Professional Documents
Culture Documents
Curso
Dezembro de 2007
Neste trabalho de fim de curso, estando a estagiar num gabinete de projectos, foi-
me concedida a oportunidade de trabalhar num projecto de uma instalação eléctrica indus-
trial.
Na realização desse projecto para além dos procedimentos normais de qualquer
outro projecto, que se destina a execução ou licenciamento, procurei fazer um estudo apro-
fundado de todos os circuitos e calcular todos os dimensionamentos e garantir que todas as
condições eram verificadas.
Foi também desenvolvido, na parte mais interessante deste projecto, feito um estu-
do de aproveitamento da Luz Natural, no qual foi procurado tornar a futura instalação o
mais eficiente do ponto de vista energético, mas também de bem-estar e comodidade. O
estudo do aproveitamento da Luz Natural, incidiu no conceito de Factor de Luz do Dia.
Importa referir que este estudo de aproveitamento de Luz Natural, é realizado consideran-
do o Céu Encoberto, sendo este o caso mais desfavorável.
O Factor de Luz do Dia permite obter a iluminância média no exterior do edifício,
necessária, para que seja cumprida a iluminânia média recomendada em divisões no inte-
rior do edifício. Para o cálculo desse factor são tidos em conta diversas variáveis, desde
áreas totais e áreas envidraçadas das divisões em causa, como ângulo de céu vísivel, factor
de transmissão do envidraçado e ângulo de reflexão médio de todas as superfícies. Este
factor permitirá obter o número de horas de sol anuais e a dependência da iluminação arti-
ficial, para o funcionamento de todas as divisões da fábrica.
Foi ainda realizado um estudo económico de forma a prever a poupança que se
poderá obter no caso de ser aproveitada ao máximo a Iluminação Natural. Na realização
desse estudo foram consideradas duas situações opostas, uma em que a Iluminação Natu-
ral é aproveitada na sua totalidade e uma outra em que uma apenas uma pequena parcela
da Luz Natural é aproveitada, para a iluminação interior do edifício.
Agradecimentos
Gostaria de começar por agradecer aos meus Pais, por tudo o que sempre fizeram
por mim e pela sua paciência, à minha irmã Carina que vive comigo à 23 anos e que me
conhece tão bem, eles estiveram sempre presentes.
Agradeço também à minha namorada, que partilhou comigo estes últimos anos e
que muito me apoiou nas horas mais complicadas.
Agradeço aos meus colegas da faculdade com os quais passei muitas horas de
estudo e trabalho, mas também de lazer, estas amizades ficarão para sempre, não enuncio
nomes pois são mesmo muitos, felizmente.
Índice
1. Introdução 11
1.1 Motivação ........................................................................................................ 11
1.2 Objectivos ........................................................................................................ 11
2. Requisitos Iniciais 12
2.1 Preâmbulo........................................................................................................ 12
2.2 Alimentação de Energia Eléctrica.................................................................... 13
2.3 Concepção das instalações e enquadramento Legislativo ............................... 13
2.4 Influências Externas......................................................................................... 16
2.5 Classificação do edifício consoante a utilização do local e lotação................. 16
3. Iluminação 17
3.1.1 Iluminação Natural ...................................................................................... 19
3.1.1.1 Factor da Luz do Dia.............................................................................. 23
3.1.1.2 Definição de Cálculo Factor da Luz do Dia........................................... 25
3.1.2 Exemplo de Cálculo da percentagem anual de horas de sol........................ 26
3.1.2.1 Implementação de detectores de presença DIM..................................... 32
3.1.3 Iluminação Normal...................................................................................... 34
3.2 Estudo Económico ........................................................................................... 38
3.2.1 Situação A: Iluminação Normal .................................................................. 38
3.2.2 Situação B: Aproveitamento Máximo da Iluminação Natural .................... 41
3.2.3 Comparação de Resultados ......................................................................... 42
3.3 Regras a implementar na utilização da Iluminação ......................................... 44
3.4 Iluminação de emergência e segurança ........................................................... 45
4. Materiais a empregar 46
4.1 Canalizações .................................................................................................... 46
4.1.1 TIPO DE CANALIZAÇÕES ...................................................................... 46
