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DIREITO CONSTITUCIONAL
PROFA. LEDA SIQUEIRA
01 – QUESTÃO:
a) Quanto ao momento em que ela ocorre, a inconstitucionalidade pode se dar por ação ou
por omissão.
b) A inconstitucionalidade nomodinâmica se subdivide em propriamente dita, que ocorre nos
casos de violação de norma constitucional referente ao processo legislativo e em orgânica
que se dá nos casos de violação de norma que estabelece o órgão com competência legislativa
para tratar da matéria.
c) A inconstitucionalidade superveniente ocorre quando uma lei, que até antes da edição
da nova Constituição era constitucional, se torna inconstitucional em razão da nova Carta
Magna com ela incompatível.
d) A inconstitucionalidade indireta pode configurar-se como conseqüente ou reflexa, de
modo que ambas dão ensejo ao ajuizamento de uma ADI.
e) A inconstitucionalidade parcial não pode recair sobre apenas uma palavra ou expressão,
devendo todo o dispositivo legal ser impugnado.
>> COMENTÁRIOS:
Originária é aquela que ocorre quando o objeto impugnado surge após a existência
do parâmetro. Ou seja, a lei já nasce inconstitucional.
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Superveniente é aquela que ocorre quando a norma nasce constitucional, mas
em razão de uma mudança do parâmetro decorrente de mutação constitucional, ela acaba se
tornando inconstitucional. Assim, quando um ato normativo era perante a Constituição antiga
constitucional, mas tornou-se inconstitucional em decorrência da Nova Constituição, não se
fala em inconstitucionalidade superveniente e sim em não recepção.
Por outro lado, quanto ao tipo de inconstitucionalidade, ela pode se dar por uma
ação ou por ação.
A Inconstitucionalidade por Ação ocorre quando o poder público pratica uma conduta
comissiva incompatível com o texto constitucional. Exemplo: edição de uma lei que viola os
preceitos constitucionais.
Por sua vez, a Inconstitucionalidade por Omissão ocorre quando o Poder Público
deixa de praticar uma conduta exigida por uma norma constitucional não auto-aplicável.
Por exemplo, quando o Poder Público deixa de editar uma lei que a Constituição impõe sua
elaboração.
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Inconstitucionalidade Formal Orgânica: é aquela que ocorre nos casos de violação
de norma que estabelece o órgão com competência legislativa para tratar da matéria. Exemplo:
STF entendeu que não cabe à Assembleia Legislativa tratar de crimes de responsabilidade e
sim ao Congresso Nacional. Isso se difere da inconstitucionalidade formal propriamente dita
subjetiva que trata da pessoa.
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Reflexa: é aquela que ocorre quando o objeto impugnado é diretamente ilegal e
indiretamente inconstitucional, ou seja, entre ele e a Constituição existe um outro ato normativo
interposto. Existe a Constituição, uma lei e um decreto. Apenas o decreto é inconstitucional.
Assim, neste caso não pode ser proposta uma ADI, pois a violação à Constituição não é direta,
trata-se de controle de legalidade.
02 – QUESTÃO:
I - Da decisão de relator que indeferir a petição inicial, caberá agravo, em 5 (cinco) dias, para
o órgão colegiado competente para o julgamento da impetração.
II - A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá efeitos até o advento
da norma regulamentadora podendo ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à
decisão, quando isso for inerente ou indispensável ao exercício do direito, da liberdade ou
da prerrogativa objeto da impetração.
III - A Lei determina como regra a aplicação da corrente concretista direta individual.
a) Todas.
b) Nenhuma.
c) I e II.
d) II e III.
e) Apenas I.
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>> COMENTÁRIOS:
Assertiva I: Correta. Essa sentença traz o disposto no art. 6º, p. único da Lei 13.300/16.
Assertiva III: Está incorreta. A lei impõe como regra a aplicação da teoria concretista
intermediária individual.
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b.1) Corrente concretista direta: o Judiciário deverá implementar uma solução para
viabilizar o direito do autor e isso deverá ocorrer imediatamente.
b.3) Corrente concretista individual: a solução dada pelo Poder Judiciário para sanar
a omissão estatal valerá apenas para o autor do MI.
b.4) Corrente concretista geral: a decisão que o Poder Judiciário der no mandado
de injunção terá efeitos erga omnes e valerá para todas as demais pessoas que estiverem na
mesma situação.
EXCEÇÃO: O juiz ou Tribunal não precisará primeiro fixar prazo e já poderá estabelecer
direito às condições, caso fique comprovado que já houve outro(s) mandado(s) de injunção
contra o impetrado e que ele deixou de suprir a omissão no prazo que foi assinalado nas ações
anteriores.
Art. 8o Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a injunção
para:
I - determinar prazo razoável para que o impetrado promova a edição da
norma regulamentadora; (corrente concretista intermediária)
II - estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos,
das liberdades ou das prerrogativas reclamados ou, se for o caso,
as condições em que poderá o interessado promover ação própria
visando a exercê-los, caso não seja suprida a mora legislativa no prazo
determinado. (corrente concretista intermediária)
Parágrafo único. Será dispensada a determinação a que se refere o inciso
I do caput quando comprovado que o impetrado deixou de atender, em
mandado de injunção anterior, ao prazo estabelecido para a edição da
norma. (corrente concretista direta)
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>>> ALTERNATIVA CORRETA: C.
03 – QUESTÃO:
a) Abade Sieyes.
b) Hans Kelsen.
c) Konrad Hesse.
d) Ferdinand Lassalle.
e) Carl Schmitt.
>> COMENTÁRIOS:
O Poder Constituinte Originário é aquele que instaura uma nova ordem jurídica,
rompendo totalmente com a ordem jurídica anterior criando-se um novo Estado.
Alternativa B: Hans Kelsen é mentor da Teoria Pura do Direito, pela qual as normas
jurídicas devem sofrer um processo de depuração em relação a concepções religiosas,
sociológicas e psicológicas, encerrando apenas conteúdo normativo deontológico.
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dispostas a reger um Estado. Todavia, a Constituição real poderá coincidir ou não com a Escrita,
que se sucumbirá se contrária à Constituição Real ou efetiva.
04 – QUESTÃO:
“Na aplicação da Constituição deve ser dada preferência a soluções concretizadoras de suas
normas que as tornem mais eficazes e permanentes”. Tal enunciado se relaciona à seguinte
metanorma.
a) Princípio da Unidade.
b) Princípio da Justeza.
c) Princípio do Efeito Integrador.
d) Princípio da Concordância Prática.
e) Princípio da Força Normativa.
>> COMENTÁRIOS:
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Alternativa B: O Princípio da Justeza ou Conformidade Funcional tem por finalidade
não permitir que os órgãos encarregados da interpretação constitucional cheguem a um
resultado que subverta o esquema organizatório funcional estabelecido pela Constituição.
Assim, cada Poder deve agir conforme as atribuições que lhe foram conferidas.
05 – QUESTÃO:
a) Reduzidas ou variadas.
b) Ortodoxas ou ecléticas.
c) Dogmáticas ou históricas.
d) Principiológicas ou preceituais.
e) Sintéticas ou analíticas.
>> COMENTÁRIOS:
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Reduzidas ou codificadas são as Constituições que se materializam em um só código
básico. Por exemplo, Constituição do Brasil.
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06 – QUESTÃO:
>> COMENTÁRIOS:
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Os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam
registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa
do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade
brasileira.
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Alternativa D: A equiparação dos portugueses ocorre em relação ao brasileiro
naturalizado e não ao brasileiro nato.
1. Naturalização expressa – ordinária: prevista no art. 12, II, “a”, da CF/88, conferida
aos falantes de língua portuguesa. As formalidades estão previstas no estatuto do estrangeiro.
Nessa naturalização não há direito público subjetivo, sendo um ato discricionário do chefe do
Executivo.
07 – QUESTÃO:
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> RESPOSTA: Alternativa B.
>> COMENTÁRIOS:
Nesse contexto, a CPI pode ser exclusiva ou conjunta. Exclusiva quando criada apenas
pela Câmara ou Senado exigindo-se requerimento de 1/3 dos membros da Casa. No caso de
ser conjunta, o 1/3 não é do Congresso Nacional como um todo e sim 1/3 da Câmara + 1/3 do
Senado. A CPI brasileira, seguindo a idéia da Constituição de Weimar é considerada um Direito
das Minorias.
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labilidade de domicílio.
