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Diogo Rocha
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Metodologia e Resultados do Mapa:
uma síntese dos casos de injustiça
ambiental e saúde no Brasil
Tania Pacheco
Marcelo Firpo Porto
Diogo Rocha
A
ntes de apresentarmos os resultados do Mapa de Conflitos Envolvendo
Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil (ou Mapa de Conflitos),1 é
importante identificar os principais elementos da metodologia que
orientaram sua construção. Um primeiro aspecto, de natureza conceitual e
política, diz respeito à sua finalidade principal: o objetivo não se reduz a listar
territórios onde riscos e impactos ambientais afetam diferentes populações,
mas sim reconhecer tais populações como portadoras de direitos, tornando
públicas vozes, frequentemente discriminadas e invisibilizadas pelas
instituições e pela mídia, que clamam por justiça. A prática de uma ciência
engajada ou cidadã (Irwin, 1995; Martinez-Alier, 2009) adotada neste projeto
demanda uma posição ética solidária com essas populações.
Tal postura não é contrária às visões científicas da realidade, pois o
posicionamento solidário deve se apoiar em argumentações legítimas acerca
dos impactos, riscos e efeitos presentes nos territórios. Reconhecemos que
os conflitos apresentados são complexos, envolvem múltiplos problemas
e valores e exigem soluções de curto, médio e longo prazo, que incluam
mudanças estruturais nos sistemas de produção e consumo das sociedades
1
Disponível em: <www.conflitoambiental.icict.fiocruz.br>.
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Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil: o Mapa de Conflitos
capitalistas modernas, bem como nas políticas públicas e nas práticas das
instituições. Porém, o reconhecimento da complexidade, das incertezas e
da falta de conhecimento mais consistente acerca da dinâmica dos impactos
socioambientais levantados não deveria gerar imobilismos, ou ainda
considerar como ilegítimas as preocupações, denúncias e demandas das
populações atingidas nos territórios. E, muitas vezes, é justamente isto que
se dá em certa prática da ‘ciência normal’, no sentido atribuído por Thomas
Kuhn (1987): quando se analisam problemas socioambientais complexos de
forma especializada, desconsideram-se, em nome da neutralidade e pretensa
objetividade (Funtowicz & Ravetz, 1994), os valores e posições das populações
mais vulneráveis e discriminadas nos conflitos.
Quando se adota uma visão engajada no âmbito de uma ciência vol-
tada para a justiça ambiental, busca-se a primazia da ética na defesa das
populações discriminadas e vulneráveis frente aos problemas ambientais
nos territórios, reconhecendo-se a importância das evidências científicas
(Wing, 2005). Mas, além disso, é importante adotar uma visão epistemológica
crítica e precaucional diante de certos problemas ambientais causados por
determinados empreendimentos, pois, em alguns casos, deveria ser central
e emergencial, na defesa da vida das comunidades afetadas, a atenção à
simples possibilidade de impactos atuais ou futuros à saúde e ao meio
ambiente estarem associados aos danos, principalmente quando há denúncias
das populações afetadas (Porto, 2007). Ou seja, é necessária uma crítica
epistemológica e política que possibilite enfrentar posições imobilistas
ou desqualificadoras das denúncias quando inexistem provas científicas
irrefutáveis dos efeitos e danos, e as incertezas são utilizadas ou manipuladas
com a intenção de impedir a responsabilização dos geradores dos riscos ou
mesmo ações preventivas ou remediadoras (Michaels, 2006; Freundenberg,
Gramling & Davidson, 2008). E isso é mais relevante numa época em que a
defesa do crescimento econômico e dos negócios, até mesmo de tecnologias
e produtos perigosos, torna-se crescentemente influente no conjunto da
sociedade, dos governos e das instituições.
O conceito de promoção da saúde que assumimos implica incorporar a
defesa dos direitos humanos fundamentais, a redução das desigualdades e
o fortalecimento da democracia na defesa da vida e da saúde. Isso engloba,
igualmente, o direito à terra, aos alimentos saudáveis, à democracia, à cultura
e às tradições, em especial das populações atingidas e frequentemente
vulnerabilizadas e discriminadas. Ou seja, nossa concepção de saúde e
ambiente vai além das variáveis do saneamento básico, da contaminação
ambiental por poluentes e das doenças e mortes decorrentes desses fatores
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Metodologia e Resultados do Mapa
(Porto, 2007; Porto & Pacheco, 2009) e está intimamente associada à noção
de justiça ambiental.
Portanto, defender e promover a saúde significa não somente a construção
de ambientes mais saudáveis, mas de uma sociedade mais fraterna, mais
igualitária, em que a dignidade humana esteja no centro das prioridades.
Tais objetivos são abalados quando investimentos econômicos, políticas e
decisões governamentais acabam por ferir os direitos fundamentais tanto de
povos indígenas, quilombolas, agricultores familiares, pescadores artesanais
e comunidades tradicionais diversas como de trabalhadores e moradores das
cidades que vivem nas chamadas ‘zonas de sacrifício’.
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Metodologia e Resultados do Mapa
Os Resultados do Mapa
Trabalhamos não com os dados atuais do mapa, mas com os 297 conflitos
iniciais disponibilizados quando de seu lançamento, em março de 2010.
Na ocasião, tais casos consistiam nos maiores agravos às diferentes popu-
lações, diagnóstico confirmado por pesquisadores dos 26 estados. Desde
então, cerca de cem novos conflitos foram agregados, dos quais uma pequena
parte não existia no momento do início da pesquisa. A maioria dos casos
inseridos posteriormente apresenta problemas de impacto menor do que o
dos conflitos da primeira seleção. A gravidade dos casos da versão inicial do
mapa justifica, pois, o fato de termos optado por utilizá-los como referencial
para as análises empreendidas neste volume.
Nesta síntese, nosso objetivo é compartilhar uma visão de conjunto que
está presente potencialmente no mapa, mas que só se torna efetivamente
clara por meio de um diálogo com diversos campos, relacionados aos
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Metodologia e Resultados do Mapa
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Os dados referentes a São Paulo foram levantados e analisados para o texto “O mapa da injustiça
ambiental e saúde e o direito à cidade, ao campo, à vida”, apresentado por Tania Pacheco na mesa
“Direitos Humanos: pobreza e ambiente”, em 1/7/2010, no quarto simpósio “O Rio e a cidade – cidade
sustentável: um direito”, realizado pela Prefeitura de Mauá, São Paulo.
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0,00
Urbana 30,99
Rural 60,85
Indenida 8,17
Fonte: Elaborado pelos autores com base nos dados do Mapa de Conflitos Envolvendo Injustiça Ambiental
e Saúde no Brasil.
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Metodologia e Resultados do Mapa
Gráfico 2 – Distribuição dos grupos populacionais nos conflitos apresentados no mapa (%)
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
0,00%
5,00%
Agricultures familiares 31,99%
Aquicultures 0,34%
Caiçaras 3,03%
Catadores de caranguejos 0,34%
Catadores de materiais recicláveis 1,01%
Extrativistas 1,68%
Faxinalenses 0,34%
Garimpeiros/Mineiros 2,02%
Geraizeiros 1,35%
Marisqueiras 2,02%
Moradores das periferias urbanas 3,70%
Moradores de bairros atingidos
por acidentes ambientais 6,73%
Moradores do entorno de aterros
ou terrenos contaminados 13,80%
Moradores do entorno de incineradores 0,34%
Moradores do entorno de lixões 3,03%
Moradores dos centros urbanos (em geral) 4,71%
Moradores em encostas/favelas 2,36%
Mulheres 0,34%
Operários / Trabalhadores da indústria 11,11%
Pescadores artesanais 14,81%
Povos indígenas 33,67%
Quebradeiras de coco 1,01%
Quilombolas 21,55%
Ribeirinhos 13,47%
Seringueiros 2,36%
Servidores públicos 0,67%
Trabalhadores do setor de serviços 0,34%
Trabalhadores informais 0,34%
Trabalhadores rurais sem-terra 2,02%
Trabalhadores rurais assalariados temporários 2,02%
Outros 1,35%
Obs.: Há muitas comunidades que se autoidentificam como pertencentes a mais de um grupo, como, por
exemplo, quilombolas que atuam como vazanteiros; agricultores familiares sem-terra; ribeirinhos que
sobrevivem também como pescadores artesanais e extrativistas. Da mesma forma, muitas vezes há mais de
um dano ambiental, mais de um agravo à saúde e mais de um responsável pelo conflito. Essa sobreposição
faz com que os percentuais dos gráficos, se somados, cheguem a mais de 100%.
Fonte: Elaborado pelos autores com base nos dados do Mapa de Conflitos Envolvendo Injustiça Ambiental
e Saúde no Brasil.
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30,00%
40,00%
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0,00%
Agrotóxicos 6,40
Atividades pesqueiras e canicicultura 8,42
Atuação de entidades governamentais 52,86
Atuação do Judiciário e/ou Ministério Público 9,76
Barragens e hidrelétricas 14,81
Energia e radiações nucleares 1,68%
Hidrovias, rodovias, gasodutos 6,73
Implantação de áreas protegidas 3,37
Indústria química e de petróleo/gás 11,78
Madeireiras 13,47
Mineração, garimpos e siderurgia 16,84
Monocultura 33,67
Pecuária 7,74
Políticas públicas e legislação ambiental 18,18
Termoelétricas 2,02
Transgênicos 1,35
Outras 28,96
Obs.: Há muitas comunidades que se autoidentificam como pertencentes a mais de um grupo, como, por
exemplo, quilombolas que atuam como vazanteiros; agricultores familiares sem-terra; ribeirinhos que
sobrevivem também como pescadores artesanais e extrativistas. Da mesma forma, muitas vezes há mais de
um dano ambiental, mais de um agravo à saúde e mais de um responsável pelo conflito. Essa sobreposição
faz com que os percentuais dos gráficos, se somados, cheguem a mais de 100%.
