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Credencias do autor

Nasceu em São Paulo, em 1943. Formado em medicina pela USP, trabalhou por vinte anos no
Hospital do Câncer. Foi voluntário na Casa de Detenção de São Paulo (Carandiru) por treze
anos e hoje atende na Penitenciária Feminina da Capital. Seu livro Estação Carandiru (1999)
ganhou os prêmios Jabuti de Não-Ficção e Livro do Ano.

Resumo da obra

No decorrer de sua obra, o autor narra casos nos quais podemos ver como tanto o médico,
como o paciente ou familiar do paciente lidam com a aproximação da morte. Contudo, como é
que diante da face da única certeza da vida que é a morte, e que as pessoas encontram forças
para começar a viver.

O autor Drauzio Varella por um fio, ele relata histórias que põem o leitor diante de questões
delicadas da vida,mostrando como a vida é um sopro passageiro,expondo as
dificuldadesenfrentadas pela enfermidade do câncer/ AIDS e de quem lida com elas em sua
rotina profissional, chegando a conhece realmente a fim sobre a alma humana. O livro é
narrado com sensibilidade e cuidado cada capítulo relata históriasreais de seus pacientes com
suas emoções e ponto de vista pessoal, em alguns momentos essas histórias se entrelaçam e
dialogam, sempre mantendo sua temática principal, o exaurir da vida, como fio condutor das
emoções e sentimentos.

Capítulo 1-11

“No hospital de câncer em São Paulo (onde eu trabalhei por vinte anos), logo sentir a
diferença entre enfrentar a perda ocasionalde um doente e conviver cotidianamente com a
onipresença da morte.” (Varella, 2004, p.02)

A chegada da morte nem sempre tem o significado de desgraça. Não


há quem discorde quando essa afirmativa é aplicada a pessoas
decrépitas, aos que enfrentam graves padeci mentos físicos, dores
incontroláveis, ou áqueles que perderam o domínio das faculdades
mentais. Fora de tais situações, no entanto, associamos esse momento
á tragédia, á tristeza profunda e ao desconsolo. (Varella, 2004, p.06)
A morte nem sempre significa tristeza, ela também pode significar paz, no sentido de
descanso (por ter passado por um sofrimento intenso), causado por alguma doença. (Varella,
2004)

Parecer:

Nos primeiros capítulos o escritor Drauzio Varella que tem 37 anos de formação como
medico, relata histórias como a do Vitoriano (o filho da costureira) que morreu por causa de
um tumor avançado no fígado, a de dois irmãos que queriam invalidar o pai por causa da sua
doença câncer gástrico, na qual este era um viúvo cheio de esperança e motivação, porém
chegando a falecer. E a do Dr Sérgio o senhor que teve câncer no reto, diante desta doença
procurou forças e motivações no trabalho e melhoras significativas da sua saúde no seu novo
amor, que por coincidência estava nas mesmas condições dele. Diante disso, é ressaltado
também por Varella o medo do homem a respeito da morte, na qual está temática é vivenciada
pela sociedade como um tabu, pois, mesmo sabendo que não podem evitá-la e que em algum
momento iram enfrentá-la, preferem não acreditar na sua existência.

Capítulo 12-20

A função do médico moderno, a quem, ao contrario do que ocorria


com os antigos, cabe não o papel de dar ordens ou impor condutas
prescritas em letra ilegível, mas apresentar á pessoa doente o leque de
alternativas disponíveis e as prováveis conseqüências de cada escolha,
para ajudá - la a selecionar a que melhor atenda a seus interesses.
(Varella, 2004, p.48)

“Precisei ficar velho e com uma doença que não perdoa para descobrir o prazer de viajar ao

lado de uma mulher bonita, sincera, bem humorada.”(Varella, 2004, p.50)

Às vezes com a chegada da doença, percebemos como a vida é frágil e passageira.


