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AULA 04
CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
A
Olá, alunos! Vamos começar mais uma aula!
Vamos falar sobre uma das regras do bem falar e do bem escrever:
concordância nominal e verbal. Um texto coeso é aquele que, além de
outros aspectos, tem a concordância impecável! Veremos as regras e os usos,
bem como as exceções, hehe!
SUMÁRIO
CONCORDÂNCIA NOMINAL.....................................................................02
CONCORDÂNCIA VERBAL.......................................................................10
RESUMO..............................................................................................26
QUESTÕES COMENTADAS.......................................................................27
LISTA DE QUESTÕES QUE FORAM COMENTADAS NESTA AULA...................66
GABARITO............................................................................................92
O MEU ATÉ BREVE.................................................................................92
CONCORDÂNCIA NOMINAL
Explicando...
1) O adjetivo inoportuno está concordando com o substantivo mais
próximo no masculino singular: lugar.
2) O adjetivo inoportuna, agora posposto aos substantivos, concorda
com o mais próximo: hora.
3) Neste caso, o adjetivo inoportunos concorda com os dois
substantivos, estando no masculino plural: lugar e hora.
E o que é um predicativo?
É o termo da oração que dá características ou ao sujeito da oração ou ao
objeto (complemento verbal). Assim, nos exemplos:
a) Sua vida não tem nada de sedutor (embora pareça errado, está
certo! O adjetivo “sedutor” está regido pela preposição “de”, por isso fica no
masculino singular).
b) Sua vida não tem nada de sedutora. (Concordância atrativa para o
feminino – concorda com “sua vida”)
c) Os edifícios da cidade nada têm de elegantes. (Aqui houve
concordância atrativa para o plural – “os edifícios elegantes”).
AL/RN/2013/Analista Legislativo
O uso correto da concordância nominal e verbal está em:
a) A surpresa é os prêmios e era preciso a coragem para descartar as
grandes emoção e as lágrimas.
b) Os falsos poetas perceberam que haviam muitas estruturas poéticas
que ainda desconheciam.
c) Aos poetas, foi-lhe penoso participar daquelas concentrações monstros
na frente da academia.
CONCORDÂNCIA VERBAL
Exemplos:
(...)
Camila Rabelo. Moscovici é Doutor Honoris Causa. Internet: <www.secom.unb.br> (com
adaptações).
FUB/2015/Administrador/CESPE
O emprego da forma verbal “são” (l.2) na terceira pessoa do plural
justifica-se pela concordância com os núcleos do sujeito da oração:
“originalidade” e “capacidade”, ambos na linha 1.
( ) CERTO
( ) ERRADO
Regra geral:
O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.
(...)
Até Montesquieu, não eram identificadas com clareza as esferas de
abrangência dos poderes políticos: “só se concebia sua união nas mãos de um
só ou, então, sua separação; ninguém se arriscava a apresentar, sob a forma
de sistema coerente, as consequências de conceitos diversos”. Pensador
francês do século XVIII, Montesquieu situa-se entre o racionalismo cartesiano
e o empirismo de origem baconiana, não abandonando o rigor das certezas
matemáticas em suas certezas morais. Porém, refugindo às especulações
metafísicas que, no plano da idealidade, serviram aos filósofos do pacto social
para a explicação dos fundamentos do Estado ou da sociedade civil, ele
procurou ingressar no terreno dos fatos.
Fernanda Leão de Almeida. A garantia institucional do Ministério Público em
função da proteção dos direitos humanos. Tese de doutorado. São Paulo: USP, 2010, p.
18-9. Internet: <www.teses.usp.br> (com adaptações).
Casos especiais:
Atenção:
Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir
para o plural.
Ex.: A multidão de fãs gritou.
A multidão de fãs gritaram.
Dicas:
Com os pronomes interrogativos ou indefinidos no singular, o
verbo concorda em pessoa e número.
Ex.: Qual de vós me punirá.
Regra geral
O verbo vai para o plural.
Ex.: João e Maria foram passear no bosque.
Comentário:
a) Ao autor do texto não incomodam as pessoas ouvirem qualquer coisa,
mas sim o que a elas não é facultado conhecerem. – ERRADA. O erro está no
verbo “incomodar”, ele deveria estar no singular, uma vez que o seu sujeito é
oracional, ou seja, é uma oração. Colocando o período na ordem direta
podemos, fica fácil perceber: as pessoas ouvirem qualquer coisa (oração
subjetiva – sujeito) não incomoda ao autor.
b) Não deve representar uma humilhação para nós as eventuais falhas de
redação, que pode e precisa ser sanada. – ERRADA. As falhas de redação
podem e precisam ser sanadas. Faltou concordância com o núcleo do sujeito
falhas.
c) Difunde-se, já há muito tempo, preconceitos contra a grande arte, sob
a alegação de que ela é produzida para uma pequena elite. – ERRADA. A
oração “difunde-se (...) preconceitos...” está errada, pois traz o uso da voz
passiva sintética. Estando no plural o sujeito posposto “preconceitos”, o verbo
“difundir” também deveria estar: difundem-se preconceitos.
d) Caso não hajam opções reais, o público acabará tendo acesso não a
obras de arte, mas a mercadorias em oferta. – ERRADA. O verbo “haver” no
sentido de “existir” é impessoal e deve ficar no singular: caso não haja opções
reais.
e) Traumatizados pelos decibéis do som que os atormenta, ocorre a
alguns motoristas reagir com violência a esses abusos. – CORRETA. O verbo
atormentar está no singular porque o sujeito dele é som, não decibéis.
GABARITO: E
Casos especiais:
Ex.: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis (2ª pessoa do plural)
amigos.
O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem prioridade sobre a 3ª.
Outros casos:
1) Partícula “SE”:
A - Partícula apassivadora (voz passiva): o verbo (transitivo direto)
concordará com o sujeito passivo.
Ex.: Vende-se carro.
Vendem-se carros.
2) Verbos impessoais
São aqueles que não possuem sujeito. Portanto, ficarão sempre na 3ª
pessoa do singular.
Exemplos:
Havia sérios problemas na cidade.
Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar.
Deve haver sérios problemas na cidade.
Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar.
4) Sujeito oracional
Nada melhor do que praticar! Vamos fazer isso agora. A fixação das
regras irá melhorar muito!!
Foco, galera!!
O poeta Ferreira Gullar disse há tempos uma frase que gosta de repetir:
“A crase não existe para humilhar ninguém". Entenda-se: há normas
gramaticais cuja razão de ser é emprestar clareza ao discurso escrito, valendo
como ferramentas úteis e não como instrumentos de tortura ou depreciação de
alguém.
Acho que o sentido dessa frase pode ampliar-se: “A arte não existe para
humilhar ninguém", entendendo-se com isso que os artistas existem para
estimular e desenvolver nossa sensibilidade e inteligência do mundo, e não
para produzir obras que separem e hierarquizem as pessoas. Para ficarmos no
terreno da música: penso que todos devem escolher ouvir o que gostam, não
aquilo que alguém determina. Mas há aqui um ponto crucial, que vale a pena
discutir: estamos mesmo em condições de escolher livremente as músicas de
que gostamos?
Para haver escolha real, é preciso haver opções reais. Cada vez que um
carro passa com o som altíssimo de graves repetidos praticamente sem
variação, num ritmo mecânico e hipnótico, é o caso de se perguntar: houve aí
uma escolha? Quem alardeia os infernais decibéis de seu som motorizado
pela cidade teve a chance de ouvir muitos outros gêneros musicais? Conhece
muitos outros ritmos, as canções de outros países, os compositores de outras
épocas, as tendências da música brasileira, os incontáveis estilos musicais já
inventados e frequentados? Ou se limita a comprar no mercado o que está
vendendo na prateleira dos sucessos, alimentando o círculo vicioso e enganoso
do “vende porque é bom, é bom porque vende"?
