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RESUMO:
Este ensaio tem como objetivo relatar argumentos favoráveis e não favo-
ráveis sobre possíveis meios de contribuição da teoria de sustentabilidade
financeira da "Unidade de Conservação - Parque Mãe Bonifácia" localizado
na região oeste da cidade de Cuiabá/MT. Como a administração da
unidade possivelmente conseguiria alcançar o ápice da manutenção e
conservação do local com uma vertente financeira paralela e exclusiva, e
explanar de que maneira a administração poderia gerenciar o valor fixo
anual repassado pelo governo do estado do Mato Grosso de modo que
esse valor se fizesse suficiente para a manutenção e conservação da
unidade. O processo de argumentação foi embasado através de três
artigos científicos pesquisados relacionados a contingência de pagamento
financeiro do local.
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I - Estação Ecológica; II - Reserva Biológica; III - Parque Estadual e Municipal;
IV - Monumento Natural; V - Refúgio de Vida Silvestre.
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muitas vezes, excessivamente. A questão levantada identifica a disposição dos
usuários a pagar um valor de entrada por seu uso, para contribuir na manutenção
e preservação do parque e caracteriza também seus usuários que frequentam o
local.
Dentro das pesquisas realizadas, os resultados mostram que 27,5% dos
entrevistados estão dispostos a pagar um valor de entrada para a manutenção
do Parque. A média de valor levantada pelo público disposto a pagar foi de R$
1,10 por pessoa. O perfil de usuário disposto a pagar é caracterizado por sua
grande parte, da classe média à classe alta e quanto a escolaridade, a
disposição a pagar foi maior entre os entrevistados de nível médio.
Tabela 1 - Renda familiar mensal dos visitantes do Parque da Cidade
Mãe Bonifácia Cuiabá-MT.
Renda Familiar Mensal %
Nível de Escolaridade %
O efeito negativo gerado por esta cobrança poderá restringir seus usuários,
desfavorecendo principalmente as classes com faixa de renda de até um salário
mínimo, faixa que equivale a cerca de 33,3% dos entrevistados dispostos a
pagar, que mesmo opinando a favor do pagamento sua frequência e visitação
ao parque não é tão frequente.
Que garantia teremos que o Parque será
melhor conservado? Que melhorias esses valores repassados pela população
poderiam gerar? Uma gestão planejada faria com que os recursos
disponibilizados pelo governo do estado se fariam suficiente para conservação
e manutenção do Parque Estadual.
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
As pesquisas indicaram um padrão entre médio e alto no perfil dos usuários do
Parque, o maior atrativo da área é a realização de atividades físicas e o contato
com a natureza. Foi-se constatado que apenas 27,5% dos usuários do parque
estariam dispostos a pagar uma taxa de entrada para fins de contribuição
financeira para conservação e manutenção da unidade. Grande parte dos
entrevistados não dispostos a pagar o valor, deixaram evidente que a
manutenção da área é uma atribuição do governo, porém, mostraram interesse
em um maior investimento em áreas verdes na cidade, justificando os benefícios
gerados a população.
Consideramos, sem dúvida que a população ainda não consegue se sentir
totalmente satisfeita com o que é oferecido nos parques estaduais e áreas
verdes disponíveis na cidade. Por mais que o valor repassado pelo governo do
estado seja visto como suficiente pela população, os parques ainda sofrem com
a escassez na manutenção.
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Por outro lado, entendemos que um possível pagamento pela população
usuária não seria garantia de benefícios revertidos a população, já que o valor
sugerido pela população equivale a 52,33% do orçamento anual disponibilizado
pelo governo do estado.
Por tanto, a possível taxa cobrada não seria viável no momento. Já que estaria
criando uma desigualdade aos usuários do parque, pois, notamos que existe
uma porcentagem significativa de visitantes na faixa que varia de 1 salário
mínimo até 3 salários mínimos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS