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MÓDULO

Planificação Actividades de Tempos Livres:


Refeições

Índice

1.Alimentação

2.Higiene alimentar

3.Necessidades nutricionais

4.Importância da água

5.Importância do cálcio

6.Obsidade

7.Fruta e legumes

8.Gorduras

9.Higiene de mãos e unhas

10.Hora da refeição

11.Pão ou não às refeições

12.Refeições pouco apelativas

13.Recusa alimentar

14.Estratégias para “disfarçar” a comida

15.Estratégias para as refeições


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Composição dos alimentos

O homem é, seguramente, a espécie que tem um comportamento alimentar


mais variado. Pode utilizar alimentos animais e vegetais fornecidos pela natureza ou,
então, alimentos resultantes da transformação pelas indústrias agro-alimentares de
produtos animais e vegetais.

Que fornecem os alimentos?

Os alimentos são geralmente constituídos por substâncias variadas, os


nutrientes ou princípios nutritivos, que o organismo vai utilizar nas suas actividades
vitais.

Alguns desses nutrientes são substâncias minerais, são compostos orgânicos,


entre os quais se destacam pela sua importância, os glícidos, as proteínas, os lépidos e
as vitaminas.

Existem alimentos compostos apenas por um único nutriente, sendo


designados por alimentos simples. A maioria, porém, são alimentos compostos, isto é,
constituídos por vários nutrientes, que aparecem em proposições muito diversas.

Alimentação
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As crianças entre os 6 e os 12 anos têm bom apetite e comem bastante mais do


que as crianças mais pequenas. Devido à grande actividade física das crianças, estas
precisam de consumir calorias extra, uma vez que o peso corporal médio duplica
durante este período e o jogo físico exige grande dispêndio de energia.

Higiene Alimentar

“Nós somos o que comemos”

Entende-se por higiene alimentar um conjunto de medidas necessárias para


garantir a qualidade e bom estado de conservação dos alimentos, para que estes não
percam as suas características nutritivas e gastronómicas.

A cozinha portuguesa é bastante enriquecida por uma enorme variedade de


condimentos que lhe conferem um sabor apurado e típico. Apesar da grande riqueza
gastronómica portuguesa, esta nem sempre corresponde a uma alimentação variada e
equilibrada.

Consideremos, então, alguns conselhos para uma alimentação equilibrada e saudável:

 Variedade nos alimentos


 Usar menos sal
 Utilizar azeite
 Pouco açúcar
 Muita fruta
 Beber muitos líquidos

Na confecção dos alimentos:

 Evitar o contacto entre os alimentos crus e cozidos


 Lavar as mãos com frequência
 Manter as superfícies da cozinha limpas
 Manter os alimentos longe de insectos e outros animais
 Usar água potável

Estas últimas sugestões são essenciais para que se evitem intoxicações


alimentares.
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Por outro lado, os auxiliares devem estimular as crianças para a lavagem correcta
das mãos antes das refeições.

Necessidades Nutricionais

Para que as crianças possam suportar o esforço e o crescimento ao longo do


período escolar, necessitam em média de 2400 calorias diárias que podem variar
ligeiramente tendo em conta a idade de cada criança. O pequeno-almoço, é uma
refeição imprescindível para as crianças, pois ajuda-as a estarem mais vigilantes e
produtivas na escola. Devem, por isso, consumir diariamente alimentos ricos em
hidratos de carbono complexos que estão presentes, na batata, massas, cereais e pão.
Os hidratos de carbono simples, por outro lado, estão presentes em alimentos como,
os doces, estes que devem ser consumidos com moderação e em níveis reduzidos.

Para o desenvolvimento são da constituição óssea, as proteínas são


fundamentais, cerca de 71g diárias.

É muito importante que o consumo de doces seja moderado, pois estes são
considerados fontes de energia “vazias”, isto é, não nutritivas.