4.1.2 Condutores e Cabos..................................................................................... 46
4.1.3 Constituição e Aplicação............................................................................. 47
4.1.4 Tubos........................................................................................................... 48
5. Quadros 58
5.1.1 Especificações dos Quadros ........................................................................ 59
5.2 Sistema de protecção de Pessoas ..................................................................... 62
5.2.1 Protecção contra Contactos Directos........................................................... 62
5.2.2 Protecção contra contactos indirectos ......................................................... 62
5.2.2.1 Anel de Terras........................................................................................ 62
5.2.2.2 Cálculo da Resistência de Terra............................................................. 63
5.2.2.3 Condutores de protecção........................................................................ 63
5.2.2.4 Eléctrodo de Terra.................................................................................. 63
6. Posto de Transformação 64
6.1.1 Edifício ........................................................................................................ 64
6.1.2 Montagem Eléctrica .................................................................................... 64
6.1.2.1 Concepção.............................................................................................. 64
6.1.2.2 Equipamento de Média Tensão.............................................................. 65
6.1.2.3 Transformador de Potência .................................................................... 66
6.1.2.4 Quadro Geral de Baixa Tensão .............................................................. 67
6.1.2.5 Ligação Entre Equipamento de Media Tensão e Transformador........... 67
6.1.2.6 Interligação entre o Transformador e o Quadro Geral de Baixa Tensão 68
6.1.2.7 Circuitos de Terra................................................................................... 68
6.1.3 Diversos....................................................................................................... 69
7. Ensaios 70
9. Gerador 71
10. Conclusão 73
11. Glossário 74
12. Anexos 78
Lista de Figuras
Lista de Tabelas
1. Introdução
1.1 Motivação
Cada vez mais nos dias de hoje, com os custos dos combustíveis e com a poluição
causada pelos mesmos, se torna imperativa a poupança de energia. Essa poupança pode
ser implementada numa Utilização Racional da Energia e no aproveitamento de recursos
naturais ao nosso dispor, como por exemplo a Luz Solar.
Foi com o intuito de uma futura poupança de energia que foram tidos em conta
alguns factores neste projecto, nomeadamente na parte da Iluminação. A poupança de
energia trará também uma poupança significativa na factura eléctrica, sabendo que a ilu-
minação pode representar em média entre 20 a 25 % dos custos totais mensais de energia
eléctrica numa empresa.
1.2 Objectivos
2. Requisitos Iniciais
2.1 Preâmbulo
O relatório foi efectuado tendo por base o projecto das instalações eléctricas de
uma indústria, a levar a efeito na Zona Industrial de Nelas, freguesia e concelho de Nelas,
pertencente à firma EDA – Estofagem de Assentos Unipessoal, Lda.
Todo o material deverá ser do tipo Schneider e deverá ser homologado pela
Direcção Geral de Energia.
Além dos trabalhos de natureza eléctrica, fazem parte da empreitada (ainda que
não explicitamente mencionados nestas Condições Especiais) os trabalhos e acessórios
indispensáveis à execução da obra, tais como:
• Assentamento de caixas;
• Etc.
O Adjudicatário deverá ter como responsável pelos trabalhos um Técnico com qua-
lificação mínima de Engenheiro Electrotécnico, Engenheiro Técnico Electrotécnico ou
Engenheiro Técnico Electromecânico.
Todas as marcas referidas são no sentido de uma melhor identificação dos mate-
riais. Assim, podem ser substituídas por outras equivalente que satisfaçam as característi-
cas definidas e obtenham a concordância da Fiscalização da Obra.
3. Iluminação
Como objectivo primordial da iluminação entende-se a necessidade de assegurar
condições de conforto e de segurança aos utilizadores, quer sejam alunos ou funcionários
da instalação em causa.
Desta forma o cálculo luminotécnico relativo a este projecto consiste nos seguintes
itens, alguns dos quais cuidadosamente aprofundados de forma salientar a eficiência ener-
gética:
• Incidência económica;
Espaço Em (Lux)
Oficina 500
Serviços 400
Copa 400
WCs 200
Cafetaria 300
Vestiários 200
Cada vez mais nos dias de hoje, torna-se necessário fazer o máximo aproveitamen-
to de todos os Recursos Naturais ao nosso dispor, sejam eles aproveitados para a produção
de energia, as energias renováveis, ou de forma a se obter o máximo de eficiência energé-
tica possível.
