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At. 9.31
1. Os judeus.
1.1 – Oposição dos judeus para com os cristãos, existiu, pode-se dizer, desde
os dias de Cristo, quando os judeus já perseguiam o próprio Jesus.
1.2 – A Igreja cristã veio para ficar. Começou a expandir através de uma vida
dinâmica;
a) Reunia-se nas casas em pequenos grupos distribuídos por toda a
cidade de Jerusalém.
b) Além de vibrante espiritualidade, manifestada através de intensa vida
de oração, de estudo da Palavra, de comunhão, de relacionamentos
contagiantes, a Igreja estava influenciando e transformando a vida
social de Jerusalém.
Os necessitados eram assistidos.
As viúvas que não tinham plano de aposentadoria (e quem tinha?),
eram assistidas pela diaconia da Igreja.
Enfermos eram curados.
Sinais e maravilhas eram vistos e conhecidos de todos, todos os dias,
em Jerusalém.
1.3 – Nos capítulos sete e oito, temos demonstrações fortes de oposição e
perseguição dos judeus contra os cristãos primitivos:
a) Estevão, homem cheio do Espírito Santo, de fé, de sabedoria e de
intrepidez, é martirizado através de apedrejamento.
b)Grande perseguição insurge contra a Igreja (At. 8.1).
1.4 – A ausência de paz, o medo e a inquietação podiam ser fortes inibidores
dessa pujante e dinâmica Igreja.
2. Paulo, o perseguidor.
2.1 – Aliado à perseguição dos judeus, percebe-se a presença de um algoz e
desumano inquisitor, de forma especial: um senador chamado Saulo.
a) Homem culto, formado e pós-graduado na melhor universidade de
Jerusalém, que estava entre os melhores pontos de referência cultural
do mundo antigo (Roma, Alexandria, Atenas, Jerusalém).
b) Teve como mestre o sábio Gamaliel, entendedor de todas as leis
romanas e judaicas, de todos os pontos culturais e teológicos do
judaísmo, era uma espécie de pós-doctor do academicismo
ierosalomita.
c) Saulo, além de culto, ocupando possivelmente o posto de membro do
Sinédrio, era opositor ferrenho ao cristianismo, pois o via como
afronta à religião judaica instituída.
2.2 – O testemunho posterior do próprio perseguidor:
a) At. 9.1 ‘Enquanto isso, Saulo ainda respirava ameaças de morte
contra os discípulos do Senhor’.
b) At. 22.3-4 ‘Sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas criado nesta
cidade. Fui instruído rigorosamente por Gamaliel na lei de nossos
antepassados, sendo tão zeloso por Deus quanto qualquer de vocês
hoje. Persegui os seguidores deste Caminho até a morte, prendendo
tanto homens como mulheres...’.
c) At. 26.9-11 ‘Eu também estava convencido de que deveria fazer
todo o possível para me opor ao nome de Jesus, o Nazareno. E foi
exatamente isso que fiz em Jerusalém. Com autorização dos chefes
dos sacerdotes, lancei muitos santos na prisão, e quando eles eram
condenados à morte, eu dava o meu voto contra eles. Muitas vezes ia
de uma sinagoga para outra a fim de castiga-los, e tentava forçá-los
a blasfemar. Em minha fúria contra eles, cheguei a ir a cidades
estrangeiras para persegui-los’.
d) Gl.1.13 ‘Vocês ouviram qual foi o meu procedimento no judaísmo,
como perseguia com violência a Igreja de Deus, procurando destruí-
la’.
2.3 – Com um perseguidor deste quilate, como poderia a Igreja ter paz? Essa
ausência de paz, o medo e a inquietação poderiam ter sido fortes
inibidores da Igreja?
b – As alternativas de Deus.
1. Ação de Calígula.
1.1 – Deus transita por caminhos inusitados para atender o clamor e socorrer
o seu povo.
1.2– Por volta do ano 39 d. C., o imperador romano, Calígula (37-41),
resolveu colocar uma imagem sua no Templo em Jerusalém para que
fosse ali adorada; e isso agitou tremendamente o povo judeu. Assim
sendo, temporariamente, a atenção dos judeus se desviou dos cristãos.
1.3– É bem provável que, durante esse período de trégua, muitos cristãos
que haviam fugido de Jerusalém, puderam voltar à capital.
2. Conversão de Paulo.
2.1– Outra ação inusitada do Senhor para dar descanso ao seu povo que
vinha sendo perseguido, foi converter o perseguidor: Saulo.
2.2 – Em face da conversão de Saulo de Tarso, cessou, pelo menos
temporariamente, o período de perseguição aos crentes.
2.3 – Houve um período de descanso, durante o qual se tornou possível
aos crentes ensinar e buscar ao Senhor com tranquilidade.
2.4 – ‘O lobo não mais assaltava as ovelhas’ (Robertson).
3. Que alternativas Deus pode usar para trazer paz à sua vida não temos com
prever, contudo o que se sabe é que Ele não dorme nem cochila enquanto
passamos pelos lugares e situações difíceis em nossa caminhada.
4. Além do que a verdadeira paz para o cristão não depende das circunstâncias,
mas reflete aquela confiança serena em Deus mesmo que seja diante do
próprio martírio.
a – Edifica-se.
c – Cresce em números.