Todavia, é um consenso também de que a CPI municipal teria poderes mais restritos
do que as outras CPIs. Isso porque como os Municípios não possuem Poder Judiciário, não há
como a CPI ter poderes próprios de autoridade judicial, sob pena de violação das competências
constitucionalmente atribuídas ao conferir ao Município um poder que ele não tem. Por
exemplo, em âmbito municipal não há que se falar em condução coercitiva de testemunha.
08 – QUESTÃO:
>> COMENTÁRIOS:
Alternativa A: Em que pese o art. 61, § 1º, II, “d” da Constituição mencionar que:
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Art. 61. § 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as
leis que:
II - disponham sobre:
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União,
bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da
Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
Ela é concorrente, tendo em vista que a iniciativa sobre normas gerais de Ministério
Público estadual também é de competência do Procurador Geral de Justiça no âmbito dos
Estados.
Em relação à primeira, ela pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos
Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional,
distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos
eleitores de cada um deles. (art. 61, §2º CF).
Alternativa D: Não existe hierarquia entre as duas (apesar de o quórum ser diferente),
ambas possuem campos materiais distintos.
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A lei ordinária não pode tratar de matéria reservada à lei complementar sob pena
de ser invalidada. Entretanto, uma lei complementar pode tratar de matéria residual sem ser
invalidada, uma vez que o seu quórum de aprovação é mais elevado e, portanto, não acarreta
em qualquer prejuízo. Neste caso, a lei será formalmente complementar, mas materialmente
ordinária, de modo que essa lei poderá ser revogada futuramente por uma lei complementar.
09 – QUESTÃO:
>> COMENTÁRIOS:
Alternativa A:
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Estado seja processado por crime comum. Se a Constituição Estadual
exigir autorização da ALE para que o Governador seja processado
criminalmente, essa previsão é considerada inconstitucional. Assim,
é vedado às unidades federativas instituir normas que condicionem a
instauração de ação penal contra Governador por crime comum à previa
autorização da Casa Legislativa. Se o STJ receber a denúncia ou queixa-
crime contra o Governador, ele ficará automaticamente suspenso de
suas funções no Poder Executivo estadual? NÃO. O afastamento do
cargo não se dá de forma automática. O STJ, no ato de recebimento
da denúncia ou queixa, irá decidir, de forma fundamentada, se há
necessidade de o Governador do Estado ser ou não afastado do cargo.
Vale ressaltar que, além do afastamento do cargo, o STJ poderá aplicar
qualquer uma das medidas cautelares penais (exs: prisão preventiva,
proibição de ausentar-se da comarca, fiança, monitoração eletrônica
etc.). STF. Plenário. ADI 5540/MG, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em
3/5/2017 (Info 863). STF. Plenário. ADI 4764/AC, ADI 4797/MT e ADI 4798/
PI, Rel. Min. Celso de Mello, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgados
em 4/5/2017 (Info 863).
Alternativa B:
Alternativa C:
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RN, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 16/3/2017 (Info 857).
Alternativa D:
A intervenção do amicus curiae pode ocorrer não apenas em processos que tramitem
em Tribunais, mas também em feitos que estejam em 1ª instância. Dessa forma, é cabível a
participação de amicus curiae em processo de reclamação.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais.
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10 – QUESTÃO:
>> COMENTÁRIOS:
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Weber, julgados em 29/11/2017 (Info 886).
Alternativa B:
Alternativa C:
Alternativa D:
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Alternativa E:
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DIREITO ADMINISTRATIVO
PROFA. VERA LEILANE
11 – QUESTÃO:
a) I e II
b) II e III
c) III e IV
d) II e IV
e) I e III
>> COMENTÁRIOS:
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à indenização, pois o sacrifício é imposto a toda coletividade2. Porém, na hipótese de servidão
específica ou se uma propriedade sofrer maior prejuízo, é cabível a indenização, o que torna a
assertiva errada.
2 https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1445939/ha-direito-de-indenizacao-pela-servidao-de-passagem-de-energia-
-eletrica
3 https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2143678/em-que-consiste-o-fenomeno-da-requisicao-administrativa-marce-
lo-alonso
4 http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,da-intervencao-do-estado-na-propriedade-da-servidao-administrati-
va-requisicao-ocupacao-temporaria-limitacao-ad,54462.html
5 http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,da-intervencao-do-estado-na-propriedade-da-servidao-administrati-
va-requisicao-ocupacao-temporaria-limitacao-ad,54462.html
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12 – QUESTÃO:
>> COMENTÁRIOS:
Ele difere do poder disciplinar, o qual foi conceituado na questão. O poder disciplinar
consiste na faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos servidores, o poder
disciplinar é exercido no âmbito dos órgãos e serviços da Administração. É considerado como
supremacia especial do Estado.
Correlato com o poder hierárquico, o poder disciplinar não se confunde com o mes-
mo. No uso do primeiro a Administração Pública distribui e escalona as suas funções execu-
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tivas. Já no uso do poder disciplinar, a Administração simplesmente controla o desempenho
dessas funções e a conduta de seus servidores, responsabilizando-os pelas faltas porventura
cometidas.6
6 http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=803
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Acórdãos REsp 1651622/SP,Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUN-
DA TURMA, Julgado em 28/03/2017,DJE 18/04/2017 REsp 1366338/
SP,Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, Julgado em
14/04/2015,DJE 20/04/2015 AgRg no REsp 1396306/PE,Rel. Ministro MAU-
RO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA,Julgado em 14/10/2014,DJE
20/10/2014
13 - QUESTÃO:
>> COMENTÁRIOS:
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ressarcimento ao erário, nos moldes do art. 21, I, da Lei 8.429/1992 (REsp 1.214.605-SP, Segunda
Turma, DJe 13/6/2013; e REsp 1.038.777-SP, Primeira Turma, DJe 16/3/2011). No caso, não há
como concluir pela inexistência do dano, pois o prejuízo ao erário é inerente (in re ipsa) à con-
duta ímproba, na medida em que o Poder Público deixa de contratar a melhor proposta, por
condutas de administradores. Precedentes citados:
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Alternativa C: errada. A jurisprudência do STJ já se manifestou no sentido de que a
superveniente homologação/adjudicação do objeto licitado não implica a perda do interesse
processual na ação em que se alegam nulidades no procedimento licitatório, aptas a obstar a
própria homologação/adjudicação.
Alternativa E: errada. A Lei n. 8.666/1993, que estabelece normas gerais sobre licita-
ções e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, com-
pras, alienações e locações no âmbito dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e
dos municípios, não guarda pertinência com as questões envolvendo concursos para preenchi-
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mento de cargos públicos efetivos.
14 – QUESTÃO:
Sobre o entendimento do Supremo Tribunal Federal, analise os itens abaixo e assinale a al-
ternativa correta.
a) I e II.
b) III e IV.
c) II e IV.
d) I e III.
e) II e III.
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>> COMENTÁRIOS:
Item I: falso. Segundo decidiu o STF, em tema de repercussão geral (tema 476), Não é
compatível com o regime constitucional de acesso aos cargos públicos a manutenção no cargo,
sob fundamento de fato consumado, de candidato não aprovado que nele tomou posse em de-
corrência de execução provisória de medida liminar ou outro provimento judicial de natureza
precária, supervenientemente revogado ou modificado. Igualmente incabível, em casos tais,
invocar o princípio da segurança jurídica ou o da proteção da confiança legítima. É que, por im-
posição do sistema normativo, a execução provisória das decisões judiciais, fundadas que são
em títulos de natureza precária e revogável, se dá, invariavelmente, sob a inteira responsabili-
dade de quem a requer, sendo certo que a sua revogação acarreta efeito ex tunc, circunstâncias
que evidenciam sua inaptidão para conferir segurança ou estabilidade à situação jurídica a que
se refere.7
Item II: Segundo decidiu o STF, em tema de repercussão geral (tema 454), A nomea-
ção tardia de candidatos aprovados em concurso público, por meio de ato judicial, à qual atri-
buída eficácia retroativa, não gera direito às promoções ou progressões funcionais que alcan-
çariam houvesse ocorrido, a tempo e modo, a nomeação. (RE 629.392, Relator Ministro Marco
Aurélio, julgamento finalizado em 08/06/2017).
Item III: verdadeiro. Conforme se observa no informativo 858 do STF, São inconstitu-
cionais, por violarem o artigo 37, IX (*), da CF, a autorização legislativa genérica para contratação
temporária e a permissão de prorrogação indefinida do prazo de contratações temporárias.
