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Índice
1.0 Introdução ....................................................................................................................... 2
1.1 Objectivos ....................................................................................................................... 3
1.1.1. Objectivo geral: ........................................................................................................... 3
1.1.2. Objectivos específicos: ................................................................................................ 3
1.2. Metodologia .................................................................................................................... 3
2. Definições de conceitos ...................................................................................................... 4
3. Fundamentação teórica ....................................................................................................... 5
4. Sistema agrário ................................................................................................................... 5
4.1. Variáveis ou elementos do sistema agrário ..................................................................... 6
5. Agricultura Tradicional (Vânia Silva 2011). ...................................................................... 7
5.1. Técnicas utilizadas na agricultura tradicional ................................................................. 8
5.2. Terreno com pousio ........................................................................................................ 8
5.3. Rotação de culturas ......................................................................................................... 8
5.4. Associação de culturas .................................................................................................... 9
6.1. As queimadas na agricultura ........................................................................................... 9
6.2. O impacto ambiental das queimadas............................................................................. 10
6.4. O sistema itinerante na produção de alimentos............................................................. 12
7. Agricultura de sequeiro (Carla Mota e Rui Pinto, 2010. pg 12) ....................................... 12
8. A agricultura da Ásia, das monções ................................................................................. 12
8.1. Características Gerais.................................................................................................... 12
8.2. Descrição da agricultura da Ásia, das monções ............................................................ 13
8.3. A importância das Monções.......................................................................................... 13
9. A agricultura de oásis (Carla Mota e Rui Pinto, 2010. pg 12) ......................................... 14
10. Conclusão...................................................................................................................... 15
11. Referências bibliográficas ............................................................................................. 16
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1.0 Introdução
A agricultura é a actividade que tem como objectivo a exploração de recursos do solo afim de
satisfazer uma das necessidades essenciais do Homem.
A noção de sistemas agrários nos permite estudar e formular diagnósticos sobre sua evolução
em curso e propor linhas de desenvolvimento apropriadas e equilibradas ao meio estudado.
Para BERTALANFFY, “os sistemas estão em toda parte, e a aplicação de uma teoria geral
de sistemas, fornece as bases para um entendimento interdependente de variáveis que,
aparentemente, parecem estar desconectadas. No que concerne à sistemas sociais na
agricultura”. (1973 p.17)
Desta forma o sistema agrário contém elementos que reflectem relações de dependência
existentes entre as categorias sociais agrárias numa determinada sociedade rural, tais como:
relações de concorrência e de complementaridade, sendo importante estabelecer a noção de
sistema agrário permitindo a análise de suas actividades agrícolas na sociedade e de suas
relações técnicas, económicas e de diálogo dentro de um mesmo território.
O presente trabalho tem como tema a nível macro, o sistema agrário e seus elementos e ira se abordar
assuntos referentes a Agricultura tradicional, ira se fazer menção sobre agricultura itinerante sobre
queimadas por fim a de sequeiro, azias das moções, oásis e dentre outros mais aspectos relacionados
com o tema em estudo.
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1.1 Objectivos
1.2. Metodologia
Para a elaboração do presente trabalho, recorreu-se numa primeira fase, ao método de
pesquisa bibliográfica, que consistiu nas consultas bibliográficas que versam sobre a temática
em estudo, e em seguida usou-se os métodos analítico e comparativo, que consistiu na análise
e comparação da informação obtida nas diversas obras e, por fim, seguiu-se à compilação da
informação seleccionada.
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2. Definições de conceitos
Agricultura “Esforço para situar a planta cultivada nas condições óptimas de meio (clima,
solo) para lhe tirar o máximo rendimento em quantidade e em qualidade” (Diehl, 1984)
Agricultura “Artificialização pelo homem do meio natural, com o fim de o tornar mais apto
ao desenvolvimento de espécies vegetais e animais, elas próprias melhoradas” (Barros, 1974)
Spedding (1980) define sistema como “um grupo de componentes que interagem e que
operam unidos por uma mesma finalidade, que são capazes de reagir como um todo diante de
estímulos externos, que não são afectados directamente por seus próprios produtos e que têm
uns limites definidos, nos quais têm lugar todas as reutilizações de alguma significância ou
importância”.
