PAP-01 ACIDENTE DE

TRABALHO FOLHA 1/6

DATA DA IMPRESSÃO:
15/5/2018

1. TÍTULO
Fluxo de Acidente de Trabalho.
2. OBJETIVO

-Adotar medidas de cuidado e segurança para o atendimento dos casos de acidente de

trabalho.
-Oferecer orientação para que todos os profissionais de saúde possam conduzir de
forma efetiva o tratamento com antirretroviral em casos de acidente envolvendo
material biológico.
-Garantir que o acidentado receba assistência adequada após acidente.

3. RESPONSABILIDADE
ATIVIDADE RESPONSABILIDADE
3.1. Comunicação do acidente Chefia imediata.
3.2. Abertura de BAE Recepção da unidade.
3.3. Solicitar teste rápido e realizar o Médico plantonista.
preenchimento do formulário de “Solicitação
de medicamento – profilaxia”
3.4. Realizar o teste rápido do HIV + Laboratório.
Hepatite B no paciente fonte e no
profissional acidentado
Teste hepatite C sorologia.
3.5. Dispensar e orientar o uso de Farmacêutico e técnico de farmácia.
medicamentos antirretrovirais caso
necessário
3.6. Preenchimento da ficha de notificação - Coordenação de Enfermagem/Rotina
SINAN
3.7. Entregar BAE + SINAN para o DP da Profissional acidentado
Unidade
3.8. Enviar digitalizado BAE e SINAN do DP da Unidade
acidentado em até 24h para o DP Sede
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4. DEFINIÇÕES/ SIGLAS
4.1. Definições
Acidentes de trabalho envolvendo sangue e outros fluidos potencialmente
contaminados devem ser tratados como casos de emergência médica, uma vez que as
intervenções para profilaxia da infecção pelo HIV e HBV e HBC necessitam ser
iniciadas logo após a ocorrência do acidente, para a sua maior eficácia.
É considerado acidente grave acidente perfuro cortante com agulha contaminada,
presença de sangue visível na agulha, agulha utilizada para realização de
procedimento vascular, agulha de grosso calibre, lesão profunda no acidentado.
Líquidos de serosas (peritoneal, pleural, pericárdico), líquido amniótico, líquor e líquido
articular, A falta de uso de equipamento de proteção individual (luvas principalmente)
colabora para maior gravidade do acidente.
É considerado acidente moderado acidente de mucosas com exposição sanguínea.
Acidentes leves são aqueles com exposição de pele íntegra e não requerem cuidados
especiais nem acompanhamento clínico, pois não há risco de transmissão de infecções
neste tipo de acidente. A exposição a outros fluídos corpóreos que não sangue
(exemplo: saliva, suor urina, etc) apresenta baixo risco de aquisição de doenças como
HIV e Hepatites.
Pessoa fonte: Indivíduo que pode estar potencialmente contaminado envolvido no
acidente.

4.2. Siglas

BAE – Boletim de Atendimento Emergencial

CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho
CER – Coordenação de Emergência Regional
DP – Departamento Pessoal
HBV - Hepatitis B Vírus
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HCV - Hepatitis C Vírus

HIV – Human Immunodeficiency Virus
SINAM – Sistema de Informações de Agravos de Notificação
UPA – Unidade de Pronto Atendimento
TDF – Tenofovir 300mg
3TC – Lamivudina 300mg
ATV/r – Atazanavir 300mg / Ritonavir 100mg (termoestável)
Lamivudina 300mg

5. ABRANGÊNCIA
Todas as unidades geridas pela IABAS

6. INSTRUÇÕES

6.1 O profissional acidentado deverá informar a chefia imediata (caso este não esteja,
deve informar o enfermeiro do plantão). O acidentado deverá se encaminhar para a
recepção para abertura de BAE na unidade em que trabalha. O ideal é que o
acidentado inicie o tratamento nas primeiras 2 horas após a exposição, tendo como
limite às 72 horas subsequentes. Caso ultrapasse esse período, o acidentado deve ser
encaminhado para a Unidade Básica de Saúde.

