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Aspectos Necessários para Construir uma
Capítulo 3
Escola Inclusiva
Contextualização
Chegamos ao último capítulo deste Caderno de Estudos que
objetiva, sobretudo, orientar as pessoas que trabalham em instituições
de ensino a como proceder para colocar em prática a proposta de
inclusão que estudamos no Capítulo I e no Capítulo II.
O Projeto Político-Pedagógico
Caro(a) pós-graduando(a), convido você a refletir, nesta seção,
sobre a importância do Projeto Político-Pedagógico (PPP), justamente
por ser o documento que determina toda a filosofia de uma instituição
de ensino. Além disto, veremos o que um Projeto Político-Pedagógico
precisa contemplar para que a referida filosofia esteja ancorada na
proposta da educação inclusiva.
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à referência ao futuro, Machado (2000, p. 6) afirma que “Não se faz Três ingredientes
projeto se não há futuro – ou não se acredita haver; simetricamente, que caracterizam a
sendo a realidade uma construção humana, pode-se afirmar também palavra projeto: a
que o futuro não existe – ou não existirá – sem nossos projetos”. Sob referência ao futuro,
essa perspectiva, projeto e futuro estão atrelados, pois dependem um a abertura para o
do outro para se concretizarem. novo e o caráter
indelegável da ação
projetada.
Em relação ao segundo ingrediente – a abertura para o novo –
Machado (2000, p. 6) nos explica que “Se o futuro existe, mas já está
totalmente determinado, também não se faz projeto”. Isto significa que a
novidade faz parte do processo de criação de um projeto, pois, segundo
o autor (2000, p. 7), “Não se faz projeto quando só se tem certezas,
ou quando se está imobilizado por dúvidas”. Ainda na concepção de
Machado (2000), ao elaborar um projeto, não devemos estar inundados
de certezas, fechando as portas para o novo, nem imobilizados pelas
dúvidas que nos condenam ao fracasso.
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Segundo Ainscow (2000, apud RODRIGUES, 2003, p. 96), a gestão A gestão escolar
escolar poderá: precisa conhecer
profundamente as
1. assumir, como ponto de partida, as práticas e os políticas de inclusão.
conhecimentos existentes;
2. ver as diferenças como oportunidades para a
aprendizagem;
3. inventariar as barreiras à participação;
4. usar os recursos disponíveis para apoiar a aprendizagem;
5. desenvolver uma linguagem voltada à prática;
6. criar condições que incentivem a criar riscos.
Redes de Apoio
Na seção anterior, vimos que, para a escola ter uma filosofia
inclusiva, é necessário que, entre outros, a gestão escolar desenvolva
redes de apoio.
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Quer saber mais? Então leia o artigo de: LIMA, Luzia. Apertem
os cintos, a direção (as)sumiu! Os desafios da gestão nas escolas
inclusivas. In: FREITAS, Soraia; RODRIGUES, David; KREBS, Ruy
(Orgs.). Educação inclusiva e necessidades educacionais especiais.
Santa Maria: UFSM, 2005. p. 85-110.
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Isso indica que não há participação efetiva dos pais na escola, pois
somente são chamados para serem comunicados de algo que já foi
previamente decidido pelos profissionais da escola.
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Lei nº 9.394, em seu artigo 59, ou seja, assegurar aos alunos com
necessidades especiais “[...] métodos, técnicas, recursos educativos e
organização específicos, para atender às suas necessidades” (BRASIL,
2008). Neste sentido, é necessário que o professor busque por métodos
e recursos didáticos que incluam todos os alunos. No entanto, Lima
(2005, p. 106) salienta que “não são absolutamente todos os alunos que
estão incluídos em 100% das tarefas”. Por isso, quanto mais variadas
forem as atividades, maiores serão as possibilidades de aprendizagem
dos alunos. De acordo com Lima (2005, p. 107),
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E a avaliação?
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Público (BRASIL, 2004, p. 41), “[...] a avaliação terá, [...] de ser dinâmica,
contínua, mapeando o processo de aprendizagem dos alunos em seus
avanços, retrocessos, dificuldade e progressos”.
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Logo, você deve sair e comprar novos guias. Deve aprender uma
nova linguagem. E você irá encontrar todo um novo grupo de pessoas
que nunca encontrou antes.
Mas todos que você conhece estão ocupados indo e vindo da Itália,
estão sempre comentando sobre o tempo maravilhoso que passaram lá.
E por toda sua vida você dirá: – Sim, era onde eu deveria estar. Era tudo
o que eu havia planejado!
E a dor que isso causa nunca, nunca irá embora. Porque a perda
desse sonho é uma perda extremamente significativa.
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Algumas Considerações
Chegamos ao final deste Caderno de Estudo – Educação Especial
e Inclusão Escolar! No Capítulo III, você estudou sobre os aspectos
necessários para promover a inclusão escolar. Vamos relembrá-los?
• Reelaboração do Projeto Político-Pedagógico, baseando sua
filosofia nos princípios democráticos e igualitários da inclusão;
• Envolvimento do gestor educacional, que exerce um papel
importante ao delimitar os objetivos da escola conforme as
leis, tomar decisões, enfrentar os desafios, oferecer apoio aos
profissionais e fazer com que a filosofia de inclusão da escola
seja cumprida;
• Desenvolvimento de redes de apoio a fim de debater sobre
os problemas da escola, trocar idéias, métodos, técnicas e
atividades que auxiliarão os professores e os alunos a serem
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Referências
BEYER, Hugo Otto. Inclusão e avaliação na escola: de alunos com
necessidades educacionais especiais. Porto Alegre: Mediação, 2005.
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