Godelier (1980) propõe que se entenda por sistema “um conjunto de estruturas ligadas entre
si por certas regras. Como estrutura, um conjunto de objectos ligados entre si segundo certas
regras. Por objecto, qualquer realidade possível, indivíduo, conceito, instituição, coisa, etc.
Por regras, os princípios explícitos de combinação, de relacionamento dos elementos de um
sistema, as normas intencionalmente criadas e aplicadas para organizar a vida social”.
Sistema agrário (Ferreira et al. apud. Silveira, 1994) é o modo de exploração do meio,
historicamente constituído e durável; e busca estudar as relações entre meio natural, mão de
obra, fatores de produção, relações sociais, caracterizando as diversas etapas que a agricultura
percorreu, procurando evidenciar qual foi o motor da evolução e da diferenciação desta
agricultura, levando em conta determinantes que ultrapassam o nível regional.
3. Fundamentação teórica
4. Sistema agrário
Spedding (1980) define sistema como “um grupo de componentes que interagem e que
operam unidos por uma mesma finalidade, que são capazes de reagir como um todo diante de
estímulos externos, que não são afectados directamente por seus próprios produtos e que têm
uns limites definidos, nos quais têm lugar todas as reutilizações de alguma significância ou
importância”.
Nessa mesma linha de raciocínio, Miranda (1984) afirma que o estabelecimento agrícola
pode ser tratado em diversos níveis de abordagem e o detalhadamente depende dos objectivos
da pesquisa e dos meios metodológicos e logísticos empregados.
Os sistemas agrários possuem uma lógica de produção, intimamente conectada com a lógica
ou racionalidade do produtor, além de uma lógica de reprodução expressada não somente por
suas próprias condições, mas de maneira que formam parte da produção como processo
social, e que assinala seus limites e possibilidades.
Na sociedade interna, existe uma forte articulação entre as condições de situação de produção
(qualidade e quantidade de terra, ecologia, condições climáticas, ciclos agrícola e vegetativo,
tipo de propriedade, acesso aos recursos, etc.) e a da família (organização social, gestão e
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A produção para a autossuficiência, visto que normalmente não exportam as suas plantações
para o mercado.
Fraca produtividade;
Envelhecimento e baixa instrução dos agricultores;
Desflorestação e erosão dos solos;
Desertificação;
Esgotamento dos solos;
Poluição ambiental.
A agricultura tradicional aplica matéria orgânica de origem animal ou vegetal no solo, como
adubos. Mas desenvolveu outras técnicas para manter a fertilidade dos solos agrícolas. Tais
como:
O terreno é dividido em partes, ficando uma delas alternadamente, por cultivar durante algum
tempo. Deste modo o solo torna-se mais fértil, permitindo um maior rendimento e
produtividade. Na parcela que fica por cultivar desenvolve-se ervas espontâneas ou
semeadas, que são enterradas antes da nova cultura, criando assim o adubo verde.
Os agricultores observaram que o cultivo das mesmas culturas nos mesmo locais, favoreciam
a disseminação de pragas e pestes e reduziam a fertilidade do solo. Então, optou-se por
dividir o terreno em varias áreas de modo a que em cada ano as parcelas sejam cultivadas
com diferentes espécies previamente selecionados.
6. Agricultura itinerante sobre queimada (Carla Mota e Rui Pinto, 2010. pg 12)
Agricultura tropical desconhece os adubos químicos, criação de gado, que poder fornecer
algum estrume, não possível neste ambiente quente e húmido devido ao levado risco de
doenças, e assim, agricultura itinerante fica sujeita a fragilidade dos solo que, no período
Húmido são lexiviados, isto e, as aguas das chuvas lavam e arrastam em profundidade os
elementos minerais solúveis (Azoto, fósforo, cálcio, potássio), e insolúveis (principalmente
ferro e alumínio), e na época seca, as aguas que ascendem devido as levadas temperaturas,
por osmose e capilaridade, arrastam para superfície os elementos insolúveis, estéreis, que se
vão acumulado anualmente, dado origem as Couraças Lateriticas avermelhadas pelas
oxidação do ferro, fenómeno conhecido por Laterização e que caracteriza tudo régios
tropical.