É, por isso, fundamental que os agentes educativos estejam atentos à nutrição


de cada criança, uma boa e equilibrada alimentação é essencial para um crescimento
sadio e para uma aprendizagem produtiva na escola.

Importância da Água

A água é imprescindível à vida, dá forma e volume ao corpo (cerca de 70% do


nosso organismo é constituído por água) e, é fundamental para a absorção dos
alimentos e para a eliminação das substâncias residuais de alimentação. A alimentação
diária fornece-nos, em princípio metade da quantidade que necessitamos, a restante
deve ser satisfeita pela ingestão de água, de modo a que a urina seja clara, abundante
e sem cheiro.

Os alimentos contêm água em diferentes proporções, sendo os mais ricos os


frutos e os produtos hortícolas.
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Função:

 Componente essencial do sangue, da linfa e de todas as secreções corporais


(água extracelular) e de todas as células (água intracelular);
 Intervenção nos processos de digestão, absorção, metabolismo e excreção de
substâncias;
 Transporte;
 Manutenção da temperatura corporal.

Ingestão recomendada:

 1,5 a 3 litros/dia

A ingestão de água constitui a maneira ideal de satisfazer as necessidades


hídricas do nosso organismo. As nossas necessidades em água são variáveis e
aumentam de acordo com diversos factores.

Factores que influenciam as necessidades de água


 Idade: as crianças e idosos têm necessidades aumentadas porque a capacidade
de concentração dos seus rins não é tão eficiente quanto a dos jovens e
adultos. Além disso, as crianças correm o risco de desidratação por terem
dificuldades em comunicar a sensação de sede e, os idosos, porque o
envelhecimento leva à perda da sensação de sede;
 Gravidez e lactação: as necessidades são acrescidas. A mulher grávida devido
ao aumento de volume sanguíneo e do liquido amniótico, e a lactente pela
produção de leite.
 Actividade física: actividades físicas mais activas levam a perdas aumentadas
pela transpiração e respiração;
 Clima: necessidades aumentam em climas quentes, devido ao aumento das
perdas de transpiração;
 Perdas aumentadas: por vómitos, diarreia, febre, ou por certos tipos de
doenças.
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Importância do Cálcio

O cálcio é um dos nutrientes mais importantes na infância uma vez que o seu
consumo presente nos lacticínios como, o leite, iogurtes, queijo entre outros, é de
extrema importância na fase de crescimento, porque está a formar-se a estrutura
óssea que os vai acompanhar a vida inteira.

O défice de cálcio na fase de crescimento pode ter inúmeras consequências


para a criança, pelas diferentes acções ao nível metabólico que este produz, ao nível
da contracção muscular, da transmissão de impulsos, dos ossos e da dentição. Assim, o
défice de cálcio, pode causar osteoporose precoce e comprometer toda a transmissão
de impulsos nervosos, provocando dificuldades de processamento de informação,
défice de atenção e de concentração, e dificuldades de aprendizagem.

A falta de cálcio, pode também provocar a alteração da própria estrutura


muscular, podendo mesmo originar, em situações extremas, quebra de força e falta de
tónus muscular. Além do leite e derivados, o cálcio está também presente na carne,
peixe, ovos, produtos à base de cereais, feijão, frutas e vegetais.

Obesidade
Um dos grandes problemas do século é o facto de as crianças ocidentais não
terem acesso a uma alimentação equilibrada. Os fast food são extremamente
prejudiciais para a saúde das crianças, e é desta alimentação desregulada que surgem
cada vez mais casos de obesidade na infância.

A alimentação desregulada aliada à vida sedentária de algumas crianças é fatal


para o surto de casos de obesidade.

No sentido, de evitar este problema de saúde é necessário que a escola assuma


um papel de responsabilidade, proporcionando às crianças o acesso a alimentos
pobres, principalmente em açúcares e gorduras, devendo assim, dar prioridade aos
legumes e ao consumo de fruta. As sobremesas, por exemplo, são uma boa
oportunidade de substituir os doces pela fruta.
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Os profissionais educativos devem alertar os pais para um eventual problema


de obesidade em alguma criança, pois devem ser adoptadas medidas básicas para
combater a obesidade, além de uma dieta saudável, o exercício físico é também
fundamental.

