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ANDERSON LEANDRO SANTOS FERREIRA

RESUMO DOS CAPÍTULOS SETE, OITO E NOVE DO LIVRO “ADORAÇÃO


BÍBLICA” DE RUSSEL P. SHEDD.

Resumo apresentado ao Prof. Felipe Alves


Davi, na disciplina de Culto Cristão do
Curso de Teologia do Seminário Batista das
Agulhas Negras (SETEBAN), Resende, RJ,
a ser utilizado como avaliação para
aprovação na disciplina.

RESENDE, RJ
2018
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A ADORAÇÃO: SEUS EFEITOS, EXEMPLOS E OBSTÁCULOS


Resumo de Shedd, Russel P.
ADORAÇÃO BÍBLICA.

Por
Anderson Leandro Santos Ferreira

Resumo apresentado à disciplina de Culto Cristão


(Prof. Felipe Alves Davi) do Curso de Bacharel em Teologia.

Seminário Batista das Agulhas Negras


Resende – RJ
Abril de 2018

RESUMO
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Este trabalho intenta a realização de um resumo dos capítulos sete (os efeitos da adoração),
oito (Exemplos de adoração) e nove (Obstáculos à adoração) do livro: ADORAÇÃO
BÍBLICA de Russel P. Shedd.

Palavras-chaves: Adoração; Efeitos; Efeito da adoração; Efeitos da adoração; Exemplo;


Exemplo de adoração; Exemplos de adoração; Formas de adorar; Adoração Bíblica; Exemplos
Bíblico de adoração; Obstáculo; Obstáculo à adoração; Bíblia; Obstáculos à adoração; Ensino
Bíblico; Educação Religiosa; Perguntas Bíblicas; Respostas Bíblicas; Perguntas e Respostas;
Culto; Culto Cristão.

INTRODUÇÃO
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Nesses tempos de 2018, existe uma certa confusão no meio evangélico, entre adoração
e música, diversas vezes vemos cristãos se referindo a músicas lentas, de reflexão e/ou
contrição, como música de adoração, acreditando, equivocadamente, que músicas alegres
mais animadas não sejam também uma forma de adorar a Deus com alegria.
Tratando do assunto “adoração” com foco nos relatos bíblicos do contato entre Deus e
o ser humano; na reação humana à Deus, e na conduta dos cristãos em igrejas, Russel P.
Shedd afirma que adoração não é música, o conceito de adorar estaria mais ligado a cultuar,
prestar culto. Tendo este conceito de adoração de Shedd como premissa e ponderando que o
livro teve sua primeira publicação em 1987, este trabalho fará uma síntese expositiva das
ideias de Russel P. Shedd quanto à:
* efeitos da adoração no ser humano;
* exemplos bíblicos de adoração, através da análise de relatos Bíblicos de encontros
que pessoas tiveram com Deus, e;
* obstáculos que atrapalham a verdadeira adoração.

SOBRE O AUTOR
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O autor do livro objeto deste trabalho é Russel P. Shedd, nascido em Aiquile na