Este fenómeno leva a formação do solo esqueléticos, sem qualquer possibilidade de fixação
de plantas, que pode provocar das próximas épocas de chuvas a sua total destruição pela
erosão.
As queimadas têm uma longa história de uso na agricultura, constituem-se em uma tecnologia
do período Neolítica amplamente utilizada nas actividades agrícolas, apesar de seus
inconvenientes, são empregadas tanto na formas de agricultura tradicional praticadas pelos
indígenas e pequenos agricultores familiares, quanto nos sistemas altamente intensificados
como a cana-de-açúcar e o algodão (GLIESSMAN, 2001).
Em alguns países o fogo é o único meio viável para eliminar a massa vegetal e liberar áreas
de solo nu para plantio, em geral acontece em áreas desmatadas (MIRANDA & MORAES,
2006). A falta de informação sobre sua ocorrência provoca confusão entre queimadas
agrícolas (fogo provocado e desejado) e os incêndios florestais (fogo indesejado e acidental).
O agricultor decide quando e onde queimar, é uma prática controlada, desejada e faz parte do
seu sistema de produção, os incêndios florestais são de natureza acidental, indesejados e
difíceis de controlar, entretanto, uma queimada mal conduzida pode ocasionar um incêndio
florestal (MIRANDA et al., 2004).
Nos países desenvolvidos de clima mediterrâneo, como parte da França, Espanha, Grécia,
Itália e Estados Unidos são frequentes os incêndios florestais no período de verão, o mesmo
ocorre em regiões subpolares, como as áreas de tundra e de vegetação de coníferas do Alasca
e da Rússia. Em países tropicais, as queimadas ocorrem no inverno, durante o período seco,
no período de Julho a Novembro. (MIRANDA, CAPUTI & DOURADO 2002).
6.3. Deslocamentos para novos campos (Carla Mota e Rui Pinto, 2010. pg 23)
Esta progressiva degradação dos solos leva a que os mesmos se tornem impróprios para a
prática agrícola ao fim de dois a três anos, pelo que há lugar a rotação dos campos e, por
vezes, ate a mudança da própria aldeia dai designação itinerante ou nómada.
Derrubada, derrube das árvores no fim do período das chuvas, para que árvores cortadas
sequem durante a época seca.
Abertura de Aceiros: consiste na abertura de cinturas, para que o incêndio não se propague a
floresta. Queimada no fim da época seca, antes das chuvas, com as gramíneas todas secas,
deitam se fogo a zona desbravada. Ė uma operação espectacular, que deixa o campo mais
parecido com um campo de batalha do que com um termo agrícola. Esta operação fornece
cinzas nutrientes ao solo. No entanto, a queimada traz malefícios, solo e um corpo vivo por
microorganoismos De compositores estes sereis ao ser destruídos pelos incêndios vão
acelerar a esterilidade dos solos e assim se aumentam latinização e se abre o caminho a
erosão intensa e consequentemente destruição da camada arável; Sementeira ou Plantação no
inicio das chuvas da se inicio as operações agrícolas propriamente ditas: sementeiras ou
plantação, com pau ou com calcanhar fase um buraco no solo e enterra se a semente (milho,
amendoim, tomate etc). Três a quatro meses depois colhe se o milho tomate. Na agricultura
itinerante sobre queimadas a uma fraca ocupação dos solos, so se produz o indisponível
sobrevivência de cada agregado familiar, apesar de exigir grandes áreas.
