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É o estudo das regras que regem a construção de frases nas línguas naturais.
A sintaxe é a parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e
das frases no discurso, incluindo a sua relação lógica, entre as múltiplas
combinações possíveis para transmitir um significado completo e compreensível.
À inobservância das regras de sintaxe chama-se solecismo.
***
As palavras podem ser classificadas em várias categorias, como substantivos,
adjetivos, advérbios, pronomes, conjunções e por aí vai. Essas categorias são
chamadas de classes gramaticais e quem classifica as palavras desse jeito é
a Morfologia. Portanto, é na Morfologia que nós estudamos as classes
gramaticais (a classificação das palavras).
Agora, se elas estiverem juntas numa frase, então elas poderão ser
classificadas de acordo com o que elas fazem dentro da frase (e não mais de
modo isolado), ou seja: elas podem ser classificadas de acordo com
a função que elas têm dentro da frase. Elas continuarão sendo substantivos,
mas também serão classificadas de acordo com suas funções dentro da frase.
Essa classificação (de acordo com o que as palavras fazem dentro de uma
frase) é estudada pela Sintaxe. É daí vem a Análise Sintática (a análise das
funções que as palavras podem assumir dentro das frases).
Veja: a função de João é comprar a pizza (ele realiza a ação), a pizza é a coisa
comprada (indica o que João comprou), calabresa indica o sabor da pizza e a
Pizzaria do Gato é o lugar onde a pizza foi comprada.
Está ok?
As frases podem ser nominais (quando elas não têm verbo) ou verbais (quando
elas têm verbo).
Sendo assim, a frase "ai meu Deus" é uma frase nominal (não tem verbo),
enquanto que "viva intensamente cada dia" é uma oração (frase verbal), já que
tem um verbo (o verbo é "viver", que está conjugado como "viva").
E se tivermos mais de uma oração (uma atrás da outra) teremos um período (um
conjunto de orações). Como cada oração tem somente um verbo, basta contar o
número de verbos para saber quantas orações existem dentro de um período.
Então, as frases "viva cada dia como se ele fosse o último porque um dia você
acerta" é um período composto por três orações (basta contar os verbos: "viva",
"fosse", "acerta").
Beleza?
E os períodos podem ser simples (formados apenas por uma oração, ou seja:
têm só um verbo) ou compostos (formados por duas ou mais orações, ou seja:
têm dois ou mais verbos).
Veja que quem fez a ação de comprar a pizza foi o João. Logo, João é o sujeito
da oração (é ele quem pratica a ação de comprar). "João" é um substantivo
(classe gramatical) que está funcionando como sujeito da oração (função
sintática).
João comprou "pizza". Logo, "pizza" é a expressão que explica o que João
comprou. Portanto, "pizza" é um complemento (completa a mensagem da
oração). Mais adiante veremos os tipos de complementos.
Pronto: a oração está completa. Todo mundo consegue entender que "João
comprou pizza". Nessa oração, "João" é o sujeito, "comprou" é o verbo e "pizza"
é o complemento. Se nós tirarmos alguma dessas expressões da oração a
mensagem não terá sentido porque ela ficará inacabada ("sujeito", "verbo" e
"complemento" são os componentes mínimos que essa oração precisa ter para
poder ter sentido).
Sendo assim, fazer a análise sintática de uma oração nada mais é do que
analisar o funcionamento das palavras dentro das orações, classificando-as de
acordo com o que fazem dentro da oração, ou seja: descobrir onde está o
verbo, o sujeito, o complemento, os adjuntos e por aí vai.
Se der a louca em mim e se eu disser que o foi o gato que comprou pizza na
Pizzaria do João, então o gato passa a ser sujeito e João passa a ser adjunto.
Mudamos a função sintática, mas a classe gramatical continua sendo a mesma.
Sujeito
Observe que, dentro dessa expressão, existe uma palavra que guarda todo o
significado do sujeito, que é a palavra “motorista”. As outras palavras ("o",
"do" e "Fusca") giram em torno desse núcleo (motorista). Logo, "motorista" é
o núcleo do sujeito "o motorista do Fusca". Portanto, esse sujeito possui um
núcleo ("motorista").
Portanto, esse sujeito tem dois núcleos, já que não posso concentrar todo o
significado do sujeito em apenas um dos núcleos. Um núcleo é Joaquim e o outro
núcleo é o Nabuco. Os dois são igualmente importantes para o significado do
sujeito.
Sujeito Determinado Simples
É aquele que tem apenas um núcleo. Logo, "o motorista do Fusca" é um sujeito
determinado simples.
É aquele que tem dois ou mais núcleos. Logo, "Joaquim e Nabuco" é um sujeito
determinado composto.
Sujeito Indeterminado
Afinal, não é assim que a gente fala quando não sabemos quem realizou a ação?
Se você está em casa e não sabe quem largou o sapato no meio do caminho (como
se fosse de propósito) você pode falar algo do tipo:
"Deixaram este sapato bem aqui! Quem foi?!".
Partícula Apassivadora
Não é sempre que teremos um sujeito indeterminado com o terceiro modo. Veja
um exemplo:
Sujeito Inexistente
Agora eu vou falar do sujeito inexistente. Leia com calma a explicação porque
você precisa ter alguns cuidados para não escorregar nas pegadinhas (veja as
observações que eu fiz).