7 http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=7088200
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(*) CF/1988, art. 37, IX: “Art. 37. A administração pública direta e indireta
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: ... IX - a
lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para
atender a necessidade temporária de excepcional interesse público”.
(**)LeiComplementar4/1990,art.264,VI:“Art.264.Consideram-secomode
necessidade temporária de excepcional interesse público as contratações
que visem a: ... VI – atender a outras situações motivadamente de urgência”.
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sional brasileiro, a entrega de uma indenização em dinheiro conferiria resposta pouco efetiva
aos danos morais suportados pelos detentos, além de drenar recursos escassos que poderiam
ser empregados na melhoria das condições de encarceramento. Assim, seria preciso adotar me-
canismo de reparação alternativo, a conferir primazia ao ressarcimento “in natura” ou na forma
específica dos danos, por meio da remição de parte do tempo de execução da pena, em analo-
gia ao art. 126 da LEP. A indenização em pecúnia deveria ostentar caráter subsidiário, cabível
apenas nas hipóteses em que o preso já tivesse cumprido integralmente a pena ou em que não
fosse possível aplicar-lhe a remição. Por fim, enunciou a seguinte tese, para fins de repercussão
geral:
15 – QUESTÃO:
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e) A nomeação de dirigente de agência reguladora é realizada pelo chefe do Poder Executivo,
não havendo qualquer óbice legal na previsão da demissão ser exclusiva do Poder Legislativo.
>> COMENTÁRIOS:
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Alternativa D: errada. Consoante decisão do STF na ADI 1949, a exoneração dos cargos
de dirigentes dos conselheiros das agências reguladoras não pode ficar a critério discricionário
desse Poder. Tal fato poderia subverter a própria natureza da autarquia especial, destinada à
regulação e à fiscalização dos serviços públicos prestados no âmbito do ente político, tendo a
lei lhe conferido certo grau de autonomia. Ainda extraindo-se do conteúdo da decisão, Carlos
Ari Sundfeld adverte que “o fator fundamental para garantir a autonomia da agência parece es-
tar na estabilidade dos dirigentes” (Introdução às agências reguladoras. In: SUNDFELD, Carlos
Ari (Coord.). Direito Administrativo Econômico. Malheiros: São Paulo, 2000. p. 88). Exatamente
por isso, tem-se a fixação de mandato com prazo certo, não podendo seus dirigentes ser exo-
nerados discricionariamente pelo chefe do Poder Executivo, sendo necessária a motivação e a
existência de processo formal.
16 - QUESTÃO:
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>> COMENTÁRIOS:
a) Competência (ou Sujeito) Sob o ângulo do sujeito, seria este o agente público a
quem a lei atribui competência para a prática de um dado ato administrativo. Já sob o enfoque
da competência, em si, esta poderia ser definida como a possibilidade ou o dever legal de agir,
atribuído a um dado agente público, para fins de atender à finalidade prevista na lei. Vícios de
competência: i) excesso de poder, ii) usurpação de função e iii) função de fato. i) Excesso de
poder = órgão ou agente público que, a princípio, seriam competentes, extrapolam os limites
de suas atribuições, legalmente estabelecidas. O agente age fora dos limites de suas atribuições
legais.
c) Forma - Existem duas possíveis acepções para o elemento forma. Uma primeira,
mais restrita, nos termos da qual a forma consiste na maneira pela qual o ato é exteriorizado.
Seria o revestimento externo do ato. A segunda, mais ampla, abarca também todas as
formalidades que integram o processo de formação do ato, incluindo sua própria publicação
em meio oficial. Em regra, os atos administrativos devem adotar a forma escrita. Exceções: atos
verbais (ordens de superior hierárquico a seus subordinados) e gestos, apitos, sinais luminosos
e placas utilizados na ordenação do trânsito.
Alternativa B: incorreta. A alternativa não está correta porque traz menos elementos
do que o previsto na lei.
Alternativa C: incorreta. A alternativa não está correta porque traz menos elementos
do que o previsto na lei.
8 https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/materiais-de-apoio/direito-administrativo-atos-administra-
tivos-requisitos-ou-elementos-dos-atos-administrativos-205
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princípios da administração pública previstos no texto constitucional. Assim, a alternativa está
incorreta porque não corresponde ao enunciado.
17 – QUESTÃO:
>> COMENTÁRIOS:
Alternativa A: incorreta. Segundo se observa no art. Art. 1o da Lei 9790 de 1999,
podem qualificar-se como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público as pessoas
jurídicas de direito privado sem fins lucrativos que tenham sido constituídas e se encontrem em
funcionamento regular há, no mínimo, 3 (três) anos, desde que os respectivos objetivos sociais
e normas estatutárias atendam aos requisitos instituídos por esta Lei. Lembre-se que para os
efeitos desta Lei, considera-se sem fins lucrativos a pessoa jurídica de direito privado que não
distribui, entre os seus sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores,
eventuais excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações
ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e que os
aplica integralmente na consecução do respectivo objeto social.
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Alternativa B: A alternativa está incorreta porque as entidade mencionadas, mesmo
que realizem as atividades previstas em lei como necessárias para a qualificação de OSCIP, a
lei veda tal possibilidade. Observe-se o art. 2o da Lei 9790 de 1999. Não são passíveis de qua-
lificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, ainda que se dediquem
de qualquer forma às atividades descritas no art. 3o desta Lei: I - as sociedades comerciais;
II - os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional; III -
as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e visões
devocionais e confessionais; IV - as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas
fundações; V - as entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços
a um círculo restrito de associados ou sócios; VI - as entidades e empresas que comercializam
planos de saúde e assemelhados; VII - as instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas
mantenedoras; VIII - as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas man-
tenedoras; IX - as organizações sociais; X - as cooperativas; XI - as fundações públicas; XII - as
fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público ou por
fundações públicas; XIII - as organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de vinculação
com o sistema financeiro nacional a que se refere o art. 192 da Constituição Federal.
Alternativa E: corrreta. Segundo previsão do art. 3o da Lei das OSCIP, a qualificação
instituída por esta Lei, observado em qualquer caso, o princípio da universalização dos serviços,
no respectivo âmbito de atuação das Organizações, somente será conferida às pessoas jurídicas
de direito privado, sem fins lucrativos. Observe-se, ainda que, tais enes precisam que seus
objetivos sociais tenham pelo menos uma das seguintes finalidades: I - promoção da assistên-
cia social; II - promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
III - promoção gratuita da educação, observando-se a forma complementar de participação das
organizações de que trata esta Lei; IV - promoção gratuita da saúde, observando-se a forma
complementar de participação das organizações de que trata esta Lei; V - promoção da segurança
alimentar e nutricional; VI - defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção
do desenvolvimento sustentável; VII - promoção do voluntariado; VIII - promoção do desenvol-
vimento econômico e social e combate à pobreza; IX - experimentação, não lucrativa, de novos
modelos sócio-produtivos e de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédi-
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to; X - promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica
gratuita de interesse suplementar; XI - promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos
humanos, da democracia e de outros valores universais; XII - estudos e pesquisas, desenvol-
vimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informações e conhecimentos
técnicos e científicos que digam respeito às atividades mencionadas neste artigo. XIII - estudos
e pesquisas para o desenvolvimento, a disponibilização e a implementação de tecnologias vol-
tadas à mobilidade de pessoas, por qualquer meio de transporte.
18 - QUESTÃO:
Sobre as parcerias público privadas (PPP), analise os itens abaixo e assinale a alternativa
correta.
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>> COMENTÁRIOS:
Item II: Incorreto. Segundo previsão do Art. 7o da Lei 11079 de 2004, a contraprestação
da Administração Pública será obrigatoriamente precedida da disponibilização do serviço
objeto do contrato de parceria público-privada. Não há exceções previstas na lei, motivo pelo
qual a alternativa resta incorreta.
Item III: Correto. De fato, A parceria público-privada pode ser realizada na modalidade
patrocinada ou administrativa. A patrocinada ocorre na concessão de serviços públicos ou de
obras públicas quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, contraprestação
pecuniária do parceiro público ao parceiro privado enquanto que a administrativa é o contrato
de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda
que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.
