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Introdução

O trabalho em causa é referente a cadeira do contencioso administrativo e fiscal ,e tema


limites materiais e funcionais da justiça administrativa , e esta pode ser definida como um
conjunto institucional ordenado normativamente a questões de direito administrativo ,
nascido de lecaoes jurídico administrativo , atribuídas por lei determinada ordem judicial,
para serem julgados segundo processo especifico , a que também pode se dar a designação
tradicional de contencioso administrativo, tem como um dos seus núcleos essenciais em
função da sua finalidade , garantia dos particulares .

Carteriza e distingue sesta das demais áreas de direito é a especial interdisciplinaridade e cada
vez mais muldisciplinaridade que subjaz ultrapassando as divisões entre os diferentes ramos
de saber
1 Noção de justice

1.1. Justiça Administrativa

Conforme nos diz Vieira de Andrade1, o termo justiça administrativa é entendido em sentido
amplo, quase que natural, como sendo um sistema de mecanismos e de formas ou processos
destinados à resolução judicial das controvérsias nascidas de relações jurídicas
administrativas, ou seja, o termo Justiça/Jurisdição administrativa representa o conjunto de
órgãos jurisdicionais destinados ao julgamento dos litígios de direito público ou de interesse
da Administração Pública. Viera de Andrade considera, ainda assim, que esta noção de
justiça administrativa é sumária, pois, para este autor, a justiça administrativa poderá
apresentar-se como “o conjunto institucional ordenado normativamente a resolução de
questões de direito administrativo, nascidas de relações jurídico-administrativo, atribuídas
por lei a ordem judicial administrativa, para serem julgadas segundo um processo
administrativo especifico.

.Hoje, o sistema apresenta um carácter estritamente jurisdicional, facto que levou alguns
autores a chamarem a justiça administrativa de modelo de plena justiça/jurisdição
administrativa, o que fez com que a expressão contencioso administrativo fosse substituída
pela expressão justiça administrativa “A instituição da justiça administrativa não se justifica
integralmente em função de defesa dos direitos dos cidadãos: a garantia jurisdicional da
legalidade (da juridicidade) da administração, também serve a prossecução do interesse

VIERA DE ANDRADE, José Carlos – A justiça administrativa (lições). 13ª ed. Coimbra: Almedina Editora, 2014, p 7.Porém,
quando se fala do âmbito da jurisdição administrativa
público definido ao nível político-legislativo e que constitui a finalidade necessária e própria
da actividade administrativa”.

Dimensão funcional da justiça administrativa

se utilizarmos agora um criterio funcional de delimitação , temos que concluir que ,


actualmente a justiça administrativa não abrange , como o próprio nome agora indica, todo
qualquer tipo de de rosulucao de contorvesas emergentes das relacoes juridicas
administrativas , referido se apenas aqueles processos que , visando exclusivamente solução
de uma questão de direito , implica o exercício da função jurisdicional , isto é , os litígios que
se apresentam com questões juridicas a solucionar através de um processo jurisdicional por
um tribunal .
1.2 Limites funcionais da justiça administrativa

Dentro do domínio material definido pelas relações jurídicas administrativas publicas, a


ordem judicial administrativa vai julgar os litígios entre os interessados, em principio, os
sujeitos respectivos, dando lhes solução de carácter judicial.

No entanto essas actividades exercidas pelos tribunais administrativos sofre, em virtude da


sua qualidade substantiva, limitações funcionais especificas, na medida em que se apresenta
como uma actuação que envolve um juiz sobre a legitimidade de um outro poder publico , o
poder administrativo executivo .

O principio da separação de poderes na dimensão que os separa o poder judicial de outros


poderes judicial de outros poderes publico há-de ressaltar alguma limitação para a justiça
administrativa.

Para a justiça constitucional visto que o juiz não pode pura e simplesmente ignorar nem
substituir se a competência e a autoridade própria das decisões próprias do legislador era por
isso que tradicionalmente se afirma ser justiça administrativa por natureza , uma jurisdição
limitada, tendo em conta consequente diminuição dos poderes cognoscente do juiz e de
decisão do juiz .