Num edifício como este, em que na maior parte do seu funcionamento é maiorita-
riamente diurno, pode pela substituição da luz artificial pela natural, tanto quanto possível,
contribuir de forma significativa para a redução do consumo de energia eléctrica.
A luz natural existente durante o dia é constituída pela luz directa do sol e luz
difundida na atmosfera, cerca de 34% da radiação solar recebida pela atmosfera é reflecti-
da para o espaço, os outros 64% são absorvidos ou transmitidos. A energia que é radiada
pelo sol e atinge o exterior da atmosfera com um valor praticamente constante, com o
nome de Constante Solar, que pode ser definida por ECS e em valor de 1354 W/m2.
A radiação do sol que atinge o solo tem 3 tipos de: a radiação infravermelha
(49%), a radiação ultravioleta (5%) e a radiação visível (46%).
Neste tipo de céu, este manifesta a sua parte mais escura a 90º d sol e apre-
senta um aspecto mais brilhante em sem redor.
Sendo:
acordo com os procedimentos efectuados de seguida, não devem ser entendidos como
valores instantâneos, mas como referenciais para projecto, entendidos como uma média
anual.
Desta forma o Factor de Luz do Dia pode ser utilizado como critério para comparar
o desempenho de diferentes sistemas de iluminação natural e ser facilmente convertido em
iluminâncias internas multiplicando-o por uma iluminância externa apropriada, o que
permitirá fazer o dimensionamento da instalação eléctrica aproveitando a luz solar, partin-
do do valor de iluminância necessário no interior.
Oficinas 2
Hospitais 1
Escolas 2
Fabricas 2
Sendo:
• St, a soma de todas as áreas de um local, incluindo a área envidraçada;
Para o cálculo do factor de luz do dia, de todas as divisões da fábrica, são efectua-
dos os seguintes passos:
Sj (m2)
Armazém 120
Armazém 120º
Armazém 0,47975
De notar que estes valores podem vir a ser inferiores, pois os vidros serão
afectados com sujidades e poeiras, por isso em alguns casos é considerado
um factor de sujidade.
Factor de transmissão do vidro das clarabóias:
Armazém 0,78
FLD
Armazém 5,28
FLD
1% 1 a 2% 2a4% 4 a 7% 7 a 2% +12%
A iluminância média exterior para uma dada divisão, pode ser definida
como a iluminância média que é necessária, no exterior do edifício, para
Em (Exterior)
Latitude Horário
40 7:00 às 17:00
Existem vários horários tabelados, para cada um existem curvas com dife-
rentes valores, a figura seguinte representa as curvas para o horário de fun-
cionamento da fábrica. Então com estes dados e com a ajuda das seguintes
curvas podem então ser obtidas as percentagens de horas do sol anual.
Pode então concluir-se que de forma aproximada, durante 94% das horas de
funcionamento anuais da fábrica, a divisão do armazém dependerá apenas
6% da luz artificial. É de facto um valor alto, mas para isso contribuem as
várias clarabóias existentes na cobertura e a baixa iluminância interna
recomendada para esta divisão.
• Detector para montagem embutida no tecto com ângulo de detecção de 360° para
uma ligação da iluminação conforme as necessidades e, consequentemente, uma
redução notável dos custos de energia;
• Com interface de 1 - 10 V DC para uma regulação de um nível constante de lumi-
nosidade adequado às necessidades e em função da luz diurna e da presença;
• Com grande alcance de até 24 m de diâmetro para aplicação em corredores de
escritórios e de hotéis, salas de aulas, salas de reuniões etc. e áreas de passagem
com incidência de luz diurna;
• Programável à distância com controlo remoto, p.ex., luz permanente LIGA-
DA/DESLIGADA e função de leitura automática da luminosidade actual;
• A construção compacta e o recorte no tecto de apenas Ø 68 mm tornam o detector
quase imperceptível e, no entanto, eficaz na aplicação;
• Modelo para montagem embutida no tecto especialmente concebido para tectos
rebaixados, com painel branco intermutável IP 44;
• Contactos de encaixe modulares entre a powerbox e o sensor;
• Montar e ligar a powerbox - após a conclusão dos trabalhos de pintura o sensor
pode ser simplesmente encaixado na powerbox;
• Um programa instalado na fábrica assegura uma operacionalidade imediata;
• Entrada de interruptor suplementar para uma comutação ou regulação manual da
iluminação
• O detector pode ser utilizado de forma totalmente automática ou semi-automática
• Redução da intensidade luminosa para 10% após ter decorrido o tempo suplemen-
tar como luz de orientação para corredores e zonas de passagem
Estes detectores serão apenas usados nas zonas de escritórios que tenham envidra-
çados para o exterior, pois na zona da fábrica, poderiam ser obstruídos, por caminhos de
cabos, canalis ou qualquer tipo de equipamento. Outra razão que inibe a sua utilização na
zona fabril, cafetaria e balneários é a condicionante económica, pois:
Nota: Nas casas de banho serão usados detectores de presença convencionais, e serão
representados com o símbolo presente na seguinte figura:
Para a escolha das luminárias foi utilizado como já foi referido o programa de cál-
culo luminotécnico Winelux, com a ajuda do qual e de forma sustentada no presente pon-
to, permitiu optar as seguintes Armaduras:
Nota: A letra à qual está asociada cada armadura é aquela que serve de legenda na
planta de iluminação.
Antes da colocação das armaduras deverá ser entregue uma amostra para confir-
mação por parte da fiscalização.
Na tabela seguinte podem observar-se alguns dados sobre estas Armaduras, estan-
do estas descritas de forma mais pormenorizada nos Anexo:
Número de Lâmpadas
A IRC 03 249 2 49
B DKG560 02 226 2 26
C GSP 01 138 1 38
D NPA 07 258 2 58
E CLA 09 236 2 36
F LL forwall 10 da Lledo. 1 75
L MHPP 06 236 2 36
Este estudo económico, foi realizado com o intuito de comparar os custos do con-
sumo da energia eléctrica na ilumino em duas situações distintas:
Este estudo, é apenas entendido como um estudo aproximado, mas que não levará
ao erro, pois os dados e elementos tidos em conta são obtidos de uma perspectiva pessi-
mista e para o pior caso.
Como já foi referido e justificado anteriormente, neste estudo será considerado que
apenas se aproveitaram 20% da Iluminação Natural disponível nas divisões que possuem
envidraçados para o lado exterior, tendo portanto essas divisões, uma dependência de 80%
da luz artificial.
Foi então calculada a potência que irá consumir cada divisão do edifício, tendo
apenas por base o consumo das luminárias. Na tabela seguinte aparece a título de exemplo
esse cálculo, efectuado com auxílio do Excel para algumas divisões:
Potência/
Divisão Quantidade Armadura Pot/Armadura Divisão (KW)
Armazém 42 NPA 07 258 116 4,872
Nota: ao longo desde exemplo de cálculo serão consideradas sempre estas mesmas
divisões.
Possuindo então os valores de Potências por divisão e considerando que essas divi-
sões dependerão 80% e 100% da Iluminação Artificial, consoante tenha envidraçados
virados para o exterior ou não, respectivamente, é calculado o consumo por divisão em
termos de potência. Esse valor é calculado multiplicando a potência pela percentagem de
dependência.
Para calcular a Energia consumida por cada dia, é multiplicada a Potência pelo
número de horas que a iluminação estará em funcionamento.
Com os valores da Energia consumida por dia em cada, divisão são calculados os
custos da Energia consumida por dia, mês e ano. Foi considerado o custo do kWh 0,08€.
Os valores de Custo da Energia Consumida são mais que aproximações, pois como é sabi-
do, as condições serão diferentes para diferentes meses do ano.Todos estes cálculos descri-
tos anteriores podem ser observados na seguinte tabela:
500,00 €
400,00 €
300,00 €
200,00 €
100,00 €
0,00 €
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Situação A 56,1 513, 224, 6,02 3,01 3,01 3,01 9,03 12,0 7,53 22,5 1,04
Situação B 4,21 288, 140, 3,39 1,73 1,73 1,73 5,31 5,87 7,53 22,5 1,04
Divisões
Pode-se observar um custo bem mais elevado para a situação A, na qual, a iluminação
Natural não é tida em conta de forma considerável.
Nas divisões com os números 10, 11 e 12 os custos serão os mesmos para as duas situa-
ções, pois estas divisões não possuem qualquer envidraçado que as ligue ao exterior.
É obvio que estes resultados são uma aproximação apenas do que se passará na
realidade, sendo apenas considerado o consumo das luminárias e considerando uma situa-
ção em que apenas 20% da Iluminação Natural será aproveitado, valor esse que depende-
ria muito dos bons ou maus hábitos da utilização da iluminação.