Roda dos Alimentos

A roda dos alimentos dá uma ideia da quantidade de alimentos que se deve


ingerir diariamente de cada grupo. As hortaliças, os legumes e a fruta deverão
contribuir com 43% dos alimentos consumidos diariamente, enquanto que as gorduras
(azeite, óleo, manteiga, etc. ) apenas deverão contribuir com 3%.

Vejamos, em termos quantitativos, como suprir as necessidades das crianças


entre os 3 e os 6 anos de idade.

Fruta e legumes

Incluir em todas as refeições, sob forma de sopas, saladas ou acompanhamentos.

Leite e derivados

Meio litro de leite por dia = 60g de queijo = 4 iogurtes


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Carne, peixe, ovos e marisco

50/60g de carne + 70/80g de peixe por dia

Nestas idades, as crianças podem consumir dois ou três ovos por semana, bem
cozinhados.

Quando se introduzir um ovo na alimentação pode reduzir-se a quantidade de carne e


peixe nesse dia: 1 ovo = 35g de carne = 40g de peixe.

Gorduras

25g de gordura por dia = 2 pacotes individuais de manteiga = 2 colheres de azeite,


assim, é preferível o azeite para temperar e cozinhar e a manteiga para barrar o pão.

Pão, arroz, massas, leguminosas secas, bolos

100 a 150g ou 3 fatias de pão escuro ou de mistura por dia = 75g de arroz ou massa =
300g de batata

As sobremesas e os bolos devem ser servidos ocasionalmente e, de preferência no


final da refeição.

Incluir, nas sopas feijão, ervilhas e grão, ricos em proteínas e ferro.

Bebidas

A melhor bebida é a água, os refrigerantes, por conterem muito açúcar, não são
aconselhados.

Quando se pretender variar, o mais aconselhável são os sumos de fruta naturais ou


pelos denominados 100%, que também são aceitáveis.
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Higiene de mãos e unhas


Para que as mãos fiquem realmente bem lavadas, eliminando o maior número
de bactérias, deve esfregar-se com movimentos circulares a palma, entre os dedos, as
costas das mãos e os pulsos, não esquecendo de lavar bem debaixo e à volta das
unhas. Por fim, devem secar-se bem, não deixando qualquer parte húmida.

As mãos devem ser lavadas várias vezes ao dia;


Escovar as unhas regularmente com escova própria;
O cortar das unhas desde o nascimento da criança é de extrema importância,
isto porque o bebe pode arranhar-se na cara e inclusive nos olhos;
Quanto ao utensílio deverá ser usado aquele que der mais jeito ao adulto. Pode
utilizar-se um corta-unhas ou uma tesoura apropriada, de pontas redondas;
Cortar as unhas a direito, para evitar o encravamento das mesmas;
Não deixar que as crianças roam as unhas;
Mantê-las sempre curtas;
Para uma melhor limpeza, deve-se mergulhar as mãos em água e sabão para
amolecer a pele a as unhas, soltando mais facilmente a sujidade.

A criança deve lavar bem as mãos…


Antes e após as refeições;
Após o recreio;
Antes e depois de usar os sanitários;
Após actividades de colagem, barro, pinturas e outras actividades de trabalhos
manuais que envolvam o manuseamento de objectos que possam estar sujos.
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Hora da Refeição