Bolívia em 10 de novembro de 1929, quando seus pais, Leslie Martin e Della Johnston eram
missionários entre os índios, faleceu em São Paulo no Brasil em 26 de novembro de 2016. Foi
um teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora no Sul do Brasil,
graduou-se em teologia pela Wheaton College em Illinois, Estados Unidos. Doutor em Novo
Testamento pela Universidade de Edimburgo, Escócia, voltou para os EUA onde foi pastor
interino por cerca de um ano, veio para o Brasil em definitivo em 1962, foi um dos
fundadores da editora “Edições Vida Nova”, em meados de 1959, enquanto estava em
Portugal com Arthur Brown. Consultor da Shedd Publicações, por muito tempo lecionou na
Faculdade Teológica Batista de São Paulo. Era membro da Igreja Bíblica Evangélica da
Comunhão (IBEC). Foi respeitado no Brasil e no exterior, como conferencista falou em
congressos, igrejas, seminários e faculdades de teologia. Foi casado com dona Patrícia por
mais de 50 anos, teve 5 filhos e pelo menos 14 netos.
Russel P. Shedd teologicamente era batista, fazendo menção de que a salvação vem
pela graça mediante a fé através da eleição e predestinação, além de ter sido um forte defensor
da pregação expositiva. Defendeu a autoridade suprema e inspirada da Bíblia, sendo esta a
única revelação fidedigna de Deus, pelo que postulava que "a Bíblia é a palavra de Deus".
Como Batista, defendia os princípios doutrinários da denominação. É amplamente
reconhecido sendo considerado com um dos nomes mais nobres da teologia protestante atual.
Foi autor de vários livros, dentre os quais estão A Justiça Social e a Interpretação da Bíblia,
Disciplina na Igreja, Pecados e Pecadinhos (arranque as ervas daninhas do Jardim da fé), A
Escatologia do Novo Testamento, Avivamento e Renovação, Palavra Viva, Adoração Bíblica,
A Solidariedade da Raça, Justificação, A Oração e o Preparo de Líderes Cristãos,
Fundamentos Bíblicos da Evangelização, Teologia do Desperdício, Criação e Graça: reflexão
sobre as revelações de Deus, todos publicados pelas Edições Vida Nova ou pela Shedd
Publicações. Além disso, foi editor responsável pelos comentários da Bíblia Shedd / Bíblia
Vida Nova e foi membro da comissão de tradutores para o português brasileiro da Bíblia NVI
(Nova Versão Internacional), uma das mais reconhecidas traduções protestantes da Bíblia em
português.

CAPÍTULO VII – OS EFEITOS DA ADORAÇÃO


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Shedd inicia este capítulo afirmando que a ideia inicial que se tem da razão de os
cristãos passarem tantas horas preciosas sentados nos templos, cantando, orando e ouvindo
mensagens, é a ordenança de Deus que O adoremos e que adoramos a Deus porque o amamos
e cremos que Ele deseja nossas ações de graça e dedicação.
Na sequência é exposta a necessidade da focalização na afirmação citada em uma frase
de autoria desconhecida: "A adoração transforma o adorador na imagem do deus diante do
qual ele se curva". Explorando esta frase o autor faz referência às instruções de I Timóteo 4.8
e 6.9, Mateus 6.24 e I Coríntios 8.5-6 para não permitir que saúde, dinheiro ou família sejam
elevados a um patamar tão alto que se tornem nosso deus, fazendo as pessoas e o culto cristão
perderem seu valor, e que algo substitua o lugar supremo e prioritário do próprio Criador em
nossa vida.
Sem citar a localização do texto bíblico sobre as bem-aventuranças, são apresentadas
deturpações dos valores de quem não adora ao Deus verdadeiro, através de sátiras do texto de
Mateus 5.
Entrando no assunto do capítulo, o escritor declara o primeiro efeito que o culto em
espírito e em verdade (adoração) tem no adorador: “Segurança Íntima” / “Confiança Íntima”.
Para embasar seu entendimento são mencionados os textos bíblicos de Salmos 37, 42 e 43,
Romanos 8.28, Efésios 1.11, Marcos 9, Provérbios 3.5-6 e Filipenses 4.7.
O segundo efeito explanado pelo autor é “Comunhão e Reconhecimento Mútuos”.
Duas argumentações se destacam neste item: 1.“...quando se elimina a distância entre a alma e
o Criador, as pessoas aproximam-se uma das outras” e 2.Conhecer Jesus Cristo implica no
reconhecimento dos que a ele pertencem conforme Atos 2 e 4, I João 1 e Mateus 25.
Busca da santificação é o terceiro efeito que o contato com Deus (culto cristão /
adoração) produz no adorador, na visão de Shedd. A fundamentação do item é realizada em
Isaías 6, João 4.39, Tiago 1.23-24, Lucas 7.47, João 13.9-10 e Efésios 4.15-31.
Com base nos Textos de Hebreus 12.2, João 12.5-8, Atos 16.25 e em citações de A. W.
Tozer, “Visão Transformada” é apresentada como o quarto efeito acarretado.
A adoração (contato com Deus) provoca ainda, segundo o autor, dois efeitos no
adorador: o desejo de evangelizar (Atos 1.8) e a “Preocupação com a alegria de Deus”,
fundamentado em Filipenses 1.21 e em agostinho: "Deus encontra prazer em nós quando
encontramos prazer nEle".
CAPÍTULO VIII – EXEMPLOS DE ADORAÇÃO
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Introduzindo o capítulo Shedd diz: “As Sagradas Letras são o nosso manual de
adoração”, e adianta que o capítulo contempla apenas seis exemplos bíblicos de adoração.
O primeiro exemplo bíblico apontado é o do Salmo 96, que segundo o escritor, em
seus primeiros seis versículos apresentam um convite a contarmos um cântico novo.
Ratificando o autor do salmo 96, Shedd afirma que “A repetição de frases milenares se torna
algo enfadonho. Um novo cântico abre a visão da glória do paraíso (Ap 5.9)”, nas palavras do
escritor: “Temas desgastados pela repetição acabam como apontamentos de aula, transferidos
da apostila do professor para o caderno ato aluno, sem penetrar na mente de nenhum deles!”.
O tema destes 6 primeiros versos do salmo 96, no entender do autor é duplo: a
majestade soberana de Deus (v.4) e; os atos salvíficos e maravilhas de Deus (v.v.2 e 3).
Segundo Shedd:

Ele manifesta entre todos os povos as suas maravilhas, terríveis como terremotos na
China ou no México, como furacões nas ilhas do Caribe e na América do Norte,
como a seca na África e as inundações em Bangladesh. Contudo, ficamos ainda mais
maravilhados diante da formação de uma criança no ventre da mãe (Sl 139.14) ou a
passagem das estações do ano, que estimulam a produção agrícola.

O verso sete e seguintes do exemplo bíblico de adoração contigo no Salmo 96 são


explanados no subitem “Como Adorar (vv.7ss)”. O verso sete conteria a parte de ofertório do
exemplo, e o verso é confrontado com os textos de Salmo 24.1 e de Hebreus 13.15-16.
O verso nove seria um convite à humilhação diante de Deus, atitude de prostrar-se.
Após cantar o cântico novo, ofertar e prostrar-se, os versos de 10 a 13 do salmo 96
desafia o adorador a incentivar a humanidade a preparar-se para o julgamento, e à praticar o
que aceitou pela fé, declarar com a boca que o Senhor reina, dizer às nações que Ele vem
julgar a terra.
O Segundo exemplo bíblico apresentado é o de Enoque, Gn 5.22-24; Hb 11.5-6, que
seria ter comunhão (andar com), agradar a Deus através da fé e manter a comunhão diária e
por ter agradado à Deus receber a recompensa divina. Neste ponto, o escritor apresenta a
definição de “adoração” de W. J. Dumbrell: "protocolo pelo qual alguém entra na presença
divina".
A luta de Jacó Em Gênesis 32 a partir do verso 22 é o terceiro exemplo bíblico
apontado, o que sobressai neste exemplo é a experiência desse patriarca no vale de Jaboque de
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lutar Sozinho. É possível portanto adorar (ter contato com Deus / cultuar) mesmo que sejas o
único disposto a isto.
O exemplo de Jacó nos ensina que o encontro com Deus (adoração) e/ou a recepção de
uma bênção às vezes coloca-nos numa luta e estranhamos o fato de que Deus, aparentemente,
se coloque como nosso inimigo. Temos que notar que Jacó não se sentiu desmoralizado ante
esta oposição, pelo contrário, a luta forneceu-lhe novas energias. E, mesmo sendo ferido
fisicamente, não fugiu. Render-se significava também vencer, mas não antes de receber a
bênção. O exemplo seria guerrear espiritualmente através oração.
Em Êxodo 33.12-23 é exibido o quarto exemplo, Moisés rogando a Deus a Sua
presença. Comunhão e Oração.
O quinto exemplo bíblico exposto é o de Isaías (Is. 6.1-9), contemplação (vv.1-4),
confissão e purificação (vv 5-7), comunhão (vv.8-9).
Encerrando o capítulo, Maria ungindo os pés de Jesus (João 12.1-8) é o sexto exemplo
bíblico exibido. O significado de culto é demonstrado expressivamente no relacionamento
entre Jesus e Maria, conforme Lucas 10.39 e 10.42. É a busca de intimidade no
relacionamento com Deus. Aprendemos com o exemplo de Maria a oferecer um presente
especial, valioso e sacrificial para Deus; a reconhecer que Jesus é o Messias Salvador e
glorificar a Deus pelo que nos proporcionou; a não reter nenhuma parte daquilo que nos
propomos a oferecer a Deus (Atos 5.2, Mt 6.24; Rm 6.34; Gl 2.20); Por fim a base que
justifica toda adoração cristã é o sacrifício do filho unigênito de Deus por amor de nós.