6.2. No caso de acidentes percutâneos ou cutâneos após a exposição a material

biológico, a primeira conduta é a lavagem exaustiva do local exposto com água e
clorexidina degermante (sabão). Não deve ser feita a expressão do local exposto como
forma de facilitar o sangramento espontâneo.
Nas exposições de mucosas, deve-se lavar exaustivamente com água ou com solução
salina fisiológica. Não são indicados procedimentos que aumentam a área exposta
(cortes, injeções locais) e a utilização de soluções irritantes como éter, hipoclorito ou
glutaraldeído.
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6.3 O profissional acidentado deverá passar pelo médico plantonista da unidade, que
deve conferir se a vacinação do acidentado está atualizada, além de solicitar os testes
rápidos de HIV + HBV + HCV (HbsAg e AntiHCV) para o acidentado após
consentimento verbal do mesmo ou do seu responsável legal e para o paciente fonte,
caso conheça.
- Tratamento
Caso a fonte seja desconhecida ou o teste rápido (realizado no paciente fonte) for
resultado positivo o médico irá preencher o Formulário de Solicitação de Medicamento–
Profilaxia que se encontra na farmácia para a liberação da medicação.
O tratamento não será iniciado caso o acidentado já esteja infectado pelo vírus HIV ou
o teste na pessoa fonte seja negativo, com exceção quando a pessoa fonte tenha tido
exposição nos últimos 30 dias.
- Tratamento HBV e HCV:
Caso o acidentado não esteja com a vacinação atualizada deverá procurar a Unidade
Básica de saúde mais próxima de sua residência dentro das primeiras 24 a 48 horas
após o acidente.
- Informar a coordenação de enfermagem e/ou rotina sobre o acidente. A coordenação
de enfermagem irá preencher a ficha de notificação - SINAN “Acidente de trabalho com
material biológico”
- O profissional acidentado deve levar o BAE e a ficha de notificação – SINAN para o
administrativo de DP da Unidade em até 24h.
- A farmácia deverá manter em seu estoque quantidade suficiente para atender, pelo
menos, 2 (dois) tratamentos de HIV. A solicitação deve ser feita, exclusivamente, pelo
farmacêutico.
O abastecimento das unidades só será realizado mediante entrega de formulário
totalmente preenchido, assinado e carimbado pelo médico solicitante. A solicitação de
reabastecimento será feita assim que for liberado um tratamento.
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O formulário de solicitação de medicamentos profilaxia em branco (mínimo de três

unidades) deve ser guardado em pasta transparente exclusiva para este tipo de
documento, e identificada com etiqueta: “formulário solicitação de medicamentos
profilaxia - em branco”. Manter a pasta em local próximo aos medicamentos. A
liberação deste formulário deve ser imediata à solicitação do médico.
Formulários preenchidos devem ser arquivados em pasta azul transparente exclusiva
para este tipo de documento, identificada com etiqueta: “formulário solicitação de
medicamento profilaxia - preenchido”. A localização desta pasta deve ser próxima ao
local de armazenamento dos medicamentos antirretrovirais.
A dispensação do medicamento deve ser feita para o tratamento completo de 28 dias.
- Esquema preferencial para profilaxia:
TDF + 3TC = 1 comprimido por dia + ATV/r = 1 comprimido por dia.
Durante 28 dias 1 comprimido por dia de cada. O TDF e 3TC estão disponíveis na
apresentação de dose fixa combinada (DFC).
Esquemas alternativos:
1ª Escolha – Quando TDF é contraindicado:
Lamivudina 300mg + Zidovudina 150mg (AZT+3TC)......................... 01cpr VO 2x ao dia
Atazanavir/ritonavir (ATV/r) ................................................................01 cpr VO 1x ao dia
2ª Escolha – Quando o ATV/r é contraindicado
Tenofovir 300mg+Lamivudina 300mg (TDF+3TC)........................... .01 cpr VO 1x ao dia
Lopinavir/ritonavir (LPV/r). .................................................................02 cpr VO 2x ao dia
3ª Escolha:
Lamivudina 300mg + Zidovudina 150mg (AZT+3TC).........................01 cpr VO 2x ao dia
Tenofovir 300mg (TDF+3TC)............................................................. 01 cpr VO 1x ao dia

O farmacêutico ou técnico de farmácia deve dar as seguintes orientações ao

acidentado:
 Há possibilidade de icterícia (amarelado nas mucosas), de curso benigno, que
ocorre em cerca de 4% dos pacientes, ressaltando que o tratamento não deve
ser interromper em função desse evento adverso.
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 No caso do uso do ATV/r, a utilização de medicamentos para acidez gástrica

(omeprazol, ranitidina, hidróxido de alumínio, etc) é contraindicada, pois
interferem na eficácia do tratamento. Recomenda-se utilizar o esquema
alternativo como 3ª droga o Lopinavir/ritonavir-LPV/R (o que pode ser acordado
posteriormente pela atenção básica).

 O teste deve ser repetido em 30 dias e em 90 dias após a exposição, na

Unidade Básica de Saúde mais próxima da sua residência.