Os vegetais e os produtos hortícolas são alimentos de indiscutível valor


nutricional e que devem ser incluídos na alimentação, pelo menos, duas vezes por dia.
Porém, porque razão se recusam os mais pequenos a comer estes alimentos, que até
deveriam ser apelativos pelo seu aspecto cromático?
Embora possam existir várias causas, as mais comuns parecem ser:
 Até a criança iniciar a alimentação familiar, quase todas a alimentação que
incluem legumes, estes são triturados, transformando-se em papas que além
de estimularem a preguiça para mastigar não permitem individualizar os
sabores e as texturas próprias de cada alimento.
Solução: À medida que se vai diversificando a alimentação da criança, é
necessário incluir produtos hortícolas partidos em pedaços pequenos,
apresentando-os com formas divertidas e coloridas, para que a crianças os
possa pegar com a mão. É fundamental ter em conta, que para abrir o apetite à
criança é importante estimular-lhe os sentidos, como a visão, o olfacto, o gosto
e o tacto.
 A sopa é excelente para as crianças comerem legumes, pois inclui um pouco de
tudo, o que a torna bastante nutritiva, e é triturada permitindo que seja
ingerida mais rapidamente. Isto, torna-a igual ao longo dos dias, levando à
saturação e à recusa em comê-la. Se acrescentarmos a tudo isto o facto de
muitos pais não comerem sopa, esta será mais uma razão para os mais
pequenos a rejeitarem.
Solução: fazer sopas diferentes, mudando a base e a hortaliça. Evitar repetir a
mesma sopa mais do que dois dias seguidos. Os legumes devem ser partidos
em pedaços muito pequenos e, se mesmo assim a criança os rejeitar, devem
triturar-se, pois é preferível que os coma triturados do que simplesmente não
os comer.
Os pais devem incluir a sopa no inicio do almoço e do jantar, uma vez que as
crianças precisam de modelos de aprendizagem e, os pais devem dar o
exemplo, caso contrário, dificilmente conseguirão que as crianças o façam.
 As crianças não são atraídas pelos legumes que habitualmente se apresentam
como acompanhamento no prato, os tomates, brócolos, cenouras, pimentos ou
feijão verde, entre outros.
Solução: Os legumes devem ser consumidos independentemente da forma que
assumem no prato. Se a técnica de acção educativa os partir em pedacinhos e
mesmo assim não resultar, devem picar-se bem e incorporá-los em massa,
arroz, jardineiras ou molhos de pizzas.
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É preciso experimentar várias formas de apresentar os vegetais, muitas vezes


as crianças não comem a cenoura se esta for raspada porque fica um pouco
seca, mas se a mesma for preparada numa picadora, fica mais sumarenta e
adocicada, tornando-se mais fácil de mastigar, e é necessário incentivar a
criança à sua prova, não esquecendo que o exemplo deve “vir de cima”…
 As leguminosas, como o grão, o feijão, as favas, as ervilhas ou as lentilhas têm
um importante valor nutricional, no entanto, isso por si só não chega para as
crianças comerem.
Solução: Se não as quiserem comer inteiras, é necessário experimentar inclui-
las na base da sopa, bem trituradas (ou mesmo coadas, para não se sentirem as
cascas), ou transformá-las em puré para acompanhamento de carnes, peixes,
arroz ou massas.

Deve ou não obrigar-se uma criança a comer no jardim-de-infância, por exemplo, a


sopa?

“ De pequenino se torce o pepino”, diz acertadamente este velho ditado…

Os alimentos fornecem ao nosso organismo todos os nutrientes indispensáveis ao


crescimento, reparação e manutenção de todas as estruturas orgânicas, com vista a
uma vida longa e de qualidade.

A escola deve ser um modelo de boas práticas, além disso, há que tirar partido do
comportamento em grupo. É muito fácil, uma criança comer determinado alimento se
notar que os coleguinhas também o fizerem. Se for dito às crianças de forma aceitável
quais os benefícios que daí colhem, (melhor desempenho no desporto e na escola,
realçar os olhos, o cabelo ou mesmo a pele pode ficar mais bonita), isto são incentivos
para as crianças que muitas vezes resultam.