Infelizmente para uns é como aquele filme “o trem para Berlim já passou”. (Varella, 2004)

Parecer:

Nos capítulos seguintes Drauzio Varella aborda diversa historias tais como a de seu Israel
uma pessoa que foi saber o que era viver com a chegada da idade e da doença, aproveitando
assim o prazer da vida com a sua namorada uma moça jovem e bonita.A do seu João era um
homem que sofreu uma traição quando jovem da sua esposa e não teve a coragem de pedir
separação, quando descobriu a doença o arrependimento vinha a todo o momento. Ao
decorrer da obra são contados casos pessoais do autor, como a morte de sua mãe quando ele
tinha apenas 4 anos, e a morte de seu irmão Fernando que foi vencido pela doença. Nas
paginas seguintes é colocada a epidemia da AIDS na qual as primeiras pessoas que caíram
doentes foram homossexuais e usuários de cocaínas, surgindo o preconceito sobre ambas as
parte. Contudo, as mudanças de atitudes diante do fim iminente vão mais no sentido da
conciliação do que do desespero, tentando driblar habitualmente o sentimentalismo, em todos
os casos mostrar a figura do medico compassivo.

Capitulo 21-27

“[...] o preconceito contra os doentes era evidente, havia pessoas na sala de espera que

levantavam disfarcadamente quando um deles sentava ao lado e funcionários que se negavam

a trabalhar nos serviços que os atendiam.” (Varella, 2004, p.89)

O tempo demonstrou que os doentes nas fases mais avançadas,


acompanhadas com a devida atenção, podem receber no ambulatório a
maioria dos tratamentos necessários para as segurar-lhes condições
devida mais dignas: hidratação, transfusões de sangue, quimioterapia,
modificações de esquemas analgésicos e demais medidas de suporte.
(Varella, 2004, p.97)

É importante destacar que o cuidado e a participação dos familiares durante o tratamento com
o doente, e de devida importância ajudando positivamente dentro do processo de
melhoras\cura. (Varella, 2004)

Parecer:

Nos capítulos posteriores é dada ênfaseas historias de pacientes que sofreram o preconceito,
por apresentar AIDS, mostrando também, casos de pacientes que encarraram a morte como
algo que pode ser uma passagem, um marco, uma chegada, apesar de não deixar de anunciar o
seu eterno mistério, mas essas histórias também não deixam de revelar às dores, os medos, as
perdas, as separações, na qual a morte é uma ruptura sem volta, ainda mais segundo nossos
fortes preceitos materialista. Mas mesmo assim é descrita nos relatos como algo que pode ser
percebido como uma antecipação inevitável, porém sem ser transformado em uma tragédia
monstruosa, onde a morte é a tragédia do desconhecido, mas pode ser vivificada com imensa
dignidade. Drauzio Varella relata a escolha da sua profissão, na qual ele ressalta que a
medicina e mais do que simplesmente salvar vidas, a medicina possui outra característica
primordial, que é a de amenizar e diminuir a dor das pessoas.

Conclusão critica

De acordo com o conteúdo apresentado nesse livro, acredito ser esta de grande importância
em minha formação enquanto estudante de enfermagem, e como futura profissional desta
área, afim de aprendizado e aperfeiçoamento do conhecimento e até mesmo na perspectiva de
sermos mais humanos, diante de casos que precisam de atenção, carinho e principalmente
cuidado. Esta obra interliga com a disciplina anatomia estudada em sala de aula, na qual
mostra as emoções dos pacientes em relação à temática morte, tais como medo, angustia raiva
e a forma de lidar com elas, ao mesmo tempo apresenta também o inevitável, ou seja, a morte
é inevitável, pois, é marcada e trazida pela doença, sem o pendor da justiça ou da injustiça, na
qual todos nos um dia iremos passar por ela, seja para consolar um amigo ou até mesmo para
sermos consolados. Como Drauzio Varella coloca no tema da sua obra “por um fio”, vivemos
por um fio, pois a qualquer momento da vida poderemos ser suspendidos pela a tão temida á
morte, mais é importante destacar que a doença não é o ponto final de tudo, como no livro Dr
Varella cita em alguns momentos como ponto de vista pessoal, e foi abordado,à doença pode
ser um toque de ” alerta” para o individuo começar a viver de verdade no sentido de
aproveitar a vida com os familiares.

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