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Agricultura de sequeiro é uma técnica agrícola para cultivar terrenos onde a pluviosidade é
diminuta. A expressão sequeiro deriva da palavra seco e refere-se a uma plantação em solo
firme(o contrário de brejeiro, ou de brejo, como é comum nos países asiáticos e em Santa
Catarina, no Sul do Brasil). Mas isso não impede que o plantio seja irrigado em época de
seca, especialmente durante os últimos meses do ano. O plantio de sequeiro é intensivo e
frágil e desenvolve-se nos planaltos da África, com pouca rotação de culturas e
aproveitamento do estrume. Essa forma de agricultura é comum no sertão nordestino.
Também é utilizada no Cerrado brasileiro e na fronteira dos Estados Unidos com o México,
uma região muito seca: máquinas escavam para revirar a terra húmida do solo e expô-la ao
solo, reciclando o solo.
A Ásia de Monções é uma região banhada por dois oceanos: o Índico e o Pacífico. No
Oceano Índico, destaca-se o Mar da Arábia ou Mar de Omã, entre a Península Arábica e a
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A Ásia das Monções é formada tanto por países de economia capitalista, como a Índia,
Bangladesh, Indonésia etc., quanto por países que já viveram a experiência socialista, como
certos países da Indochina.
A agricultura da Ásia, das monções – é a forma de agricultura mais comum nesta região da
Ásia, estando muito estável com o clima, ou seja, estas condições naturais nesta zona são um
clima bastante quente e húmido, tem uma grande densidade populacional, os fertilizantes aqui
usados são os excrementos do homem e dos animais. Aqui pratica-se o cultivo do arroz, este
é produzido em sistemas de monocultura através de técnicas simples e a necessidade de obter
várias culturas por ano, leva a que o arroz seja semeado em viveiros e depois transplantado
para os arrozais, o que faz com que hajam grandes produções por ano:
3º. Depois de inundados os arrozais, os “pés” de arroz são transplantados segundo a técnica
de recipagem;
6º. O arroz é agora tratado e colocado em molhos a secar, entretanto este ciclo recomeça
novamente.
Tal como na Índia, também aqui o trabalho agrícola é feito, essencialmente, pela mulher. O
homem está reservado para os trabalhos comerciais nos souqs e artesanais nas medinas.
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10. Conclusão
Ademais, o conhecimento das técnicas de identificação dos sistemas agrários é de
fundamental importância para o conhecimento de constrangimentos e potenciais (edafo
climáticos, tecnológicos, sociais, culturais e económicos) de uma região agropecuária. É
importante, também, para a prospecção de demandas das agriculturas familiar e patronal. A
elaboração de um programa de desenvolvimento (regional ou local) sustentável passa,
necessariamente, pelo conhecimento das demandas do espaço rural, ao qual o programa de
desenvolvimento se destina.
ANDREDE. M., AND MERLET, P. Emission of trace gases and aerosols from biomass
burning, Global Biogeochemical Cycles, 2001.
BERTALANFFY, Ludwig Von. Teoria geral dos sistemas. Trad. Francisco M. Guimarães.
Petrópolis, Vozes, 1973.
FEARNSIDE, P.M. Fogo e emissão de gases de efeito estufa dos ecossistemas florestais da
Amazônia brasileira. Estud. av., Jan./Apr. 2002.
LEMOS, J. J. S. et. Al. Níveis de qualidade de vida nos municípios brasileiros: fundamentos
para o planejamento do desenvolvimento sustentável do país. Fortaleza UFC 2001.
LEMOS, J.J.S. Exclusão social no Brasil: radiografia dos anos noventa. Relatório de
Pesquisa. UFC. Fortaleza, 2002.
MIRANDA, J. R.; SILVA, S. S. da; MORAES, T. B. de. Relatório Anual - 2003: Convênio
de Cooperação Geral entre a Embrapa Monitoramento por Satélite e o Ministério da Defesa
(Exército). Campinas: Embrapa Monitoramento por Satélite, 2004.
MIRANDA, J. R.; SILVA, S. S. da. Relatório Anual - 2002: Convênio de Cooperação Geral
entre a Embrapa Monitoramento por Satélite e o Ministério da Defesa (Exército). Campinas:
Embrapa Monitoramento por Satélite, 2003.