Quem nevou? Bem, nesse caso nós estamos falando a respeito de algo natural,
um fenômeno da natureza que ocorre de modo espontâneo. Logo, o sujeito
será classificado como “inexistente”, ou então a oração será classificada como
"sem sujeito". Fenômenos naturais simplesmente acontecem (não precisam de
nenhum sujeito para ocorrerem), principalmente a chuva que cai só quando a
gente sai de casa.
1) "Haver" e "ser" com o sentido de "existir". Ex: "Há dez pessoas na sala /
Eram dez pessoas na sala"
2) "Haver", "fazer" e "ser" indicando "tempo": Ex: "Isso foi há dez anos/ Faz
dez anos que isso aconteceu/Agora é uma hora da tarde/São três horas".
3) "Bastar" ou "chegar" indicando ideia de "suficiente" (conjugados no modo
imperativo). Ex: "Isso já basta! Já chega de mentiras!"
Logo, esse sujeito é classificado como “sujeito oculto”: ele não aparece, mas a
gente sabe quem é por causa da conjugação do verbo.
REVISÃO:
Essa oração está estranha, não? Você também acha que está faltando alguma
coisa nela? Tipo: "Meu cachorro gosta do quê"?
Como você acabou de perceber, essa oração está incompleta. O sujeito é "meu
cachorro", o verbo é "comer", mas falta dizer o que ele comeu, não é verdade?
Agora você precisa saber de uma coisa: os objetos podem ser classificados de
acordo com a presença ou não de preposição. Se houver preposição (ou seja: se
o objeto foi ligado ao verbo por meio de uma preposição), teremos um objeto
indireto. Caso contrário, se não houver preposição ligando o verbo ao objeto,
então nós teremos um objeto direto.
Veja que na primeira oração nós usamos a preposição "de" ("gosta de papel").
Portanto, o termo "de papel" é um objeto indireto. Já na segunda oração não há
preposição entre o verbo e o complemento ("adora papel"). Logo, "papel" é
um objeto direto.
Transitividade Verbal
Você viu que os objetos completam o sentido dos verbos. Quando isso acontece,
esses verbos são chamados de verbos transitivos. Portanto, todos os verbos
que possuem objetos são chamados de verbos transitivos.
Por exemplo:
CHICO 0 X 1 PINGUIM
Outros verbos não exigem a preposição, como por exemplo, o verbo "amar" (quem
ama, ama alguma coisa). Veja o exemplo:
Eu amo livros
Observe que não existe nenhuma preposição entre o verbo ("amo") e o objeto
direto ("livros").
Os verbos que não exigem preposição para se ligarem aos seus objetos são
chamados de verbos transitivos diretos. Já os verbos que exigem preposição
para se ligarem aos seus objetos são chamados de verbos transitivos indiretos.
Veja um exemplo:
Chico entregou o lápis ao João.
O verbo "entregar" é transitivo direto e indireto porque ele tem dois objetos:
um objeto direto ("o lápis") e um objeto indireto ("ao João").
Intransitividade Verbal
Veja o exemplo:
Astolfo morreu.
A oração não precisa de objeto, pois o sentido da oração está completo.
Portanto, o verbo morrer é intransitivo porque não precisa de objeto para ter
sentido.
Exemplo:
Como "morrer" é um verbo intransitivo, "ontem" não pode ser objeto. Nesse caso,
"ontem" é um adjunto adverbial (nós vamos estudá-lo depois).
Resumo da Ópera
Acabamos de ver que entre o verbo ("odeia") e o objeto ("você") não existe
nenhuma preposição, ok? Então o verbo "odiar" é transitivo direto e "você"
é objeto direto.
Neste caso, ao invés de eu dizer "você" eu disse "a ti". Veja que, agora, surgiu
uma preposição do nada, que é a preposição "a". Porém, nós acabamos de ver que
o verbo "odiar" é transitivo direto (ele não exige preposição). Ou seja: se o verbo
é transitivo direto (não exige preposição), então por que a bendita preposição
"a" apareceu ali? Por que um verbo transitivo direto apareceu junto com
uma preposição? É magia?
Bem, não se assuste porque isso pode acontecer por diversos motivos simples e
quando isso acontece o objeto direto será chamado de objeto direto
preposicionado (uma espécie de "é objeto direto, mas tem preposição").
Então:
"Quando o verbo for transitivo direto (verbo que não exige preposição)
e a preposição aparecer mesmo assim, não se trata de magia ou de coisas
do além,
mas sim de objeto direto preposicionado".
Vamos ver alguns exemplos típicos e simples onde nós podemos encontrar esse
tal de objeto direto preposicionado:
Ou seja: com pronomes do tipo "ti", "si", "mim", exatamente como ocorre no
exemplo "meu cachorro odeia a ti".
Esse tipo de pronome sempre pede a preposição "a" mesmo se o verbo for
transitivo direto: "meu cachorro odeia a ti", "meu cachorro odeia a mim", "meu
cachorro odeia a si próprio". Em cada um desses exemplos, o verbo é transitivo
direto ("odiar"), mas existe preposição entre ele e o objeto. Logo, em todos esses
exemplos, cada objeto será um objeto direto preposicionado.
