimento de alto-forno CEM III/A, III/B e III/C.

*)
Ver Anexo NA.1 – D.2.1 (1) (nota nacional).
NP
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(3) Os tipos de cimentos permitidos em 5.1.2, mas não listados em (2), poderão ser utilizados se as suas
aptidões para serem utilizados nas obras geotécnicas cobertas por este Anexo forem estabelecidas em
disposições válidas no local de utilização do betão*).

D.2.2 Agregados
(1) Para minimizar a segregação, os agregados deverão ser de granulometria contínua, sendo preferível
agregados arredondados.
NOTA: A utilização de agregados reciclados ou porosos pode afetar a consistência ao longo do tempo.

(2) O Dsup especificado não deve exceder:


– em estacas ou paredes moldadas: 32 mm ou 1/4 do espaço entre armaduras longitudinais;
– em estacas moldadas com cravação do molde: 32 mm ou 1/3 do espaço entre armaduras longitudinais;
– em microestacas: 16 mm ou 1/4 do espaço entre armaduras longitudinais;

4
– no caso de colocação submersa: 1/6 do diâmetro interno da tremonha ou do tubo de bombagem;
tomando-se o valor mais pequeno.
10
(3) Deve ser especificado um valor para Dinf .

D.3 Betão
D.3.1 Requisitos gerais para a especificação e aceitação da composição
(1) A composição do betão deve satisfazer a especificação, a qual deve ter em conta a necessidade:
– de uma elevada resistência à segregação;
T

– de adequada plasticidade e boa coesão;


– de bom escoamento;
C

– de ser capaz de compactar adequadamente por gravidade;


– de suficiente trabalhabilidade face à duração das operações de colocação, incluindo a remoção de qualquer
cofragem temporária.
NOTA: A escolha do cimento e a utilização de adições podem melhorar certas propriedades do betão.

(2) A composição do betão deve ser aceite antes da produção.

D.3.2 Dosagem mínima de finos e dosagem mínima de cimento


(1) Nas estacas moldadas e nas moldadas com cravação do molde, as dosagens de finos e de cimento devem
ser especificadas de acordo com o Quadro D.1.
(2) Para betão semi-seco compactado durante a betonagem das estacas moldadas com cravação do molde,
deve especificar-se uma dosagem mínima de cimento de 350 kg/m3 e uma classe de resistência mínima de
C25/30.
(3) Para microestacas, deve especificar-se uma dosagem mínima de cimento e de finos de 375 kg/m3 e Dsup
especificado que não exceda 16 mm.

*)
Ver Anexo NA.1 – D.2.1 (3) (nota nacional).
NP
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Quadro D.1 – Dosagens mínimas de cimento e de finos no betão para estacas moldadas e
estacas moldadas com cravação do molde

Dosagem de cimento
Colocação a seco ≥ 325 kg/m3
Colocação submersa (em água ou com fluidos de ≥ 375 kg/m3
suporte)
Dosagem de finos a)
Dinf > 8 mm ≥ 400 kg/m3
Dsup > 8 mm
Agregado grosso Dinf ≥ 4 mm ≥ 450 kg/m3
Dsup ≤ 8 mm
*)
Finos: partículas  0,125 mm (incluindo adições e cimento).

4
(4) Para paredes moldadas e em função do Dmax selecionado pelo produtor, a dosagem mínima de cimento
deve estar conforme o Quadro D.2.
10
Quadro D.2 – Dosagem mínima de cimento do betão para paredes moldadas

Dmax Dosagem mínima de cimento


(mm) (kg/m3)
32 350
22,4 380
16 400
T

(5) O betão com a Dmax = 32 mm, utilizado em paredes moldadas deve estar conforme o seguinte:
– um teor de areia (D ≤ 4 mm) maior que 40 % em massa do total dos agregados;
C

– uma dosagem de finos (D ≤ 0,125 mm) na composição do betão (incluindo cimento e outros finos) entre
400 kg/m3 e 550 kg/m3.

D.3.3 Razão água/cimento


(1) A máxima razão água/cimento não deve ser maior que:
– a estabelecida em disposições válidas no local de utilização*) para resistir às classes de exposição
especificadas e
– 0,60
escolhendo-se o menor valor.

D.3.4 Betão fresco


(1) Exceto para betão semi-seco, a consistência deve ser especificada como valor pretendido ou do
espalhamento na mesa, ou do abaixamento ou do espalhamento. Os valores pretendidos para o diâmetro de
espalhamento e para o abaixamento são dados no Quadro D.3.
NOTA: Para mais informações ver o Anexo L, linha 23.

*)
Ver Anexo NA.1 – Anexo D.3.3 (1) (nota nacional).
NP
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Quadro D.3 – Valores pretendidos da consistência do betão fresco em diferentes condições


Diâmetro de espalhamento de Abaixamento de acordo Condições típicas de utilização
acordo com a EN 12350-5 com a EN 12350-2 (exemplos)
(mm) (mm)
500 150 Betão colocado a seco
560 180 Betão colocado por bombagem ou por
tremonha, debaixo de água
600 200 Betão colocado por tubagem,
submerso num fluido de suporte
(2) Disposições válidas no local de utilização poderão estabelecer valores pretendidos diferentes dos do
Quadro D.3, p. ex., para assegurar que uma elevada massa volúmica é obtida com a composição do betão
preenchendo os requisitos relacionados com as classes de exposição.

4
(3) As tolerâncias máximas dos valores pretendidos da consistência para espalhamento e para abaixamento
≥ 100 mm no betão para trabalhos geotécnicos especiais devem ser ± 30 mm.
10
(4) Se relevante, deverá ser especificada a consistência depois de certo período de tempo após a amassadura.
T
C
NP
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Anexo E
(informativo)

Recomendações para a utilização de agregados

E.1 Generalidades
(1) Este Anexo fornece recomendações para a utilização de:
– agregados naturais correntes, agregados pesados e agregados de escórias de alto-forno arrefecidas ao ar
conformes com a EN 12620;
– agregados grossos reciclados conformes com a EN 12620;
A1
– agregados leves conformes com a A1
EN 13055 .

4
E.2 Agregados naturais correntes, agregados pesados e agregados de escórias de
alto-forno arrefecidas ao ar
10
(1) O Quadro E.1 fornece recomendações para as propriedades de agregados naturais correntes, agregados
pesados e agregados de escórias de alto-forno arrefecidas ao ar.
Quadro E.1 – Recomendações para agregados naturais correntes, agregados pesados e agregados de escórias
de alto-forno arrefecidas ao ar
Propriedade a) Secção na Categoria de acordo com a EN 12620 a)
T

EN 12620:2002+
A1:2008
Teor de finos 4.6 Categoria ou valor a declarar
 Fl50 ou  SI55
C

Índice de achatamento 4.4


Teor de conchas b) 4.5  SC10
Resistência à fragmentação 5.2  LA50 ou  SZ38
Massa volúmica das partículas secas 5.5 Valor a declarar
em estufa ρrd
Absorção de água 5.5 Valor a declarar
Sulfatos solúveis em ácido 6.3.1 Agregados naturais:  AS0,8
Escória de alto-forno arrefecida ao ar:  AS1,0
Teor total de sulfuretos 6.3.2 Agregados naturais:  0,1 % em massa
Escória de alto-forno arrefecida ao ar:  2 %
em massa
Teor de cloretos solúveis em água 6.2 Valor a declarar
a)
A categoria NR (nenhum requisito) poderá aplicar-se a outras propriedades não indicadas neste Quadro para as quais a
categoria NR pode ser declarada de acordo com a EN 12620.
b)
Relevante apenas para agregados de origem marinha.

E.3 Recomendações para a utilização de agregados grossos reciclados


(1) Esta secção fornece recomendações para a utilização de agregados grossos reciclados com d ≥ 4 mm.
NP
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(2) O Quadro E.2 indica limites para a substituição de agregados grossos correntes, naturais, por agregados
grossos reciclados, em função das classes de exposição ambiental. O Quadro E.2 é válido para agregados
grossos reciclados conformes com a EN 12620 e as categorias são estabelecidas no Quadro E.3.

Quadro E.2 – Percentagem máxima de substituição dos agregados grossos (% em massa)

Classes de exposição ambiental


Tipo de agregados reciclados
X0 XC1, XC2 XC3,XC4, Outras classes
XF1, XA1, XD1 de exposição a)

Tipo A: (Rc90, Rcu95, Rb10-1, Ra1-1, FL2-1, XRg1-) 50 % 30 % 30 % 0%

Tipo Bb): (Rc50, Rcu70, Rb30-, Ra5-, FL2-, XRg2-) 50 % 20 % 0% 0%


a)
Os agregados reciclados do tipo A de origem conhecida poderão ser utilizados na classe de exposição especificada para o

4
betão até uma percentagem máxima de substituição de 30 %.
b)
Os agregados reciclados do tipo B não deverão ser utilizados em betões com classes de resistência > C30/37.
10
NOTA: Para o risco da reação álcalis-sílica com agregados reciclados, ver a secção G.3.2 da EN 12620:2002+A1:2008.