Item IV: Incorreto. A alternativa está errada porque incluiu como vedação uma
hipótese de possibilidade expressa de contraprestação e, além disso, colocou como hipótese
a cessão de créditos tributários, quando na realidade é possível a cessão de créditos não
tributários. Assim, segundo disposto na Lei 11.079 de 2004, A contraprestação da Administração
Pública nos contratos de parceria público-privada poderá ser feita por 1) ordem bancária, 2)
cessão de créditos NÃO tributários, 3) outorga de direitos em face da Administração Pública 4)
outorga de direitos sobre bens públicos dominicais, além de outros meios admitidos em lei.
19 - QUESTÃO:
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impede de ser destinatária de recursos orçamentários e bens públicos.
d) O contrato de gestão deve ser submetido, após aprovação pelo Conselho de Administração
da entidade, ao Presidente da República ou autoridade supervisora da área correspondente
à atividade fomentada.
e) Para a qualificação como organização social, as entidades privadas devem ter finalidade
lucrativa, sem a obrigatoriedade de investimento de seus excedentes financeiros no
desenvolvimento das próprias atividades.
>> COMENTÁRIOS:
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próprias atividades. Assim, a alternativa está errada porque consta a necessidade de finalidade
lucrativa e a inexistência de obrigatoriedade de investimento de seus excedentes financeiros no
desenvolvimento das próprias atividades.
20 - QUESTÃO:
>> COMENTÁRIOS:
Assertiva I: errada. A súmula 592 do STJ estabelece que O excesso de prazo para a
conclusão do processo administrativo disciplinar só causa nulidade se houver demonstração
de prejuízo à defesa. Assim, a alternativa está errada porque traz como hipótese de nulidade
absoluta, e a súmula traz o entendimento que somente há nulidade se houver prejuízo à defesa.
Assertiva II: errada. Segundo a súmula 591 do STJ, é permitida a “prova emprestada”
no processo administrativo disciplinar, desde que devidamente autorizada pelo juízo compe-
tente e respeitados o contraditório e a ampla defesa.Assim, a alternativa está errada primeiro
porque é imprescindível a autorização judicial acerca da utilização da prova e, também, por não
trazer a previsão do respeito ao contraditório e à ampla defesa.
43
Assertiva III: errada. A súmula vinculante 05 oriunda do STF, discorre que a falta de
defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.
Segundo decidido pelo STF, “na espécie, o único elemento apontado pelo acórdão recorrido
como incompatível com o direito de ampla defesa consiste na ausência de defesa técnica na
instrução do processo administrativo disciplinar em questão. Ora, se devidamente garantido o
direito (i) à informação, (ii) à manifestação e (iii) à consideração dos argumentos manifestados,
a ampla defesa foi exercida em sua plenitude, inexistindo ofensa ao art. 5º, LV, da Constituição
Federal. (...) Nesses pronunciamentos, o Tribunal reafirmou que a disposição do art. 133 da CF
não é absoluta, tendo em vista que a própria Carta Maior confere o direito de postular em juízo
a outras pessoas.” (RE 434059, Relator Ministro Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, julgamento em
7.5.2008, DJe de 12.9.2008. Inclusive, recentemente, o STF indeferiu o pedido de cancelamento
da Súmula.
44
DIREITO ELEITORAL
PROFA. POLLYANNA FALCONERY
21 – QUESTÃO:
>> COMENTÁRIOS:
45
Assim, nota-se que o final do parágrafo fala apenas de apresentação de contas, não
informa a necessidade de aprovação destas contas. Diante da redação da norma e dos discursos
jurídicos em torno de seu alcance, em 2010, o TSE, no julgamento do Resp nº 442.363, entendeu
pela interpretação literal do artigo, ou seja, que a mera apresentação de contas já é suficiente
para obter a quitação eleitoral. Portanto, a alternativa está verdadeira.
Elas passam a existir desde o acordo celebrado entre os partidos e não a partir da
homologação pela Justiça Eleitoral. Esse é o entendimento do TSE sobre a matéria, no julgado
Ac nº 25.015\2005.
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data
de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da
data de sua vigência. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 4,
de 1993).
Desse modo, tem-se que o princípio da Anualidade tem por escopo evitar que
as normas eleitorais sejam alteradas faltando menos de um ano e um dia para as eleições,
prejudicando o equilíbrio da disputa e garantindo a todos que participam do processo segurança
jurídica.
46
Portanto, toda lei que gere reflexo no processo eleitoral não pode ser aplicada ao
pleito que ocorra até um ano após sua publicação.
Neste aspecto, é importante saber que o TSE entende que a jurisprudência eleitoral
deverá se adequar ao Princípio da Anterioridade Eleitoral, ou seja, as Decisões do TSE que
alterem o pleito eleitoral só têm eficácia no pleito eleitoral posterior - RE nº 637.485. Desse
modo, a assertiva está correta.
47
Importante registrar que, para o TSE, o período para a realização das convenções
partidárias marca o início do processo eleitoral, sendo, portanto o marco para a incidência da lei
nova ao pleito, nos termos do princípio da anualidade (RO nº 1616-60 DF). Cabe ainda frisar que
a Lei 13.165\2015, estabeleceu que a deliberação sobre coligações deverá ser feita no período
de 20 de julho a 5 de agosto do ano em que se realizarem as eleições.
22 – QUESTÃO:
a) A transmissão, ao vivo, por rádio comunitária, das prévias partidárias de todos os partidos
registrados em uma determinada zona eleitoral.
b) A propaganda veiculada na TV, em junho do ano eleitoral, pelo partido político, divulgando
o programa político-partidário.
c) A divulgação de debate parlamentar feito pelo candidato do partido em plenário, no
exercício do cargo político.
d) A participação de filiados a partidos políticos ou de pré-candidatos em entrevistas,
programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na internet, inclusive com a
exposição de plataformas e projetos políticos, observado pelas emissoras de rádio e de
televisão o dever de conferir tratamento isonômico.
e) A realização, às expensas do partido, de reuniões de iniciativa da sociedade civil, para
divulgar ideias, objetivos e propostas partidárias.
>> COMENTÁRIOS:
A questão versa sobre propaganda eleitoral, cobrando o disposto no art. 36-A da Lei
9.504\97 e suas recentes alterações, incluindo a Lei 13.165\2015 e a Lei 13.488\2017. O artigo
é de leitura obrigatória do candidato, sobretudo, em razão da organizadora do concurso ter
costume de cobrar o conteúdo legislativo seco em suas questões.
48
Propaganda partidária: é a propaganda feita pelo Partido Político, nos semestres
não eleitorais, cujo objetivo é difundir os programas partidários, transmitir mensagens aos
filiados e divulgar a posição do partido em relação a temas políticos-comunitários. Será sempre
gratuita, no rádio e na TV. Assim, esta é uma propaganda do partido fora do período eleitoral. A
propaganda partidária foi extinta. A partir de 2018, ela não consta mais do ordenamento jurídico
brasileiro.
Como a lei estipula um prazo para que as propagandas eleitorais se iniciem, assim,
qualquer propaganda feita antes de 16 de agosto do ano eleitoral será irregular, por ser
antecipada, visto que apta a gerar o desequilíbrio no pleito eleitoral. Como a propaganda eleitoral
é regida pelo princípio da liberdade, no intuito de disciplinar quais atos seriam permitidos
aos candidatos e partidos sem serem considerados propaganda antecipada, o art. 36-A da Lei
9.504\97 traz um rol de condutas que podem ser praticadas pelos candidatos e partidos antes
de 16 de agosto do ano eleitoral. Em todo caso, é vedado o pedido explícito de voto.
49
Ademais, ela foi feita no mês de junho, ou seja, em semestre anterior ao das eleições, portanto,
não se trata de propaganda antecipada, nem irregular.
Alternativa C: FALSA. O Art. 36-A, IV, da Lei 9.504\97 dispõe que não é considerada
propaganda antecipada a divulgação de atos de parlamentares e debates legislativos, desde
que não se faça pedido de votos.
Alternativa D: FALSA. Esse é o teor expresso do inciso do inciso I do art. 36-A da Lei
9.504\97. Portanto, a participação de filiados a partidos políticos ou de pré-candidatos em
entrevistas, programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na internet, inclusive
com a exposição de plataformas e projetos políticos, observado pelas emissoras de rádio e de
televisão o dever de conferir tratamento isonômico, não é considerada propaganda antecipada.