Comentário:
a) Ao autor do texto não incomodam as pessoas ouvirem qualquer coisa,
mas sim o que a elas não é facultado conhecerem. – ERRADA. O erro está no
verbo “incomodar”, ele deveria estar no singular, uma vez que o seu sujeito é
oracional, ou seja, é uma oração. Colocando o período na ordem direta
Comentário:
a) Cada uma das expressões dos produtos da indústria cultural
reproduzem as pessoas tais como foram estereotipadas pela indústria como
um todo. - Errada. Cada um (a), (as), (de), (dos), (das) sendo o sujeito
da frase, a regra geral é: verbo na 3ª do singular = cada uma das
expressões dos produtos da indústria cultural reproduz as pessoas tais como...
b) Na atual era da informática, o uso de computadores pessoais e de
diversos recursos interativos levanta novas questões para a indústria
cultural. Correta. Segundo a regra geral, o verbo deve concordar com o
sujeito: o uso. O uso de computadores é que levanta novas questões.
Nosso jeitinho
GABARITO: B
Véus são lançados. O verbo lançar deve ficar no plural para concordar com o
sujeito véus.
d) merece uma única correção: "fazem mal", em lugar de "faz mal".
CORRETA. O verbo fazer deve concordar no plural com o sujeito notícias: As
notícias ... fazem mal às pessoas.
e) tem de, entre outras, receber obrigatoriamente a alteração de "às
pessoas" para "as pessoas". ERRADA. A crase deve permanecer, pois fazer mal
é a alguém, o uso da preposição a, que aglutina com o artigo feminino de as
pessoas formando a crase, é obrigatório (a prep.. + as artigo = às.
GABARITO: D
Comentário:
a) Correta. Grande parte se produz... o verbo concordou com o sujeito
partitivo.
b) embora separados por “dizem os especialistas” o sujeito do verbo
caracterizar é hipercrescimento e deve concordar com ele: o
hipercrescimento caracteriza algumas...
c) o verbo existir deve concordar normalmente com o seu sujeito: nem
sempre existiram cidades tão populosas...
d) o verbo haver no sentido de existir é impessoal e sendo o verbo
principal da oração, ele transmite a sua impessoalidade para o verbo auxiliar
(dever). O ideal é: deve haver muitos contrastes entre as pessoas ou devem
existir muitos contrastes entre as pessoas.
Menino do mato
a) II.
b) III.
c) I e III.
d) I e II.
e) II e III.
Senta-te aqui ao meu lado, amiga, e te contarei uma história. Faz tempo
que não te conto uma história na beira deste cais. A noite está cheia de
estrelas, são homens valentes que morreram. Senta-te aqui, dá-me tua mão,
vou te contar a história de um homem valente. Vês aquela estrela lá longe,
mais além do navio fundeado, mais além do forte velho, da sombra das ilhas?
Deve ser ele iluminando o céu da Bahia. [...]
Já viste da beira do cais o vento noroeste se despenhar sobre a cidade e o
mar, levar embarcações, desatracar navios, mudar o rumo de transatlânticos,
transformar a cor das águas? É rápido, inquietante, belo, quase irreal. Dura
um instante na medida do tempo. Mas, mesmo depois que o noroeste passa e
volta a calmaria, fica a sua lembrança e é impossível esquecê-lo porque tudo
mudou na face das coisas: é outra a fisionomia do cais e o ar que se respira é
mais puro. Assim, negra, foi Castro Alves. Tinha a força do vento noroeste, o
seu ímpeto, a sua violência. Tinha a sua beleza também. E deixou o ar mais
puro, a sua lembrança imortal.
Tinha a precocidade desses moleques de rua a quem acaricias a cabeça e
dos quais te contei a história. Começou muito moço e muito moço terminou.
Foi o mais belo espetáculo de juventude e de gênio que os céus da América
presenciaram.
No tempo que andou nestas e noutras ruas, disse tantas e tão belas
coisas, amiga, que sua voz ficou soando para sempre e é cada vez mais alta e
cada vez mais a voz de centenas, de milhares, de milhões de pessoas. É a sua
voz, negra, é a voz do cais inteiro e da cidade lá atrás também. Falou por
todos nós como nenhum de nós falaria. É ainda hoje o maior e o mais moço de
todos nós.
No teatro grande lá de cima ouviste certa vez uma numerosa orquestra.
Lembras-te da hora em que os músicos se juntaram todos num esforço
supremo e produziram com os seus instrumentos e com sua virtuosidade uma
nota mais alta que todas, que todas mais bela, nota que ficou soando na sala
mesmo após a saída dos espectadores? Pois assim foi Castro Alves. Há
momentos no mundo em que todas as forças de uma nação se conjugam e,
como uma nota mais alta que todas, aparece, tranquilo e terrível,
demoniacamente belo, justo e verdadeiro, um gênio. Nasce dos desejos do
povo, das necessidades do povo. Nunca mais morre, imortal como o povo.
Este, cuja história vou te contar, foi amado e amou muitas mulheres.
Vieram brancas, judias e mestiças, tímidas e afoitas, para os seus braços e
para o seu leito. Para uma, no entanto, guardou ele as melhores palavras, as
mais doces, as mais ternas, as mais belas. Essa noiva tem um nome lindo,
negra: liberdade.
Vê no céu, ele brilha, é a mais poderosa das estrelas. Mas o encontrarás
também nas ruas de qualquer cidade, no quarto de qualquer casa. Seja onde
for que haja jovens, corações pulsando pela humanidade, em qualquer desses
corações encontrarás Castro Alves.
Dá-me agora tua mão direita, ouve o ABC do poeta.
(Jorge Amado. ABC de Castro Alves; 14. ed. São Paulo: Martins, 1968. p. 15-17)
Não é a alternativa B
São: terceira pessoa do presente do indicativo.
Morreram: terceira pessoa do pretérito perfeito do indicativo.
Não é a alternativa C
Faz: terceira pessoa do presente do indicativo.
Conto: primeira pessoa do presente do indicativo.
Não é a alternativa D
Alternativa correta: E
Vê: terceira pessoa do presente do indicativo.
Ouve: terceira pessoa do presente do indicativo.
GABARITO: E
Comentário:
17. (TRT – 16ª REGIÃO – 2014 – Analista Judiciário – FCC) Há, além
disso, uma dificuldade relativa à ciência. Algumas das terapias disponíveis já
têm quatro ou cinco décadas de existência. Investimentos em pesquisa
poderiam levar a estratégias de prevenção e cura mais efetivas. Como essas
doenças não são rentáveis, porém, os grandes laboratórios raras vezes se
interessam por esse nicho.
Duas sociedades
Comentário:
a) Vejam-se que os intentos de formação de uma sociedade monorracial
redundam em sentimento de intolerância com a diversidade étnica. – ERRADA.
O sujeito do verbo ver é oracional, é a segunda oração. Quando isso ocorre a
regra diz que o verbo deverá ficar no singular: Veja-se.
b) Devem-se à rigidez da formação histórica dos Estados Unidos os
conflitos dramáticos de consciência dos indivíduos. – CORRETA. O sujeito que
deixa o verbo no plural é os conflitos dramáticos de consciência dos
indivíduos. Na ordem direta temos: os conflitos dramáticos de consciência
dos indivíduos devem-se à rigidez da formação histórica dos Estados Unidos.
c) Nos Estados Unidos, conferem-se aos grupos e aos indivíduos o
intolerável arbítrio das discriminações sociais. – ERRADA. O sujeito do verbo
conferir é o intolerável arbítrio das discriminações sociais”, o que não
justifica o verbo no plural, uma vez que o núcleo é “arbítrio”, no singular e o
verbo deve concordar com ele.
d) Corresponde ao duro modelo bíblico do povo eleito as brutalidades com
que são tratados os estranhos. – ERRADA. A concordância do verbo deveria se
dar com “as brutalidades com que são tratados os estranhos”, no plural:
correspondem.
e) Não se permitem juízos e comportamentos mais flexíveis quem se
formou na mais rigorosa ordem legal e religiosa. – ERRADA. Quem se formou
na mais rigorosa ordem legal e religiosa não se PERMITE juízos e
comportamentos... sujeito oracional = verbo no singular.
GABARITO: B
Texto I
Comentário: questão que sempre aparece nas provas da FCC. O verbo vir
está no presente do indicativo, um verbo que está também neste tempo e
modo é: sai, alternativa D.
Fez, esteve: pretérito perfeito do indicativo.
Via: pretérito imperfeito do indicativo.
Voltasse: pretérito imperfeito do subjuntivo.
GABARITO: D
O poeta Ferreira Gullar disse há tempos uma frase que gosta de repetir:
“A crase não existe para humilhar ninguém". Entenda-se: há normas
gramaticais cuja razão de ser é emprestar clareza ao discurso escrito, valendo
como ferramentas úteis e não como instrumentos de tortura ou depreciação de
alguém.
Acho que o sentido dessa frase pode ampliar-se: “A arte não existe para
humilhar ninguém", entendendo-se com isso que os artistas existem para
estimular e desenvolver nossa sensibilidade e inteligência do mundo, e não
para produzir obras que separem e hierarquizem as pessoas. Para ficarmos no
terreno da música: penso que todos devem escolher ouvir o que gostam, não
aquilo que alguém determina. Mas há aqui um ponto crucial, que vale a pena
discutir: estamos mesmo em condições de escolher livremente as músicas de
que gostamos?
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 66 de 92
Língua Portuguesa p/ ISS Teresina
Todos os cargos
Teoria e Questões Comentadas
Profª Rafaela Freitas Aula 04
Para haver escolha real, é preciso haver opções reais. Cada vez que um
carro passa com o som altíssimo de graves repetidos praticamente sem
variação, num ritmo mecânico e hipnótico, é o caso de se perguntar: houve aí
uma escolha? Quem alardeia os infernais decibéis de seu som motorizado
pela cidade teve a chance de ouvir muitos outros gêneros musicais? Conhece
muitos outros ritmos, as canções de outros países, os compositores de outras
épocas, as tendências da música brasileira, os incontáveis estilos musicais já
inventados e frequentados? Ou se limita a comprar no mercado o que está
vendendo na prateleira dos sucessos, alimentando o círculo vicioso e enganoso
do “vende porque é bom, é bom porque vende"?
Não digo que A é melhor que B, ou que X é superior a todas as letras do
alfabeto; digo que é importante buscar conhecer todas as letras para escolher.
Nada contra quem escolhe um “batidão" se já ouviu música clássica, desde que
tenha tido realmente a oportunidade de ouvir e escolher compositores clássicos
que lhe digam algo. Não acho que é preciso escolher, por exemplo, entre os
grandes Pixinguinha e Bach, entre Tom Jobim e Beethoven, entre um forró e a
música eletrônica das baladas, entre a música dançante e a que convida a uma
audição mais serena; acho apenas que temos o direito de ouvir tudo isso antes
de escolher. A boa música, a boa arte, esteja onde estiver, também não existe
para humilhar ninguém.
(João Cláudio Figueira, inédito)
d) Caso não hajam opções reais, o público acabará tendo acesso não a
obras de arte, mas a mercadorias em oferta.
e) Traumatizados pelos decibéis do som que os atormenta, ocorre a
alguns motoristas reagir com violência a esses abusos.
portuguesa) não parece uma atitude que contribua para uma significativa
experiência da leitura dos folhetos. Há que respeitá-los e admirá-los sobretudo
pelo que já são: testemunhos do mundo imaginário a que se dedicaram
talentosos escritores de extração popular.
(Adaptado de: MARINHO, Ana Cristina e PINHEIRO, Hélder. O cordel no cotidiano
escolar. São Paulo: Cortez, 2012)
Nosso jeitinho
No sistema havia também uma estação que desviava a água para diversos
reservatórios. Assim, os maias supriam a necessidade de água da população,
estimada em 80 mil em Tikal, próximo ao ano 700, além das estimativas de
mais cinco milhões de pessoas que viviam na região das planícies maias ao sul.
No final do século IX a área foi abandonada e os motivos que levaram ao
seu colapso ainda são questionados e debatidos pelos pesquisadores. Para
Scarborough é muito difícil dizer o que de fato aconteceu. “Minha visão pessoal
é que o colapso envolveu diferentes fatores que convergiram de tal modo
nessa sociedade altamente bem-sucedida que agiram como uma ‘perfeita
tempestade’. Nenhum fator isolado nessa coleção poderia tê-los derrubado tão
severamente”, disse o pesquisador à Folha de S. Paulo.
Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a ruína dessa
sociedade, uma vez que eles dependiam muito dos reservatórios que eram
preenchidos pela chuva. É provável que a população tenha crescido muito além
da capacidade do ambiente, levando em consideração as limitações
tecnológicas da civilização. “É importante lembrar que os maias não estão
mortos. A população agrícola que permitiu à civilização florescer ainda é muito
viva na América Central”, lembra o pesquisador.
(Adaptado de Revista Dae, 21 de Junho de 2013,
www.revistadae.com.br/novosite/noticias_interna.php?id=8413)
Menino do mato
Senta-te aqui ao meu lado, amiga, e te contarei uma história. Faz tempo
que não te conto uma história na beira deste cais. A noite está cheia de
estrelas, são homens valentes que morreram. Senta-te aqui, dá-me tua mão,
vou te contar a história de um homem valente. Vês aquela estrela lá longe,
mais além do navio fundeado, mais além do forte velho, da sombra das ilhas?
Deve ser ele iluminando o céu da Bahia. [...]
Já viste da beira do cais o vento noroeste se despenhar sobre a cidade e o
mar, levar embarcações, desatracar navios, mudar o rumo de transatlânticos,
transformar a cor das águas? É rápido, inquietante, belo, quase irreal. Dura
um instante na medida do tempo. Mas, mesmo depois que o noroeste passa e
volta a calmaria, fica a sua lembrança e é impossível esquecê-lo porque tudo
mudou na face das coisas: é outra a fisionomia do cais e o ar que se respira é
mais puro. Assim, negra, foi Castro Alves. Tinha a força do vento noroeste, o
seu ímpeto, a sua violência. Tinha a sua beleza também. E deixou o ar mais
puro, a sua lembrança imortal.
(Jorge Amado. ABC de Castro Alves; 14. ed. São Paulo: Martins, 1968. p. 15-17)
17. (TRT – 16ª REGIÃO – 2014 – Analista Judiciário – FCC) Há, além
disso, uma dificuldade relativa à ciência. Algumas das terapias disponíveis já
têm quatro ou cinco décadas de existência. Investimentos em pesquisa
poderiam levar a estratégias de prevenção e cura mais efetivas. Como essas
doenças não são rentáveis, porém, os grandes laboratórios raras vezes se
interessam por esse nicho.
Duas sociedades
Texto I
1) E 11) E
2) B 12) C
3) B 13) B
4) D 14) E
5) B 15) E
6) D 16) C
7) E 17) D
8) A 18) E
9) C 19) B
10) A 20) D