You are on page 1of 13

1.

FILOSOFIA POLÍTICA
1.1. Introdução
1.2. Antigos
1.2.1. Platão
1.2.2. Aristóteles
1.2.3. Cícero
1.3. Medievais e Renascentistas
1.3.1. Dante
1.3.2. Jean Bodin
1.3.3. Maquiavel
1.4. Modernos
1.4.1. Thomas Hobbes
 Relativista em termos morais = não há o bom e o mau objetivamente
o Tudo aquele que é apetite ou desejo de um sujeito é considerado
bom e tudo que o sujeito é avesso é considerado mau
 Indivíduo como referência moral
 Influência cartesiana
o Como todos são diferentes é difícil pensar em uma norma ética,
não existindo um absoluto de certo e errado
 Cria-se o problema da legitimidade do conflito e de quem
julga este conflito
o Todos têm direito a autopreservação, de modo que a busca de
desejos e a fuga do que lhe é avesso faz parte disto
 INFLUÊNCIA NOS DIAS ATUAIS = Ao enunciar que todos
possuem direito à autopreservação, Hobbes planta a base
para que seja desenvolvido, posteriormente, o conceito de
direitos humanos
 Ele mesmo não chega a desenvolver esse conceito,
mas acaba estimulando o surgimento da discussão
em torno do tema em pensadores posteriores
 Rejeitava a visão medieval da sociedade
o A divisão clero, nobreza e povo não explica a sociedade
o Povo como uma massa uniforme
o Sociedade política não seria algo natural/divino, mas artificialmente
criada pelo “cansaço” da sociedade com o conflito
 Divisão entre sociedade civil e Estado, de modo que o
primeiro não implica na existência do outro
 Ordem jurídica seria sempre fruto da vontade dos seres
humanos
 A noção de justiça é uma convenção, de modo que a lei não
pode ser injusta, pois os critérios são arbitrários. De modo
que a lei deve ser cumprida sempre (positivismo jurídico)
 Pensamento precursor das teorias constitucionais
atuais
o INFLUÊNCIA NOS DIAS ATUAIS = Ao considerar que o ser
humano não é naturalmente um animal social, as leis passam a ser
vistas como fruto da vontade humana, fornecendo ao sistema
maior plasticidade
 Isso abriu brecha para a criação de constituições e a
reformulação menos trabalhosa de leis
 Estado de Natureza
o Definição: Como o ser humano vive sem sociedade, em seu estado
natural, ou em uma sociedade primitiva sem estrutura política
o Pensamento iniciado pelo autor e discutido em vários autores
modernos
o Para entender como são as pessoas com instituições políticas é
necessário compreender os mesmo sem instituições políticas
 Estado de Natureza hobbesiano
o No estado de natureza buscamos o que nos agrada e nos
afastamos daquilo que nos desagrada
 Isto gera conflito entre indivíduos, pois a busca do desejo de
um em algum momento desagradará e/ou interfere na busca
de desejos de terceiros, de modo que este vê o primeiro
como moralmente incorreto
 Tendência à desagregação
o Não há nada que limite minha atuação a não ser a minha força e a
força do outro, de modo que “O homem é lobo do homem”
 Não é possível a civilização, pois estaríamos gastando
energia no conflito e não na realização coletiva
 Viveríamos em constante conflito, uma “guerra de todos
contra todos”
o A necessidade do Estado é evitar este conflito incessante
 Estado soberano
o O poder do Estado não pode ser questionado
 Sendo ilimitado e não separado
o Considera que qualquer interferência do soberano é arbitrária
o Não pode ser questionado
o Poder que contenha a “guerra de todos contra todos” do Estado de
Natureza, precisando ser mais forte que a massa destes indivíduos
 Todos cedem partes de seus direitos e vontades para
garantir que outra pessoa não interfira na sua existência. O
contrato social
 Todo indivíduo tem direito a autopreservação e se
nós permanecêssemos em conflito constante, a
autopreservação de todos seria ameaçada
 Estado surge como resposta para garantir a paz e
promover a segurança
 INFLUÊNCIA NOS DIAS ATUAIS = Passa a considerar que
a principal função do Estado é prover a segurança aos
cidadãos
 Quando surge a impressão de que não há segurança
suficiente, os cidadãos pedem o aumento do poder
do Estado
 A causa da violência é sempre atribuída ao outro ou
à ausência de Estado
 INFLUÊNCIA NOS DIAS ATUAIS = Cria uma das bases
para o sistema que comercial que se desenvolvia em sua
época
 A estabilidade política e social é necessária para as
trocas comerciais entre os cidadãos, e a partir de
Hobbes o Estado passa a ser encarado como
responsável por garantir essa estabilidade
 Pensamento dedutivo: parte da formulação teórica do Estado de Natureza
para moldar a realidade e justificar o modelo de Estado proposto