Imagine um jogo de futebol entre cães e gatos. Aí você ouve essas duas
mensagens:
E agora? Quem foi que venceu: os gatos ou os cães? Não é possível saber quem
venceu o jogo por causa da ambiguidade: a oração tem dois sentidos ao mesmo
tempo. Então, para evitar a ambiguidade, nós usamos a preposição no objeto
direto, transformando-o num objeto direto preposicionado:
Agora nós sabemos quem venceu: foram os cães (porque se "aos gatos" é o
objeto direto preposicionado, então "os cães" é o sujeito). Se eu quiser dizer
que os gatos venceram, basta dizer: "venceram os gatos aos cães".
Exemplo:
Se eu falar "Joãozinho comeu o meu pacote de Trakinas", vai parecer que ele
comeu o pacote inteiro. Então, para dizer que Joãozinho não comeu todo o
pacote, nós colocamos a preposição "de" antes do objeto direto,
transformando-o num objeto direto preposicionado. Nesse caso, a preposição
"de" se junta com o artigo "o", formando o "do" (de + o = o). Então, "do meu
pacote de Trakinas" é um objeto direto preposicionado.
O verbo "amar" é transitivo direto, ou seja: ele não exige preposição. Logo, nós
podemos dizer "eu amo Deus", por exemplo.
Porém, é comum usarmos preposição nesses tipos de verbos que indicam emoção
ou sentimento. Veja o exemplo:
Eu amo a Deus
A preposição "a" é desnecessária (posso dizer "eu amo Deus"), mas a preposição
simplesmente apareceu dando uma ênfase maior ao que eu quero dizer. Nesse
caso, a expressão "a Deus" se transforma num objeto direto preposicionado.
Resumindo
Portanto, quando você for fazer algum exercício para classificar os objetos e
encontrar uma preposição entre o objeto e o verbo, verifique se o objeto é um
objeto direto preposicionado antes de você tratá-lo como um objeto indireto.
Você pode pensar que se trata de um objeto indireto, mas ele pode ser um
objeto direto preposicionado.
Nada mais é do que um objeto direto repetido sem necessidade, mas que alguém
quis repeti-lo porque achou bonito ou porque quis enfatizar ou destacar alguma
ideia. Claro que quem costuma fazer isso são os grandes poetas e escritores (ao
contrário de nós, meros mortais).
Veja este exemplo:
Eu comprei os presentes.
Nesse caso, "os presentes" é um simples objeto direto. Você também poderia
usar um pronome oblíquo ("os") como objeto direto. Veja:
Eu comprei-os.
Agora eu vou repetir o objeto direto, escrevendo-o duas vezes. Veja como fica:
Os presentes, eu comprei-os.
Veja aí que temos dois objetos diretos repetidos: "os presentes" e "comprei-
os" (veja que "-os" funciona como "os presentes"). Logo, "os presentes" é
um objeto direto pleonástico (ele aparece duas vezes, contando com o "-os").
Ensinou-me matemática.
("-me" é o objeto indireto)
Agora, vamos repetir o objeto indireto ("-me"), escrevendo o seguinte:
A expressão "a mim" é um objeto indireto que está sendo repetido, aparecendo
duas vezes ("a mim" e "ensinou-me"). Então, "a mim" é um objeto indireto
pleonástico (já que ele aparece duas vezes sem necessidade).
Resumindo
Hoje nós vamos falar a respeito do Objeto Direto Cognato, que também pode
ser chamado de Objeto Direto Interno.
Bem, você já aprendeu que os verbos intransitivos são aqueles que não exigem
complemento.
Fulano morreu.
Veja que essa oração só tem sujeito ("Fulano") e verbo ("morreu"). Ela não
precisa de objeto porque o sentido dela está completo (portanto, o verbo
"morrer" é um verbo intransitivo).
Porém, o mundo é uma caixinha de surpresas e até mesmo os verbos intransitivos
(que não exigem objeto) podem ganhar um objeto (mesmo não precisando). A
oração "fulano morreu" pode ganhar um objeto que repete a ideia transmitida
pelo verbo intransitivo. Esse objeto é chamado de cognato (ou interno).
Você já viu que "morrer" é um verbo intransitivo. Porém, essa oração ganhou um
objeto que repete a ideia do verbo "morrer" ("morreu uma morte"). Então, "uma
morte terrível" é um objeto direto cognato (ou objeto direto interno).
Outros exemplos:
Veja que o objeto cognato repete a ideia verbo (tem o mesmo significado), como
se fosse algo redundante: "sonhou um sonho", "vive uma vida". "dormiu um sono",
"sorriu um sorriso". O objeto pode ser o próprio verbo funcionando como
substantivo (ex: "sonhar um sonho") ou pode fazer parte do grupo de ideias
associadas ao verbo (ex: "dormir um sono").
Resumindo
1) Complemento Nominal
2) Predicativo do Sujeito
3) Predicativo do Sujeito com Verbo de Ligação Implícito)
4) Predicativo do Objeto
5) Predicado
6) Vozes Verbais
7) Recapitulação do Capítulo
Complemento Nominal
Antes nós vimos que o objeto é o termo que completa o sentido da oração e vimos
que ele pode ser classificado como direto ou indireto (além de preposicionado,
pleonástico e cognato).
