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( ) Aprovado no ST ( ) Recusado no ST
Justificativa de recusa:
Atenciosamente,
Comitê Científico
Apontamentos:
Apontamentos:
Nosso objetivo ao longo deste trabalho é analisar alguns indícios que nos
levam pensar na possibilidade de uma exploração da força de trabalho de
homens e mulheres que atuaram nas frentes de serviço do Açude Araras,
especificamente entre os anos de 1951 a 1958, datas de início e término de
suas obras. Localizado na cidade conhecida atualmente como Varjota no
Estado do Ceará, o Açude Araras foi construído a partir de políticas públicas
com o intuito de diminuir os efeitos causados pelas secas inerentes ao clima
semiárido da região Nordeste. Porém, mais que um cotidiano de trabalho, a
grandeza de suas águas escondem histórias de dor, fome e sofrimento que são
lembradas até os dias de hoje pelos que participaram efetivamente desse
processo. Percebendo então uma visão intrínseca desses trabalhadores aos
bastidores dessa construção, tentaremos, pois, a luz de estudos como
CASTRO (2011), NEVES (2000), FILHO e SOUZA (1988) analisar e refletir
algumas memórias e escritos que foram esquecidos ou intencionalmente não
contados. Dessa forma, poderemos reforçar o palco para os reais protagonistas
dessa história. Homens, mulheres e crianças que enfrentaram adversidades
não só climáticas, mas humanas na esperança de alcançar dias melhores.
Palavras-chave: Trabalhadores, Exploração, Açude Araras.
Justificativa de recusa:
04- CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO NO CEARÁ: RETIRANTES SOB A
VIGILÂNCIA DO ESTADO NA SECA DE 1915 e 1932.
Este trabalho busca fazer uma análise sobre as políticas públicas adotadas
pelo governo cearense, na seca de 1915 e 1932 em segregar os retirantes em
espaços de confinamento, que foram chamados de Campos de Concentração.
Iremos analisar as intenções do Estado em adotar esta política isolacionista
visando o controle social, com o intuito de manter a ordem ameaçada em
tempos de seca. O Campo surge como uma forma de impedir os retirantes de
circular pelas ruas de Fortaleza, já que estes ameaçavam o projeto de uma
capital civilizada. O Estado submeteu estes sujeitos a um sistema de disciplina,
em que tiveram que mudar seus hábitos e se adequarem a uma nova
realidade. Neste estudo tratamos a seca como um problema social
distanciando-se da explicação simplista que a trata como um acontecimento
fatídico da natureza. Entendemos os problemas que surgem a partir deste
fenômeno, como a fome generalizada, um resultado de escolhas políticas como
defende o teórico Mike Davis. Iremos analisar os discursos dos representantes
do Estado que se omitiram da sua responsabilidade quanto às consequências
negativas da seca, quando a tratam como um fenômeno natural e os
argumentos que estes utilizaram para legitimar o erguimento destes campos.
Como fontes para este estudo utilizamos o Relatório apresentado à Assembleia
Legislativa do Ceará, no ano de 1916 e o Relatório apresentado ao Presidente
da República pelo Interventor Federal do Ceará, do ano de 1931 a 1934.
Também são analisados nesta pesquisa os jornais Nação e A Razão. Palavras-
chave: Campos de Concentração, seca, Estado.
Apontamentos:
Esse trabalho visa expor o que realmente (não saberemos) foram os campos
de concentração no período das secas de 1915 e 1932 do estado do Ceará, o
porquê do isolamento daqueles tidos como flagelos hoje em dia mais
conhecidos como retirantes e explicar as condições do nordeste naquela
época, as causas que levava vários cearenses a morrer de fome, sede,
doenças, e mostrar como a seca deixou de ser tratada como um fenômeno
natural e se tornou um fator econômico. O nordeste sempre foi uma região
muito atingida pela seca, á lugares que passam anos sem chover, afetando os
habitantes daquela região que na sua maioria vivem da agricultura familiar e da
pecuária, mas nesse período mal se tem agua para beber e muito dos animais
acabam morrendo, a seca não é um fator que acontecia somente naquela
época, até hoje o semiárido sofre com esse fenômeno e as políticas de
assistências para os moradores da região são bastante defasadas pois não
suprem a população por completo, esses são fatores que levam muitas famílias
a migrarem pra região sul com a esperança de mudar de vida, no caso dos
flagelos eles tentaram mudar pra capital naquela época onde lá foram barrados
e mantidos em casas que foram chamadas campos de concentração, eles
foram impedidos de chegar a Fortaleza pois as pessoas da província alegavam
que eles iam sujar e saquear a cidade, pois já havia acontecido algo parecido
nas secas que se antecederam. Os campos de concentração do Nordeste não
foi nada menos que um mecanismo de extermínio em massa usada por
pessoas ricas que viam a miséria como patologia social. palavras chave:
Campos de Concentração; Seca; Nordeste
Apontamentos:
A profunda seca que assolou o sertão das províncias do Norte nos três últimos
anos da década de 1870, associada à estrutura fundiária excludente e
perpetuadora de relações sociais e econômicas de submissão e dependência,
não marcou apenas o imaginário sertanejo. Acabou também por transformar o
sofrimento enfrentado pela população em problema nacional, que repercutiu
nos quatro cantos do império brasileiro, despertando comoção e solidariedade
refletidas em ações como arrecadação de donativos em alimentos e dinheiro,
organização de transportes para a retirada e acolhimento dos retirantes em
outras províncias e uma política hesitante e emergencial do governo imperial
para minimizar os efeitos da seca, denominada “socorros públicos”, cujo lastro
encontrava-se na Constituição que legitimava a esmola oficial aos mais
necessitados. A natureza desafiava a ciência, que deveria domá-la através do
engenho humano. Papel a ser desempenhado por intelectuais e técnicos
ligados, em sua maioria, ao Instituto Politécnico Brasileiro/RJ, que
desenvolveram estudos sobre a temática da seca: causas, efeitos e como
debelá-la ou minimizá-la. O escopo desta comunicação é realizar um pequeno
inventário – sem a pretensão da exaustão – das “soluções científicas”
aventadas para enfrentar as secas relacionando-as ao contexto histórico
marcado pelo cientificismo que norteava o pensamento intelectual brasileiro e
ocidental, e assim investigar como engenheiros, médicos, geógrafos e
naturalistas, ou os “homens da ciência”, elaboraram teorias e práticas a
respeito da natureza do semiárido e da sociedade sertaneja. Para tanto, a
análise está estruturada em três partes: a discussão do impacto social, político
e econômico da grande seca de 1877-1879 no sertão e na Corte; os debates e
projetos de cunho científico relacionados às causas e às soluções para o
flagelo da seca; a construção e apropriação do discurso da seca como
problema regional e nacional.
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( X ) Aprovado no ST ( ) Recusado no ST
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