Fonte: Elaborado pelos autores com base nos dados do Mapa de Conflitos Envolvendo Injustiça Ambiental
e Saúde no Brasil.
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Metodologia e Resultados do Mapa
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Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o governo brasileiro, por
meio de diversas fontes de financiamento, concedeu mais de R$ 108 bilhões em crédito rural para a
safra 2009/2010. Desse total, pelo menos R$ 93 bilhões foram concedidos ao agronegócio. Para a safra
de 2010/2011, a perspectiva é de que esse montante aumente em pelo menos 7,5% (Brasil, 2010).
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20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
10,00%
0,00%
Alteração no ciclo reprodutivo da fauna 23,23
Alteração no regime tradicional de uso
e ocupação do território 65, 66
Assoreamento de recurso hídrico 20,54
Biopirataria 0,67
Contaminação genética 0,34
Danos ao patrimônio imaterial ou arqueológico 0,34
Desmatamento e/ou queimada 35,35
Erosão do solo 15,15
Especulação imobiliária 0,34
Falta/Irregularidade na autorização ou
licenciamento ambiental 24,58
Falta/Irregularidade na demarcação
de território tradicional 40,07
Formação de lixões/Depósitos de resíduos 0,34%
Impactos sobre disponibilidade de água 2,36
Impactos sobre a infraestrutura de serviços públicos 0,34%
Impactos sobre a segurança no trabalho 1,01
Incêndios 0,34%
Inundações/Alagamentos 2,69
Invasão/Dano à área protegida ou
unidade de conservação 21,55
Loteamentos irregulares 0,34%
Mudanças climáticas 6,73
Pesca ou caça predatória 5,69
Poluição atmosférica 23,91
Poluição de recurso hídrico 45,12
Poluição do solo 38,72
Poluição sonora 6,73
Outros/Não especicado 2,69
Obs.: Há muitas comunidades que se autoidentificam como pertencentes a mais de um grupo, como, por
exemplo, quilombolas que atuam como vazanteiros; agricultores familiares sem-terra; ribeirinhos que
sobrevivem também como pescadores artesanais e extrativistas. Da mesma forma, muitas vezes há mais de
um dano ambiental, mais de um agravo à saúde e mais de um responsável pelo conflito. Essa sobreposição
faz com que os percentuais dos gráficos, se somados, cheguem a mais de 100%.
Fonte: Elaborado pelos autores com base nos dados do Mapa de Conflitos Envolvendo Injustiça Ambiental
e Saúde no Brasil.
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10,00
0,00
Acidentes 13,47
Desnutrição 12,46
Doenças não transmissíveis
ou crônicas 40,07
Doenças transmissíveis 18,18
Falta de atendimento médico 29,97
Suícidio 2,69
Piora na qualidade de vida 79,80
Violência ameaça 37,71
Violência assassinato 10,10
Violência coação física 15,82
Violência lesão corporal 12,12
Insegurança alimentar 30,98
Outros 15,49
Obs.: Há muitas comunidades que se autoidentificam como pertencentes a mais de um grupo, como, por
exemplo, quilombolas que atuam como vazanteiros; agricultores familiares sem-terra; ribeirinhos que
sobrevivem também como pescadores artesanais e extrativistas. Da mesma forma, muitas vezes há mais de
um dano ambiental, mais de um agravo à saúde e mais de um responsável pelo conflito. Essa sobreposição
faz com que os percentuais dos gráficos, se somados, cheguem a mais de 100%.
Fonte: Elaborado pelos autores com base nos dados do Mapa de Conflitos Envolvendo Injustiça Ambiental
e Saúde no Brasil.
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0,00
Entidades governamentais 49,49
Ministério Público 53,54
Movimentos de atingidos 33,67
Movimentos sociais 45,12
Organizações ligadas às igrejas 37,37
Organizações não governamentais 56, 57
Organizações sindicais 26,60
Redes 34,68
Obs.: Há muitas comunidades que se autoidentificam como pertencentes a mais de um grupo, como, por
exemplo, quilombolas que atuam como vazanteiros; agricultores familiares sem-terra; ribeirinhos que
sobrevivem também como pescadores artesanais e extrativistas. Da mesma forma, muitas vezes há mais de
um dano ambiental, mais de um agravo à saúde e mais de um responsável pelo conflito. Essa sobreposição
faz com que os percentuais dos gráficos, se somados, cheguem a mais de 100%.
Fonte: Elaborado pelos autores com base nos dados do Mapa de Conflitos Envolvendo Injustiça Ambiental
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