A GUARDA
16 Motores
Mais Duster que nunca
Um design exterior renovado, e um interior acima de tudo melhorado,
apostando em maior qualidade dos materiais, melhor insonorização, robustez e
segurança, assim como novos sistemas de ajuda à condução e até uma nova cor.
São estas as apostas do novo Dacia Duster, com chegada a Portugal adiada, culpa
das desadequadas regras de classificação dos veículos nas auto-estradas.
Claramente melhor na
sua segunda geração, sobre-
tudo no que toca à escolha e
montagem dos materiais e
insonorização, tanto ao nível
do habitáculo como de mo-
tor, o novo Dacia Duster ain-
da não tem data de chegada
a Portugal. Visualmente, a
dianteira foi redesenhada
para reforçar o carácter e ro-
bustez, com nova assinatura
luminosa e faróis diurnos com
LED repartidos em três seg-
mentos, capot mais horizon-
tal e de linhas salientes, cin-
tura de carroçaria mais alta,
pára-brisas mais inclinado,
novas barras de tejadilho em
alumínio e novas jantes de 17
polegadas. As medidas são as
da geração anterior, com a
qual partilha a plataforma,
com 4,34 m de comprimen-
to, 1,80 m de largura e 210
mm de distância ao solo.
No interior, o habitáculo
foi totalmente redesenha-
Carlos Sainz vence Dakar 2018
Luis Celínio,
Pinto Moreira
e Nuno Antunes
do, melhorando o conforto e
a qualidade. O posto de con-
dução tem melhor ergono-
mia e conta com diversos pon-
tos de regulação, e o painel
de bordo de grandes propor-
ções, típico dos SUV, foi igual-
mente renovado. A consola
central recebeu um ecrã
MediaNav Evolution, instala-
do em posição elevada, apre-
sentando a distância entre os
olhos e o ecrã entre as mais
curtas do mercado. O travão
de mão e o comando que
Coordenação:
permite comutar o sistema
de tração foram reposiciona-
dos. O painel de bordo é mais
suave ao toque e conta com
novos painéis das portas, pu-
xadores e apoio de braço,
novos estofos de malha 3D
em relevo, com pesponto, e
alavanca de velocidades
mais curta, com inserções em
cromado acetinado. O novo
Duster dispõe ainda de 27,2
litros de espaços de arruma-
ção distribuídos pelo habitá-
culo, entre eles uma nova
Carlos Sainz (Peugeot)
foi o vencedor do Rally
Dakar 2018, que decorreu
de 6 a 20 de Janeiro e foi
considerado um dos mais
duros de sempre. Trata-se
da segunda vitória do es-
panhol, oito anos após a
primeira subida ao pódio.
Acompanhado do co-pilo-
to Lucas Cruz, Sainz termi-
nou a última etapa (14ª)
em nono lugar, concluindo
o rali com 43.40 minutos
de vantagem sobre Nasser
Al-Attyah (Toyota), segun-
do classificado, e 01:16.41
horas de De Villiers, tercei-
ro. O francês Stephane Pe-
terhansel (Peugeot), que já
venceu a prova 13 vezes
(sete nos carros e seis nas
motas) ficou em 4º lugar.
O austríaco Matthias
Walkner (KTM) foi o ven-
cedor na categoria das
motas, com chegada à
meta em oitavo lugar na
14ª etapa. Walker sucede
assim ao britânico Sam
Sunderland. O segundo lu-
gar nas motas foi ocupado
gaveta situada sob o banco
do passageiro, com a capa-
cidade de 2,8 litros.
O volume de porta-baga-
gens sob a prateleira trasei-
ra é de 478 litros na versão
4x2 e 467 litros na versão
4x4. Com banco traseiro re-
batido, pode atingir os 1623
litros. Para facilitar as mano-
bras em estrada ou fora dela,
conta com direcção assistida
eléctrica e sistema de qua-
tro câmaras activado manu-
almente ou automaticamen-
te em marcha atrás, para
além de sistema de controlo
em descida e ajuda ao arran-
que em subida, ecrã de in-
formações 4x4 com bússola
e inclinação do automóvel,
sistema de cartão mãos livres
com destrancamento e tran-
camento automático das
portas, e MediaNav Evoluti-
on, que integra o Driving
Eco2 e uma função eco-coa-
pelo argentino Kevin Bena-
vides e o terceiro pelo aus-
traliano Toby Price (KTM),
vencedor da prova em
2016. Ainda nas motas, o
português Fausto Mota al-
cançou, nesta terceira
participação, a sua me-
lhor classificação, conclu-
indo na 43ª posição. Se no
final mostrava a satisfa-
ção por ter concluído uma
das mais duras edições de
sempre, por outro lado fa-
lhou o seu objectivo do Top
30. Este foi o único piloto
português a concluir a pro-
va, se bem que a correr
com a bandeira espanhola.
