Narrativas não convencionais

no cinema

TEORIA DO CINEMA
2015
o SURREAL: quando o cinema procura expressar
as manifestações do inconsciente, driblando as
amarras do pensamento racional e/ou
recorrendo ao simbolismo atribuído ao mundo
dos sonhos; aqui também se enquadram
narrativas situadas no âmbito do “maravilhoso”
e no âmbito do “fantástico”.

“Eraserhead”
de David Lynch
Exemplos de filmes em modo SURREAL: O Mundo
Imaginário do Dr. Parnassus / Cidade dos Sonhos /
Alice no País das Maravilhas / Coraline e o Mundo
Secreto / Pi / A Origem
o TEATRAL: filmes que evitam o naturalismo nos
cenários e locações, assim como na interpretação
dos atores, referindo-se direta ou indiretamente a
um modo de encenar a realidade típico do teatro,
onde a estrutura platéia/palco interfere muito na
construção do enredo; também aparecem em
vários filmes cujos roteiros são baseados em peças
teatrais.

“Doze Homens e Uma

Sentença”
de Sidney Lumet
Exemplos de filmes em modo TEATRAL: Dogville,
ou Manderley / A Tempestade, ou Eduardo II /
Ricardo III – Um Ensaio / Tio Vânia em Nova York /
Romeu + Julieta / E La Nave Va
o DOCUMENTAL: os documentários possuem um
tratamento visual para as histórias que remete o
espectador a uma noção de verdade mais realista
(e menos representada com artifícios);
observamos um fenômeno semelhante nos filmes
que imitam reportagens e documentários.

“Projeto X – Uma festa

fora de controle”
de Nima Nourizadeh
Exemplos de filmes em modo DOCUMENTAL: A
Bruxa de Blair / Cloverfield - Monstro / Rec /
Distrito 9 / Atividade Paranormal
o MUSICAL: a prioridade narrativa dos momentos
em que há canto e dança diminui a noção de
realismo e permite à história alternar diálogos com
texto apresentado em canções; podem-se incluir
os filmes que apresentam biografias com
momentos em que canções são apresentadas na
íntegra.

“Os Miseráveis”
de Tom Hooper
Exemplos de filmes em modo MUSICAL: Nine /
Across The Universe / O Fatasma da Ópera /
Hairspray / Mamma Mia / Ray / Dream Girls.
o EXPERIMENTAL: trata-se de uma categoria cuja
definição não pode ser exata, pois existem
cineastas e artistas plásticos que usam a linguagem
audiovisual para expressar o seu conteúdo autoral
evitando as convenções e os clichês e reinventando
a forma de se fazer filmes; aqui, o filme é antes de
tudo algo pessoal.

“La Jetée”
de Chris Marker
Exemplos de filmes em modo EXPERIMENTAL:
alguns filmes de David Lynch, de Jean-Luc
Godard, de Andy Warhol, Julio Bressane, Tiziana
Panizza, Gonzalo López-Galego.

J. Godard A. Warhol J. Bressane