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Volume 1 | Número 2
Agosto de 2012
CBCA
Centro Brasileiro da Construção em Aço
1
Revista da Estrutura de Aço | Volume 1 | Número 2
ARTIGOS
64
95
Volume 1. Número 2 (agosto/2012). p. 64‐78 ISSN 2238‐9377
Análise Teórico‐Experimental de Ligações Soldadas
entre Pilares de Perfis de Seção Circular e Vigas de
Perfis I
Sylvia L. F. Reis1, Arlene M. S. Freitas2 *, Geraldo D. de Paula3 Marcílio S. R.
Freitas4
1
Doutoranda, Programa de Pós‐Graduação em Engenharia Civil – PROPEC‐
DECIV/EM/UFOP, sylvialetizia@ig.com.br
2
Professor Doutor, Departamento de Engenharia Civil ‐ PROPEC‐
DECIV/EM/UFOP, arlene@em.ufop.br
3
Professor Doutor, Departamento de Engenharia Civil ‐ PROPEC‐
DECIV/EM/UFOP, geraldo@em.ufop.br
3
Professor Doutor, Departamento de Engenharia Civil ‐ PROPEC‐
DECIV/EM/UFOP, marcilio@em.ufop.br
Theoretical Experimental Analysis of Welded Joints with Circular Hollow
Section Columns and I Beams
Resumo
Neste trabalho é apresentado um estudo de ligações soldadas formadas por pilar tubular sem
costura de seção transversal circular e viga de aço de seção transversal tipo “I”. Para este
estudo foram desenvolvidas análise experimental e teórica das ligações. Os ensaios
experimentais foram realizados com protótipos em escala real, com a geometria definida
através de estudos de esbeltez, resistência e rigidez. Os ensaios experimentais foram
realizados no Laboratório de Estruturas do Departamento de Engenharia Civil da Escola de
Minas da Universidade Federal de Ouro Preto. Os ensaios da ligação visaram a obtenção do
comportamento momento‐rotação, carga última e modo de colapso da ligação e a
comparação destes com modelos teóricos, o que permitiu a classificação da ligação quanto à
sua rigidez. As análises teóricas foram realizadas a partir das prescrições de norma. As ligações
ensaiadas apresentaram como modo de falha a plastificação da face do pilar.
Palavras‐chave: estruturas tubulares, ligações, testes experimentais
Abstract
This work presents a study of welded joints, formed by a structural steel hot rolled hollow
section, having circular hollow sections at the columns and steel "I" sections at the beam. The
study developed theoretical analyses for the joints and experimental tests in full scale
prototypes. The experimental tests on the joints were performed at the Structures Laboratory
of the Civil Engineering Department in the School of Mines, at the Universidade Federal de
Ouro Preto. The results for behavior, ultimate load, stiffness, and collapse mode were analyzed
and compared with theoretical models. The theoretical analysis was carried out from the
codes prescriptions. The model represents the behavior and load capacity and the stiffness of
the tested joints. The joints tested indicated the plastic failure of the column face.
Keywords: tubular structures, joints, experimental tests
* Autor correspondente 64
1 Introdução
No Brasil tem‐se intensificado o uso de elementos estruturais metálicos associados a
diversos fatores como, por exemplo, a rapidez de execução. Dentre esses elementos
estruturais, a sua forma, sua tipologia e seção estão associadas ao tipo de aplicação,
estética, condições de uso, etc. Dentre as várias tipologias que envolvem a fabricação e
forma das seções transversais dos perfis estruturais, encontram‐se os perfis tubulares,
que são largamente utilizados em diversos países.
Entretanto, para as ligações entre pilar tubular de seção circular (CHS ‐ Circular Hollow
Section) e viga de seção tipo I que é objeto de estudo deste trabalho (comuns em
edifícios de andares múltiplos), existem poucas contribuições em pesquisas,
principalmente no Brasil. Os perfis tubulares geralmente são aplicados em elementos
estruturais, como pilares, treliças planas, espaciais, etc. No Brasil, são muitos os
exemplos em estruturas tubulares em aço, conforme apresentado na Figura 1.
a) Estádio João Havelange “Engenhão”, Rio de b) Prédio da Escola de Farmácia, UFOP. Fonte:
Janeiro. Fonte: Disponível em Arquivo pessoal.
<65TTP://diariodorio.com/fotos‐do‐engenhao‐a‐noite >. Acesso
em: 20 abr. 2010.
Figura 1. Exemplos de estruturas com perfis tubulares em aço no Brasil.
Sendo assim, neste trabalho é feita uma avaliação teórico‐experimental de ligação
soldada utilizando um pilar de perfil tubular circular de aço e uma viga em perfil I. Foi
feito um estudo entre as relações entre diâmetro e espessura do tubo, e o
comprimento da mesa da viga de perfil I que influenciam diretamente na
transmissibilidade do momento e na rigidez da ligação (Reis, 2011). Faz‐se também
uma análise do comportamento momento versus rotação (M‐ϕ) das ligações e a
avaliação das prescrições existentes nas normas de dimensionamento.
65
2 Rigidez das Ligações
Os estudos e observações realizados atualmente, com base no comportamento
estrutural de ligações entre elementos de estruturas metálicas, vêm comprovar a
necessidade de se considerar a resposta não linear das estruturas e das ligações na
análise estrutural.
O conhecimento do comportamento estrutural da ligação vem pela determinação da
relação momento‐rotação (M‐ϕ), que fornece os parâmetros necessários para sua
classificação assim como a análise da estrutura na qual a ligação está inserida,
considerando‐se seu comportamento não linear.
De forma geral, o diagrama M‐ϕ pode ser determinado de várias maneiras tais como
simulações numéricas, modelos teóricos, modelos semiempíricos ou ensaios
experimentais. O Eurocode 3 ‐ part 1‐8 de 2005 estabelece os limites de rigidez que
classificam a ligação a partir do diagrama M‐ ϕ e tais limites são mostrados na Figura 3.
66
Figura 3. Limites para classificação da rigidez de ligação viga‐pilar conforme o Eurocódigo 3
(EN 1993 – 1 – 8).
3 Prescrições Existentes
As primeiras pesquisas de ligações não‐enrijecidas entre chapas ou vigas tipo I e perfis
CHS ocorreram no Japão (Kurobane, 1981) e posteriormente por Wardenier (1982),
apud Makino (1984), Kamba e Taclendo (1998) e finalmente, por Aryioshi e Makino
(2000).
Na década de noventa, um extensivo programa foi realizado por Winkel (1998) para
investigar o comportamento de ligações não enrijecidas multiplanar e uniplanar entre
vigas de seção transversal I ou H e pilares CHS.
As formulações de dimensionamento são definidas baseando‐se em como a estrutura
irá comportar‐se e quais serão os estados‐limites últimos que poderão ocasionar a
ruptura da ligação.
O comportamento de cada ligação durante o colapso é função da distribuição de
tensão na região da ligação, o que é dependente das características geométricas dos
elementos ligados. Para o dimensionamento dessas ligações, diversos estados‐limites
últimos devem ser observados, a saber:
ruína plástica da face do pilar, Figura 4 (a);
flambagem local da parede do pilar, Figura 4 (b);
ruína da mesa da viga, Figura 4 (c);
ruína da solda, Figura 4 (d);
ruína por punção da parede do pilar, Figura 4 (e);
ruína por cisalhamento do pilar, Figura 4 (f);
a) plastificação da face do pilar b) flambagem local da parede do pilar
67
c) ruína da mesa da viga d) ruína da solda
e) ruína por punção da parede do pilar f) ruptura por cisalhamento no pilar
Figura 4. Modos de ruína para ligações soldadas entre viga tipo I e pilar CHS. Fonte: Wardenier
et al.(2010) adaptado.
As recomendações normativas do CIDECT (Wardenier et al, 2010) foram baseadas em
estudos feitos por Kurobane (1981), Wardenier (1982) e posteriormente por apud
Makino et al (2000), que foram adotadas pelo Eurocode 3 part 1‐8 de 2005 (Tabela 1).
A plastificação da ligação soldada entre viga I e pilar CHS não é determinada só pela
ligação entre as mesas da viga, mas também pela espessura do pilar. Deve‐se ressaltar
que o efeito da alma não é considerado para a resistência da ligação nas equações
apresentadas na Tabela 1.
Tabela 1 – Equações de resistência de cálculo de ligação soldada entre viga tipo I e pilar CHS
(CIDECT E EUROCODE 3).
Tipo de ligação T Estado Limite de Projeto
Plastificação da face do pilar
N1,Rd f y 0t02 4 20 2 10,25 f n' 1
68
M ip,1,Rd h1 N1,Rd 2
M op ,1, Rd 0,5 b1 f y 0 t o2
5
1 0,81
1 0,25 f n ' 3
Fator redutor do efeito de compressão no pilar
f (n' ) 1 0,3n'0,3(n' ) 2 para n' 1,0 quando o pilar estiver comprimido; (4)
f ( n ' ) 1 para n' 1,0 quando o pilar estiver tracionado; (5)
p , Ed
n' (6)
f y0
Faixa de validade
θ1= 90º d0/t0≤ 40 vigas: classe 2
Onde:
N1, Rd = força normal resistente de cálculo;
Mip,1, Rd = momento fletor resistente de cálculo no plano da ligação;
Mop,1, Rd = momento fletor resistente de cálculo fora do plano da ligação;
σp, Ed = tensão axial solicitante no pilar;
fy0 = tensão de escoamento do aço do pilar;
β = b1/d0;
η = h1/d0;
Segundo o CIDECT Design Guide Nº 9 (kurobane et al, 2004) apud Aryioshi e Makino
(2000), as recomendações para a rigidez axial da ligação são dadas de forma
simplificada pela Equação (7) que considera a ligação T como de uma chapa:
onde
K = rigidez axial da mesa.
E = módulo de elasticidade do aço;
t0 = espessura do pilar tubular circular;
β = relação entre a largura da mesa da viga ligada ao pilar e o diâmetro do pilar tubular
circular;
γ = relação entre o diâmetro do tubo e o dobro da sua espessura.
Para o comportamento momento‐rotação as seguintes equações são aplicadas:
2
M ip N1, Rd ( h1 tb , f ) Cb ,ip Cb ,ip (8)
( h1 tb , f )
Cb,ip 0,5K (h1 tb, f ) 2 (9)
onde,
Mip= momento fletor no plano da ligação;
N1, Rd = força normal resistente de cálculo;
69
N = carregamento axial;
h1 = altura da viga;
tb,f = espessura da mesa da viga;
Cb,ip = rigidez da ligação;
ϕ = rotação da ligação;
δ = deslocamento da viga.
Multiplicando‐se a rigidez axial K da mesa da viga conectada por 0,5(h1‐tb,f)2 tem‐se
uma aproximação da rigidez dada pela Equação (9), para as ligações capazes de
transmitir momento fletor. Entretanto, ressalta‐se que a contribuição da alma da viga
conectada é desprezada.
4 Programa Experimental
Os ensaios realizados são de ligações soldadas entre pilares de perfis tubulares
circulares sem costura, laminados a quente, fabricados pela Vallourec & Mannesmann
Tubes do Brasil e vigas de aço laminadas a quente com seção transversal tipo I de abas
paralelas fabricadas pela Gerdau Açominas. Foram realizados um total de quatro
ensaios, sendo dois de cada protótipo.Os protótipos ensaiados e os perfis que os
compõem são mostrados na Tabela 2, a seguir.
Tabela 2‐Definição dos perfis em aço dos protótipos ensaiados.
Pilar
Protótipo Viga
φ x to (mm)
P1 219,1 x 9,5 310 x 38,7
P2 219,1 x 8,2 250 x 17,9
φ = diâmetro do tubo;
t0 = espessura do tubo.