Astolfo gosta.
Observe que essa oração está incompleta. Surge uma pergunta no ar: "Astolfo
tem necessidade do quê?" É preciso completar o sentido dessa oração. Portanto,
a oração precisa de um complemento. Vamos inventar um:
O termo "de atenção" completa o sentido da oração. Porém, ele não está
completando o sentido de um verbo(coisa que o objeto faz). Observe que "de
atenção" está completando o sentido da palavra "necessidade" (um substantivo
abstrato).
Resumo da Ópera:
Conceitos Iniciais
Predicativo do Sujeito
Olá!
Essa é uma boa hora para nós revisarmos a transitividade verbal (assunto do
capítulo anterior).
Revisando:
Veja os exemplos:
Ambrósio derrubou a escada.
O verbo "derrubar" indica uma ação. Portanto, "a escada" é um objeto (nesse
caso, é objeto direto) e completa o sentido do verbo "derrubar". O verbo é
transitivo direto.
Cuidado!
Alguns verbos que expressam ação podem ser usados como verbos de ligação.
Veja o exemplo:
Vou explicar isso melhor agora. Primeiro, veja estes dois exemplos:
Você acabou de ver duas orações: uma com objeto direto e outra com predicativo
do sujeito. Agora pense: o que eu faço se eu quiser dizer que Ronaldo chutou a
bola ao mesmo tempo que ele estava irritado? Para fazer isso, basta juntar as
duas orações, formando um período:
"Ronaldo" é o sujeito, "a bola" continua sendo objeto direto e "irritado" continua
sendo predicativo do sujeito. Nós apenas juntamos as duas orações, uma no lado
da outra. Porém, nós podemos simplificar ainda mais esse período. Veja:
"Ronaldo" continua sendo o sujeito, "a bola" continua sendo o objeto direto e
"irritado" continua sendo o predicativo do sujeito. Porém, só enxergamos um
verbo no período ("chutou"). Onde está o outro verbo? Resposta: ele está
implícito (escondido).
Ronaldo chutou a bola (e ele estava) irritado.
Eu fiz questão de fazer um post só sobre isso em nosso Roteiro de Estudo para
evitar dúvidas futuras. Muitas gramáticas ignoram esse assunto e isso gera
problemas mais para frente, em outros assuntos. Não avance a matéria sem
entender isso.
Pergunta:
Respostas
Predicativo do Objeto
O Predicativo do Objeto
Nós vimos antes que o predicativo do sujeito é aquele que atribui uma
característica ao sujeito (uma qualidade, um estado, uma mudança de estado,
etc). Então, o predicativo do objeto nada mais é do que aquele que atribui uma
característica ao objeto. Resumindo:
Astolfo e Virgulina
Ou seja:
O predicativo do objeto atribui uma característica ao objeto,
enquanto que o predicativo do sujeito atribui uma característica ao
sujeito.
Predicado
Hoje nós vamos explicar o que é predicado. Porém, para entender esse assunto
da melhor maneira possível e ficar feliz, é importante que você saiba o que
são verbos transitivos ou intransitivos (clique aqui), o que é predicativo do
sujeito (clique aqui) e o que é predicativo do objeto (clique aqui). Se eu acabei de
falar grego e você não entendeu nada, então clique nos parênteses para revisar
esses três assuntos. Afinal, você precisa deles para entender o assunto que eu
vou explicar agora.
O que é predicado?
Agora, vamos falar dos tipos de predicado, que é onde o bicho pega (e come).
Tipos de Predicado
Predicado Verbal
O predicado verbal é aquele que expressa ação. Portanto, o predicado verbal
aparece nas orações com verbos transitivos (diretos, indiretos ou os dois)
ou intransitivos. Além disso, o núcleo do predicado sempre será o verbo da
oração. Exemplo:
Predicado Nominal
O predicado nominal é aquele que tem um verbo de ligação. Portanto, o predicado
nominal é aquele que tem um predicativo do sujeito. O núcleo do predicado
nominal não é o verbo, mas sim é o predicativo do sujeito.
O verbo "ficou" é um verbo de ligação (porque não expressa ação, mas sim um
estado, atribuindo ao sujeito uma característica). Portanto, o predicado "ficou
chateado com a nota da prova de matemática" é um predicado nominal (e o seu
núcleo é "chateado", predicativo do sujeito).
Predicado Verbo-Nominal
O predicado verbo-nominal é aquele que mistura o predicado verbal com o
predicado nominal, expressando, ao mesmo tempo, ação e estado. Portanto, ele
tem dois núcleos: um núcleo verbal (do verbo da oração) e um núcleo nominal (que
pode ser um predicativo do sujeito ou predicativo do objeto). Veja o exemplo:
Ambrósio foi feliz para a escola
Essa oração expressa uma ação ("Ambrósio foi para a escola") e, ao mesmo
tempo, expressa um estado ("Ambrósio estava feliz"). Portanto, o predicado "foi
feliz para a escola" é um predicado verbo-nominal. O núcleo verbal é o verbo "foi"
e o núcleo nominal é o predicativo do sujeito ("feliz").
Resumo da Ópera:
Predicado Nominal: não expressa ação, mas sim estado. Tem verbos de ligação
e tem predicativo do sujeito.
