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EL DERECHO D E L SIGLO D E O R O

Este l i b r o d e l profesor M a l a g ó n , * a l c o n t r a r i o de l o q u e n o
pocas veces ocurre, ofrece a l lector m u c h o más de l o q u e su
título promete.
C o m o c o n acierto hace n o t a r su p r o l o g u i s t a , e l maestro
D . A g u s t í n M i l l a r e s , en esta m o n o g r a f í a "propónese e l d o c t o r
M a l a g ó n investigar q u é l i b r o s se leían en l a N u e v a España
en m a t e r i a de D e r e c h o , y sale airoso d e l e m p e ñ o tras de u t i l i -
zar t r e i n t a y seis i n v e n t a r i o s d e l A r c h i v o G e n e r a l de l a N a c i ó n
( M é x i c o ) , redactados entre los siglos x v i y x v n , c o n u n t o t a l
de 8 041 títulos, de los cuales es j u r í d i c a o se refieren a mate-
rias afines a l a j u r í d i c a u n a c u a r t a p a r t e " .
P e r o es q u e además, según p a l a b r a s d e l profesor M i l l a r e s
q u e seguimos t r a n s c r i b i e n d o , " e l e x a m e n de estas listas sugie-
re a l a u t o r u n a serie de consideraciones, expuestas a m a n e r a
d e p r ó l o g o , sobre las distintas ramas d e l D e r e c h o n a t u r a l ,
i n t e r n a c i o n a l , i n d i a n o , etc., q u e c u l t i v a d a s p o r juristas espa-
ñoles, t u v i e r o n e x t r a o r d i n a r i a i m p o r t a n c i a así e n E u r o p a (es-
pecialmente en A l e m a n i a , Inglaterra, Italia y Polonia) como
en los t e r r i t o r i o s de! N u e v o M u n d o , e n p a r t i c u l a r en M é x i c o " .
Y es q u e e n v e r d a d , este e s t u d i o p r e l i m i n a r escrito p o r e l
d o c t o r M a l a g ó n , constituye p o r sí solo u n aporte monográfico
d e l m a y o r interés p a r a l a h i s t o r i a d e l p e n s a m i e n t o español de
l a época, s i n g u l a r m e n t e e n las d i s t i n t a s ramas de l a c i e n c i a
j urídica.
Impresiona, por el número y por l a calidad, el conjunto
de autores y de obras q u e se h a c e n desfilar ante los ojos d e l
lector, c o n atinadas consideraciones sobre e l v a l o r i n t e l e c t u a l
de los tratadistas q u e se c i t a n , así c o m o de su p o s i t i v a i n f l u e n -
cia ejercida n o sólo en E s p a ñ a y e n sus d o m i n i o de I n d i a s ,
s i n o en n o pocos de los países europeos de más l a r g a trayec-
toria cultural.
M u y o p o r t u n a m e n t e r e c u e r d a e l a u t o r a este respecto, pa-
labras ele! h i s t o r i a d o r y e c o n o m i s t a a l e m á n B r e n taño ya cita-
das p o r e! maestro A l t a m i r a : " E n e l siglo x v i , l a c u l t u r a es-
p a ñ o l a a l c a n z a t r a n s i t o r i a m e n t e e l p r i m e r l u g a r en l a v i d a
i n t e l e c t u a l de E u r o p a . E s e l apogeo de l a h i s t o r i a de España.
N o debe de a d m i r a r , p o r t a n t o , q u e e l m u n d o entero tome
a E s p a ñ a p o r m o d e l o . Sus i n s t i t u c i o n e s son i m i t a d a s , n o sólo