23 – QUESTÃO:
a) Para participar das eleições, o Partido Político necessita registrar seu estatuto perante o
TSE até um ano antes do pleito e constituir e anotar o órgão de direção nacional nas eleições
presidenciais, perante o TSE, o órgão de direção estadual, perante o TRE, ou o órgão de
direção municipal, perante o Juiz Eleitoral, até seis meses antes das eleições.
b) Para ter seu registro deferido junto ao TSE, um partido deve possuir caráter nacional,
provado através do “apoiamento mínimo” de eleitores não filiados a partido político,
correspondente a, pelo menos, 0,5% (meio por cento) dos votos válidos dados nas últimas
eleições gerais para a Câmara dos Deputados, não computados os brancos e os nulos,
distribuídos por um terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo de 0,1% (um décimo por
cento) do eleitorado que haja votado em cada um deles, no período de um ano.
c) A infidelidade partidária causa perda do mandato tanto dos eleitos para cargos eleitos pelo
sistema proporcional quanto pelo sistema majoritário.
d) A personalidade jurídica do partido político é adquirida com o deferimento de seu registro
junto ao TSE.
e) O órgão partidário que tiver dado causa a não cumprimento de obrigação civil ou trabalhista
ou qualquer outro ilícito responde de forma exclusiva por tal responsabilidade, excluindo a
dos demais órgãos de direção partidária.
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> RESPOSTA: Alternativa E.
>> COMENTÁRIOS:
Assim, para que um partido político seja criado e tenha regular funcionamento no
Brasil, ele deve ter caráter nacional, não podendo existir partido registrado apenas em nível
municipal ou estadual. Conforme exposto no §1º do art. 7º da Lei 9.096\95, o partido terá caráter
nacional quando comprovar o apoiamento mínimo de eleitores, correspondente a, pelo menos,
0,5% (meio por cento) dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados,
não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos Estados,
com um mínimo de 0,1% (um décimo por cento) do eleitorado que haja votado em cada um
deles. Antes da Lei 13.165\2015, não havia prazo para o partido provar esse apoiamento mínimo.
Assim, coletadas as assinaturas, o Partido teria direito ao deferimento de seu registro. Após a
entrada em vigor da referida lei, no intuito de dificultar a criação de novos partidos políticos, a
legislação passa a exigir prova desse apoiamento mínimo por dois anos e não por apenas um
como traz a assertiva.
51
o mandatário a seu partido, mas também ao eleitor. Assim, considerado infiel, terá como
consequência a perda do mandato eletivo. A indisciplina partidária, por sua vez, é instituto de
direito privado, que relaciona os partidos políticos aos seus filiados. Nos termos do estatuto do
partido, o filiado sofrerá as respectivas sanções por ser considerado indisciplinado.
52
24 – QUESTÃO:
>> COMENTÁRIOS:
Para que o indivíduo possa vir a ser eleito, é preciso antes que preencha
determinados requisitos (condições de elegibilidade) e não incorra em nenhuma das hipóteses
de inelegibilidade previstas em lei.
Assim, de acordo com a Teoria Clássica, elaborada pelo ex-Ministro do STF, José
Carlos Moreira Alves, adotada pelo Supremo Tribunal Federal e pelo TSE, as condições de
elegibilidade (requisitos positivos) se diferenciam das causas de inelegibilidade (requisito
negativo), visto que as primeiras são consideradas requisitos que se devem preencher para
que se possa concorrer às eleições, enquanto as inelegibilidade são impedimentos que, se
não afastados, por quem preencha os pressupostos de elegibilidade, lhe obstam concorrer a
eleições, e servem de impugnação à Diplomação, caso eleito. A diferenciação é essencial, visto
que as condições de inelegibilidade só podem ser tratadas em Lei Complementar, no caso
brasileiro, conforme dispõe o art. 14, §9º, da CRB\88. A Lei Complementar 64\90 disciplina esses
casos. Já as condições de elegibilidade podem ser disciplinadas em lei ordinária como é o caso
53
da Lei 9.504\97.
Nesse sentido, a assertiva está falsa, visto que o analfabetismo, enquanto causa de
inelegibilidade prevista no §4º do art. 14 da CRB\88, poderá ser arguida mesmo após o prazo
para o ajuizamento da ação de impugnação de mandato eletivo.
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Alternativa B. VERDADEIRA. Segundo Francisco Dirceu Barros, a posição dominante
no TSE é no sentido de que somente poderá filiar-se a partido eleitor que estiver em pleno gozo
dos seus direitos políticos, mas há uma exceção. O art. 1º da Resolução 23.117\2009 dispõe:
Alternativa C. FALSA. Esse era o teor do art. 9º da Lei 9.504\97, com redação dada
pela Lei 13.165\2015. Com a nova redação dada ao artigo pela Lei 13.488\2017, o candidato
deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de seis meses e estar
com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo. Assim, a nova lei unificou os prazos tanto
de domicílio quanto de filiação em seis meses.
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Alternativa E. FALSA. A Alternativa versa sobre desincompatibilização para concorrer
a cargo eletivo. Estes prazos variam de três, quatro ou seis meses antes do pleito. A maioria
dos prazos previstos na LC 64\97 são de seis meses. De acordo com a LC 64\97, os Presidentes,
Diretores e Superintendentes de autarquias, empresas públicas, sociedades de economia
mista e fundações públicas e as mantidas pelo poder público, deverão se desincompatibilizar,
ou seja, deixar de exercer o cargo por um determinado período mínimo antes das eleições.
O caso em análise está disciplinado na alínea a do inciso IV do art. 1º da referida lei. Este
artigo estabelece que os casos de inelegibilidade para concorrer aos cargos de Presidente da
República, Vice-Presidente, Governador de Estado e Vice-Governador de Estado também se
aplicam aos candidatos ao cargo de Prefeito e Vice Prefeito, contudo, faz ressalva quanto ao
prazo de desincompatibilização, que será de quatro meses e não seis como previsto para os
outros cargos majoritários. Desta forma, a questão está falsa porque o prazo informado para a
desincompatibilização está errado.
25 – QUESTÃO:
O Tribunal de Conta dos Municípios do Estado da Bahia emitiu parecer rejeitando as contas
do Prefeito do Município X, no ano de 2015, porque ficou constatado que ele ordenou a
realização de despesa não prevista em lei orçamentária, qual seja, pagamento de adicional aos
servidores públicos municipais, no mês de julho de 2015, totalizando um prejuízo aos cofres
públicos municipais no montante de R$120.000,00 (cento e vinte mil reais). Face ao Parecer
do Tribunal de Contas, a Câmara de Vereadores acolheu o Parecer e rejeitou as respectivas
contas. O Prefeito devolveu aos cofres públicos municipais o valor corrigido e impetrou
Mandado de Segurança para anular o processo de julgamento das contas. Liminarmente,
requereu a suspensão dos efeitos da decisão. O Juiz negou o pedido liminar. O Prefeito
impetrou Agravo de Instrumento, cujo pedido liminar ainda não foi apreciado pelo Tribunal
de Justiça. Fez requerimento de registro de candidatura para concorrer à reeleição do cargo,
nas eleições municipais de 2016, juntando a prova do protocolo do Mandado de Segurança
e do Agravo de Instrumento. A coligação de oposição impugnou a referida candidatura
alegando que o Prefeito está inelegível para concorrer às eleições de 2016. Diante da situação
exposta, é correto afirmar:
56
c) A Justiça Eleitoral deverá acolher a impugnação e indeferir o pedido de registro de
candidatura, visto que o candidato teve suas contas rejeitadas pelo órgão competente,
fundamentada em ato que configura improbidade administrativa dolosa e ainda não teve
decisão judicial suspendendo nem anulando a rejeição de contas.
d) A Justiça Eleitoral deverá rejeitar a impugnação e deferir o pedido de registro de
candidatura, visto que o candidato judicializou o julgamento das contas e a questão ainda
não foi decidida pelo poder judiciário.
e) Se a Câmara de Vereadores não tivesse julgado as contas do Prefeito, caberia ao juiz
eleitoral aferir a causa de inelegibilidade, tomando como parâmetro as informações contidas
no Parecer do Tribunal de Contas dos Municípios.