Vozes Verbais
Hoje nós vamos falar sobre as vozes verbais. A voz nada mais é do que uma
maneira de indicar se o sujeito realiza a ação, se recebe a ação ou se acontece
os dois. Se você não entendeu nada, não se preocupe porque você vai entender
com os exemplos.
Vozes Verbais
Resumindo:
Agora, você precisa saber que existem dois tipos de voz passiva: a analítica e
a sintética. Veja, com atenção, os exemplos abaixo:
2) Vendem-se carros.
Explicando melhor:
A voz passiva analítica é formada por um verbo auxiliar (como o verbo "ser" ou
"estar", por exemplo) junto com um verbo no particípio (verbo terminado em
"ado", "edo", "ido"). Todos os exemplos que usamos no início do post estavam na
voz passiva analítica: "o cachorrinho foi seguido pelo cachorrão" ("foi" é auxiliar
e "seguido" está no particípio), "a janela foi quebrada...", "Mário foi derrubado".
Nesse exemplo, podemos dizer que "Ronaldo cortou Ronaldo", ou seja: ele cortou
(realiza a ação) e foi cortado (recebeu a ação).
Se a voz reflexiva tiver ideia de reciprocidade, então nós teremos a voz passiva
reflexiva recíproca. Por exemplo:
Nesse exemplo, Ronaldo se casou com Creuze e Creuza se casou com Ronaldo, ou
seja: é algo recíproco (cada um realiza a ação e recebe a mesma ação).
Resumo da Ópera
1) Adjunto Adnominal
2) Exemplos de Adjuntos Adnominais
3) Adjunto Adverbial
4) Tipos de Adjuntos Adverbiais
5) Aposto
6) Vocativo
7) Recapitulação do Capítulo
Adjunto Adnominal
Olá! Hoje nós vamos falar a respeito do Adjunto Adnominal e para explicar esse
assunto nós vamos começar com um exemplo:
Veja que, em azul, nós temos o substantivo "irmão". Ao redor dele, em vermelho,
nós temos os adjuntos adnominais que servem para determinar e dar
características ao substantivo "irmão" (inclusive o pronome possessivo "meu",
que indica posse).
Na primeira oração, nós temos apenas um adjunto adnominal, que é o artigo "a"
(antes do substantivo "velhinha").
Na segunda oração, além do artigo "a", nós temos o adjetivo "corajosa" que
também é adjunto adnominal de "velhinha".
Na terceira oração, além do artigo "a", nós temos uma locução adjetiva ("de
coragem"). A locução adjetiva nada mais é do que duas ou mais palavras
funcionando como um adjetivo ("de coragem" = "corajosa"). Portanto, a locução
"de coragem" é outro adjunto adnominal do substantivo "velhinha".
Dando sequência ao nosso roteiro de estudo sobre Análise Sintática, hoje eu vou
dar alguns exemplos deadjuntos adnominais para você entender melhor o
conteúdo da postagem anterior (clique aqui para ler o post anterior). Ao mesmo
tempo, nós vamos fazer algumas análises sintáticas para relembrarmos todo o
conteúdo estudado até agora.
Exemplo 1:
Veja que o artigo "o" está funcionando como adjunto adnominal do substantivo
"cachorro" (o artigo está determinando o substantivo – "o cachorro") e o
adjetivo "feliz" também está funcionando como adjunto adnominal de "cachorro"
(o adjetivo está caracterizando o substantivo – "cachorro feliz"). Portanto, o
artigo "o" e o adjetivo "feliz" funcionam como adjuntos adnominais do
substantivo "cachorro".
Análise Sintática:
Exemplo 2:
Observação: mais uma vez perceba que os adjuntos adnominais são termos
acessórios (secundários). A ideia principal da oração pode ser resumida pelas
palavras mais importantes: "professor entregou nota para mim".
Análise Sintática:
Exemplo 3:
Análise Sintática:
ATENÇÃO!
Tome muito cuidado para não confundir adjunto adnominal com complemento
nominal. Eu escrevi um artigo só sobre isso e é importante que você o leia antes
de avançar a matéria.
ATENÇÃO!
Tome muito cuidado para não confundir adjunto adnominal com predicativo do
objeto. Antes de avançar a matéria, dê uma lida no artigo que eu escrevi sobre
esse assunto.
Adjunto Adverbial
OBS: para entender melhor esse assunto, é importante que você saiba o que é
um advérbio. Caso tenha dúvidas, clique aqui.
Adjunto Adverbial
Temos aí: "Fulano" (sujeito), "escreveu" (verbo "escrever") e "um aviso" (objeto
direto). Observe que o verbo é transitivo direto e que "um aviso" é objeto
direto (não há preposição).
Você percebeu que eu acrescentei o termo "na rua". Essa expressão ("na rua")
acrescenta uma informação sobre o verbo "escrever", indicando onde Fulano
escreveu o aviso. Portanto, "na rua" é um adjunto adverbial que tem a função de
acrescentar uma informação a respeito do verbo.
Fulano caiu.
Fulano caiu na escada.
Fulano é legal.
Fulano é muito legal.
Fulano dança.
Fulano dança bem.
Fulano dança muito bem.