Quadro E.3 – Recomendações para agregados reciclados grossos de acordo com a EN 12620

Propriedade a) Secção na Tipo Categoria de acordo com a


EN 12620:2002 + EN 12620
A1:2008
Teor de finos 4.6 A+B Categoria ou valor a declarar
T

Índice de achatamento 4.4 A+B  Fl50 ou  SI55


C

Resistência à fragmentação 5.2 A+B  LA50 ou  SZ32

Massa volúmica das partículas secas em 5.5 A ≥ 2100 kg/m3


estufa ρrd
B ≥ 1700 kg/m3

Absorção de água 5.5 A+B Valor a declarar

A Rc90, Rcu95, Rb10-, Ra1-, FL2-, XRg1-


Constituintes b) 5.8
B Rc50, Rcu70, Rb30-, Ra5-, FL2-, XRg2-

Teor de sulfatos solúveis em água 6.3.3 A+B SS0,2

Teor de cloretos solúveis em ácido 6.2 A+B Valor a declarar

Influência no tempo de presa inicial 6.4.1 A+B ≤ A40


a)
A categoria NR aplica-se em todas as outras propriedades não estabelecidas neste Quadro para as quais a categoria NR pode
ser declarada de acordo com a EN 12620.
b)
Em aplicações especiais, requerendo acabamento superficial de elevada qualidade, o constituinte FL deverá ser limitado à
categoria FL0,2-.
NP
EN 206:2013 +A1
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E.4 Recomendações para a utilização de agregados leves


(1) O Quadro E.4 fornece recomendações para as propriedades dos agregados leves.

A1
Quadro E.4 – Recomendações para agregados leves conformes com a A1
EN 13055

Propriedade Requisito
Massa volúmica das partículas Valor a declarar
Granulometria Granulometria a declarar
Teor de finos Valor a declarar
Absorção de água (5´, 60´ e 24 h) Valor a declarar
Resistência ao esmagamento Valor a declarar
Teor de cloretos solúveis em água Valor a declarar
Sulfatos solúveis em ácido
Teor total de enxofre

4
 0,8 % em massa
 0,8 % em massa
10
a) A1
Contaminantes orgânicos Requisitos da A1 EN 13055
a)
Só para agregados leves naturais.

A1 A1
NOTA: Para o risco de reação álcalis-sílica nos agregados leves, ver a EN 13055 ..
T
C
NP
EN 206:2013+A1
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Anexo F
(informativo)
Valores limite recomendados para a composição do betão
(1) Este Anexo fornece recomendações para a seleção dos valores limite para a composição e para as
propriedades do betão relacionadas com as classes de exposição de acordo com 5.3.2.
A1
(2) A vida útil duma estrutura de betão depende do seu projeto, das propriedades do betão e da execução.
Os valores do Quadro F.1 são baseados na hipótese duma vida útil de projeto pretendida de pelo menos
50 anos; contudo a estrutura poderá ser projetada para uma vida útil mais curta (p. ex. 20 anos) ou mais
longa (p. ex. 100 anos). A1
(3) Os valores do Quadro F.1 consideram a utilização no betão, de cimentos conformes com a EN 197-1,
para os quais tenha sido estabelecida aptidão ao uso na classe de exposição aplicável em disposições válidas

4
no local de utilização**), e de agregados com Dmax entre 20 mm e 32 mm.
(4) As classes de resistência mínimas foram deduzidas a partir da relação entre a razão água/cimento e a
classe de resistência do betão fabricado com cimento da classe de resistência 32,5.
10
(5) Os valores limite para a máxima razão água/cimento e para a mínima dosagem de cimento aplicam-se
sempre, enquanto os requisitos para a classe de resistência do betão poderão ser especificados
adicionalmente*).
Quadro F.1 – Valores limite recomendados para a composição e para as propriedades do betão
Classes de exposição
Sem
T

risco de Corrosão induzida por cloretos Ataque pelo Ambientes


corrosão Corrosão induzida por provenientes gelo/degelo químicos
ou agressivos
carbonatação
ataque água do mar não da água do
C

mar
X0 XC1 XC2 XC3 XC4 XS1 XS2 XS3 XD1 XD2 XD3 XF1 XF2 XF3 XF4 XA1 XA2 XA3
Máxima __
0,65 0,60 0,55 0,50 0,50 0,45 0,45 0,55 0,55 0,45 0,55 0,55 0,50 0,45 0,55 0,50 0,45
razão a/c c)
Classe de resistência C12/15 C20 C25 C30 C30 C30 C35 C35 C30 C30 C35 C30 C25 C30 C30 C30 C30 C35
mínima /25 /30 /37 /37 /37 /45 /45 /37 /37 /45 /37 /30 /37 /37 /37 /37 /45
Dosagem mínima
de cimento c) (kg/m3) __ 260 280 280 300 300 320 340 300 300 320 300 300 320 340 300 320 360
Teor mínimo de ar __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __
4,0ª) 4,0ª) 4,0ª)
(%)
Agregados conformes Cimento
Outros requisitos __ com a EN 12620 com __ resistente
suficiente resistência aos
ao gelo/degelo sulfatos b)
ª) Se o betão não tiver ar incorporado, o seu desempenho deverá ser avaliado com um método de ensaio apropriado, tendo como
referência um betão com resistência comprovada ao gelo/degelo, para a classe de exposição aplicável.
b)
Quando os sulfatos do ambiente conduzirem às classes de exposição XA2 e XA3, é essencial utilizar cimento resistente aos sulfatos
conforme com a EN 197-1 ou com normas nacionais complementares.
c)
Quando for aplicado o conceito do fator-k, a máxima razão a/c e dosagem mínima de cimento são modificadas de acordo com
5.2.5.2.

*)
Ver Anexo NA.1 – Anexo F (3) e (5) (nota nacional).
NP
EN 206:2013 +A1
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Anexo G
(informativo)

Orientações para os requisitos do betão autocompactável no estado fresco

G.1 Generalidades
(1) Os requisitos específicos do betão autocompactável (BAC) no estado fresco dependem do tipo de
aplicação, especialmente face:
 às condições de confinamento relacionadas com a geometria do elemento de betão e ao tipo, localização e
número de inserções (p. ex., densidade das armaduras, espaçamento, recobrimento, recessos, etc.);
 ao equipamento de colocação (bomba, betoneira, vagoneta);
 ao procedimento de colocação (distância entre os pontos de descarga nas secções de betão);
 ao método de acabamento.

4
10
(2) O sistema de classificação da secção 4 permite, se o betão autocompactável for adequadamente
especificado, a satisfação destes requisitos, que são caracterizados por 4 parâmetros de ensaio principais:
 espalhamento SF;
 viscosidade VS ou VF;
 capacidade de passagem PL ou PJ;
 resistência à segregação SR.
T

(3) As características do betão autocompactável que são apropriadas para uma dada aplicação deverão ser
selecionadas entre estes quatro parâmetros e depois especificadas em classes ou valores pretendidos de
acordo com 5.4.1.
C

(4) No caso do betão para elementos prefabricados e do betão produzido no local da obra, é usual demonstrar
diretamente a qualidade do betão no produto final. Para o betão pronto, os parâmetros e as classes deverão
ser cuidadosamente selecionados, controlados e justificados com base na experiência do empreiteiro e do
produtor do betão ou por ensaios específicos. É importante que o especificador e o produtor do betão
debatam e definam claramente aqueles parâmetros antes do início da betonagem.
(5) O espalhamento será normalmente especificado.
(6) Se houver pouca ou nenhuma armadura, poderá não haver necessidade de especificar como requisito a
capacidade de passagem, ver G.2.3. A viscosidade do betão autocompactável poderá ser importante se for
requerido um bom acabamento superficial ou a armadura for muito densa, ver G.2.2. A resistência à
segregação torna-se crescentemente importante no betão autocompactável com alta fluidez e baixa
viscosidade.
(7) O tempo de retenção da consistência dependerá dos tempos de transporte e de colocação assim como da
temperatura do betão. Tal deverá ser determinado e especificado e o betão autocompactável deverá manter as
suas propriedades no estado fresco durante este período.
(8) O betão autocompactável deverá, se possível, ser colocado duma forma contínua, pelo que o ritmo das
entregas deverá ser ajustado ao ritmo de colocação e ser acordado com o produtor, para evitar interrupções
da colocação devidas a atrasos nas entregas ou esperas na colocação depois do betão chegar ao estaleiro.
NOTA: Para mais orientações sobre o BAC ver a referência [2].
NP
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G.2 Recomendações sobre a classificação do betão autocompactável


G.2.1 Consistência
(1) O valor do espalhamento relaciona-se com a consistência e será normalmente especificado.

G.2.2 Viscosidade
(1) O escoamento do betão autocompactável com baixa viscosidade será inicialmente muito rápido e depois
termina. O betão autocompactável com alta viscosidade poderá continuar a fluir durante mais tempo. A
viscosidade do BAC pode ser avaliada medindo ou t500 (durante o ensaio de espalhamento) ou o tempo tV
(durante o ensaio no funil V).
(2) Poderá ser útil medir o tempo t500 durante o ensaio de espalhamento como forma de confirmar a
uniformidade do betão autocompactável de amassadura para amassadura.

G.2.3 Capacidade de passagem

4
(1) A capacidade de passagem mede a capacidade do betão fresco fluir sem perda de uniformidade ou sem
bloquear através de espaços confinados e aberturas estreitas, tais como áreas congestionadas com armaduras.
10
Ao definir a capacidade de passagem, é necessário considerar a geometria das armaduras.
(2) A dimensão crítica é o menor espaço através do qual o betão autocompactável escoa continuamente
enchendo a cofragem (“espaço de escoamento”).
(3) Para estruturas complexas com um espaço de escoamento menor que 60 mm, poderá ser necessário fazer
ensaios específicos à escala real.