 As crianças não comem todas a mesma quantidade, tal depende da sua


capacidade gástrica e do seu apetite, que pode variar ao longo dos dias;
 Deve saber-se distinguir uma intolerância alimentar do capricho de não querer
comer ou provar certos alimentos;
 Cada criança poderá eleger uma sopa, um prato ou um fruto que não goste,
mas dos outros, mesmo não gostando muito, terá que comer sempre um
pouco (não tendo de ser exactamente a quantidade que a educadora ou a
técnica entende que ela deve comer).
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Pão ou não às refeições?

O pão às refeições não é necessário, nem para as crianças nem para os adultos,
uma vez que habitualmente entra noutras refeições do dia como o pequeno-almoço e
o lanche. O segredo de uma boa alimentação passa obrigatoriamente pela variedade, e
por isso, o pão não deve substituir outros fornecedores de hidratos de carbono como
as massas, o arroz ou as leguminosas.
Excluem-se aqui, situações pontuais ou especiais de intolerância a algum alimento,
obviamente. Com certeza as crianças não vão comer o pão, as frutas ou as bolachas, o
leite ou o iogurte nas mesmas refeições, é necessário variar a alimentação diária.
As bolachas podem entrar no lanche, desde que contenham pouco açúcar e
gordura, mas um pão é sempre preferível.

Refeições pouco apelativas

A adaptação das ementas ao gosto das crianças e adolescentes. Por vezes, existe
uma grande falta de imaginação na confecção das ementas, havendo preocupação
com o equilíbrio nutricional mas pouca no que diz respeito ao paladar. Estas até
podem ser equilibradas, mas se não forem ingeridas de nada serve o equilíbrio…

De um modo geral, os pais e as instituições de educação devem ser orientados sobre:


Respeitar o direito da criança ter preferências e aversões;
Oferecer os alimentos em quantidades pequenas para encorajar a criança a
comer;
Não forçar, ameaçar punir ou obrigar a criança a comer, assim como não
oferecer recompensas e agrados, atitudes que reforçam a recusa alimentar,
desgastam pais e filhos;
Não utilizar subterfúgios tais como o famoso “aviãozinho”, visto que tais
atitudes desviam a atenção e comprometem a percepção dos alimentos;
Estabelecer o tempo e duração bem como os horários das refeições, evitando a
oferta de alimentos a todo o momento;
Não demonstrar irritação ou ansiedade no momento da recusa. A criança deve
sentir-se confortável no momento da refeição;
Apresentar os pratos de maneira agradável, com textura própria para a idade
das crianças, evitando a monotonia alimentar, factor este que interfere de
modo significativo na formação do hábito alimentar das mesmas;
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Durante a refeição, o ambiente deve ser agradável, na ausência de ruídos, o


que distrai a atenção da criança;
Participação da criança durante o preparo dos alimentos e na montagem do
seu prato, uma atitude que incentiva a criança a comer e a estimula a participar
nas tarefas domésticas;
Respeitar as oscilações passageiras de apetite, as quais ocorrem, normalmente
em todos os indivíduos;
Não disfarçar os alimentos, para que a criança saiba o que está a comer,
favorecendo e identificando as diferentes texturas e sabores;
Para as crianças que ingerem grandes quantidades de leite, é necessário
diminuir-lhe o volume e a frequência, uma vez que os líquidos suprem a
sensação de fome.

Recusa alimentar

A partir de uma certa altura, sobretudo na idade pré-escolar, a criança está muito
mais interessada no que a rodeia do que propriamente na comida, daí que a recusa em
comer sopa, muitas vezes, é o reflexo de uma necessidade de afirmação. Embora a
falta de apetite traga muitas vezes angustia aos pais, isto não significa que haja
necessariamente um problema ou uma doença, pois apenas um número bastante
reduzido de crianças apresenta, de facto, um problema grave com a recusa alimentar.
Ainda assim, há crianças (e pais) para quem a hora da refeição é um verdadeiro
castigo. É necessário esquecer a conversa da saúde e da importância da comida para
«crescer muito», esquecer os castigos e as recompensas, não ralhar e, sobretudo, não
forçar a criança a comer.