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Javier M A L A G Ó N - B A R C E L Ó , La literatura jurídica española del Siglo
.de Oro en la Nueva España. Notas para su estudio. México, 1959. 175 -f-
ÍJÍ> p p . (Biblioteca N a c i o n a l de México. Instituto Bibliográfico M e x i -
c a n o , 3.)
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-su ejército y organización a d m i n i s t r a t i v a , sino también ciertas
i n s t i t u c i o n e s económico-jurídicas, c o m o los fideicomisos f a m i -
liares."
Y p o r su c u e n t a , el profesor M a l a g ó n añade: " N o h a de
e x t r a ñ a r n o s , . . . q u e p o r u n a serie de razones históricas y po-
l í t i c a s los españoles c o n t r i b u y e r a n e n los siglos x v i y x v n
— p e r i o d o de apogeo p o l í t i c o y c u l t u r a l — a r e n o v a r l a c i e n -
cia del Derecho, dando nacimiento al Derecho Internacional,
a l D e r e c h o S o c i a l y, hasta cierto p u n t o , a l a m o d e r n a Filosofía
d e l Derecho, c o m o a f i r m a M e n é n d e z P e l a y o .
S i n que se d e b a o l v i d a r , p o r o t r a parte, que l a e x p a n s i ó n
£ í

t e r r i t o r i a l de l a m o n a r q u í a española trajo como consecuencia

l ó g i c a y c o m ú n a todos los p u e b l o s cuyo d o m i n i o se h a exten-
d i d o a otras naciones, q u e los hábitos y costumbres p e n i n s u -
lares fueran aceptados cíe g r a d o o p o r necesidad p o r a q u e l l o s
s o b r e los cuales se hacía sentir e l p o d e r de l a c o r o n a e s p a ñ o l a " .
E s t a penetración, insiste n u e s t r o a u t o r , " a d q u i r í a u n a for-
m a más m a r c a d a e n l o q u e a l a c u l t u r a se refiere, y d e n t r o
d e e l l a , especialmente e n e l c a m p o j u r í d i c o , ante l a n e c e s i d a d
d i a r i a de a d a p t a r l a v i d a a las n o r m a s jurídicas d e l d o m i -
nador".
P e r o también a otros p u e b l o s europeos n o d o m i n a d o s p o r
los españoles se e x t e n d i ó l a i n f l u e n c i a de los juristas hispá-
n i c o s , r e c i b i e n d o a su vez éstos el i n f l u j o de los más graneles
pensadores europeos: B o d i n , T o m á s M o r o , L i p s i o y otros, así
c o m o los romanistas más destacados d e l m o m e n t o : J u a n B .
Lucas, Cuyacio, Jaime y A n t o n i o Faber.
Es o b v i o , s i n e m b a r g o , q u e l a p e n e t r a c i ó n de las d o c t r i n a s
d e estos juristas españoles se h a b í a de sentir más i n t e n s a m e n t e
e n las I n d i a s O c c i d e n t a l e s y p o r eso a su estudio sistemático,
d e n t r o de las l i m i t a c i o n e s impuestas p o r l a falta de espacio,
d e d i c a el d o c t o r M a l a g ó n t o d o e l c a p í t u l o I V , e l más exten-
so, de este excelente e s t u d i o p r e l i m i n a r , c e r r a n d o su e x p o s i c i ó n
c o n u n a breve r e f e r e n c i a — c a p í t u l o V — a otros autores, n o
j u r i s t a s , que t a m b i é n f u e r o n leídos e n los territorios hispáni-
cos de U l t r a m a r .
C o m o c o m p l e m e n t o de esta exposición sistemática, t a n
b i e n l o g r a d a y t a n r i c a e n e r u d i c i ó n , f i g u r a n en esta o b r a va-
r i o s anexos y u n a p é n d i c e d o c u m e n t a l .
E l p r i m e r o de estos anexos "está f o r m a d o — s e g ú n p a l a -
bras d e l a u t o r — p o r las relaciones ele las obras jurídicas de
escritores españoles q u e f i g u r a n e n los i n v e n t a r i o s de l a I n -
q u i s i c i ó n , . . . obras q u e h e m o s c l a s i f i c a d o de acuerdo c o n l a
sistemática de l a época, s i g u i e n d o a N i c o l á s A n t o n i o . . . H e -
m o s c o m p l e t a d o e l t í t u l o d e l l i b r o y a q u e l l o s otros datos b i -
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fonográficos, c o m o l u g a r ele edición, fecha de l a m i s m a , e i m -