G.2.4 Resistência à segregação


T

(1) A resistência à segregação descreve a estabilidade do betão autocompactável, sendo fundamental para a
sua homogeneidade in-situ e a sua qualidade.
C

(2) O betão autocompactável pode sofrer com a segregação dinâmica durante a colocação e com a
segregação estática após a colocação mas antes do endurecimento. A segregação estática será mais
prejudicial em elementos altos mas mesmo em elementos finos pode conduzir a defeitos superficiais tais
como fendilhação ou a uma superfície fraca.
(3) O ensaio da resistência à segregação não é aplicável ao betão contendo fibras ou agregados leves.
(4) Orientações complementares sobre a produção ou outros aspetos do betão autocompactável são indicadas
em [2].
NP
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Anexo H
(informativo)

Regras de aplicação para 8.2.1.3, Método C

H.1 Introdução
(1) A produção de betão é baseada na hipótese de que, quando as mesmas quantidades de constituintes do
mesmo tipo são doseadas e amassadas, o betão terá as mesmas propriedades. As cartas de controlo utilizam
os dados da produção passada para verificar se aquela hipótese é válida comparando o que é atualmente
obtido com o que é expectável. Elas detetam se houve uma alteração significativa que requeira ação
corretiva.
(2) As regras que se seguem satisfazem os requisitos para o Método C de 8.2.1.3 para um AOQ que não
exceda 5 %.

4
NOTA: No CEN/TR 16369 dão-se orientações sobre a utilização das cartas de controlo, os fundamentos dos métodos de aceitação
das cartas de controlo e em particular é dada uma gama de outras opções para a seleção dos parâmetros e dos valores pretendidos
10
para a envolvente em V do sistema Cusum satisfazendo um AOQ que não exceda 5 %.

H.2 Controlo baseado no sistema Cusum*)


(1) Um sistema de controlo Cusum baseado na ISO 7870-4 e com as seguintes características satisfará o
Método C de 8.2.1.3:
– se a conformidade for baseada nas resistências aos 28 d, recomenda-se um sistema que preveja a resistência
T

aos 28 d a partir de ensaios da resistência inicial. Estas resistências previstas são substituídas pelas
resistências reais aos 28 d quando estas estiverem disponíveis;
NOTA 1: Se os ensaios das resistências iniciais mostrarem resistências maiores que as requeridas aos 28 d, não é necessário
C

ensaiar aos 28 d.

– se apropriado, poderão ser utilizadas famílias de betões;


– monitorização contínua com gráficos das seguintes propriedades – resistência média, desvio padrão e, se
aplicável, correlação entre as resistências aos 28 d e as iniciais. A conformidade é baseada apenas na
resistência média;
– resistência média pretendida ≥ (fck + 1,96 σ):
– mínimo desvio padrão estimado de 3,0 N/mm2:
– envolvente V para a resistência média (para a conformidade/não conformidade) com apenas um ramo
superior com um intervalo de decisão de 9 σ e um gradiente de 0,5 σ e uma extensão de 35 resultados;
– envolvente V para as linhas de aviso com um ramo superior e um ramo inferior. Linhas de aviso
apropriadas para a resistência média dadas por um intervalo de decisão de 8,1σ e um gradiente de σ/6;
NOTA 2: O atravessamento destas linhas de aviso não conduz a não conformidade.

– conformidade/não conformidade baseada na resistência aos 28 d atual e avaliada com base nos últimos 35
resultados, não excedendo 12 meses.
– quando o gráfico cusum da resistência média atravessa a linha de não conformidade, esta é declarada sobre
os 35 resultados avaliados, a menos que possa ser mostrado que a declaração de não conformidade é

*)
Cusum é a abreviatura de “cumulative sums”(nota nacional).
NP
EN 206:2013+A1
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devida a alguns resultados com resistência baixa, podendo então a declaração de não conformidade ser
limitada ao período em que ocorreram estes baixos resultados.
(2) Se a resistência média real for mais elevada que a resistência média pretendida ou o desvio padrão real
for menor que o valor corrente, pode optar-se por alterar a composição.

H.3 Controlo baseado nas cartas Shewhart com limites modificados por
variáveis
(1) A ISO 7870-2 fornece informação geral sobre as cartas de controlo Shewhart e a ISO 7870-3 sobre as
cartas de controlo Shewhart para o controlo da receção. As cartas de controlo Shewhart com limite
modificado por variáveis são uma aplicação específica destas cartas onde o objetivo é avaliar se a resistência
característica do betão produzido é mais elevada que o valor requerido.
(2) Uma carta de controlo Shewhart com as características seguintes satisfará o Método C de 8.2.1.3:
 se apropriado, poderão ser utilizadas famílias de betões;

4
 monitorização contínua com gráficos de 2 propriedades – resistência média e desvio padrão. A
conformidade é baseada apenas na resistência média;
10
 mínimo desvio padrão estimado de 3,0 N/mm2;
 declaração de não conformidade quando a média de n resultados da resistência ficar abaixo de uma linha
inferior L1 situada a uma dada distância de fck com:
L1 ≥ fck + (qnσ) (H.1)
onde:
T

qn depende de n e do AOQ escolhido


σ é um desvio padrão estimado, controlado pela carta de controlo para o desvio padrão
No caso de 15 ≤ n ≤ 35 e qn ≥ 1,48, as cartas Shewhart satisfarão os requisitos de 8.2.1.3.2, Método C.
C

 conformidade ou a não conformidade baseada na resistência real aos 28 d atuais e avaliada considerando
os últimos n resultados de ensaio não excedendo 12 meses.
NP
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Anexo J
(informativo)

Desvio para acomodar uma Regulamentação Espanhola notificada

(1) No Regulamento espanhol obrigatório (Instrucción de Hormigón Estructural (em português: Código para o
betão estrutural), aprovado em 18 de julho de 2008 pelo Decreto Real 1247/2008), há o requisito do risco do
consumidor não ser maior que 50 % se a população no período de avaliação tiver exatamente 5 % de todos
os resultados possíveis abaixo da resistência característica. A alteração a esta regulamentação está fora da
competência dos membros do CEN/CENELEC. Para a aplicação em Espanha da presente Norma, o
Regulamento espanhol mantém-se válido e Espanha é livre de utilizar coeficientes mais altos na formulação
apresentada em 8.2.1.3.2 (método B).

4
10
T
C
NP
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Anexo K
(informativo)

Famílias de betões

K.1 Generalidades
(1) Este Anexo fornece detalhes sobre a utilização do conceito de família de betões, como indicado em
8.2.1.1.
NOTA: Para mais informações, ver CR 13901 e CEN/TR 16369.

K.2 Seleção da família de betões


(1) Quando se procede à seleção da família para o controlo da produção e da conformidade, o produtor

4
necessita ter controlo sobre todos os elementos da família. Se houver pouca experiência na utilização do
conceito de família de betões, para a constituição de uma família recomenda-se o seguinte:
 cimento de um único tipo, classe de resistência e origem;
10
 agregados e adições do tipo I de semelhança demonstrável;
 betões com ou sem um adjuvante plastificante/redutor de água;
 gama completa de classes de consistência;
 betões de uma gama limitada de classes de resistência.
(2) Os betões com adições do tipo II, ou seja, adições pozolânicas ou com propriedades hidráulicas latentes,
T

deverão ser colocados numa família separada.


(3) Os betões com adjuvantes que poderão ter influência na resistência à compressão, p. ex.,
superplastificantes, aceleradores, retardadores de presa ou introdutores de ar, deverão ser tratados como
C

betões individuais ou em famílias separadas.


(4) Os agregados deverão ter a mesma origem geológica, ser do mesmo tipo, p. ex., britados, e ter um
desempenho semelhante no betão, para que a sua semelhança seja demonstrável.
(5) Antes da utilização do conceito de família ou da extensão das famílias acima indicadas, as correlações
deverão ser ensaiadas com dados anteriores da produção para provar que proporcionam um adequado e
efetivo controlo da produção e da conformidade.
NP
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K.3 Fluxograma para a avaliação de membro da família e da conformidade de


uma família de betões

Aos 28 d, verificar se cada resultado é superior ou igual a (fck – 4) Não Declarar a amassadura ou
(8.2.1.3.1) carga como não conforme
Sim
Para cada elemento da família ensaiado, verificar, em cada período de avaliação Não Remover o betão em causa
usando o critério de confirmação, se o betão em causa pertence à família da família e avaliá-lo como
(Quadro 18) um betão individual
Sim
Em cada período de avaliação, verificar se a resistência média de todos os Não Declarar a família como não
resultados transpostos é superior ou igual à resistência característica do betão de conforme no período de

Sim

4
referência adicionada de 1,48 × desvio-padrão da família (8.2.1.3.2 (5)) avaliação em causa
10
Declarar a família como conforme no período de avaliação em causa
T
C
NP
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Anexo L
(informativo)

Informação complementar respeitante a parágrafos específicos

Tomar nota da seguinte informação respeitante a parágrafos específicos da presente Norma:


Linha Secção Nota
1 4.2.1 (2) A consistência deverá ser especificada por valores pretendidos só em casos especiais.
2 4.3.1(1) Em casos especiais, poderão ser utilizados níveis de resistência intermédios entre os dos
Quadros 12 e 13.
3 5.1.2 (2) Quando se utilizarem cimentos conformes com a EN 14647 ou a EN 15743, os veículos de