Na seguinte tabela poderá ser observada a poupança que é possível, se for aprovei-
tada ao máximo a Luz Natural que o edifício virá a dispor:
Poupança
E(kwh/dia) 164,38
Preço/dia (€) 13,15 €
Preço/mês (€) 394,52 €
Preço/ano (€) 4.800,02 €
Factura Mensal 36,93%
• Deve ser mantido limpo todo o sistema de iluminação, como por exemplo
luminárias, detectores, reflectores ou até difusores;
4. Materiais a empregar
Todos os condutores, tubos, quadros, aparelhos e outros elementos das instalações,
assim como os materiais que os constituem, deverão obedecer às disposições do RTIEBT
e das normas e especificações Nacionais ou, na falta destas, às da Comissão Electrotécnica
Internacional ou a outras aceites pela fiscalização do Governo.
4.1 Canalizações
As secções são as indicadas nas peças desenhadas, não permitindo em caso algum
a diminuição dos valores indicados.
Nas linhas gerais, os condutores principais não deverão ser cortados, mas sim-
plesmente descarnado o seu isolamento nos pontos em que façam derivações.
Canalizações à vista
O raio de curvatura mínimo dos cabos, não deverá ser inferior a dez vezes o seu
diâmetro exterior ou à maior dimensão da sua secção transversal.
4.1.4 Tubos
Os tubos, com diâmetros nominais indicados nas peças desenhadas, deverão ser do
tipo VD, isogris, PEAD, PEBD ou equivalente e obedecerão a NP1070/1071.
TUBOS E CONDUTAS
As curvas dos tubos deverão ter um raio não inferior a 15 vezes o respectivo diâ-
metro.
4.1.5 Caixas
• De derivação, com mais de duas entradas por lado - 160 x 160 mm.
As ligações dentro das caixas deverão ser executadas com placas de ligador de
latão cromado com base de porcelana, fixadas ao fundo das caixas.
Os invólucros dos aparelhos deverão ter dimensões tais que permitam a fácil liga-
ção e acomodação dos condutores, aparelhos e ligadores.
Se os invólucros não constituírem parte integrante dos aparelhos deverá ser assegu-
rado entre eles uma fixação rígida, por meio de parafusos, mas que permitam a desmonta-
gem destes, para fins de manutenção ou de verificação das ligações, se possa efectuar
facilmente.
4.1.6.2 Ligadores
4.1.6.3 Tomadas
Deverão ser previstas para a intensidade de corrente solicitadas, bem como para as
condições ambiente e de utilização dos locais onde serão instaladas.
Serão instalados blocos de tomadas do tipo Euro Bloc da Gewiss na zona fabril.
4.1.7.1 Disjuntores
Os circuitos serão protegidos a partir dos respectivos quadros por disjuntores uni-
polares e tripolares, dotados de relés magnectotérmicos com características de funciona-
mento do tipo "L" e "G", calibrados em função das secções a proteger e da selectividade
necessária em relação às protecções instaladas a montante.
4.2 Dimensionamento
S S
IS = ou IS =
3 ⋅ U nc Un
Sobrecarga
- I2 ≤ 1,45 Iz
- Ib ≤ In ≤ Iz.
Em que:
Ib = Intensidade de serviço;
Os barramentos dos quadros serão calculados de modo a não serem percorridos por
uma intensidade de corrente superior a 2A/mm2.
Aquecimento
Ib ≤ IZ
0,95 × U S
I cc min = n
[(
1,5 × ∑i =1 R 20 ) ]
fase _ i + R neutro _ i ⋅ l i
ºC 20 º C
Sendo:
R 20”C
• neutro i é a resistência de neutro por unidade de comprimento do cabo i a
20 ºC (Ω/km);
20”C
R fase
• i é a resistência de fase por unidade de comprimento do cabo i a 20 ºC
(Ω/km);
É também necessário calcular o tempo de fadiga térmica sendo isso possível atra-
vés da seguinte expressão:
Sn
t ft = K × (s)
I cc min
Em que:
t ap ≤ t ft
t ap ≤ 5segundos
Sempre que esta condição não se verificar é necessário aumentar a secção do cabo,
de forma a diminuir a resistência e aumentar as correntes de curto-circuito.
