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RESUMO
O presente artigo pretende realizar uma análise das perspectivas que alguns graduandos
do sexo masculino do curso de Pedagogia da Universidade Federal da Paraíba, possuem
em relação a uma futura prática docente na educação infantil. Após o processo de
feminização do magistério, que ocorreu em boa parte dos países de cultura
ocidentalizada durante a passagem do século XIX para o século XX, a docência na
educação infantil culturalmente vem sendo ocupada pelas mulheres. Nesse contexto,
gostaríamos de conhecer as perspectivas que os futuros profissionais da educação
apresentam em relação a essa questão. Para tanto aplicamos um questionário com a
participação de alguns alunos do referido curso de Pedagogia da UFPB, matriculados no
corrente período 2013.1. As respostas dos graduandos têm indicado que um
determinado estranhamento em relação à possibilidade de trabalho com a educação
infantil também está presente entre esses alunos. Em geral parece haver pouca intenção
desses futuros pedagogos para trabalharem nesse nível educacional, pois os mesmos
acreditam que essa fase educacional se enquadra melhor para as pedagogas do sexo
feminino, ainda que reconheçam que a predominância das mulheres nesse nicho não
impeça que os pedagogos do sexo masculino também desenvolvam esse trabalho.
Metodologia
matutino, 410 (29,95%) pela tarde e 515 (37,62%) no período noturno. Dentre esses/as
alunos/as o número de alunos do sexo masculino é muito pequeno em relação ao
número de alunas matriculadas, representando 1,6% (22 alunos) homens no período da
manhã, 2,63% (36 alunos) no período vespertino e, 4,82% (66 alunos) no período da
noite, somando-se configuram um universo de 9,05% (124 alunos) homens
matriculados no período 2013.1 no curso de Pedagogia da UFPB.
Para delimitar a amostra da pesquisa optou-se em aplicar um questionário a
respeito do qual Gil (1999, p.128) coloca que o mesmo pode ser definido “como a
técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões
apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões,
crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas etc.”. A proposta
inicial seria aplicar o questionário entre os 22 graduandos do sexo masculino no período
matutino, porém devido à evasão de 04 alunos foram aplicados apenas entre 18 alunos.
Procuramos elaborar as perguntas do questionário de forma “aberta”, nos esforçando
por proporcionar ao informante a possibilidade de responder de maneira livre,
expressando-se de maneira própria. Nosso objetivo é compreender quais as suas
perspectivas em relação a uma futura prática docente na educação infantil, sobretudo
com crianças com até três anos de idade. Para analisarmos os dados da pesquisa
utilizaremos o método qualitativo que de acordo com Minayo (2001, p. 14) “trabalha
com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que
corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e nos fenômenos
que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis”.
Resultados e discussões
“Sim, apenas uma vez, isso que eu vi ou presenciei. Mas, vale ressaltar que
veio de uma pessoa que não tem contato com a vida acadêmica e ainda em
seu imaginário vê a pedagogia como uma prática feminina que forma
professorinhas”. (GRADUANDO 18)
[...] nos dias de hoje, pelo menos nas sociedades ocidentais, homens e
mulheres estão se distanciando dos modelos estereotipados de gênero e
desenvolvendo novas formas de subjetividade, livres do imperativo das
divisões traçadas pelas representações sociais até então vigentes. A idéia de
que existe um modelo masculino ou feminino universal não se sustenta mais.
(ARAÚJO, 2005, p. 09)
Considerações finais
Referências
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1994.
_____. Estudo exploratório sobre o professor brasileiro: com base nos resultados
do Censo Escolar da Educação Básica 2007. Brasília-DF, 2009.