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Dos primeiros rabiscos Já na infância de nha, Batman, Super-Ho-

feitos na infância à Feira Louzada os desenhos ti- mem, Tarzan, Fantasma,


do Livro de Santa Cruz do nham um significado espe- Zé Carioca e Tio Patinhas
Sul cial, sabia que eles estariam marcaram um período de
presentes em sua profissão. descobertas. “Mas a maior
O cartunista Paulo Louzada
Despontou como cartunista referência para quem cria
deu vida a diversos perso-
quando pela primeira vez narrativas ainda é o olho da
nagens. Entre eles, Tapeja-
uma criação sua foi publica- rua”, enfatiza.
ra se destaca por represen-
da em um jornal. Seu lado
tar alguns traços da cultura Louzada acredita
humorístico sempre esteve
gaúcha que todos tem uma história
“na veia”, mas foi se inten-
para contar e que a vanta-
No dia 21 de outu- sificando a partir das sátiras.
gem de desenhar, tocar um
bro de 1965, nascia na ca-
As histórias em instrumento musical ou
pital gaúcha Paulo Ricardo
quadrinhos não só fizeram escrever, é poder dar uma
Louzada de Almeida, um
parte da infância de Paulo forma mais atraente ao seu
“piá” que nada tinha de di-
Louzada, mas também ser- assunto. Mas não é só isso:
ferente dos outros: gostava
viram de inspiração para o “quanto mais se treina um
de tomar Nescau, correr,
homenageado da 31ª Feira sistema cognitivo, melhor
nadar, jogar futebol, xadrez,
do Livro de Santa Cruz do as soluções se apresentam”,
assistir televisão, andar a
Sul. Nomes como Asterix, acrescenta.
cavalo, de bicicleta, skate, a
Mortadelo & Salaminho,
planonda e lia histórias em
Mad, Mônica, Cebolinha,
quadrinhos (HQ). Segundo
Mafalda, Bolota, Luluzi-
ele, “estudava pro gasto”.
Do criado
ção

Entre dive
sonagens criados
Louzada, o mais c
é Tapejara, seu pr
boço foi feito no
O nome é de ori
-guarani e signifi
nhor do caminho”
representa o estere
personalidades qu
dor conheceu dura
na região da camp

Seu criad
ca que o personag
remoto caboclo ag
da região sul do B
caipira simplório
contraste com um
cada vez mais p
que ele está indiferente ao avanço da tecnologia. O cartunista está pesquisando trabalhos
na área de animação gráfica e se mostra a favor da nova onda de cartunistas que vem
ganhando espaço na internet. “Se você tem talento. As oportunidades são ilimitadas”,
complementa.

Diante de sua trajetória, Louzada se mostra contente pela repercussão de suas


criações, mas também demostra humildade: “se posso considerar algum sucesso neste
percurso, é sem dúvida poder pagar as contas com o exercício deste trabalho. O que sobra,
além disto, é só perfumaria da qual não me ufano e tampouco me impressiono”.

A partir do êxito de seus trabalhos Paulo Louzada é o homenageado da Feira do


Livro de 2018, que tem como tema “Ler é uma aventura”. Divertido, Louzada não perde
o humor nem mesmo ao falar sobre o convite que recebeu: “me sinto profundamente li-
sonjeado e, ao mesmo tempo, extremamente preocupado com o critério atual de avaliação
de bons escritores”.

Para ele o evento é de vital importância para estimular o entrosamento en-


tre leitores, escritores e o mercado editorial. Além disso, segundo o cartunista, é uma
oportunidade, se bem aproveitada, de ajudar a transição da plataforma de papel para o
digital e suas variáveis.

BOX:
Texto: Kimberly L

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