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Prezado aluno (a),

Recebemos uma dúvida sobre o conteúdo, e havia informação incorreta na aula sobre o
numerador da Taxa de Ataque Secundário (TAS), segue abaixo a explicação:

Dúvida do aluno: Na definição de TAS foi explicado que é o nº e expostos ao caso 1º que
desenvolvem as doenças dentro do período de incubação pelo nº total de expostos ao caso 1º.

Porém, logo à frente, é citado que os caso secundários é que vão no numerador do cálculo da
TAS. Mas, caso 2º não é aquele que surge após o período de incubação?

Após análise da dúvida constatei que a aluna tem razão em sua dúvida, pois há um ERRO nesta
parte da aula. A seguir será apresentado corretamente o conceito e cálculo da Taxa de Ataque
secundário.

Primeiramente é necessário relembrar o conceito de casos secundários:

 Caso secundário: É o caso que aparece após o contato com o caso primário APÓS ter
decorrido o período de incubação da doença. O mesmo agente etiológico do caso
primário deve ser o que aparece no caso secundário.

Desta forma, no numerador da taxa de ataque secundário devemos utilizar o número


de casos secundários (número de indivíduos expostos ao caso primário que
desenvolvem a doença APÓS DECORRIDO O PERÍODO DE INCUBAÇÃO da mesma)
sobre o número total de indivíduos expostos ao caso primário.

Assim, a Taxa de Ataque secundário pode ser calculada conforme a fórmula a seguir:

TAS= Número de casos secundários (casos surgidos APÓS decorrido o P.I.) X 1000
População exposta ao caso primário

Deste modo, a fórmula de cálculo da TAS que está escrita nos slides das aulas (aula 2 –
a partir de 22 minutos) está incorreta, devendo ser considerada a versão apresentada
acima, a qual utiliza o número de casos surgidos após decorrido o Período de
incubação (P.I.) como numerador.

Aproveito a ocasião para Salientar um outro aspecto importante dessa aula:

Na parte referente à Taxa de ataque afirma-se que a mesma é EXCLUSIVA DE


DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS. Tal característica é exclusiva da taxa de ataque
secundário, pois, como esta última realiza a quantificação da
contagiosidade/difusibilidade, somente as doenças transmissíveis (transmitidas de um
indivíduo a outro por contato ou aerossóis, por exemplo) podem ser trabalhadas por
essa taxa (Não há casos secundários de uma doença não transmissível ou não
contagiosa, pois, nesses casos, a fonte dos novos casos NÃO é o caso primário, mas,
sim, uma nova exposição dos indivíduos ao agente ou às fontes do mesmo). Assim,
conclui-se, sucintamente que:

Taxa de Ataque: Pode ser utilizada para investigar surtos de doenças não
transmissíveis, como Doenças transmitidas por alimentos, intoxicações por substâncias
químicas e pesticidas e outras.

Taxa de Ataque secundário: Somente para doenças transmissíveis.

Peço desculpas aos alunos pelo transtorno. Tal erro se deveu em função do grande
volume de informações a ser abordado em um curto espaço de tempo (o edital do
concurso é muito extenso, podendo ser abordado praticamente qualquer tema dentro
da epidemiologia). Espero que não tenha ocorrido grande prejuízo ao estudo e que a
presente errata possa sanar quaisquer dúvidas a respeito do referido assunto. De
qualquer forma, disponibilizo-me para esclarecer eventuais dúvidas que venham a
aparecer posteriormente. Bons estudos e boa sorte no concurso. Que a sua aprovação
no concurso do MAPA seja realidade em breve.

Atenciosamente,

Professor Leandro Rezende

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