Professional Documents
Culture Documents
Carteriza e distingue sesta das demais áreas de direito é a especial interdisciplinaridade e cada
vez mais muldisciplinaridade que subjaz ultrapassando as divisões entre os diferentes ramos
de saber
1 Noção de justice
Conforme nos diz Vieira de Andrade1, o termo justiça administrativa é entendido em sentido
amplo, quase que natural, como sendo um sistema de mecanismos e de formas ou processos
destinados à resolução judicial das controvérsias nascidas de relações jurídicas
administrativas, ou seja, o termo Justiça/Jurisdição administrativa representa o conjunto de
órgãos jurisdicionais destinados ao julgamento dos litígios de direito público ou de interesse
da Administração Pública. Viera de Andrade considera, ainda assim, que esta noção de
justiça administrativa é sumária, pois, para este autor, a justiça administrativa poderá
apresentar-se como “o conjunto institucional ordenado normativamente a resolução de
questões de direito administrativo, nascidas de relações jurídico-administrativo, atribuídas
por lei a ordem judicial administrativa, para serem julgadas segundo um processo
administrativo especifico.
.Hoje, o sistema apresenta um carácter estritamente jurisdicional, facto que levou alguns
autores a chamarem a justiça administrativa de modelo de plena justiça/jurisdição
administrativa, o que fez com que a expressão contencioso administrativo fosse substituída
pela expressão justiça administrativa “A instituição da justiça administrativa não se justifica
integralmente em função de defesa dos direitos dos cidadãos: a garantia jurisdicional da
legalidade (da juridicidade) da administração, também serve a prossecução do interesse
VIERA DE ANDRADE, José Carlos – A justiça administrativa (lições). 13ª ed. Coimbra: Almedina Editora, 2014, p 7.Porém,
quando se fala do âmbito da jurisdição administrativa
público definido ao nível político-legislativo e que constitui a finalidade necessária e própria
da actividade administrativa”.
Para a justiça constitucional visto que o juiz não pode pura e simplesmente ignorar nem
substituir se a competência e a autoridade própria das decisões próprias do legislador era por
isso que tradicionalmente se afirma ser justiça administrativa por natureza , uma jurisdição
limitada, tendo em conta consequente diminuição dos poderes cognoscente do juiz e de
decisão do juiz .
Vamos ainda
A doutrina da separação de poderes tem origens que remontam a Aristóteles, com a teoria da
Constituição mista e que passam pela rule of law, pelos quatro poderes de John Locke, em
que existia a separação de poderes com supremacia do legislativo, pela teoria dos checks and
balances,pelos três poderes de Montesquieu, pela separação orgânica-funcional apresentada
por Rousseau, passando depois pela judicial review, até se chegar ao Estado de direito
contemporâneo. Os Estados de direito adicionaram, maioritariamente, um novo órgão, no que
toca à separação de poderes: o Tribunal Constitucional. Nesse sentido, Javier Pérez Royo diz-
nos que o Estado Constitucional, desde as suas origens até aos nossos dias, tem-se articulado
em torno de uma divisão tripartida de poderes, divisão esta que introduziu uma nova
instituição, sobretudo depois da Segunda Guerra Mundial: o Tribunal Constitucional.
O Estado Constitucional tem por base a ideia de que o poder não é exercido por um único
órgão. A razão de ser do Estado Constitucional é instituir uma sociedade política de liberdade
e, para tal, é preciso separar o poder, pois, estando ele separado, isso constituiria o travão de
cada poder, representado num sistema de freios e contrapesos (checks and balances). O
princípio da separação de poderes é tão importante na estrutura do Estado democrático que a
declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1798) o proclamou característica essencial
e decisiva do conceito de Constituição.
Podemos verificar que hoje o quadro da justiça administrativa se alterou, de maneira que o
Um outro limite, intimamente associado ao primeiro mais com alcance mais vasto
decorre da autocontenção do juiz administrativo perante a reserva de
discricionariedade da administração, quadro de uma divisão equilibrada dos poderes.
Dantes pretendia se resolver a questão através da distinção radical entre duas zonas de
actividade , zona de mérito submetido a regras não jurídicas de boa administração
Esta noção jurídica de relação, esta noção jurídica para efeitos de delimitação no âmbito
material da jurisdição administrativa deve abranger relações jurídicas internas ou
intersubjectivas de carácter administrativo , seja os que se estabeleçam entre os particulares
e os entes administrativo , seja as ocorram entre os sujeitos administrativo .
O conceito de relação jurídica administrativa pode contudo ser tomada em diversos sentidos
2
CAETANO , Marcello, manual de direito administrativo, volume I, editora almedina página 33
Relações jurídicas administrativas
Como vimos a constituição define o âmbito da justiça administrativa por preferência aos
litígios nascidos da relações jurídicas administrativas , torna se por isso , conveniente e
necessário , quanto mais não seja para efeito pensar no mundo jurídico administrativo em
termos de relação jurídica e não apenas a partir das categorias da actividade administrativa
jurídica , sobre tudo do acto jurídico que constituía base de anulação entendido como
contencioso regra .
Conclusão
Legislação
Manuais