4
transporte, os silos e os sistemas de transporte em contínuo deverão ser esvaziados antes de
serem utilizados para outros cimentos e após terem sido utilizados.
4 5.2.3.5 (1) Deverão ser tomadas precauções face à origem geológica dos agregados tendo em conta uma
10
experiência de longa duração com a combinação particular do cimento e dos agregados. O
CEN/TR 16349 dá um enquadramento para a especificação dos requisitos que minimizam o
risco de danos pela reação álcalis-sílica.
5 5.2.5.1 (1) Deverá ser tida em conta a influência das adições noutras propriedades que não a resistência.
6 5.2.5.1 (5) O estabelecimento da aptidão referida em (4) e (5) deverá resultar das disposições válidas no
local de utilização do betão.
7 5.2.5.2.4 (1) No betão com cimentos tipo CEM I e CEM II/A conformes com a EN 197-1 recomenda-se
T

um valor de k = 0,6 para as escórias granuladas de alto-forno moídas conformes com a


EN 15167-1. A dosagem máxima de escórias granuladas de alto-forno moídas deverá
satisfazer a recomendação: escórias granuladas de alto-forno moídas/cimento ≤ 1,0 em massa.
Se for utilizada uma maior quantidade de escórias granuladas de alto-forno moídas, o excesso
C

não deverá ser tido em conta para o cálculo da razão água/(cimento + k × escórias granuladas
de alto-forno moídas) e da dosagem mínima de cimento.
8 5.2.6 (4) Se o fornecedor dos adjuvantes não tiver avaliado a compatibilidade do agente introdutor de
ar com o outro adjuvante, tal deverá ser verificado nos ensaios iniciais.
9 5.2.7 (1) A presente Norma fornece regras para a produção de betão com uma quantidade especificada
de fibras. Se forem requeridos parâmetros de projeto específicos, deverão ser acordados os
procedimentos para ensaio e documentação da conformidade.
10 5.4.1 (1) Devido à falta de sensibilidade dos métodos de ensaio para além de certos valores da
consistência, é recomendada a utilização dos ensaios indicados para:
– abaixamento  10 mm e  210 mm;
– grau de compactabilidade  1,04 e < 1,46;
– diâmetro do espalhamento na mesa > 340 mm e  620 mm;
– diâmetro do espalhamento > 550 mm e  850 mm.
11 5.4.2 (2) Para agregados leves finos, o método de ensaio e os critérios deverão seguir as disposições
válidas no local de utilização do betão.
NP
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Secção Nota
Linha
12 5.5.1.2 (5) A avaliação da resistência na estrutura ou no elemento estrutural deverá ser baseada na
EN 13791.
13 6.2.3 (1) Antes de especificar o teor de ar do betão no momento da entrega, o especificador deverá
tomar em consideração possíveis perdas de ar durante a bombagem, colocação, compactação,
etc., posteriores à entrega.
14 6.3.2 (1), d) O valor especificado da razão a/c pretendida deverá ser pelo menos 0,02 menor que qualquer
valor limite previsto.
15 7.5 (4) Se no estaleiro forem adicionados ao betão, numa autobetoneira, adjuvantes, pigmentos,
fibras ou água sem autorização/supervisão do pessoal responsável pela gestão da qualidade do
produtor, ou se a quantidade adicionada for superior ao permitido pela especificação, a
amassadura ou carga deverá ser registada como "não conforme" na guia de remessa. A
entidade que autorizou esta adição é responsável pelas consequências daí decorrentes e deverá
ser identificada na guia de remessa.
16 8.2.1.3.2 (8) Os limites são baseados na seguinte fórmula:

A1
 02, 025 ; n1
4
  sn 
 02,975; n 1
 A1
10
(L.1)
(n  1) (n  1)
onde: 2, é o fractil α duma distribuição qui-quadrado com ν = n - 1 graus de liberdade.

17 8.2.1.3.2 (10) Como a carta de controlo inclui sucessivos planos de amostragem (com desvio padrão
conhecido), poderá ser estabelecida a curva característica do plano de amostragem individual.
A curva AOQ é então determinada multiplicando cada percentagem de todos os resultados
possíveis abaixo da resistência característica requerida pela correspondente probabilidade de
T

aceitação.
18 8.2.2.1 (1) Se a resistência à flexão for especificada, poderá usar-se a mesma abordagem.
19 9.7 (2) As tolerâncias de amassaduras inferiores a 1 m3 deverão ser dadas em disposições válidas no
C

local de utilização do betão.


20 9.8 (3) Numa autobetoneira, a duração da reamassadura após o processo principal de amassadura
não deverá ser inferior a 1 min/m3 nem menor que 5 min após a junção de adjuvantes ou de
fibras.
21 A.4 (1) Se a betonagem no estaleiro tiver de ser feita sob condições térmicas largamente divergentes
ou se for aplicado tratamento por calor, o produtor deverá ser informado para que possa
considerar os respetivos efeitos nas propriedades do betão e a necessidade de quaisquer
ensaios adicionais.
22 A.4 (9) As proporções do Quadro E.2, baseadas na experiência, dão um betão com deformabilidade
normal, não sendo necessário ensaiá-lo. Em casos especiais, p. ex., vigas de grande vão, são
requeridos ensaios devendo a necessidade de tais ensaios ser acordada entre o produtor e o
utilizador.
23 D.3.4 (1) O betão colocado por bombagem ou submerso (diâmetro de espalhamento de pelo menos
560 mm ou abaixamento de pelo menos 180 mm) poderá ser produzido sem utilização de
adjuvante redutor de água de alta gama/superplastificante.
NP
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Anexo M
(informativo)

Guia sobre as disposições válidas no local de utilização do betão

As disposições válidas no local de utilização do betão que são requeridas ou permitidas constam das secções
da presente Norma a seguir indicadas:
Secção Título Parágrafo
1 Objetivo e campo de aplicação parágrafos (5) e (6)
4.1 Classes de exposição relacionadas com as ações parágrafos (1) e (2)
ambientais
5.1.1
5.1.2
Generalidades
Cimento

4 parágrafo (2)
parágrafo (2)
10
5.1.3 Agregados parágrafos (1) e (2)
5.1.5 Adjuvantes parágrafo (2)
5.2.1 Generalidades parágrafos (2) e (5)
5.2.3.5 Resistência à reação álcalis-sílica parágrafo (1)
5.2.5.1 Generalidades parágrafos (2), (4) e (5)
T

5.2.5.2.3 Fator-k para a sílica de fumo da classe 1 conforme parágrafo (4)


com a EN 13263-1
5.2.5.2.4 Fator-k para a escória granulada de alto-forno parágrafo (1)
C

moída conforme com a EN 15167-1


5.2.5.3 Conceito de Desempenho Equivalente do Betão parágrafo (3)
5.2.8 Teor de cloretos Quadro 15 “Teor máximo de cloretos do betão”,
notas a) e c)
5.3.2 Valores limite para a composição do betão parágrafos (1) e (3)
5.3.3 Métodos baseados no desempenho parágrafo (1)
5.4.2 Teor de cimento e razão água/cimento parágrafo (2)
6.1 Generalidades parágrafo (2)
6.4 Especificação do betão de composição prescrita em parágrafo (2)
norma
7.2 Informação do produtor do betão para o utilizador parágrafo (4)
7.3 Guia de remessa do betão pronto parágrafo (3)
8.2.1.2 Plano de amostragem e de ensaio Quadro 17 “Frequência mínima de amostragem
para avaliação da conformidade”, nota d)
NP
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Secção Título Parágrafo


8.2.1.3.2 Critério para resultados da média parágrafo (11)
8.2.3.3 Critérios de conformidade para outras propriedades Quadro 21 “Avaliação de conformidade para a
que não a resistência consistência, teor de ar e homogeneidade da
distribuição das fibras no betão fresco no ponto de
entrega”, nota c)
Quadro 23 “Tolerâncias para valores pretendidos
da consistência e da viscosidade”, nota a)
9.4 Ensaios parágrafo (2)
9.7 Doseamento dos materiais constituintes parágrafo (2)
9.9 Procedimentos para o controlo da produção Quadro 28 “Controlo do equipamento”, linha 3,
coluna 4
10.2 Avaliação, acompanhamento e certificação do
controlo da produção

4 parágrafo (1)
10
Anexo A Condições de ensaio parágrafo (5)
A.4
Anexo D Cimento parágrafos (1) e (3)
D.2.1
Anexo D Razão água/cimento parágrafo (1)
D.3.3
Anexo D Betão fresco parágrafo (2)
T

D.3.4
Anexo F Valores-limite recomendados para a composição do parágrafo (3)
betão
C

Quadro F.1 “Valores limite recomendados para a


composição e para as propriedades do betão”,
nota b)
NP
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2017
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Bibliografia

[1] Caspelle, R e Taerwe, L: “Combined production and conformity control of concrete with acceptance
cusum control charts”. P.H.A.J.M. Van Gelder, D. Proske & J.K.Vrijling (Eds.), Proc. 7th
International Probabilistic Workshop, 25-26 November 2008, Delft, The Netherlands, 2009, pp.73-86.
[2] The European Guidelines for Self-Compacting Concrete ─ Specification ─ Production and Use. May
2005 (http://www.efnarc.org/pdf/SCCGuidelinesMay2005.pdf)
[3] 94/611/EC: Commission Decision of 9 September 1994 implementing Article 20 of Directive
89/106/EEC on construction products
[4] EN 1992-1-1*) Eurocode 2: Design of concrete structures – Part 1-1: General rules and rules
for buildings