Vamos ainda

1.3. Separação de Poderes

A doutrina da separação de poderes tem origens que remontam a Aristóteles, com a teoria da
Constituição mista e que passam pela rule of law, pelos quatro poderes de John Locke, em
que existia a separação de poderes com supremacia do legislativo, pela teoria dos checks and
balances,pelos três poderes de Montesquieu, pela separação orgânica-funcional apresentada
por Rousseau, passando depois pela judicial review, até se chegar ao Estado de direito
contemporâneo. Os Estados de direito adicionaram, maioritariamente, um novo órgão, no que
toca à separação de poderes: o Tribunal Constitucional. Nesse sentido, Javier Pérez Royo diz-
nos que o Estado Constitucional, desde as suas origens até aos nossos dias, tem-se articulado
em torno de uma divisão tripartida de poderes, divisão esta que introduziu uma nova
instituição, sobretudo depois da Segunda Guerra Mundial: o Tribunal Constitucional.

O Estado Constitucional tem por base a ideia de que o poder não é exercido por um único
órgão. A razão de ser do Estado Constitucional é instituir uma sociedade política de liberdade
e, para tal, é preciso separar o poder, pois, estando ele separado, isso constituiria o travão de
cada poder, representado num sistema de freios e contrapesos (checks and balances). O
princípio da separação de poderes é tão importante na estrutura do Estado democrático que a
declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1798) o proclamou característica essencial
e decisiva do conceito de Constituição.

1.3. Justiça administrativa no quadro da separação de poderes

Não obstante o entendimento clássico do princípio da separação de poderes (a teoria de

Montesquieu), a realidade hoje vivida mostra-se diferente em alguns estados. Dada a


complexidade do mundo contemporâneo, exige-se um judiciário mais participativo, capaz de
decidir os conflitos que surgem na sociedade. Assim, alteram-se as funções clássicas dos
juízes, que se tornam também responsáveis pelas políticas de outros poderes estatais. Estes
têm o dever de orientar as suas actuações de forma a assegurar a integridade da Constituição
e do respeito pelos cidadãos nas democracias contemporâneas. A este respeito, Helmut Simon
diz-nos que, se a própria Constituição introduz uma jurisdição constitucional dotada de
amplas competências, perde-se o sentido da duvidosa intenção de separar bruscamente direito
e política.

J. C. Viera de Andrade considera que o princípio da separação de poderes, na medida em que


separa o poder executivo do judicial, traz limitações à justiça administrativa, como resulta,
por exemplo, para a justiça constitucional, visto que o juiz não pode pura e simplesmente
ignorar nem substituir-se à competência e à autoridade própria das decisões jurídico-públicas
da administração, do mesmo modo que o juiz constitucional tem de respeitar a competência e
a autoridade própria do legislador.

Podemos verificar que hoje o quadro da justiça administrativa se alterou, de maneira que o

princípio da separação de poderes já não implica limitações à justiça administrativa como


implica, por exemplo, para a justiça constitucional. Hoje, as limitações na justiça
constitucional são maiores do que na justiça administrativa. Podemos verificar que na justiça
administrativa já se admite ao juiz substituir-se na competência e autoridade próprias das
decisões jurídico-públicas da administração. J. C. Viera de Andrade achava que, se isso
acontecesse, seria uma clara violação do princípio da separação de poderes, o qual,
relembremos, servia de limite. O princípio da separação de poderes aparecia-nos como limite
funcional da jurisdição administrativa. Entendia-se que, em nome da divisão dos poderes, os
tribunais não deveriam condenar a Administração nem dirigir-lhe injunções. O princípio da
plena jurisdição, decorrente do contexto constitucional, obriga, na atualidade, a que o
legislador reconheça ao juiz administrativo todos os poderes, incluindo, obviamente, os de
condenação e de injunção. Miguel Beltran mostra que hoje alguns dos limites aos poderes do
juiz administrativo não são senão questões de vocabulário.

