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Robson Ventura/Folhapress
Cadastro
Foi para manter o controle desse exército que a facção criou um novo setor.
Segundo a denúncia, durante as interceptações telefônicas foi possível identificar
essa nova célula da organização criminosa "denominada Cadastro (cujos
integrantes são chamados de cadastreiros)". "Alguns participantes da facção
telefonam aos outros e efetuam um recadastramento para atualizar informações. É
cediço que, com frequência, os membros da facção modificam seu apelido
identificador e função na organização (promoção, rebaixamento e exclusão da
facção)", afirma o Ministério Público.
Bombas
Em outro ponto, observa-se que a facção criou um setor para cometer assassinatos,
a chamada Sintonia Restrita. Por meio das interceptações, foi descobriu-se a tática
da organização. Para essa área, seriam selecionados só criminosos "responsáveis
e disciplinados". Eles devem formar um "time".
De acordo com a denúncia, quem é do Estado onde o crime vai acontecer não deve
participar da ação. Só bandidos de outros Estados - a equipe de fora enviada pela
cúpula - é que deve ser responsável pelo cumprimento da ordem. O "time" vai
receber do pessoal local os dados do "alvo": rotina, endereço e veículo usado pela
vítima.
Segundo a denúncia do Ministério Público, esse esquema serviria para proteger
integrantes da facção da repressão das forças de segurança estaduais. Durante a
investigação, verificou-se também que o PCC praticou atentados no Rio Grande do
Norte, em Minas, em Santa Catarina, em Alagoas e no Paraná.
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