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CENTRO DE EDUCAÇÃO
MEN
2005
SANTA MARIA RS
2005, Laudete Vani Balestreri1
Capa e Projeto Gráfico
Lau Balestreri
Revisão
Marilda Oliveira de Oliveira 2
Impressão
Gráfica Universitária
1
Prof.ª Substituta do Depto de Metodologia - Centro de Educação –
Educação – UFSM.
UFSM. Bacharel e Licenciada
em Artes Visuais pela UFSM.
2
Prof.ª Adjunta do Depto de Metodologia do Ensino - Centro de Educação –
Educação – UFSM.
UFSM.
Drª em História da Arte e Mestre em Antropologia Social, ambas pela Universidade de Barcelona,
Espanha.
2005, Laudete Vani Balestreri1
Capa e Projeto Gráfico
Lau Balestreri
Revisão
Marilda Oliveira de Oliveira 2
Impressão
Gráfica Universitária
1
Prof.ª Substituta do Depto de Metodologia - Centro de Educação –
Educação – UFSM.
UFSM. Bacharel e Licenciada
em Artes Visuais pela UFSM.
2
Prof.ª Adjunta do Depto de Metodologia do Ensino - Centro de Educação –
Educação – UFSM.
UFSM.
Drª em História da Arte e Mestre em Antropologia Social, ambas pela Universidade de Barcelona,
Espanha.
METODOLOGIA DO ENSINO
DAS ARTES VISUAIS
EDUCAÇÃO INFANTIL
Pedagogia
ANOS INICIAIS
Pedagogia
EDUCAÇÃO ESPECIAL
Habilitação: Def. Mentais
Def. Áudio Comu
Comunicação
SUMÁRIO
Natureza Função
Funçã o e Objetivos da Arte.........................
Arte.......................................
............................
..................001
....001
Desenvolvimento Gráfico-
Gráfico-Plástico da Criança...................................
Criança...............................................019
......019
Criatividade e Expressão..
Expressão..............
..........................
............................
...........................
.........................
............ .........052
.........052
Planejamento de Ensino..........
Ensino......................
.........................
...........................
...........................
....................
....... ........087
........087
Leitura de Imagens............................
Imagens..........................................
............................
............................
............................
................ 108
O Jogo e o Brinquedo..........................
Brinquedo........................................
.............................
............................
....................
....... ......114
......114
História da Arte.........................
Arte......................................
...........................
............................
............................
...................
..... ......129
......129
Bibliografia......................
Bibliografia....................................
............................
............................
...........................
...........................
................ ......206
......206
Programa da Disciplina...........................
Disciplina........................................
...........................
.............................
...................
.... ......2
......214
SANTA MARIA-RS
UFSM - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - CENTRO DE EDUCAÇÃO
NATUREZA FUNÇÃO E
OBJETIVO DA ARTE
===============================================================
Parâmetros Curriculares Nacionais
Arte
Na proposta geral dos Parâmetros Curriculares Nacionais, a Arte tem uma
função tão importante quanto a dos outros conhecimentos no processo de ensino
e aprendizagem. Assim, a área de Arte está relacionada com as demais áreas e
tem suas especificidades.
A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e
da percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar
sentido à experiência humana, onde o aluno desenvolve sua sensibilidade,
percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de
apreciar, ler e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas nas
diferentes culturas.
Esta área também favorece ao aluno relacionar-se criadoramente com as
outras disciplinas do currículo. Por exemplo, o aluno que conhece arte pode
estabelecer relações mais amplas quando estuda um determinado período
histórico. Por isso, um aluno que exercita continuamente sua imaginação estará
mais habilitado a construir um texto, ou a desenvolver estratégias pessoais para
resolver um problema matemático.
Uma função igualmente importante que o ensino da arte tem a cumprir diz
respeito à dimensão social das manifestações artísticas. A arte de cada cultura
revela o modo de perceber, sentir e articular significados e valores que governam
os diferentes tipos de relações entre os indivíduos na sociedade. A arte solicita a
visão, a escuta e os demais sentidos como portas de entrada para uma
compreensão mais significativa das questões sociais. Essa forma de comunicação
é rápida e eficaz, pois atinge o interlocutor através de uma síntese ausente na
explicação dos fatos.
Assim, conhecendo a arte de outras culturas, o aluno poderá compreender
a relatividade dos valores que estão enraizados nos seus modos de pensar e agir,
que pode criar um campo de sentido para a valorização do que lhe é próprio e
favorecer abertura à riqueza e à diversidade da imaginação humana. Além disso,
torna-se capaz de perceber sua realidade cotidiana mais vivamente,
reconhecendo objetos e formas que estão à sua volta, no exercício de uma
observação crítica do que existe na sua cultura, podendo criar condições para
uma qualidade de vida melhor.
A arte também está presente na sociedade em profissões que são
exercidas nos mais diferentes ramos de atividades, portanto, o conhecimento em
arte se faz necessário no mundo do trabalho e é parte do desenvolvimento
profissional dos cidadãos.
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Por isso, uma obra de arte não é mais avançada, mais evoluída, nem mais
correta do que outra qualquer.
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Vincent Van Gog “Noite Estrelada” Nova Iorque, The Metropolitan Museun of Art
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CONTEÚDOS
Os Parâmetros Curriculares Nacionais enfatizam o ensino e a
aprendizagem de conteúdos que colaboram para a formação do cidadão,
buscando igualdade de participação e compreensão sobre a produção nacional e
internacional de arte. A seleção e a ordenação de conteúdos gerais de Arte têm
como pressupostos a clarificação de alguns critérios, que também encaminham a
elaboração dos conteúdos de Artes Visuais, Música, Teatro e Dança e, no
conjunto, procuram promover a formação artística e estética do aprendiz e a sua
participação na sociedade.
Não estão definidas aqui as modalidades artísticas a serem trabalhadas a
cada ciclo, mas são oferecidas condições para que as diversas equipes possam
definir em suas escolas os projetos curriculares.
Sabe-se que, nas escolas e nas comunidades onde elas estão inseridas, há
uma diversidade de recursos humanos e materiais disponíveis; portanto,
considerando a realidade concreta das escolas, ressaltam-se alguns aspectos
fundamentais para os projetos a serem desenvolvidos.
É desejável que o aluno, ao longo da escolaridade, tenha oportunidade de
vivenciar o maior número de formas de arte; entretanto, isso precisa ocorrer de
modo que cada modalidade artística possa ser desenvolvida e aprofundada.
Partindo dessas premissas, os conteúdos da área de Arte devem estar
relacionados de tal maneira que possam sedimentar a aprendizagem artística dos
alunos do ensino fundamental. Tal aprendizagem diz respeito à possibilidade de
os alunos desenvolverem um processo contínuo e cada vez mais complexo no
domínio do conhecimento artístico e estético, seja no exercício do seu próprio
processo criador, através das formas artísticas, seja no contato com obras de arte
e com outras formas presentes nas culturas ou na natureza. O estudo, a análise e
a apreciação das formas podem contribuir tanto para o processo pessoal de
criação dos alunos como também para o conhecimento progressivo e significativo
da função que a arte desempenha nas culturas humanas.
O conjunto de conteúdos está articulado dentro do contexto de ensino e
aprendizagem em três eixos norteadores: a produção, a leitura e a reflexão.
A produção refere-se ao fazer artístico e ao conjunto de questões a ele
relacionadas, no âmbito do fazer do aluno e dos produtores sociais de arte.
A leitura refere-se à apreciação significativa de arte e do universo a ela
relacionado. Tal ação contempla a leitura da produção dos alunos e da produção
histórico-social em sua diversidade.
A reflexão refere-se à construção de conhecimento sobre o trabalho
artístico pessoal e dos colegas e sobre a arte como produto da história e da
multiplicidade das culturas humanas, com ênfase na formação cultivada do
cidadão. (Proposta Triangular)
Os três eixos estão articulados na prática, de modo que, ao mesmo tempo
mantêm seus espaços próprios. Os conteúdos poderão ser trabalhados em
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ARTES VISUAIS
As artes visuais e plástica, além das formas tradicionais (pintura, escultura,
desenho, gravura, arquitetura, artefato, desenho industrial), incluem outras
linguagens que resultam dos avanços tecnológicos e transformações estéticas a
partir da modernidade (fotografia, artes gráficas, cinema, televisão, vídeo,
computação, performance).
Cada uma dessas visualidades é utilizada de modo particular e em várias
possibilidades de combinações entre imagens, por intermédio das quais os alunos
podem expressar-se e comunicar-se entre si de diferentes maneiras.
O mundo atual caracteriza-se por uma utilização da visualidade em
quantidades inigualáveis na história, criando um universo de exposição múltipla
para os seres humanos, o que gera a necessidade de uma educação para saber
perceber e distinguir sentimentos, sensações, idéias e qualidades. Por isso o
estudo das visualidades pode ser integrado nos projetos educacionais. Tal
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O que é Arte?
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DESENVOLVIMENTO GRÁFICO-PLÁSTICO
DA CRIANÇA
===============================================================
Concepção de diferentes autores
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AUTORES:
HENRI WALLON
Nasceu na França em 1879. Antes de chegar à psicologia passou pela
filosofia e medicina e ao longo de sua carreira foi cada vez mais explícita a
aproximação com a educação. Em 1902, com 23 anos, formou-se em filosofia pela
Escola Normal Superior, cursou também medicina, formando-se em 1908.
Viveu num período marcado por instabilidade social e turbulência política.
As duas guerras mundiais (1914-18 e 1939-45), o avanço do fascismo no período
entre guerras, as revoluções socialistas e as guerras para libertação das colônias
na África atingiram boa parte da Europa e, em especial, a França.
Em 1925 funda um laboratório destinado à pesquisa e ao atendimento de
crianças ditas deficientes. Ainda em 1925 publica sua tese de doutorado, “A
Criança Turbulenta” . Inicia um período de intensa produção com todos os livros
voltados para a psicologia da criança. O último livro, “Origens do pensamento na
criança” , foi escrito e publicado em 1945.
Em 1931 viaja para Moscou e é convidado para integrar o Círculo da Rússia
Nova, grupo formado por intelectuais que se reuniam com o objetivo de aprofundar
o estudo do materialismo dialético e de examinar as possibilidades oferecidas por
este referencial aos vários campos da ciência.
Em 1942, filiou-se ao Partido Comunista, do qual já era simpatizante.
Manteve ligação com o partido até o final da vida. Em 1948 cria a revista
‘Enfance’. Neste periódico, que ainda hoje tenta seguir a linha editorial inicial, as
publicações servem como instrumento de pesquisa para os pesquisadores em
psicologia e fonte de informação para os educadores. Faleceu em 1962.
Segundo sua teoria, a gênese da inteligência é genética e organicamente
social, ou seja, o ser humano é organicamente social e sua estrutura supõe a
intervenção da cultura para se atualizar. Nesse sentido, a teoria do
desenvolvimento cognitivo de Wallon é centrada na psicogênese da pessoa
completa. Assim, o desenvolvimento da criança aparece descontínuo, marcado
por contradições e conflitos, resultado da maturação e das condições ambientais,
provocando alterações qualitativas no seu comportamento em geral.
Wallon apresenta cinco estágios de desenvolvimento do ser humano que se
sucedem em fases com predominância afetiva e cognitiva. São eles:
Impulsivo-emocional: que ocorre no primeiro ano de vida. A
predominância da afetividade orienta as primeiras reações do bebê com as
pessoas, as quais, intermediam sua relação com o mundo físico;
Sensório-motor e Projetivo: que vai até os três anos. A aquisição da
marcha e da prensão, dão à criança maior autonomia na manipulação de
objetos e na exploração dos espaços. Também, nesse estágio, ocorre o
desenvolvimento da função simbólica e da linguagem. O termo projetivo
refere-se ao fato da ação do pensamento precisar dos gestos para se
exteriorizar. O ato mental "projeta - se" em atos motores
Personalismo: ocorre dos três aos seis anos. Nesse estágio desenvolve-
se a construção da consciência de si mediante as interações sociais,
reorientando o interesse das crianças pelas pessoas;
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LEV S. VYGOTSKY
Lev S. Vygotsky (1896-1934), professor e pesquisador foi contemporâneo
de Piaget. Nasceu em Orsha, pequena cidade da Bielorusia em 17 de novembro
de 1896, e morreu de tuberculose quando tinha 37 anos.
Construiu sua teoria tendo por base o desenvolvimento do indivíduo como
resultado de um processo sócio-histórico, enfatizando o papel da linguagem e da
aprendizagem nesse desenvolvimento, sendo essa teoria considerada histórico-
social. Sua questão central é a aquisição de conhecimentos pela interação do
sujeito com o meio.
As concepções de Vygotsky sobre o funcionamento do cérebro humano o
colocam como a base biológica, e suas peculiaridades definem limites e
possibilidades para o desenvolvimento humano. Essas concepções fundamentam
sua idéia de que as funções psicológicas superiores (por ex. linguagem e
memória) são construídas, ao longo da história social do homem, através de sua
relação com o mundo. Desse modo, as funções psicológicas superiores referem-
se a processos voluntários, ações conscientes, mecanismos intencionais e
dependem de processos de aprendizagem.
Uma idéia central para a compreensão de suas concepções sobre o
desenvolvimento humano como processo sócio-histórico é a idéia de mediação.
Enquanto sujeito do conhecimento o homem não tem acesso direto aos objetos,
mas acesso mediado, através de recortes do real, operados pelos sistemas
simbólicos de que dispõe, portanto Vygotsky enfatiza a construção do
conhecimento como uma interação mediada por várias relações, ou seja, o
conhecimento não está sendo visto como uma ação do sujeito sobre a realidade,
assim como no construtivismo e sim, pela mediação feita por outros sujeitos. O
outro social, pode apresentar-se por meio de objetos, da organização do ambiente
e do mundo cultural que rodeia o indivíduo.
Segundo ele, a interação social e o instrumento lingüístico são decisivos
para o desenvolvimento. Existem, pelo menos dois níveis de desenvolvimento
identificados por Vygotsky: um real , já adquirido ou formado, que determina o que
a criança já é capaz de fazer por si própria, e um potencial , ou seja, a capacidade
de aprender com outra pessoa. Que a aprendizagem interage com o
desenvolvimento, produzindo abertura nas zonas de desenvolvimento proximal
(distância entre aquilo que a criança faz sozinha e o que ela é capaz de fazer com
a intervenção de um adulto); ou seja, distância entre o nível de desenvolvimento
real e o potencial nas quais as interações sociais são centrais, estando então,
ambos os processos, aprendizagem e desenvolvimento, inter-relacionados; assim,
um conceito que se pretenda trabalhar, como por exemplo, em arte, requer
sempre um grau de experiência anterior para a criança.
Para Vygotsky, o sujeito não é apenas ativo, mas interativo, porque forma
conhecimentos e se constitui a partir de relações intra e interpessoais. É na troca
com outros sujeitos e consigo próprio que se vão internalizando conhecimentos,
papéis e funções sociais, o que permite a formação de conhecimentos e da
própria consciência. Trata-se de um processo que caminha do plano social —
relações interpessoais para o plano individual interno — relações intrapessoais .
Quanto ao desenvolvimento da expressão gráfico-plástica infantil, vejamos
abaixo como Vygotsky identifica e distingue cada etapa:
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partir das interações com objetos físicos e com outras pessoas, adquiridos por
meio de sistemas de percepções sensoriais e interações motoras, que são
estimuladas pelo mundo externo, mesmo em crianças com dificuldades ou
limitações físicas. Segundo ele, relações de causa-efeito, compreensões da
natureza e da constituição de objetos e do mundo, bem como dos números,
formarão a base das teorias que surgirão mais tarde.
No Segundo momento, denominado por ele de Simbólico, a criança
constrói seus símbolos por meio de ações, objetos e conceitos. Na verdade, são
representações sobre representações. Ex: fingir beber numa xícara. Isso
representa um significado e tem uma função lúdica e comunicativa, implicando
uma conversa interna, tornada possível pela interiorização da ação e expressada
pelas representações verbais, visuais, gestuais, sonoras e plásticas. Afinal, nas
palavras de Gardner: “muito conhecimento é aprendido e comunicado através de
gestos e outros meios paralingüísticos. A descrição dos aspectos do mundo
através de desenhos, construções com blocos ou argila, ou outros veículos
icônicos, é um acesso ao simbólico de grande significação na primeira infância”.
O Terceiro momento é descrito por Gardner como a Idade de Ouro do
Desenho pois aos 4, 5 e 6 anos a criança elabora soluções criativas para
expressar o espaço, a sobreposição, o que tem por baixo ou por traz das coisas,
criando uma lógica e uma coerência perfeitamente adequadas aos seus intentos.
Agora a criança tem intenção de buscar verossimilhança em sua representação,
procurando convenções e regras com uma certa exigência. Por essas
características, Gardner denomina este período de Notacional — a criança é
dominada pelo desejo de registrar tudo: o que vê, sabe, intui e imagina.
O Quarto momento Gardner chama de Conhecimento Conceitual Formal
— a metamorfose adolescente: “quem sou eu?” “Para onde vou?” “Que
profissional quero ser?” . Marcas representativas da problematização da identidade
e a gênese do pensamento formal.
Segundo ele, tal mudança de perspectiva provoca alterações na produção
artística-estética do adolescente. Como “construtor de idéias” , com prazer de lidar
com novas proposições, o adolescente realiza espontaneamente suas metáforas,
ampliando-as e aprofundando-as; o que faz com que procure o seu estilo pessoal
e uma liberdade de expressão, com a experimentação de formas abstratas. Para
Gardner, essa preocupação nascente com as formas abstratas pode também ser
vista no curioso fenômeno que chamou de doodle — rabiscos sem sentido que
estão nas carteiras, nos banheiros, nas agendas, na rua.
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LUQUET
Uma das primeiras publicações a respeito do desenho de crianças foi
realizada por Georges Henri Luquet, em 1913, ao escrever a obra Os desenhos de
uma C riança , na qual apresenta os desenhos de sua filha. Em 1927, publicou a
obra clássica O desenho I nfantil . Conforme visão vigente em sua época, Luquet
considerou as produções gráficas das crianças tomando como referência o
desenho do adulto, daí a interpretação dada por ele repousar na noção de
realismo . Apesar de não aceitarem esse ponto de vista, estudos posteriores,
principalmente em psicologia, continuaram a usar a terminologia de Luquet, o que
lhes deu uma visão marcadamente evolutiva. A influência desses estudos no
ensino pode levar os professores a verem, de modo inadequado, os desenhos das
crianças como produções a serem melhoradas, ou até como incorretas.
Antropólogo e pesquisador do desenho infantil do início do século XX,
podemos situá-lo entre aqueles cuja preocupação voltava-se para o desenho
espontâneo da criança e, como Victor Lowenfeld e Rhoda Kellogg, aponta
posturas a serem adotadas pelos adultos frente a essa produção infantil.
Provavelmente devido à sua formação, propõe que sejam consideradas as
produções gráficas produzidas pelas crianças em diferentes contextos, estados e
países, procurando-se perceber as diferenças culturais existentes no desenho.
Assim, estabelece fases para o desenvolvimento do desenho infantil:
Realismo Fortuito: começa por volta dos dois anos e põe fim ao período
chamado rabisco. A criança que começou por traçar signos sem desejo de
representação descobre por acaso uma analogia com um objeto e passa a
nomear seu desenho. Caracteriza-se pelos aspectos espontâneos e com a
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Portugal – autor desconhecido
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JEAN PIAGET
Jean Piaget nasceu em Neuchâtel, Suíça em 1896 e faleceu em 1980.
Escreveu mais de cinqüenta livros e monografias, tendo publicado centenas de
artigos. Estudou a evolução do pensamento até a adolescência, procurando
entender os mecanismos mentais que o indivíduo utiliza para captar o mundo.
Como epistemólogo, investigou o processo de construção do conhecimento,
sendo que nos últimos anos de sua vida centrou seus estudos no pensamento
lógico-matemático.
Até o início do século XX assumia-se que as crianças pensavam e
raciocinavam da mesma maneira que os adultos. A crença da maior parte das
sociedades era a de que qualquer diferença entre os processos cognitivos entre
crianças e adultos era, sobretudo, de grau: os adultos eram superiores
mentalmente, do mesmo modo que eram fisicamente maiores, mas os processos
cognitivos básicos eram os mesmos ao longo da vida.
Piaget, a partir da observação cuidadosa de seus próprios filhos e de
muitas outras crianças, concluiu que em muitas questões cruciais as crianças não
pensam como os adultos. Por ainda lhes faltarem certas habilidades, a maneira de
pensar é diferente, não somente em grau, como em classe.
A teoria de Piaget do desenvolvimento cognitivo é uma teoria de etapas,
uma teoria que pressupõe que os seres humanos passam por uma série de
mudanças ordenadas e previsíveis.
Segundo ele, a criança é concebida como um ser dinâmico, que a todo o
momento interage com a realidade, operando ativamente com objetos e pessoas.
Essa interação com o ambiente faz com que construa estruturas mentais e adquira
maneiras de fazê-las funcionar. O eixo central, portanto, é a interação organismo-
meio e essa interação acontece através de dois processos simultâneos: a
organização interna e a adaptação ao meio .
A adaptação , definida por Piaget, como o próprio desenvolvimento da
inteligência, ocorre através da assimilação e acomodação . Os esquemas de
assimilação vão se modificando, configurando os estágios de desenvolvimento.
Considera, ainda, que o processo de desenvolvimento é influenciado por fatores
como: maturação (crescimento biológico dos órgãos), exercitação (funcionamento
dos esquemas e órgãos que implica na formação de hábitos), aprendizagem social
(aquisição de valores, linguagem, costumes e padrões culturais e sociais) e
equilibração (processo de auto-regulação interna do organismo, que se constitui
na busca sucessiva de reequilíbrio após cada desequilíbrio sofrido).
Assim, em uma análise piagetiana sobre o Grafismo Infantil, temos:
Garatujas: faz parte da fase sensório motora (0 a 2 anos) e parte da fase
pré-operacional (2 a 7 anos). A criança demonstra extremo prazer nesta
fase. A figura humana é inexistente ou pode aparecer de maneira
imaginária. A cor tem um papel secundário, aparecendo o interesse pelo
contraste, mas não há intenção consciente. Pode ser dividida em:
Desordenada: movimentos amplos e desordenados. Com relação a
expressão, vemos a imitação “eu imito, porém não represento” . Ainda é um
exercício.
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elaborações gráficas infantis tem início nas formas simples (linhas com direções,
círculos, oval, etc.) que, combinando-se, originam um vocabulário próprio com
referências e signos constantes, exemplo: sol, boneco, casa, etc.
Para Arnheim, a criança antes de tudo percebe a gestalt da forma. Assim,
uma mão é uma forma circular com cinco raios; e como para a criança pequena
mais que dois é igual a “n”, ela coloca uma porção de dedos.
Sem dúvida para este autor o que interessa é a forma em sua simples e
harmônica construção. O todo visivelmente captado e registrado por linhas que se
convertem em formas.
Maria Leonor Toscano
VICTOR LOWENFELD
Filho de pais judeus nasceu em 1903 e faleceu aos 57 anos. Em uma
entrevista autobiográfica feita em 1958 por alunos de pós-graduação da Penn
State University, onde ensinou e dirigiu o Departamento de Arte Educação por 14
anos, Victor Lowenfeld revive seu sofrimento e de sua família para sobreviver a
duas Grandes Guerras. Na Primeira, ainda criança fala da ajuda da arte para
conseguir algum alimento para sobreviver (desenhando e pintando), e na Segunda
da ajuda de Herbert Read facilitando sua ida a Inglaterra e logo depois para os
Estados Unidos.
Lowenfeld começara sua vida profissional na Áustria apostando na
capacidade criadora dos cegos introduzindo-os no universo da arte. Já na América
também iniciara sua vida profissional pela educação inclusiva, desta vez do ponto
de vista racial, pois o Hampton Institute é uma Instituição criada para a educação
superior dos afro-americanos. São de sua autoria as publicações: A Natureza da
Atividade Criad ora (1938), Criatividade e Desenvolvimento Mental (1947).
Em Lowenfeld, temos a presença da proposta da livre-expressão, como
forma de manifestação da produção infantil. Propõe que a criança esteja livre da
influência dos outros e do social. Considera que ao estarem em contato com
outras crianças pode surgir a imitação que seria uma forma de submeter-se às
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HERBERT READ
Poeta e crítico de arte anarquista nasceu em 1893 em Yorkshire, Inglaterra,
de uma família de agricultores. Foi conservador do Victoria and Albert Museum de
Londres e professor de Arte na Universidade de Edimburgo, Cambridge, Liverpool,
Londres e Harvard. Aproximou-se do anarquismo a partir de leituras de Kropotkin,
Bakunine, Tolstoi e Ibsen. Seus livros Poesia e Anarquismo (1938), Educação pela
Arte (1943), Arte e Alienação (1967), Filosofia do Anarquismo (1940), O Meu
Anarquismo (1966), explicitam a filosofia de um intelectual culto e
irrecuperavelmente anarquista. Herbert Read gostava de afirmar: "Uma civilização
que, de maneira sistemática, recusa o valor da imaginação e a destrói, está
condenada a soçobrar numa barbárie cada vez mais profunda" . Morreu em 1968.
Segundo Read, nos primeiros anos a criança não consegue fazer uma
distinção clara entre suas percepções do mundo externo e suas imagens
acessórias, e que a imagem-memória separa-se apenas gradualmente dessas
vívidas imagens eidéticas . Segundo ele, estas imagens eidéticas foram estudadas
e definidas pelo professor Jaensch como sendo fenômenos perceptivos óticos,
intermediários entre as sensações e as imagens . O resultado disso é que os
pequenos acreditam em suas produções fantasiosas, que chegam até a confundi-
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ARNO STERN
Pedagogo e artista plástico francês que dedicou sua vida a ensinar
crianças. Ele considerava que nem todos os artistas tinham vocação para ensinar
Artes Plásticas. Não estudou arte, mas ensinava porque achava que tinha
vocação para ensinar. Ele não dava aulas em escola, mas sim em um atelier, que
é muito diferente. Exemplo: os alunos são em menor número, e o espaço é
adaptado para as atividades.
Arno Stern começa por introduzir o que é a expressão infantil da seguinte
forma: ele considera “ expressão ” tudo o que tem a ver com o interior
(sentimentos, alegria, felicidade, tristeza, angústia). É uma forma de linguagem
não verbal que a criança se utiliza para demonstrar como ela é ou como quer ser.
Assim, nesta concepção a arte serve como uma terapia e como uma
higiene porque os desenhos fazem com que a criança transmita os seus desejos e
as suas frustrações e, conseqüentemente, a eduque. Para ele, era fundamental
que as crianças fizessem todas as semanas duas horas de expressão plástica de
forma livre, pois sem liberdade não há expressão uma vez que é um reflexo
interior que reflete emoções, desejos e sentimentos. Mais, para além da liberdade,
tem de haver também disciplina , pois segundo ele, a expressão tem de ter
constante exercício e uma certa orientação da vontade. Quanto mais se desenha,
pinta, mais evolui a expressão plástica.
Ele é contra o método tradicional, uma vez que os adultos obrigam as
crianças a serem mini-adultos, onde, quanto mais próximo do real a criança
desenhar, mais próxima estará da perfeição, e como elas não têm está
capacidade desenvolvida se frustram porque não conseguem desenhar como os
adultos. Na verdade, segundo Arno, tem que ser ao contrário: o adulto é que deve
encontrar a crianças que tem dentro dele e ter uma postura e atitude de muito
cuidado para não influenciar as suas produções. Assim, não se deve fazer um
desenho e depois pôr ao lado para que copiem, pois podem perder suas
características e, conseqüentemente, interferir nos ritmos evolutivos naturais.
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Ele diz que as crianças têm ritmos diferentes de evolução, e estes são
influenciados pelo meio ambiente em que vivem. A evolução do desenho, para
Arno, divide-se em duas partes:
Pré-figurativa:
1ª fase – A criança não quer exprimir nada. (18 meses)
2ª fase – A criança já tem maior controle em relação ao material e a linha já
é colocada de uma forma mais controlada e com densidades diferentes. (02
a 2,5 anos)
3ª fase – Controle absoluto em termos de material. Faz ziguezague, pintam
com tintas, carimbagens, aglomerados, recortes. Aprendem a trabalhar com
as mãos. (barro, massa de pão). Têm percepção não só visual, mas
também física. Têm necessidade de dizer o que escrevem e o que fazem,
mas não quer dizer que seja verdade o que dizem. (03 a 3,5 anos)
Figurativa:
1ª fase – Faz a figura humana (casas, árvores), mas continua associar a
cor à afetividade. Quando deixam de pintar em relação à afetividade,
passam a desenhar com as cores em relação à realidade. Nesta fase, a
criança começa a fazer os “girinos” (primeira figura humana). (04 a 05 anos)
2ª fase – Começa por fazer o céu e a terra no desenho, dão características
humanas a seres inanimados (humanização). Os tamanhos dos bonecos
estão associados à afetividade (quanto mais gosta, maior os faz). (06 a 07
anos)
3ª fase – Ocupa a folha toda de desenho. A partir desta idade, as crianças
caracterizam mais os bonecos (saltos altos, laços...). (07 a 08 anos)
4ª fase – Faz a linha do horizonte, superfícies vistas de cima, preocupação
com o realismo. ( 09 a 12 anos)
Quanto ao Processo Criativo, Arno Stern assim divide:
1ª Fase: a criança faz um desenho com uma idéia preestabelecida. Escolhe
um tema e faz um desenho, ou mesmo um tema imposto pelo
educador.
2ª Fase: a criança faz um desenho ao acaso, apenas associado à
intuição, vai construindo conforme lhe apetece. Pode começar com uma
cor.
Quanto a Linguagem Plástica temos o seguinte esquema proposto por Arno
Stern:
Signos: é como se fosse o alfabeto (o que é). É a parte conotativa da imagem:
a casa é a casa, a árvore é a árvore, onde cada imagem corresponde a ela
própria. Normalmente se considera signo os sinais de trânsito. Olhamos e
identificamos o que querem dizer.
Símbolos: são as mesmas imagens (casa, cão), mas o que elas representam
(o porquê). Tem a ver, por exemplo, com o tamanho da casa. Significa que
uma imagem pode ter uma mensagem por trás, como a cruz de Cristo.
Leis: têm a ver com o fato de como as crianças fazem os desenhos. (fase
figurativa). A primeira podemos considerar o ideografismo: é a representação
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das formas a sua redução mais simples. Todos os desenhos das crianças,
desde a 1ª fase até aos 12, é sempre ideográfico porque representa mais o
que ela sabe do que o que vê. O adulto desenha o que vê e não o que sabe.
Não está preocupada com o visual, mas sim com o intelectual.
Perspectiva Afetiva: as crianças aumentam o tamanho do desenho conforme
a afetividade que as crianças têm perante as imagens. Se gosta muito da mãe,
desenha a mãe muito grande.
Rebatimento: corresponde a colocar no mesmo desenho várias perspectivas
diferentes da visão. A criança rebate 90º para a folha. Exemplo: casa de frente
e carros de lado.
Transparência: é fazer o interior das imagens.
Humanização: é dar características humanas a seres inanimados.
Espaço Topológico: é a forma como as crianças reúnem todas as outras leis.
Outro aspecto que Arno Stern coloca diz respeito as técnicas. Ele diz que o
educador nunca deve ensinar pela teoria, mas sim pela prática, pois é através
dos próprios erros que ela vai aprender. Assim, para a criança ensina-se
primeiro a prática, depois a teoria. Ex: quando se pinta na horizontal, a tinta
escorre, e a criança pergunta ao professor o porquê. Isso tem a ver com a
quantidade de água, mas ela tem de saber por experiência e não por uma
simples explicação teórica.
RHODA KELLOGG
Entre 1948 e 1981, o psicólogo australiano Rhoda Kellogg coletou diverso
desenhos feitos por crianças em torno do mundo. Esta coleção contém mais de
7.500 desenhos feitos pelas crianças de dois a seis anos de idade. É a maior
coleção de trabalhos de arte feita por crianças e publicada. Os desenhos das
crianças estão arranjados em 24 grupos e em 206 subgrupos com a finalidade de
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Resumindo:
1. Lowenfeld, Read e kellogg — defendem a auto-expressão ou livre
expressão da criança. A arte não pode ser ensinada. A expressividade
infantil tem correspondência com a evolução física, psicológica, cognitiva.
O professor é um guia. Corrente dos Inatistas .
2. Luquet, Piaget — cognição artística da criança. Os seus desenhos são
considerados resultantes da compreensão que tem do mundo e das
expressões de seu desenvolvimento intelectual. Corrente dos
Ambientalistas.
3. Rudolf Arnhein — teorias perceptuais: desenha o que percebe e não existe
relação entre a idade e o estágio. Corrente dos Ambientalistas .
4. Wallon, Vygotsky e Gardner — interação espacial como parte da
constituição da imagem mental e da representação infantil. O meio e as
vivências do sujeito são fatores que determinam sua formação mental e
intelectual. Corrente dos Interacionistas .
Por trás de toda a prática pedagógica existem concepções teóricas sobre o
processo de ensino, aprendizagem e desenvolvimento. Muitas vezes o professor
não tem consciência disso e desconhece os vínculos da sua prática. Mas de forma
geral podemos organizar essas concepções em três grandes grupos, no que se
refere ao desenho infantil. São elas:
INATISTAS ou APRIORISTAS: abordagens que enfatizam a herança
genética que emerge com o nascimento da criança. Isso se traduz na
espera de que algumas qualidades “desabrochem” ou não de acordo
com as características do indivíduo. O ditado “filho de peixe, peixinho
é ” pode servir de ilustração às teorias inatistas, bem como a palavra
“dom ”. Em tais concepções o desenho é considerado uma atividade
natural da criança e pouco se pode fazer para desenvolvê-lo, já que
“espontaneamente ” a criança passará pelas etapas do grafismo
infantil. A arte não se ensina, se nasce com ela. Tem que ter talento.
AMBIENTALISTAS ou EMPIRISTAS: as abordagens ambientalistas
destacam o meio ambiente como responsável pelo processo de
desenvolvimento e aprendizagem. É a conhecida história da “tábua
rasa ”: a criança nasce como uma folha de papel em branco, a ser
preenchida pelo meio. O ditado “é de pequenino que se torce o
pepino” é representativo dessa concepção, que, ao contrário da visão
anterior, propõe uma atuação do professor extremamente
intervencionista, pois considera que, sem orientação o aluno não
consegue se desenvolver.
INTERACIONISTAS: são abordagens que se distanciam dos dois e
propõem um diálogo entre aquilo que a criança traz ao nascer e as
condições materiais concretas de existência que encontra. Nesse
caso o professor é o mediador que apresenta atividades que
considera as características individuais de cada aluno e aproveita a
riqueza da heterogeneidade cultural e social dos grupos, pois cada
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Portugal – autor desconhecido
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ELEMENTOS BÁSICOS DA
LINGUAGEM VISUAL
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Todas as linguagens têm um sistema próprio de organização. A linguagem
visual também possui seu código, ou seja, os elementos que servem para formar
suas mensagens. Assim, compreendemos e usufruímos melhor essas mensagens
quando conhecemos seus elementos constituintes, ou seja, a substância básica
daquilo que vemos: ponto, linha, formas, direção, tom, cor, textura, dimensão,
escala e movimento. Enfim, o “alfabeto visual”.
PONTO: é o sinal gráfico mínimo e elementar. Sua utilização como marca gráfica
é infinita e se caracteriza por uma localização no espaço. Quando são
multiplicados, seu poder de expressão e de comunicação amplia-se, criando
idéias, comunicando sensações, impondo movimentos, ritmos, luz, sombra,
volume.
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FORMA: é quando a linha descreve uma forma. Na linguagem das artes visuais a
linha articula a complexidade da forma. Existem três formas básicas: o quadrado,
o círculo e o triangulo eqüilátero. Cada uma das formas básicas tem suas
características específicas, e a cada uma se atribui uma grande quantidade de
significados, alguns por associação, outros por vinculação arbitrária, e outros,
ainda, através de nossas próprias percepções psicológicas e fisiológicas. Ao
quadrado associa-se enfado, honestidade, retidão e esmero; ao triângulo, ação,
conflito, tensão; ao círculo, infinitude, calidez e proteção.
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COR: a cor é um fenômeno físico. Parece difícil de acreditar, mas a cor não existe
em si, de forma independente da luz. Ela é gerada pela luz. Isaac Newton explicou
que a luz do sol (ou a luz artificial que imita o sol), embora pareça transparente ou
branca, quando atravessa um prisma de vidro se decompõe em sete cores: o
espectro solar.
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TOM: as margens com que se usa a linha para representar um esboço rápido ou
um minucioso projeto mecânico aparecem, na maior parte dos casos, em forma de
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ESPAÇO: quando colocamos uma figura plana sobre um fundo chapado não
temos idéia de espaço, pois a figura fica colada ao fundo. Mas se a mesma figura
é atingida pela luz, surgem sombras, a idéia de volume e a ilusão de profundidade.
O efeito de espaço pode ser definido, no desenho, com maior detalhamento dos
objetos mais próximos e menor detalhamento dos objetos mais distantes. Além
desse efeito podemos criar a idéia de distância utilizando as cores, ou seja,
colocando cores mais intensas em objetos mais próximos, e escuras nos de fundo.
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CRIATIVIDADE E EXPRESSÃO
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CRIATIVIDADE E IMAGINAÇÃO NAS ARTES, NAS CIÊNCIASE NAS TECNOLOGIAS
Artigo de Agostinho Ribeiro (retirado do site: www.apevt.pt/c1.htm em 27/02/05)
Conceito e banalização
O tema criatividade conta quase 50 anos de investigação, e pouco menos
de banalização. Em 1950, quando Guilford proferiu na American Psychological
Association, de que era presidente, uma conferência sobre Creativity , o
neologismo do título e a novidade do conteúdo despertaram de imediato o
entusiasmo de muitos investigadores, e não tardou que o tema da criatividade
conquistasse o grande público. Ora, o que era verdadeiramente inovador em
Guilford é que ele enquadrava o conceito de criatividade numa teoria original
sobre a "estrutura do intelecto", falando do "pensamento criador" como uma
operação mental comum , acessível a todos os seres humanos e aplicável em
todos os domínios. O gênio criador perdia assim o seu estatuto de privilégio, o
processo criativo a sua aura de mistério, e as artes o exclusivo da criação.
A criação científica – e não a artística – foi, aliás, o campo de eleição de
grande número desses investigadores pioneiros; e de tal modo que em 1955 já
tinha início em Utah uma série de congressos que se estendeu por longos anos,
dedicados à temática do "talento científico criador". E na década de 60 a
convicção de que todo o ser humano possui um potencial criador "educável" dava
origem aos primeiros ensaios da "pedagogia da criatividade”. A idéia de que para
ser criativo não é preciso nascer gênio ou ser fadado para as belas-artes não
podia deixar de agradar ao grande público. E uma outra idéia tocaria
particularmente muitos educadores: a de que se pode estimular o
desenvolvimento da criatividade individual.
Mas na banalização do conhecimento científico o que é novo ou estranho
sofre normalmente distorções, para que possa ser integrado no saber comum. É
isso que se passa quando, após quase 50 anos de investigações e de discursos,
há ainda quem associe a criatividade a um raro "salto de imaginação" que só
acontece a pessoas muito especiais; ou quem, ao contrário, a identifique com pura
expressão livre que, por definição, está ao alcance de todos. No primeiro caso, um
processo de ancoragem justifica uma clara posição conservadora; no segundo,
uma falsa posição progressista é suportada por uma objetivação redutora.
Vendo bem, ambos os estereótipos escondem um jogo falso: o primeiro
porque, supondo que os atos de criação só ocorrem em altos vôos, liberta da
obrigação de criar quem quer que não se tenha por gênio; o segundo porque,
admitindo como criativo o que é apenas espontâneo, a todos dispensa do esforço
inteligente que a inovação requer. Em ambas as perspectivas qualquer
intervenção externa sobre a capacidade de criar ou sobre os processos de criação
seria inútil ou excessiva. A conclusão, no que se refere à educação, e
designadamente à escola, é evidente. E cômoda.
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Socialização e bloqueio
Mas há também quem se incomode, e acuse a educação – e, sobretudo a
educação escolar – de inibir a imaginação, ou de bloquear a criatividade. Na
opinião de Bohm & Peat (1989), isso acontece na escola porque o que lá se faz é
adquirir con hecimento , que é por sua natureza autoritário. Podia-se acrescentar
que essa aquisição se faz por transmissão social, numa relação de poder; e que a
eficácia deste poder assenta no uso de reforços. Bohm & Peat consideram que
"grande parte da educação tem de fato de fazer uso, mais ou menos explícito, de
recompensas e punições como fatores básicos de motivação" (p. 305); mas não
deixam de concluir que "posteriormente, todos estes males se revelam como
temor de abordar as questões fundamentais, acorrendo-se de pronto aos
especialistas e ‘gênios’ sempre que surja qualquer dificuldade ou problema" (p.
306).
Mas para estes autores o obstáculo maior à criatividade é a "submissão
excessiva a ‘programas’ fixados na infra-estrutura tácita da consciência" (p. 301).
Ora o núcleo duro desta "estrutura tácita da consciência" é anterior à idade
escolar; e os bloqueios que aí têm raiz derivam de condicionamentos sociais e
culturais. Bohm e Peat são de opinião que esses condicionamentos podem ser
dissolvidos pelo diálogo livre; mas advertem que esta estratégia só adquire plena
eficácia no contexto de uma "nova ordem" no plano das "três atitudes básicas da
mente perante a vida", designadamente nos domínios científico, artístico e
religioso (p. 301-302). O que quer dizer que a instauração dessa nova ordem
transcende o foro individual, e que se deve começar por descondicionar todos
quantos têm responsabilidades na educação.
No caso da escola, uma cultura de criatividade não combina bem com
currículos escolares desenhados a partir do fim , nem com programas (nacionais
ou regionais) únicos, nem com práticas pedagógicas orientadas por objetivos pré-
fixados. No plano científico, dir-se-ia o mesmo da teoria (que impõe a explicação
única) e do paradigma (que é uma espécie de "teoria geral" ou modo global de ver
a realidade, de pensar e de comunicar). Usando a linguagem de Guilford, há aqui
incompatibilidades ao nível das operações: as práticas escolares e científicas
"dirigidas" fazem apelo ao pensamento convergente , enquanto a característica
essencial da criatividade é o pensamento divergente . Daquelas práticas resulta o
"casulo que o homem tece à sua volta" (Simon, 1981), e que o impede de ver a
realidade e se deixar tocar por ela. Uma condição essencial para a inovação é, ao
contrário, que o pensamento se mova em liberdade.
A instância criadora
Entre a razão e a imaginação existe apenas uma fronteira transparente,
separando e unindo ao mesmo tempo a experiência objetiva (que descreve e
explica a realidade) e a experiência subjetiva (que a deforma, transforma ou
mesmo cria). A aparente incompatibilidade epistemológica é uma produção
ideológica da cultura ocidental que, ao instituir o primado da razão, pôs sob
suspeita não só o pensamento em imagens , mas todos os processos mentais que
se reclamem da liberdade que o pensamento racional recusa para si. Ora é este
pensamento livre e lúdico, que possui a capacidade que falta ao pensamento
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Questionamento:
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Os fracassos não atingiam ainda a sua auto-estima e nem tiravam a sua energia
para tentar novos caminhos. Você entendia que, assim como os sucessos, os
fracassos apenas faziam parte do jogo.
Você era sensível e espontâneo e podia expressar naturalmente suas emoções.
Na Estação Criança, os meninos podiam chorar ou sentir medo, tanto quanto as
meninas. As meninas podiam sentir raiva, tanto quanto os meninos. E todos, sem
exceção, podiam mostrar afeto. O “eu te amo” e o “eu gosto de você” estavam
sempre em alta na Estação Criança!
Além disso, você era alguém muito interessado no mundo que o rodeava.
Pessoas, coisas, lugares, exerciam uma irresistível atração sobre você.
Provavelmente, o fato de os adultos não se apresentarem tão criativos quanto as
crianças, reside na constatação de que, enquanto adultos, restringimos em muito
nossa imaginação, nossa fantasia, nossa capacidade de viver livremente nossas
emoções, de experimentar o novo e explorar o mundo. Aos poucos, o mundo que
nos rodeia, a família, o trabalho, a roda de amigos, estabelecem muitos limites ao
nosso comportamento e a nossa forma de pensar.
Você, também, raramente entediava-se, pois com sua inesgotável curiosidade e
vasta imaginação, não conhecia ainda o que os adultos chamam de “dificuldades
intransponíveis”. A necessidade imperiosa de testar possibilidades dava-lhe um
faro todo especial para descobrir e agarrar chances. E nada podia detê-lo! Quer
ver como tudo isso era mesmo verdade?
Você, como a maioria de nós, vai poder lembrar-se daquelas tardes de sol ou das
manhãs fresquinhas de orvalho, onde as brincadeiras corriam soltas na Estação
Criança.
Entre correrias, estripulias e muitos risos, você era sim, um tremendo de um
criativo!
Bastava-lhe uma velha caixa, um cabo de vassoura ou ainda aqueles pequenos
objetos de sua preciosa coleção e surgiam castelos e princesas, navios,
batalhões, caubóis, piratas e dragões. Você vivia intensamente! Era um
participante entusiasmado no enredo de sua própria vida e podia transitar
livremente, sem amarras, pelos caminhos da liberdade, não importa se vestido de
rei ou de soldado, princesa ou pastora. Você era você mesmo!
E aí residia toda sua força, dando-lhe luz própria e um colorido muito especial.
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nossas capacidades desenvolvidas). Decidimos então que não vale a pena nos
expormos mais e nos fechamos em nosso casulo e nele fechamos também a
nossa criatividade.
Além disso, quando estamos crescendo somos atropelados por mudanças cada
vez mais intensas e mais freqüentes e que a cada momento exigem soluções
mais criativas, sejam no trabalho, na família ou em outros grupos dos quais
participamos. No entanto, não encontramos facilmente, meios disponíveis que nos
ajudem a recuperar aquelas habilidades naturais deixadas na primeira infância.
Mas, nem tudo está perdido! E logo você verá porquê.
Definindo a criatividade
Desde a Grécia antiga, até os dias atuais, filósofos, pensadores, cientistas e
escritores procuraram definir, cada um à sua maneira, o que é criatividade.
Entretanto todas as abordagens oferecidas conseguem explicar apenas
parte do fenômeno, tal a complexidade do ato criativo. É fácil verificar que
todas elas se complementam e, sucessivamente, vão acrescentando novas
luzes à compreensão do que é criatividade.
Sabemos que o ato criativo existe como atributo da natureza humana e o
sentimos olhando as conquistas da humanidade e as nossas próprias
conquistas pessoais, que, na raiz de todas elas, está nossa inesgotável
capacidade de criar. No entanto, a essência mesma do fenômeno, em toda
sua profundidade e abrangência, nos escapa. Durante muito tempo ligou-se
criatividade somente ao domínio das Artes. Hoje é conceito estabelecido que
a Ciência e a Tecnologia são também filhas diletas da Criatividade.
Posto que não há teoria universalmente aceita sobre criatividade, ficamos
com dois enfoques que ilustram bem a diversidade de abordagens
existentes:
Criatividade – o ato de dar existência a algo novo, único e original.
Criatividade – essencialmente abertura à experiência, à auto-realização. (Carl
Rogers)
A criatividade pode assumir duas formas principais
Inovação: é a criação deliberada de alguma coisa radicalmente nova! Na
inovação há uma íntima fusão de dois ou mais elementos que não estavam
interiormente justapostos daquela maneira. O resultado é qualitativamente
diferente.
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Criatividade X Inteligência
Uma das contribuições mais eficazes quando se tenta definir Criatividade é o
ponto apresentado por Daniel Goleman, que salienta que, além de “original e útil,
ela sempre ocorre num campo específico”.
Paralelamente, o modelo proposto por H. Gardner, da Harvard University, nos
ajuda a compreender como podemos ser mais ou menos criativos em
determinadas áreas tomando-se por base os diversos tipos de inteligência
detectados por ele. Seremos então sempre mais criativos naqueles campos que
são os nossos pontos fortes.
São os seguintes os sete tipos de inteligência, a partir do modelo proposto por
Gardner:
Verbal/Lingüística – habilidade para lidar com palavras de forma escrita ou oral.
Ex.: Machado de Assis, Rui Barbosa, Castro Alves, Cecília Meireles, Guimarães
Rosa etc.
Matemática e Lógica – capacidade de manipular sistemas numéricos e conceitos
lógicos. Caracteriza cientistas, matemáticos e todos aqueles que são governados
pela lógica. São os filhos diletos de Newton e Descartes.
Espacial – capacidade de ver e manipular padrões e formas e determinar as
direções no espaço. Einstein, como nos relata Goleman, “era dotado de vigorosa
capacidade espacial. Foi ela que lhe permitiu utilizar a experiência mental em que
se imaginou cavalgando um raio de luz e teve a percepção básica da Teoria da
Relatividade”.
Musical – capacidade de entender e manipular conceitos musicais – tom, ritmo e
harmonia. Exemplo Villa Lobos, Ernesto Nazaré, Chiquinha Gonzaga, Noel Rosa,
Caetano Veloso e Marisa Monte e toda a imensa galeria de maravilhosos músicos
brasileiros.
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Tolerância ao r isco
O sentido da paixão
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A bola da vez
Curiosidade
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Dedique-se às artes.
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Qual é o limite?
Um pequeno desafio para testar a quantas anda sua criatividade atualmente.
A proposta chama-se “Qual é o limite?”, e consiste em identificar quantas
semelhanças existem entre os dois conjuntos de letras e números, colocados a
seguir. Você tem cinco minutos para executar a tarefa.
Quantas semelhanças você conseguiu identificar? Cinco, dez, quinze, vinte?
Compare seus resultados com os de outros colegas e, só então, veja a resposta
abaixo, para uma boa surpresa!
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AYAN, Jordan – AHA! 10 Maneiras de Libertar seu Espirito Criativo e Encontrar grandes Idéias.
São Paulo: Negócio Editora, 1998.
DE MASI, Domênico – A Emoção e a Regra. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora S/A,
1999.
DUAILIB & SIMONSEN – Criatividade & Marketing. São Paulo: Makron Books, Nova Edição, 1999.
FERGUSON, Marilyn – Conspiração Aquariana. Rio de Janeiro: Editora Record, 1984.
KNELLER, George F. – Arte e Ciência da Criatividade. São Paulo: Ibrasa, 1985.
Questionamento:
Após a leitura do texto como você definiria “criatividade”?
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TÉCNICAS E MATERIAIS
DAS ARTES VISUAIS
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LINGUAGENS:
Desenho
Pintura
Escultura
Arquitetura
Cerâmica
Gravura
História em Quadrinhos
Fotografia
Cinema
Televisão
Novas Tecnologias
HISTÓRICO DO DESENHO
Courbert
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HISTÓRICO DA PINTURA
Apreciar a pintura é uma fonte inesgotável de encantamento e
alegria. A pintura é o ramo da arte visual que, com o uso de tinta para criar linhas
e cores, representa sobre uma superfície as concepções do artista. Tudo começou
há mais de 40.000 anos antes de Cristo. Pode-se dizer que desde as cavernas o
ser humano produz pinturas. Na pré-história a tinta era conseguida a partir de
madeira, ossos queimados, cal, terra, minérios em pó, misturados à água ou à
gordura dos animais.
Durante muitos séculos os templos, as igrejas, os palácios e as casas eram
decoradas com pinturas feitas com pigmentos misturados à argamassa fresca e
úmida com que se fazia o acabamento das paredes: os afrescos. Do século V até
o século XVI, na Europa, o pigmento retirado dos elementos da natureza era
misturado com gema de ovo e água para obter a tinta conhecida como têmpera.
Mas, além de secar muito rapidamente, a têmpera, ao endurecer, rachava-se.
No início do século XV, os pintores começaram a misturar os pigmentos ao
óleo de linhaça. Essa invenção é atribuída ao pintor Jan Van Eyk (1390-1441),
fazendo com que a tinta demorasse mais tempo para secar, possibilitando
detalhar melhor o trabalho do artista e alcançar uma maior luminosidade. Algumas
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cores demoraram muito a surgir e, apenas por volta de 1840, as tintas passaram a
ser vendidas em tubos, o que facilitou muito a vida dos artistas. Essa técnica
permitiu novos efeitos e formas de acabamento.
Além do pincel, os artistas passaram, pouco a pouco a usar espátulas e os
trabalhos começaram a apresentar uma textura diferente: com relevo e excesso
de tinta.
O desenvolvimento da indústria permitiu o uso de resinas acrílicas
(plásticas) na fabricação de tintas que são diluídas em água, não têm cheiro forte,
secam mais rapidamente que a tinta a óleo e permitem uma variedade muito
grande de efeitos.
Hoje há uma infinidade de recursos à disposição dos artistas e uma
liberdade ilimitada para trabalhar com materiais. Cada um deles permite uma
forma diferente de trabalho e produz novos efeitos. A possibilidade de misturar
várias técnicas abre continuamente novas frentes de trabalho.
Volpi “Bandeirinhas”
Pintura
Técnicas Materiais
Pintura a óleo, acrílica, guache, aquarela; Tela, madeira, vidro, papelão, papel;
Afresco; Pincel, espátula, espumas, dedo;
Têmpera; Tinta, pigmentos naturais;
Vitral; Massa acrílica.
Pintura a dedo e com manchas.
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HISTÓRICO DA ESCULTURA
Nas artes visuais a forma em três dimensões tem um espaço muito
importante. Há duas técnicas básicas para realizá-la: modelado e entalhe. Ambas
consideram a largura, a altura e a profundidade, ou seja, as três dimensões do
objeto.
As primeiras formas, assim, talvez tenham sido feitas na pré-história, por
modelagem na terra úmida. Os artesãos passaram depois a usar materiais mais
duráveis, como o barro cozido (terracota). Com o progresso na criação de
ferramentas, chegam a esculpir a madeira, a pedra, o marfim, e finalmente, os
metais. Muitas vezes a produção de imagens em três dimensões estava associada
a crenças, ritos religiosos ou costumes, mas transformou-se numa arte
independente dessas práticas.
A modelagem trabalha com material flexível: barro, argila, cera, massa,
pastas plásticas industrializadas. Alguns desses materiais são colocados em alta
temperatura (900ºc) para endurecerem, outros secam em contato com o ar.
É um exercício prazeroso tanto pelo contato com o material flexível, quanto
pelo encantamento de vermos surgirem figuras e objetos criados pela nossa
própria imaginação. Por isso, desde cedo as crianças gostam de trabalhar com
massa e de se expressar pela figura modelada.
Já o entalhe trabalha com materiais mais duros, fazendo com que o artista
se utilize de instrumentos adequados para obter uma forma desejada. Os
materiais mais utilizados são: madeira, pedra, marfim, mármore e metais.
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ESCULTURA
Técnicas Materiais
Modelado; Barro, argila, massa plástica, massa de pão
Entalhe; (modelado);
Construção; Pedra, marfim, madeira, gesso, cimento, isopor,
Relevo; (entalhe);
Mosaico; Resina, fibra de vidro, sucatas, (construção);
Fôrma de gesso, cera perdida; Cera, gesso, pastas plásticas industrializadas,
Alumínio fundido; metais (fôrmas e fundições);
Cimento expandido; Lixa, goivas estecos, soldas...
Resina.
HISTÓRICO DA GRAVURA
Algumas técnicas permitem que a obra tenha várias cópias. A partir de uma
matriz, pode-
pode-se reproduzi-
reproduzi-la várias vezes. Uma dessas técnicas é a gravura.
Um pouco antes da invenção da imprensa de letras móveis e
recombináveis, por Gutenberg, surgiu a gravura na madeira ou X ilogravura
ilogravura .
Pequenos folhetos com imagens de santos e orações eram produzidos nessa
técnica, no fim da Idade Média, para serem distribuídos
distribuídos entre os devotos.
Os artesãos primeiramente trabalhavam com a madeira, na qual tudo que é
para ficar em branco na estampa é cavado, e o que é para aparecer na impressão
fica em elevo, mas invertido como carimbo.
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HISTÓRICO DA CERÂMICA
A palavra cerâmica deriva do grego keramos , que significa “coisa
queimada” e que hoje se refere aos produtos não metálicos endurecidos pelo fogo.
Além de outras, o termo
termo cerâmica engloba as industrias de olaria, faiança,
porcelana, produtos refratários, cimento, vidro, rubis e diamantes sintéticos,
isoladores e todos os trabalhos de barro — sejam objetos utilitários, tanto
vasilhame como tijolos, ou objetos decorativos ou artísticos como a escultura. A
matéria-prima
matéria-prima mais comum, e a mais utilizada desde o tempo pré-histórico, é sem
dúvida o barro. É desconhecido como e quando o homem descobriu que pela
ação de fogo, os objetos feitos desta matéria tão abundante e de tão fácil acesso,
se transformavam em objetos duros e resistentes ao calor e à água.
Cerâmica grega
barro” . Sua intenção é instigar os alunos a encarar a cerâmica com outros olhos,
incitá-los
incitá-los a vivenciar uma integração única com a natureza, assim como os
orientais fazem há mais de 5 000 anos, pois
poi s acredita que tudo é uma coisa só.
Hoje, ele conta com a ajuda inestimável da ex-aluna Masako Akeho na
coordenação do Espaço Magma — ateliê-escola que busca não só transmitir
técnicas de cerâmica aos alunos, mas também iniciá-los nos segredos da terra:
“sobre a pedra veio à água, e dela, a vida. Enquanto isso a rocha decomposta
virou argila” .
Assim, queimadas em altas ou baixas temperaturas, moldadas no torno, em
fôrmas ou na mão, a cerâmica está na xícara do dia-a-dia, nas grandiosas
imagens do sagrado, nas instigantes formas do profano. E, para que saiam
perfeitas, não basta a habilidade de mãos forjando o barro, pois são
temperamentais, e exigem total domínio da água, da terra e do fogo.
Isto é apenas uma amostra do que esta linguagem pode oferecer de
possibilidades na elaboração e criação do homem.
CERÂMICA
Técnicas Materiais
Rolinho;
Rolinho; Argila de várias cores e texturas;
Bola; Vidrados;
Placas; Óxidos e aglutinantes;
Modelado; Pigmentos industrializados e naturais:
Construção; Estecos;
Torno; Pincéis;
Fôrmas; Forno.
Forno.
Pintura a Quente e a Frio;
Queimas em Alta e Baixa Temperatura.
HISTÓRIA DA ARQUTETURA
Fidas Partenon
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ARQUITETURA
Estilo Materiais
Primitivo; Barro, galhos, folhas, peles, pedra, madeira,
Egípcio; tijolos, areia, rochas de arenito, pedras
Grego; calcárias, mármore, gesso, ferro, vidro,
Romano; argamassa, cimento, alumínio, zinco, amianto,
Gótico; brita, concreto, massa plástica, tintas...
Renascentista;
Barroco;
Clássico;
Moderno;
Contemporâneo.
HISTÓRIA EM QUADRINHOS
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HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA
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FOTOGRAFIA
Técnica Materiais
Congelar imagens. Câmeras e filmes fotográficos, filtros, objetivas,
Categorias estúdio para revelação, produtos químicos,
Foto- jornalismo; Foto-arte; papel apropriado, slides, projetores.
Propaganda; Retrato;
Paisagem; Amador; Profissional.
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HISTÓRIA DO CINEMA
Com certeza o cinema faz parte de sua vida. Ele é essencial na vida
moderna. Essa invenção foi possível a partir dos progressos na técnica da
fotografia, associada a idéias antigas como a dos primeiros teatros de sombra —
silhuetas projetadas sobre uma parede ou tela, surgidas na China cinco mil anos
antes de Cristo e difundidas em Java e na Índia. Outra antecessora foi a lanterna
mágica — caixa dotada de uma fonte de luz e lentes que enviava a uma tela
imagens ampliadas, inventada pelo alemão Athanasius Kircher no século XVII.
Todos eles utilizam a capacidade do olho humano de guardar por um
décimo de segundo uma imagem. Quando as diversas fases sucessivas de um
movimento são decompostas em imagens independentes (fotogramas) e
projetadas numa velocidade de vinte e quatro imagens por segundo, criam no
espectador a ilusão de movimento contínuo.
Em sua origem, o cinema era mudo e em preto-e-branco. Os primeiros
filmes são de curta duração (um ou dois minutos) e mostram cenas do cotidiano
captadas ao ar livre por uma câmera fixa.
A primeira exibição pública de um filme, A Chegada do Trem à Estação de
Ciotat , é realizada em 28 de dezembro de 1895, em Paris, pelos irmãos Auguste
(1862-1954) e Louis Lumière 91864-(1948). Os dois haviam criado o
cinematógrafo, aparelho capaz de exibir imagens em movimento, e são
considerados os inventores do cinema. Mas o norte-americano Thomas Edison
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HISTÓRIA DA TELEVISÃO
A televisão também herdou algumas características do cinema, mas sua
possibilidade de transmitir “ao vivo”, simultaneamente ao acontecimento, no tempo
presente e real, e sua praticidade de estar dentro dos lares, tornam esse meio
mais poderoso de transmissão de informações, idéias e ideais.
A capacidade que a televisão tem de aglutinar inúmeros outros recursos de
produção de informação, cultura e imagens, como teatro, literatura, jornalismo,
propaganda, esportes... amplia as suas possibilidades de comunicação,
ultrapassando todos os limites do simples entretenimento e se transforma num
fator fundamental no panorama econômico, social e cultural da modernidade.
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grande “aldeia”. Entretanto, o espectador deve ser muito esclarecido e crítico para
não se deixar manipular e influenciar cegamente pelas idéias, modismos, valores
e necessidades de consumo veiculadas pela televisão de forma tão sedutora.
TELEVISÃO
Técnica Materiais
Transmissão de imagens à distância por meio Estúdios para gravar, filmar e enviar imagens
de corrente elétrica, células fotoelétricas e raios via satélite em tempo real.
catódicos.
Gonzallo Mezza – Instalação: gelo, carvão, hipertexto, computador, Internet, pintura digital, vídeo
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PLANEJAMENTO DE ENSINO
===============================================================
Conceitos:
Planejamento é “o conjunto de ações coordenadas entre si que
concorrem para obtenção de um curto resultado desejado... processo
permanente e metódico de abordagem racional e científica dos
proble mas... roteiro de atividades ou ações educativas que conduzem a
determinados objetivos ” . (Rodrigues, 1985, p.45)
Gadin (1985, p. 36) diz que é “uma tarefa vital, união entre a vida e a
técnica para o bem estar do homem e da sociedade. Acrescente ainda
que no planejamento temos em mente que sua função é a de tornar
clara e precisa a ação de organizar o que fazemos, de sintonizar idéias,
realidades e recursos para tornar mais eficiente a ação”.
Segundo Rays (s/d, p. 1) o Planejamento “revela sempre uma intenção
(consciente ou inconsciente) da prática educativa que se quer
desenvolver para um grupo de homens situados num momento histórico
no tempo e espaço”.
Para Souza (1987, p.16) o Planejamento “não pode ser identificado com
a simples elaboração do plano de ensino”.
Balsan (1987, p. 44) diz que “os professores apresentam sempre plano
de ensino, mas na verdade eles elaboram planejamento” . Pois para o
autor este planejar implica a existência de uma atitude com relação ao
trabalho a desenvolver, envolve reflexão. Ação-reflexão-ação.
PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO
NÃO FORMAL-CONCRETO
1º Momento: conhecimento da realidade sócio-política da comunidade/escola.
Estudo da realidade (sondagem/diagnóstico);
Conhecimento teórico e prático da área de conhecimento (arte) da
comunidade/escola;
Recursos materiais e humanos, valorização do existente.
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PLANO DE AULA I
Tema: “o que ” vai ser desenvolvido naquele dia.
Justificativa: o “por que ” de tal tema.
Objetivo: “para que ” e “para quem ”. Qual a intenção.
Assuntos de aprendizagem (educação infantil):
A) Temática relacionada com a vida da criança: família, sua história pessoal, a
alimentação, a casa, as roupas, os brinquedos;
B) Ao ciclo do período escolar: o outono, o inverno, a primavera, o verão;
C) Aos elementos presentes em seu mundo natural: os pássaros, os animais,
domésticos, as frutas, a chuva, o mar, o campo;
D) À organização da vida humana: a família, a casa, a rua, o bairro, a cidade,
o trabalho do homem, os meios de transporte, de comunicação;
E) À comemoração de festas relacionadas ao seu ambiente sociocultural: o
Natal, o Carnaval, a Páscoa, as romarias, etc.;
F) Ao desenvolvimento de propostas sugeridas pelas crianças: a fabricação de
caramelos, os aviões, o trem, os robôs, etc.;
G) À propostas de atividades que incluam em si mesmas uma proposta de
grupo: construir algum mecanismo simples, preparar uma receita de
cozinha.
Conteúdo de Aprendizagem (anos iniciais):
História da arte: Artistas; obras e movimentos que marcaram época
(contextualizar);
Elementos básicos da linguagem visual: ponto, linha, forma...;
Linguagens das artes visuais: desenho, pintura, escultura, cerâmica, fotografia...
(bidimensional e tridimensional);
Técnicas e materiais do fazer artístico...
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PLANO DE AULA II
1. Tema da aula: (o assunto que será abordado);
2. Justificativa: Esta aula busca destacar..., trazer elementos para...fazer uma
reflexão sobre...
3. Objetivo da aula:
Dar a conhecer...
Proporcionar...
Pensar sobre...
4. Conteúdo Programático: Elementos da Linguagem Visual, História da Arte...
5. Metodologia da Ação Pedagógica: Baseada na proposta pedagógica...A
aula será desenvolvida através da explanação do conteúdo por meio do
data show, será utilizado o retro projetor e revistas coloridas. 1º momento:...
2º momento:...
6. Avaliação da aula: (como vou avaliar a aula, como vou comprovar se houve
compreensão da temática trabalhada);
7. Referências: material utilizado para a preparação e execução da aula.
AVALIAÇÃO:
1) Como foi o comportamento do grupo ao longo dos encontros: Interação,
descaso ou um pouco de cada? Justifique e dê a sua nota.
2) Como foi o seu comportamento em termos de participação e
comprometimento com as aulas de metodologia das artes visuais?
Justifique e dê a sua nota.
3) Qual a sua opinião a respeito das aulas e do professor? Justifique e dê
sua nota.
4) Liste os trabalhos que foram feitos até este encontro (textos e produções
plásticas).
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3
Este movimento se difundiu no Brasil a partir da criação da Escolinha de Arte do Brasil, em 1948, no Rio de
Janeiro, pelo artista Augusto Rodrigues, a professora de arte Lúcia Valentin e pela escultora norte-americana
Margareth Spencer.
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FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Este documento tem como base legal a Constituição da República
Federativa do Brasil/1988, especialmente no inciso III do artigo 208, no Estatuto
da Criança e do Adolescente, Lei n.º 8.069/ 1990, e principalmente, na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) Lei 9.394, de 20/12/96. Desta
última, extraem-se as seguintes determinações, aplicáveis à formulação do
presente documento:
Artigo 26, parágrafo 2º - "O ensino da arte constituirá componente curricular
obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o
desenvolvimento cultural dos alunos."
Artigo 58 - "Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a
modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de
ensino, para educandos portadores de necessidades especiais."
Do ponto de vista da política educacional, os presentes delineamentos têm
seu fundamento no Plano Decenal de Educação para Todos (1993-2000) e, como
ação pedagógica, encontram respaldo no Plano Nacional de Educação, na Lei
10.172, de 09/01/2001, nas Diretrizes Nacionais para Educação Especial na
Educação Básica, publicada em 11/09/2001, no Referencial Curricular Nacional da
Educação Infantil - 1998, nos Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte (1996 e
1997), nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio: linguagens,
códigos e suas tecnologias (1999).
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2
O espaço bidimensional é constituído pelas superfícies planas (desenhos, fotografias, pinturas e
outros) e o espaço tridimensional refere-se às estruturas com volume e profundidade (esculturas,
cenários, instalações e outros).
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Questionamentos:
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Jean-
Jean-Baptiste Debret: “família de chefe camacã” (1768-
(1768 -1848)
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trabalhado há anos por muitos arte educadores como Ana Mae Barbosa com sua
contextualização, e mais
artístico, leitura e contextualização,
Proposta Triangular: fazer artístico,
recentemente com os Âmbitos Para Uma Compreensão Crítica da Arte de
Terezinha Sueli Franz.
Infelizmente, percebe-se
percebe-se ainda nas escolas brasileiras de Ensino Fundamental,
Médio, bem como no Ensino Superior, a influência persistente das tendências
Tradicionais, Escolanovista e Tecnicista permeando
permeando a ação dos professores no
ensino-
ensino-aprendizagem de arte.
Em um artigo publicado em 1981, Saviani escreve: "Os professores têm na
cabeça o movimento e os princípios da escola nova. A realidade, porém, não
oferece aos professores condições para instaurar a escola nova, porque a
tradicional". A essa contradição pode-se acrescentar
realidade em que atuam é tradicional".
uma outra: “o professor se vê pressionado pela pedagogia oficial que prega a
racionalidade e a produtividade do sistema e do seu trabalho, isto é, ênfase nos
meios tecnicista” . (LIBÂNEO, 1989, p. 20).
Na prática, essas tendências, como já foi mencionado, mesclam-se mesclam-se
constantemente, e uma não afasta a possibilidade
possibilidade da outra. Assim, para concluir
deixo a seguinte reflexão da professora Marilda Oliveira de Oliveira:
“Sempre,
“Sempre, em qualquer curso de graduação, sentimos a necessidade de
que o curso seja mais prático, mais mão na massa . Por quê? Porque
acreditamos que assim estaremos melhor preparados para enfrentar a função
do trabalho (nosso caso a de professor). Talvez por isso estejamos sempre
buscando receitas, como fazer isso ou aquilo. A verdade é que não existe
transferência de conhecimento , não podemos transferir o que aprendemos na
Universidade para uma sala de aula da Educação Infantil, Séries Séries Iniciais ou
Educação Especial, existe sim, construção de conhecimento , temos que
construir conhecimento na graduação, para mais tarde, reconstruí - los
los com nossos
alunos”.
Questionamento:
Como você vê o ensino da Arte hoje?
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LEITURA DE IMAGENS
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EXPERIÊNCIA ESTÉTICA
A EXPERIÊNCIA ESTÉTICA QUE A ARTE NOS PROPORCIONA É
TRANSFORMADORA E NOS MODIFICA. PARA PODER INTERAGIR E LER
UMA OBRA DE ARTE PRECISAMOS DE:
EXPERIÊNCIAS ANTERIORES
PERCEPÇÃO
SENSIBILIDADE
IMAGINAÇÃO
INFORMAÇÕES
HABILIDADES ESPACIAIS, VISUAIS E COMUNICATIVAS
HABILIDADES NECESSÁRIAS
À LEITURA DE IMAGENAS
1. OBSERVAÇÃO
OLHAR COM INTERESSE DIRIGIDO, FOCALIZAR A ATENÇÃO E
PERCEBER DETALHES SIGNIFICATIVOS. USAR LENTE DE AUMENTO,
“LUPA”.
2. MEMORIZAÇÃO
CAPACIDADE DE REGISTRAR COM CERTA PRECISÃO AQUILO
QUE FOI OBSERVADO, DE FORMA QUE, PASSADO ALGUM TEMPO, SEJA
POSSÍVEL RELEMBRAR O QUE FOI VISTO.
3. ANÁLISE
DESENVOLVER E APROFUNDAR A OBSERVAÇÃO. DE UMA
PERCEPÇÃO MAIS GERAL, O ANALISTA SEGUE PARA A
DECOMPOSIÇÃO DAS PARTES DO OBJETO OBSERVADO.
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O JOGO E O BRINQUEDO
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Era uma vez um bebê que teve a sorte de ser por um instante brinquedo de sua
mãe aprendendo a brincar com ela para assim tomar posse do seu próprio brincar
e passar a viver criativamente no mundo.
Marina Marcondes Machado
“A brincadeira é um espaço de interação e de confronto. É através dela que a
criança e o grupo constroem a sua compreensão sobre o mundo e as ações
humanas. Não é atividade espontânea, antes se constrói através das experiências
de contato social, primeiro na família, depois nos grupos informais e depois na
escola, ou simultaneamente. Representa o elo de ligação entre a criança e a
cultura na qual está imersa. Produz e responde indagações e abre espaço para
experiências impossíveis em outros contextos da vida, o que promove
comportamentos que vão além das possibilidades atuais da criança, apontando
para sua área potencial de d esenvolvimento.”
Fátima Camargo
“Através de uma brincadeira de criança, podemos compreender como ela vê e
constrói o mundo - o que ela gostaria que ele fosse, quais as suas preocupações e
que problemas a estão assediando. Pela brincadeira, ela expressa o que teria
dificuldade de colocar em palavras. Nenhuma criança brinca espontaneamente só
para passar o tempo, sua escolha é motivada por processos íntimos, desejos,
problemas, ansiedades. O que está acontecendo com a mente da criança
determina suas atividades lúdicas; brincar é sua linguagem secreta, que devem os
respeitar mesmo se não a entendemos”.
Bruno Bettelheim
“Brincar é um componente crucial do desenvolvimento, pois, através do brincar a
criança é capaz de tornar manejáveis e compreensíveis os aspectos esmagadores
e desorientadores do mundo. Na verdade, o brincar é um parceiro insubstituível do
desenvolvime nto, seu principal motor. Em seu brincar, a criança pode
experimentar comportamentos, ações e percepções sem medo de represálias ou
fracassos, tornando-se assim mais bem preparada para quando o seu
comportamento contar".
Howard Gardner
“Crianças quando jogam são sérias, intensas, entregam todo seu corpo, toda sua
alma para o que estão fazendo. Jogar com regras e obedecer algo que foi aceito é
a entrega, a obediência no sentido filosófico do termo, porque se aceitou
livremente e convencionalmente jogar e ganhar ou perder dentro de certos
limites”.
“Os adversários são as melhores pessoas que podemos ter, são nossos amigos,
temos que saber tudo sobre eles, temos que pensar como eles, temos que
reconhecê -los, temos que tê-los como referência constante para um diálogo
consigo mesmo. Um diálogo em um contexto democrático em que as condições
são as mesmas, em que ganha o melhor nesta partida, porque uma outra partida é
uma outra partida”.
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Questionamento:
Como foi a sua infância?
Como ela se apresenta hoje?
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FAZENDO ARTE E
CONSTRUINDO CONHECIMENTO
===============================================================
Antes de qualquer coisa, gostaria de salientar que dentro de uma proposta
de ensino em que a arte se apresente como área de conhecimento, temos que
atentar para que as atividades desenvolvidas com as crianças ou alunos não fique
só no mero fazer.
Enquanto os essencialistas defendem a idéia de que o ensino da arte deve
preocupar-se apenas com o que esteja diretamente relacionado a ela, os
contextualistas acreditam numa abordagem sociológica, ou seja, entendem que o
ensino das artes deve servir a causas sociais, formação de valores, atitudes e
hábitos. Por isso, volto a salientar que todas as propostas que envolvam um fazer
em arte tenham que estar relacionadas com conteúdos que são específicos deste
campo de conhecimento, ou seja: tentar relacionar com obras, artistas,
movimentos e linguagens da arte. Ex: se vou tratar de questões relacionadas com
o ambiente familiar, buscar na história da arte como a família e o seu ambiente foi
retratada ao longo do tempo, como ela se apresentava e se apresenta, tentando
contextualizar tais informações com o que é produzido hoje e com a realidade do
aluno. Além disso, procurar tecnicamente qual o melhor procedimento a ser
adotado para se produzir o trabalho plástico, isto é, qual a linguagem mais
apropriada (desenho, pintura, fotografia, recorte colagem, escultura...) para o
desenvolvimento de tal atividade. Este é apenas um exemplo, entretanto podemos
e devemos proceder do mesmo modo com qualquer outro assunto ou conteúdo
proposto.
Assim, sem um breve estudo da História da Arte, fica inviável qualquer
proposta a ser desenvolvida no âmbito do ensino da arte. Por isso, insisto que é
imprescindível ler e pesquisar sobre arte. E isto só é possível manuseando livros,
revistas, jornais; navegando pelos inúmeros sites na Internet, ou pesquisando em
bibliotecas. Não vejo outro caminho que não seja este. Então, faça a diferença e
comece a descobrir as inúmeras possibilidades que a arte apresenta para que o
seu trabalho de educador não seja apenas de reprodução daquilo que você
vivenciou ao longo da sua formação escolar. Boa sorte.
Técnica do Filtro de Café
Materiais:
Filtros de café usados;
Cola;
Água;
Pincel;
Superfície que se deseja trabalhar. Ex: caixas, cadernos, álbum...
Modo de Fazer:
1. Após passar o café, deixar secar o filtro e em seguida retirar o excesso do pó;
2. Rasgar, picotar ou recortar os filtros;
3. Misturar a cola com um pouco de água para diluí-la;
4. Passar a cola com a ajuda de um pincel na parte de dentro do filtro aberto;
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Modo de Fazer:
1. Pintar com giz de cera toda a superfície do papel branco;
2. Passar uma camada de nanquim ou guache preto por toda a superfície, cobrindo
todo o colorido feito pelo giz de cera;
3. Deixar secar;
4. Desenhar com a ponta seca ou palito sobre o nanquim ou guache, deixando
aparecer o colorido do giz de cera; A temática do desenho fica por conta de cada
um ou pode ser direcionado.
Contribuição: Carolina (Educação Infantil)
Sugestão: Esta técnica pode ser relacionada com a História da Arte da seguinte maneira:
questões relacionadas com os elementos da linguagem visual. Exemplo: cor; figura e fundo;
primeiro e segundo plano.
Técnica do Papel Marmorizado
Material:
Papel;
Tinta a óleo;
Terebentina (solvente especial para a tinta óleo);
Pincel;
Recipiente para misturar a tinta;
Bacia;
Água.
Modo de Fazer:
1. Misturar com um pincel a tinta óleo com um pouco de terebentina;
2. Pingar esta mistura em uma bacia com água;
3. Mergulhar, superficialmente o papel na água (apenas para que absorva a tinta);
4. Retirar com calma o papel da água e deixá-lo secar;Pode-se fazer com uma única
cor ou misturar várias delas na mesma bacia com água;Depois de pronto, pode-se
trabalhar com giz de cera, giz pastel seco e oleoso sobre as manchas.
Contribuição: Professora Lau.
Sugestão: Podemos relacionar esta técnica com a Arte do século XX, especificamente com
o Abstracionismo. Artistas: Tomie Ohtake e Manabu Mabe (Brasil), Kandinsky e Mondrian
(Europa).
Técnica da Massa de Pão
Material:
Farinha;
Fermento biológico (vendido em supermercados em barras, envelopes ou saches);
Água morna;
Recipiente (bacia).
Modo de Fazer:
1. Misture a farinha e o fermento biológico em uma bacia;
2. Adicione aos poucos a água morna;
3. Vá misturando os ingredientes até formar uma massa firme e homogênea;
4. Deixe descansar por algumas horas;
5. Se desejar, misture anilina (corante comestível) para dar um colorido a massa;
6. Amasse e modele o que quiser;
7. Depois, leve ao forno, em temperatura média, e cozinhe até atingir o ponto de
biscoito;
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8. Por fim, se não quiser comer o “pãozinho”, passe uma de mão de cola para
impermeabilizar.
Contribuição: Professora Lau
Sugestão: Esta técnica pode ser relacionada com os hábitos alimentares das crianças. Na
História da Arte encontramos várias obras que podem ser introduzidas neste momento.
Exemplo: imagens de vários artistas que trabalharam o tema natureza morta, desde a arte
egípcia até hoje. Ou ainda, as obras de Guiseppe Arcimboldo com seus retratos em forma
de frutas.
Técnica de Tintas Naturais
Material:
Café, erva, urucum, anil, terra, areia, anilinas, beterraba, carvão vegetal...(pigmentos);
Água;
Cola branca;
Pincel;
Recipiente para misturar;
Papel.
Modo de Fazer:
1. Misture, em um recipiente, o pigmento ex: café com um pouco de água e cola
branca;
2. Depois de misturar, pinte com pincel sobre o papel;
3. Se quiser cores mais claras é só acrescentar mais água na mistura.
4. Deixe secar; A cola na mistura é para dar firmeza e durabilidade a tinta.
Contribuição: Graziana (Séries Iniciais) e prof. ª Lau.
Sugestão: Podemos relacionar esta técnica com a Arte Primitiva — pinturas rupestres feitas
nas cavernas. Exemplo: montar com as crianças uma caverna de papel pardo e desenhar
com as tintas fabricadas por elas. Além disso, podemos pesquisar na História da Arte obras
e artistas que trabalharam com a técnica da aquarela, pois esta tinta natural se assemelha
muito ao seu efeito plástica.
Técnica da Lixa
Material:
Lixa (de cozinha ou de uso geral);
Giz de cera;
Ferro elétrico;
Tecido de algodão ou camiseta;
Jornal.
Modo de Fazer:
1. Desenhe com o giz de cera na superfície porosa da lixa;
2. Prepare o tecido ou camiseta sobre uma mesa;
3. Não esqueça de colocar jornal na parte de baixo do tecido para que o giz de cera
não vaze e manche;
4. Centralize a lixa com o desenho já pronto sobre o tecido ou camiseta;
5. Cuide para que o lado da lixa onde foi feito o desenho fique em contato com o
tecido;
6. Coloque jornal sobre o verso da lixa e passe, uniformemente, com ferro quente;
7. Verifique se o desenho ficou estampado no tecido, levantando um pouco um dos
lados da lixa;
8. Por fim, deixe secar o giz de cera antes de manusear o tecido ou camiseta.
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CINCO MARIAS
Construção:
1. Primeiro recorte dez quadradinhos de retalho de tecido.
2. Junte dois a dois formando pequenos saquinhos quadrados.
3. Costure as laterais deixando apenas uma pequena abertura, onde você irá preencher com
arroz, feijão ou areia, se preferir.
4. Verifique se não há vazamentos.
Pronto! Agora, basta seguir as instruções e chamar as crianças! Veja as etapas e os diferentes
graus de dificuldade que o jogo pode atingir.
JOGO:
ETAPA 1:
Jogue todos os saquinhos no chão. Escolha um. Vamos chamá-lo de "saquinho-mestre".
Jogue-o para o alto e, enquanto estiver no ar, pegue outro saquinho junto com o primeiro, antes
dele chegar ao chão. Utilize sempre a mesma mão. Deixe de lado um dos saquinhos e repita a
jogada com cada um deles. Se deixar cair, será a vez do outro jogador. Ganha aquele que fizer a
seqüência inteira numa mesma vez. Se preferir, pode ir para a etapa seguinte.
ETAPA 2:
O desafio desta fase é apanhar 02 saquinhos de cada vez. Assim, você repete os
procedimentos. Jogue todos os saquinhos no chão. Escolha o "saquinho-mestre", jogue para cima
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e enquanto tiver no ar, você precisa pegar dois saquinhos de uma vez só. Assim, quando aquele
que você jogou estiver quase caindo, pegue os outros dois e fique com três saquinhos na mesma
mão. Difícil? Então espere para ver a próxima etapa.
ETAPA 3:
Nesta fase, a diferença está em pegar 03 saquinhos de uma só vez, junto com o saquinho -
mestre. Quando o saquinho-mestre estiver no ar, você recolhe os outros três, e pega-o quando
estiver quase no chão, ficando com 04 saquinhos na mesma mão. Parabéns. Mas, aguarde,
ainda há mais desafios nas próximas fases...
ETAPA 4:
Desta vez, a tarefa é pegar 04 de uma vez, juntamente com o "saquinho-mestre". Se deixar
cair, a vez é do outro jogador. Muito bem! Agora é a vez de incluirmos uma "ponte". Veja a etapa
seguinte:
ETAPA 5:
Nesta fase, há um outro obstáculo: a ponte. Apóie o polegar e o indicador no chão,
formando uma "ponte". Como nas primeiras fases, jogue os saquinhos no chão, escolha um
(saquinho-mestre) e jogue para o alto. Passe rapidamente um saquinho embaixo da ponte e
apanhe o outro ainda no ar. Não pode mexer com os demais. Se isso acontecer, a vez é do outro
jogador. Depois, em vez de passar um de cada vez, passe dois, passe três e assim por diante, até
que chegar o momento em que você vai jogar o saquinho para o alto e passar os quatro de uma só
vez pela ponte. Excelente! Mas o superdesafio é o próximo...
ETAPA 6:
Agora pegue todos os saquinhos. Jogue para o alto e com as costas da mão tente apanhar
o máximo que conseguir. Em seguida, jogue novamente, vire rapidamente a mão para apanhá- los
ainda no ar. Quanto mais saquinhos você apanhar, mais pontos você fará. Depois e só acrescentar
o número de pontos que fez nas outras fases. Se você quiser, não precisar fazer todas as fases; o
jogo é divertido, mesmo para quem fica somente em uma das etapas.
Sugestão: Podemos relacionar com a Arte da seguinte maneira: buscar na História da Arte
obras e artistas que tratam do tema. Ex: jogos e brincadeiras nas obras de Portinari, artistas
Naïfs.
O Caleidoscópio
O caleidoscópio nasceu na Inglaterra, nos primeiros anos do século XIX;
seu inventor foi sir David Brewster, que, tal como Mestre Gepetto, o pai do famoso
Pinócchio, quis moldar sua "criatura", dando-lhe um novo nome. Como era homem
culto e conhecia o grego antigo, uniu as palavras gregas kalos = belo, eidos =
imagem e scopéo = vejo, formando a palavra Caleidoscópio que quer dizer "vejo
belas imagens", e, realmente, se pode afirmar que este agradabilíssimo
instrumento merece um nome tão especial.
Brinquedo para crianças e adultos, instrumento de ótica, fonte de inspiração
para os desenhistas, decoradores e bordadeiras, o Caleidoscópio é, na verdade,
um objeto precioso. Trata-se de um tubo cilíndrico, cujo fundo é de vidro opaco; no
interior são colocados alguns fragmentos de vidro colorido e três espelhinhos.
pondo-se diante da luz e observando no interior do tubo, através de um furo feito
na tampa, e fazendo rolar lentamente o objeto, assiste-se a um espetáculo
bastante divertido; de fato, os pequenos vidros coloridos, com os reflexos dos
espelhos, multiplicam-se e, mudando de lugar a cada movimento da mão, dão
lugar a numerosos desenhos simétricos e sempre diferentes.
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Peças para o seu Caleidoscópio: Tubo de papelão (roxo), espelhos para serem dispostos em triângulo (juntando -se os lados dos
retângulos), e dois discos de vidro tr ansparente e um de vidro opaco.
Unir, em triângulo, os espelhos, colando os lado com papel adesivo; introduzir os espelhos
no tubo, colocando-os a 2cm do fundo. Da extremidade escolhida como fundo do tubo, introduz ir o
disco de vidro transparente (o menor) apoiando-o nas extremidades dos espelhos.
Introduzindo pelo fundo, coloca-se sobre o vidro os cacos coloridos e os fragmentos que
foram escolhidos. Será bom fixar melhor o disco com um pequeno anel de papelão ou de algodão,
que deve, porém, permanecer invisível; finalmente, sobre o anel de papelão apoiar o disco de vidro
opaco, que deve ser colado no tubo de papelão com papel adesivo. Cola-se depois, um disco de
papel sobre o terceiro disco de vidro, tendo-se o cuidado de fazer, antes, no papel, um furo circular
do diâmetro de 1cm; coloca-se este disco na outra extremidade do tubo, colando-o com papel
adesivo. O Caleidoscópio está pronto. Agora, resta apenas observar. Devemos colocar diante da
luz e dirigir o fundo do Caleidoscópio para a fonte luminosa. Finalmente, gira-se o Caleidoscópio
lentamente e formar-se-ão desenhos multicoloridos.
Outra Sugestão:
Material
3 réguas transparentes
Papel alumínio
Filme plástico
Canudos coloridos ou papel celofane colorido cortados bem pequeno ou miçangas
Cartolina, ou papel crepom, ou qualquer outro papel para decorar o caleidoscópio
Tesoura, cola e durex.
Passo 1
Junte as 03 réguas, formando um tubo triangular, prenda com o durex.
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Passo 2
Cubra um dos fundos com o filme plástico transparente. Prenda o filme com durex.
Passo 3
Recorte um pedaço de cartolina para fazer o compartimento onde ficarão as pecinhas coloridas.
Envolva o fundo que você cobriu com o filme plástico com a cartolina, deixando uma borda de 01
centímetro para fora da régua.
Passo 4
Coloque as pecinhas coloridas no compartimento. O fundo que você fez com o filme plástico deve
estar firme, porque as pecinhas não podem se espalhar pelo corpo do caleidoscópio. Passe o filme
plástico novamente no fundo, para fechar o compartimento. Prenda com durex.
Passo 5
Encaixe um triângulo com um furo no meio na outra extremidade do tubo. É por esse buraco que
você vai olhar o caleidoscópio. Prenda com durex para ficar bem firme.
Passo 6
Encape o tubo com papel alumínio. Não feche nenhuma das pontas.
Passo 7
Agora encape o caleidoscópio com papel colorido, e decore a seu gosto. Não feche nenhuma das
pontas. Está pronto!
Sugestão: Podemos fazer a seguinte relação com a Arte: elementos da linguagem visual —
cor e composição; História da Arte — vitrais (período Gótico).
Contribua:
Descreva uma atividade de arte que você conhece ou vivenciou durante
a sua formação escolar.
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HISTÓRIA DA ARTE
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PRÉ-HISTÓRIA
Um dos períodos mais fascinantes da história humana é a Pré-História.
Esse período não foi registrado por nenhum documento escrito, pois é exatamente
a época anterior à escrita. Tudo o que sabemos dos homens que viveram nesse
tempo é o resultado da pesquisa de antropólogos, historiadores e dos estudos da
moderna ciência arqueológica, que reconstituíram a cultura do homem.
Divisão da Pré-História:
Paleolítico Inferior (Aprox. 5.000.000 a 25.000 a.C.)
Primeiros hominídeos;
Caça e coleta;
Controle do fogo;
Instrumentos de pedra e pedra lascada, madeira e ossos: facas, machados.
Paleolítico Superior
Instrumentos de marfim, ossos, madeira e pedra: machado, arco e flecha,
lançador de dardos, anzol e linha;
Desenvolvimento da pintura e da escultura.
A principal característica dos desenhos da Idade da Pedra Lascada é o
naturalismo, onde os artistas pintavam em rochedos e paredes de cavernas
animais do seu cotidiano, reproduzindo a natureza tal qual sua vista captava.
Atualmente, a explicação mais aceita é que essa arte era realizada por
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caçadores, e que fazia parte do processo de magia por meio do qual procurava-se
interferir na captura de animais, ou seja, o pintor-caçador do Paleolítico supunha
ter poder sobre o animal desde que possuísse a sua imagem. Acreditava que
poderia matar o animal verdadeiro desde que o representasse ferido num
desenho. O homem deste período era nômade.
Os artistas do Paleolítico Superior realizaram também trabalhos em
escultura. Mas, tanto na pintura quanto na escultura, nota-se a ausência de figuras
masculinas. Predominam figuras femininas, com a cabeça surgindo como
prolongamento do pescoço, seios volumosos, ventre saltado e grandes nádegas.
Exemplo: Vênus de Willendorf.
Neolítico
Instrumentos de pedra polida, enxada e tear;
Início do cultivo dos campos;
Artesanato: cerâmica e tecidos;
Construção de pedra;
Primeiros arquitetos do mundo.
A fixação do homem da Idade da Pedra Polida, garantida pelo cultivo da
terra e pela manutenção de manadas, ocasionou um aumento rápido da
população e o desenvolvimento das primeiras instituições como família e a divisão
do trabalho. Assim, o homem do Neolítico desenvolveu a técnica de tecer tecido,
de fabricar cerâmicas, trabalhar com metais e construiu as primeiras moradias,
constituindo-se nos primeiros arquitetos do mundo.
Todas essas conquistas técnicas tiveram um forte reflexo na arte. O
homem, que se tornara um camponês, não precisava mais ter os sentidos
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PRÉ-HISTÓRIA NO BRASIL
Questionamentos:
Qual era a preocupação do homem desta época? Como podemos
comprová-la?
Como explicar a dicotomia entre animais tão realistas e esculturas tão
estilizadas?
Qual é a importância da morte para o homem desta época?
Na sua opinião o que justifica o fato de no Brasil não valorizarmos o
nosso passado?
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MUNDO ANTIGO
ARTE EGÍPCIA
Pintura mural
era um verdadeiro labirinto que ia dar na câmara funerária, local onde estava a
múmia do faraó e seus pertences.
Os templos mais significativos são: Carnac, Luxor. E dividem-se em três
categorias:
Pirâmides: túmulos reais, destinados ao faraó;
Mastaba: túmulo para a nobreza;
Hipogeu: túmulo destinado à gente do povo.
Escultura
Os escultores egípcios representavam os faraós e os deuses em posição
serena, quase sempre de frente, sem demonstrar nenhuma emoção. Pretendiam
com isso traduzir, na pedra, uma ilusão de imortalidade. Com esse objetivo ainda,
exageravam freqüentemente as proporções do corpo humano, dando às figuras
representadas uma impressão de força e de majestade.
Os baixos-relevos egípcios, que eram quase sempre pintados, representam
também a expressão da qualidade superior atingida pelos artistas em seus
trabalhos, que recobriam colunas e paredes, dando um encanto todo especial às
construções. Os próprios hieróglifos eram transcritos, muitas vezes, em baixo-
relevo.
Pintura
A decoração colorida era um poderoso elemento de complementação das
atitudes religiosas. Suas características gerais são:
Ausência de três dimensões;
Ignorância da profundidade;
Colorido a tinta, sem claro-escuro e sem indicação do relevo;
Lei da Frontalidade: que determinava que o tronco da pessoa fosse
representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas e seus
pés eram vistos de perfil;
Hierarquia na arte: as pessoas com maior importância social eram maiores.
Exemplo: o rei, a mulher do rei, o sacerdote, os soldados e o povo.
As figuras femininas eram pintadas em ocre, enquanto que as masculinas
pintadas de vermelho.
Os egípcios escreviam usando desenhos e desenvolveram três formas de
escrita:
Hieróglifos: considerados a escrita sagrada;
Hierática: utilizada pela nobreza e pelos sacerdotes;
Demótica: a escrita popular.
Questionamentos:
Qual era o ideal de vida do homem egípcio?
Qual era o valor da morte para esta época?
Há alguma semelhança entre o homem egípcio e o homem
contemporâneo?
Que lugar ocupava a mulher no mundo egípcio?
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ARTE GREGA
Enquanto a arte egípcia é uma arte ligada ao espírito, a arte grega liga-se à
inteligência, pois os seus reis não eram deuses, mas seres inteligentes e justos
que se dedicavam ao bem-estar do povo. A arte grega volta-se para o gozo da
vida presente. Contemplando a natureza, o artista se empolga pela vida e tenta,
através da arte, exprimir suas manifestações. Na sua constante busca da
perfeição, o artista grego cria uma arte de elaboração intelectual em que
predomina o ritmo, o equilíbrio e a harmonia ideal, cujas características principais
são:
O racionalismo;
Amor pela beleza;
Interesse pelo homem (a medida de todas as coisas);
Democracia.
Arquitetura
As edificações que despertaram maior interesse são os templos. A
característica mais evidente dos templos gregos é a simetria entre o pórtico de
entrada e o dos fundos. O templo era construído sobre uma base de três degraus.
O degrau mais elevado chamava-se estilóbata e sobre ele eram erguidas as
colunas. As colunas sustentavam um entablamento horizontal formado por três
partes: a arquitrave, o friso e a cornija. As colunas e entablamento eram
construídos segundo os modelos das ordens dóricas, jônicas e coríntia.
Ordem Dórica: era simples e maciça. O fuste da coluna era monolítico e
grosso. O capitel era uma almofada de pedra. Nascida do sentir do povo
grego, nela se expressa o pensamento. Sendo a mais antiga das ordens
arquitetônicas gregas, a ordem dórica, por sua simplicidade e severidade,
empresta uma idéia de solidez e imponência;
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ARTE ROMANA
Pintura mural -
mural - vila Pintura mural -
mural - flores
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ARTE PALEOCRISTÃ
Misac, Sidrac e Ab
Abdêgano
dêgano
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ARTE BIZANTINA
Justiniano - Mosaico
A arquitetura das igrejas foi a que recebeu maior atenção da arte bizantina,
elas eram planejadas sobre uma base circular octogonal ou quadrada com uma
imensa cúpula. A Igreja de Santa Sofia (Sofia = Sabedoria ), na hoje Istambul, foi
um dos maiores triunfos da nova técnica bizantina, projetada pelos arquitetos
Antêmio de Tralles e Isidoro de Mileto.
Toda essa atração por decoração aliada a prevenção que os cristãos
tinham contra a estatuária que lembrava de imediato o paganismo romano, afasta
o gosto pela forma e conseqüentemente a escultura não teve tanto destaque neste
período.O que se encontra restringe-se a baixos relevos acoplados à decoração.
A arte bizantina teve seu grande apogeu no século VI, durante o reinado do
Imperador Justiniano. Porém, logo se sucedeu um período de crise chamado de
Iconoclastia, que se constituía na destruição de qualquer imagem santa devido ao
conflito entre os imperadores e o clero.
A arte bizantina não se extinguiu em 1453, pois, durante a segunda metade
do século XV e boa parte do século XVI, a arte daquelas regiões onde ainda
florescia a ortodoxia grega permaneceu dentro da arte bizantina. E essa arte
extravasou em muito os limites territoriais do império, penetrando, por exemplo,
nos países eslavos.
ARTE ISLÂMICA
Tapeçaria – Índia
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Questionamentos:
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IDADE MÉDIA
ARTE ROMÂNICA
Em 476, com a tomada de Roma pelos povos bárbaros, tem início o período
histórico conhecido por Idade Média. Na Idade Média a arte tem suas raízes na
época conhecida como Paleocristã, trazendo modificações no comportamento
humano, onde, com o Cristianismo a arte se voltou para a valorização do espírito.
Os valores da religião cristã vão impregnar todos os aspectos da vida medieval. A
concepção de mundo dominada pela figura de Deus proposto pelo cristianismo é
chamada de teocentrismo (teos = Deus ). Deus é o centro do universo e a medida
de todas as coisas. A igreja como representante de Deus na terra, tinha poderes
ilimitados.
Arquitetura
No final dos séculos XI e XII, na Europa, surge a arte românica cuja
estrutura era semelhante às construções dos antigos romanos. As características
mais significativas da arquitetura românica são:
Abóbadas em substituição ao telhado das basílicas;
Pilares maciços e paredes espessas;
Aberturas raras e estreitas usadas como janelas;
Torres, que aparecem no cruzamento das naves ou na fachada;
Arcos que são formados por 180 graus.
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Questionamento:
Acreditava-se que no ano 1000 acabaria o mundo. Este é o principal
motivo pelo qual as igrejas eram robustas e com minúsculas janelas,
para abrigar os fiéis. E hoje, qual é a função da igreja católica?
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ARTE GÓTICA
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Jan Van Eyck: procurava registrar nas suas pinturas os aspectos da vida
urbana e da sociedade de sua época. Nota-se em suas pinturas um
cuidado com a perspectiva, procurando mostrar os detalhes e as
paisagens. Obras destacadas: O Casal Arnolfini e Nossa Senhora do
Chanceler Rolin.
Questionamento:
Qual a identidade do período gótico?
tinta, boa pintura, bom desenho garantem boa sorte na caça, na guerra, na pesca,
na viagem. Cada tribo e cada família desenvolvem padrões de pintura fiéis ao seu
modo de ser. Nos dias comuns a pintura pode ser bastante simples, porém nas
festas, nos combates, mostra-se requintada, cobrindo também a testa, as faces e
o nariz. A pintura corporal é função feminina, a mulher pinta os corpos dos filhos e
do marido.
Assim como a pintura corporal a arte plumária serve para enfeites: mantos,
máscaras, cocares, e passam aos seus portadores elegância e majestade. Esta é
uma arte muito especial porque não está associada a nenhum fim utilitário, mas
apenas a pura busca da beleza.
A Aldeia Cabe No Cocar
A disposição e as cores das penas do cocar não são aleatórias. Além de
bonito, ele indica a posição de chefe dentro do grupo e simboliza a própria
ordenação da vida em uma aldeia Kayapó. Em forma de arco, uma grande roda a
girar entre o presente e o passado. "É uma lógica de manutenção e não de
progresso", explica Luis Donizete Grupioni. A aldeia também é disposta assim. Lá,
cada um tem seu lugar e sua função determinados.
A Floresta
O verde representa as matas, que protegem as aldeias e ao mesmo tempo
são a morada dos mortos e dos seres sobrenaturais. São consideradas um lugar
perigoso, já que fogem ao controle dos Kayapó.
Os Homens
A cor mais forte (vermelho) representa a casa dos homens, que fica bem no
coração da aldeia. É a "prefeitura" Kayapó, presidida apenas por homens. Aí eles
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Questionamentos:
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RENASCIMENTO
Michelangelo “David” Academia, Florença Michelangelo “Pietá” Basílica de São Pedro, Vaticano
Ordens Arquitetônicas;
Arcos de Volta-Perfeita;
Simplicidade na construção;
Escultura e Pintura se desprendem da arquitetura e passam a ser
autônomas.
Construções de palácios, igrejas, vilas (casa de descanso fora da cidade),
fortalezas (funções militares).
O principal arquiteto renascentista foi Brunelleschi - um exemplo de artista
completo renascentista, pois foi pintor, escultor e arquiteto. Além de dominar
conhecimentos de Matemática, Geometria e de ser grande conhecedor da poesia
de Dante. Foi como construtor, porém, que realizou seus mais importantes
trabalhos, entre eles a C úpula da C atedral de Florença e a Capela Pazzi .
Pintura
Principais características:
Perspectiva: as diversas distâncias e proporções que têm entre si os
objetos vistos à distância, segundo os princípios da matemática e da
geometria;
Uso do claro-escuro: pintar algumas áreas iluminadas e outras nas
sombras, um jogo de contrastes que reforça a sugestão de volume dos
corpos; inicia-se o uso da tela e da tinta à óleo;
Realismo: os artistas do Renascimento não vê mais o homem como
simples observador do mundo que expressa a grandeza de Deus, mas
como a expressão mais grandiosa do próprio Deus. E o mundo é pensado
como uma realidade a ser compreendida cientificamente, e não apenas
admirada;
Independência: tanto a pintura como a escultura que antes apareciam
quase que exclusivamente como detalhes de obras arquitetônicas, tornam-
se manifestações independentes;
Individualidade: surgimento de artistas com um estilo pessoal, diferente
dos demais, já que o período é marcado pelo ideal de liberdade e,
conseqüentemente, pelo individualismo.
Os principais pintores foram:
Botticelli: os temas de seus quadros foram escolhidos segundo a
possibilidade que lhe proporcionavam de expressar seu ideal de beleza.
Para ele, a beleza estava associada ao ideal cristão. Por isso, as figuras
humanas de seus quadros são belas porque manifestam a graça divina, e,
ao mesmo tempo, melancólicas porque supõem que perderam esse dom de
Deus. Obras destacadas: A Primav era e O Nascimento de Vênus .
Leonardo da Vinci: ele dominou com sabedoria um jogo expressivo de luz
e sombra, gerador de uma atmosfera que parte da realidade mas estimula a
imaginação do observador. Foi possuidor de um espírito versátil que o
tornou capaz de pesquisar e realizar trabalhos em diversos campos do
conhecimento humano. Obras destacadas: A Virgem dos Rochedos e
Monalisa .
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MANEIRISMO
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Escultura
Na escultura, o maneirismo segue o caminho traçado por Michelangelo: às
formas clássicas soma-se o novo conceito intelectual da arte pela arte e o
distanciamento da realidade. Em resumo, repetem-se as características da
arquitetura e da pintura. Não faltam as formas caprichosas, as proporções
estranhas, as superposições de planos, ou ainda o exagero nos detalhes,
elementos que criam essa atmosfera de tensão tão característica do
espírito maneirista. Principais características:
A composição típica desse estilo apresenta um grupo de figuras dispostas
umas sobre as outras, num equilíbrio aparentemente frágil, as figuras são
unidas por contorções extremadas e exagerado alongamento dos
músculos.
O modo de enlaçar as figuras, atribuindo-lhes uma infinidade de posturas
impossíveis, permite que elas compartilhem a reduzida base que têm como
cenário, isso sempre respeitando a composição geral da peça e a
graciosidade de todo o conjunto.
Principais Artistas:
Bartolomeo Ammanati (1511-1592): Realizou trabalhos em várias cidades
italianas. Decorou também o palácio dos Mantova e o túmulo do conde da
cidade. No ano de 1555, com a morte do papa, voltou para Florença, onde
venceu um concurso para a construção da fonte da Piazza della Signoria .
Giambologna (1529-1608): De origem flamenga, Giambologna deu seus
primeiros passos como escultor na oficina do francês Jacques Dubroecq.
Poucos anos depois mudou-se para Roma, onde se supõe que teria
colaborado com Michelangelo em muitas de suas obras. Estabeleceu-se
finalmente em Florença, na corte dos Médici. O Rapto das Sabinas ,
Mercúrio , Baco e Os Pescadores estão entre as obras mais importantes
desse período.
Questionamento:
O que mudou da concepção do mundo gótico para o mundo
renascentista? Quais os deslocamentos?
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BARROCO
A arte barroca originou-se na Itália (séc. XVII), mas não tardou a irradiar-se
por outros países da Europa e a chegar também ao continente americano, trazida
pelos colonizadores portugueses e espanhóis.
As obras barrocas romperam o equilíbrio entre o sentimento e a razão ou
entre a arte e a ciência, que os artistas renascentistas procuram realizar de forma
muito consciente; na arte barroca predominam as emoções e não o racionalismo
da arte renascentista.
É uma época de conflitos espirituais e religiosos. O estilo barroco traduz a
tentativa angustiante de conciliar forças antagônicas: bem e mal; Deus e Diabo;
céu e terra; pureza e pecado; alegria e tristeza; paganismo e cristianismo;
espírito e matéria. Suas características gerais são:
Emocional sobre o racional; seu propósito é impressionar os sentidos do
observador, baseando-se no princípio segundo o qual a fé deveria ser
atingida através dos sentidos e da emoção e não apenas pelo raciocínio;
Busca de efeitos decorativos e visuais, através de curvas, contracurvas,
colunas retorcidas;
Entrelaçamento entre a arquitetura e escultura;
Violentos contrastes de luz e sombra;
Pintura com efeitos ilusionistas, dando-nos às vezes a impressão de ver o
céu, tal a aparência de profundidade conseguida.
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Pintura
Características da pintura barroca:
Composição assimétrica, em diagonal - que se revela num estilo grandioso,
monumental, retorcido, substituindo a unidade geométrica e o equilíbrio da
arte renascentista;
Acentuado contraste de claro-escuro (expressão dos sentimentos) - era um
recurso que visava a intensificar a sensação de profundidade;
Realista, abrangendo todas as camadas sociais;
Escolha de cenas no seu momento de maior intensidade dramática.
Pintores barrocos italianos:
Caravaggio: o que melhor caracteriza a sua pintura é o modo
revolucionário como ele usa a luz. Ela não aparece como reflexo da luz
solar, mas é criada intencionalmente pelo artista, para dirigir a atenção do
observador. Obra destacada: Vocação de São Mateus .
Andréa Pozzo: realizou grandes composições de perspectiva nas pinturas
dos tetos das igrejas barrocas, causando a ilusão de que as paredes e
colunas da igreja continuam no teto, e de que este se abre para o céu, de
onde santos e anjos convidam os homens para a santidade. Obra
destacada: A Glória de Santo Inácio .
Outros países da Europa:
Velásquez: além de retratar as pessoas da corte espanhola do século XVII
procurou registrar em seus quadros também os tipos populares do seu
país, documentando o dia-a-dia do povo espanhol num dado momento da
história. Obra destacada: O Conde Duque de Olivares .
Rubens (espanhol): além de um colorista vibrante, se notabilizou por criar
cenas que sugerem, a partir das linhas contorcidas dos corpos e das
pregas das roupas, um intenso movimento. Em seus quadros, é
geralmente, no vestuário que se localizam as cores quentes - o vermelho, o
verde e o amarelo - que contrabalançam a luminosidade da pele clara das
figuras humanas. Obra destacada: O Jardim do Amor .
Rembrandt (holandês): o que dirige nossa atenção nos quadros deste
pintor não é propriamente o contraste entre luz e sombra, mas a gradação
da claridade, os meios-tons, as penumbras que envolvem áreas de
luminosidade mais intensa. Obra destacada: Aula de Anatomia .
Escultura
Suas características são:
Predomino das linhas curvas, dos drapeados das vestes e do uso do
dourado;
Gestos e os rostos das personagens revelam emoções violentas e atingem
uma dramaticidade desconhecida no Renascimento.
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ROCOCÓ
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Principais Artistas:
Antoine Watteau (1684-1721): as figuras e cenas de Watteau se
converteram em modelos de um estilo bastante copiado, que durante muito
tempo obscureceu a verdadeira contribuição do artista para a pintura do
século XIX.
François Boucher (1703-1770): as expressões ingênuas e maliciosas de
suas numerosas figuras de deusas e ninfas em trajes sugestivos e atitudes
graciosas e sensuais não evocavam a solenidade clássica, mas a alegre
descontração do estilo rococó. Além dos quadros de caráter mitológico,
pintou, sempre com grande perfeição no desenho, alguns retratos,
paisagens: O C asario de Issei e cenas de interior: O pintor em seu E stúdio .
Jean-Honoré Fragonard (1732-1806): desenhista e retratista de talento,
Fragonard destacou-se principalmente como pintor do amor e da natureza,
de cenas galantes em paisagens idílicas. Foi um dos últimos expoentes do
período rococó, caracterizado por uma arte alegre e sensual, e um dos
mais antigos precursores do impressionismo.
NEOCLASSICISMO
Nas duas últimas décadas do século XVIII e nas três primeiras do século
XIX, uma nova tendência estética predominou nas criações dos artistas europeus.
Trata-se do Neoclassicismo (neo = novo ), que expressou os valores próprios de
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Pintura
A pintura desse período foi inspirada principalmente na escultura clássica
grega e na pintura renascentista italiana, sobretudo em Rafael, mestre inegável do
equilíbrio da composição. Características da pintura:
Formalismo na composição, refletindo racionalismo dominante;
Exatidão nos contornos;
Harmonia do colorido.
Principais representantes da pintura neoclássica:
Jacques-Louis David: foi considerado o pintor da Revolução Francesa,
mais tarde, tornou-se o pintor oficial do Império de Napoleão. Durante o
governo de Napoleão, registrou fatos históricos ligados à vida do imperador.
Suas obras geralmente expressam um vibrante realismo, mas algumas
delas exprimem fortes emoções. Obra destacada: Bonaparte Atravessando
os Alpes e Morte de Marat .
Ingres: sua obra abrange, além de composições mitológicas e literárias,
nus, retratos e paisagens, mas a crítica moderna vê nos retratos e nus o
seu trabalho mais admirável. Ingres soube registrar a fisionomia da classe
burguesa do seu tempo, principalmente no gosto pelo poder e na sua
confiança na individualidade. Obra destacada: Banhista de Valpinçon .
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ROMANTISMO
O século XIX foi agitado por fortes mudanças sociais, políticas e culturais
causadas por acontecimentos do final do século XVIII que foram: a Revolução
Industrial que gerou novos inventos com o objetivo de solucionar os problemas
técnicos decorrentes do aumento de produção, provocando a divisão do trabalho e
o início da especialização da mão-de-obra; e pela Revolução Francesa, que lutava
por uma sociedade mais harmônica, em que os direitos individuais fossem
respeitados, traduzindo essa expectativa na Declaração dos Direitos do Homem e
do Cidadão. Do mesmo modo, a atividade artística tornou-se complexa.
Os artistas românticos procuraram se libertar das convenções acadêmicas
em favor da livre expressão da personalidade do artista. Características gerais:
A valorização dos sentimentos e da imaginação;
O nacionalismo;
A valorização da natureza como princípios da criação artística;
Os sentimentos do presente tais como: Liberd ade, Igualdade e
Fraternidade .
Arquitetura e Escultura
A escultura e a arquitetura registram pouca novidade. Observa-se, grosso
modo, a permanência do estilo anterior, o neoclássico. Vez por outra se retomou o
estilo gótico da época medieval, gerando o neogótico. Obra Destacada: Edifício do
Parlamento Inglês .
Pintura
Características da pintura:
Aproximação das formas barrocas;
Composição em diagonal sugerindo instabilidade e dinamismo ao
observador;
Valorização das cores e do claro-escuro;
Dramaticidade.
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Temas da pintura:
Fatos reais da história nacional e contemporânea da vida dos artistas;
Natureza revelando um dinamismo equivalente as emoções humanas;
Mitologia Grega.
Principais artistas:
Goya: nasceu no pequeno povoado de Fuendetodos, Espanha, em 1746.
Morreu em Bordeaux, em 1828. Goya e sua mitologia povoada por sonhos
e pesadelos, seres deformados, tons opressivos. Senhor absoluto da
caricatura do seu tempo. Trabalhou temas diversos: retratos de
personalidades da corte espanhola e de pessoas do povo, os horrores da
guerra, a ação incompreensível de monstros, cenas históricas e as lutas
pela liberdade. Obra destacada: Os Fuzilamentos de 3 de maio de 1808 .
Turner: representou grandes movimentos da natureza, mas por meio do
estudo da luz que a natureza reflete, procurou descrever uma certa
atmosfera da paisagem. Uma das primeiras vezes que a arte registra a
presença da máquina (locomotiva). Obras destacadas: Chuva, Vapor e
Velocidade e O Grande Canal , Veneza.
Delacroix: suas obras apresentam forte comprometimento político, e o
valor da pintura é assegurada pelo uso das cores, das luzes e das sombras,
dando-nos a sensação de grande movimentação. Representava assuntos
abstratos personificando-os. Obras destacadas: A Liberdade Guiando o
P ovo e Agitação de Tânger .
REALISMO
Principais pintores:
Courbet: foi considerado o criador do realismo social na pintura, pois
procurou retratar em suas telas temas da vida cotidiana,
principalmente das classes populares. Manifesta sua simpatia
particular pelos trabalhadores e pelos homens mais pobres da
sociedade no século XIX. Obra destacada: Moças Peneirando o Trigo .
Jean-François Millet: sensível observador da vida campestre, criou
uma obra realista na qual o principal elemento é a ligação atávica do
homem com a terra. Foi educado num meio de profunda religiosidade
e respeito pela natureza. Trabalhou na lavoura desde muito cedo.
Seus numerosos desenhos de paisagens influenciaram, mais tarde,
Pissarro e Van Gogh. É o caso, por exemplo, Ângelus .
Questionamento:
A história da arte sempre oscilou entre períodos de racionalidade e
emoção, por exemplo: Gótico (E), Renascimento (R), Barroco (E),
Neoclássico (R), etc... que paralelos poderíamos estabelecer com a
história da educação brasileira?
ARTE BRASILEIRA
Aleijadinho “Os Doze Profetas” Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas do Campo BR
ARTE COLONIAL
Após a chegada de Cabral, Portugal tomou posse do território e
transformou o Brasil em sua colônia. Primeiramente, foram construídas as
feitorias, que eram construções muito simples com cerca de pau-a-pique ao redor,
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porque os portugueses temiam ser atacados pelo índios. Preocupado com que
outros povos ocupassem terras brasileiras, o rei de Portugal enviou, em 1530,
uma expedição comandada por Martim Afonso de Sousa para dar início à
colonização. Martim Afonso fundou a vila de são Vicente (1532) e instalou o
primeiro engenho de açúcar, iniciando-se o plantio de cana-de-açúcar, que se
tornaria a principal fonte de riqueza produzida no Brasil.
Após a divisão em capitanias hereditárias, houve grande necessidade de
construir moradias para os colonizadores que aqui chegaram e engenhos para a
fabricação de açúcar.
Arquitetura
A arquitetura era bastante simples, sempre com estruturas retangulares e
cobertura de palha sustentada por estruturas de madeira roliça inclinada. Essas
construções eram conhecidas por tejupares, palavra que vem do tupi-guarani
(tejy=gente e upad=lugar ). Com o tempo os tejupares melhoram e passam os
colonizadores a construir casas de taipa.
Com essa evolução começam a aparecer as capelas, os centros das vilas,
dirigidas por missionários jesuítas. Nas capelas há crucifixo, a imagem de Nossa
Senhora e a de algum santo, trazidos de Portugal.
A arquitetura religiosa foi introduzida no Brasil pelo irmão jesuíta Francisco
Dias, que trabalhou em Portugal com o arquiteto italiano Filipe Terzi, projetista da
igreja de São Roque de Lisboa.
Dois eram os modelos de arquitetura primitiva. A igreja de Jesus de Roma
(autor: Vignola) e a igreja de São Roque de Lisboa, ambas de padres jesuítas.
Floresciam as igrejas em todos os lugares onde chegavam os
colonizadores, especialmente no litoral.
Os principais arquitetos do período colonial foram: Francisco Dias,
Francisco Frias de Mesquita, Gregório de Magalhães e Fernandes Pinto Alpoim .
A liberdade de estilo dada ao arquiteto modifica o esquema simples, mas
talvez pela falta de tempo ou por deficiência técnica não se deu um acabamento
mais aprimorado. Esquema de arquitetura primitiva:
Taipa: Construção feita de varas, galhos, cipós entrelaçados e cobertos com
barro. Para que o barro tivesse maior consistência a melhor resistência à
chuva, ele era misturado com sangue de boi e óleo de peixe.
Algumas das principais construções de taipas:
Muralha ao redor de Salvador, construída por Tomé de Sousa;
Igreja Matriz de Cananéia;
Vila inteira de São Vicente, destruída por um maremoto e reconstruída
entre 1542 e 1545;
Engenhos de cana-de-açúcar;
Casa da Companhia de Jesus, que deu origem à cidade de São Paulo.
Técnicas Empregadas:
Taipa de Pilão: de origem árabe, consiste em comprimir a terra em formas
de madeira, formando um caixão, onde o material a ser socado ia disposto
em camadas de 15 cm aproximadamente. Essas camadas reduziam-se a
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Victor Meireles “Primeira Missa no Brasil” Museu Nacional de Belas Artes - Rio de Janeiro, Brasil
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ERA MODERNA
IMPRESSIONISMO
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a crítica reagiram muito mal ao novo movimento, pois ainda se mantinham fiéis
aos princípios acadêmicos da pintura.
Principais artistas:
Claude Monet : incessante pesquisador da luz e seus efeitos, pintou vários
motivos em diversas horas do dia, afim de estudar as mutações coloridas
do ambiente com sua luminosidade. Obras Destacadas: Mulheres no
Jardim e a Catedral de Rouen em Pleno Sol .
Auguste Renoir: foi o pintor impressionista que ganhou maior popularidade
e chegou mesmo a ter o reconhecimento da crítica, ainda em vida. Seus
quadros manifestam otimismo, alegria e a intensa movimentação da vida
parisiense do fim do século XIX. Pintou o corpo feminino com formas puras
e isentas de erotismo e sensualidade, preferia os nus ao ar livre, as
composições com personagens do cotidiano, os retratos e as naturezas
mortas. Obras Destacadas: Baile do Moulin de la Galette e La Grenouillière .
Edgar Degas: sua formação acadêmica e sua admiração por Ingres
fizeram com que valorizasse o desenho e não apenas a cor, que era a
grande paixão do Impressionismo. Além disso, foi pintor de poucas
paisagens e cenas ao ar livre. Os ambientes de seus quadros são interiores
e a luz é artificial. Sua grande preocupação era flagrar um instante da vida
das pessoas, aprender um momento do movimento de um corpo ou da
expressão de um rosto. Adorava o teatro de bailados. Obra Destacada: O
Ensaio .
Seurat: mestre no pontilhismo. Obra Destacada: Tarde de Domingo na Ilha
Grande Jatte .
EXPRESSIONISMO
Vincent Van Gogh “Campo de Trigo com Feixes” Academy of Arts, Honolulu
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que mais lhes interessava: pintar. Dessa época são os quadros mais
ousados de paisagens e nus, bem como cenas circenses e de variedades.
Em 1914 Kirchner foi convocado para a guerra, e um ano depois tentou o
suicídio. Quando suas mãos se recuperaram do ferimento, voltou a pintar
ao ar livre, em sua casa ao pé dos Alpes. Quando finalmente sua
contribuição para a arte alemã foi reconhecida, foi nomeado membro da
academia de Berlim, em 1931, para seis anos mais tarde, durante o
nazismo, ver sua obra ser destruída e desprestigiada pelos órgãos de
censura. Kirchner tentou mostrar em toda a sua produção pictórica uma
realidade de pesadelo e decadência. Sensivelmente influenciado pelos
desastres da guerra, seus quadros se transformaram num amontoado
neurótico de cores contrastantes e agressivas, produto de uma profunda
tristeza. No final de 1938 o pintor pôs fim à própria vida. Suas obras mais
importantes estão dispersas pelos museus de arte moderna mais
importantes da Alemanha.
Paul Klee: considerado um dos artistas mais originais do movimento
expressionista. Convencido de que a realidade artística era totalmente
diferente da observada na natureza, este pintor dedicou-se durante toda
sua carreira a buscar o ponto de encontro entre realidade e espírito. A
exemplo de Kandinsky, Klee estudou com o mestre Von Stuck em Munique.
Depois de uma viagem pela Itália, entrou em contato com os pintores da
Nova Associação de Artistas e finalmente uniu-se ao grupo de artistas do
Der Blaue Reiter. Em 1912 viajou para Paris, onde se encontrou com
Delaunay, que seria de vital importância para suas obras posteriores. Klee
escreveu: "A cor, como a forma, pode expressar ritmo e movimento" . Mas a
grande descoberta ocorreria dois anos depois, em sua primeira viagem a
Túnis. As formas cúbicas da arquitetura e os graciosos arabescos na
terracota deixaram sua marca na obra do pintor. Iniciou uma fase de grande
produtividade, com quadros de caráter quase surrealista, criados, segundo
o pintor, em cima de "matéria e sonhos" . Entre eles merecem ser
mencionados Anatomia de Afrodite , Demônios , Flores Noturnas e Villa R .
Depois de lutar durante dois anos na Primeira Guerra, Klee juntou-se em
1924 ao grupo Die vier Blauen, mas antes apresentou suas obras em Paris,
na primeira exposição dos surrealistas. Paralelamente, começou a trabalhar
como professor em Dusseldorf e mais tarde na escola da Bauhaus em
Weimar. Em 1933, Klee emigrou para a Suíça. Sua última exposição em
vida aconteceu em Basiléia, em 1940. Além de sua obra pictórica, Klee
deixou vários trabalhos escritos que resumem seu pensamento artístico.
Amadeo Modigliani: iniciou sua formação como pintor no ateliê de Micheli,
em Livorno, sua cidade natal. Em 1902 entrou na Academia de Florença e
um ano mais tarde na de Veneza. Três anos depois mudou-se para Paris,
onde teve aulas na academia de Colarossi. Nessa cidade travou
conhecimento com os pintores Utrillo, Picasso e Braque. Em 1908
participou do Salão dos Independentes e lá conheceu Juan Gris e Brancusi.
Produziu então suas primeiras esculturas motivado pelas peças de arte
africana chegadas à França das colônias. Esse aspecto de máscara foi
uma das constantes nos seus retratos e nus sensuais. Modigliani teve em
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FOVISMO
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CUBISMO
Pablo Picasso “Les Demoiselles D’Avignon” Museum Of Modern Art, New York
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produziu uma obra indicadora de novos rumos. Em 1928 deu início a uma
fase chamada antropofágica. A ela pertence a tela Abaporu cujo nome,
segundo a artista é de origem indígena e significa “antropófa go” . Também
usou de temática social nos seus quadros como na tela Operários .
Rego Monteiro: um dos primeiros artistas brasileiros a realizar uma obra
dentro da estética cubista. Estudou em Paris, depois da Semana de Arte
Moderna, sua vida alternou-se entre a França e o Brasil. Foi reconhecido
também naquele país, tem seus quadros dentro do acervo de alguns
importantes museus. Obra destacada: Pietá .
FUTURISMO
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DADAISMO
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ABSTRACIONISMO
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Principais Artistas:
Wassily Kandinsky (1866-1944): pintor russo, antes do abstracionismo
participou de vários movimentos artísticos como impressionismo,
atravessou uma curta fase fauve e expressionismo. Escreveu livros, como
em 1911, “Sobre o Espiritual na Arte ”, em que procurou apontar
correspondências simbólicas entre os impulsos interiores e a linguagem das
formas e cores, e em 1926, “ Do Ponto e da Linha até a Superfície” ,
explicação mais técnica da construção e inventividade da sua arte.
Dezenas de suas obras foram confiscadas pelos nazistas e várias delas
expostas na mostra de "Arte Degenerada" .
Franz Marc (1880-1916): pintor alemão, apaixonado pela arte dos povos
primitivos, das crianças e dos doentes mentais, o pintor alemão Marc
escolheu como temas favoritos os estudos sobre animais, conheceu
Kandinsky, sob a influência deste, convenceu-se de que a essência dos
seres se revela na abstração. A admiração pelos futuristas italianos
imprimiram nova dinâmica à obra de Marc, que passou a empregar formas
e massas de cores brilhantes próprias da pintura cubista.
Os nazistas destruíram várias de suas obras. As que restaram estão
conservadas no Museu de Belas-Artes de Liège, no Kunstmuseum, em
Basiléia, na Städtische Galarie im Lembachhaus, em Munique, no Walker
Art Center, em Minneapolis, e no Guggenheim Museum, em Nova York.
2. SUPREMATISMO: é uma pintura com base nas formas geométricas
planas, sem qualquer preocupação de representação. Os elementos
principais são: retângulo, círculo, triângulo e a cruz. O manifesto do
Suprematismo, assinado por Malevitch e Maiakovski, poeta russo, foi um
dos principais integrantes do movimento futurista em seu país, defendia a
supremacia da sensibilidade sobre o próprio objeto. Mais racional que as
obras abstratas de Kandinsky e Paul Klee, reduz as formas, à pureza
geométrica do quadrado. Suas características são rígidas e se baseiam nas
relações formais e perceptivas entre a forma e a cor. Pesquisa os efeitos
perceptivos do quadrado negro sobre o campo branco, nas variações
ambíguas de fundo e forma.
Principal Artista:
Kazimir Malevitch (1878-1935): pintor russo. Fundador da corrente
suprematista, que levou o abstracionismo geométrico à simplicidade
extrema. Foi o primeiro artista a usar elementos geométricos abstratos.
Procurou sempre elaborar composições puras e cerebrais, destituídas de
toda sensualidade. O quadro N egro S obre F undo B ranco constituiu uma
ruptura radical com a arte da época. Pintado entre 1913 e 1915, compõe-se
apenas de dois quadrados, um dentro do outro, com os lados paralelos aos
da tela. A problemática dessa composição seria novamente abordada no
quadro B ranco S obre F undo B ranco (1918), hoje no Museu de Arte
Moderna de Nova York.
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SURREALISMO
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POP ART
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OPT ART
LAND ART
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MODERNISMO BRASILEIRO
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Antes dos anos 20, são feitas em São Paulo duas exposições de pintura
que colocam a arte moderna de um modo concreto para os brasileiros: a de Lasar
Segall, em 1913, e a de Anita Malfatti, em 1917.
A exposição de Anita Malfatti provocou uma grande polêmica com os
adeptos da arte acadêmica. Dessa polêmica, o artigo de Monteiro Lobato para o
jornal O Estado de S. Paulo, intitulado: “A propósito da Exposição Malfatti” ,
publicado na seção Artes e Artistas da edição de 20 de dezembro de 1917, foi a
reação mais contundente dos espíritos conservadores.
No artigo publicado nesse jornal, Monteiro Lobato, preso a princípios
estéticos conservadores, afirma que “todas as artes são regidas por princípios
imutáveis, leis fundamentais que não dependem do tempo nem da latitude” . Mas
Monteiro Lobato vai mais longe ao criticar os novos movimentos artísticos. Assim,
escreve que “quando as sensações do mundo externo transformaram-se em
impressões cerebrais, nós ‘sentimos’; para que sintamos de maneira diversa,
cúbica ou futurista, é forçoso ou que a harmonia do universo sofra completa
alteração, ou que o nosso cérebro esteja em ‘pane’ por virtude de alguma grave
lesão. Enquanto a percepção sensorial se fizer normalmente no homem, através
da porta comum dos cinco sentidos, um artista diante de um gato não poderá
‘sentir’ senão um gato, e é falsa a ‘interpretação que do bichano fizer um totó, um
escaravelho ou um amontoado de cubos transparentes” .
Em posição totalmente contrária à de Monteiro Lobato estaria, anos mais
tarde, Mário de Andrade. Suas idéias estéticas estão expostas basicamente no
“Prefácio Interessantíssimo” de sua obra Paulicéia Desvairada, publicada em
1922. Aí, Mário de Andrade afirma que:
“Belo da arte: arbitrário convencional, transitório - questão de moda. Belo
da natu reza: imutável, objetivo, natural - tem a eternidade que a natureza tiver.
Arte não consegue reproduzir natureza, nem este é seu fim. Todos os grandes
artistas, ora conscientes (Rafael das Madonas, Rodin de Balzac. Beethoven da
Pastoral, Machado de Assis do Braz Cubas) ora inconscientes (a grande maioria)
foram deformadores da natureza. Donde infiro que o belo artístico será tanto mais
artístico, tanto mais subjetivo quanto mais se afastar do belo natural. Outros
infiram o que quiserem. Pouco me importa” . (Mário de Andrade, Poesias
Completas).
Embora existia uma diferença de alguns anos entre a publicação desses
dois textos, eles colocam de uma forma clara as idéias em que se dividiram
artistas e críticos diante da arte. De um lado, os que tendiam que a arte fosse uma
cópia fiel do real; do outro, os que almejavam uma tal liberdade criadora para o
artista, que ele não se sentisse cerceado pelos limites da realidade.
Essa divisão entre os defensores de uma estética conservadora e os de
uma renovadora, prevaleceu por muito tempo e atingiu seu clímax na Semana de
Arte Moderna realizada nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, no Teatro
Municipal de São Paulo. No interior do teatro, foram apresentados concertos e
conferências, enquanto no saguão foram montadas exposições de artistas
plásticos, como os arquitetos Antonio Moya e George Prsyrembel, os escultores
Vítor Brecheret e W. Haerberg e os desenhistas e pintores Anita Malfatti, Di
Cavalcanti, John Graz, Martins Ribeiro, Zina Aita, João Fernando de Almeida
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ARTE NAÏF
ARTE CONTEMPORÂNEA
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