Foi avaliada a resistência última das ligações e durante os ensaios foram observados os
mecanismos de colapso, os deslocamentos e deformações, sendo os níveis de
carregamento baseados em modelagens numéricas (Reis et al.,2011).As condições de
contorno, onde foram engastadas as extremidades do pilar, e as aplicações dos
carregamentos foram feitas de maneira a simular uma ligação soldada real. As
dimensões nominais dos perfis utilizados na composição dos protótipos ensaiados
estão apresentadas na Tabela 3.
70
Tabela 3 ‐ Dimensões nominais dos perfis utilizados na composição dos protótipos.
Pilar Viga
d0 t0 h1 b1 tb,f tw
(mm (mm Perfil (mm (mm (mm (mm
) ) ) ) ) )
219,
9,5 W310x38,7 310 165 9,7 5,8
1
219, W250x17,
8,2 251 101 5,3 4,8
1 9
Na Tabela 4tem‐se as propriedades mecânicas dos perfis circulares de aço utilizados.
Tabela 4 ‐ Propriedades mecânicas do aço dos perfis dos pilares dos protótipos.
Perfis Resistência ao Resistência à Alongamento
φ x to (mm) Escoamento fy (MPa) Ruptura fu (MPa) (%)
219,1 x 8,2 385 582 33
219,1 x 9,5 374 571 34
Para as vigas foram utilizados perfis laminados de aço da empresa Gerdau Açominas
onde foram considerados os valores nominais de 345 MPa para a resistência ao
escoamento e 485 MPa para a resistência à ruptura.
4.1 Montagem e instrumentação dos ensaios
O sistema de aplicação de carga foi instalado em um pórtico de reação, com
carregamento aplicado por meio de um atuador hidráulico, sendo o valor do
carregamento medido por uma célula de carga, em cuja extremidade foi colocada uma
rótula de carga visando manter a verticalidade do carregamento.A Figura 5 a seguir,
mostra o sistema de aplicação de carga.
71
Figura 5 ‐ Sistema de aplicação de cargas.
A instrumentação usada no ensaio experimental visou ao monitoramento de
deformações e deslocamentos assim como o controle dos carregamentos aplicados. A
leitura de deslocamentos ocorridos na viga durante o ensaio, flecha da viga, foi feita
por meio de LVDT’s (Linear Variable Displacement Transducers), em que as leituras dos
deslocamentos são medidas e armazenadas por meio de sistema de aquisição de
dados controlado por computador. Utilizou‐se os deflectômetros de haste, que foram
posicionados no pilar para a monitoração eventual de deslocamento.
Os LVDT’s foram posicionados abaixo da viga no total de três em cada ensaio (L1, L2 e
L3), sendo o L3 a 29 cm da face do pilar, o L2 e o L1 a uma distância de 29 cm entre
eles, sendo que o L1 ficou posicionado abaixo do sistema de aplicação de carga, Figura
6.
72
Figura 6 ‐ Posicionamento dos LVDT's instalados no protótipo.
Para medição das deformações foram utilizados os extensômetros elétricos de
resistência unidirecionais e também do tipo roseta 45°. Nas ligações ensaiadas, foram
coladas rosetas na face do pilar e extensômetros nas mesas da viga, como pode ser
observado na Figura 7.
a) Dimensões do protótipo. b) Extensômetros tipo Rosetas de 90°( R1, R2,
R3 e R4) e extensômetros uniaxiais (E1, E2,
E15 e E16).
Figura 7 ‐ Posicionamento dos extensômetros e rosetas nos protótipos.
Para aquisição dos dados foi utilizado um sistema automático controlado por
computador dotado de um sistema de controle e monitoramento de aquisição. Os
ensaios foram realizados com uma pré‐carga para ajuste e verificação dos
equipamentos. Em seguida foi aplicado o carregamento, sendo o critério de parada do
ensaio a identificação do mecanismo de falha e a perda de resistência da ligação.
73
4.2 Apresentação dos Resultados Experimentais
Para cada etapa de carga de cada ensaio do protótipo, foram medidas as deformações
e os deslocamentos, e a partir desses resultados foi possível determinar a curva
momento‐rotação e a rigidez da ligação dos protótipos em questão.
A partir dos resultados obtidos nos ensaios, verificou‐se que o modo de falha
preponderante foi a “plastificação da face do pilar” com o escoamento inicial na
roseta 4, como pode ser visto nasFiguras8 e 9 como os representativos da série,
indicados a partir da carga x deformação específicobtidas.
200
180
160
140
Carga (kN)
120
100 E 12
80 E 13
60 E 14
40
20
0
‐6000 ‐5000 ‐4000 ‐3000 ‐2000 ‐1000 0
Deformação (µm/m)
Figura 8‐ Carga x Deformação específica para a roseta R 4 do protótipo P1.
90
80
70
60
Carga (kN)
50
E 12
40
E 13
30
E 14
20
10
0
‐3000 ‐2500 ‐2000 ‐1500 ‐1000 ‐500 0
Deformação (µm/m)
Figura 9 ‐Carga x Deformação específica para a roseta R 4 do protótipo P2.
74
Para se obter a curva momento‐rotação da ligação em estudo, calculou‐se o momento
fletor para cada carga aplicada considerando que o braço é a distância da aplicação de
carga até a face do pilar. A rotação obtida é a rotação da ligação. Os valores máximos
de momento fletor e de rotação para esse ensaio foram respectivamente de 143,66
kNm e 0,074 rad, como mostra a Figura10. Para o cálculo da rigidez foi utilizado o
Método da Inclinação Inicial (Reis, 2011), chegando a uma rigidez igual a 9004,27
kNm/rad.
160
140
Momento ( kN.m)
120
100
80
60
40
20
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08
Rotação (rad)
Figura 10 -Curva Momento-Rotação da ligação para o protótipo P1.
Para o ensaio P2 pôde‐se determinar os valores máximos de momento fletor e de
rotação que foram respectivamente de 72,52 kNm e 0,058 rad. A Figura 11 mostra a
curva momento‐rotação do ensaio P2 através da qual foi obtida um valor darigidez da
ligação igual a 4759,71 kNm/rad.
80
70
60
Momento ( kN.m)
50
40
30
20
10
0
0 0,02 0,04 0,06
Rotação (rad)
Figura 11 ‐ Curva Momento‐Rotação da ligação do protótipo P2.
75
A Figura 12 a seguir mostra o esmagamento da face do pilar pela viga, onde se percebe
um enrugamento da mesa inferior da viga.
Figura 12 ‐ Esmagamento do pilar pela mesa da viga por forças de compressão.
Na Tabela 5 a seguir têm‐se os resultados obtidos nos ensaios, onde Py corresponde à
carga aplicada que ocasionou a plastificação do aço do pilar, Pmax é a carga máxima
aplicada nos ensaios.Nessa tabela é indicado também o momento fletor máximo
obtido nos ensaios, a rotação máxima e a rigidez da ligação obtida experimentalmente.
Tabela 5 ‐ Resultados obtidos nos ensaios experimentais.
Cargas Momento
Rotação
Experimentais (kN) Fletor Rigidez
Protótipo Máxima
Máximo (kNm/rad)
Py Pmax. (rad)
(kNm)
P1 135,08 186,69 162,42 0,074 9004,27
P2 71,73 83,35 72,51 0,058 4759,71
5 Análise e Comparação dos Resultados
A exposição e discussão dos resultados é feita de modo a se estabelecer um
comparativo entre os resultados teóricos e experimentais obtidos a partir do Eurocode
3 part 1‐8 de 2005 e CIDECT (Kurobane et al, 2004). A Tabela 6 a seguir, mostra a
comparação entre esses resultados, onde se pode observar que houve uma boa
correlação entre os valores da rigidez experimental e teórica principalmente para os
ensaios do protótipo P1. Todas as ligações são classificadas como semirrígidas de
acordo com os limites de rigidez do Eurocode 3.
76
Tabela 6 ‐ Comparação entre os resultados teóricos e experimentais.
Teórico Experimental
Mip,1,Rd Rigidez
Ensaio Mmax. Rigidez
(kN.m) (kN.m/rad)
(kN.m) (kN.m/rad)
(Eq. (2)) (Eq. (9))
P1 160,54 8089,23 143,66 9004,27
P2 53,60 2227,66 72,52 4759,71
6 Considerações Finais
A determinação da rigidez inicial das ligações é influenciada pelas características
elásticas dos materiais pelas características geométricas e pela tipologia do
carregamento.
A ligação apresentou deformações plásticas na face do pilar principalmente na região
comprimida,que recebe as forças oriundas da viga, definindo como modo de colapso a
plastificação do pilar.
Neste trabalho procurou‐se o avanço do conhecimento do comportamento da ligação
soldada entre viga de seção tipo I e pilar de perfil tubular circular em aço,
evidenciando‐se a necessidade de se conhecer e explorar o conceito de semirrigidez
das ligações tubulares em aço,propondo formulações capazes de prever sua rigidez e
desenvolvendo aplicações.
7 Agradecimentos
Os autores agradecem a FAPEMIG (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de
Minas Gerais), CNPq (Conselho Nacional de Pesquisa), FINEP (Financiadora de Estudos
e Projetos), CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e a
empresa Vallourec & Mannesmann do Brasil.
77
8 Referências bibliográficas
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CEN, European Committee for Standardization, Brussels.
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Structural Applications. 2nd Edition, CIDECT, Geneva, Switzerland. ISBN 978‐90‐73830‐
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Reis, S.L.F.; Freitas, A.M.S.: de Paula, G.D.; Lima, L. R. O.: Avaliação Numérica de
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Numéricos em Engenharia 2011, Coimbra, Portugal. Anais APMTAC, Portugal, 2011.
78
Volume 1. Número 2 (agosto/2012). p. 79‐94 ISSN 2238‐9377
On the design methods of cold‐formed steel wall
studs by the AISI specification
Luiz Carlos Marcos Vieira Junior1* and Benjamin William Schafer2
1
Visiting Scholar, Johns Hopkins University, 3400 North Charles Street,
Baltimore, MD 21218, USA, luizvieirajr@gmail.com
2
Professor, Johns Hopkins University, 3400 North Charles Street, Baltimore, MD
21218, USA, schafer@jhu.edu
Abstract
This paper discusses the various design methods for sheathed walls framed from
cold‐formed steel studs proposed by the American Iron and Steel Institute (AISI) since
1962. The discussion focuses on the development the equations used in the design
methods, and aims to establish an understanding of the assumptions and
simplifications employed. Special attention is given to the “2a” rule used since AISI
(1962). The 2a rule prescribes that the buckling length of a sheathed stud shall be
equal to twice the distance between fasteners (2a), in order to consider a missing
fastener. A reliability study is used herein to evaluate the 2a rule, which is shown to
lead to conservative strength predictions. Resistance factors are proposed as a more
rational choice to take account of ineffective fasteners or construction flaws.
Keywords: AISI specification, fastener spacing, wall stud, cold‐formed steel
1 Introduction
Cold‐formed steel may be used to frame the walls, floors, and roofs of modern
buildings. The individual cold‐formed steel members (studs) have sheathing attached
to provide appropriate architectural enclosures, Figure 1. In Brazil, this construction
* Autor correspondente 79
system is best known as “steel framing”. The considerable growth in the use of
sheathed wall‐studs rather than traditional masonry walls is primarily due to its
lightweight and because it is faster to build.
In a “steel framing” building the sheathing – usually plywood, gypsum, and/or
oriented strain board (OSB) – braces the cold‐formed steel studs under load and has a
significant impact on the stability and strength of cold‐formed steel studs.
a) View from outside the building b) View from inside the building
Figure 1 – Low‐rise building with cold‐formed steel wall stud.
Since 1962 the AISI specification has proposed essentially three different methods
(sections 2.1 and 2.2) to design sheathed stud walls. The first method was proposed in
1962 (AISI, 1962), the design method was revisited and a new proposal was published
in 1980 (AISI, 1980), which remained on the specification until 2004 when it was
abandoned in favor of something similar to the 1962 approach (AISI‐S211, 2007). This
paper also discusses in section 3 the double fastener spacing, or “2a” rule, which in
essence implies that given the possibility of a missed fastener, where fasteners are at
spacing (a), one should design for a stud buckling at a length twice the size of the
spacing between fasteners, i.e. 2a.