>> COMENTÁRIOS:
57
Alternativa A: FALSA. A Justiça Eleitoral é o órgão judicial competente para decidir se
o fundamento da rejeição de contas enseja a inelegibilidade. Desse modo, a rejeição de contas
pelo órgão competente não enseja a inelegibilidade de forma automática. Cabe ao juízo eleitoral
verificar se o fundamento da rejeição das contas pelo órgão competente gera a inelegibilidade. O
candidato será inelegível se as contas forem rejeitadas pela prática de irregularidade insanável
que configura ato de improbidade administrativa. No caso concreto, a rejeição das contas foi
originada de um ato de improbidade administrativa, qual seja a ordenação de despesa não
prevista em lei orçamentária (art. 9, IX, da Lei 8429\92), portanto, não há o que se falar em
irregularidade sanável como sugere a assertiva. Ademais, o TSE, julgado do Recurso Especial
Eleitoral nº104-03, em 03\11\2016, entendeu que para enquadramento na alínea g do inciso I
do art. 1º da LC 64\97, é suficiente a identificação do dolo genérico caracterizado pela simples
vontade de praticar a conduta que enseja a irregularidade insanável. Consignou ainda que
eventual devolução integral ou parcial do valor recebido indevidamente não tem o condão de
afastar a incidência da inelegibilidade.
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>>> ALTERNATIVA CORRETA: C.
59
DIREITO CIVIL
PROFA. CINTIA CAMPOS
26 – QUESTÃO:
a) A impenhorabilidade do bem de família não pode ser oposta ao credor de pensão alimentícia
decorrente de vínculo familiar ou de ato ilícito.
b) A proteção de impenhorabilidade do bem de família alcança apenas o imóvel da família,
não se estendendo aos bens móveis que lá estejam.
c) Se o único imóvel residencial do devedor estiver locado a terceiros, perderá a condição
especial de impenhorabilidade.
d) A vaga de garagem, mesmo que possua matrícula própria no registro de imóveis, constitui
bem de família para efeito de penhora.
e) A proteção de impenhorabilidade do bem de família alcança o imóvel pertencente aos
casais, homossexuais ou heterossexuais, e às pessoas separadas e viúvas, mas não às
solteiras.
>> COMENTÁRIOS:
60
a decisão agravada, que deve ser mantida por seus próprios e jurídicos
fundamentos.
4. Agravo regimental a que se nega provimento.
(AgRg no AREsp 516.272/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA
TURMA, julgado em 03/06/2014, DJe 13/06/2014)
27 - QUESTÃO:
a) A responsabilidade civil dos danos ambientais não possui caráter punitivo imediato, pois
a punição é função que incumbe ao direito penal e administrativo.
b) As instituições bancárias respondem objetivamente pelos danos causados por fraudes
ou delitos praticados por terceiros - como, por exemplo, abertura de contracorrente ou
recebimento de empréstimos mediante fraude ou utilização de documentos falsos -,
porquanto tal responsabilidade decorre do risco do empreendimento, caracterizando-se
como fortuito interno.
c) a configuração do dano moral coletivo pressupõe a demonstração da prática de ato ilícito
de razoável relevância que afete verdadeiramente toda a coletividade, pois do contrário
estar-se-ia impondo mais um custo às sociedades empresárias.
d) O dano moral coletivo é aferível in re ipsa, ou seja, sua configuração decorre da mera
constatação da prática de conduta ilícita que, de maneira injusta e intolerável, viole direitos
de conteúdo extrapatrimonial da coletividade, revelando-se despicienda a demonstração de
61
prejuízos concretos ou de efetivo abalo moral.
e) O STJ não admite a condenação por dano moral coletivo na hipótese de lesão ao erário
por ato de improbidade administrativa, uma vez que esse sistema possui sanções próprias, a
exemplo de multa e ressarcimento do dano.
>> COMENTÁRIOS:
62
sobre toda atividade de pesca do lesado -, não há cogitar em indenização
por lucros cessantes durante essa vedação; f) no caso concreto, os
honorários advocatícios, fixados em 20% (vinte por cento) do valor da
condenação arbitrada para o acidente - em atenção às características
específicas da demanda e à ampla dilação probatória -, mostram-se
adequados, não se justificando a revisão, em sede de recurso especial.
2. Recursos especiais não providos.
(REsp 1354536/SE, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA
SEÇÃO, julgado em 26/03/2014, DJe 05/05/2014)
63
sejam eles materiais ou morais, capazes de ensejar a condenação à
reparação civil, pois não se comprovou o dano aos correntistas, tendo
em vista as isenções de tarifas, bem como não houve dificuldade
oposta pela casa bancária para transferência dos vencimentos para as
instituições financeiras escolhidas pelos servidores públicos. Infirmar
tais conclusões demandaria o reexame de provas, atraindo a aplicação
da Súmula 7/STJ.
3. Agravo interno desprovido.
(AgInt no AREsp 964.666/RJ, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE,
TERCEIRA TURMA, julgado em 25/10/2016, DJe 11/11/2016)
64
quadro que, potencialmente, poderia criar situações discriminatórias,
vexatórias, humilhantes às crianças e aos adolescentes - traduz flagrante
dissonância com a proteção universalmente conferida às pessoas em
franco desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, donde
se extrai a evidente intolerabilidade da lesão ao direito transindividual
da coletividade, configurando-se, portanto, hipótese de dano moral
coletivo indenizável, razão pela qual não merece reforma o acórdão
recorrido.
7. Quantum indenizatório arbitrado em R$ 50.000,00 (cinquenta mil
reais). Razoabilidade e proporcionalidade reconhecidas.
8. Recurso especial não provido.
(REsp 1517973/PE, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA,
julgado em 16/11/2017, DJe 01/02/2018)
65
julgado em 18/03/2008, DJe 01/04/2008)
28 – QUESTÃO:
>> COMENTÁRIOS:
66
estabelecido no art. 1.829 do Código Civil de 2002.” 2. O recurso especial
deve ser provido apenas para negar o direito da recorrida ao usufruto
vidual, mantendo-a habilitada nos autos do arrolamento/inventário,
devendo ser observados e conferidos a ela os direitos assegurados pelo
CC/2002 aos cônjuges sobreviventes, conforme o que for apurado nas
instâncias ordinárias acerca de eventual direito real de habitação.
3. Recurso especial provido.
(REsp 1139054/PR, Rel. Ministro LÁZARO GUIMARÃES (DESEMBARGADOR
CONVOCADO DO TRF 5ª REGIÃO), QUARTA TURMA, julgado em 06/02/2018,
DJe 09/02/2018)
Alternativa B: Enunciado traz disposição dissonante ao texto legal: Art. 1.841 do CC.
Concorrendo à herança do falecido irmãos bilaterais com irmãos unilaterais, cada um destes
herdará metade do que cada um daqueles herdar.
Alternativa E: Enunciado traz disposição dissonante ao texto legal: Art. 1.848. Salvo
se houver justa causa, declarada no testamento, não pode o testador estabelecer cláusula de
inalienabilidade, impenhorabilidade, e de incomunicabilidade, sobre os bens da legítima.
29 – QUESTÃO:
a) Os filhos menores são postos em tutela: com o falecimento dos pais, ou sendo estes
julgados ausentes; ou em caso de os pais decaírem do poder familiar.
b) Não podem ser tutores e serão exonerados da tutela, caso a exerçam, os que foram
condenados por crime de furto, roubo, estelionato, falsidade, contra a família ou os costumes,
desde que tenha sido fixada pena privativa de liberdade.
c) Os maiores de setenta anos podem escusar-se da tutela.
d) O juiz não poderá estabelecer curatela compartilhada a mais de uma pessoa.
e) A tomada de decisão apoiada é o processo pelo qual a pessoa com deficiência elege
pelo menos 3 (três) pessoas idôneas, com as quais mantenha vínculos e que gozem de sua
confiança, para prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos da vida civil, fornecendo-
67
lhes os elementos e informações necessários para que possa exercer sua capacidade.
>> COMENTÁRIOS:
Alternativa B: Enunciado contrário ao texto legal: Art. 1.735, IV, do CC: Não podem
ser tutores e serão exonerados da tutela, caso a exerçam: IV - os condenados por crime de furto,
roubo, estelionato, falsidade, contra a família ou os costumes, tenham ou não cumprido pena;
30 – QUESTÃO:
68
pelo casal, a título oneroso, na constância do casamento.
>> COMENTÁRIOS:
Alternativa C: Alternativa em dissonância ao art. 1660, II, do CC. Art. 1.660. Entram
na comunhão: II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou
despesa anterior.
31 – QUESTÃO:
a) Não devem se casar o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem
o foi do adotante.
b) Não devem se casar o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa
de homicídio contra o seu consorte.
c) Não devem se casar o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não
fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros.
d) Não devem se casar a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter
sido anulado, até nove meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade
conjugal.
e) Não devem se casar o divorciado, enquanto não houver sido homologada a partilha dos
bens do casal e os alimentos devidos entre os cônjuges.