Poder de Corte
∆U ≈ I s × l × R 70 ºC
fase
(V)
Em que:
• l é o comprimento do cabo;
• R 70ºC
f corresponde à resistência de fase por unidade de comprimento a 70 ºC
(Ω/km);
∆U ≈ I s × l × ( R 70
fase + Rneutro )
ºC 70 º C
No caso de ser monofásico, (V)
α Cu = 0,00393
R 70 º C
fase =R 20 º C
fase ⋅ [1 + α ⋅ (70º −20º )] α Al = 0,00403
5. Quadros
Os quadros a empregar terão as características indicadas para o local de instalação
e o poder de corte da sua aparelhagem será o indicado no desenho respectivo.
A envolvente dos quadros será executada de forma que o índice de protecção seja
fixado em face das condições ambiente esperadas nos locais de implantação, conforme as:
• NP EN 60529;
• NP EN 50102;
• NP EN 50102/A1.
Os quadros eléctricos ficarão instalados nos locais assinalados nas peças desenha-
das, em condições de inacessibilidade ao público.
Os quadros deverão ser equipados com barra de terra, com tantos parafusos
de aperto quantos os condutores a ligar.
• As ligações eléctricas serão todas por aperto mecânico, não sendo permiti-
do o emprego de soldadura.
• Nas tampas das caixas, ou na porta do quadro, deverão ser previstas etique-
tas individuais especificando a serventia dos vários circuitos. Estas etique-
tas deverão ser de material laminado, tipo trafolite gravada com a designa-
ção correcta do respectivo circuito. A fixação será sempre feita por parafu-
sos de latão cromados e não coladas.
• O desenho dos quadros e a aparelhagem que o irá equipar deverão ser sub-
metidos à prévia aprovação da Fiscalização da Obra.
Será feita adoptando-se o sistema de ligação directa das massas à terra de protec-
ção e emprego de aparelhos de protecção de corte automático, associados. Serão utilizados
interruptores diferenciais de média e alta sensibilidade de 300 e 30mA respectivamente,
sempre de modo a garantir a selectividade das protecções e conforme se indica nos dese-
nhos respectivos, anexos. Deverá ter-se em conta a secção 412.
U = R x Ia
Logo:
O valor das resistências de terra de qualquer massa de defeito não poderá exceder
83 Ω se tal valor não for possível obter-se, tomar-se-ão as necessárias providências para
obtenção do valor da questão.
A ligação directa das massas à terra, será assegurada pela utilização de condutores
de protecção nas canalizações que serão da mesma natureza dos condutores activos em
que se inserem e terão a cor verde/amarelo.
6. Posto de Transformação
No espaço localizado nos desenhos respectivos anexos, montar-se-á um posto de
transformação e seccionamento do tipo “Cabine Baixa”, com transformador de potência de
400kVA, e celas de M.T. do tipo SM6 da Schneider.
6.1.1 Edifício
O referido local será provido de portas de acesso para exploração da EDP e manu-
tenção da indústria.
6.1.2.1 Concepção
O quadro de Média Tensão será constituído por um conjunto de celas do tipo SM6
da Schneider ou equivalente, aprovadas pela Direcção Geral de Energia.
Debaixo das celas de M.T. será construído uma caixa de visita e passagem de
cabos com 600x2170mm.
Os conjuntos das celas ficarão instalados no espaço livre, exterior à cela do trans-
formador.
• Compartimento do Barramento.
• Compartimento de Disjuntor, Seccionador, Transformadores de Medida e
Cabos.
• Compartimento de Baixa Tensão.
Na cela tipo DM1-C, existe equipamento especial que inclui uma fechadura de
encravamento do seccionador de terra na posição fechado e fechadura para porta da cela
do transformador.
A protecção integrada será constituída por relê (protecção contra sobrecargas, cur-
to-circuito e homopolar
Disporá de uma estrutura em chapa de aço macio em “U”, onde serão instalados os
barramentos. Todos os componentes metálicos serão protegidos contra a corrosão.
As dimensões do quadro deverão ser tais, que permitirão o acesso às várias partes
dos aparelhos ou barramento, sem provocar a desmontagem de qualquer peça.