Adjuntos Adnominais: lá, na, da, turma e 303 são adjuntos adnominais ligados
ao substantivo sala; o, meu, de, Português são adjuntos adnominais ligados ao
substantivo professor; as, da, última, prova são adjuntos adnominais ligados
ao substantivo notas. Cada substantivo da oração é rodeado pelos seus adjuntos
adnominais. Veja que os adjuntos adnominais podem aparecer dentro do sujeito,
dos complementos e até mesmo dentro dos próprios adjuntos adverbiais. Se
houver algum substantivo na oração, esse substantivo pode ser "rodeado" por
adjuntos adnominais.
Vamos ver, agora, uma lista dos principais tipos de adjuntos adverbiais. Não se
preocupe em decorá-los, mas sim se preocupe em entendê-os para, assim, ser
capaz de identificá-los.
O que é: expressa algo que vai contra as expectativas, algo que não é esperado.
Exemplos de expressões: embora, apesar
Exemplos: apesar de não gostar de ler, ele leu o livro / embora o produto seja
caro, eu vou comprá-lo.
Aposto
O Aposto
Hoje eu vou falar do aposto, um termo acessório da oração que explica, resume
ou especifica outro termo. Vamos começar com um exemplo:
Aposto de Explicação
Como o nome diz, é uma informação adicional que explica alguma coisa.
Aposto de Retomada
Como o nome diz, é o aposto que retoma algo que já foi dito antes, evitando,
assim, repetições. Geralmente, esse tipo de aposto é composto por pronomes
indefinidos ou demonstrativos. Também pode ser chamado de aposto
resumitivo ou aposto recapitulativo.
Televisão, biscoito, plástico, lápis, panela... tudo isso é vendido nas lojas
Brega-Brega LTDA.
Aposto de Enumeração
Como o nome diz, serve para fazer enumerações. Nós geralmente usamos os
dois-pontos para marcar esse tipo de aposto.
Aposto de Distribuição
Aposto Especificativo
ATENÇÃO!
Existem outros tipos de apostos e cada gramática faz a sua própria classificação.
O principal é que você entenda o que vem a ser um aposto e entenda o seu
mecanismo. Você precisa saber que o aposto é uma expressão acessória que dá
mais informações e mais detalhes à oração (seja explicando, enumerando,
resumindo, distribuindo etc...).
Vocativo
Vocativo
O sujeito é o termo da oração responsável pelo o que o verbo faz. Hoje nós vamos
ver o que é vocativo, outro termo que pode aparecer na oração e que pode ser
confundido com o sujeito.
Vocativo ou Sujeito?
O sujeito é o termo que pratica a ação do verbo, enquanto que o vocativo é uma
forma de se dirigir à pessoaque vai ouvir (ou ler) a oração. A dica para
diferenciar os dois é a seguinte: o vocativo, na maior parte das vezes, estará
isolado com vírgula (ou com pontos de exclamação ou de interrogação). O sujeito,
por outro lado, nunca estará ao lado de um verbo junto com uma vírgula ou
qualquer outro tipo de pontuação.
Veja o exemplo:
Quem precisa parar de fumar? Resposta: Zilda. Logo, Zilda é o sujeito da oração
(porque é ela quem precisa parar de fumar). Perceba que não existe vírgula ou
ponto de exclamação ou de interrogação entre Zilda e o verbo ("precisa").
Nesse caso, a pessoa que está mandando Zilda parar de fumar está falando
diretamente para ela (é como se você parasse de frente para Zilda e falasse para
ela: "Zilda, precisa parar de fumar"). Ou seja: Zilda é um vocativo. Observe que
Zilda sempre aparece marcada com algum tipo de pontuação (vírgula, exclamação,
reticências).
Hoje nós vamos falar sobre os tipos de orações. Vou explicar primeiro o que
são orações subordinadas e depois eu vou explicar o que são orações
coordenadas.
OBS: para entender esse assunto, você realmente precisa entender os capítulos
anteriores do nosso Roteiro de Estudo sobre Análise Sintática (clique aqui para
ver os capítulos anteriores). Caso contrário, se você não entendeu o conteúdo
anterior, será muito difícil entender o conteúdo daqui para frente. Depois não
diga que eu não avisei...
Relembrando Conceitos
Dica: para descobrir quantas orações existem num período composto, basta
contar a quantidade de verbos (porque cada oração tem apenas um verbo). Porém,
tenha cuidado com as locuções verbais (dois ou mais verbos que funcionam como
um só), como por exemplo: dizer "estarei vindo pela manhã" equivale a dizer
"vireipela manhã" ("estarei vindo" é uma locução com dois verbos que funcionam
como um verbo, portanto temos apenas uma oração).
Orações Subordinadas
Agora, imagine que eu troque "biscoitos" (objeto direto) por uma outra oração,
ou seja: eu vou transformar o objeto direto numa oração inteira, fazendo essa
nova oração funcionar como o objeto direto da oração azul. Veja o exemplo:
A oração "que você acerte o alvo" (em vermelho) está funcionando como objeto
direto da oração "Marinalva quer" (em azul), explicando o que a Marinalva quer.
Portanto, a oração vermelha é uma oração subordinada da oração azul, que é
chamada de oração principal.