1.4.2. John Locke


 Estado de Natureza
o Todas as pessoas são livres para ordenar suas ações e dispor de
suas posses como julgarem melhor
 Corpo como propriedade, mente é o “eu”

 Influência de Descartes

 “Meu corpo minhas regras”


 Nos reconhecermos como própria posse
o Razão como lei natural que governa este Estado
 Ninguém deve prejudicar o outro em sua vida, liberdade ou
propriedade

 Transgressões a propriedade devem ser punidas


o Dever moral de preservação destes
postulados, de modo que é “possível” um outro
anular um indivíduo que não viva em
sociedade

 Em relação a mim posso fazer tudo, desde que não


atende contra minha própria vida, pois seria
antinatural
o A exceção de algo mais nobre que sua própria
conservação
o Tudo é propriedade de Deus, de modo que
não podemos atentar contra qualquer ser
humano porque é de propriedade de Deus

 INFLUÊNCIA NOS DIAS ATUAIS = Base dos Direitos


Humanos

 Corpo como propriedade fundamental


o Baseado no dualismo cartesiano
 Alma como base do eu
o Se todo ser humano é dono do seu próprio corpo, ele tem direito
de propriedade sobre si mesmo
o As coisas da natureza estão disponíveis a todas as pessoas
(estado comum) e são direitos de todos (direito comum) até que
alguém interaja com estas coisas
 A propriedade é justificada pelo uso do corpo para se obter
algo da terra
 Meu trabalho (uso do corpo) me dá direito de propriedade
sobre a coisa obtida

 Aumenta a produtividade da natureza, o que


beneficia toda a humanidade

 Adiciona algo que exclui o direito comum dos outros,


desde que haja em quantidade e qualidade
suficiente, caso contrário ele retira algo do uso
comum, o que feriria o direito de vida (mais
fundamental que o de propriedade)
o Caso em uma propriedade não esteja sendo
trabalhado, a pessoa perde o direito a sua
propriedade
o Limites para a propriedade
 Quanto se é capaz de produzir
 Quanto se é capaz de consumir
o Propriedade instituída pelo trabalho, não
sendo necessário ser instituída politicamente
 Diferente de Hobbes
o Pra não desperdiçar é necessário a troca
 Fundamenta o mercado
 Coloca o dinheiro como invenção genial, se troca algo que
estraga por algo que não se estraga

 Commonwealth (minha sociedade)


o Pode ser traduzido como bem comum, comunidade ou república
o Liberdade natural é o direito que uma pessoa tem de ser governada
apenas leis da natureza
o Liberdade social é o direito de não estar sob nenhum poder
legislativo a não ser aquele que foi fundado pelo consentimento da
comunidade, agindo para o bem da comunidade
 De modo que a única forma possível de submissão de um
indivíduo a outro é quando se tem em vista o bem da
comunidade
 Quando um indivíduo fere a liberdade do conjunto é
necessário punir/excluir/destruir este indivíduo

 INFLUÊNCIA NOS DIAS ATUAIS = base do direito


penal

 Escravidão segundo John Locke


o As escravidões da época eram vistas como sequestro que
interferia do direito natural
o Justificável se alguém merecesse a pena capital como punição
para um crime que violasse a lei natural
 Aquele que passaria a deter poder sobre a punição do réu
(o queixoso) poderia retardar o cumprimento da pena e usá-
lo como escravo, até que este decida parar de trabalhar e
ser morto
 Dano causado contra um indivíduo e não contra o
Estado

 O dono não pode interferir aos direitos fundamentais

 Estado
o Intermediário de algumas relações
o Teoria do Estado mínimo
o O dano penal é um dano com caráter civil

