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QUESTÃO 1
O efeito de humor da tira deve-se principalmente
a) ao fato de Jon adquirir um celular.
b) ao tamanho do celular.
c) ao fato de o celular ter um manual.
d) ao olhar de Garfield do primeiro quadrinho.
e) ao tamanho do manual e à ironia de Garfield.
RESOLUÇÃO
O efeito de humor na tira justifica-se sobretudo no fato de o manual de instruções que
acompanha o celular ser muito grande, o que dá margem à ironia de Garfield.
Resposta E
O CASO DO ESPELHO
Era um homem que não sabia quase nada. Morava longe, numa casinha de sapé esquecida
nos cafundós da mata.
Um dia, precisando ir à cidade, passou em frente a uma loja e viu um espelho pendurado
do lado de fora. O homem abriu a boca. Apertou os olhos. Depois gritou, com o espelho nas
mãos:
– Mas o que é que o retrato de meu pai está fazendo aqui?
– Isso é um espelho – explicou o dono da loja.
– Não sei se é espelho ou se não é, só sei que é o retrato do meu pai.
Os olhos do homem ficaram molhados.
– O senhor... conheceu meu pai? – perguntou ele ao comerciante.
O dono da loja sorriu. Explicou de novo. Aquilo era só um espelho comum, desses de
vidro e moldura de madeira.
– É não! – respondeu o outro. – Isso é o retrato do meu pai. É ele, sim! Olha o rosto dele.
Olha a testa. E o cabelo? E o nariz? E aquele sorriso meio sem jeito?
O homem quis saber o preço. O comerciante sacudiu os ombros e vendeu o espelho,
baratinho.
Naquele dia, o homem que não sabia quase nada entrou em casa todo contente.
Guardou, cuidadoso, o espelho embrulhado na gaveta da penteadeira.
A mulher ficou só olhando.
No outro dia, esperou o marido sair para trabalhar e correu para o quarto. Abrindo a
gaveta da penteadeira, desembrulhou o espelho, olhou e deu um passo atrás. Fez o sinal da
cruz tapando a boca com as mãos. Em seguida, guardou o espelho na gaveta e saiu chorando.
– Ah, meu Deus! – gritava ela desnorteada. – É o retrato de outra mulher! Meu marido
não gosta mais de mim! A outra é linda demais! Que olhos bonitos! Que cabeleira solta! Que
pele macia! A diaba é mil vezes mais bonita e mais moça do que eu!
Quando o homem voltou, no fim do dia, achou a casa toda desarrumada. A mulher,
chorando sentada no chão, não tinha feito nem a comida.
– Que foi isso, mulher?
– Ah, seu traidor de uma figa! Quem é aquela jararaca lá no retrato?
– Que retrato? – perguntou o marido, surpreso.
– Aquele mesmo que você escondeu na gaveta da penteadeira!
O homem não estava entendendo nada.
– Mas aquilo é o retrato do meu pai! Indignada, a mulher colocou as mãos no peito:
– Cachorro sem-vergonha, miserável! Pensa que eu não sei a diferença entre um velho
lazarento e uma jabiraca safada e horrorosa?
A discussão fervia feito água na chaleira.
– Velho lazarento coisa nenhuma! – gritou o homem, ofendido.
A mãe da moça morava perto, escutou a gritaria e veio ver o que estava acontecendo.
Encontrou a filha chorando feito criança que se perdeu e não consegue mais voltar pra casa.
QUESTÃO 2
Examine as afirmações a seguir:
RESOLUÇÃO
Erros das afirmativas II e III:
II. De acordo com o texto, o comerciante vendeu o espelho ao homem por um preço
baixo, baratinho, e não abusivo como indica a afirmativa;
III. O que a mulher encontrou na gaveta da penteadeira era, na verdade, um espelho, e
o que ela realmente viu foi sua imagem refletida nele.
Resposta A
RESOLUÇÃO
Todas as afirmações podem ser confirmadas pelo texto, exceto aquela representada
pela alternativa e, pois, mesmo sabendo detalhes do que aconteceu na história, o
narrador não atua nela.
Resposta E
QUESTÃO 4
No trecho “Mas o que é que o retrato do meu pai está fazendo aqui?”, o personagem revela
sentimento de
a) indignação.
b) surpresa.
c) tristeza.
d) chateação.
e) revolta profunda.
RESOLUÇÃO
No fragmento do texto reproduzido no enunciado, o personagem revela-se surpreso
com o que acreditara ter visto: um retrato do seu pai pendurado em uma loja na
cidade.
Resposta B
RESOLUÇÃO
De acordo com o contexto, estabelece-se entre os trechos indicados a relação de fato
(informação confirmada) e opinião (o que o homem acreditara ser a imagem que vira
no espelho).
Resposta D
QUESTÃO 6
Em “Quando o homem voltou, no fim do dia, achou a casa toda desarrumada”, o termo em
destaque pode ser substituído, sem que ocorra alteração de sentido, por:
a) Desde que.
b) Embora.
c) Mesmo que.
d) Uma vez que.
e) No momento em que.