p r e n t a de d o n d e s a l i ó . . . P a r a a q u e l l o s q u e se interesen p o r
u n a i n f o r m a c i ó n más a m p l i a de los autores juristas de los s i -
glos x v i y x v n hemos r e u n i d o (anexo I I ) e n f o r m a a b r e v i a d a
sus p r i n c i p a l e s datos biográficos p o r o r d e n alfabético de ape-
l l i d o s . . . F i n a l m e n t e , a los dos anteriores anexos se h a aña-
d i d o u n índice alfabético de autores q u e f a c i l i t a , p a r a o t r o s
trabajos, l a utilización de los datos r e u n i d o s en éste".
E n e l a p é n d i c e d o c u m e n t a l , f i g u r a n : a) l a " M e m o r i a de l o s
l i b r o s q u e e n t r a r o n de n u e v o e n l a t i e n d a de l i b r o s de P a u l a
d e B e n a v i d e s , v i u d a de C a l d e r ó n , i m p r e s o r de este S a n t o T r i -
b u n a l — e l de l a I n q u i s i c i ó n — e l a ñ o de 1683"; b) las R e a l e s
Cédulas concediendo licencia a l licenciado Mejía Ponce de
L e ó n y a G a b r i e l de M o n t e r r o s o A l v a r a d o p a r a i m p r i m i r y
v e n d e r sus l i b r o s sobre l a L e y de T o l e d o y l a Práctica g e n e r a l
c i v i l y c r i m i n a l , respectivamente; y c) e l c o n t r a t o p a r a l a e d i -
c i ó n de las obras d e l p a d r e J u a n E u s e b i o N i e r e m b e r g .
Insistimos e n q u e se t r a t a de u n a o b r a i m p o r t a n t e , c u y a
publicación hay que acreditar en el haber profesional d e l
d o c t o r M a l a g ó n , t a n ventajosamente c o n o c i d o c o m o a n i m a d o r
i n f a t i g a b l e y b e n e m é r i t o de l a c u l t u r a historiográfica h i s p a -
noamericana.

José M9 OTS CAPDEQUI

L A CASA D E L O S ÁVILA

L A HISTORIA de los Á v i l a , estrechamente l i g a d a a l a f a l l i d a

c o n j u r a c i ó n d e l M a r q u é s d e l V a l l e , d o n M a r t í n Cortés, h i j o
d e l c o n q u i s t a d o r H e r n á n Cortés, nos es b i e n c o n o c i d a , p r i n -
c i p a l m e n t e p o r l a a m e n í s i m a crónica de J u a n Suárez de P e -
r a l t a ( p u b l i c a d a e n M a d r i d , 1878, c o n e l título de Noticias
históricas de la Nueva España).
A raíz de l a m u e r t e de G i l y A l o n s o de Á v i l a (1566), l a
casa de éste ú l t i m o , f i n c a d a d o n d e a h o r a se alza p r e c i s a m e n t e
l a A n t i g u a L i b r e r í a R o b r e d o ( e s q u i n a de A r g e n t i n a y G u a t e -
m a l a ) , fue e c h a d a abajo. E l solar y, más tarde, l a casa q u e
a h í se l e v a n t ó , p a s a r o n p o r d i s t i n t o s dueños, hasta q u e e n
1918 l a p r o p i e d a d fue a d q u i r i d a p o r d o n P e d r o R o b r e d o .
E n l u g a r de u n a c a n t i n a q u e f u n c i o n a b a e n e l l o c a l , R o -
b r e d o estableció l a l i b r e r í a de su n o m b r e . E n 1934 pasó a
d o n José P o r r ú a e h i j o s , y a h o r a f u n c i o n a bajo l a a t i n a d a
dirección de d o n R a f a e l y d o n J e r ó n i m o P o r r ú a .