4
[5] EN 12390-5*) Testing hardened concrete – Part 5: Flexural strength of test specimens
[6] EN 12390-8*) Testing hardened concrete – Part 8: Depth of penetration of water under
pressure
10
[7] CEN/TS 12390-9 Testing hardened concrete – Part 9: Freeze-thaw resistance – Scaling
[8] CEN/TS 12390-10 Testing hardened concrete – Part 10: Determination of the relative carbonation
resistance of concrete
[9] CEN/TS 12390-11 Testing hardened concrete – Part 11: Determination of the chloride resistance
of concrete, undirectional diffusion
[10] EN 12504-1*) Testing concrete in structures – Part 1: Cored specimens – Taking, examining
T

and testing in compression


[11] EN 12504-2*) Testing concrete in structures – Part 2: Non-destructive testing – Determination
C

of rebound number
[12] EN 12504-4*) Testing concrete in structures – Part 4: Determination of ultrasonic pulse
velocity
[13] EN 13369 Common rules for precast concrete products
*)
[14] EN 13670 Execution of concrete structures
[15] EN 13791*) Assessment of in-situ compressive strength in structures and precast concrete
components
[16] EN 13877-1 Concrete pavements – Part 1: Materials
[17] CR 13901 The use of the concept of concrete families for the production and conformity
control of concrete
[18] CR 13902 Test methods for determining the water/cement ratio of fresh concrete
[19] EN 14487-1*) Sprayed concrete – Part 1: Definitions, specifications and conformity
[20] EN 14647 *)
Calcium aluminate cement – Composition, specifications and conformity criteria

*)
Ver Anexo NA.2 (nota nacional).
NP
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[21] CEN/TR 15177 Testing freeze-thaw resistance of concrete – Internal structural damage
[22] EN 15743 *)
Supersulfated cement – Composition, specifications and conformity criteria
[23] CEN/TR 16349 Framework for a specification on the avoidance of a damaging Alkali-Silica
Reaction (ASR) in concrete
[24] CEN/TR 16369 Use of control charts in the production of concrete
[25] CEN/TR 16563 Principles of the equivalent durability procedure
[26] CEN/TR 16639 Use of k-value concept, equivalent concrete performance concept and
equivalent performance of combinations concept
[27] EN ISO 9001*) Quality management systems – Requirements (ISO 9001)
[28] ISO 2859-1:1999 Sampling procedures for inspection by attributes – Part 1: Sampling schemes
indexed by acceptance quality limit (AQL) for lot-by-lot inspection
Sampling procedures for inspection by variables – Part 1: Specification for

4
[29] ISO 3951-1
single sampling plans indexed by acceptance quality limit (AQL) for lot-by-lot
inspection for a single quality characteristic and a single AQL
10
[30] ISO 7870-2 Control charts – Part 2: Shewhart control charts
[31] ISO 7870-3 Control charts – Part 3: Acceptance control charts
[32] ISO 7870-4 Control charts – Part 4: Cumulative sum charts
[33] ISO 16204 Durability – Service life design of concrete structures
[34] DIN 4030-2 Assessment of water, soil and gases for their aggressiveness to concrete –
Part 2: Sampling and analysis of water and soil samples
T
C
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Anexo NA
Introdução
Este Anexo Nacional NA é dividido em dois:
– o Anexo NA.1 com as disposições nacionais respeitantes a parágrafos de secções da presente Norma, em
que se mantém a numeração destas secções precedida de “NA.1 – ”;
– o Anexo NA.2, informativo, com a correspondência entre as normas europeias referidas na presente Norma
e as normas nacionais.

Anexo NA.1 Disposições nacionais relativas a secções da presente Norma


NA.1 – Preâmbulo

4
Em NA.1 – Figura 1 ilustram-se as relações entre a presente Norma e as normas e outros documentos
aplicáveis em Portugal e como tal referidos no presente Anexo Nacional.
10
T
C
NP
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Legislação e regulamentação nacionais sobre


construção
(no local de utilização)

NP EN 1990 (Eurocódigo 0)
Bases do cálculo estrutural

NP EN 13670 NP EN 13369
NP EN 1992 (Eurocódigo 2)
Execução de estruturas de Regras gerais para produtos
Projeto de estruturas de betão
betão prefabricados de betão

NP EN 206

4
10
LNEC E 461 – Betões.
NP EN 197 – Cimento NP EN 12350 – Ensaios do
Metodologia para prevenir
NP EN 14216 – Cimento de muito baixo calor betão fresco
reações expansivas internas
de hidratação

NP EN 12390 – Ensaios do LNEC E 464 – Betões.


NP EN 450 – Cinzas volantes para betão betão endurecido Metodologia prescritiva para
NP EN 15167 – Escórias granuladas de alto- uma vida útil de projeto de 50 e
T

forno moídas de 100 anos face às ações


NP EN 13263 – Sílica de fumo para betão ambientais
NP 4220 – Pozolanas para betão, argamassa e
caldas
C

LNEC E 466 – Fíleres calcários para ligantes LNEC E 465 – Betões.


hidráulicos Metodologia para estimar as
NP EN 13791 – Avaliação da propriedades de desempenho do
resistência do betão nas
NP EN 12620 – Agregados para betão betão que permitem satisfazer a
estruturas vida útil de projeto de estruturas
NP EN 13055 – Agregados leves
LNEC E 467 – Guia para a utilização de de betão armado ou pré-esforçado
sob as ações ambientais XC e XS
agregados em betões de ligantes hidráulicos NP EN 12504 – Ensaios do
LNEC E 471 – Guia para a utilização de betão nas estruturas
agregados reciclados grossos em betões de
ligantes hidráulicos LNEC E 477 – Guia para
LNEC E 469 – Espaçadores especificação do betão de
para betão armado. ligantes hidráulicos conforme
NP EN 1008 – Água de amassadura para betão Especificações e aplicações com a NP EN 206

NP EN 934-1 e NP EN 934-2 – Adjuvantes para


betão

NP EN 14889 – Fibras para betão

NP EN 12878 – Pigmentos para a coloração de


materiais de construção à base de cimento e/ou
cal
Especificações e métodos de ensaio

NA.1 – Figura 1 – Relações entre a NP EN 206 e as normas de projeto e de execução, dos materiais
constituintes e de ensaio, incluindo outros documentos aplicáveis em Portugal
NP
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NA.1 – 2 – Referências
São acrescentados os seguintes documentos:
NP 4220:2010 Pozolanas para betão, argamassa e caldas – Definições, requisitos e
verificação da conformidade
Especificação LNEC E 461 Betões – Metodologia para prevenir reações expansivas internas
Especificação LNEC E 464 Betões – Metodologia prescritiva para uma vida útil de projeto de 50 e de
100 anos face às ações ambientais
Especificação LNEC E 465 Betões – Metodologia para estimar as propriedades de desempenho do
betão que permitem satisfazer a vida útil de projeto de estruturas de betão
armado ou pré-esforçado sob as ações ambientais XC e XS
Especificação LNEC E 466 Fíleres calcários para ligantes hidráulicos
Especificação LNEC E 467 Guia para a utilização de agregados em betões de ligantes hidráulicos
Especificação LNEC E 471

4
Guia para a utilização de agregados reciclados grossos em betões de
ligantes hidráulicos
10
NA.1 – 3.1.1.18 – especificador
Sendo a especificação do betão fresco a colocar numa obra da responsabilidade do projetista dessa obra,
devem eventuais alterações propostas pelo utilizador ou pelo produtor do betão ter o seu assentimento
prévio.

NA.1 – 3.2 – Símbolos e abreviaturas


T

A idade (j) do betão é o tempo que decorre desde a primeira amassadura duma carga (desde o primeiro
contacto do cimento com a água, ver 7.3) até um determinado momento (em geral, o início do ensaio de
determinada propriedade do betão).
C

NA.1 – 4.1 Classes de exposição relacionadas com ações ambientais


(1) A Especificação LNEC E 464 complementa a classificação das ações ambientais da NP EN 206 com
mais exemplos das situações de exposição ambiental, eliminando ainda as classes XF3 e XF4 por não serem
aplicáveis em Portugal. Nesta Especificação LNEC é ainda classificado o ataque por gases e são feitas
recomendações sobre combinações de ações ambientais.
A classe X0 não é aplicável a betão armado ou com metais embebidos.
(2) No caso do ataque químico, se houver necessidade de estudos especiais, estes devem ser realizados por
entidade competente.

NA.1 – 4.3.1 Classes de resistência à compressão


(1) Em elementos estruturais de grande secção e em que se utilizem betões com desenvolvimento da
resistência lento ou muito lento (ver Quadro 16), pode usar-se a idade de 90 d para classificar o betão
relativamente à resistência à compressão, caso tal esteja previsto nas especificações de projeto.

NA.1 – 5.1.1 Generalidades


(2) As disposições nacionais, das quais pode resultar o estabelecimento da aptidão para um determinado
constituinte, são normas portuguesas ou especificações LNEC.
NP
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Os produtos abrangidos por normas europeias poderão ter condicionamentos ao uso no betão conforme com
a presente Norma, se estes estiverem estabelecidos neste Anexo Nacional ou nas especificações LNEC para
as quais este reporta (ver NA.1 – 5.1.2 e NA.1 – 5.1.3)
Os produtos abrangidos por avaliações técnicas europeias só poderão ser utilizados no betão conforme com a
presente Norma, se a sua aptidão estiver estabelecida neste Anexo Nacional ou em especificações LNEC
para as quais reporta.

NA.1 – 5.1.2 Cimentos


(2) A utilização dos cimentos de aluminato de cálcio e dos cimentos supersulfatados conformes com a
NP EN 197-1, fica condicionada à satisfação de requisitos estabelecidos na Especificação LNEC E 464.

NA.1 – 5.1.3 Agregados


(1) A utilização dos agregados conformes com a NP EN 12620 ou com a EN 13055 fica condicionada à
satisfação dos requisitos estabelecidos na Especificação LNEC E 467.

4
(2) A utilização dos agregados reciclados grossos conformes com a NP EN 12620 fica condicionada à
satisfação dos requisitos estabelecidos na Especificação LNEC E 471.
10
Para outros agregados reciclados e para os artificiais, com exceção das escórias granuladas de alto-forno
arrefecidas ao ar, a sua utilização fica condicionada à existência de uma Especificação LNEC relevante.

NA.1 – 5.1.6 Adições


(2) A aptidão geral como adição tipo II para o betão fica também estabelecida para as pozolanas conformes
com a NP 4220.
T

NA.1 – 5.2.3.5 Resistência à reação álcalis-sílica


(1) Na Especificação LNEC E 461 estão:
C

(i) identificados as rochas e os minerais que podem ser potencialmente reativos aos álcalis,
(ii) definidas as metodologias para avaliar a reatividade dos agregados e
(iii) definidas as medidas a tomar para mitigar o risco de ocorrência das reações expansivas álcalis-sílica e da
formação de etringite retardada.
O especificador deve indicar na especificação do betão o nível de prevenção aplicável à obra ou ao elemento
estrutural de entre os 3 níveis estabelecidos na Especificação LNEC E 461, podendo dispensar-se esta
indicação quando o nível de prevenção for o normal.
Se o produtor de betão tiver que utilizar uma mistura de agregados potencialmente reativa deve:
(i) Se a obra tiver o nível de prevenção normal, tomar pelo menos uma das medidas preventivas no âmbito da
composição do betão referida na Especificação LNEC E 461;
(ii) Se a obra tiver o nível de prevenção especial, tomar em conjunto com o especificador as medidas
necessárias de entre as referidas na Especificação LNEC E 461.

NA.1 – 5.2.5.1 Generalidades


(2) Os fíleres calcários conformes com a Especificação LNEC E 466 podem ser considerados na composição
do betão conforme com a presente Norma, relativamente à dosagem de cimento e à razão água/cimento, de
acordo com o estabelecido na Especificação LNEC E 464.
NP
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As pozolanas conformes com a NP 4220 ou outras adições tipo II conformes com avaliações técnicas
europeias podem ser consideradas na composição do betão conforme com a presente Norma, relativamente à
dosagem de cimento e à razão água/cimento, se tal for estabelecido através de um documento de técnico a
elaborar pelo LNEC.
(5) A aptidão dos conceitos de desempenho equivalente referente a restrições aos tipos de cimento conforme
com a EN 197-1 e às categorias de perda ao fogo de cinzas volantes fica estabelecida na Especificação
LNEC E 464.

NA.1 – 5.2.5.2 Conceito do fator-k para cinzas volantes, sílica de fumo e escória granulada de alto-
forno moída
Em Portugal não se aplica o conceito do fator-k para ter em conta as adições no cálculo da dosagem de
cimento e da razão água/cimento. Para este fim devem utilizar-se os conceitos de desempenho equivalente do
betão ou das misturas, ver NA.1 – 5.2.5.1 (5).

4
NA.1 - 5.2.5.3 Princípios do Conceito de Desempenho Equivalente do Betão
Ver NA.1 – 5.2.5.1 (5)
10
NA.1 - 5.2.5.4 Princípios do Conceito de Desempenho Equivalente das Misturas
Ver NA.1 – 5.2.5.1 (5)

NA.1 – 5.2.8 Teor de cloretos


(1) As classes de teor de cloretos do Quadro 15 são substituídas pelas classes do Quadro NA.1 – 5.2.8.
Quadro NA.1 – 5.2.8 – Classes de cloretos aplicáveis em Portugal
T

Classes de exposição ambiental


Utilização do betão
XC, XF e XA XS e XD
C

Sem armaduras ou metais embebidos (exceto se estes Cl 1,00 Cl 1,00


forem resistentes à corrosão)
Com armaduras de aço ou outros metais embebidos Cl 0,40*) Cl 0,20*)
Com aço de pré-esforço Cl 0,20*) Cl 0,10*)
*)
Estas classes podem deixar de se aplicar (e aplicar a classe imediatamente superior) se forem tomadas medidas
especiais de proteção contra a corrosão, como a proteção do betão ou a utilização de aço inox satisfazendo os
requisitos da Especificação LNEC E 464.

NA.1 – 5.2.9 Temperatura do betão


(1) Na ausência de especificação em contrário, a temperatura máxima do betão fresco, quando da sua
entrega, não deve ser superior a 35 ºC.

NA.1 – 5.3.2 Valores limite para a composição do betão


Os parágrafos (1), (2) e (3) devem ser substituídos pelos seguintes parágrafos:
Na Especificação LNEC E 464 estão estabelecidas as prescrições quanto à composição e à classe de
resistência do betão que devem ser satisfeitas para ter em conta tempos de vida útil de 50 anos e de 100 anos.
Estas prescrições substituem as recomendadas no Anexo F da NP EN 206, excetuando-se os requisitos para a
classe de exposição X0 que continuam a ser os do Quadro F.1 do Anexo F da NP EN 206.
Naquela Especificação indicam-se ainda as categorias do tempo de vida útil de projeto, de acordo com a
NP EN 1990, e estabelece-se o enquadramento geral da garantia da vida útil para as estruturas de betão
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armado face às ações ambientais, permitindo assim alterar o valor do recobrimento em função da qualidade
do betão ou determinar os requisitos a satisfazer para tempos de vida útil diferentes de 50 anos ou de 100
anos.

NA.1 – 5.3.3 Métodos baseados no desempenho


(1) O método baseado no desempenho do betão, quando colocado no ambiente das classes de exposição XC
e XS/XD, está estabelecido na Especificação LNEC E 465.
Para outras classes de exposição, a aplicação de métodos baseados no desempenho fica condicionada à
realização de estudos específicos por entidade competente.

NA.1 – 5.4.2 Dosagem de cimento e razão água/cimento


(2) NOTA 2: A determinação da absorção de água dos agregados finos pode ser efetuada sem lavagem prévia, segundo a secção
9.3 da EN 1097-6:2013.

4
NA.1 – 6.1 Generalidades
(2) O especificador deve indicar na especificação do betão o nível de prevenção aplicável à obra ou ao
elemento estrutural de entre os 3 níveis estabelecidos na Especificação LNEC E 461, podendo dispensar-se
10
esta indicação quando não for preciso tomar precauções ou o nível de prevenção for o normal
(ver NA.1 – 5.2.3.5).

NA.1 – 6.2.2 Requisitos básicos


(4) h) A consistência do betão deve ser definida tendo em conta as características da estrutura, a resistência
do betão, as condições climatéricas e os tempos de transporte e descarga, bem como os meios de colocação
em obra. Com clima quente, e sempre que os tempos de transporte ou descarga forem elevados, deve, em
T

geral, ser especificada uma classe de abaixamento não inferior à S4 (ver também a secção NA.1 – 7.5).
No caso de betão autocompactável, a especificação deve incluir a classe de resistência à segregação ou o
valor máximo da parcela segregada.
C

NA.1 – 7.2 Informação do produtor do betão para o utilizador


(1) f) No caso do BAC, os resultados do ensaio de resistência à segregação são relevantes para todas as
aplicações
(2) Na determinação da razão r, os ensaios devem ser efetuados aos 2 d ± 4 h e aos 28 d ± 8 h.
(4) As disposições nacionais quanto à segurança no manuseamento do betão fresco, nomeadamente no que
respeita aos riscos para a saúde, são as seguintes:
 devem tomar-se precauções para evitar que o betão fresco entre em contacto com os olhos, boca e nariz.
Se o betão fresco entrar em contacto com um destes órgãos, eles devem ser lavados imediatamente com
água limpa e deve procurar-se imediatamente tratamento médico;
– deve evitar-se o contacto da pele com o betão fresco, recorrendo a vestuário de proteção adequado; se o
betão fresco entrar em contacto com a pele, esta deve ser lavada imediatamente com água limpa.

NA.1 – 7.5 Ajustamentos na composição após o processo de amassadura principal e antes da descarga
(2) Acrescentar ao parágrafo (2) o seguinte:
A adição de água na autobetoneira só é permitida para a dispersão de adjuvante(s).
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NA.1 – 8.2.1.2 Plano de amostragem e de ensaio


(1) Aos produtores de betão que tenham o seu sistema de gestão da qualidade certificado de acordo com a
NP EN ISO 9001 no âmbito da produção do betão e abrangendo o centro de produção fornecedor, são
aplicáveis as frequências mínimas de amostragem do Quadro 17 relativas à existência de certificação do
controlo da produção.
O dia de produção, referido no Quadro 17, é um dia durante o qual se fabricaram pelo menos 25 m3 de um
betão ou família de betões. Se forem produzidos menos do que 25 m3 por dia, o dia de produção corresponde
ao período em que se produziu aquele volume de betão.