 Contrato social
o Sociedade estabelece o legislativo, cedendo meu direito a ele, de
modo que ninguém está submetido a ninguém
 Não posso conceder minha vida a outro, pois este é um
direito natural e divino, não sendo algo do direito humano
o Quando legislativo atuar, deve ser acatado, pois se criou este para
o bem comum

 Direito de revolução
o A sociedade civil tem o direito de se revoltar contra o governo caso
este rompesse com seus direitos naturais (autopreservação,
liberdade e propriedade)
o A comunidade sempre possui o poder supremo e o legislativo é
apenas um fiduciário desse pode
o Sempre que um governo agir contra os interesses dos cidadãos
deve ser substituído por outro
o O direito de revolução é uma salvaguarda contra a tirania
 Tolerância religiosa, Estado Laico
o Juízes terrenos, o Estado e seres humanos em geral não podem
avaliar forma confiável as alegações de verdade de diferentes
religiões
o Mesmo que pudessem saber, impor uma única “religião
verdadeira” não teria o efeito desejado, porque a crença não pode
ser forçada pela violência
o Uniformidade religiosa obtida pela coerção levaria mais desordem
social do que permitir diversidade
1.4.3. Jean-Jacques Rousseau

 O povo sabe o que quer, se ele errou deixa que ele aprende. Democracia é um
processo de construção
 Plena e total liberdade tem o direito de oprimir o outro
 Volta ao estado natural de forma racional, buscando o bom
 Reformular contrato
 Entre meu desejo é a lei opto pelo o que é certo
 Como se estabelece uma sociedade política em uma sociedade mercantil
 Estado de natureza
o Hobbes imaginou pessoas já socializadas fora da política
o Na verdade o ser humano não constroem relações, mas sempre
respeita o corpo um animal, amoral,
o nem hostil e nem inclinando a formar uma sociedade
o Empatia natural que gera sociedade
o Índios americanos estão no ideal, nem amoral (como os pre-civilizados)
e nem decadente (sociedade europeia)
o Considera o contrato atual mal feito/injusto
 Buscar aproximar a um contrato bom
 Contrato social divide estado de natureza do estado cívico
o Pessoas começam a entender a cooperar com semelhantes
o Surge divisão do trabalho, propriedade
 Aí precisamos de leis
o Na fase degenerada estamos em frequente competição, mas somos
muito dependentes
 Vontade geral
o Bem estar geral
 Uma parcela da minha
o Instâncias deliberativas
o Ditadura da maioria
 Extensão do direito a todos
 Vontade geral não é a soma de vontades particulares
 Poucas coisas que atendem a todos
o Consensual
 Não precisa ser todos concordarem
 Vontades individuais rompem vontade geral
o Democracia direta
 Sem representação
 Leis emanam do povo, de modo que este é o soberano
 Inalienável
o Se as leis te beneficiam, mas quando elas te prejudicam você quer
mudar as regras do jogo
 Propriedade raiz da desigualdade
o Tomada de posse arbitrária
o Cria-se relação de direito e poder
o Só existe propriedade porque se legítimam
1.4.4. Montesquieu
1.4.5. Immanuel Kant
1.5. Contemporâneo
1.5.1. Karl Marx e Friedrich Engels
1.5.2. Anarquismo
1.5.3. Hannah Arendt
1.5.4. John Rawls
1.5.5. Robert Nozick
1.5.6. Foucault
Thomas Hobbes