>> COMENTÁRIOS:
69
Alternativa B: Constitui causa impeditiva do casamento, consoante o art. 1521, VII,
do CC.
Alternativa D: Alternativa em dissonância ao art. 1523, II, do CC. Art. 1.523. Não devem
casar: II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez
meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal.
Alternativa E: Alternativa em dissonância ao art. 1523, III, do CC. Art. 1.523. Não
devem casar: III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha
dos bens do casal.
32 – QUESTÃO:
a) Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, com justo título e boa-fé,
possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade.
b) Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco
anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a duzentas e
cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua
moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
c) Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados,
por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua
família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou
rural.
d) Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com
exclusividade, sobre imóvel urbano de até cinquenta metros quadrados cuja propriedade
divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário
de outro imóvel urbano ou rural.
e) Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente,
independente de justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.
>> COMENTÁRIOS:
70
Alternativa A: Alternativa em dissonância ao art. 1.238, do CC: Aquele que, por quinze
anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade,
independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por
sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Alternativa B: Alternativa em dissonância ao art. 1.239, do CC: Aquele que, não sendo
proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem
oposição, área de terra em zona rural não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva
por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade
33 – QUESTÃO:
a) As fundações são instituídas por escritura pública ou testamento, com a dotação de bens
livres, declarando a sua finalidade, que somente pode ser religiosa, moral, cultural ou de
assistência.
b) As associações são constituídas por uma união de pessoas que se organizam para fins
econômicos ou não econômicos, através de um estatuto social.
c) A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em
procedimento judicial de jurisdição voluntária que assegure direito de defesa e de recurso,
nos termos previstos no estatuto.
d) Em relação às fundações, caberá ao Ministério Público Federal velar por elas caso a
fundação atue em mais de um estado.
e) O estatuto da fundação poderá ser elaborado pelo Ministério Público, se não for elaborado
no prazo assinado pelo instituidor, ou, não havendo prazo, se não fizer em cento e oitenta
dias.
71
> RESPOSTA: Alternativa E.
>> COMENTÁRIOS:
34 – QUESTÃO:
72
>> COMENTÁRIOS:
35 – QUESTÃO:
a) Não perdem o caráter de imóveis, as edificações que, separadas do solo, mas conservando
a sua unidade, forem removidas para outro local.
b) São bens móveis os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes.
c) São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente
dos demais.
d) Constitui universalidade de fato o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas
de valor econômico.
e) São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
>> COMENTÁRIOS:
73
econômico.
36 – QUESTÃO:
>> COMENTÁRIOS:
Alternativa D: Entendimento contrário ao disposto no art. 140 do CC: Art. 140. O falso
motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão determinante.
74
a importância do proveito que teve; se, porém, o dolo for do representante convencional, o
representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos.
37 – QUESTÃO:
a) A validade da declaração de vontade dependerá de forma especial, salvo quando a lei não
exigir expressamente.
b) Em decorrência do princípio da formalidade, o silêncio não poderá ser interpretado como
manifestação de vontade.
c) A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de
não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento.
d) Nos negócios jurídicos benéficos e na renúncia se atenderá mais à intenção nelas
consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.
e) Quando um negócio jurídico é subordinado ao termo inicial, a aquisição do direito fica
suspensa até a sua implementação.
>> COMENTÁRIOS:
75
38 – QUESTÃO:
a) Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-
se a anulação, será este de quatro anos, a contar da data da conclusão do ato.
b) A parte poderá reclamar o que, por uma obrigação anulada, pagou a um incapaz, ainda
que não provar que reverteu em proveito dele a importância paga.
c) A invalidade parcial de um negócio jurídico não prejudicará a parte válida, assim como a
invalidade da obrigação principal não implica a das obrigações acessórias.
d) A invalidade dos atos por incapacidade relativa do agente ou por vício resultante de erro,
dolo, coação, simulação ou fraude, não tem efeito antes de julgada por sentença, e poderá
ser pronunciada de ofício pelo juiz.
e) Comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
>> COMENTÁRIOS:
76
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
PROFA. NAYARA CAMPOS
39 – QUESTÃO:
Assinale a opção incorreta, de acordo com o disposto no Novo Código de Processo Civil:
>> COMENTÁRIOS:
77
constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem.
§ 3o O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que
houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados
a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que
eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si
próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos.
78
Art. 168. As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o
mediador ou a câmara privada de conciliação e de mediação.
§ 1º O conciliador ou mediador escolhido pelas partes poderá ou não
estar cadastrado no tribunal.
§ 2º Inexistindo acordo quanto à escolha do mediador ou conciliador,
haverá distribuição entre aqueles cadastrados no registro do tribunal,
observada a respectiva formação.
§ 3º Sempre que recomendável, haverá a designação de mais de um
mediador ou conciliador.
40 – QUESTÃO:
>> COMENTÁRIOS:
79
Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da
distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do
estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando
suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
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Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver
identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma,
por ser mais amplo, abrange o das demais.
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for
comum o pedido ou a causa de pedir.
§ 1º Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta,
salvo se um deles já houver sido sentenciado.
§ 2º Aplica-se o disposto no caput:
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa
ao mesmo ato jurídico;
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo.
§ 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam
gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso
decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.
41 – QUESTÃO:
a) Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em
juízo.
b) O juiz nomeará curador especial ao incapaz, enquanto durar a incapacidade, e ao réu preso
revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não constituído
advogado, sendo a curatela especial exercida pela Defensoria Pública.
c) O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação possessória, salvo
quando casados sob o regime de separação absoluta de bens.
d) Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação do autor, o
juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para sanação do vício, após o qual,
permanecendo a parte inerte, o processo será extinto.
e) O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 dias, intervir como fiscal da ordem
81
jurídica nos processos que envolvam interesse de incapaz, e, caso permaneça inerte, caberá
ao juiz requisitar os autos e dar andamento ao processo.
>> COMENTÁRIOS:
Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem
capacidade para estar em juízo.
Art. 71. O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor
ou por curador, na forma da lei.
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o regime de separação absoluta de bens.
§ 1º Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação:
I - que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o
regime de separação absoluta de bens;
II - resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato
praticado por eles;
III - fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família;
IV - que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção
de ônus sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges.
§ 2º Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do
réu somente é indispensável nas hipóteses de composse ou de ato por
ambos praticado.
§ 3º Aplica-se o disposto neste artigo à união estável comprovada nos
autos.
83
III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública não configura, por si
só, hipótese de intervenção do Ministério Público.
42 – QUESTÃO:
Assinale a alternativa correta, acerca das despesas e honorários no curso do processo civil:
>> COMENTÁRIOS:
84
Alternativa B: INCORRETA. Serão devidos honorários também na execução provisó-
ria. Vejamos:
85
processuais, no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de não conhecimento
do recurso.
43 – QUESTÃO:
a) A alienação da coisa ou do direito litigioso por ato entre vivos, a título particular, altera a
legitimidade das partes, cabendo ao autor adequar o polo passivo da demanda.
b) O adquirente ou cessionário da coisa litigiosa poderá intervir no processo como assistente
simples do alienante ou cedente, estendendo-se os efeitos da sentença proferida entre as
partes originárias ao adquirente ou cessionário.
c) O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes tanto
na fase de conhecimento, quanto na liquidação de sentença ou na execução, quando este
comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença.
d) O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação
jurídica, o juiz tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes.
e) Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes
distintos, inclusive no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não
prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar.
>> COMENTÁRIOS:
Art. 109. A alienação da coisa ou do direito litigioso por ato entre vivos,
a título particular, não altera a legitimidade das partes.
§ 1º O adquirente ou cessionário não poderá ingressar em juízo,
sucedendo o alienante ou cedente, sem que o consinta a parte contrária.
§ 2º O adquirente ou cessionário poderá intervir no processo como
assistente litisconsorcial do alienante ou cedente.
§ 3º Estendem-se os efeitos da sentença proferida entre as partes
originárias ao adquirente ou cessionário.
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Alternativa C: CORRETA. Vejamos o que dispõe o NCPC acerca do litisconsórcio
multitudinário:
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Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com
a parte adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio
unitário, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os
outros, mas os poderão beneficiar.
44 – QUESTÃO:
>> COMENTÁRIOS:
88
estado em que se encontre.