NA.1 – 8.2.1.3.2 Critério para resultados da média – Método C


(9) O método C deve ser apenas aplicado para o controlo da produção, não devendo ser aplicado para o
controlo da conformidade.

NA.1 – 8.2.3.3 Critérios de conformidade para outras propriedades que não a resistência

4
(1) Os desvios máximos indicados no Quadro 21 não são cumulativos com as tolerâncias dos valores
pretendidos indicadas no Quadro 23.
10
NA.1 – 9.8 Amassadura do betão
(5) O texto do parágrafo (5) deve ser substituído pelo seguinte:
A composição do betão fresco não deve ser alterada depois de sair da betoneira, a não ser nas condições
previstas na secção 7.5 (ver também NA.1 - 7.5 (2))

NA.1 – 9.9 Procedimentos para o controlo da produção


T

(2) Os tipos de controlo sobre os materiais constituintes e a sua frequência estão indicados no Quadro
NA.1 - 9.9.
C

NOTA: O Quadro 28 é para controlo do equipamento e não para controlo dos materiais constituintes

Quadro NA.1 – 9.9 – Controlo dos materiais constituintes


Material
Inspeção / ensaio Objetivo Frequência mínima
constituinte
1 Inspeção da guia de Assegurar que o fornecimento está Cada entrega
Cimentos a) remessa antes da conforme o pedido e é da origem
descarga correta
2 Inspeção da guia de Assegurar que o fornecimento está Cada entrega
remessab) antes da conforme o pedido e é da origem
descarga correta
Agregados
3 Inspeção do agregado Comparar com a aparência normal Cada entrega; Se a entrega é por correia
antes da descarga no que respeita à granulometria, transportadora, periodicamente em função
forma e impurezas das condições locais ou de entrega
4 Inspeção da guia de Assegurar que o fornecimento está Cada entrega
remessa e da etiqueta do conforme o pedido e está adequa-
Adjuvantes c)
contentor antes da damente marcado
descarga
5 Adições em Inspeção da guia de Assegurar que o fornecimento está Cada entrega
remessa antes da conforme o pedido e é da origem
pó c)
descarga correta
6 Adições em Inspeção da guia de Assegurar que o fornecimento está Cada entrega
suspensão c) remessa antes da conforme o pedido e é da origem
descarga correta
(continua)
NP
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Quadro NA.1 – 9.9 – Controlo dos materiais constituintes (conclusão)


Material
Inspeção / ensaio Objetivo Frequência mínima
constituinte
7 Água Ensaio segundo a Assegurar que a água não tem Quando é usada pela primeira vez uma nova
EN 1008 constituintes nocivos se a água não fonte de água não potável;
for potável Em caso de dúvida
a)
Recomenda-se que sejam colhidas e armazenadas amostras, uma vez por semana e de cada tipo de cimento, para ensaio em
caso de dúvida.
b)
A guia de remessa ou outro documento identificador do constituinte e da sua origem.
c)
Recomenda-se que sejam colhidas e armazenadas amostras de cada entrega.

10) O controlo do equipamento de pesagem, dos doseadores de adjuvantes, dos contadores de água e do
equipamento de medição do teor de água dos agregados, deve ser efetuado pelo menos uma vez por ano.

4
NA.1 – B.1 Generalidades
Os parágrafos (1) e (2) da secção B.1 são substituídos por:
10
(1) Este Anexo pormenoriza, como referido em 8.2.1 (Controlo da conformidade da resistência à
compressão) e 8.2.3 (Controlo da conformidade de outras propriedades que não a resistência), a avaliação da
identidade de determinado volume de betão, quanto aos requisitos:
(i) da resistência característica à compressão,
(ii) da consistência, do teor de ar do betão fresco e do valor mínimo especificado do teor de fibras, e
adicionalmente,
T

(iii) da viscosidade, da capacidade de passagem e da resistência à segregação se o betão for autocompactável


(BAC).
Pormenoriza-se ainda neste Anexo a avaliação da identidade do betão quanto à homogeneidade da
C

distribuição das fibras no betão fresco.


(2) Os critérios de avaliação da identidade do betão, no caso da resistência à compressão, baseiam-se na
aplicação estatística da hipótese nula, presumindo-se que o volume do betão em análise pertence a uma
população conforme. Os critérios de identidade variam com o nível de significância considerado.
A avaliação da identidade é feita pelo utilizador segundo um plano de amostragem e ensaio conforme
indicado em NA.1 - B.2 e aplicando os critérios de identidade estabelecidos em NA.1 - B.3 para a resistência
à compressão, em NA.1 - B.4 para a consistência e o teor de ar e adicionalmente, se o betão for
autocompactável, para a viscosidade, capacidade de passagem e resistência à segregação. Em NA.1 - B.5
estabelece-se a avaliação de identidade do betão com fibras quanto aos requisitos da dosagem e da
homogeneidade da sua distribuição no betão fresco.

NA.1 – B.2 Plano de amostragem e ensaio


Os parágrafos (1) e (2) da secção B.2 são substituídos por:
(1) Quando se pretender efetuar ensaios de identidade, o volume de betão em análise deve ser:
 a amassadura (ver 3.1.3.2) ou a carga (ver 3.1.3.8), sempre que:
(i) as especificações de execução requeiram ensaios de identidade do betão quanto aos requisitos da
consistência, do teor de ar, do teor das fibras e da homogeneidade da sua distribuição, ou da viscosidade,
capacidade de passagem e resistência à segregação do BAC;
NP
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(ii) houver dúvidas sobre uma amassadura ou carga, relativamente a qualquer das propriedades
consideradas neste Anexo;
 o lote, sempre que as especificações de execução requeiram ensaios de identidade do betão quanto ao
requisito da resistência característica à compressão, sendo o lote um dos 3 volumes seguintes:
 o volume do betão entregue para cada piso dum edifício ou grupo de vigas/lajes ou pilares/paredes de
um piso de um edifício ou partes semelhantes de outras estruturas;
 o volume do betão entregue numa obra durante 3 d de betonagem consecutivos (podendo ser
descontinuados em termos de calendário), mas não mais de 400 m3;
 o volume do betão entregue para uma betonagem contínua de grande volume.
O volume de betão para o lote e o número de amostras a colher devem ser selecionados pelo projetista. No
entanto, o utilizador poderá propor alterações que deverão merecer o acordo do projetista.
2) Para a resistência característica à compressão, a frequência mínima de amostragem em cada lote é a do

4
Quadro NA.1 - B.2 (2).
Quadro NA.1 – B.2 (2) – Frequência mínima de amostragem em cada lote
10
Classe de Betão com certificação do controlo da Betão sem certificação do controlo da
execuçãoa) produçãob) produção
1 1 amostra cada 150 m , com o mínimo de 1 1 amostra cada 50 m3, com o mínimo de 1
3

amostra por dia de betonagem amostra por dia de betonagem


2 1 amostra cada 75 m3, com o mínimo de 1
amostra por dia de betonagem Não aplicável c)
T

3 1 amostra cada 50 m3, com o mínimo de 1


amostra por dia de betonagem
a)
A classe de execução foi denominada classe de inspeção na NP ENV 13670 -1.
C

b)
Aplica-se também ao betão cujo produtor tenha o seu sistema de gestão da qualidade certificado de acordo com a
NP EN ISO 9001 no âmbito da produção do betão e abrangendo o centro de produção fornecedor.
c)
O betão sem certificação do controlo da produção não pode ser utilizado em obras das classes de execução 2 e 3.

Se numa betonagem contínua de grande volume, a aplicação da frequência mínima deste Quadro conduzir a
um número de amostras superior a 6, a frequência da amostragem pode ser diminuída, respeitando o mínimo
de 6 amostras.
No caso de dúvidas sobre a resistência de uma amassadura ou carga, a amostra colhida deve ser incluída no
lote, a não ser que haja informações que justifiquem separar a amassadura ou carga desse lote e o local de
aplicação do betão esteja claramente identificado. Em qualquer caso, esta colheita deve ser considerada como
adicional ao plano de amostragem estabelecido.
(4) No parágrafo (4) da secção B.2 acrescentar, a seguir a EN 12390-3 o seguinte:
“A amostragem, preparação, cura e ensaio dos provetes devem ser realizados por laboratórios acreditados.
Em obras das classes de execução 1 e 2 pode haver recurso a um laboratório não acreditado, se tal merecer o
acordo prévio do produtor e da entidade de supervisão da obra”.
NP
EN 206:2013 +A1
2017

p. 100 de 103

NA.1 – B.3.1 Betão com certificação do controlo da produção


O parágrafo (2) da secção B 3.1 é substituído pelo seguinte:
(2) Presume-se que o betão de um lote pertence a uma população conforme no que respeita à resistência
característica à compressão se:
 ambos os critérios do Quadro B.1 forem satisfeitos pelos n resultados de ensaio de resistência das
amostras colhidas desse lote, para betões de classe de resistência inferior a C25/30;
 ambos os critérios do Quadro NA.1 – B.3.1 (2) forem satisfeitos pelos n resultados de ensaio de
resistência das amostras colhidas desse lote, para betões de classe de resistência C25/30 ou superior.
Presume-se que o betão de uma amassadura ou carga, que tenha sido ensaiada por haver dúvidas sobre a sua
resistência, pertence a uma população conforme no que respeita à resistência característica à compressão, se
o resultado do ensaio satisfizer o critério 2, exceto se amassadura ou carga for incluída no lote (ver NA.1-
B.2 (2)), caso em que o resultado deverá ser igualmente considerado para a verificação do critério 1.

4
Quadro NA.1 – B.3.1 (2) – Critérios de identidade para a resistência característica à compressão.
Betão com certificação do controlo da produção

Número n de resultados de Critério 2


10
Critério 1
ensaio da resistência à Média de “n” resultados (fcm) Qualquer resultado individual (fci)
compressão do volume de betão N/mm2 N/mm2
em análise
1 Não aplicável
2  fck + 2
 fck – 4
3-4  fck + 3
T

5–6  fck + 4
NOTA: Os critérios do Quadro NA.1 – B 3.1(2) conduzem no máximo a uma probabilidade de 1 % de rejeitar um volume de betão
C

de uma produção com 95 % de probabilidade de ser aceite no controlo da conformidade pelo produtor.

Para mais de 6 resultados devem considerar-se grupos de 6, efetuando, se necessário, a sobreposição de


resultados, que deverão ser ordenados considerando a sequência temporal da colheita das amostras.

NA.1 – B.4 Critérios de identidade para a consistência e o teor de ar


Substituir esta secção por:
B.4 Critérios de identidade para a consistência, teor de ar e propriedades
específicas do BAC
A identidade do betão no que respeita à consistência e ao teor de ar e, se o betão for autocompactável, à
viscosidade, capacidade de passagem e resistência à segregação é avaliada em cada resultado de ensaio
individual como estabelecido nas 4ª e 5ª colunas do Quadro 21. Presume-se que o betão pertence a uma
população conforme se estes critérios do Quadro 21 forem satisfeitos por cada resultado individual obtido
nos ensaios das amostras colhidas da amassadura ou carga.

NA.1 – D.2.1 Cimento


(1) e (3) Os cimentos e as misturas de cimentos e adições que podem ser utilizados são os estabelecidos na
Especificação LNEC E 464.
NP
EN 206:2013+A1
2017
p. 101 de 103

NA.1 – D.3.3 Razão água/cimento


(1) Os requisitos para a máxima razão água/cimento estão estabelecidos na Especificação LNEC E 464.

NA.1 – Anexo F
(3), (5) As recomendações que constam do Anexo F, nomeadamente os valores relativos à composição e
propriedades do betão, constantes do Quadro F.1, são substituídas pelos requisitos estabelecidos na
Especificação LNEC E 464, com exceção da classe de exposição ambiental X0, cujos requisitos continuam a
ser os do Quadro F.1 da presente Norma.
As disposições nacionais relativas à resistência do betão à ação dos sulfatos constam também desta
Especificação.

4
10
T
C
NP
EN 206:2013 +A1
2017

p. 102 de 103

Anexo NA.2
(informativo)
Correspondência entre as normas europeias referidas na presente Norma e as
normas nacionais

Norma europeia Norma nacional Título


EN 196-2 NP EN 196-2 Métodos de ensaio de cimentos – Parte 2: Análise química dos cimentos
EN 197-1 NP EN 197-1 Cimento – Parte 1: Composição, especificações e critérios de
conformidade para cimentos correntes
EN 450-1 NP EN 450-1 Cinzas volantes para betão – Parte 1: Definição, especificações e critérios
de conformidade
EN 934-1:2008 NP EN 934-1:2008 Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção – Parte 1:
Requisitos gerais
EN 934-2 NP EN 934-2

4
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção – Parte 2:
Adjuvantes para betão – Definições, requisitos, conformidade, marcação e
etiquetagem
10
EN 1008 NP EN 1008 Água de amassadura para betão – Especificações para a amostragem,
ensaio e avaliação da aptidão da água, incluindo água recuperada nos
processos da indústria de betão, para o fabrico de betão
EN 1097-3 NP EN 1097-3 Ensaios das propriedades mecânicas e físicas dos agregados – Parte 3:
Determinação da baridade e do volume de vazios
EN 1097-6:2013 NP EN 1097-6 Ensaios das propriedades mecânicas e físicas dos agregados – Parte 6:
Determinação da massa volúmica e da absorção de água
T

EN 1992-1-1 NP EN 1992-1-1 Eurocódigo 2 – Projeto de estruturas de betão – Parte 1-1: Regras gerais
e regras para edifícios
Ensaios do betão fresco – Parte 1: Amostragem
C

EN 12350-1 NP EN 12350-1
EN 12350-2 NP EN 12350-2 Ensaios do betão fresco – Parte 2: Ensaio de abaixamento
EN 12350-4 NP EN 12350-4 Ensaios do betão fresco – Parte 4: Grau de compatabilidade
EN 12350-5 NP EN 12350-5 Ensaios do betão fresco – Parte 5: Ensaio da mesa de espalhamento
EN 12350-6 NP EN 12350-6 Ensaios do betão fresco – Parte 6: Massa volúmica
EN 12350-7 NP EN 12350-7 Ensaios do betão fresco – Parte 7: Determinação do teor de ar – Métodos
pressiométricos
EN 12350-8 NP EN 12350-8 Ensaios do betão fresco – Parte 8: Betão autocompactável – Ensaio de
espalhamento
EN 12350-9 NP EN 12350-9 Ensaios do betão fresco – Parte 9: Betão autocompactável – Ensaio de
escoamento no funil V
EN 12350-10 NP EN 12350-10 Ensaios do betão fresco – Parte 10: Betão autocompactável – Ensaio de
escoamento na caixa L
EN 12350-11 NP EN 12350-11 Ensaios do betão fresco – Parte 11: Betão autocompactável – Ensaio de
segregação no peneiro
EN 12350-12 NP EN 12350-12 Ensaios do betão fresco – Parte 12: Betão autocompactável – Ensaio de
espalhamento no anel J
EN 12390-1 NP EN 12390-1 Ensaios do betão endurecido – Parte 1: Forma, dimensões e outros
requisitos para o ensaio de provetes e para os moldes
(continua)
NP
EN 206:2013+A1
2017
p. 103 de 103

(conclusão)
Norma europeia Norma nacional Título
EN 12390-2 NP EN 12390-2 Ensaios do betão endurecido – Parte 2: Execução e cura dos provetes
para ensaios de resistência mecânica
EN 12390-3 NP EN 12390-3 Ensaios do betão endurecido – Parte 3: Resistência à compressão de
provetes
EN 12390-5 NP EN 12390-5 Ensaios do betão endurecido – Parte 5: Resistência à flexão de provetes
EN 12390-6 NP EN 12390-6 Ensaios do betão endurecido – Parte 6: Resistência à tração por
compressão de provetes
EN 12390-7 NP EN 12390-7 Ensaios do betão endurecido – Parte 7: Massa volúmica do betão
endurecido
EN 12390-8 NP EN 12390-8 Ensaios do betão endurecido – Parte 8: Profundidade de penetração da
água sob pressão
Ensaios do betão nas estruturas – Parte 1: Carotes. Extração, exame e

4
EN 12504-1 NP EN 12504-1
ensaio à compressão
EN 12504-2 NP EN 12504-2 Ensaios do betão nas estruturas – Parte 2: Ensaio não destrutivo –
10
Determinação do índice esclerométrico
EN 12504-4 NP EN 12504-4 Ensaios do betão nas estruturas – Parte 4: Determinação da velocidade de
propagação dos ultra-sons
EN 12620 NP EN 12620 Agregados para betão
EN 12878 NP EN 12878 Pigmentos para a coloração de materiais de construção à base de cimento
e/ou cal – Especificações e métodos de ensaio
EN 13263-1 NP EN 13263-1 Sílica de fumo para betão – Parte 1: Definições, requisitos e critérios de
T

conformidade
EN 13577 NP EN 13577 Ataque químico do betão – Determinação da concentração de dióxido de
carbono agressivo da água
C

EN 13670 NP EN 13670 Execução de estruturas de betão


EN 13791 NP EN 13791 Avaliação da resistência à compressão do betão nas estruturas e em
produtos prefabricados
EN 14216 NP EN 14216 Cimento – Composição, especificações e critérios de conformidade para
cimentos especiais de muito baixo calor de hidratação
EN 14487-1 NP EN 14487-1 Betão projetado – Parte 1: Definições, especificações e conformidade
EN 14488-7 NP EN 14488-7 Ensaios do betão projetado – Parte 7: Dosagem de fibras no betão
reforçado com fibras
EN 14647 NP EN 14647 Cimento de aluminato de cálcio – Composição, especificações e critérios
de conformidade
EN 14889-1:2006 NP EN 14489-1:2008 Fibras para betão – Parte 1: Fibras de aço – Definições, especificações e
conformidade
EN 14889-2:2006 NP EN 14489-2:2008 Fibras para betão – Parte 2: Fibras poliméricas – Definições,
especificações e conformidade
EN 15167-1 NP EN 15167-1 Escória granulada de alto-forno moída para betão, argamassa e caldas de
injeção – Parte 1: Definições, especificações e critérios de conformidade
EN 15743 NP EN 15743 Cimento supersulfatado − Composição, especificações e critérios de
conformidade
EN 16502 NP EN 16502 Método de ensaio para determinação do grau de acidez dos solos de
acordo com Baumann-Gully

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