 Hobbes era relativista em termos morais = não há o bom e o mau


objetivamente
o Tudo aquele que é apetite ou desejo de um sujeito é considerado
bom e tudo que o sujeito é avesso é considerado mau
o Como todos são diferentes é difícil pensar em uma norma ética,
não existindo um absoluto de certo e errado
 Correspondência de acordo com o indivíduo
 O problema é quem julga
 De modo que sendo algo arbitrário o conflito é legítimo
 Influenciado pela filosofia de Descartes, pelo foco no
indivíduo
 Estado de Natureza (inicia o pensamento e se repete em vários
pensadores modernos)
o Como o ser humano vive sem sociedade, em seu estado natural,
ou em uma sociedade primitiva sem estrutura política
 Estado de Natureza hobbesiano
o No estado de natureza buscamos o que nos agrada e se afasta
daquilo que nos desagrada
 Isto pode gerar conflito com outros indivíduos, pois a busca
do desejo do outro que desagrada um terceiro, este terceiro
vê o primeiro como moralmente incorreto
 Ao perseguir objetivos indiscriminadamente isso interfere
com o desejo e a satisfação dos outros
 Não há nada que limite minha atuação a não ser a
minha força e a força do outro
 “O homem é lobo do homem”
 A necessidade do Estado é evitar este conflito incessante
o Tendência do ser humano é a desagregação
o Não é possível a civilização, pois estaríamos gastando energia no
conflito e não na realização coletiva
 O soberano tem uma visão de certo e errado também arbitrária
o O poder do Estado não pode ser questionado
o Considera que qualquer interferência do soberano é arbitrária
 Pensamento dedutivo: parte da formulação teórica do Estado de Natureza
para moldar a realidade e justificar o modelo de Estado proposto
 Rejeitava a visão medieval da sociedade
o A divisão clero, nobreza e povo não explica a sociedade
o Povo como uma massa uniforme
o Sociedade política não seria algo natural, mas artificialmente criada
pelo “cansaço” da sociedade com o conflito
 Divisão entre sociedade civil e Estado, de modo que o o
primeiro não implica na existência do outro
 Estado já é legitimado para o autor
 Já que, em Estado de natureza, vivemos de acordo com nossos desejos
e nossas tentativas de realizá-los
o Viveríamos em permanente conflito uns com os outros, um estado
de “guerra contra todos.”
 De modo é necessário que algo limite esse conflito
incessante e permanente.
 É preciso que uma força externa nos contenha e faça
a mediação dos nossos conflitos sociais
o Tem que ser mais forte que a massa destes
indivíduos
 Estado tem que ser totalmente soberano, de modo que todos vão ceder
parte dos seus direitos e vontades para garantir que outra pessoa não
interfira na sua existência
 Todo indivíduo tem direito a autopreservação e se nós permanecêssemos
em conflito constante, a autopreservação de todos estaria ameaçada
o Estado surge como resposta para garantir a paz e promover a
segurança
o Pressupõe um pacto fundamental entre todos os seres humanos
que cedem seus direitos, sua energia e sua força ao estado de
forma que este lhes proteja de possíveis ameaças
 Contrato social
o Para o Hobbes não há doutrina da separação de poderes, do
contrário, ele não seria soberano e exerceria sua função, ele
precisa de poderes ilimitados
 Por ser absoluto os súditos não possuem o direitor de mudar
de governante
o Hobbes não acreditava em lei nautral ou divina como
determinantes da política
 Ordem jurídica seria sempre fruto da vontade dos seres
humanos
 Pensamento precursor das teorias constitucionais
atuais
 A noção de justiça é uma convenção, de modo que a lei não
pode ser injusta, pois os critérios são arbitrários. De modo
que a lei deve ser cumprida sempre (positivismo jurídico)
 Pacto social pode ser quebrado em quatro situações
o Súditos são feitos prisioneiros de guerra
o O soberano renuncia o poder, em relação a si mesma e a seus
herdeiros
o O súdito é banido do Estado
o O soberano é submetido ao poder de outro
 Influência nos dias atuais
o Passa-se a considera que a principal função do Estado é prover a
segurança aos cidadãos
 Quando surge a impressão de que não há segurança
suficiente, os cidadãos pedem o aumento do poder do
Estado
 A causa da violência é sempre atribuída ao outro ou à
ausência de Estado
o Ao considerar que o ser humano não é naturalmente um animal
social, as leis passam a ser vistas como fruto da vontade humana,
fornecendo ao sistema maior plasticidade
 Isso abriu brecha para a criação de constituições e a
reformulação menos trabalhosa de leis
o Ao enunciar que todos possuem direito à autopreservação, Hobbes
planta a base para que seja desenvolvido, posteriormente, o
conceito de direitos humanos
 Ele mesmo não chega a desenvolver esse conceito, mas
acaba estimulando o surgimento da discussão em torno do
tema em pensadores posteriores
o Cria uma das bases para o sistema que comercial que se
desenvolvia em sua época
 A estabilidade política e social é necessária para as trocas
comerciais entre os cidadãos, e a partir de Hobbes o Estado
passa a ser encarado como responsável por garantir essa
estabilidade

You might also like