89
Art. 131. A citação daqueles que devam figurar em litisconsórcio passivo
será requerida pelo réu na contestação e deve ser promovida no prazo
de 30 (trinta) dias, sob pena de ficar sem efeito o chamamento.
Parágrafo único. Se o chamado residir em outra comarca, seção ou
subseção judiciárias, ou em lugar incerto, o prazo será de 2 (dois) meses.
PARTE ESPECIAL.
LIVRO I
DO PROCESSO DE CONHECIMENTO E DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
TÍTULO III
DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
CAPÍTULO VIII
DA OPOSIÇÃO
45 – QUESTÃO:
90
>> COMENTÁRIOS:
91
do § 2o.
§ 4º O requerimento deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos
legais específicos para desconsideração da personalidade jurídica.
92
desconsideração da personalidade jurídica, de cujo incidente não fez
parte.
46 – QUESTÃO:
>> COMENTÁRIOS:
93
o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado
pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou
justificar a impossibilidade de efetuá-lo.
§ 1º Caso o executado, no prazo referido no caput, não efetue o
pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente justificativa da
impossibilidade de efetuá-lo, o juiz mandará protestar o pronunciamento
judicial, aplicando-se, no que couber, o disposto no art. 517.
§ 2º Somente a comprovação de fato que gere a impossibilidade absoluta
de pagar justificará o inadimplemento.
§ 3º Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for
aceita, o juiz, além de mandar protestar o pronunciamento judicial na
forma do § 1o, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três)
meses.
§ 4º A prisão será cumprida em regime fechado, devendo o preso ficar
separado dos presos comuns.
§ 5º O cumprimento da pena não exime o executado do pagamento das
prestações vencidas e vincendas.
§ 6º Paga a prestação alimentícia, o juiz suspenderá o cumprimento da
ordem de prisão.
§ 7º O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o
que compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da
execução e as que se vencerem no curso do processo.
§ 8º O exequente pode optar por promover o cumprimento da sentença
ou decisão desde logo, nos termos do disposto neste Livro, Título II,
Capítulo III, caso em que não será admissível a prisão do executado,
e, recaindo a penhora em dinheiro, a concessão de efeito suspensivo
à impugnação não obsta a que o exequente levante mensalmente a
importância da prestação.
§ 9º Além das opções previstas no art. 516, parágrafo único, o exequente
pode promover o cumprimento da sentença ou decisão que condena ao
pagamento de prestação alimentícia no juízo de seu domicílio.
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Art. 206. Prescreve:
§ 2o Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a
partir da data em que se vencerem.
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>>> ALTERNATIVA CORRETA: D.
47 – QUESTÃO:
>> COMENTÁRIOS:
96
regimento indicar.
§ 2º O órgão colegiado julgará o recurso, a remessa necessária ou o
processo de competência originária se reconhecer interesse público na
assunção de competência.
§ 3º O acórdão proferido em assunção de competência vinculará todos
os juízes e órgãos fracionários, exceto se houver revisão de tese.
§ 4º Aplica-se o disposto neste artigo quando ocorrer relevante questão de
direito a respeito da qual seja conveniente a prevenção ou a composição
de divergência entre câmaras ou turmas do tribunal.
Ademais, poderá ser instaurado o AIC de forma preventiva, conforme dispõe o art.947,
§4º, do CPC.
Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito
senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:
I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios
e suas respectivas autarquias e fundações de direito público;
II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução
fiscal. (...)
97
§ 4º Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença
estiver fundada em:
I - súmula de tribunal superior;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior
Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas
repetitivas ou de assunção de competência;
IV - entendimento coincidente com orientação vinculante firmada
no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em
manifestação, parecer ou súmula administrativa.
98
48 – QUESTÃO:
a) I e III.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I e IV.
e) I e II.
>> COMENTÁRIOS:
Item I: CORRETO. A decisão parcial de mérito é uma das novidades trazidas pelo
NCPC, e, segundo a doutrina predominante, trata-se de decisão interlocutória (e não sentença).
Referida decisão é impugnável via agravo de instrumento, estando também inserta no rol do
art.1015, NCPC. Vejamos:
99
independentemente de caução, ainda que haja recurso contra essa
interposto.
§ 3º Na hipótese do § 2o, se houver trânsito em julgado da decisão, a
execução será definitiva.
§ 4º A liquidação e o cumprimento da decisão que julgar parcialmente
o mérito poderão ser processados em autos suplementares, a
requerimento da parte ou a critério do juiz.
§ 5º A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por agravo
de instrumento.
100
Item III: INCORRETO. Atenção! O rol do art.1015, do CPC, segundo a doutrina, é
taxativo para as decisões interlocutórias proferidas no âmbito do processo de conhecimento.
Item IV: INCORRETO. Referidas cópias realmente são documentos obrigatórios para
a interposição do agravo de instrumento. No entanto, a ausência de algumas delas não levará
ao não conhecimento do recurso de imediato. Conforme descrito pelo art.1.017, §3º, do CPC,
caberá ao relator conceder prazo para sanar o vício.
101
que comprove a tempestividade e das procurações outorgadas aos
advogados do agravante e do agravado;
II - com declaração de inexistência de qualquer dos documentos
referidos no inciso I, feita pelo advogado do agravante, sob pena de sua
responsabilidade pessoal;
III - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis.
§ 1º Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das
respectivas custas e do porte de retorno, quando devidos, conforme
tabela publicada pelos tribunais.
§ 2º No prazo do recurso, o agravo será interposto por:
I - protocolo realizado diretamente no tribunal competente para julgá-lo;
II - protocolo realizado na própria comarca, seção ou subseção judiciárias;
III - postagem, sob registro, com aviso de recebimento;
IV - transmissão de dados tipo fac-símile, nos termos da lei;
V - outra forma prevista em lei.
§ 3º Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício
que comprometa a admissibilidade do agravo de instrumento, deve o
relator aplicar o disposto no art. 932, parágrafo único.
§ 4º Se o recurso for interposto por sistema de transmissão de dados
tipo fac-símile ou similar, as peças devem ser juntadas no momento de
protocolo da petição original.
§ 5º Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças
referidas nos incisos I e II do caput, facultando-se ao agravante
anexar outros documentos que entender úteis para a compreensão da
controvérsia.
49 – QUESTÃO:
102
c) Os embargos de declaração independem de preparo e devem observar o prazo em dobro
para litisconsortes com advogados distintos.
d) considera-se omissa a decisão interlocutória que empregar conceitos jurídicos
indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso.
e) Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a
interposição de recurso, inclusive no âmbito dos juizados especiais.
>> COMENTÁRIOS:
103
Por fim, observa-se que a previsão do §2º é novidade do CPC/15, não havendo
previsão correlata no CPC/73. Desta feita, observa-se que o NCPC preocupou-se em garantir
o contraditório substancial, de forma que parte da doutrina entende que se os embargos
declaratórios ocasionaram efeitos infringentes à decisão, sem que tenha sido intimada a parte
contrária, haverá nulidade da decisão em embargos.
104
50 – QUESTÃO:
>> COMENTÁRIOS:
105
controvertido sobre o qual o juiz deveria ter se pronunciado.
§ 2º Nas hipóteses previstas nos incisos do caput, será rescindível a
decisão transitada em julgado que, embora não seja de mérito, impeça:
I - nova propositura da demanda; ou
II - admissibilidade do recurso correspondente.
§ 3º A ação rescisória pode ter por objeto apenas 1 (um) capítulo da
decisão.
§ 4º Os atos de disposição de direitos, praticados pelas partes ou por
outros participantes do processo e homologados pelo juízo, bem como
os atos homologatórios praticados no curso da execução, estão sujeitos
à anulação, nos termos da lei.
§ 5º Cabe ação rescisória, com fundamento no inciso V do caput deste
artigo, contra decisão baseada em enunciado de súmula ou acórdão
proferido em julgamento de casos repetitivos que não tenha considerado
a existência de distinção entre a questão discutida no processo e o
padrão decisório que lhe deu fundamento. (Incluído pela Lei nº 13.256,
de 2016) (Vigência)
§ 6º Quando a ação rescisória fundar-se na hipótese do § 5º deste artigo,
caberá ao autor, sob pena de inépcia, demonstrar, fundamentadamente,
tratar-se de situação particularizada por hipótese fática distinta ou de
questão jurídica não examinada, a impor outra solução jurídica.
Alternativa C: CORRETA.
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Art. 969. A propositura da ação rescisória não impede o cumprimento
da decisão rescindenda, ressalvada a concessão de tutela provisória.
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