Veja que cada oração independe das outras. Elas estão uma ao lado da outra,
porém cada uma tem a sua própria estrutura (ninguém é pedaço de ninguém,
ninguém está dentro de ninguém). Portanto, essas orações são orações
coordenadas.
Tipos de Períodos
Resumo da Ópera:
Você viu no post anterior (clique aqui para ver) o que são orações coordenadas e
subordinadas. Na postagem de hoje, nós vamos falar a respeito da classificação
das orações coordenadas.
As orações coordenadas sindéticas são aquelas que são ligadas por elementos
conectores chamados de "conjunções coordenativas", ou seja: as orações não
estão soltas, mas sim estão ligadas por meio desses conectores e a
classificação dessas orações vai depender do tipo de ideia transmitida por esse
conector.
Observe que essas orações coordenadas estão ligadas pelo conector "e". Como
esse conector transmite a ideia de "adição" (ou seja: acréscimo de ações), então
essas orações são classificadas como coordenadas sindéticas aditivas. Lindo,
né?
Veja que, mais uma vez, nos deparamos com duas orações coordenadas. Agora, o
conectivo "ou" transmite uma ideia de alternância ("ou um coisa, ou outra").
Portanto, essas orações são classificadas como coordenadas sindéticas
alternativas.
O conector "mas" transmite a ideia de oposição (ou seja: ideias contrárias). Essa
relação de ideias opostas é chamada de "adversativa". Logo, essas orações são
classificadas como coordenadas sindéticas adversativas.
Ideia de Explicação (coordenadas explicativas)
As orações coordenadas assindéticas são aquelas que que não possuem nenhum
conectivo as ligando. Estão apenas um no lado da outra.
Vou de carro, vou de metrô, vou de qualquer coisa, vou chegar lá.
Observe que essas orações coordenadas não são ligadas por nenhum conector
(elas estão separadas por vírgulas). Quando orações coordenadas não são
articuladas por conectores, essas orações são classificadas como orações
coordenadas assindéticas.
Resumo da Ópera
Orações Coordenadas Sindéticas: são aquelas que são ligadas por conectores,
podendo expressar várias ideias (adição, alternância, conclusão, oposição ou
explicação).
Orações Coordenadas Assindéticas: são aquelas que não são ligadas por
conectores (são separadas por vírgulas ou por pontos).
Nos posts anteriores, você estudou os tipos de orações (veja aqui) e também a
classificação das orações coordenadas (veja aqui). Agora, nós vamos estudar
a classificação das orações subordinadas.
Vamos ver, com calma, cada um desses casos. Se tiver dúvidas, clique nos links
para relembrar os conceitos.
Como o próprio nome diz, é a oração que funciona como objeto direto de outra
oração.
Sujeito: "Elvira"
Verbo: querer
Objeto Direto: "que Juvenal a xingue de velha"
A oração "que Juvenal a xingue de velha" está funcionando como objeto direto da
oração "Elvira não quer". Portanto, a oração "que Juvenal a zingue de velha" é
uma oração subordinada substantiva objetiva direta.
Nesse caso, a oração "de que a parede tinha porta" funciona como objeto
indireto da oração "o arquiteto se esqueceu". Portanto, a oração"que a parede
tinha porta" é uma oração subordinada substantiva objetiva indireta.
Sujeito: "eu"
Verbo: ter
Complemento do verbo: "certeza"
Complemento Nominal: "que iremos vencer o jogo"
A oração "que vocês se divorciem" está funcionando como sujeito da oração "é
ruim". Portanto, "que vocês se divorciem" é uma oração subordinada substantiva
subjetiva.
É a oração que funciona como predicativo de outra oração (ou seja: é aquela que
aparece depois de um verbo de ligação).
Minha sugestão é que você seja mais criativo.
A oração "que você seja mais criativo" funciona como predicativo do sujeito da
oração "minha sugestão é". Portanto, a oração "que você seja mais criativo" é
uma oração subordinada substantiva predicativa.
Observe que a oração "o cão é o melhor amigo do homem" está funcionando como
um aposto da oração "na placa, estava escrito o seguinte:". Portanto, a oração em
vermelho é uma oração subordinada substantiva apositiva.
Resumo da Ópera
Olá! Hoje nós vamos falar sobre a oração subordinada adjetiva. Vou explicar
esse assunto começando com o exemplo abaixo:
No lugar de "do colégio" (adjunto adnominal), nós colocamos uma oração ("que
administra o meu colégio). Trata-se, portanto, de uma oração subordinada
adjetiva (funciona como adjunto adnominal da oração principal).
Ou seja:
Observação: agora você já sabe que lá no primeiro exemplo ("o diretor que
administra o meu colégio caiu na escada"), a oração "que administra o meu
colégio" é subordinada adjetiva restritiva, já que eu estou falando
especificamente do diretor do meu colégio (não foi qualquer diretor que caiu,
mas sim foi o diretor do meu colégio).
Resumo da Ópera
A oração "quando eu vi o meu gato" é uma oração que funciona como adjunto
adverbial da oração "ele não estava agindo como um cão" (oração principal).
Portanto, "quando eu vi o meu gato" é uma oração subordinada adverbial.
Conclusão: pelos exemplos, você percebeu que os gatos são maus as orações
subordinadas adverbiais são classificadas de acordo com o sentido que elas
transmitem.
Resumo da Ópera
Orações Reduzidas
As orações subordinadas reduzidas são aquelas que são escritas sem conjunção
ou sem qualquer outro conector que as liguem à oração principal. Veja um
exemplo:
Resumo da Ópera:
As orações reduzidas são aquelas que se juntam à oração principal sem usarem
conector (conjunção, pronome, etc).
Veja os exemplos:
Eu fui ao teatro.
Pergunta: fui aonde?
Resposta: "ao teatro"
"ao teatro" é um objeto indireto que completa o sentido do verbo "ir" (fui)
Eu gosto de abacate.
Pergunta: gosto de quê?
Resposta: de abacate
"de abacate" é um objeto indireto que completa o sentido do verbo "gostar"
(gosto)
Olá! Neste post, eu vou falar sobre a diferença entre a partícula apassivadora e
o índice de indeterminação do sujeito. Porém, para entender esse assunto, é
importante que você tenha lido o conteúdo sobre Vozes Verbais (clique aqui para
ler). Caso contrário, você correrá o risco de não entender nada do que eu vou
explicar aqui.
Uma coisa muito importante (muito mesmo) que você precisa saber é que só
existe voz passiva se o verbo for transitivo direto.
Vou repetir:
Se o verbo não for transitivo direto (ou seja: se ele for transitivo indireto,
intransitivo ou de ligação), a oração não terá voz passiva (nem analítica, nem
sintética). Esse é o segredo para saber quando o "-se" é uma partícula
apassivadora ou um índice de indeterminação do sujeito. Vou explicar melhor
agora. Veja estes dois exemplos:
Exemplos:
Existe outro método que é capaz de resolver grande parte das dúvidas que
misturam o complemento nominal com adjunto adnominal (especialmente quando
as orações envolvem substantivos abstratos). Veja abaixo:
Adjunto Adnominal: indica ação (um ser ativo que realiza alguma ação).
Complemento Nominal: indica passividade (um ser passivo que é alvo de alguma
ação)
Exemplos:
O avião não inventa nada (não é ser ativo), mas sim foi inventado por alguém.
Como ele foi inventado por alguém, então "do avião" tem caráter passivo (é
um ser passivo, é o alvo da invenção). Portanto, nesse caso, "do avião" é
um complemento nominal.
Santos Dumont fez a invenção (é o ser ativo que realiza alguma coisa). Portanto,
nesse caso, "de Santos Dumont" é um adjunto adnominal (mesmo caso do
primeiro exemplo).
Você está sofrendo e tendo pesadelos com essa pergunta? Então calma, respire
fundo e leia, com atenção, a explicação abaixo. Não se distraia com nada (jogue
seu celular pela janela).
O Adjunto Adnominal
O Predicativo do Objeto
Veja que a oração ficou incompleta, sem sentido e, por causa disso, uma pergunta
surge no ar: "você considera o cachorro o quê"? Eu preciso explicar que eu
considero o cachorro "legal". Portanto, não se trata de adjunto adnominal (termo
acessório), mas sim de predicativo do objeto. O predicativo do objeto ("legal")
está ligado ao objeto da oração ("cachorro"), dando uma característica a esse
objeto ("o cachorro é legal").
Análise Sintática:
Então:
- DICA -
Todo mundo gosta de dicas e, para a nossa alegria, existe uma grande dica para
não confundir o adjunto com o predicativo.
Você deve ter reparado que os adjuntos adnominais ficam dentro de outras
funções sintáticas, como o sujeito e o objeto. Isso acontece porque o adjunto
praticamente "se gruda" ao substantivo, formando uma única função sintática.
Então, isso significa que um substantivo e seus adjuntos adnominais podem ser
trocados por um único pronome. Veja:
Achei-o esquisito.
Veja que "esquisito" ficou de fora (só conseguimos substituir "aquele homem").
Isso quer dizer que "esquisito" não é adjunto adnominal ("esquisito" é predicativo
do objeto). E isso quer dizer também que "aquele" é adjunto adnominal de
"homem", já que conseguimos substituir "aquele homem" pelo pronome "o".
Observação: não podemos usar pronomes pessoais do caso reto (eu, tu, ele, nós,
vós, eles) como objetos. Por conta disso, é errado escrever "achei ele esquisito"
(o correto é "achei-o esquisito").
Já no segundo caso eu escrevi "as ruas de Petrópolis". Veja que eu não posso
aplicar o mesmo raciocínio do caso anterior (não posso dizer que o nome das ruas
é Petrópolis). A expressão "de Petrópolis" não está especificando o substantivo
"ruas", mas sim está o caracterizando, indicando que as ruas pertencem à
Petrópolis. Portanto, nesse caso, a expressão "de Petrópolis" é um adjunto
adnominal. Veja o próximo exemplo:
Por outro lado, observe que, no último exemplo, eu especifiquei o nome da esteira.
"MAX2000" é o nome da esteira (estou especificando o nome). Portanto,
MAX2000 é o aposto especificativo da esteira (estou especificando o nome da
esteira). Ao contrário dos adjuntos adnominais (que apenas deram
características e informações gerais da esteira), o aposto especificativo
especificou o nome da esteira.