RESOLUÇÃO
No período apresentado, a conjunção “quando” exprime ideia de tempo; o mesmo
ocorre com “no momento em que”. Em a (“Desde que”), temos a ideia de condição;
em b e c (“Embora” e “Mesmo que”), de concessão; e em d (“Uma vez que”), de causa.
Resposta E
RESOLUÇÃO
No contexto indicado, “feito” funciona como conjunção comparativa, significando
“como”, “tal qual”. Assim, o trecho expressa a ideia de que a discussão era tão
acalorada como uma água fervendo na chaleira, estabelecendo, portanto, relação de
comparação.
Resposta A
QUESTÃO 8
Considere o trecho “Ela ficou maluca – berrou o homem, de cara amarrada”.
Se tivéssemos mais de uma mulher e mais de um homem realizando as ações indicadas
neste período, ele poderia ser reescrito corretamente, mantendo-se o mesmo tempo verbal,
da seguinte maneira:
a) “Elas ficou malucas – berrou os homens, de cara amarradas”.
b) “Ela ficarão malucas – berrarão os homens, de caras amarrada”.
c) “Elas ficaram malucas – berraram os homens, de caras amarradas”.
d) “Ela ficaram malucas – berram o homem, de cara amarrada”.
e) “Elas ficaram maluca – berraram os homem, de caras amarrada”.
RESOLUÇÃO
Caso tivéssemos mais de uma mulher realizando a primeira ação e mais de um homem
realizando a segunda, o período em questão poderia ser reescrito, respeitando-se a
norma culta, da seguinte maneira: “Elas ficaram malucas – berraram os homens, de
caras amarradas”.
Resposta C
RESOLUÇÃO
As vírgulas, no fragmento do enunciado, foram usadas para separar elementos de uma
enumeração, os quais representam características físicas atribuídas pela mãe da moça
à imagem que viu no espelho.
Resposta E
QUESTÃO 10
Em “A bruaca do retrato já está com os dois pés na cova!”, a palavra em destaque, na
verdade, refere-se
a) à mulher do homem que não sabia quase nada.
b) à mãe da moça.
c) a uma linda mulher que o homem conheceu na cidade.
d) à bisavó do homem que não sabia quase nada.
e) a uma fulana qualquer.
RESOLUÇÃO
A palavra em destaque refere-se à mãe da moça: quando ela foi verificar o objeto da
discórdia entre a filha e o marido, sua imagem refletida no espelho lhe causou a
impressão de estar vendo uma bruaca, mulher feia e enrugada.
Resposta B
BELÉM DO PARÁ
Bembelelém
Viva Belém!
Bembelelém
Viva Belém!
Cidade pomar
(Obrigou a polícia a classificar um tipo novo de delinquente:
O apedrejador de mangueiras)
Bembelelém
Viva Belém!
(Manuel Bandeira. Os melhores poemas de Manuel Bandeira. São Paulo: Global, 1984.)
QUESTÃO 11
O texto é um poema e está organizado em
a) parágrafos e versos.
b) orações e parágrafos.
c) períodos e frases.
d) versos e estrofes.
e) frases e estrofes.
RESOLUÇÃO
O texto é um poema, e uma das características desse gênero textual é sua organização
por meio de versos e estrofes.
Resposta D
RESOLUÇÃO
A repetição de sons entre as duas palavras as torna semelhantes, sugerindo uma quase
duplicação sonora que irá remeter ao som resultante do repicar de sinos.
Resposta A
QUESTÃO 13
RESOLUÇÃO
De acordo com as formas de registro que prescrevem os manuais do ensino de
gramática e redação, as palavras que preenchem as lacunas são escritas da seguinte
forma: “prazerosa”, “cabeleireiro” e “encharcados”.
Resposta D
a) eu – eu – mim.
b) eu – mim – eu.
c) mim – mim – mim.
d) mim – mim – eu.
e) mim – eu – mim.
RESOLUÇÃO
Em I e III, o pronome oblíquo tônico mim funciona como complemento dos adjetivos
“difícil” e “bom”. E II, mim é regido por “entre”, que, como toda preposição, requer a
forma oblíqua tônica do pronome.
Resposta C
QUESTÃO 15
RESOLUÇÃO:
O sufixo –eza, formador de substantivos abstratos derivados de adjetivos (caso de
“nobreza”, substantivo abstrato derivado do adjetivo “nobre”), não deve ser
confundido com –esa, sufixo que forma adjetivos gentílicos femininos, isto é, que
indicam procedência (como “francesa”, “portuguesa”), e femininos de substantivos
(como “baronesa”).
A grafia de “consciência” preserva o s que a palavra “ciência” apresenta em latim
(scientia).
“Rejeição” se forma a partir da associação entre o verbo “rejeitar” e o sufixo –ção,
formador de substantivos femininos abstratos de origem verbal.
Resposta B