CAPÍTULO IX – OBSTÁCULOS À ADORAÇÃO


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Sentir que faltou o mais importante no culto, o encontro com Deus, leva a necessidade
de se buscar os possíveis empecilhos e como supera-los. Este capítulo do livro se propõe a
sugerir possíveis soluções para os impedimentos à adoração (contato com Deus).
Para a atitude incoerente com a adoração em espírito e em verdade é apresentado a
sugestão de se limpar interiormente, retirando do íntimo qualquer espírito faccioso, acabar
com qualquer dissenção ou inimizade, em conformidade com Gálatas 5.10 e Mateus 5.23-24 e
Mateus 18.20-22.
Para o empecilho do apego aos modos tradicionais (tradição) que acarretam
constantemente as exterioridades, a hipocrisia e a desonestidade, o autor propõe como solução
a humilhação na presença de Deus, humildade sincera e reconhecimento da própria
indignidade. Citando Lutero: "Fé é humildade".
O obstáculo da rotina (monotonia), verificado em Isaías 1.14, pode ser superado
através do pensar e com mudança de hábitos estéreis, revitalização, renovação das atitudes.
A barreira espessa do Mundanismo descrito em I João 2.15-16 é um impedimento que
o autor recomenda ser vencido através do compromisso com a pessoa de Jesus e seus
mandamentos. Achegar-se a Deus consciente e arrependido do mundanismo é o primeiro
passo para se comprometer com Jesus e eliminar esta barreira à adoração.
A solução apresentada para o impedimento do pecado não confessado é o
reconhecimento de cada pecado específico, a admissão do pecado; a limpeza pelo sangue
purificador (Hb 4.16); e a permanência aos pés da cruz.
O impedimento do desinteresse e ingratidão, segundo o autor, deve ser superado
procurando cortar de nosso cotidiano o que desvia a atenção e esfria a alegria no Senhor,
peneirando tudo que passa por nossa mente, conforme Filipenses 4.8.
Por fim a solução recomendada para o obstáculo da preguiça, descrita em Isaías 0.30 e
em Eclesiastes 12.1, é identificar os motivos que criam a preguiça e eliminá-los; é acabar com
o desperdício de energia mental ou espiritual que provoca a desmotivação para a adoração
(culto à Deus).

REFERÊNCIAS
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Russell P. Shedd. Disponível em: <https://vidanova.com.br/editora/team/russell-p-shedd>.


Acesso em: 21 abril 2018.

Russell P. Shedd. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Russell_Shedd>. Acesso em:


21 abril 2018.

SHEDD, Russel P. Adoração Bíblica. Edições Vida Nova. São Paulo; 1987.
Disponível em : < http://files.keryx.webnode.com/200001710-5e31b5f2b1/Adora
%C3%A7%C3%A3o%20B%C3%ADblica%20-%20Russel%20P.%20Shedd.pdf>. Acesso
em 21 abril 2018.

Wheaton College. Disponível em : <https://www.hotcourses.com.br/study/us-usa/school-


college-university/wheaton-college/3059/international.html>. Acesso em 21 abril 2018.

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