80
2 Design methods of cold‐formed steel wall stud by the AISI
specification
2.1 AISI 1962‐1980 and 2004‐Present (2011)
The 1962 AISI Specification (AISI, 1962) was based on two papers: one was
published in 1947 by Cornell University that included three authors: Green, Winter and
Cuykendall (Green et al., 1947), and the other paper revisits the problem, published in
1960 by Winter (Winter, 1960) who had been a co‐author on the previous paper.
Winter highlighted at the very beginning of his paper:
Winter (1960) found that a small strength and stiffness were necessary to
guarantee “full bracing” to the stud, therefore the connection should be checked just
to make sure that the sheathing is able to restrain it. Additionally to strength and
stiffness the AISI (1962) specification also requires that maximum space between
fasteners is checked (For more information on the design methods see Schafer et al.
(2008)).
Even though the AISI (1962) specification and the AISI‐S211 (2007) are based on
the same research, they have some differences. The AISI‐S211 (2007) is more of an
“analysis” method in that it attempts to provide the capacity regardless of how the
member fails, while the AISI (1962) is a more “prescriptive” method where the limit
state has been pre‐selected and the provisions are intended to insure that stiffness (k)
and fastener spacing (a) are selected such that this limit state does occur.
The AISI (1962) insures that global buckling load in the weak axis (Pcry) over a
buckling length equal to two times the fastener spacing (2a) is greater or equal to the
strong axis buckling load over the column length (L). Pcry over L and supported by
81
lateral springs at the fastener location is also required to be greater or equal to the
squash load (Py=Afy). If both requirements for Pcry are guaranteed the global buckling
load (Pcr) is given by the buckling load in the strong axis (Pcrx) over L. It is important to
note that AISI (1962) did not check for flexural‐torsional buckling.
While AISI (1962) insures that the buckling load is governed by Pcrx, the buckling
load in AISI‐S211 (2007) is given by lowest buckling load between weak‐axis buckling
(Pcry) and flexural‐torsional buckling (PcrFT). However, Pcry must be checked over a
buckling length of 2a and PcrFT must be checked over a buckling length 2a for torsion
and L for strong‐axis buckling, in both checks – Pcry and PcrFT – the springs that
represents the fasteners are disregarded (k=0).
The fastener demand on the fastener‐sheathing assembly shall also be checked.
While AISI (1962) adopted the equations proposed by Winter Winter (1960), the AISI‐
S211 (2007) simplified the problem and adopted the well know 2% rule, where the
bracing force is given by 2% of the axial load. In fact, Schafer et al. (2008) shows that
the use of AISI (1962) equations to check fastener demand will lead values similar than
the 2% rule. Table 1 summarizes the comparison between AISI‐1962 AISI (1962) and
AISI‐2007 AISI‐S211 (2007).
Table 1 – Summary of comparison between AISI (1962) and AISI‐S211 (2007).
AISI (1962) AISI‐S211 (2007).
Pcr=Pcrx((KL)x=L) Pcr=min (Pcry, PcrFT)
subject to where
Pcry(k=0, (KL)y=2a)Pcrx((KL)x=L) Pcry(k=0, (KL)y=2a)
Pcry(k@a, (KL)y=L) Afy PcrTF(k=0, (KL)x=L, (KL)t=2a)
and and
~2%P for fasteners 2%P for fasteners
2.2 AISI 1980‐2004
From 1980 to 2004 AISI adopted the design method for sheathed walls (AISI, 1980)
developed by Simaan and Pekoz (1976). In Simaan and Pekoz (1976) the buckling load
is found by solving an energy problem. The total potential energy of the sheathed wall
( ), Eq. (1), consists in three components: (i) the strain energy of the stud ( U stud ),
82
which incorporates the contribution of bending, warping and twist, (ii) the potential
energy of the concentric axial load (Wload), and (iii) the energy of the diaphragm (
U diaphragm ), which a priori includes the contribution of diaphragm strain energy due to
shear distortion ( U diaphragmshear ), and strain energy of diaphragm due to rotational
The buckling load is given in Simaan and Pekoz (1976) by using the Rayleigh‐Ritz
AISI (1980) adopted a couple of simplifications, an example is that they ignored
the diaphragm rotational stiffness since it provided very little resistance. An important
advance of the design method is that it provides a way to verify not only flexural
buckling but also flexural‐torsional buckling, which hadn’t been considered before. In
the method flexural buckling still considered the buckling length in the minor axis
equal to “2a”, more discussions about this assumption are provided in the following
sections. The design method also proposed a way of checking the shear strain
resistance of the sheathing, and it allows the engineer to design studs with sheathing
on one flange only, or with different sheathing, even though it is not explicit in the AISI
specification how to proceed with the design.
Nonetheless the design method given in the AISI specification is considered, as
agreed by other authors (Trestain, 2002), too complex for ordinary design method.
Trestain (2002) even highlighted that “Provided there is adequate steel bridging, the
approach in Section D4 (a) [the method discussed here] can produce a lower capacity
83
than an all steel approach”. Due to its complexity and inefficiency the method was
abandoned in 2004.
3 Discussion on the “2a” fastener spacing rule
As detailed in the previous sections, since the first specification in 1962, the “2a”
rule has been used. There is no explanation for this rule other than one fastener may
be defective or missed and so design should account for a stud in this condition.
The study of this section aims to show the inefficiency of this arbitrary rule. The
study consists of analyzing a column under flexural buckling, in which the sheathing is
modeled as translational spring elements. The springs are considered as random
variables, all other variables are deterministic, see Figure 2. In the study expected
statistics for the fastener stiffness are first established, and then used to find the
flexural buckling load (Pcr) of the column. A Monte Carlo simulation is performed to
determine the variation in Pcr due to the variation of the spring stiffness and the
probability of failure of a fastener. The Pcr values are used to find the resistance of
each configuration.
84
Figure 2 – Problem definition.
3.1 Statistical study of the in‐plane translational stiffness (k)
In Vieira (2011), lateral stiffness tests are performed in which fastener spacing,
distance to the edge of the board, sheathing humidity level and possibility of
overdriving a fastener were varied. This section is based on the tests reported in Vieira
(2011) that used OSB boards (a total of 21 tests). In the tests, two‐lipped channels are
pulled apart (tension) or pushed together (compression), but they are connected by
the flanges to two pieces of sheathing through eight fasteners, which provide a
resistance to the movement, Figure 3. The resistance can be determined as stiffness
since the displacement is also recorded.
Figure 3 – Translational stiffness test
To perform the Monte Carlo simulation varying the spring stiffness, it was
necessary to find the best probability distribution for the available test results. Two
distributions were considered: normal and lognormal. Figure 4 shows both
distributions compared to the test results in a Cumulative Distribution Function (CDF)
plot. The goodness of fit was compared using the Kolmogorov‐Smirnov test, while the
normal curve gives a statistically significant difference (p‐value) of 0.76, the lognormal
85
curve gives a p‐value of 0.98. The lognormal distribution was considered appropriate
to be used in the reliability study.
0.9
0.8
Cumulative frequency or Fx(k)
0.7
0.6
0.5
0.4
0.3
0.2
Figure 4 – Curve fitting study for spring stiffness (k). Mean of k is 1,278.5 N/mm
(7.2974 kip/in) and variance is 72,511 (N/mm)2 (2.3623 (kip/in)2).
3.2 Rayleigh‐Ritz approach to find the global buckling load (Pcre) of columns
supported by discrete springs (k)
Chen (1987) provide a clear explanation of the Rayleigh‐Ritz method used – in this
case – to find the buckling load or eigen‐value of a column supported laterally by
discrete springs. They summarize that by using the Rayleigh‐Ritz method and assuming
a displacement function that satisfies the geometric boundary condition: “[A]
structural system with an infinite degree of freedom is now reduced to a system of
finite degrees of freedom. As a result of this simplification, the total potential energy
function reduces from a functional to a function, and, so, instead of using the calculus
of variations (which operates on functionals), we can now use ordinary calculus (which
operates on functions) to obtain solutions directly from the total potential energy
function.” Given that we assumed a displacement equation, Eq. (2):
86
n n
ix (2)
aii ai sin( )
i 1 i 1 L
The strain energy, the potential energy due to the axial force P and the
potential energy due to the discrete springs can be expressed respectively by Eq. (3),
(4) and (5), the bar above the strain and potential energy represents that the energy
equations are using an approximate deflection curve. The total potential energy is
equal to the sum of Eq. (3), (4) and (5).
1
L
d 2v 2 (3)
U EI ( 2 ) dx
20 dx
P L dv (4)
2
VP dx
2 0 dx
n (5)
VS kk v
1
2
k1 2
By the principle of stationary total potential energy, the total potential energy
differentiated for ai is equal to zero, Eq. (6), and so the global‐buckling load can be
found by solving this eigen‐value problem.
The components of the total potential energy (Eq. (3), (4) and (5))
differentiated for ai can be represented in a matrix format (Eq. (7), (8) and (9)).
4 a1 (7)
1 0 0 0 0
0 0 0
U EI 4
3
i 4 0 0 ai
ai 2L
0
sym n4 an
87
4 a1 (8)
1 0 0 0 0
0 0 0
VP P 2
i 4
0 0 ai
ai 2L
0
sym n4 an
a1 (9)
VS n
kk B ai
ai k1
an
where B is:
1 xk 1 xk 1 xk j xk 1 xk n xk (10)
sin sin sin sin sin sin
L L L L L L
i xk j xk i xk n xk
B sin sin sin sin
L L L L
n xk n xk
sym sin sin
L L
The eigen‐value problem cannot be simplified since the buckled shape developed
by the minimum elastic buckling load may require many sine waves, Figure 5,
depending on the spring stiffness. If the spring stiffnesses are very small, the column
buckles in just one half‐wave length, on the other extreme, if the springs are very rigid
the column is forced to buckle in several waves, which coincides to the number of
springs plus one. For the spring stiffnesses reported in Vieira (2011), the half‐wave
lengths are close to two times the fastener spacing “2a”, which might be a justification
for the “2a” rule, but such stiffnesses may not always be provided to the column.
88
k1 k1 k1
k2 k2 k2
k3 k3 … k3
k4 k4 k4
…
…
…
kn kn kn
Figure 5 – Buckled shape for different wavelengths (“m” is the number of half waves).
For validation a finite element (FE) model was generated in ABAQUS v6.7 (ABAQUS,
2007), the model consisted of a column L=2.54m (100in) long, cross‐section area
A=211mm2 (0.327in2), moment of inertia I=47,158mm4 (0.1133in4), Young’s modulus
E=203GPa (29500ksi), yield stress fy=227MPa (33ksi) and fastener spacing a=20.3cm
(8in), starting at 5.1cm (2in) from the stud end by a springs of stiffness kk=2.3kN/mm
(kk=13kip/in = 2 springs of 6.5kip/in). Comparing Pcr of the analytical solution to the FE
model a difference of only 1.3% is found, thus suggest that the analytical solution is a
good approximation.
3.3 Monte‐Carlo simulation of restricted columns
Since both flanges of a stud are connected to the sheathing, there are two ways of
understanding the defective fastener: case (i) both fasteners are defective and we
would have to consider no fasteners over a length “2a”; and case (ii) a single fastener is
defective but the other flange still connected, which is the more likely defect. Both
cases are simulated here.
89
The details for the models (L, E, I, and a) are the same as provided in the previous
section, but the spring stiffness is generated using the lognormal PDF curve defined in
section 2.1, also to each fastener location (case (i)) or fastener by itself (case (ii)) there
is a probability of failure (Pf) associated to it, Pf is varied from 0, 1, 2, 5, 8, and 10%.
For each probability of failure 1000 models were analyzed, Figure 6.
As depicted in Figure 6, case (ii) shows less variability and higher mean values for
the buckling load. In the same graph the buckling load of models that consider the
fastener spacing of “a” or “2a” (8in (20.3cm) or 16in (40.6cm)), kk equal to the mean
value found in the tests and no fastener failure (Pf=0%) is also plotted. The mean value
for all the simulations without fastener failure (Pf=0%) is very close to the value of
Pcr(k=mean, a=a) as expected. The line defined by Pcr(k=mean, a=a) also shows how
much the mean buckling load varies depending on the probability of fastener failure.
The second horizontal line (Pcr(k=mean, a=2a)) clearly shows how conservative it is to
consider a buckling length equal to “2a”, the mean buckling load only gets closer to the
horizontal line (Pcr(k=mean, a=2a)) in case (i) with Pf=10%.
a) Case (i) – perfectly correlated fastener failure
90
b) Case (ii) – independent fastener failure
Figure 6 – Global buckling Monte Carlo simulation of columns with discrete
connections
3.4 Resistance factor
To explore the impact of “2a” rule on design, we consider the means by which
variability is intended to be added to the design methods. According to the Load and
Resistance Factor Design (LRFD) method the nominal resistance of a member (Rn) shall
be multiplied by a resistance factor (). Assume the nominal load (Pn) is given by Pn=Pcr
we may then explore what resistance factor () would be appropriately used to
establish a target reliability index of 2.5.
AISI‐S100 (2007) presents in chapter F an equation to find the resistance factor (),
Eq. (11).
(11)
C M mFmPm e
o VM2 VF2 CPVP2 VQ2
91
In Eq. (11) the values for the variables were selected according to the instructions
in AISI‐S100 (2007), meaning that: C (calibration coefficient) is equal to 1.52, Mm
(mean value of material factor) is equal to 1.10, Fm (mean value of fabrication factor) is
equal to 1.00, Pm (mean value of professional factor) is equal to 1.00, o (target
reliability index) is equal to 2.5, VM (coefficient of variation of material) is equal to 0.1,
CP (correction factor) is given by the result of CP=(1+1/n)*((n‐1)/(n‐3)), “n” being the
number of simulations (n=1000), which results in our case to CP=1.003 ,VP (coefficient
of variation of test results) is given by calculating the coefficient of variation for each
probability of failure, and finally VQ (coefficient of variation of load effect) is equal to
0.21. With all these values the resistance factor () can be found using Eq. (11).
As provided in Table 2 the resistance factor () decrease – as expected – with the
increase of the probability of defective fastener failure (Pf) in both cases, but it
decreases a lot faster in case (i) than in case (ii). Given =0.85 in column design today
and given uncorrelated fastener failure (case(ii)), this study shows that about 5% of
fasteners may be defective and it would still be reasonable to ignore the loss in
capacity due to defective fasteners. Therefore, this reliability study concludes that the
“2a” rule leads to conservative strength prediction and that the probability of a
defective fastener would be better captured by means of a resistance factor.
Table 2 – Resistance factor () for different probability of defective fastener perfectly
correlated (case (i)) vs. uncorrelated (case (ii)) defective fasteners.
4 Conclusions
The summary of design methods provided herein shows that in essence the AISI
specification still prescribes the method first proposed in 1962 with few modifications.
At the core of this method is the assumption that the wall studs should be checked at a
92
buckling length equal to twice the fastener spacing. This is based on the potential for a
deficient/missing fastener. However, even when a fastener is missing sheathed walls
have unbraced lengths resulting from the overall stud‐fastener‐sheathing interaction,
and not just between fasteners. An elastic stability analysis accounting for the stud‐
fastener‐sheathing interaction is provided and a reliability study performed with this
tool to assess the buckling length under different conditions of deficient and/or
missing fasteners. The results are summarized in the form of proposed resistance
factors to account for quality of construction. Given advances in numerical methods as
well as the availability of software for stability analysis, forthcoming design
specifications can adopt more accurate and robust design methods that fully account
for stud‐fastener‐sheathing interaction. A new design method proposed in Vieira
(2011) to do just that is currently under review by AISI.
5 References
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AISI. Light Gage Cold‐Formed Steel Design Manual. New York, N.Y., American Iron and
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93
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ASCE J Struct Div 102(1): 77‐92, 1976.
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VIEIRA, Luiz Carlos Marcos Jr. Behavior and Design of Sheathed Cold‐Formed Steel
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Philosophy: 239, 2011.
WINTER, George. Lateral Bracing of Beams and Columns. Journal of the Structural
Division, 1960.
94
Volume 1. Número 2 (agosto/2012). p. 95‐110 ISSN 2238‐9377
Ajuste de um modelo para estimativa de carga
de flambagem do montante de alma de vigas
alveolares por meio de análise numérica
Washington Batista Vieira1*; Eliane Gomes da Silveira2; José Carlos Lopes
Ribeiro3; José Luiz Rangel Paes4 e Gustavo de Souza Veríssimo5*
1
Estudante de Doutorado, DEC/UFV, email: washington.vieira@ufv.br
2
Mestre em Engenharia Civil, UFV, email: eliane.silveira@ufv.br
3
Professor Adjunto, DEC/UFV, email: jcarlos.ribeiro@ufv.br
4
Professor Adjunto, DEC/UFV, email: jlrangel@ufv.br
5
Professor Adjunto, DEC/UFV, email: gustavo@ufv.br
Universidade Federal de Viçosa, Av. P. H. Rolfs, s/n, 36570‐000, Viçosa – MG.
Adjustment of a model to estimate the web post buckling load for
alveolar beams through numerical analysis
Resumo
Neste trabalho apresenta‐se a avaliação de um modelo analítico para obtenção da carga de
flambagem do montante de alma (FMA) de vigas alveolares de aço, desenvolvido em meados
do século passado. Desde então, a resistência dos aços estruturais aumentou e seções de
perfis laminados com almas mais esbeltas têm sido produzidas. Experimentos recentes têm
demonstrado um comportamento diferente para os novos perfis disponíveis, justificando uma
reavaliação dos modelos analíticos existentes. Com o auxílio de um modelo numérico validado
a partir de resultados experimentais, obteve‐se a carga crítica de FMA para diversas vigas
alveolares obtidas de perfis atuais. Os resultados foram comparados com os obtidos com o
modelo analítico para as mesmas vigas. Enfim, propõe‐se um ajuste no modelo analítico que
proporciona resultados melhores para a verificação do estado limite último de FMA em vigas
alveolares.
Palavras‐chave: vigas alveolares, modelo numérico, flambagem do montante de alma, vigas
casteladas.
Abstract
This paper presents the evaluation of an analytical model to predict the web post buckling
(WPB) load for alveolar steel beams, developed in the middle of last century. Since then, the
resistance of structural steel has increased and rolled I‐shapes with slender webs have been
produced. Recent experiments have shown a different behavior for the new I‐shapes available,
justifying a reassessment of existing analytical models. Using a numerical model, validated
from experimental results, the critical load related to WPB for various cellular beams
fabricated from actual I‐shapes was obtained. The results were compared with those obtained
from the analytical model for the same beam. Finally, we propose an adjustment in the
analytical model that provides better results for the verification of ultimate limit state of WPB
in alveolar beams.
Keywords: open‐web expanded beams, numerical model, web post buckling, castellated
beams.
* Autor correspondente 95
1 Introdução
As vigas alveolares de aço surgiram na Europa na década de 1930, devido à
necessidade de vigas com altura superior à dos perfis I produzidos à época. Essas vigas
são obtidas de perfis I laminados cortados longitudinalmente em ziguezague, de forma
que as duas metades obtidas, deslocadas de certo comprimento e soldadas, formam
uma viga com uma sequência de aberturas na alma, com altura superior à do perfil
original, como ilustrado na Figura 1.
Figura 1 – Esquema do procedimento utilizado na fabricação de vigas casteladas (a)
sem chapa intermediária e (b) com chapa intermediária (Grünbauer 2012).
Há algumas décadas, as vigas alveolares deixaram de ser competitivas e caíram em
desuso, devido ao encarecimento da mão‐de‐obra nos países desenvolvidos.
Recentemente, avanços tecnológicos na área de automação de corte e solda de aço
têm possibilitado novamente fabricar essas vigas a custos competitivos, e tem‐se
observado o ressurgimento do interesse pelas vigas alveolares de aço, em função de
suas vantagens estruturais e arquitetônicas.
96
determinados modos de colapso que não são contemplados pelas metodologias de
cálculo propostas por outros autores no passado.
Embora os estudos passados tenham fornecido procedimentos para projeto e cálculo
de alguns tipos particulares de vigas alveolares obtidas a partir dos perfis produzidos à
época, pesquisas recentes demonstraram a necessidade de novos estudos.
Zaarour e Redwood (1996) realizaram experimentos com vigas casteladas fabricadas a
partir de uma série de perfis laminados esbeltos produzidos pela Chaparral Steel,
conhecidos como vigas BANTAM. Esses perfis possuíam chapas com esbeltezes
superiores à dos perfis laminados usuais à época e as vigas casteladas produzidas a
partir deles manifestaram modos de colapso inusitados nos ensaios de laboratório,
relacionados à instabilidade.
Outro fato que suscitou o interesse por novos estudos foi o início, relativamente
recente, da produção de perfis I laminados no Brasil, pela siderúrgica Gerdau‐
Açominas, a partir de 2002. Alguns dos novos perfis I laminados produzidos no Brasil
possuem elementos com esbeltez além da faixa coberta pelos estudos experimentais
realizados no passado, como mostrado na Figura 2.
predomina o
colapso por
predomina o colapso por plastificação instabilidade
4
?
3
Laminados brasileiros (AÇOMINAS)
2
Vigas BANTAM
1
Perfis europeus
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
esbeltez da alma
Figura 2 – Variação da esbeltez da alma para perfis europeus, BANTAM e brasileiros.
O objetivo deste trabalho é avaliar a qualidade da resposta de um modelo analítico
proposto por Delesques (1968), para determinação da carga crítica de flambagem do
montante de alma em vigas alveolares, com o auxílio de análises numéricas, tendo em
97
vista os aços e perfis laminados disponíveis atualmente e, se necessário, propor algum
ajuste nesse modelo analítico.
2 Modelo analítico proposto por Delesques (1968)
Delesques (1968) apresentou um estudo da estabilidade dos montantes de alma de
vigas casteladas de aço, desenvolvendo um modelo analítico para a obtenção da força
cortante crítica que promove a flambagem elástica do montante de alma (Figura 3).
Esse modelo analítico tem como base o princípio variação da energia potencial. O
autor igualou a variação energia potencial dos esforços internos de meio montante à
variação dos trabalhos das forças externas aplicadas à metade do montante da viga,
chegando à expressão do esforço cortante dada pela Eq. (1).
E tw3
V tg A
0,65 tg A
(1)
0,203 72 yo
onde:
E módulo de elasticidade do aço
tw espessura da alma
yo distância entre o centro de gravidade do tê ao eixo da viga
A ângulo de inclinação das diagonais formadas no montante da viga, em relação à
vertical (ver Figura 2)
Φ, Ψ ver Eq. (2) e Eq. (3)
V esforço cortante no montante (ver Figura 4)
Figura 3 – Diagonal comprimida e diagonal tracionada no montante de alma (adaptado
de Delesques 1968).
98
V2
V2
Figura 4 – Esforço cortante considerado na formulação para verificação da flambagem
do montante de alma.
hp hp
2 b hp h h
1 2 bw 1 p o 2
exp
3 1 w o 2
p exp yo
2 h p 2 hexp yo
hp hp (2)
b hexp
2 bw yo 2 bw yo
3 1 o 1 1
w
1 2 1 1 2
p p exp
h y p exp
h yo
o
hp hp
2 b hp h
1 2 bw 1 p o 2
h exp
3 1 w o 2
p exp yo
2 h p 2 hexp yo
hp hp (3)
hexp
3 1 w o 1 1 w o 1 2
b 2b y 1 2 bw yo 1 2
p p hexp yo p hexp yo
onde:
φo, φ1, , = funções apresentadas nas Eq. (4) a (7)
bw, p, hp, hexp são apresentados na Figura 5
y y
3
y 25 y
2 4
o 16 3 6 (4) (2)
yo yo yo 7 yo
y y
3
9 y 2 25 y 4
1 16 5 (5) (2)
yo yo 4 yo 8 yo
99
y y
3
1 2 y 2 1 y 4
o 16 (6) (2)
yo yo 3 5 yo 7 yo
y y
3
1 1 y 2 1 y 4
o 16 (7) (2)
yo yo 4 3 yo 8 yo
bw b bw
dg hp ho
p
Figura 5 – Simbologia relacionada às dimensões e espaçamento das aberturas nas vigas
alveolares.
Delesques (1968) mostra que o valor mínimo do esforço cortante dado pela Eq. (1)
ocorre quando:
tg A (8)
0,65 (2)
Substituindo a Eq. (8) na Eq. (1), Delesques obteve uma equação que determina o
esforço crítico de instabilidade do montante de alma, dado pela Eq. (9).
E t w3
Vcr (9)
5,9 yo (2)
Entretanto, como se pode notar pelas Eqs. (2) e (3), a obtenção dos parâmetros Φ e Ψ
é bastante trabalhosa. Segundo Delesques (1968), um valor aproximado para a raiz
quadrada do produto ΦΨ pode ser descrito pela Eq. (10), originando uma expressão
aproximada para o cálculo da força cortante crítica de flambagem do montante de
alma, apresentada na Eq. (11).
100
2b y o 0,8hexp h p
5 1 1 w (10)
p yo (2)
E t w3 2 bw y o 0,8hexp h p (11)
Vcr 1 1
1,18 y o p yo
A Eq. (11) é aplicável a qualquer padrão de viga castelada (com alvéolos hexagonais ou
octogonais) ou celular (com alvéolos circulares), uma vez que depende basicamente do
passo p e da largura do montante bw (ver Figura 5).
3 Modelagem
3.1 Modelo Numérico
O modelo numérico de elementos finitos foi desenvolvido no software ABAQUS
(Vieira et al. 2011). Criou‐se um modelo geométrico tridimensional formado por
elementos de casca fina que representam a superfície média das chapas de aço que
compõem a viga castelada. Optou‐se por dividir o modelo em regiões para facilitar a
geração de malhas estruturadas de elementos finitos, como mostrado na Figura 6.
Figura 6 – Modelo geométrico típico utilizado para uma viga castelada,
com subdivisão em regiões.
Nas regiões triangulares formadas nas proximidades das aberturas foram usados
elementos de casca fina triangulares. tipo S3 (elementos lineares de casca fina com
três nós e seis graus de liberdade por nó). Nas regiões quadrilaterais foram utilizados
101
elementos S4R (elementos de casca fina lineares, com quatro nós, seis graus de
liberdade por nó com integração reduzida), como mostrado na Figura 7.
Figura 7 – Malha de elementos finitos de um modelo com detalhe da região com
malha triangular.
Na Figura 8 são apresentadas algumas características dos elementos utilizados. A partir
de uma análise de sensibilidade da malha, foram adotados elementos com dimensão
aproximada de 10 mm
3
4
Ponto de Integração
3 5
4
1 1
1 3
2
1
1
2
S3 S4R
2
Figura 8 – Representação dos elementos do ABAQUS, (a) S3 e (b) S4R e dos (c) pontos
de integração ao longo da espessura dos mesmos.
Para validação do modelo numérico, foram simulados os ensaios feitos com treze vigas
originárias de quatro programas experimentais distintos (Redwood e Demirdjian 1998;
Zaarour e Redwood 1996; Bazile e Texier 1968 apud Zaarour 1995; Toprac e Cooke
102
1959) obtendo‐se uma boa concordância entre os resultados numéricos e os
experimentais, tanto para carga última como para o modo de colapso observado.
A rigor, a simulação numérica é feita em duas etapas. A primeira consiste de uma
análise de flambagem elástica – onde o carregamento é aplicado como uma
perturbação linear do tipo Buckle (Hibbitt et al., 2009) – para obtenção dos
autovetores e autovalores, que representam, respectivamente, o modo de flambagem
e a carga crítica de flambagem (Figura 9). A segunda etapa consiste de uma análise
não‐linear material e geométrica, pelo método de Riks modificado, com consideração
de imperfeições iniciais e tensões residuais no perfil (Hibbitt et al., 2009).
Figura 9 – Modo de flambagem representado no ABAQUS para uma viga ensaiada por
Redwood e Demirdjian (1998).
103
3.2 Características geométricas das vigas analisadas
Para este estudo foram analisadas 21 vigas alveolares, variando‐se a geometria dos
alvéolos e o vão livre entre apoios. Variou‐se também o tipo de carregamento para
cada geometria, totalizando 42 análises realizadas.
Na Tabela 1 são apresentadas as características geométricas das vigas analisadas e na
Figura 10 são mostrados esquemas representativos da geometria das mesmas.
Tabela 1 – Características geométricas das vigas analisadas.
104
n – número de alvéolos
xca – coordenada do centro do primeiro alvéolo = seção onde é obtido o valor do esforço cortante
Figura 10 – Esquemas da geometria das vigas alveolares analisadas.
4 Resultados
Para verificar os resultados do modelo analítico de Delesques (1968), foram realizadas
simulações numéricas em um conjunto de vigas alveolares para obtenção da força
cortante crítica que provoca a flambagem elástica do montante de alma, utilizando‐se
uma análise linear do tipo Buckle. Os resultados das análises numéricas foram
comparados com aqueles obtidos pelo modelo analítico desenvolvido por Delesques
(1968), apresentado na Eq. (11).
Para as vigas apresentadas na Tabela 1, obtiveram‐se os valores da força cortante
crítica de flambagem elástica do montante de alma para duas situações de
carregamento:
‐ carregamento uniformemente distribuído ao longo do vão;
‐ carga concentrada no centro do vão.
As mesmas vigas foram analisadas com o modelo numérico, para as mesmas condições
de contorno, para que os resultados obtidos com o modelo analítico de Delesques
(1968) pudessem ser verificados.
105
Na Tabela 2 são apresentados os resultados do modelo analítico, bem como os do
modelo numérico, para as vigas submetidas a carregamento uniformemente
distribuído e carregamento concentrado no centro do vão.
Tabela 2 – Força cortante crítica de flambagem elástica do montante de alma.
Vigas com carga distribuída ao longo Vigas com carga concentrada no
Viga Vcr.eq do vão centro do vão
(kN) Vcr.num Vcr.eq / Vcr.num Vcr.num Vcr.eq / Vcr.num
(kN) (kN) (kN) (kN)
AS‐3.0 166,41 169,25 1,18 148,23 1,12
AS‐4.5 166,41 151,74 1,22 139,35 1,19
AS‐6.0 166,41 152,96 1,17 135,51 1,23
ASC‐3.0 123,53 111,57 1,33 103,13 1,20
ASC‐4.5 123,53 103,07 1,33 94,61 1,31
ASC‐6.0 123,54 106,40 1,25 92,02 1,34
PN‐3.0 154,59 153,45 1,34 147,12 1,05
PN‐4.5 154,58 150,38 1,20 137,61 1,12
PN‐6.0 154,59 149,49 1,15 134,44 1,15
PNC‐3.0 119,27 115,96 1,37 108,06 1,10
PNC‐4.5 119,25 108,67 1,28 99,55 1,20
PNC‐6.0 119,25 108,65 1,22 97,30 1,23
LT‐3.0 154,59 151,14 1,53 143,91 1,07
LT‐4.5 154,58 150,37 1,23 139,40 1,11
LT‐6.0 154,59 148,67 1,19 135,06 1,14
LTC‐3.0 119,27 115,98 1,54 105,99 1,13
LTC‐4.5 119,25 121,53 1,18 101,00 1,18
LTC‐6.0 119,25 108,04 1,26 98,29 1,21
CEL‐3.0 154,59 142,60 1,67 133,28 1,16
CEL‐4.5 154,58 135,92 1,39 123,62 1,25
CEL‐6.0 154,59 135,02 1,29 120,14 1,29
MÉDIA 1,30 1,18
Vcr.eq – força cortante crítica de flambagem do montante de alma, obtido pelo modelo analítico de Delesques
(1968), apresentado na Eq. (11).
Vcr.num – força cortante crítica de flambagem do montante de alma, obtido na etapa Buckle do modelo numérico
Na Figura 11 são apresentados os resultados para o caso das vigas submetidas a
carregamento uniformemente distribuído ao longo do vão. Nota‐se que, na maioria
dos casos, a equação de Delesques (1968) apresenta resultados maiores que os
obtidos com o modelo numérico.
106
180
160
140
Esforço cortante crítico (kN)
120
100
80
60
MEF Delesques
40
20
0
AS-3.0
AS-4.5
AS-6.0
ASC-3.0
ASC-4.5
ASC-6.0
PN-3.0
PN-4.5
PN-6.0
PNC-3.0
PNC-4.5
PNC-6.0
LT-3.0
LT-4.5
LT-6.0
LTC-3.0
LTC-4.5
LTC-6.0
CEL-3.0
CEL-4.5
CEL-6.0
Vigas
Figura 11 – Força cortante crítica que promove a flambagem do montante de alma em
vigas alveolares submetidas a carregamento uniformemente distribuído ao longo do
vão.
Na Figura 12 são apresentados os resultados das vigas submetidas a uma carga
concentrada no centro do vão. Observa‐se que para todos os casos a equação de
Delesques (1968) superestima os valores obtidos de carga de flambagem em relação
ao modelo numérico.
180
160
Esforço cortante crítico (kN)
140
120
100
80
MEF Delesques
60
40
20
0
PN-3.0
PN-4.5
PN-6.0
PNC-3.0
PNC-4.5
PNC-6.0
LT-3.0
LT-4.5
LT-6.0
LTC-3.0
LTC-4.5
LTC-6.0
AS-3.0
AS-4.5
AS-6.0
ASC-3.0
ASC-4.5
ASC-6.0
CEL-3.0
CEL-4.5
CEL-6.0
Vigas
Figura 12. Força cortante crítica que promove a flambagem do montante de alma em
vigas alveolares submetidas a carregamento concentrado no centro do vão.
107
5 Discussão
Observando os resultados apresentados anteriormente, nota‐se que, em média, os
resultados numéricos são cerca de 80% superiores aos valores obtidos pela equação
simplificada de Delesques (1968). Assim, inserindo‐se um fator multiplicador igual a
0,80 na Equação (11), obtém‐se a Equação (12).
E t w3 2 bw y o 0,8hexp h p
Vcr 1 1 (12)
1,475 y o p yo (2)
Na Figura 13 e na Figura 14 são apresentados os resultados comparativos entre o
modelo numérico e a Equação (12).
160
140
Esforço cortante crítico (kN)
120
100
80
60
MEF Delesques
40
20
0
AS-3.0
AS-4.5
AS-6.0
ASC-3.0
ASC-4.5
ASC-6.0
PN-3.0
PN-4.5
PN-6.0
PNC-3.0
PNC-4.5
PNC-6.0
LT-3.0
LT-4.5
LT-6.0
LTC-3.0
LTC-4.5
LTC-6.0
CEL-3.0
CEL-4.5
CEL-6.0
Vigas
Figura 13 – Força cortante crítica que promove a flambagem do montante de alma em
vigas alveolares submetidas a carregamento distribuído ao longo do vão – comparação
entre os valores numéricos e a Eq. (12).
108
160
140
Esforço cortante crítico (kN)
120
100
80
MEF Delesques
60
40
20
0 PN-3.0
PN-4.5
PN-6.0
PNC-3.0
PNC-4.5
PNC-6.0
LT-3.0
LT-4.5
LT-6.0
LTC-3.0
LTC-4.5
LTC-6.0
AS-3.0
AS-4.5
AS-6.0
ASC-3.0
ASC-4.5
ASC-6.0
CEL-3.0
CEL-4.5
CEL-6.0
Vigas
Figura 14 – Força cortante crítica que promove a flambagem do montante de alma em
vigas alveolares submetidas a carregamento concentrado no centro do vão –
comparação entre os valores numéricos e a Eq. (12).
6 Conclusões
Delesques (1968) propôs dois modelos analíticos para a determinação da carga crítica
de flambagem elástica do montante de alma para vigas casteladas, um rigoroso,
bastante complexo, e outro simplificado, que produz resultados ligeiramente inferiores
aos do modelo complexo.
Neste trabalho, 42 vigas alveolares foram analisadas com o auxílio de um modelo
numérico de elementos finitos, validado a partir de resultados experimentais, com o
objetivo de verificar a concordância dos resultados obtidos com o modelo analítico
simplificado proposto por Delesques (1968).
Analisando‐se os resultados, observa‐se que os valores de força cortante crítica
obtidos com o modelo analítico de Delesques (1968) são superiores aos do modelo
numérico. Acredita‐se que isso se deva principalmente às diferenças de
comportamento de um montante de alma isolado em relação a uma viga real, onde
existem momentos secundários que influenciam na ocorrência da flambagem do
montante.
Para aproximar os resultados obtidos pela equação aos do modelo numérico, foi
proposto um ajuste no qual um coeficiente 0,80 é introduzido na equação simplificada
109
de Delesques, fazendo com que os resultados analíticos apresentem melhor correlação
com os dos experimentos numéricos.
A equação modificada proposta pode ser utilizada para estimar a carga de flambagem
elástica do montante de alma tanto para vigas casteladas, padrões Litzka, Peiner ou
Anglo‐Saxão, como para vigas celulares (com alvéolos circulares).
7 Agradecimentos
Os autores agradecem à FAPEMIG, à FUNARBE e ao Departamento de Engenharia Civil
da Universidade Federal de Viçosa pelo apoio para a realização deste trabalho.
8 Referências bibliográficas
110
Volume 1. Número 2 (agosto/2012). p. 111‐132 ISSN 2238‐9377
Ligação Mista Viga‐Pilar Resistente a Momento
Juliano L. Conceição1, Gilson Queiroz2*, Roberval J. Pimenta1* e Gabriel O.
Ribeiro2*
1
CODEME, Codeme Engenharia S/A, Gerência de Engenharia, Distrito Industrial
Paulo Camilo, BR‐381 km 421, 32530‐000, Betim, MG, Brasil,
http://www.codeme.com.br (juliano.lanza@codeme.com.br)
2
DEES, Departamento de Engenharia de Estruturas, Escola de Engenharia,
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Campus Pampulha, 31270‐901,
Belo Horizonte, MG, Brasil, http://www.pos.dees.ufmg.br
(gilson@dees.ufmg.br)
Beam‐to‐Column Moment‐Resisting Composite Connection
Resumo
Apesar do aumento do emprego de estruturas mistas de aço e concreto no Brasil, poucas
referências são encontradas sobre o comportamento das ligações mistas viga‐pilar resistentes
a momento. As normas de dimensionamento tanto Brasileiras quanto internacionais não
prevêem procedimentos específicos para projeto e cálculo dessas ligações. Frente a esse
cenário, é proposto neste trabalho o estudo preliminar de uma ligação mista viga‐pilar com
chapa de extremidade parafusada na mesa do pilar metálico. Foram feitas simulações
numéricas utilizando‐se o MEF/ANSYS considerando‐se as não linearidades físicas dos
materiais, permitindo identificar os principais mecanismos de falha e quantificar o momento
fletor resistente da ligação. Foram realizadas análises paramétricas para avaliar a influência
das principais variáveis geométricas e físicas na resistência da ligação possibilitando propor um
modelo mecânico preliminar.
Palavras‐chave: Ligação Mista de Aço e Concreto, MEF
Abstract
The use of steel and concrete composite structures in Brazil has been increased. However,
there are only a few references about the behavior of beam‐to‐column composite moment
connections. The Brazilian and international standards for steel and concrete do not provide
specific design and calculation procedures for moment‐resisting composite connections.
Therefore, this work proposes to perform the preliminary study of a beam‐to‐column moment‐
resisting composite connection with end plate bolted at the steel column flange. Numerical
simulations were performed by the FEM/ANSYS. The physical nonlinearities of materials were
considered, allowing to identify the major failure mechanisms and to quantify the connection
flexural strength. Parametric analyses were performed to evaluate the influence of geometric
and physic variables on the connection strength and a preliminary mechanical model was
proposed.
Keywords: Beam‐to‐Column Composite Connection, FEM.
Ligações são potencialmente as partes mais críticas e possivelmente as menos
entendidas dos pórticos estruturais. O papel principal das ligações é transferir as
solicitações entre os elementos estruturais mantendo a integridade da estrutura sob
os carregamentos aplicados. Diferentes tipos de elementos estruturais se interceptam
nas ligações e a combinação de seus esforços solicitantes gera um comportamento
muitas vezes complexo.
Este trabalho visa avaliar uma ligação de pórtico misto de aço e concreto por meio de
simulação numérica considerando as não linearidades físicas dos materiais envolvidos.
Trata‐se de uma ligação de viga metálica com um pilar misto constituído por um perfil
de aço totalmente revestido com concreto, capaz de resistir aos momentos fletores e
esforços cortantes provenientes das ações verticais e horizontais na estrutura de
estabilização. A Fig. 1 ilustra a ligação estudada.
Armadura transversal do pilar Estribo externo
Armadura longitudinal do pilar Estribo interno
Chapa de extremidade parafusada
Barra oblíqua
Viga metálica Perfil de aço
Concreto
Figura 1: Esquema da ligação mista viga‐pilar estudada neste trabalho
Almeja‐se identificar, via análise numérica, os principais mecanismos de falha da
ligação e também o momento resistente desse tipo de ligação para algumas
configurações geométricas pré‐definidas. A partir do estudo do comportamento da
ligação proposta, almeja‐se propor um modelo mecânico preliminar, o qual será
112
aprimorado futuramente após comprovações experimentais que serão realizadas no
Departamento de Engenharia de Estruturas da UFMG.
A ligação mista resistente a momento do tipo viga‐pilar proposta neste estudo não
exige a continuidade das vigas de pórtico, não sendo necessária, portanto, a
interrupção do perfil de aço interno ao pilar de concreto. A ligação proposta prevê
fixação das vigas no perfil de aço por meio de chapa de extremidade parafusada, além
da passagem das barras de armadura da viga mista através do pilar. Essa configuração
demonstra ser mais simples do ponto de vista construtivo, uma vez que não é
necessária solda de campo para emendar os perfis de aço, como também se mostra
vantajosa na fase de montagem dos pilares devido à utilização de peças de maior
comprimento além da facilidade de montagem inerente a uma ligação parafusada
quando comparada a uma ligação soldada.
2 Metodologia
2.1 Comportamento da Ligação Mista Proposta
A ação do momento fletor atuante na viga faz surgir dois modos de falha potenciais no
concreto: um devido à ação da tração na mesa da viga, que por sua vez provoca um
efeito de arrancamento da chapa de extremidade de dentro do pilar (corte A, Fig. 2); e
outro, devido à compressão na mesa oposta da viga, que empurra a mesa do perfil de
aço, mobilizando o maciço de concreto no interior do pilar (corte B, Fig. 2).
As porções de concreto hachuradas na Fig. 2 indicam a predominância de tensões de
compressão, e as delimitações das hachuras apontam para as prováveis superfícies de
separação, onde surgirão as principais fissuras no concreto que se propagarão até a
perda completa de resistência do material.
O ACI 318‐08 (2008) apresenta formulações com base em ensaios de arrancamento de
conectores de cisalhamento em concreto armado, onde são mostrados ângulos dos
"cones" de falha de aproximadamente 1:1,5. Portanto, por analogia, espera‐se que no
entorno da mesa tracionada da viga (corte A, Fig. 2) seja formado um cone com
aproximadamente essa inclinação, e o equilíbrio dos esforços horizontais seria
garantido pelas barras de armadura que atravessam a superfície do cone, chamadas
aqui de armaduras transversais efetivas.
113
1.5
Cones de
1
ruptura
1.5
1
A Corte A
Momento
B Fletor
Tração e compressão
1.5 nas mesas da viga
1
Corte B
Figura 2: Hipóteses de falhas potenciais para o concreto do pilar misto na região da
ligação
2.2 Modelo de Elementos Finitos
O modelo numérico de elementos finitos elaborado para simular a ligação mista viga‐
pilar é mostrado na Fig. 3. Adotou‐se uma modelagem 3D com elementos sólidos. Foi
utilizado como ferramenta o programa computacional ANSYS (versão 12.1).
Tanto os carregamentos quanto a geometria da ligação analisada possuem simetria em
relação ao plano vertical que passa pelo plano médio da alma da viga. O pilar de
concreto foi modelado com uma altura suficiente para que os efeitos localizados
decorrentes das condições de contorno nas seções extremas do pilar não afetassem a
resposta na região de interesse da ligação. Nas seções extremas do pilar foram criadas
chapas grossas, cujo objetivo é garantir que as seções das extremidades permaneçam
planas.
As chapas de confinamento do concreto (ver Figs. 3 e 4) promovem o aumento da
resistência uniaxial à compressão do concreto na região nodal em função da geração
de estados multiaxiais de compressão. Elas foram modeladas como nervuras
transversais na viga.
114
Chapa grossa
(fictícia)
Pilar de concreto
Chapa de
confinamento Viga metálica
do concreto
Chapa grossa
Pilar de aço incorporado (fictícia)
Figura 3: Modelo global de elementos finitos da ligação mista viga‐pilar
As armaduras longitudinais e transversais do pilar foram modeladas mediante uma
taxa de armadura dispersa nos elementos SOLID65 nas proporções e direções
apropriadas (ver Fig. 4). As barras oblíquas, em virtude da forma como foi construída a
malha 3D, foram modeladas com elementos de treliça do tipo LINK8 interligando os
nós da malha de concreto, conforme mostradas em vermelho na Fig. 4.
Todas as superfícies de contato existentes entre o aço e o aço, ou entre o aço e o
concreto, foram modeladas com elementos de contato do tipo CONTA173 e
TARGE170.
Os parafusos que constituem a ligação da chapa de extremidade com a mesa do pilar
metálico foram modelados com elementos de barra bi‐rotulados do tipo LINK8. Os
furos nas chapas não foram considerados no modelo. Para transferir os esforços de
cisalhamento da chapa de extremidade para a mesa do pilar metálico foram adotados
acoplamentos nodais rígidos, com isso as tensões de cisalhamento atuantes nos
parafusos oriundas da força cortante tiveram de ser desprezadas nas análises
numéricas. Foi considerada uma protensão inicial dos parafusos equivalente a 70% da
tensão de ruptura do parafuso, aplicada por meio de uma deformação inicial
processada em um passo de carga anterior à aplicação dos demais carregamentos
presentes na ligação.
115
Chapas de aço modeladas com
elementos sólidos SOLID185
Armaduras dispersas nos
elementos SOLID65
Armaduras inclinadas discretizadas Elementos com armaduras
com elementos de treliça LINK8 dispersas nas três direções
Figura 4: Detalhe da modelagem das armaduras, dos perfis e das chapas de aço
Para facilitar a convergência numérica os carregamentos foram impostos em forma de
deslocamento prescrito.
2.3 Relações Constitutivas e Propriedades Geométricas Adotadas
Foram consideradas as não linearidades físicas de todos os materiais presentes no
modelo numérico, com exceção da viga de aço, cuja falha não é o foco deste estudo.
As curvas das relações constitutivas adotadas estão esquematizadas na Fig. 5.
116
(a)
(d)
(b)
(e)
(c)
Figura 5: Relações constitutivas adotadas para: a) aço do pilar de aço e chapas; b) aço
dos parafusos; c) aço das armaduras; d) concreto à compressão; e) concreto à tração
Apesar de o critério de von Mises ser normalmente utilizado para materiais dúcteis,
em CHEN e HAN (2001) cita‐se que critérios como von Mises e Tresca são geralmente
utilizados em análises preliminares com elementos finitos para o concreto sob tensões
de compressão. Esse artifício tem sido utilizado também em outros trabalhos como,
por exemplo, LEONEL et al (2003), QUEIROZ et al (2005), KOTINDA (2006), e
CONCEIÇÃO (2011). Portanto, adotou‐se para representar a compressão do concreto
um modelo multilinear com encruamento isótropico, critério de escoamento de von
Mises, e curva tensão‐deformação dada pela EN 1994‐1‐1 (2004), reproduzida na Fig.
5(d). Para tanto, a capacidade de esmagamento do concreto no modelo Concrete é
117
desabilitada através da atribuição do valor ‐1 ao parâmetro (resistência uniaxial à
compressão do concreto).
As propriedades geométricas e físicas adotadas nas simulações são apresentadas nas
Tabelas 1 e 2, respectivamente.
Tabela 1: Características geométricas do modelo M0 analisado numericamente
Descrição dos Parâmetros Valor
Largura do pilar de concreto ( ) e Altura do pilar de concreto ( ) 600 mm
Comprimento do pilar no modelo ( ) 2,4 m
Comprimento da viga no modelo ( ) 1,2 m
Largura da chapa de extremidade ( ) 256 mm
Comprimento da chapa de extremidade ( ) 760 mm
Espessura da chapa de extremidade ( ) 19 mm
Largura da mesa da viga ( ) 150 mm
Altura da viga ( ) 600 mm
Espessura das mesas da viga ( ) [seção duplamente simétrica] 16 mm
Espessura da alma da viga ( ) 8 mm
Largura da mesa do pilar de aço incorporado ao pilar misto ( ) 256 mm
Altura da seção transversal do pilar de aço ( ) 246 mm
Espessura das mesas do pilar de aço ( ) 10,7 mm
Espessura da alma do pilar de aço ( ) 10,5 mm
Espessura da chapa de confinamento do concreto ( ) 12,5 mm
Número total de armaduras longitudinais do pilar misto ( ) 12
Diâmetro da armadura longitudinal do pilar misto ( ) 16,0 mm
Diâmetro das armaduras transversais da ligação mista ( ) 12,5 mm
Diâmetro dos estribos do pilar misto ( ) 5,0 mm
Espaçamento entre as camadas de armaduras transversais da ligação ( ) 7,5 cm
Espaçamento entre as camadas de estribos do pilar de concreto ( ) 20 cm
Cobrimento das armaduras longitudinais do pilar ( ) 50 mm
Cobrimento das armaduras transversais do pilar ( ) 35 mm
Número de linhas de parafusos na ligação com chapa de extremidade ( ) 6
Diâmetro dos parafusos ( ) ¾ in (19 mm)
Gabarito da ligação ( ) 79 mm
Distância da mesa da viga à 1ª linha de furação acima da mesa ( ) 40 mm
Distância vertical entre o furo e a borda da chapa de extremidade ( ) 40 mm
Distância entre as linhas de furação acima e abaixo da mesa da viga ( ) 103,3 mm
Distância entre a 1ª linha e a 2ª linha de furação interna à viga ( ) 94,7 mm
Relação entre a área efetiva à tração e a área nominal do parafuso ( , ) 75 %
118
Tabela 2: Características físicas do modelo M0 analisado numericamente
Descrição dos Parâmetros Valor
Coeficiente de atrito estático aço‐aço e aço‐concreto ( 0,35
Módulo de elasticidade do aço dos perfis e das chapas ( ) 200 GPa
Módulo de elasticidade do aço das armaduras ( ) 210 GPa
Módulo de elasticidade inicial do concreto ( ) 35418 MPa
Coeficiente de Poisson dos aços ( ) 0,3
Coeficiente de Poisson do concreto ( ) 0,2
Tensão de escoamento dos aços do pilar e da chapa de extremidade ( ) 350 MPa
Tensão de ruptura do aço do pilar de aço e da chapa de extremidade ( ) 480 MPa
Tensão de escoamento do aço das armaduras ( ) 500 MPa
Tensão de ruptura do aço das armaduras ( ) 550 MPa
Tensão de escoamento do aço dos parafusos ( ) 635 MPa
Tensão de ruptura do aço dos parafusos ( ) 825 MPa
Resistência uniaxial à tração do concreto ( ) 3,5 MPa
Resistência uniaxial à compressão do concreto ( ) 40 MPa
Deformação de início do encruamento do aço do perfil e da chapa ( ) 1 %
Deformação máxima do aço do perfil e da chapa de extremidade ( ) 18 %
Deformação do concreto associada à ( ) 2,2 ‰
Deformação de ruína do concreto ) 3,5 ‰
Deformação associada à tensão de ruptura do aço das armaduras ε ) 5 %
Deformação máxima do aço das armaduras ) 8 %
Deformação associada ao fim do encruamento do aço dos parafusos ) 4 %
Deformação de início de queda da resistência do aço dos parafusos ) 8 %
Deformação final do aço dos parafusos ) 12 %
3 Resultados
3.1 Apresentação e Análise dos Resultados
Neste item são apresentados os resultados da análise numérica do modelo global M0,
isento de força normal do pilar. A Fig. 6 apresenta os deslocamentos globais do
modelo, cuja deformada indicou um comportamento do modelo numérico conforme
idealizado.
A tensão axial nas armaduras transversais e longitudinais da ligação é apresentada na
Fig. 7. Nota‐se que as armaduras são mobilizadas até atingirem a tensão de
escoamento do aço, tanto nas armaduras transversais horizontais e oblíquas, quanto
119
nas armaduras longitudinais do pilar misto, mostrando com isso a importância dessas
barras de armaduras na resistência a momento da ligação estudada.
Figura 6: Deslocamento global [mm]: a) pilar de concreto; b) armaduras do pilar; c)
perfis de aço, chapa de extremidade e armaduras oblíquas
Para estudar o comportamento da ligação parafusada, foram traçadas curvas Força
versus Rotação da Ligação para todas as linhas de parafusos, mostradas na Fig. 8.
Nessas curvas foram comparadas a força de tração atuante nos parafusos e a força de
compressão atuante entre a chapa de extremidade e a mesa do pilar metálico. A força
de compressão foi tomada como a soma das forças no contato entre a chapa e o perfil,
obtidas em uma região de influência de cada parafuso. Em cada linha de parafusos, a
diferença entre a força de tração nos parafusos e a força de compressão no contato
das chapas corresponde à força externa equilibrada pela linha. Quando a força de
compressão supera a força de tração em uma dada linha de parafusos significa que
existe uma força de compressão externa sendo equilibrada por essa linha.
120
(a) Armaduras transversais (b) Armaduras transversais
paralelas e transversais à viga oblíquas
Figura 7: Tensão axial nas armaduras da ligação [MPa]
Para o início do processamento (rotação nula da ligação), as forças de tração e de
compressão são iguais em módulo, e suas magnitudes correspondem a
aproximadamente 70% da soma das resistências à ruptura dos parafusos ( ). A força
correspondente a ruptura de cada parafuso é igual a 175,4kN e, portanto, a força de
protensão considerando dois parafusos por linha equivale a 245,6kN, valor esse muito
próximo do obtido numericamente (Fig. 8). Nessa etapa de protensão a força externa
equilibrada pelas linhas de parafusos é nula. À medida que o momento fletor
introduzido na ligação parafusada aumenta, a tração nos parafusos das linhas
superiores aumenta (linhas 1, 2 e 3) e a compressão entre as chapas diminui. Nas
linhas 1 e 3 ocorreu o efeito prying, ocasionado por pontos de contato entre as chapas
da ligação. A força de compressão nesses contatos provoca o aumento da força de
tração nos parafusos sem aumentar a parcela de força externa absorvida na linha de
parafusos.
121
1ª Linha de Parafusos
400
300
Força [kN]
200
100
0
0 2 4 6 8 10 12 14
-100
-200
-300
300
Força [kN]
200
100
0
0 2 4 6 8 10 12 14
-100
-200
-300
100
0
-100 0 2 4 6 8 10 12 14
-200
-300
-400
200
Força [kN]
100
0
0 2 4 6 8 10 12 14
-100
-200
-300
122
5ª Linha de Parafusos
400
200
0
Força [kN]
-200 0 2 4 6 8 10 12 14
-400
-600
-800
-1000
-1200
-1400
0
Força [kN]
0 2 4 6 8 10 12 14
-500
-1000
-1500
-2000
3.2
3.3 Estudo Numérico Paramétrico
A partir do modelo global foi realizado um estudo paramétrico, que consiste na
variação dos valores de alguns parâmetros considerados mais importantes para avaliar
a alteração do comportamento da ligação. Foram variados basicamente: a resistência
uniaxial à compressão do concreto; a geometria do pilar de aço; a existência das
armaduras transversais oblíquas; as dimensões do pilar de concreto; e o número de
barras de armadura longitudinais. Todos os modelos paramétricos foram analisados
isentos de força normal externa atuante no pilar. A matriz de simulação é apresentada
na Tabela 3.
123
Tabela 3: Definição dos modelos utilizados no estudo paramétrico
Nº do fc Pilar de Aço Barra Nº de Barras Pilar de Nome do Modelo
Modelo [MPa] [perfil] Oblíqua Longitudinais Concreto Numérico
[mm]
1 30 HP 250x62 CO(1) 12 600x600 fc30_HP62_CO_12b_p60
2 40 HP 250x62 CO 12 600x600 fc40_HP62_CO_12b_p60
3 30 HP 310x79 CO 12 600x600 fc30_HP79_CO_12b_p60
4 40 HP 310x79 CO 12 600x600 fc40_HP79_CO_12b_p60
5 30 HP 250x62 SO(1) 12 600x600 fc30_HP62_SO_12b_p60
6 40 HP 250x62 SO 12 600x600 fc40_HP62_SO_12b_p60
7 30 HP 310x79 SO 12 600x600 fc30_HP79_SO_12b_p60
8 40 HP 310x79 SO 12 600x600 fc40_HP79_SO_12b_p60
9 30 HP 250x62 CO 20 600x600 fc30_HP62_CO_20b_p60
10 40 HP 250x62 CO 20 600x600 fc40_HP62_CO_20b_p60
11 30 HP 310x79 CO 20 600x600 fc30_HP79_CO_20b_p60
12 40 HP 310x79 CO 20 600x600 fc40_HP79_CO_20b_p60
13 30 HP 250x62 SO 20 600x600 fc30_HP62_SO_20b_p60
14 40 HP 250x62 SO 20 600x600 fc40_HP62_SO_20b_p60
15 30 HP 310x79 SO 20 600x600 fc30_HP79_SO_20b_p60
16 40 HP 310x79 SO 20 600x600 fc40_HP79_SO_20b_p60
17 30 HP 310x79 CO 12 800x800 fc30_HP79_CO_12b_p80
18 40 HP 310x79 CO 12 800x800 fc40_HP79_CO_12b_p80
19 30 HP 310x79 SO 12 800x800 fc30_HP79_SO_12b_p80
20 40 HP 310x79 SO 12 800x800 fc40_HP79_SO_12b_p80
21 30 HP 310x79 CO 20 800x800 fc30_HP79_CO_20b_p80
22 40 HP 310x79 CO 20 800x800 fc40_HP79_CO_20b_p80
23 30 HP 310x79 SO 20 800x800 fc30_HP79_SO_20b_p80
24 40 HP 310x79 SO 20 800x800 fc40_HP79_SO_20b_p80
Nota (1): CO = modelo com as barras transversais oblíquas; SO = modelo sem as barras transversais
oblíquas.
As curvas Momento Fletor versus Rotação da Ligação para os modelos listados na
Tabela 3 são apresentados nas Figs. 9 e 10. A rotação relativa da ligação ∆
corresponde à rotação total da região nodal descontada da parcela associada apenas à
rotação do eixo pilar (∆ ).
124
2500
2250
Momento Fletor [kNm]
2000
1750
1500
1250
1000
750
500
250
0
0.000 0.002 0.004 0.006 0.008 0.010 0.012 0.014 0.016
Rotação da Ligação [rad]
fc30_HP62_CO_12b_p60_mod1 fc30_HP79_CO_12b_p60_mod3 fc30_HP62_SO_12b_p60_mod5
fc30_HP79_SO_12b_p60_mod7 fc30_HP62_CO_20b_p60_mod9 fc30_HP79_CO_20b_p60_mod11
fc30_HP62_SO_20b_p60_mod13 fc30_HP79_SO_20b_p60_mod15 fc30_HP79_CO_12b_p80_mod17
fc30_HP79_SO_12b_p80_mod19 fc30_HP79_CO_20b_p80_mod21 fc30_HP79_SO_20b_p80_mod23
Figura 9: Curvas Momento Fletor x Rotação da Ligação (modelos com = 30MPa)
3000
2750
2500
Momento Fletor [kNm]
2250
2000
1750
1500
1250
1000
750
500
250
0
0.000 0.002 0.004 0.006 0.008 0.010 0.012 0.014 0.016 0.018 0.020 0.022
Rotação da Ligação [rad]
fc40_HP62_CO_12b_p60_mod2 fc40_HP79_CO_12b_p60_mod4 fc40_HP62_SO_12b_p60_mod6
fc40_HP79_SO_12b_p60_mod8 fc40_HP62_CO_20b_p60_mod10 fc40_HP79_CO_20b_p60_mod12
fc40_HP62_SO_20b_p60_mod14 fc40_HP79_SO_20b_p60_mod16 fc40_HP79_CO_12b_p80_mod18
fc40_HP79_SO_12b_p80_mod20 fc40_HP79_CO_20b_p80_mod22 fc40_HP79_SO_20b_p80_mod24
Figura 10: Curvas Momento Fletor x Rotação da Ligação (modelos com = 40MPa)
Analisando‐se os resultados dos modelos paramétricos apresentados nas Figs. 9 e 10
constata‐se que o término do processamento ocorreu devido aos seguintes modos de
125
falha: (1) escoamento das armaduras transversais, longitudinais ou ambas; (2)
esgotamento da capacidade da ligação parafusada, dada pela ruptura dos parafusos
e/ou escoamento da chapa de extremidade, da mesa e da alma do pilar de aço; (3)
deformação por compressão exagerada nas porções de concreto localizadas na face do
pilar abaixo da mesa comprimida da viga. Esses modos ocorrem tanto isoladamente
quanto em conjunto. De maneira geral, para rotações iniciais, a ligação parafusada
absorve a maior parcela do momento fletor, uma vez que a rigidez da ligação metálica
é maior do que a rigidez dos mecanismos de transferência de tração para o concreto.
Entretanto, a partir do instante que os parafusos atingem deformações superiores a
4% ( ) ou as chapas da ligação parafusada (chapa de extremidade, mesa e alma do
pilar de aço atingem a tensão de escoamento ( ), os mecanismos de transferência de
força de tração externa para o concreto se tornam os limitadores do momento fletor
final da ligação.
A resistência à compressão horizontal da ligação não foi limitadora do momento fletor
último obtido nas análises paramétricas. Foi verificado que as tensões equivalentes de
von Mises na chapa de extremidade não atingiram a tensão de escoamento na
região mobilizada pela mesa comprimida da viga. As tensões de compressão de pico no
concreto em contato com a face interna da mesa do pilar metálico não ultrapassaram
a tensão de esmagamento 2 nessa mesma região.
A resistência ao cisalhamento dos painéis de aço e de concreto do pilar misto não foi
predominante na resistência ao momento fletor da ligação para os casos processados.
Os pilares mistos com dimensões de 800x800mm apresentam maiores resistências a
momento do que os pilares com dimensões de 600x600mm, para um mesmo tipo de
pilar de aço (HP 310x79), uma mesma resistência uniaxial à compressão do concreto, e
uma mesma configuração de armaduras. Constatou‐se numericamente que essa
diferença de resistência deve‐se principalmente ao maior cobrimento de concreto da
chapa de extremidade ( ), que influencia na resistência a momento da ligação de
duas maneiras: a) proporcionando a mobilização de um maior número de armaduras
tanto transversais quanto longitudinais; b) aumentando a parcela de momentos
resistentes associados às forças verticais devido ao aumento dos braços de alavanca
126
dessas forças, em virtude do maior comprimento embutido da viga dentro do pilar de
concreto.
Comparando‐se apenas a quantidade total de barras de armaduras longitudinais (12
ou 20 barras totais), e mantendo‐se todos os outros parâmetros constantes, verifica‐se
que a diferença média entre as resistências a momento desses modelos é inferior a
1%. Foram avaliados outros modelos numéricos auxiliares nos quais não foram
consideradas as armaduras transversais e nem os parafusos, constatando‐se que as
armaduras longitudinais contribuem na resistência a momento da ligação. Portanto,
essa pequena diferença de resistências a momento obtida da comparação dos
modelos paramétricos pode ser associada à posição das barras de armadura dentro da
seção transversal do pilar, indicando que apenas as barras de armaduras longitudinais
localizadas próximas às bordas laterais da viga contribuíram efetivamente na
resistência a momento da ligação.
127
4 Modelo Mecânico Preliminar
Os mecanismos de falha no concreto foram estimados pela determinação de um bloco
de esmagamento, definido por uma largura equivalente que foi estabelecida com
base no momento fletor de plastificação total da chapa de extremidade juntamente
com a formação de um maciço de concreto esmagado. Fazendo‐se a verificação do
momento de plastificação da seção transversal da chapa de extremidade (seção A‐A,
ver Fig. 11) é obtido o momento resistente interno . Esse momento é igualado ao
momento externo provocado pela força resultante do bloco de concreto
esmagado aplicada com um braço de alavanca ⁄2, conforme Fig. 11.
2
Concreto esmagado
2 A A
Figura 11: Modelo mecânico retangular para falha da chapa de extremidade e do
concreto
Foi considerado no modelo mecânico que os blocos de esmagamento ocorrem para
tensões iguais a 2 , onde o aumento na resistência à compressão do concreto nesses
blocos deve‐se ao elevado confinamento promovido pela presença das chapas de aço
e das armaduras na região da ligação. Esse aumento de resistência foi observado nas
análises numéricas realizadas. Em VIEST et al (1997) também é recomendado utilizar
uma tensão de esmagamento igual a 2 .
A largura equivalente do bloco de concreto esmagado, Eq. 3, é obtida igualando‐se as
Eqs. 1 e 2.
⋅ 2 ⋅ (1)
(2)
128
⇒ (3)
Onde é o comprimento livre da chapa de extremidade à mesa da viga, que no caso
de uma chapa de extremidade simétrica em relação à viga torna‐se ⁄2.
A Fig. 12 apresenta esquematicamente o modelo mecânico preliminar proposto para a
ligação mista viga‐pilar resistente a momento com chapa de extremidade. A
verificação da charneira plástica da chapa de extremidade é feita por analogia à
metodologia de cálculo de placa de base citada no item 3.1.2 do AISC (2006).
Segue abaixo a definição dos parâmetros geométricos indicados na Fig. 12:
2 5 (8)
0,1 (5)
2 (9)
2 0,8 (6)
Figura 12: Modelo mecânico global da ligação mista com chapa de extremidade
A resistência potencial à compressão total do modelo mecânico é resumida na Eq. 10.
2 (10)
129
As resistências potenciais à tração dos blocos de concreto mobilizados pela mesa
tracionada e pela região da alma tracionada da viga são definidas nas Eqs. 11 e 12,
respectivamente.
2 2 (11)
4 (12)
A altura do bloco de esmagamento mobilizado pela alma da viga que foi utilizada no
cálculo da resistência potencial (ver Eq. 12 e Fig. 12) foi definida arbitrariamente
igual a ⁄3, parâmetro esse que será calibrado após os estudos experimentais.
A resistência potencial à tração total do modelo mecânico é definida na Eq. 13.
∑ (13)
Onde ∑ é o somatório das resistências das linhas de parafusos calculadas mediante
o método das charneiras plásticas, conforme EN 1993‐1‐8 (2005).
Em CONCEIÇÃO (2011) são apresentados em detalhes os critérios e a formulação
proposta para determinação da resistência da ligação estudada. São mostrados
também os mecanismos associados ao escoamento das armaduras transversais e
longitudinais da ligação e do pilar.
É apresentada na Fig. 13 a comparação entre os momentos fletores últimos obtidos no
estudo paramétrico e os momentos fletores obtidos do cálculo do modelo mecânico
preliminar proposto acima. Essa comparação é feita apenas com base nas parcelas de
momento fletor resistente associadas às forças horizontais do sistema, obtido dos
momentos resistentes totais (curvas das Figs. 9 e 10) deduzidos da parcela de
momento oriundo das forças verticais (cisalhamento dos parafusos, compressão no
contato entre a mesa comprimida da viga e o concreto, e parcelas de atrito vertical nas
interfaces de contato aço‐concreto).
130
2250
1750
1500
1250
1000
750
500
250
0
fc30_HP62_SO_12b_p60 Modelo 5
fc40_HP62_SO_12b_p60 Modelo 6
fc30_HP79_SO_12b_p60 Modelo 7
fc40_HP79_SO_12b_p60 Modelo 8
fc30_HP62_SO_20b_p60 Modelo 13
fc40_HP62_SO_20b_p60 Modelo 14
fc30_HP79_SO_20b_p60 Modelo 15
fc40_HP79_SO_20b_p60 Modelo 16
fc30_HP79_SO_12b_p80 Modelo 19
fc40_HP79_SO_12b_p80 Modelo 20
fc30_HP79_SO_20b_p80 Modelo 23
fc40_HP79_SO_20b_p80 Modelo 24
fc40_HP62_CO_20b_p60 Modelo 10
fc40_HP79_CO_20b_p60 Modelo 12
fc30_HP79_CO_12b_p80 Modelo 17
fc40_HP79_CO_12b_p80 Modelo 18
fc30_HP79_CO_20b_p80 Modelo 21
fc40_HP79_CO_20b_p80 Modelo 22
fc30_HP62_CO_12b_p60 Modelo 1
fc40_HP62_CO_12b_p60 Modelo 2
fc30_HP79_CO_12b_p60 Modelo 3
fc40_HP79_CO_12b_p60 Modelo 4
fc30_HP62_CO_20b_p60 Modelo 9
fc30_HP79_CO_20b_p60 Modelo 11
5 Conclusões
Os resultados numéricos permitiram visualizar os mecanismos de falha principais
atuantes na ligação, captando as não linearidades físicas tanto do aço (armaduras,
parafusos e chapas) quanto do concreto.
As comparações feitas entre os resultados numéricos dos modelos paramétricos e os
resultados gerados pelo modelo mecânico preliminar proposto neste trabalho
mostraram boa correspondência, gerando valores em média 10% mais conservadores.
As parcelas de momento fletor da ligação oriundas das forças resistentes horizontais
(tração da ligação parafusada e arrancamento do concreto do pilar), obtidas no estudo
paramétrico, foram comparadas com os momentos fletores calculados pelo modelo
mecânico preliminar, os quais apresentaram tendências semelhantes e valores em
131
média 11% mais conservadores. Portanto, é possível concluir que o modelo mecânico
preliminar proposto, até que sejam obtidos dados experimentais que possibilitem uma
melhor avaliação do comportamento da ligação mista estudada, representa uma boa
estimativa da resistência a momento da ligação, tanto quantitativa (magnitude do
momento fletor resistente), quanto qualitativa (permitindo prever qual é o mecanismo
de falha predominante).
Após a realização de ensaios experimentais será formulado um modelo mecânico de
cálculo para o dimensionamento estrutural da ligação mista viga‐pilar resistente a
momento estudada neste trabalho.
6 Referências Bibliográficas
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132