Nos quads, o chileno Ig-
nacio Casale conquistou o
seu segundo Dakar, repe-
tindo o êxito de 2014, en-
quanto o brasileiro Reinal-
do Varela (Can Am) venceu
nos SXS. Eduardo Nikolaev
venceu nos camiões.
A dureza da prova míti-
ca, acentuada este ano,
resultou em diversas desis-
tências e acidentes aos
quais não escapou a maio-
ching para optimizar o estilo
de condução.
Para reforçar a protec-
ção dos passageiros, a estru-
tura foi reforçada, nomeada-
mente nas longarinas, novas
estruturas de bancos, novos
apoios de cabeça dianteiros
com melhor protecção em
caso de colisão traseira, no-
vos airbags tipo cortina, en-
tre outros. Entre os sistemas
de ajuda à condução estão o
alerta de ângulo morto cons-
tituído por quatro sensores
ultra-sónicos nos quatro can-
tos do automóvel com avisa-
dor led no retrovisor exteri-
or, sistema activo entre 30
km/h e 140 km/h. O Duster
oferece agora sensor de luz,
que permite a activação au-
tomática das luzes.
O novo Dacia Duster pro-
põe os mesmos dois motores
a gasolina: SCe 115 (versões
4x2 e 4x4) e TCe 125 (versões
ria dos portugueses. Antes
mesmo da partida, desisti-
am, por razões de saúde,
Mário Patrão e Paulo Gon-
çalves.
No decurso da prova,
Joaquim Rodrigues, em
duas rodas, seria o primei-
ro piloto acidentado, logo
na primeira etapa. Pedro
de Mello Breyner, em SSV,
com o navegador Pedro
Velosa (Yamaha YXZ 1000
R) até tinha sido o 4º mais
rápido na categoria, na
primeira etapa, mas devi-
do a um acidente com im-
pacto físico foi aconselha-
do a abandonar a prova.
André Villas-Boas foi a
terceira vítima, após uma
queda nas dunas, navega-
do por Ruben Faria. O ex-
periente Carlos Sousa, a
conduzir um Duster era
uma das apostas entre os
portugueses, mas na 7ª
etapa – na qual a assistên-
cia estava proibida - o car-
ro manifestou uma fuga de
óleo no radiador, e para
evitar problemas maiores,
25 de Janeiro de 2018
4x2 e 4x4) associados a uma
caixa de velocidades manu-
al, e os dois motores a diesel:
o dCi 90 para a versão 4x2 e
o dCi 110 para as versões 4x2
e 4x4, com caixa de veloci-
dades manual. O motor dCi
110 (para a versão 4x2) pode
estar associado à caixa de ve-
locidades automática EDC de
dupla embraiagem, que
também já esteve disponível
no final da anterior geração.
Está igualmente disponível
uma oferta GPL, com o mo-
tor SCe 115. A marca está a
fazer todos os possíveis para
que o novo Dacia Duster se
mantenha Classe 1 nas por-
tagens, motivo pelo qual
ainda não é conhecida a
data de chegada a Portugal
nem os preços. Não se es-
peram, no entanto, altera-
ções significativas para esta
nova e muito evoluída gera-
ção.
a equipa decidiu abando-
nar.
Entre os participantes
portugueses nesta prova
estiveram também Filipe
Palmeiro, navegador de
Boris Garafulic, num MINI
da equipa X-Raid; Paulo Fi-
úza na equipa do espanhol
Herrero Alberto, nos cami-
ões, que desistiu na 11ª eta-
pa da prova; Armando Lou-
reiro, mecânico do francês
Michel Boucou (DAF/cami-
ões), e Marco Moreiras,
mecânico na equipa de
Matthias Behringer (MAN),
que terminou em 14º lugar.
A partida e as três pri-
meiras etapas do Dakar fo-
ram acompanhadas por
uma equipa do Clube Esca-
pe Livre e alguns sócios e
amigos do clube, que qui-
seram apoiar os pilotos
portugueses e viver de
perto as emoções desta
prova, tendo estado com
os pilotos, no bivouac de
Pisco, nomeadamente
com Pedro de Mello Brey-
ner e com Carlos Sousa.