A ligação no lado primário será feita por três cabos monocondutores do tipo
LXHIOV - 8,7 / 15 kV, 1 x 120 mm2 e sua ligação através de extremidades termoretrác-
teis de 17,5 kV e de terminais bimetálicos de 120 mm2 ao transformador de potência (lado
de MT) e à cela DC.
Próximo da saída do edifício, dentro deste, existirá um ligador amovível para cada
terra de modo a permitir efectuar a medição da resistência de contacto do eléctrodo,
devendo os seus valores máximos serem de 10Ω, cada.
6.1.3 Diversos
7. Ensaios
Terminada a execução das instalações deverão realizar-se as seguintes verificações
e ensaios previstos na parte 6 do RTIEBT, nomeadamente:
• Resistência de isolamento;
9. Gerador
Será instalado um Grupo electrogéneo diesel terrestre da marca OLYMPIAN,
modelo GEH250 de 250 KVA em emergência, 230 KVA em contínuo 50 Hertz às 1.500
rpm.
• Marca: PERKINS
• Modelo: 1306-E87TA300
• N° de cilindros: 6 em LINHA
• Ciclo: 4 tempos
• Curso: 135,9 mm
• Consumo de combustível a
10. Conclusão
Na realização deste projecto de instalação eléctrica industrial foi seguido um
caderno de encargos, fornecido pelo dono da obra. Tendo por base esse caderno de encar-
gos e em mente conceitos de eficiência energética, procurou-se de alguma forma dimen-
sionar a instalação eléctrica para uma poupança futura, energética e financeira.
Permitida pela futura localização fábrica, numa zona sem obstruções e pela obra de
arquitectura que possui um considerável número de envidraçados, foi desenvolvido o pro-
jecto de iluminação que extrairia máximo proveito dum precioso recurso, a luz solar.
11. Glossário
[1] Morais, Josué Lima e Pereira, José Marinho Gomes;Guia Técnico das Instalações
Eléctricas de Baixa Tensão, CERTIEL, Edição 2006
[2] Amaral, S.; Standard Drives: Utilização Racional de Energia, PROMOTE, Avei-
ro, Março 2006;
[5] Cruz, Júlio da; Boas Práticas de Eficiência Energética em Iluminação, Workshop
Greenlight, Porto, 5 de Fevereiro 2004
[8] Greenlight Examples in the Retail Sector, European Commission, Itália November
2002
[10] Lighting Guide 7: Office Lighting, CIBSE, Page Bros. Ltd., Londres, U.K., Maio
2005
[12] Lighting for Exterior Environments, IESNA RP-33-99, U.S.A., Fevereiro, 1999
[13] Lighting for Parking Facilities, IESNA RP-20-98, U.S.A., Dezembro 1998
[15] Rafael, Rui Paz; Boas Práticas de Eficiência Energética em Iluminação, Work-
shop Greenlight, Porto, 5 de Fevereiro 2004
[17] The IESNA Lighting Handbook, Reference & Application, 9ª Edição, U.S.A. New
York, 2000
[19] Wulfinghoff, Donald R; Energy Efficiency Manual, Energy Institute Press, Whea-
ton Maryland U.S.A., 1999
[20] www.easylux.pt
[21] www.eficiencia-energetica.com
[22] www.abb.pt
[23] www.energaia.pt
[24] www-energie.arch.ucl.ac.be/
[25] www.adene.pt
[26] www.learn.londonmet.ac.uk
[27] www-energie2.arch.ucl.ac.be
[28] http://irc.nrc-cnrc.gc.ca/pubs/cbd/cbd017_f.html
[29] www.adeporto.com
[30] www.arena.com.pt/energ5.html
[31] www.ashrae.org
[32] www.bcsdportugal.org
[33] www.buildinggreen.com
[34] www.cibse.org
[35] www.cie.co.at
[36] www.copel.com
[37] www.copper.org
[38] www.dialux.com
[39] www.dgge.pt
[40] www.eca.usp.br
[41] www.edp.pt
[42] www.eee.com
[43] www.eere.energy.gov
[44] www.eficiencia-energetica.com
[45] www.energiasrenovaveis.com
[46] www.fe.up.pt/~arminio
[47] www.iee.com
[48] www.interlampadas.pt
[49] www.luz.philips.com.br
12. Anexos
Armaduras Utilizadas:
A) IRC 03 249
C) GSP 01 138
D) NPA 07 258
E) CLA 09 236
L) MHPP 06 236