Alguns conselhos:
 Desligue a televisão à hora das refeições;
 Tente criar um ambiente sereno e tranquilo;
 Não faça uma comida diferente para a criança, isto não quer dizer, obviamente,
que não deve ter em conta as suas preferências alimentares;
 Não encha muito o prato para não a assustar. Se ela quiser repetir, pode
sempre fazê-lo;
 Não a force a comer, mas também não facilite demais. Comer é uma
necessidade e a criança não deve criar as ideias que se o prato ficar vazio
rapidamente, os adultos vão ficar contentes;
 Se a criança não comer, evite prolongar a situação. Retire-lhe o prato sem
grandes comentários;
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 Não “suborne” a criança. Ela aperceber-se-á de que a comida é muito


importante para si e começa a fazer chantagem;
 Evite mostrar à criança que a sua recusa em comer lhe traz perturbação.

É claro que nem sempre a estratégia resulta e as refeições, tornam-se, por vezes,
verdadeiras batalhas campais, com a comida a voar e as crianças aos berros. Nestes
casos, é preciso planear a hora da refeição com especial cuidado.

Estratégias para «disfarçar» a comida


Leite da vaca: mudar o sabor acrescentando um pouco de baunilha, usar palhinhas
divertidas;

Carne: cortar em pedaços pequenos e finos, cobri-los com pão ralado ou ovo. Fazer
almôndegas, hambúrgueres e croquetes;

Fruta: misturar pedaços pequenos no iogurte, fazer gelados, gelatinas e pudins;

Verduras: fazer purés e misturá-los nos legumes, transformar um pedaço de cenoura


numa estrela, incluir verduras nos tortilhas ou nos croquetes (espinafres e courgettes);

Legumes: misturar com cereais, ovos ou queijo, servir com massas;

Peixe: optar pelos peixes de sabor mais suave (tamboril, linguado, robalo, imperador
ou peixe espada) e guisá-los com batatas ou arroz, em pedaços pequenos; também os
pode cobrir com pão ralado e ovo;

Pão e cereais: acrescente passas e frutas frescas aos cereais do pequeno-almoço,


cortar o pão em formas divertidas e barrá-lo com azeite e tomate: se a criança
apresentar peso e estatura normais para a sua idade, mas recusar-se a comer às
refeições, a solução para que ela se alimente bem passa por mudar alguns hábitos.
[Título do documento]

Estratégias para as refeições


 Em vez de entrar em stress, experimente alguns truques que poderão tornar os
momentos de refeição mais agradáveis;
 Torne os pratos mais coloridos e atraentes:”os olhos também comem”;
 Dar pequenos lanches entre as refeições principais. Leite e iogurtes
desnatados, frutas ou pão (de preferência de mistura);
 Evitar os doces entre as refeições, guardá-los para o final do almoço;
 Tentar que o momento das refeições decorra de forma tranquila, de
preferência com a televisão apagada, para que a atenção da criança não se
disperse;
 Evitar escolher a hora da refeição para ralhar com a criança, para que ela não
associe o momento a uma situação negativa;
 Não usar a comida como castigo ou como recompensa;
 Não forçar a criança a comer.

Insistir ou até obrigar as crianças a comer não é correcto. Claro que a preocupação
é compreensível, afinal uma boa alimentação resulta numa criança saudável, mas não
é por pular uma refeição ou outra que as crianças ficam desnutridas ou terão o seu
desenvolvimento comprometido.

A ORGÂNICA OCORRE PORQUE A CRIANÇA TEM ALGUMA DOENÇA OU ESTÁ COM


CARÊNCIA DE NUTRIENTES, COMO VITAMINAS E MINERAIS. NUM E NOUTRO CASO, OS
SINTOMAS DESSA CRIANÇA NORMALMENTE NÃO PASSAM DE APATIA, PALIDEZ,
FRAQUEZA, SONOLÊNCIA, PELE SECA, CABELOS FINOS E QUEBRADIÇOS
[Título do documento]

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