Limites relativo a conteúdo fiscalização

Do inicio vimos, a doutrina da separação de poderes a proibição genérica de os tribunais se


substituírem ou se quer controlarem a actividade de direito publico da administração,
reservando a órgão políticos ou administrativos, a órgão da administração activa, primeiro, a
órgãos independes com funções fiscalizadoras, depois o julgamento dos litígios
administrativos.

Na sequência de uma evolução mais ou menos gradual o relevo do princípio da separação de


poderes pressupõe

 Um primeiro desses limites, a eficácia protecção jurisdicional administrativa, resulta


da própria distinção funcional entre autoria e fiscalização.

De facto há sempre diferença entre decidir e fiscalizar, entendida a fiscalização no sentido


estrito controlo de uma competência alheia, o procedimento decisório difere do procedimento
fiscalizador.

A função de fiscalizar e metodicamente mas exigente e mais completa determinando uma


inalienável margem de responsabilidades do que tem o poder de decidir, tanto quando a
aplicação da própria norma pela sua indeterminação conceitual ou estrutural ou pela situação
concreta ou seja a função de decidir conhecimento de todas as circunstâncias de facto e de
direito.

 Um outro limite, intimamente associado ao primeiro mais com alcance mais vasto
decorre da autocontenção do juiz administrativo perante a reserva de
discricionariedade da administração, quadro de uma divisão equilibrada dos poderes.
Dantes pretendia se resolver a questão através da distinção radical entre duas zonas de
actividade , zona de mérito submetido a regras não jurídicas de boa administração

Necessidade de decisão administrativa previa

Um outro limitação funcional a funcional a justiça administrativa reside no facto de o


juiz administrativo , por ser um mero fiscal , só pode ser chamado a intervir em segunda
instancia( recurso) em face do principio da decisão administrativa2 previa ou da
reserva administrativa da decisão previa .

De acordo com este princípio, tradicional no contencioso francês, a administração salvo


disposição legal em contrário, só poderia ser chamado perante um tribunal depois de ter
actuado, nos termos do artigo

Domínio substancial da justiça administrativa

Limites materiais da justiça administrativa

a consideração da dimensão substancial revela se na medida em que a justiça administrativa


tem, por determinação constitucional uma matéria própria , integra os processos que tenha
por objecto dirimir os litígios emergentes das relações jurídicas administrativas .

Esta noção jurídica de relação, esta noção jurídica para efeitos de delimitação no âmbito
material da jurisdição administrativa deve abranger relações jurídicas internas ou
intersubjectivas de carácter administrativo , seja os que se estabeleçam entre os particulares
e os entes administrativo , seja as ocorram entre os sujeitos administrativo .

O conceito de relação jurídica administrativa pode contudo ser tomada em diversos sentidos

2
CAETANO , Marcello, manual de direito administrativo, volume I, editora almedina página 33
Relações jurídicas administrativas

Como vimos a constituição define o âmbito da justiça administrativa por preferência aos
litígios nascidos da relações jurídicas administrativas , torna se por isso , conveniente e
necessário , quanto mais não seja para efeito pensar no mundo jurídico administrativo em
termos de relação jurídica e não apenas a partir das categorias da actividade administrativa
jurídica , sobre tudo do acto jurídico que constituía base de anulação entendido como
contencioso regra .

Posições juridicas subjecivas e iersujectica dos particulares e da administarcao publica

A cosntituicao define as garantias dos cidadãos de acesso a justica

Conclusão

Do acima exposto podemos concluir que


Bibliografia

Legislação

Constituição da república de Moçambique


Lei processual administrativa

Manuais

VIERA DE ANDRADE, Carlos José, justiça administrativa, 11 edição, 2011

MACIE ,Albano , lições de direito administrativo moçambicano , I edição vol. I editora


escolar , 2012

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